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29 abril 2011

Brasil x BRICS

Por Pedro Correia





Estudo da Standard and Poor's faz comparações entre os países que formam os BRICS.

1-Investimento em relação ao PIB. Brasil em último.

2. Exportações em relação ao PIB. Brasil em último.

3. Dívida Pública em relação ao PIB. Só a Índia é pior que o Brasil.

4. Pagamento de juros em relação ao PIB. Só a Índia é pior que o Brasil.

5. Receita Tributária em relação ao PIB. Estamos disparados na 1ª posição

Como afirmou Clóvis Rossi:"o conglomerado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) soa como tijolo em inglês (brick), sinônimo de solidez. Mas é só tirar o C de China que vira um queijo mole e cremoso no miolo (o brie)."

Hat Tip: Paulo Roberto de Almeida


Casamento


O gráfico, da The Economist, mostra a evolução da idade no casamento, para o noivo (linha mais escura) e a noiva (linha mais clara). A conclusão é que as pessoas estão postergando o casamento.

 Ao mesmo tempo mostra também os casamentos reais (os círculos do gráfico).

Entrevista

Por Pedro Correia

Robert William Fogel, prêmio nobel de economia em 1993, concedeu entrevista em que discute como os métodos quantitativos e o poder dos computadores melhoram nosso entendimento do passado e nos ajudam a planejar o futuro.

Expansão do PIB no Brasil mascara vulnerabilidades

Por Pedro Correia

O jornal britânico “Financial Times” publicou em seu site um artigo segundo o qual a forte expansão da economia brasileira “mascara vulnerabilidades crescentes”. [1]

“Em meados dos anos 1960, o Brasil estava no meio de um ‘milagre’ conduzido pelo Estado e com investimentos financiados por meio do endividamento. A fantasia de crescimento rápido ruiu durante a crise da dívida latino-americana nos anos 1980”, afirma o texto, de John Paul Rathbone, o editor do “Financial Times” para a América Latina.

Veja alguns argumentos usados pelo autor:

- O mesmo modelo dos anos 1960 e 1970, que combina investimento liderado pelo Estado e dívida alta, é “parcialmente responsável” pela atual “prosperidade” do País, diz Rathbone.

- O “boom” do mercado de commodities é um dos responsáveis pelo bom momento do Brasil atual. Se os preços das matérias-primas estivessem no mesmo patamar de 2005, diz o autor, a balança comercial brasileira não teria um superávit de US$ 23 bilhões, mas um déficit de US$ 20 bilhões.

- “O real é a moeda mais sobrevalorizada entre as principais do mundo”, o que leva a indústria a pedir ao governo “o mesmo tipo de tarifas de proteção que caracterizaram o fadado modelo econômico de tempos anteriores”.

Para que o País aproveite o bom momento, Rathbone acredita ser necessário dar eficiência ao Estado, poupar parte do dinheiro obtido com as commodities e destiná-lo a programas sociais “quando tempos mais apertados chegarem”, melhorar a educação e a infraestrutura e manter a estabilidade macroeconômica. “É uma tarefa difícil”, afirma Rathbone. Ele está no Rio de Janeiro por ocasião de um encontro do Fórum Econômico Mundial na América Latina.

Tradução de Sílvio Guedes Pinto

[1] De volta à Era Geisel

Formulário de Referência

Por Pedro Correia



Os auditores independentes terão que comparar, a partir deste ano, os dados que as empresas informam nos Formulários de Referência com aqueles divulgados nos balanços, para identificar eventuais discordâncias.

A exigência faz parte das normas internacionais de auditoria, que passaram a ser obrigatórias no Brasil neste ano.

A leitura do Formulário, documento anual de informações das companhias abertas, não constituirá uma auditoria de fato, segundo o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). Mas ajudará a evitar inconsistências, já que o auditor passa a ter responsabilidade sobre informações divulgadas em outros documentos.

A nova norma de auditoria está em linha com a recomendação do Comitê de Orientação para Divulgação de Informação ao Mercado (Codim), que divulgou ontem um pronunciamento de orientação para a confecção do Formulário.

No ano passado, quando o documento foi exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela primeira vez, a autarquia identificou problemas em 87% dos relatórios, considerando apenas os capítulos destinados a comentários de diretores e remuneração.

O Codim recomenda que as empresas tenham um comitê de divulgação, com participação dos executivos responsáveis pelas áreas financeira, jurídica e de relações com investidores. O objetivo é permitir a atualização permanente dos dados.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

Inflação eleva “maquiagem” de produtos

Por Pedro Correia

A alta da inflação intensificou a prática de empresas de reduzir o peso ou o volume dos produtos sem a diminuição proporcional do preço, muitas vezes sem informar o consumidor de forma clara (a chamada “maquiagem”), segundo representantes do varejo ouvidos pela Folha.

Com o aumento de custos, em vez de elevar o valor do produto, o fabricante corta a quantidade vendida.Levantamento feito pela Folha em supermercados na semana passada encontrou uma dúzia de produtos com redução no volume.A lista inclui iogurtes, farinha, suco, gelatina, atum, aveia, água mineral e até filtro de papel para café.Em todos os produtos, havia informação na embalagem sobre a redução, como manda a lei, mas na maioria dos casos o anúncio ocorre em letras miúdas. Com destaque, só 3 dos 12 produtos.

O DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça, diz que as reduções de volume sem barateamento proporcional podem significar prática abusiva.Segundo o órgão, o abuso pode ser enquadrado em artigos do Código de Defesa do Consumidor que vedam exigir do cliente vantagens excessivas e elevar preço de produtos sem justificativa.O departamento afirma, no entanto, que não há na legislação texto que cite explicitamente que a redução de peso tem de ser acompanhada por queda de preço.Tanto o DPDC como o Procon afirmam, no entanto, que não há ilegalidade na redução quando ela é justificada e informada de forma “ostensiva” ao consumidor.

Na lista obtida pela Folha, o caso de maior redução percentual de produto é o da gelatina Sol, cujo volume caiu 59% -de 85g para 35g.

O fabricante J.Macêdo diz que houve mudança na fórmula, sem prejuízo ao rendimento final.


PRÁTICA TEVE CASO SIMBÓLICO HÁ UMA DÉCADA

No início dos anos 2000, houve uma série de ações do Ministério da Justiça para coibir a maquiagem. Um dos mais famosos foi a redução, sem nenhum tipo de informação prévia e sem queda de preço, nos rolos de papel higiênico, que passaram de 40 metros para 30 metros.

Fonte: Leandro Martins, Folha de Paulo

Bebida aumenta o custo do trânsito 2



 Para ilustrar a postagem anterior do Pedro, eis um vídeo fantástico. "Bar Aurora & Boteco Ferraz" contratou um valet, que interpretou uma pessoa que tinha bebido, para estacionar os carros dos clientes.

Veja a reação das pessoas. No final um bilhete alertando para não entregar seu carro para um motorista bêbado, mesmo que ele seja você. Dica, aqui

Bebida aumenta custo do trânsito

Por Pedro Correia

Quase 50% dos gastos do poder público com acidentes de trânsito poderiam ser evitados caso a combinação álcool e direção não fosse tão comum no país. A conclusão é de uma pesquisa desenvolvida por médicos psiquiatras e economistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que calculou os custos diretos e indiretos dos acidentes de trânsito nas vias urbanas de Porto Alegre.

O estudo “Acidentes de Trânsito e Abuso de Álcool: qual o custo para a sociedade portoalegrense” mostra que as 6.664 vítimas de acidentes de trânsito em 2008 e as 155 mortes em 2007 custaram R$ 66 milhões para o poder público e a população de Porto Alegre. Pouco menos da metade deste valor – R$31,4 milhões – foi o custo dos acidentes atribuídos ao consumo de álcool.

Para chegar ao montante, os pesquisadores somaram os gastos com médicos, resgate, internação, guinchos para a remoção de veículos, danos causados à propriedade, perda de produtividade gerada por morte prematura das vítimas e inabilidade por morbidade. Para o cálculo, fo­­ram utilizados os custos do Sis­­tema Único de Saúde (SUS). Para a obtenção dos custos da perda de produtividade, 615 vítimas foram entrevistadas durante seis meses após o acidente.

Embora a pesquisa não reflita a realidade de outras cidades brasileiras, já que todos os valores são específicos da capital gaúcha, o coordenador do estudo, professor e economista Sabino da Silva Pôrto Júnior, diz que, em maior ou menor grau, a situação e os custos são semelhantes em todos os municípios. “A pesquisa mostra a realidade de Porto Alegre, mas ela não é muito diferente de outras cidades”, afirma.

Considerados um problema de saúde pública pela Orga­nização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes de trânsito são a segunda causa de mortalidade juvenil no Brasil. Para Pôrto Junior, os resultados revelam quantos recursos têm sido desperdiçados. “Os custos são muito elevados, principalmente para uma cidade como Porto Alegre. É um dinheiro que poderia ser usado na construção de creches, na melhoria do sitema de saúde”, diz o economista.

Leia a reportagem na íntegra:Gazeta do Povo

28 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Comercial das Havaianas em francês. Fonte: aqui (via aqui). Dica de Ludmila, grato.

Perda com os Feriados

O Brasil vai perder R$ 135,8 bilhões, ou 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, com as paralisações nos nove feriados nacionais e 30 estaduais que caem em dia de semana em 2011. 

