01 julho 2021
Milionários no Mundo
Dois gráficos sobre os milionários no mundo, com dados de 2020. Os números são do banco suíço Credit Suisse (via aqui)
Depósito de 50 bilhões na conta corrente
Uma mulher na cidade de Baton Rouge, ao verificar a conta bancária conjunta, percebeu que o banco tinha depositado US$50 bilhões. Depois de ligar para o banco para informar do erro, a instituição levou quatro dias para fazer corrigir o erro.
Pela lei local, caso o correntista gaste o dinheiro pode sofrer acusação criminal por desvio de propriedade de terceiros.
Fonte: aqui
Maiores empresas de auditoria
Uma análise do Audit Analytics olhou a participação no mercado de auditoria dos Estados Unidos. O levantamento separou grandes empresas das outras. O critério do porte foi a capitalização. De um total de 3.890 empresas com capitalização acima de 75 milhões de dólares, a EY é responsável por 860 ou 22,1%. Depois, a Deloitte, com 642 (16,5%), PwC (577 ou 14,8%) e KPMG (516 ou 13,3%). Estas quatro empresas possuem 66,7% do mercado. Após as Big Four temos a GT, BDO, Marcum, Withum, RSM e Crowe. Além destas empresas, há mais 140 outras auditorias que trabalham com as empresas de capital aberto de grande porte.
O Coeficiente de Gini, uma medida de concentração, calculado entre as dez maiores empresas de auditoria indica um valor de 0,44. (Neste caso, quanto maior o valor, maior a concentração. Não é um valor baixo, já que calculamos com somente as dez maiores empresas do setor.)
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Mishra, de 12 anos e 4 meses, é o mais jovem Grande Mestre de xadrez da história - bateu o recorde de Karjakin
30 junho 2021
Importância do bom exemplo
No ano passado, o México estava abalado por alegações de corrupção contra três ex-presidentes acusados de participar de esquemas de suborno multimilionários, financiamento ilegal de campanhas e outros crimes.
O escândalo pode ter longo alcance consequências para a política mexicana, e a publicidade pode estar mudando as normas no resto da sociedade, de acordo com a artigo no American Economic Journal: Applied Economics.
Autor Nicolás Ajzenman examinou o impacto da corrupção política local na honestidade dos estudantes do ensino médio no México. Usando uma técnica estatística chamada diferença nas diferenças, Ajzenman examinou a auditoria relatórios de municípios entre 2006 e 2013 e taxas de trapaça detectada por software em exames padronizados obrigatórios.
A Figura 3 do artigo do autor mostra que a trapaça nos testes aumentou significativamente após revelações de corrupção por autoridades locais.
O ponto mais à esquerda representa os municípios do quartil inferior de gastos governamentais não autorizados (menos corruptos), e o ponto mais à direita representa aqueles no quartil superior (mais corrupto). As barras verticais são intervalos de confiança de 95%.
Em níveis mais baixos de corrupção, há um efeito positivo, mas insignificante, nas taxas de trapaça nas escolas. Esse efeito aumenta à medida que a corrupção se torna mais saliente e é significativa no quartil mais alto da corrupção.
No geral, os alunos do ensino médio tinham 10% mais chances de trapacear nos testes padronizados após revelações de comportamento corrupto por parte das autoridades locais. O trabalho de Ajzenman é uma evidência de que os líderes políticos são exemplos para seus cidadãos e ajudam a moldar os padrões éticos das sociedades que governam.
Fonte: aqui
Prejuízo da Ford no Brasil
A notícia da Reuters é um pouco antiga, mas vale o comentário:
Até a decisão de desistir de produzir no Brasil, a Ford havia queimado R$ 39,5 bilhões, a maior parte em prejuízos acumulados, mas também com algumas injeções de dinheiro, de acordo com documentos arquivados na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).bilhões) que a Ford vai desembolsar para se livrar de seus compromissos no país, e o preço da operação brasileira sobe para R$ 61 bilhões. Quase todas as perdas e injeções de dinheiro ocorreram nos últimos oito anos, quando a empresa teve prejuízo de mais de R$ 10.000 em cada carro que vendeu, indicam cálculos da Reuters com base em registros e dados de vendas.
Dormência Psíquica
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Obra de Arte no Balanço
Uma obra de arte é sempre um problema para o contador. Sua mensuração é bastante subjetiva e questionável. Eis um caso interessante:
Um investidor da empresa MYP, de Cingapura, questionou sobre um item de "outros ativos". Depois do questionamento, a empresa reconheceu tratar-se da obra Monkey Train (Blue) (foto), de Jeff Koons. A obra, de 2007, foi reclassificada na contabilidade da empresa como "instalações e equipamentos". Esta reclassificação ocorreu em meados de 2020.
No caso da MYP, a empresa estava bastante endividada e não paga dividendos desde 2015. Fazia sentido comprar uma obra de arte? Mais, a empresa não tinha experiência em investir em arte. O valor do ativo sofreu um aumento no seu "valor justo" graças a uma avaliação independente de um especialista em arte. O valor da obra é relativamente pequeno em relação ao ativo da empresa, menos de 1%: algo em torno de 5 milhões de dólares.
