Seth Stephens-Davidowitz (de Everybody Lies), Google e o sexo
Custo da beleza no mundo
PwC ajudando na auditoria da bilheteria de filmes na China
Interesse particular e política: impacto nas decisões de ajuda aos bancos
CADE barra junção da Kroton e Estácio no ensino superior (ao lado)
Lei autoriza preço diferenciado para venda com cartão de crédito
Toshiba processa Western por sabotagem na venda de unidade de chip
01 julho 2017
30 junho 2017
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A mera presença do celular afeta a capacidade cognitiva (para menos)
A queda na venda dos livros acadêmicos
Propaganda do governo da Austrália: nova lei de impostos (aqui também) (vídeo)
Quem venceria o Nobel de Economia se ele tivesse sido criado em 1901 (uma lista interessante das grandes contribuições para a economia) (e ele fez mudanças na premiação real).
Antes da Internet
A queda na venda dos livros acadêmicos
Propaganda do governo da Austrália: nova lei de impostos (aqui também) (vídeo)
Quem venceria o Nobel de Economia se ele tivesse sido criado em 1901 (uma lista interessante das grandes contribuições para a economia) (e ele fez mudanças na premiação real).
Antes da Internet
29 junho 2017
Popular e a rede de proteção de bancos na Europa
Os detalhes da quebra do Banco Popular parece indicar que o sistema bancário da Europa não possui uma rede de proteção eficaz. Pelo menos é o que permite concluir a partir da informação do site Wolfstreet.
As informações recentes mostram que o Banco Popular estava perdendo cerca de 2 bilhões de euros de depósitos por dia. E eram os investidores institucionais os principais responsáveis, como um fundo de segurança social espanhol, agências governamentais e outras entidades do setor público. Ou seja, o próprio governo contribuiu fortemente para a quebra do banco. E levanta uma suspeita de que o governo usou informação privilegiada para salvar seus recursos, acelerando o processo de quebra, enquanto o pequeno correntista perdeu. Ao mesmo tempo que os investidores institucionais faziam suas retiradas, o Ministro da Economia afirmava que não existia motivo de preocupação.
Mesmo depois que o Santander entrou no negócio, comprando o Popular por 1 euro, mas prometendo colocar algo em torno de 7 bilhões de euros na instituição, o volume de depósitos continuou a reduzir. Os recursos para cobrir os depósitos, na Espanha, estão limitados a 100 mil euros por pessoa. Mas o Fundo de Garantia de Depósitos da Espanha não tinha recursos para cobrir os prejuízos. Este é o ponto crucial que leva a suspeitar da proteção do sistema bancário espanhol: o FSB, um conselho de estabilidade financeira da Europa, não considerava que o Banco Popular seria “grande demais para quebrar”. Na realidade, somente o Santander estaria enquadrado nesta categoria. O Popular seria o sexto banco espanhol em porte e não seria socorrido. Tudo leva a crer que a opção de deixar falir poderia gerar um efeito sobre as demais instituições financeiras espanholas.
As informações recentes mostram que o Banco Popular estava perdendo cerca de 2 bilhões de euros de depósitos por dia. E eram os investidores institucionais os principais responsáveis, como um fundo de segurança social espanhol, agências governamentais e outras entidades do setor público. Ou seja, o próprio governo contribuiu fortemente para a quebra do banco. E levanta uma suspeita de que o governo usou informação privilegiada para salvar seus recursos, acelerando o processo de quebra, enquanto o pequeno correntista perdeu. Ao mesmo tempo que os investidores institucionais faziam suas retiradas, o Ministro da Economia afirmava que não existia motivo de preocupação.