É o que afirma o estudo O Custo Econômico dos Feriados divulgado nesta segunda-feira (18/4), pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). 
 (Brasil Econômico – Brasil perderá R$ 135,8 bilhões com feriados em 2011, 18 de abr 2011)

O estudo pode ser encontrado aqui. Entretanto, a metodologia do estudo não esta muito detalhada. Pelo que se pode inferir o cálculo foi realizado da seguinte forma:

1. Utilizou o PIB do Brasil (e dos estados).
2. Calculou o número de dias trabalhados. Como a associação é comercial, retirou-se de 360 dias as férias (30 dias), os domingos (52 dias) e metade dos sábados. (Existe aparentemente uma inexatidão dos cálculos, já que os domingos e sábados que caíram nas férias estão sendo contados duplamente. Mas isto não afeta substancialmente as conclusões.) O resultado é algo em torno de 250 dias.
3. Dividiu-se o valor de (1) pelo (2) para encontrar o PIB diário gerado
4. Multiplicou-se o PIB diário pelo número de feriados. (Novamente aqui existe uma imprecisão da metodologia, pois alguns feriados caíram nas férias dos funcionários)

Tenho duas críticas ao método:

a) É um parâmetro linear. Ou seja, se tenho um feriado perdi o PIB diário. Isto nem sempre é verdade. Veja o comércio como exemplo: se existe um feriado e desejo comprar, eu irei antecipar este evento. Isto, a rigor, não trouxe prejuízo para o comércio, somente uma mudança nas datas. Além disto, o feriado pode ter o efeito de transferir as compras das regiões mais populosas para as regiões turísticas.

b) O feriado pode ter um efeito positivo na produtividade. (Fiz recentemente, em conjunto com Adrielle Dias, uma pesquisa sobre o efeito feriado no mercado acionário e constatamos que existe este efeito.) 

Boeing

O Estado de São Paulo trouxe uma reportagem interessante sobre o Dreamliner, o novo avião da Boeing (Dreamliner vira pesadelo, Dinah Deckstein, Der Spiegel, 11 abr 2011, N5). O texto discute o processo de construção e as opções estratégicas feitas pela empresa. Com o avião, a empresa pretendia revolucionar a forma de produção de um avião, aproximando-se do modelo de construção de um automóvel. Isto significa terceirização.
o processo de produção do avião parecia ainda mais revolucionário do que a tecnologia utilizada. De acordo com os projetos da Boeing, a montagem final do novo jato levaria apenas três dias. Para cumprir a meta, a Boeing terceirizou a produção de componentes importantes da aeronave para cerca de 50 fornecedores. 
 A decisão foi incorreta já que:

Este espetacular estoque de aviões poderá entrar para a história da aviação - como um monumento à arrogância dos executivos da Boeing e uma advertência às gerações futuras. 

O efeito disto é um aumento de custo. Mas observe o seguinte trecho do texto:

A Boeing não apresentou uma cifra exata dos custos adicionais dos ajustes técnicos, da ajuda aos fornecedores e das multas pagas aos clientes insatisfeitos, mas especialistas acreditam que deve superar os US$ 10 bilhões. Até o momento, esse montante teve apenas um efeito limitado no balanço da companhia. Ao contrário da Airbus, por exemplo, a Boeing tem condições de distribuir os custos num período de tempo maior e entre um número muito grande de aviões que foram vendidos ou ainda não foram encomendados.

Contratos de rateio

Pretendemos tratar, no presente artigo, de um modelo jurídico-empresarial denominado contrato de rateio ou de compartilhamento de custos e despesas (adiante apenas “contrato”) (...) Este modelo é internacionalmente conhecido por Cost Sharing (ou Funding) Agreements. (...) 

Com a utilização deste modelo contratual, diversas empresas rateiam e compartilham custos e despesas, sejam relacionadas a serviços administrativos, sejam serviços relacionados a atividades, equipamentos e instalações de outras empresas de um mesmo grupo econômico-financeiro. Otimizam-se gastos, atividades, dedicações e tempo, dentre outros benefícios, para agregar maior eficiência à atividade empresarial desenvolvida. Desta forma, usualmente, sem prejuízo de outros possíveis, temos o rateio e/ou compartilhamento de estruturas físicas, tais como imóveis, depósitos e instalações em geral, mas também é possível ratear ou compartilhar custos e despesas com informática, serviços e infraestrutura de telefonia e comunicação, serviços de atendimento 0800, ou a portadores de deficiência auditiva e/ou de fala até compartilhamento de veículos, caminhões e aeronaves. 

O modelo jurídico envolve, de forma estrutural, um contrato por meio do qual partes se relacionam, tendo uma empresa contratante na qualidade de líder ou principal, e as demais empresas contratantes vinculadas como efetivamente usufrutuárias do rateio e/ou compartilhamento. Não podemos atribuir ao modelo uma natureza jurídica de prestação de serviços pois em nada se assemelha ao instituto. A empresa principal ou líder não presta nenhum serviço às usufrutuárias. Igualmente ela não aluga nada. Também nada cede em comodato. O que existe é um compartilhamento estrutural, por meio do qual cria-se um pólo centralizador (eixo contratual) de direitos, obrigações e pagamentos, tendo as outras partes do contrato em comento a única obrigação de pagar o percentual estabelecido (que pode ser variável e/ou fixo). Em suma, a situação gerada pelo Contrato é de efetivo reembolso ou antecipação de despesas, dependendo, respectivamente, da natureza (“Cost Sharing” ou “Cost Funding Agreement”). (...) 

Luís Rodolfo Cruz e Creuz e Gabriel Hernan Facal Villarreal – Valor Econômico – 12 abr 2011 via aqui

Marcas

Empresas estrangeiras têm conseguido, na Justiça, recuperar marcas que tinham sido registradas anteriormente por brasileiras no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A norte-americana Converse, detentora da marca "All Star", e a companhia japonesa de eletroeletrônicos Sharp obtiveram decisões favoráveis no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

(...) As companhias estrangeiras alegam que houve má-fé por parte das brasileiras ao registrar as marcas notoriamente reconhecidas. Em geral, trata-se de registros muito antigos no INPI, da década de 70, quando essas estrangeiras não conseguiam exportar diretamente para o Brasil e utilizavam suas representantes para comercializar as mercadorias no país. Nos processos, as estrangeiras alegam que houve má-fé das brasileiras porque muitas vezes não havia contrato firmado entre elas que permitisse o registro de marcas. Em outros casos, argumentam que estava discriminado no próprio contrato que a brasileira não poderia fazer esse tipo de registro. 

As brasileiras, por outro lado, afirmam que o registro foi efetuado dentro dos princípios de boa-fé, já que muitas delas eram representantes da empresa no Brasil. Também alegam que o direito à pleitear a transferência da marca estaria prescrito. Isso porque, a Lei de Propriedade Industrial - Lei nº 9.279, de 1996 - estabelece o prazo de cinco anos para que sejam ajuizadas reclamações relativas a marcas. Trata-se de registros no INPI, da década de 70, quando estrangeiras não conseguiam exportar diretamente para o Brasil No entanto, as estrangeiras têm utilizado a Convenção de Paris, o primeiro acordo internacional relativo à propriedade intelectual, assinado em 1883, do qual o Brasil é signatário, para defender que, quando ocorre a comprovação de má-fé, não há prazo de prescrição. O argumento tem sido aceito no STJ. (...) 

Valor Econômico - Adriana Aguiar e Arthur Rosa - Estrangeiras vencem na Justiça disputas por marcas no Brasil - 13 abr 2011(via aqui)

Cassino

Eis algumas técnicas utilizadas pelos cassinos para assegurar maiores ganhos:

 a) Adicionar oxigênio no ambiente – isto faz com que o jogador fique menos cansado e, por conseqüência, evita que ele se retire do local do jogo. Existem relatos que alguns estabelecimentos chegam a adicionar feronoma, que estimula o sentimento de euforia e conforto

b) Comida e bebida – o cassino não quer que o cliente tenha fome: afinal pessoas com fome param de jogar. Comida e bebida grátis matem o cliente na sala de jogos. Naturalmente que o lucro do estabelecimento são suficientes para cobrir estas despesas

c) Carpetes psicodélicos – O objetivo é manter o cliente jogando e acordado. Parece que um carpete psicodélico ajuda neste sentido

d) Sem relógios – Não existem indicadores de tempo nos cassinos. A finalidade é que o cliente esqueça o tempo que passou jogando. Da mesma forma, o prédio de um cassino é totalmente fechado, impedindo que a luz do sol entre.

 e) Desenho arquitetônico – O cassino é construído para que o cliente se perca no caminho até a porta de saída. Isto significa que ele irá escutar sempre o som de máquinas “dizendo” que alguém próximo ficou rico.

f) Caixa – A localização do caixa, para você trocar os ganhos, é propositalmente distante.

 g) Luz e som – luzes brilhantes e sons indicando a sorte de alguém. Isto incentiva o cliente a permanecer jogando.

Adaptado daqui

Por que o rating do Brasil ainda é baixo?

Recentemente o Wall Street Journal (vide aqui um resumo) comparou o endividamento de alguns países com a classificação da dívida soberana. A conclusão era de que os países com melhores classificações eram os mais endividados. Assim, Japão, Alemanha e Estados Unidos estavam mais endividados, mas continuavam com nota AAA+, a maior entre as possíveis. Já Brasil, China e outros países estavam menos endividados e continuavam com uma classificação reduzida.