Este não foi o único caso de uma empresa comprando obra de arte. Em 2016 o cassino Wynn Macau comprou Tulips, uma escultura de Koons, por $34 milhões. A obra foi adquirida para ser exibida no cassino da empresa. Há outros exemplos: a Champion Technology Holdings comprara 1,1 bilhão de pedras preciosas, o que correspondia a mais de 90% do ativo da empresa. Em 2016 as pedras foram novamente avaliadas e uma amortização de quase todo seu valor foi realizada.
rir é o melhor remédio
(Observação: meme apareceu no jogo Suíça e França. O torcedor da Suíça está desesperado, pois seu time está perdendo, na parte de cima. Embaixo, a Suíça empatou o jogo e venceu nos pênaltis e o mesmo torcedor está eufórico)
29 junho 2021
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20 momentos da cultura pop atual (inclui The Office, Netflix, GoT)
Toyata lidera entre as doações para eleições dos EUA
Mineração saiu bem da crise da pandemia (relatório da PwC)
Trabalhou no filme Fábrica de Chocolate (versão original) e é contador (foto)
Confiança na imprensa
Uma pesquisa da Reuters em diferentes países mostra a confiança da população na imprensa. Eis um resultado:
Nos países europeus do norte (exceto França, Grã-Bretanha e Áustria) a população acredita na imprensa. A confiança também é elevada nos três países africanos. Na América Latina, a imprensa brasileira é bem vista: a maioria respondeu que acredita na maior parte do tempo. A maior desconfiança: Estados Unidos.Periódicos Predatórios
Nos últimos anos tem aumentado o cerco dos periódicos predatórios. Estes periódicos enviam e-mails, insistem na publicação garantida e outras práticas. Segundo um levantamento recente, o número de periódicos predatórios é perto dos 15 mil.
Fundos ESG: enganação?
Os fundos de investimentos com o carimbo ESG - resumo de ambiente, social e governança - estão populares. Mas existe um persistente questionamento de que os fundos são mais propaganda do que uma realidade. Há uma informação de que estes fundos correspondem a 16 trilhões de dólares somente nos Estados Unidos. Muitos dos fundos somente mudaram de nome, acrescentando um "sustentável", "verde" ou outro termo, sem mudar suas participações em ações.
Eis um comparativo interessante entre dois fundos. Do lado esquerdo, um fundo ESG, com uma taxa de 0,25%. Do lado direito, um fundo normal, com uma taxa de 0,09%. Os principais investimentos dos dois fundos estão apresentados na tabela.
Fonte: aqui
28 junho 2021
Capital Humano
“Poderiam tirar de mim as minhas fábricas, queimar os meus prédios. Mas, se me deixarem ficar com as minhas pessoas, eu construirei outra vez todos os meus negócios”. Esta é uma frase atribuída a Henry Ford que muito explica sobre a importância das pessoas nas organizações.
É certo que a transformação dos negócios, sobretudo os que assentam sobre pilares de transacionalidade de baixo valor acrescentado, têm vindo a criar significativos impactos nas tarefas desempenhadas pelas pessoas nas organizações. Vivemos com essa tendência desde que conhecemos organizações empresariais. Com dimensões diferentes e processos de adaptação diferentes consoante os períodos a que nos referimos, mas desde a primeira revolução industrial que assim é. Sobretudo quando a adoção de novas tecnologias é contemporânea do estádio de maturidade dos produtos ou serviços prestados no mercado.
Por isso, quando o nível de automatização é elevado num setor cujo mercado se transforma deixando de atribuir o mesmo valor aos bens ou serviços transacionados, começa a surgir o espectro da redução do número de pessoas necessárias para manter um adequado nível de resposta à procura.
Porém, esta perspetiva tende a ser redutora, uma vez que, sobretudo na prestação de serviços, a capacidade de geração de valor a partir do mesmo mercado, está fortemente dependente da formulação da estratégia da empresa, onde o capital humano existente na organização se assume como central, explorando todas as suas dimensões: na vertente operacional e de relacionamento com os clientes, na vertente de planeamento e controlo de gestão e na vertente criativa (de investigação e desenvolvimento da oferta aportando o valor da inovação e da diferenciação).
A capacidade que as organizações têm de gerir o seu capital humano de forma integrada, e com políticas de gestão e de desenvolvimento de pessoas no longo prazo, é determinante para assegurar o seu futuro. Como consequência, uma gestão de pessoas bem sucedida contribui ativamente para a formação de capital estrutural da empresa: conhecimento, métodos de trabalho, organização, interação intra-grupo e inter-equipas. O resultado de pessoas que sabem do negócio, que interiorizam a cultura da transmissão e partilha de conhecimento, que sabem para onde caminham porque conhecem os objetivos e a estratégia da sua organização, reflete-se no bottom-line.