Mesmo depois que o Santander entrou no negócio, comprando o Popular por 1 euro, mas prometendo colocar algo em torno de 7 bilhões de euros na instituição, o volume de depósitos continuou a reduzir. Os recursos para cobrir os depósitos, na Espanha, estão limitados a 100 mil euros por pessoa. Mas o Fundo de Garantia de Depósitos da Espanha não tinha recursos para cobrir os prejuízos. Este é o ponto crucial que leva a suspeitar da proteção do sistema bancário espanhol: o FSB, um conselho de estabilidade financeira da Europa, não considerava que o Banco Popular seria “grande demais para quebrar”. Na realidade, somente o Santander estaria enquadrado nesta categoria. O Popular seria o sexto banco espanhol em porte e não seria socorrido. Tudo leva a crer que a opção de deixar falir poderia gerar um efeito sobre as demais instituições financeiras espanholas.
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Resenha: Painting with Numbers
Resenha: Painting with Numbers
Este livro é de 2012. Foi um destes achados na Amazon e trata de apresentar números em planilhas e gráficos, principalmente. A grande vantagem da obra é que a mesma é voltada para números contábeis. Dividido em quatro partes e catorze capítulos, o texto é bastante didático nos exemplos e discute pontos básicos como alinhamento dos números numa tabela, usar efeitos visuais para tornar uma informação mais clara, como usar escalas em gráficos, como apresenta a soma de maneira apropriada, quando não usar o gráfico de pizza, entre outros aspectos.
Randall Bolten oferece um texto muito operacional. Não espere uma justificativa para cada conselho ou uma comprovação com pesquisas. Bolten simplesmente apresenta sua opinião, baseada na experiência, e mostra os exemplos. Simples assim.
Vale a pena? A obra pode ser interessante para rever o que fazemos quando apresentamos os números na contabilidade. Com este espírito, o texto é interessante e pode ser útil para quem lida diariamente com planilhas Excel.
Este livro é de 2012. Foi um destes achados na Amazon e trata de apresentar números em planilhas e gráficos, principalmente. A grande vantagem da obra é que a mesma é voltada para números contábeis. Dividido em quatro partes e catorze capítulos, o texto é bastante didático nos exemplos e discute pontos básicos como alinhamento dos números numa tabela, usar efeitos visuais para tornar uma informação mais clara, como usar escalas em gráficos, como apresenta a soma de maneira apropriada, quando não usar o gráfico de pizza, entre outros aspectos.
Randall Bolten oferece um texto muito operacional. Não espere uma justificativa para cada conselho ou uma comprovação com pesquisas. Bolten simplesmente apresenta sua opinião, baseada na experiência, e mostra os exemplos. Simples assim.
Vale a pena? A obra pode ser interessante para rever o que fazemos quando apresentamos os números na contabilidade. Com este espírito, o texto é interessante e pode ser útil para quem lida diariamente com planilhas Excel.
28 junho 2017
Curso de Contabilidade Básica: Terceiro Setor e Imposto
No capítulo 1 do livro Curso de Contabilidade Básica, volume 1, apresentamos que existem várias formas de organização dos negócios. Mostramos que algumas pessoas jurídicas que não possuem fins econômicos podem ser constituídas sobre a forma de associação. Estas entidades, quando geram papel relevante para sociedade, podem receber incentivos na sua atuação. Um destes incentivos refere-se aos impostos: o fisco é mais condescendente com as associações do que com as empresas e pode “abrir mão” de tributá-las.
Vejamos o caso do Complexo Pequeno Príncipe, também conhecido como Associação Hospitalar de Proteção a Infância Dr. Raul Carneiro. Esta entidade possui hospital, onde atende crianças, muitas delas pelo SUS, faculdades e instituto de pesquisa. A sua demonstração do resultado dos exercícios de 2016 e 2015 são apresentadas a seguir:
Veja que o Complexo Pequeno Príncipe obteve, para o ano de 2016, receita de quase 200 milhões de reais. Os custos dos serviços prestados foram de 128 milhões e as despesas operacionais de 61 milhões. O resultado antes das receitas e despesas financeiras era de 3,7 milhões de reais. Com as despesas financeiras de R$3,5 milhões e as receitas financeiras de 1,6 milhão, o resultado após estes dois itens foi de 1,8 milhão.