Ao mesmo tempo, o Valor Econômico tecia elogios as agência de rating Dagong (Agência de Risco Chinesa avança com novos padrões de avaliação, 25 de abr 2011), que classificava como AAA+ a China, mas dava nota A+ para os Estados Unidos e AA para o Japão.

Afinal, as agências de ratings estão cometendo um erro ao valorizar excessivamente os países mais endividados e não estão dando o devido valor ao Brasil, China e outros países? Provavelmente não.

O rating de um país não depende somente do seu endividamento. Outros fatores são considerados, como a capacidade do país de efetuar o pagamento a partir da geração da sua riqueza, o grau de segurança com as contas públicas e o passado de respeito aos contratos. Este último aspecto talvez ainda seja crucial na nota brasileira. Qual foi a última vez que os Estados Unidos não pagaram uma dívida assumida num contrato justo? Realmente não sei, mas talvez tenha ocorrido no século XIX. Qual a última vez que o Brasil não respeitou um contrato internacional de empréstimo e financiamento, e decretou default da dívida? Recente, mais precisamente em 1986. E sabe quem estava no comando do nosso país? Alguém que hoje ainda ocupa um posto relevante na estrutura política brasileira. Não seria uma boa razão para ver com desconfiança o nosso país?

Adam Smith

Por Pedro Correia

Comentário de grande relevância do professor Alexandre Alcantara:

Na sua obra, ‘The Wealth of Nations’, publicada em 1776, Adam Smith, “pai da Economia Política”, dizia: ‘Os bens de um comerciante não lhe dão rendimento nem lucro até que os venda por dinheiro, e esse dinheiro de nada lhe serve senão quando novamente trocado por mercadorias. O seu capital sai continuamente sob uma forma, voltando de novo sob outra, sendo esta circulação, estas trocas sucessivas, que lhe trazem lucros. Este capital pode portanto muito propriamente denominar-se ‘capital circulante’. É este o conjunto de valores que, no dia a dia do negócio, permite o pagamento de dívidas, constituindo, sem dúvida, o grupo mais importante de rubricas em qualquer balanço. Pode, pois, dizer-se que o ativo corrente consiste naqueles valores que na evolução normal do negócio, pelos sucessivos passos de compra, produção e venda, se vão rotativamente transformando em dinheiro, permitindo o pontual pagamento de dívidas”.
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MELLO, Carlos Espírito Santo S. de. Análise de Balanços: da empresa, sob o ponto de vista financeiro. Lisboa: Portugália Editora, 1953, p. 19.

Leia mais: A origem do termo capital de giro

27 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Teste 466

Ainda sobre esportes. Uma pesquisa realizada pela ESPN, em sete esportes e 14 ligas, mostrou as equipes mais bem pagas. Na listagem aparece em primeiro lugar:

 Barcelona, futebol
 New York Yankees, beisebol
 Real Madrid, futebol

 (Estes três são aqueles que aparecem nos primeiros lugares)

 Resposta do Anterior: Santos. O endereço é www.santosfc.com.br

Maiores salários do futebol

Eis os jogadores mais bem pagos do mundo. Os 100 melhores salários do futebol mundial na lista é ordenada por nome / equipe / salário / salário anual. Apresentamos somente os dez maiores e os brasileiros.

 1.Cristiano Ronaldo – Real Madrid – €1.000.000 – €12.000.000

 2. Lionel Messi – FC Barcelona – €875.000 – €10.500.000

 3. Fernando Torres – Chelsea – €833.000 – €10.000.000

 4. Yaya Toure – Manchester City – €833.000- €10.000.000

 5. Wayne Rooney – Manchester United – €791.000 – €9.500.000

 6. Ricardo Kaka – Real Madrid – €833.000 – €9.000.000

 7. Zlatan Ibrahimovic – AC Milan – €833.000 – €9.000.000

 8. Emmanuel Adebayor – Real Madrid – €708.000 – €8.500.000

 9. Carlos Tevez – Manchester City – €666.000 – €8.000.000

 10. Samuel Eto’o – Internazionale – €666.000 – €8.000.000

 18. Daniel Alves – FC Barcelona – €583.000 – €7.000.000

 46. Ronaldinho Gaucho – Flamengo – €416.000 – €5.000.000

 65. Júlio César – Internazionale – €375.000 – €4.500.000

 80. Cris ¬- Olympique Lyon – €350.000 – €4.200.000

 84. Robinho – AC Milan – €333.000 – €4.000.000

 91. Deco – Fluminense – €333.000 – €4.000.000

 95. Diego – Wolfsburg – €333.000 – €4.000.000

 98. Maicon – Internazionale – €316.000 – €3.800.000

 Fonte: Aqui - Somente quatro jogadores no top 100 que não jogam na Europa (Ronaldinho (?), David Beckham, Thierry Henry e Deco). - Xavi e Andres Iniesta estão em 15o. e 16o.

Decifrando o Papo Acadêmico

Decifrando o Papo Acadêmico – Por Isabel Sales

Traduções de algumas frases para que você entenda melhor a produção científica e o mundo acadêmico, publicadas aqui:

•"É sabido que" = Eu não conferi a referência original.

•"O padrão definitivo é evidente" = Esses dados são praticamente insignificantes.

•"Embora não tenha sido possível fornecer respostas definitivas a essas perguntas” = Um experimento sem sucesso, mas ainda tenho esperanças de que seja publicado.

•"Três itens da amostra foram selecionados para um estudo detalhado" = Os outros resultados não fizeram o menor sentido.

•"São demonstrados os resultados característicos" = Esse é o gráfico mais bonito.

•"Esses resultados estarão em um estudo subsequente" = Talvez eu trate disso em algum momento se obrigado ou patrocinado.

•"Em minha experiência" = Uma vez.

•"Em caso após caso" = Duas vezes.

•"Em vários casos" = Três vezes.

•"Acredita-se que" = Eu acredito.

•"Geralmente acredita-se que" = Duas outras pessoas também acreditam.

•"Corretos dentro de uma ordem de magnitude" = Errado.

•"De acordo com a análise estatística." = Boatos dizem que…

•"Uma projeção estatisticamente orientada do significado desses resultados” = Um chute.

•"Uma análise cuidadosa dos dados obtidos" = Três páginas de anotações foram destruídas quando derramei em cima delas um copo de refrigerante.

•“Está claro que será necessário muito trabalho adicional antes de entendermos completamente o porquê desse fenômeno” = Eu não entendo.

•“Após estudos adicionais realizados por meus colegas” – Eles também não entendem.

•“Agradecimentos são devidos a Joe Blotz pela ajuda com o experimento e a Cindy Adams por discussões valiosas” = O Sr. Blotz fez o trabalho e a Sra. Adams me explicou o que significava.

•“Uma área altamente significativa para estudos exploratórios” = Um tópico totalmente inútil selecionado pelo meu comitê.

•“Espera-se que esse estudo estimule investigações mais aprofundadas nesse campo” = Eu desisto.

Interferência estatal

"Esse será um dos principais tópicos dos próximos anos: será que podemos confiar na maneira como os governos lidam com as empresas?", diz Marten-Jan Bakkum, estrategista de portfólio do fundo de mercados emergentes da ING Investment Management, acrescentando que o ING passou a adotar uma postura "neutra" em relação ao Brasil por causa das pressões do governo sobre as grandes companhias estatais. 


 O sucesso da China em posicionar estrategicamente os recursos de suas próprias gigantes estatais vem levando outros países a tentar fazer o mesmo. Recentemente, o Brasil foi notícia ao remover o presidente da Vale, mineradora que fatura US$ 180 bilhões, por ele ter resistido aos esforços do governo para forçar a companhia a embarcar em atividades de baixo retorno. A medida ocorreu meses depois de que uma oferta de ações de US$ 70 bilhões da Petrobras deixou furiosos os acionistas minoritários. As preocupações estão refletidas nos preços das ações. A ação da Vale está avaliada agora à metade do preço médio das grandes produtores globais. 


Analistas do Credit Suisse observam que, historicamente, o Brasil sempre foi negociado com um desconto de 25% sobre seus pares emergentes numa base a prazo - possivelmente porque o Estado tem participações numa parcela desproporcionalmente grande de companhias com ações em bolsa de valores. 


 Will Landers, que gerencia US$ 10,5 bilhões em ações latino-americanas na BlackRock, diz que a emissão da Petrobras corroeu sua condição de empresa estatal que ainda tratava os acionistas de maneira justa. "A Petrobras e a Vale são lembranças de que temos o governo como sócio e que de vez em quando seremos pegos em situações que não serão boas para os acionistas", afirma. Mas Landers ainda tem Petrobras entre suas dez maiores posições, embora continue abaixo da média na ação. Como as grandes estatais compõem uma grande parte do mercado local, pode ser difícil para os gestores ignorá-las. (...)


Um estudo do Deutsche Bank constatou que o capital líquido investido nos mercados emergentes cresceu 53% do período 2006-08 para 2009-11, mas os ganhos econômicos - o fluxo de caixa que uma companhia espera gerar perpetuamente - cresceram apenas 7%. Rússia, China e Brasil, países onde o controle estatal é mais rígido, saíram-se pior. A mesma análise mostrou que os investimentos e os ganhos econômicos cresceram 10% e 6%, respectivamente, nos Estados Unidos. 