O resultado da conta de exploração é consequência do que as pessoas são capazes de fazer. Do seu talento, do seu esforço e da sua motivação. Está bem de ver que o balanço, como situação patrimonial da empresa é, na sua maior fatia, o resultado do capital estrutural acumulado ao longo do tempo em que a participação de cada pessoa contou positivamente.
Não acredito em pessoas inúteis na geração de capital estrutural. Por isso, os líderes de equipas na organização têm de ser gestores efetivos de pessoas, o que está muito longe de acontecer em tantas organizações.
Acredito antes que, se conseguirmos explicar às pessoas os problemas e lhes pedirmos o seu contributo para apresentarem as soluções, motivar-se-ão para agir. Nesse preciso momento, passam a imprescindíveis na geração de resultados.
(Fonte: Capital Humano, Jornal Econômico, Pedro Gouveia Alves). Foto: aqui
Papel dos auditores
O artigo a seguir foi escrito para o Jornal de Negócios, de Portugal. Seu autor, Virgílio Macedo, atua na Ordem do Revisores Oficiais de Contas. Sua visão é bem tradicional, que o auditor não é responsável pelos casos de fraudes. Isto seria papel da governança. Mas aonde fica o usuário.
O papel dos auditores
Existe muita informação contraditória relativamente ao papel que os auditores desempenham na verificação das contas. De certa forma, os auditores acabam por ser um alvo fácil, sobretudo em casos que envolvem algum mediatismo, sendo muitas vezes conveniente atribuir responsabilidades que estes manifestamente não têm. Com efeito, impõe-se esclarecer as suas funções, nomeadamente as responsabilidades que têm e não têm.
A função de auditar as contas de uma empresa é de enorme responsabilidade, pelo que tem de ser desempenhada por profissionais altamente qualificados e sem qualquer ligação à entidade auditada, de forma a garantir a isenção, fiabilidade e idoneidade dos resultados dessa mesma entidade e que as demonstrações financeiras estão de acordo com a legislação em vigor.
O acesso à profissão de auditoria é bastante exigente e obedece a um conjunto de regras e critérios, sendo que o candidato a auditor tem de preencher requisitos académicos e de idoneidade, bem como realizar com sucesso o exame de admissão à Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC). Acresce que à OROC compete, entre outras atribuições e sem prejuízo das competências de supervisão exercidas pela CMVM, regular o acesso e exercício da profissão, supervisionar a atividade de auditoria, e dar formação profissional aos seus membros.
Na realização da auditoria, o auditor tem como finalidade obter uma segurança razoável e não absoluta, de que as demonstrações financeiras estão isentas de distorção material devido a fraude ou erro. O facto de esta certeza ser razoável e não absoluta, resulta de vários fatores, nomeadamente: (i) da natureza do relato financeiro, uma vez que implica sempre um julgamento da gerência, envolvendo muitas vezes avaliações subjetivas e uma variedade de interpretações aceitáveis; (ii) da natureza dos procedimentos de auditoria tendo em conta que a capacidade que o auditor tem para obter prova encontra limites na informação prestada pela gerência, os esquemas de fraude podem ser altamente sofisticados e uma auditoria não é uma investigação criminal; (iii) e da necessidade de a auditoria ser conduzida num período de tempo e com um custos razoáveis.
Ora, tudo o que diga respeito a distorções materiais que resultem de fraude exige uma atuação legal que está fora das competências do auditor. Numa primeira fase, quem tem a responsabilidade pelo reporte isento de fraude ou irregularidade é a gerência e os encarregados da governação da entidade a ser auditada. [grifo do blog]
A qualidade de uma auditoria dependerá sempre de um conhecimento amplo e profundo da entidade a ser auditada, devendo o auditor ter a perceção adequada da arquitetura da organização e das atividades desenvolvidas.
Fica, pois, claro, que a função do revisor oficial de contas é fundamental na contribuição para a credibilização e transparência da informação financeira e na defesa intransigente do interesse público.
Foto: aqui
TRWG
A Fundação IFRS lançou uma nova página em seu site, que contém informações e resumos de reuniões relacionados ao echnical Readiness Working Group (TRWG, algo como Grupo de Trabalho sobre Prontidão Técnica).
O TRWG é presidido pela Fundação IFRS e inclui participantes do Climate Disclosure Standard Board, Financial Stability Board's Task Force on Climate-related Financial Disclosures, IASB, Value Reporting Foundation e Fórum Econômico Mundial. A IOSCO e a IPSASB são observadoras de reuniões relacionadas à revisão de observações e propostas técnicas.
Além disso, o TRWG trabalha com a Global Reporting Initiative e o CDP em questões técnicas. O TRWG realizará três tipos de reuniões: estratégica, operacional e técnica e de trabalho. Os resumos das reuniões de 5 de maio de 2021, 17 de maio de 2021 e 9 de junho de 2021 estão agora disponíveis.
Para mais informações, consulte o Página TRWG no site do IASB.
Fonte: aqui. Foto: Shahadat Rahman


