 O desconto de avaliação das ações emergentes mostra que parte disso já está embutida no preço. Mas Smith prevê coisas piores. "Acredito que o retorno patrimonial nos mercados emergentes será duramente afetado nos próximos anos... com o tempo deveremos ver uma certa corrosão do crescimento dos lucros nos mercados emergentes em comparação aos mercados desenvolvidos, principalmente por causa da valorização excessiva - este é o motivo de eu estar relativamente pessimista com os mercados emergentes." 

 Interferência estatal em empresas desagrada investidores Sujata Rao | Reuters, de Londres 25/04/2011 - Publicado no Valor Econômico

Guerra de depósitos

Os espanhóis que passaram diante de agências locais da CatalunyaCaixa, um pequeno banco de poupança, se depararam com uma proposta intrigante: deposite suas economias à taxa de 2,9% ao ano e receba um retorno extra toda vez que Marc Márquez, campeão espanhol do Grande Prêmio de Motociclismo, ganhar uma corrida.
Bancos espanhóis vivem "a guerra dos depósitos" - Miles Johnson | Financial Times - Publicado no Valor Econômico - 25 de abr de 2011. (Já imaginou uma promoção semelhante no Brasil? Toda vez que Barrichello ganhar uma corrida você terá um retorno extra... É difícil imaginar.)

Banco de dados do seu celular

Há quase dois anos, Alex Pentland, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, vem monitorando 60 famílias que vivem no campus da instituição. Ele usa sensores e softwares instalados em smartphones — registrando movimentos, relacionamentos, humor, saúde, hábitos ao telefone e gastos do usuário. Nessa montanha de detalhes íntimos, ele está achando padrões de comportamento que podem revelar como milhões de pessoas interagem em casa, no trabalho e nas horas livres. 
O texto é otimista quanto aos dados do celular, podendo ser usado para “revelar sintomas sutis de distúrbios mentais, prever oscilações na bolsa de valores e traçar a propagação de ideias políticas por uma comunidade à semelhança de um vírus”. Uma discussão interessante sobre a privacidade. Mas será que as pessoas sabem que estão sendo monitoradas pelo celular?

26 abril 2011

Rir é o melhor remédio

A empresa Ameriquest possui uma linha de comercial interessante: não julgue rapidamente. São diversas situações que poderiam levar um julgamento errôneo. O vídeo a seguir faz uma compilação de alguns desses comerciais.

Nota CAPES-CNPq sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício

Nota CAPES-CNPq sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício - Por Isabel Sales

Em julho de 2010 a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, publicaram a Portaria Conjunta CAPES-CNPq n° 01/2010 autorizando o acúmulo de bolsas de mestrado e doutorado com vínculo empregatício.

O Glauber Barbosa (a quem agradeço) me informou sobre uma nota, também publicada em conjunto CAPES-CNPq, publicada para esclarecer alguns pontos sobre a portaria. Destaco dois parágrafos:


A Portaria tem o propósito claro de permitir aos bolsistas da CAPES ou do CNPq a opção de acumular a bolsa de pós-graduação, níveis mestrado e doutorado, com um vínculo empregatício remunerado, desde que venha a atuar profissionalmente na sua área de formação e cujo trabalho seja correlacionado com o tema da sua dissertação/tese e, portanto, quando tal vínculo empregatício seja resultante de sua condição de bolsista e como consequência do tipo de projeto que esteja desenvolvendo.

Para obter esse beneficio o bolsista terá que ter a anuência de seu orientador que comunicará oficialmente à coordenação do programa de pós-graduação e se responsabilizará pelo bom andamento acadêmico do aluno bolsista com vínculo empregatício, e em consequência sem causar prejuízo ao bom desempenho do curso como um todo.



Para quem é bolsista (ou orienta bolsistas), vale a pena conferir aqui.

Teste 465

Este clube de futebol publicou um anúncio informando que as receitas cresceram 65% em 16 meses de nova gestão, sendo que as receitas recorrentes (este foi o termo usado) aumentaram 48%. Mais importante, “para continuar acompanhando o ______ também fora de campo, o balanço do clube, trimestre a trimestre, está disponível para dowload”.

Corinthians
Palmeiras
Santos

Resposta: McDonald´s. Fonte aqui

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A razão das batatas do McDonald´s serem tão gostosas

  Mudança na Deloitte

 A história do clube das coelhinhas da Playboy

 Fasb propõe reduzir a complexidade do teste de imparidade para goodwill

  Price inglesa reage as críticas

  Lenda urbana: nem sempre as ações foram os melhores investimentos

 Os maiores riscos do momento: China, Prata, Nações Européias e municípios

  KPMG e sócios fazem acordo de R$1 milhão com CVM

Rombo, endividamento, ...

Nesta segunda-feira, o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do Palmeiras tomará conhecimento do balanço do ano passado com um déficit maior que R$ 70 milhões no período. Em 2009, primeiro ano de gestão do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, que deixou o cargo na última temporada, o rombo foi de R$ 41 milhões. A participação do departamento de futebol no endividamento de 2010 é de 80% do valor total, ou seja, mais de R$ 56 milhões.
Observem a confusão: no primeiro parágrafo comenta-se sobre o déficit (ou "rombo"). Depoois sobre endividamento. Só para confirmar: 80% de 70 milhões é igual a 56 milhões.

 Fonte: Falha de São Paulo

Valor justo no Fasb

Embora esteja oficialmente atrasado, o processo de convergência para um padrão único de contabilidade mundial que inclua os Estados Unidos ganhou força nos últimos dias. O Conselho de Normas de Contabilidade Financeira (Fasb, na sigla em inglês), órgão que regula as normas contábeis americanas, conhecidas como US Gaap, desistiu da proposta de usar o método do valor justo de forma tão generalizada como havia sugerido em maio do ano passado para os instrumentos financeiros. 
Depois de ter recebido diversas críticas de participantes do mercado, o Fasb decidiu caminhar para um modelo que amplia o uso do valor justo com efeito no resultado, mas nem tanto. Nessa nova abordagem, empréstimos e recebíveis, por exemplo, devem permanecer com registro pelo custo amortizado. 
A decisão, esperada por alguns especialistas, se tornou oficial com a publicação de um documento conjunto do Fasb e do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), órgão responsável pelo padrão internacional IFRS, na semana passada, durante o feriado aqui no Brasil. 
A proposta levada a audiência pública pelo Fasb em maio de 2010 previa o registro de quase todos os ativos e passivos financeiros ao valor de mercado, o que praticamente inviabilizava a existência de um ponto comum com o pronunciamento já definitivo que havia sido publicado pelo Iasb em novembro de 2009. Chamada de IFRS 9, essa norma já é usada em alguns países e prevê a possibilidade de valor justo ou custo amortizado, conforme o modelo de negócios da empresa. 
A sinalização do Fasb de que está disposto a mudar sua abordagem para a contabilidade dos instrumentos financeiros facilita o processo para que o US Gaap se aproxime do IFRS, num processo que pode culminar com a incorporação do modelo americano pelo padrão internacional. 
A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, deve anunciar ainda neste ano se opta ou não pelo uso do IFRS pelas empresas americanas - uma vez que ele já é permitido para as estrangeiras que têm ações negociadas naquele mercado. A comissão acaba de marcar para 7 de julho uma nova rodada debates sobre o assunto. 
Pesquisa da regional americana da Grant Thornton Internacional com 516 diretores financeiros de empresas dos EUA mostra que a maioria deles não tem pressa para mudar a contabilidade. Do total, 49% defendem que o IFRS seja adotado somente daqui a cinco ou sete anos, quando uma aproximação gradual entre o padrão americano atual e o internacional permitir uma migração sem grandes consequências. Para 27%, o IFRS não deve ser adotado, mas medidas de aproximação entre os dois padrões devem ser tomadas. O percentual é maior do que os 24% que defendem adoção do IFRS de forma mais rápida, no prazo de dois a cinco anos. Dezenove a cada cem dessas empresas já preparam balanços em IFRS. Parte da resistência à adoção ao padrão internacional se explica pela insatisfação dos executivos americanos com a determinação de regras por um órgão internacional. Conforme a pesquisa, 57% dos entrevistados preferem que os normativos sejam ditados por um órgão independente, como o Fasb, mas que seja supervisionado pela autoridade local - no caso, a SEC. Apenas 19% disseram que as regras devem vir de entidades internacionais independentes, como o Iasb.
No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula a contabilidade das companhias abertas não financeiras, tem adotado na íntegra as normas de uso obrigatório editadas pelo Iasb. Mas o mesmo não ocorreu com o Banco Central, que mantém regras próprias para a contabilidade das instituições financeiras, embora tenha pedido a publicação adicional de um demonstrativo financeiro consolidado em IFRS.
A nova regulamentação do Fasb, que deve vir a público no terceiro trimestre, deve prever três classes de instrumentos financeiros. Aqueles da carteira de negociação e os ativos "disponíveis para venda" seriam registrados pelo valor justo, com a variação de preço afetando o resultado líquido da entidade. 
Pela contabilidade atual, as variações na carteira classificada como "disponível para venda" afetam apenas o patrimônio. No novo modelo, variações de valor de mercado com efeito no patrimônio - e não no resultado - passariam a restritas para alguns tipos de ativo, como aqueles ligados a operações de hedge. 
Haveria ainda ativos que seriam registrados pelo custo amortizado, como empréstimos e recebíveis, com testes recuperabilidade reforçados e também divulgação maior sobre o valor justo desses ativos, seja nas notas explicativas ou de outra forma. 
O documento conjunto diz ainda que, após a decisão final do Fasb sobre o assunto, a conclusão será levada para discussão dentro do Iasb. Não fica claro, entretanto, se o órgão internacional estaria disposto a rever o IFRS 9, já publicado e em uso por algumas jurisdições. 
A assessoria do Iasb foi procurada ontem, mas não pôde responder por conta do feriado na Europa.
EUA recuam em proposta de valor justo - Extraído do valor econômico (26/04/2011) via Caminhos do Saber

Grécia

A polêmica ganhou força nos últimos dias, quando Paul Moss, um operador do Citigroup, enviou e-mail a investidores alertando que a reestruturação da dívida grega era iminente, o que acabou provocando grande venda de ações de empresas locais. 
O governo grego e a própria União Europeia insistiram que não há planos de reestruturação da dívida e que o buraco equivalente a 160% do Produto Interno Bruto (PIB) é "totalmente sustentável", segundo declarações do governo. 
Há um ano, a Grécia recebeu um pacote de 110 bilhões para pagar as dívidas. Em troca, prometeu amplo programa de cortes de gastos e privatizações. 
Ontem, investigadores da Interpol interrogaram o operador do Citigroup sobre o envio do e-mail. O banco insiste que não cometeu nenhum crime ao enviar o comunicado. "Estamos cooperando com as autoridades e não consideramos que tenhamos feito algo de errado", informou o banco em um comunicado oficial.
Fonte: aqui

25 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Wonderbra é uma marca de roupas. Seus comerciais ressaltando a qualidade das roupas íntimas (em especial sutiãs) são muito criativos e divertidos. Eis uma amostra:




Novas Normas para Trabalhos Acadêmicos 2

Novas Normas para Trabalhos Acadêmicos 2 - Por Isabel Sales

Foi postado aqui no blog que há uma nova versão publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT da NBR 14724 que se refere a trabalhos acadêmicos. Agora a NBR 10520, sobre citações, também está sendo alterada e se encontra, no momento, submetida à consulta pública nacional. O sistema é bem legal! Você pode se cadastrar gratuitamente aqui, ter acesso ao “rascunho” da nova norma e recomendar a sua opinião à comissão de estudo autora – que pode ser: “aprovar sem restrições”, “aprovar com observações de forma em anexo” ou “não aprovar pelas objeções técnicas em anexo”. A data limite é essa sexta-feira, 29 de abril de 2011.

Teste 464

O que Sharon Stone, Rachel McAdams, Jeff Bezos e Jay Leno possuem em comum?

 Não concluiram a faculdade
São geminianos
 Todos já trabalharam no McDonald´s

 Resposta do Anterior: Ernst & Young

Efeito Spielberg

Por Pedro Correia

O diploma de graduação de uma universidade de excelência faz diferença? Talvez não. O efeito Spielberg explica o por quê:

But the good news is, as painful as rejection is, in terms of long-term success, getting into a prestigious college doesn't matter much. A study released in March by Alan Krueger of Princeton University and Stacy Dale of Mathematica Policy Research shows students who are rejected by highly selective schools go on to bank the same average earnings as Ivy League graduates. Krueger tells TIME his study shows too much attention is paid to the schools and not enough to the students. "Students can get a good education at many places," he says. "What matters most is what students put into their education — how seriously they take their studies and how much work they put in." It's what he calls the "Spielberg effect." (Steven Spielberg, one of the most famous directors of all time, was famously rejected twice from the University of Southern California's film school. He went on to attend California State University at Long Beach, a less selective school.) "Even if students don't get in, the fact that they are confident enough to apply indicates they are ambitious and hardworking, which are qualities that will help them regardless of where they go to school," Krueger says.

Read more: http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,2063935,00.html

Governança Corporativa

Um texto sobre governança (UMA MEDIDA PARA GOVERNANÇA, Catherine Vieira e Fernando Torres, Valor Econômico, 19/04/2011) polêmico e discutível:
Quantas vezes o conselho da companhia aberta da qual você é sócio se reúne por ano? E quais as formações dos conselheiros e de quanto tempo eles dispõem para analisar os detalhes dessa empresa? Há mulheres e estrangeiros? Aspectos como esses, que medem a dinâmica de funcionamento e de diversidade dos conselhos de administração, vêm sendo cada vez mais discutidos pelos estudiosos da chamada governança corporativa lá fora.
E estão sendo analisados pela primeira vez nas empresas brasileiras pelo professor Alexandre Di Miceli, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. 
 Ele levantou informações de 215 empresas listadas na BM&FBovespa e montou um índice que mede a diversidade e outro que analisa a passividade dos dois conselhos. Da combinação desses dois surge um indicador de alinhamento às boas práticas nos quesitos analisados. (...) 
Para medir a propensão à atividade ou à passividade, ele levou em conta o número de encontros num ano, a existência de comitês, o número de membros independentes e o nível de dedicação dos conselheiros. "Se alguém está em vários conselhos ou se é o principal executivo numa outra companhia, essa pessoa tende a ter um nível de dedicação menor para aquela companhia específica", pondera Di Miceli. 
Usar como medida o número de reuniões pode ter um forte viés já que em alguns conselhos o pagamento é por reunião.  
Ele ressalta que é crucial ter conselheiros dedicados, que possam se aprofundar nos assuntos e questionar com propriedade a companhia. Isso porque, destaca o professor, existe uma tendência natural em qualquer grupo para seguir um líder, conforme mostram estudos comportamentais que vêm sendo repetidos há alguns anos. "É mais comum que essa liderança seja exercida por uma pessoa que esteja mais no dia a dia da empresa, que tenha muitas informações e interesse em que os projetos sejam viabilizados", diz o pesquisador.  
Ter conselheiros dedicados realmente é um aspecto relevante, já que algumas empresas estão mais preocupadas em colocar no seu conselho lobistas e pessoas influentes. Mas é muito difícil mensurar a tendência de seguir um líder  num estudo com um número abrangente de empresas. O texto prossegue:
Já para avaliar a diversidade, ele levou em conta o número de mulheres, estrangeiros e as diferentes formações acadêmicas, além da idade e do tempo médio nos cargos dos membros do conselho. "Se todos são engenheiros, formados pela mesma escola e com a mesma idade, a tendência é que não surjam muitos pontos de vista diferentes", explica. Os grupos muito homogêneos tenderiam a reforçar ideias comuns e isso poderia levar à não observância de alguns riscos ou oportunidades que alguém com uma visão bem diferente poderia enxergar melhor. 
É interessante que o texto apresenta uma crítica a metodologia proposta, através de um executivo de uma empresa:
Já Olanir Grazziotin, diretor da empresa gaúcha Grazziotin, argumenta que, apesar de o conselho da empresa realizar apenas duas reuniões formais por ano, o grupo está em contato constante. "Discutimos e trocamos ideias, principalmente por e-mail. O contato não é apenas nas duas reuniões presenciais", diz. Segundo ele, existem dois membros independentes no conselho, eleitos pelos minoritários. E uma preocupação de que os administradores entendam bem da região onde o negócio está focado. A Grazziotin é uma loja de departamentos com sede em Passo Fundo (RS). "O que temos de ter no conselho, médicos? Nós buscamos gente que entenda do negócio e da região", conclui. 
Infelizmente o texto resolve dar uma coerência teórica, apelando para as "finanças comportamentais":
Conselhos têm efeito manada Muita gente prefere errar junta do que se arriscar a estar certa sozinha. Esse comportamento humano pode ser visto em vários vídeos no YouTube. Num deles, cinco pessoas estão numa sala, sendo uma "cobaia" e quatro atores. Quando os atores dão a mesma resposta errada para uma pergunta, o indivíduo testado até se mostra contrariado, mas costuma errar junto com os demais. Se um dos atores dá a resposta certa, aquele que é testado se sente confortável para acertar e contrariar os demais. 
O que ocorre nos Conselhos não está relacionado com o efeito manada.
Segundo o professor Alexandre Di Miceli, esse tipo de comportamento pode se repetir em conselhos de administração, assim como o de obediência a um líder. Isso pode ser verificado, segundo ele, no teste de Milgram. No experimento, pessoas comuns são requisitadas a acionar uma máquina que dá choques em outro indivíduo - no caso um ator - quando ele erra em um teste de memória. A intensidade do choque aumenta a cada erro. Orientadas por um cientista - também ator - cerca de dois terços das pessoas são capazes de dar choques letais no outro, apenas por confiarem no "especialista".
Talvez a melhor forma seria ter acesso as transcrições das reuniões (mas não as atas). Somente desta forma seria possível mensurar realmente as divergências.

Código Comercial

O texto a seguir é extremamente relevante para o profissional contábil. Entretanto, não vi nenhuma referência ao assunto recentemente. Acredito que o CFC deveria estar atento ao tema:
  O Ministério da Justiça criará, num prazo de 40 dias, uma comissão de juristas para elaborar o anteprojeto de um novo Código Comercial, com o objetivo de reunir princípios e normas aplicáveis à atividade empresarial. Atualmente, essas regras estão espalhadas entre o Código Civil, de 2002, e uma série de leis específicas - como a das Sociedades Anônimas, a de Falências e a de Títulos de Crédito Comercial. 
A notícia vem em resposta a um movimento crescente de empresários e advogados, apoiados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). Para o grupo, a legislação atual é anacrônica e não garante segurança jurídica aos investimentos. "Uma nova sistematização das regras do código comercial é muito bem-vinda. A atualização e a segurança jurídica são indispensáveis para o desenvolvimento empresarial", afirmou ao Valor o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por meio de sua assessoria de imprensa. 
 Até recentemente, a atividade comercial no Brasil era regulamentada pelo Código Comercial de 1850. A modernização dos negócios e as exigências da globalização levaram a uma série de alterações ao longo do tempo. Até que o Código Comercial foi praticamente revogado em 2003, com a entrada em vigor do novo Código Civil - que trouxe uma parte específica sobre o direito comercial, o Livro 2. A partir daí, o direito privado brasileiro foi unificado em um calhamaço com mais de dois mil artigos. Do velho Código Comercial restaram apenas trechos sobre navegação. 
 Os defensores de um novo código argumentam que a unificação do direito privado contraria uma tendência mundial - apenas a Itália fez movimento semelhante na época do fascismo - e resulta no enfraquecimento dos valores e princípios que regem os negócios, como o da livre concorrência. "A relação entre as empresas não pode ser tratada da mesma forma que os contratos de consumo, de trabalho e entre vizinhos", afirma um dos principais defensores da proposta, o jurista Fábio Ulhoa Coelho, professor titular de direito comercial da PUC-SP. 
 Em seu livro "O futuro do direito comercial", publicado no ano passado, Ulhoa propõe uma minuta de um novo código. "A proposta foi muito bem recebida", diz ele. Um dos principais objetivos, explica, é proteger o empresário competitivo. 
 A minuta inclui uma das maiores demandas jurídicas atuais das entidades empresariais: a limitação da responsabilidade dos sócios, com seus bens pessoais, por dívidas trabalhistas da pessoa jurídica. Entre as sugestões também está a simplificação do trabalho das juntas comerciais no registro das empresas e a previsão de que certos documentos, como contratos e títulos de crédito, circulem exclusivamente em meio eletrônico. Coelho tem na agenda para os próximos meses viagens por várias regiões do país, para apresentar a ideia a entidades empresariais e jurídicas. 
 Sinal de que a defesa de um novo Código Comercial vem ganhando um número crescente de adeptos é que será discutida, no dia 4 de maio, em uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, como informou ao Valor o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), autor do requerimento. Além de Ulhoa, foi convidado para debater o tema o advogado João Geraldo Piquet Carneiro, presidente do Instituto Hélio Beltrão, dedicado a estudar alternativas para tornar a administração pública mais eficiente. "A lei atual é muito fatiada e, em alguns casos, contraditória", afirma Carneiro. 
 A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também demonstrou simpatia ao movimento. "O novo Código Civil já veio com algumas normas ultrapassadas", afirma o gerente executivo jurídico da entidade, Cássio Borges, referindo-se ao fato de que o projeto passou quase três décadas em discussão no Congresso antes de sua aprovação. "Mas é preciso ter cautela para que a transição não viole a estabilidade jurídica", pondera. 
 O requerimento ao Ministério da Justiça, para se elaborar a comissão responsável por um anteprojeto de Código Comercial, partiu da Comissão de Direito Empresarial da OAB-SP. Para o presidente da comissão, professor de direito comercial do Mackenzie e da PUC-SP, Armando Rovai, os advogados que lidam com direito empresarial passam hoje por "um drama". "Quando os clientes perguntam se irão ter sucesso, o advogado vai responder, honestamente, que não sabe", afirma ele, atribuindo a situação a um ordenamento jurídico "confuso" e cheio de "antagonismos interpretativos". 
 Para Rovai, um dos problemas diz respeito à regulamentação da sociedade limitada. "Tem uma burocracia que gera insegurança jurídica", diz. Ele aponta incertezas, por exemplo, na definição dos valores a serem recebidos pelo sócio que se retira ou é expulso da sociedade. Outra lacuna, segundo ele, diz respeito ao comércio eletrônico. "O Livro 2 é completamente ruim, absolutamente fora dos padrões necessários à vida comercial", afirma. 
 Outro defensor da ideia é o professor Arnoldo Wald, para quem o Código Civil ficou "capenga" ao tratar do direito comercial sem incluir as sociedades anônimas - regulamentadas pela Lei das S.A. Para ele, o desenvolvimento do mercado de capitais e do mercado financeiro também requer um direito empresarial mais moderno. O advogado Jorge Lobo, outro entusiasta da ideia, aponta que ainda não está claro, no entanto, se um novo Código Comercial incluiria todas as matérias atualmente tratadas em leis específicas - como no caso do direito francês - ou simplesmente substituiria o que está hoje no Código Civil. 
 Nem todos os advogados compartilham, no entanto, a opinião de que um novo Código Comercial seria necessário. "O Código Civil está atendendo perfeitamente às necessidades", afirma o advogado Mário Nogueira, sócio do Demarest & Almeida Advogados, uma das maiores bancas do país. Para o advogado Gustavo Amaral, do Paulo Cezar Pinheiro Carneiro Advogados, alterações pontuais na legislação atual seriam preferíveis a uma reforma completa. "Muitas mudanças em pouco tempo enfraquecem a cultura da legalidade", defende. 
 Comissão elaborará novo Código Comercial - Maíra Magro - Valor Econômico - 19/04/2011

Coerência

A diretoria da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) propõe para votação dos seus acionistas, em assembleia, a mesma medida que, na condição de investidora, rejeitou na semana passada para a Usiminas. (...)
A legislação estabelece que os acionistas podem devolver suas ações à empresa, em troca de dinheiro, nos casos de cisão, incorporação, aquisição relevante, mudança de objetivo social, entre outros.
Conforme a lei, o montante mínimo a ser pago como reembolso deve ser o valor patrimonial da ação, que resulta da divisão do patrimônio líquido pelo número de papéis emitidos.
Na maioria dos casos, esse valor é inferior à cotação das ações na bolsa, o que torna raros os casos em que esse direito é exercido por minoritários.
Algumas empresas, entretanto, preveem em seus estatutos que o reembolso seja pelo valor econômico, que costuma ser mais próximo do preço de mercado e às vezes até superior. (...)

 CSN propõe medida que rejeitou na Usiminas Autor(es): Fernando Torres e Eduardo Laguna | De São Paulo Valor Econômico - 20/04/2011

A única incoerência é a empresa não defender medidas que aumente o valor para seus acionistas.

Buffett e o modelo moral

O bilionário Warren Buffett tem sido um modelo para muitas pessoas, inclusive em termos morais. Em geral suas atitudes são elogiadas pela transparência com que conduz seus negócios. Recentemente um diretor saiu da sua empresa sob a suspeita de utilização de informação privilegiada. Um artigo de Jonathan Weil, da Bloomberg (Buffett mostra que está longe de ser um modelo moral) questiona o comportamento do investidor e faz um resumo de alguns problemas passados. Eis o trecho:

Buffett, cujo histórico em termos de arranhões de reputação é longo e variado, não é exceção.
 Ele estava no comitê de auditoria do conselho de administração da Coca-Cola quando a SEC descobriu que a empresa tinha ludibriado os investidores sobre seus lucros durante a década de 1990. Ele silenciou sobre a Moody's quando ela enganou a opinião pública com incontáveis notas AAA para todo aquele lixo de bônus de crédito imobiliário "subprime", quando a Berkshire era sua maior acionista.
 Quatro ex-executivos da divisão Gen Re da Berkshire receberam sentenças de prisão por ajudar o American Internacional Group (ING) a cometer fraude contábil uma década atrás. Pelo menos nesse caso, depois que a Gen Re pagou US$ 92 milhões, no ano passado, para encerrar com acordo denúncias dos investidores e pôr fim às investigações do governo, Buffett reconheceu publicamente que a empresa tinha feito coisa errada.
 E qual será, na verdade, o grau de importância que o conselho de administração da Berkshire atribui ao uso de informações privilegiadas por pessoas de sua confiança, afinal?
 A empresa manteve a Deloitte & Touche como sua auditoria externa depois de saber, em 2008, que o vice-presidente da Deloitte comprou e vendeu freneticamente ações da Berkshire quando era um dos sócios consultivos na auditoria da Berkshire. Isso fez com que a Deloitte e a Berkshire infringissem as normas da SEC sobre a independência dos auditores, disse o órgão no ano passado.
 Em vez de mudar de empresa, no entanto, a Berkshire concluiu que a Deloitte era independente, de qualquer maneira. A SEC aceitou isso, o que, em última instância, era o que interessava, e não alguma virtude maior da Berkshire em manter aparências impolutas. (O ex-sócio da Deloitte pagou no ano passado cerca de US$ 1 milhão para encerrar com acordo as acusações de fraude interpostas pela SEC.)
 Às vezes as grandes mentiras da Berkshire são mais sutis. A última declaração para voto por procuração da empresa arrola Bill Gates, presidente do conselho de administração da Microsoft, como um conselheiro "independente", embora Buffett tenha comprometido a maior parte de sua fortuna de US$ 47 bilhões com a Fundação Bill & Melinda Gates. Isso pode estar certo pela definição de "independente" da SEC, mas não pelos padrões do senso comum.
 Outro conselheiro supostamente independente é Walter Scott, que detém 9,4% das ações com poder de voto na MidAmerican Energy Holdings, subsidiária da Berkshire, da qual Sokol está pedindo afastamento como presidente do conselho de administração. A declaração para voto por procuração da Berkshire nos assegura que essas questões foram devidamente examinadas.
 A Berkshire encaminha milhões de dólares de honorários, todos os anos, para a Munger, Tolles & Olson, o velho escritório de advocacia do vice-presidente de seu conselho de administração, Charlie Munger, onde o diretor da Berkshire Ronald Olson é um dos sócios. Entre os demais conselheiros estão o filho de Buffett, Howard. Na maioria das empresas com ações negociadas em bolsa esses acordos seriam tidos como exemplos de má governança. Pelo fato de se tratar de Buffett, a Berkshire normalmente tem salvo-conduto.
 Existe um parâmetro pelo qual Buffett, de 80 anos, tem sido enormemente bem-sucedido: "No caso da Berkshire, lhe dissemos muito tempo atrás que nossa tarefa é aumentar o valor intrínseco por ação a uma taxa superior ao aumento (incluindo dividendos) da S&P 500", escreveu Buffett em sua mais recente carta anual aos acionistas.
 Isso, ao lado de encontrar um sucessor capacitado, é o padrão pelo qual os investidores deveriam julgá-lo e vão julgá-lo. Alguém que esteja à cata de um herói para idolatrar deve procurá-lo em outro lugar. 

Lucro e Arrecadação

O resultado da arrecadação federal no primeiro trimestre deste ano mostra que a receita do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) retornaram ao seu nível histórico, depois do fraco desempenho dos dois tributos no ano passado. A arrecadação do IRPJ e da CSLL, em seu conjunto, cresceu 19,87% de janeiro a março deste ano, em termos reais, em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo a forte lucratividade das empresas em 2010.
Com lucro das empresas em alta, arrecadação bate recorde - Luciana Otoni - Valor Econômico - 20/04/2011

Esta questão tem uma implicação importante para a contabilidade. A desvinculação entre as normas contábeis e a apuração do imposto de renda poderia estar comprometida se, neste momento, a arrecadação de tributos não  correspondesse. Temo que o governo poderia preparar uma intervenção maior na apuração do lucro.

Livro sobre insetos de $23.698.655,93

Por Pedro Correia


Leia a inacreditável história do livro da Amazon que chegou a custar $23.698.655,93.Outrossim, entenda o estrago que a fixação de preços com algoritmos automáticos pode causar.

Comercial japonês

Ao som de Bach

24 abril 2011

Rir é o melhor remédio

O Presidente da República Checa no Chile e a Caneta que desaparece



Fonte: aqui

Em tempos do acerto com o Leão...

Um século depois de criado, o desconhecido Montepio Civil da União sobrevive até os dias de hoje pagando vultosas pensões vitalícias, em média de R$ 20 mil mensais, a 237 herdeiros da alta magistratura. Em 2010, o Tesouro Nacional gastou R$ 58,6 milhões para pagar as aposentadorias ao seleto grupo de beneficiários.
Dados do Ministério da Fazenda apontam que os gastos com o pagamento de pensões do montepio vêm se mantendo estáveis nos últimos anos. O número de benefícios ficou inalterado. Em 2009, o governo desembolsou R$ 58,3 milhões para pagar os 237 pensionistas. Em uma década, o montante de beneficiários do montepio encolheu drasticamente: hoje é 15 vezes menor do que as 3.719 pessoas que desfrutavam do benefício em 2000.
Eugênia Lopes e Edna Simão - Pensão criada pelo marechal Deodoro ainda consome R$ 58,6 mi da União - Estado de São Paulo - 24 abr 2011

Teorema da Simetria de Lerner

Por Pedro Correia


O Ministro Fernando Pimentel, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é um dos defensores da imposição de tarifas e outros tipos de barreiras à importações para limitar a queda da do superávit comercial. No entanto , sua visão está equivocada, pois a Teoria da Simetria de Lerner diz que uma tarifa de importação é equivalente a uma tarifa de exportação.Nas palavras de João Marinho Nunes:"Para exportar mais, você tem que importar mais. Se tentar frear as importações com tarifas e outros tipos de barreiras, a consequência será um comércio externo menor (menos importações e exportações)"

Ainda, segundo João:"Durante boa parte dos anos 1980, o Brasil restringiu fortemente as importações. O saldo ficou positivo, mas o comércio se manteve estagnado. Já a Coréia, que no início da década de 1980 exportava e importava valores semelhantes ao Brasil, como não adotou medidas restritivas às importações viu se comércio crescer de modo que atualmente exporta e importa aproximadamente o dobro do Brasil, com o saldo alternando entre ligeiramente positivo e negativo. Esse padrão se repete em todos os países que não impõem barreiras significativas ao comércio. As figuras abaixo ilustram esta situação. "





Energia cara tira indústrias do Brasil

Por Pedro Correia


O alto custo da energia elétrica, a invasão de produtos chineses e os incentivos tributários concedidos por outros países estão deixando o Brasil em segundo plano na rota de investimentos de empresas multinacionais.

Estudo feito pelo Estado, com fontes do mercado, mostra que fábricas de setores eletrointensivos – em que o custo da energia é um dos principais componentes no preço final do produto, como alumínio, siderurgia, petroquímico e papel e celulose – estão fechando unidades no País ou migrando para outros locais por causa da perda de competitividade no mercado brasileiro.

Nesse contexto, enquadram-se pelo menos sete companhias. A Rio Tinto Alcan está em negociações “avançadas” para instalar a maior fábrica de alumínio do mundo no Paraguai, com investimentos entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões para produzir 674 mil toneladas de alumínio por ano. A Braskem vai inaugurar unidade de soda cáustica no México e faz prospecção em outros países, como Peru e Estados Unidos.

...“No Brasil, se nada for feito, o risco é de o setor sumir. Temos vários exemplos de países em que a indústria do alumínio fechou em dois anos. Há mais de 25 anos, nenhuma nova fábrica se instala no Brasil. O que tivemos foi expansão das já existentes e, mesmo assim, parou tudo”, diz Spalding.

Fonte:Karla Mendes, O Estado de S.Paulo

O Facebook dos Pesquisadores

O Facebook dos Pesquisadores - Postado por Isabel Sales


  • Portal científico promove intercâmbio entre pesquisadores de todo o mundo

    Quase 40 milhões de alemães utilizam portais como o "Researchgate", que se considera a maior rede mundial de pesquisadores. A ideia foi desenvolvida na Alemanha.

    Ijad Madisch criou com dois amigos em 2008 o portal de cientistas Researchgate, com escritório em Berlim. Madisch, de 30 anos, teve a ideia enquanto cursava Medicina. Tudo se deveu a um impasse em suas pesquisas: desenvolvimento de ossos para dedos artificiais através do uso de células-tronco.

    Ele já não encontrava respostas para suas perguntas, nem no laboratório nem entre pesquisadores próximos. Por isso, resolveu criar uma rede de contatos, onde qualquer pesquisador pudesse apresentar suas aptidões e projetos, e buscar contato com outros.

    Saindo da torre de marfim

    Mais de 900 mil cientistas e pesquisadores de todo o mundo se cadastraram no portal Researchgate, cujo slogan é "Para fora da torre de marfim científica", explica Madisch. Ecologistas da Noruega trocam informações com sociólogos do Egito, químicos dos Estados Unidos pedem conselhos a matemáticos da Índia, num intercâmbio sem fronteiras.
    "Oitenta por cento dos trabalhos científicos são experimentos que não dão certo", revela o criador do portal. "Mas no final acaba sendo publicado apenas o que funcionou". O Researchgate, no entanto, também publica artigos científicos sobre experimentos que fracassaram. "Isso evita a repetição de erros e a ciência se torna mais rápida e eficiente".

    Sem propaganda

    Para fundar o portal, Madisch recebeu dinheiro de empresas do chamado Silicon Valley, da Califórnia. "No início, todos se mostraram bem mais céticos na Alemanha. Nos Estados Unidos, tais projetos incomuns têm mais chances de receber apoio", explica o médico de origem síria com formação na Universidade de Harvard.

    Ao contrário de redes sociais como Orkut ou Facebook, o Researchgate não permite anúncios comerciais, e os dados dos pesquisadores também não são passados adiante. "Nós nos financiamos, entre outras coisas, com uma bolsa de empregos na área científica. Para os pesquisadores ela é gratuita, enquanto as empresas têm de pagar os anúncios". Além disso, o portal monta redes privadas para instituições de pesquisa como a Sociedade Max Planck.

    Para o bioquímico Tim Hucho, de 40 anos, trata-se de uma plataforma "de" e "para" pesquisadores. Ele faz pesquisas sobre a dor e usa o portal há mais de dois anos. Além disso, dirige uma rede com vários grupos de trabalho.

    "O Researchgate é bastante prático quando se quer disponibilizar dados laboratoriais importantes ou informações sobre encontros", explica Hucho. "Normalmente, artigos especializados são disponibilizados apenas em publicações famosas, que custam bastante dinheiro", conta. Por isso, ele acredita que o Researchgate é muito interessante para pesquisadores de países em desenvolvimento.

    Usuários jovens

    Mesmo assim, Hucho não acha que o portal seja concorrente das publicações especializadas, pois a clientela é, em primeira linha, jovem. Cientistas conhecidos preferem os veículos tradicionais.

    Hucho acha desnecessário fazer controles para averiguar a honestidade dos trabalhos apresentados no portal, ou para identificar charlatães. "A rede se autorregula. Com qual professor alguém estudou? Quais são os trabalhos que publicou? Com estas perguntas se separa rapidamente o joio do trigo", explica.

    Além disso, cada pesquisador pode comentar os trabalhos dos outros, acrescenta Madisch, que abandonou a Medicina para se dedicar ao portal de pesquisadores. Mas mesmo assim continua sonhando com um Nobel. Não o de pesquisas incomuns, e sim por ter montado uma gigantesca rede de cientistas. Essa categoria de prêmio, no entanto, ainda tem de ser criada.

    Autora: Aygül Cizmecioglu


Fonte: Aqui

23 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Ciência e Esoterismo no Mercado Financeiro

Por Pedro Correia




Excelente texto de Fernando Botti:



Assim como todas as ciências humanas, a economia e os estudos adjacentes ( investimentos, finanças…) não escapam de certos traços exóticos trazidos até hoje por uma certa persistência cultural. Contabilidade e seus balanços é baseada em técnicas desenvolvidas por um frei medieval, nomenclaturas como fluxo de caixa, liquidez, em estudos de hidrodinâmica dos egípcios…mas nada que as ciências exatas não sofram de certa maneira.


Nas exatas, porém, apesar de algumas nomenclaturas e conceitos do passado persistirem, muitas se extinguiram devido sua inexistência na realidade (como o flogístico, o calórico, o éter do vácuo…), já nas humanas os testes ou são inexistentes ou são um tanto subjetivos, deixando margem para diversas interpretações, das interessante às exóticas.


Dá certamente uma impressão que algumas (muitas) vezes, economistas, analistas fundamentalistas, gestores, grafistas, são, no melhor dos casos, bons contadores de histórias que precisam fazer algum sentindo, ou ter alguma aderência relativa com a realidade, para nos confortar com o controle e a explicação. Nem todos são assim, claro.


Nesse mundo moderno, absurdo e complexo, onde bruxos fibonaccianos, acupunturistas de agulhadas didilhescas convivem com economistas, físicos e matemáticos sérios, é cada vez mais salutar lembrar que a correlação não é causalidade.




Fonte: Investimetria

22 abril 2011

Rir é o melhor remédio









Publicado por Isabel Sales, indicado por Glauber Barbosa.

Fonte: Traduzida e Original

O Kindle e as Bibliotecas Virtuais

O Kindle e as Bibliotecas Virtuais - Por Isabel Sales

Esses dias republiquei no blog o link para uma postagem em que o professor César ponderava sobre as Normas ABNT nesse mundo digital, no qual o Kindle, por exemplo, nem sempre disponibiliza o número de páginas, mas sim a porcentagem de leitura.

Vou aproveitar nesse momento, antes das suas considerações, para avisar que eu sou fã absoluta do Kindle. Na minha visão tablets em geral são computadores bonitinhos e práticos. Já o Kindle...!!! Ah! O Kindle! Ele sim é um LIVRO digital. Posso ficar horas lendo sem o cansaço na vista causado por tablets comuns (ou por encarar uma lâmpada fixamente horas a fio), curtindo a piscina do domingo, além de poupar a minha impressora das cópias sem fim dos artigos utilizados no referencial teórico da minha dissertação.

Pois é, mas vamos ao comentário que quero fazer hoje: li aqui que a Amazon vai deixar que bibliotecas emprestem livros Kindle! Maravilhoso mundo novo!! Por enquanto é só nos Estados Unidos. Mas quem sabe... Aposto que essa atitude será logo adotada por outros países, afinal, não é só uma forma muito interessante de disseminar a cultura, como poupará espaço nas prateleiras, facilitará a conservação e atualização dos acervos. Que tal?

Ok. Ok! Confesso. Essa tecnologia também estará disponível para Android, iPad, iPod touch, iPhone, PC, Mac, BlackBerry ou Windows Phone.


Leia mais sobre o Kindle publicado anteriormente no blog: aqui e aqui.

Desempenho de empresas socialmente responsáveis

Por Pedro Correia

Um artigo intitulado: Vice vs. Virtue Investing Around the World mostra que há pouca diferença no desempenho das ações de investimentos socialmente responsáveis e ações de firmas de entretenimento adulto, álcool, jogo, energia nuclear, tabaco e armas.


Segue o resumo:


In this paper, we empirically test the extent to which a portfolio of socially not responsible firms screened out of a market portfolio will trade at a discount. We create a set of global and domestic sin indexes consisting of 755 publicly traded socially not responsible stocks around the world belonging to a Sextet of Sin: adult entertainment, alcohol, gambling, nuclear power, tobacco, and weapons. We compare their stock market performance directly with a set of virtue comparables consisting of the most important international socially responsible investment indexes. We carefully establish which one of the theoretical predictions proposed by Rivoli (2003) prevails empirically. Employing a multi-factor performance measurement framework and recent boot-strap procedures for robust performance testing, we find no compelling evidence in the data that ethical and unethical screens lead to a significant difference in their financial performance.

Aluguel de jornal

Por Pedro Correia


O jornal Garum Tesfaye é um dos maiores grupos de comunicação da capital da Etiópia,Addis Ababa.Este grupo aluga seu jornal por até 30 minutos por menos de 1 centavo de dólar.No entanto, se o leitor passar do tempo ele é obrigado a pagar a um valor extra. Um jornal na capital da Etiópia custa, em média, 35 centavos de dólar.

O público que aluga os jornais é composto majoritariamente por jovens que buscam emprego e não notícias. Desse modo, o tempo exíguo que é preciso para ler os anúncios de emprego justifica o sucesso do aluguel de jornal. Além disso, de certa maneira o valor módico incentiva o hábito da leitura.No entanto, o aluguel não é tão bom para quem publica o jornal.

"For the reading habits it is good," he says of the rental industry, but he quickly adds: "For the publisher it is nothing. If we calculate in terms of income, the publisher gets nothing from such rentals."

Adicionalmente, alguns leitores roubam o jornais:

"There are some readers who ask for papers to read and vanish immediately so we have to turn our neck from the left to the right to check if things are alright," says Tesfaye

Fonte:CNN

As IFRS podem pode evitar a próxima crise?

Por Pedro Correia


David Albrecth, que é contrário à adoção das IFRS nos EUA,responde a esta pergunta:

Convergence of accounting standards is a bad idea. The academic theory is that market participants benefit from detailed information tailored to that specific market. Given that capital markets are local (but are linked around the world) it makes sense that local accounting standards (that force companies to disclose as much detail as possible) would provide the greatest value.

Em seguida opina sobre o impacto da auditoria e das normas contábeis na próxima crise:

There is no theory to suggest that audit opinions will be trustworthy. If audit opinions aren’t trustworthy, then there is no effective check on the numbers reported by companies in their financial statemeents.

The two work together. If converged accounting standards are company friendly, and auditors are paid to be company friendly, then it is likely that accounting and auditors will not delay, by even a day, the next financial crisis.

I hope the reporters heard my message.

Desafios e benefícios do IFRS para os EUA

Por Pedro Correia


A SEC anunciou que no dia 7 de julho promoverá um encontro para discutir os benefícios e desafios da potencial incorporação do IFRS nos EUA.

Segue parte do comunicado da SEC:

"The July 7 event will feature three panels representing investors, smaller public companies, and regulators. The panel discussions will focus on topics such as investor understanding of IFRS and the impact on smaller public companies and on the regulatory environment of incorporating IFRS.

“We must carefully consider and deliberate whether incorporating IFRS into our financial reporting system is in the best interest of U.S. investors and markets,” said SEC Chief Accountant James Kroeker. “This roundtable will provide an excellent opportunity for investors, preparers, and regulators to provide the SEC staff with valuable information that will help the Commission in its ongoing consideration of incorporating IFRS.”

Trabalho conjunto entre FASB e IASB

Por Pedro Correia


O IASB e FASB publicaram hoje um relatório sobre o seu trabalho conjunto para melhorar o IFRS e GAAP’s americanos para trazer a sua convergência. O relatório fornece detalhes sobre o cronograma para a conclusão dos restantes projetos, e está disponível para download no site do IASB e do FASB.

Para mais detalhes clique
aqui.

Fonte: Blog do Jomar- Harmonização Contábil

21 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Glennz: origami, tubarão, simulador, peixe elétrico e fada. Fonte: aqui (via aqui)

Por que a IFRS 8 atraiu tantas críticas?

Por Pedro Correia



Samir Sayed e Gustavo Tancini respondem a esta pergunta:

Vamos às duas últimas questões:



a) Que informações devem ser divulgadas para cada segmento?

b) Porque a IFRS 8 atraiu tantas críticas?

As respostas:

a) As informações divulgadas devem permitir que os usuários avaliem a natureza e os efeitos financeiros das atividades de negócio nas quais se envolve os ambientes econômicos em que opera. Basicamente deve ser apresentado o lucro, ativo total e se fornecido ao tomador de decisões econômicas o valor dos passivos. Todas as informações devem ser baseadas na mensuração utilizada internamente. Podem ser apresentadas informações adicionais como abertura das receitas, resultado financeiro, depreciação entre outras.

b)
1-Abertura de aspectos estratégicos da maneira como o negócio é conduzido;
2-Comparabilidade entre empresas é prejudicada;
3-Baseado em regras (rules based) – limites quantitativos;
4-A seleção dos segmentos divulgáveis é influenciada pela administração; e
5-A mensuração é baseada em métricas internas e não contábeis.



Saiba mais sobre informações por segmento: Aqui, aqui e aqui.