Numa empresa, após estes valores, teríamos o resultado antes do imposto de renda. Seria então deduzida a parcela de imposto de renda, para obter o resultado líquido do período. Mas como o Complexo Pequeno Príncipe tem estas funções sociais que o governo julga relevante, a entidade não paga imposto de renda. Observe isto na figura acima.
Na verdade, se tivesse que pagar imposto de renda (IRPJ), o Complexo Pequeno Príncipe teria apurado um valor de R$2,4 milhões em 2016. Mas não é somente isto; por ser uma associação relevante para sociedade, a entidade também possui incentivos na redução de vários pagamentos para o governo, denominadas de “isenções fiscais”. Veja o que a entidade informou:
As isenções usufruídas, como a entidade as denominam, somam R$36 milhões em 2016. Sem estas isenções, a entidade teria que cobrar pelas bolsas de estudos concedidas e por procedimentos hospitalares. A entidade também mostrou o custo do trabalho voluntário; este trabalho é exercido por pessoas que não recebem da entidade (ou recebem um valor irrisório). Em 2016, o trabalho voluntário representou um valor total de R$882 mil.
As informações acima são importantes para a sociedade: precisamos saber quanto o governo está deixando de arrecadar com as entidades do chamado terceiro setor e o que representa nos custos o trabalho voluntário. Assim, será possível saber se o serviço prestado pela associação é valioso ou não.
Vejamos o caso do Complexo Pequeno Príncipe, também conhecido como Associação Hospitalar de Proteção a Infância Dr. Raul Carneiro. Esta entidade possui hospital, onde atende crianças, muitas delas pelo SUS, faculdades e instituto de pesquisa. A sua demonstração do resultado dos exercícios de 2016 e 2015 são apresentadas a seguir:
Veja que o Complexo Pequeno Príncipe obteve, para o ano de 2016, receita de quase 200 milhões de reais. Os custos dos serviços prestados foram de 128 milhões e as despesas operacionais de 61 milhões. O resultado antes das receitas e despesas financeiras era de 3,7 milhões de reais. Com as despesas financeiras de R$3,5 milhões e as receitas financeiras de 1,6 milhão, o resultado após estes dois itens foi de 1,8 milhão.
Numa empresa, após estes valores, teríamos o resultado antes do imposto de renda. Seria então deduzida a parcela de imposto de renda, para obter o resultado líquido do período. Mas como o Complexo Pequeno Príncipe tem estas funções sociais que o governo julga relevante, a entidade não paga imposto de renda. Observe isto na figura acima.
Na verdade, se tivesse que pagar imposto de renda (IRPJ), o Complexo Pequeno Príncipe teria apurado um valor de R$2,4 milhões em 2016. Mas não é somente isto; por ser uma associação relevante para sociedade, a entidade também possui incentivos na redução de vários pagamentos para o governo, denominadas de “isenções fiscais”. Veja o que a entidade informou:
As isenções usufruídas, como a entidade as denominam, somam R$36 milhões em 2016. Sem estas isenções, a entidade teria que cobrar pelas bolsas de estudos concedidas e por procedimentos hospitalares. A entidade também mostrou o custo do trabalho voluntário; este trabalho é exercido por pessoas que não recebem da entidade (ou recebem um valor irrisório). Em 2016, o trabalho voluntário representou um valor total de R$882 mil.
As informações acima são importantes para a sociedade: precisamos saber quanto o governo está deixando de arrecadar com as entidades do chamado terceiro setor e o que representa nos custos o trabalho voluntário. Assim, será possível saber se o serviço prestado pela associação é valioso ou não.
27 junho 2017
Até as Havaianas...
Segundo o site aqueles coloridos chinelos usados por Kim Kardashian e Gwyneth Paltrow nem sempre são baratos, mas para investidores se aquecendo no mercado de M&A no Brasil a companhia logo será uma barganha. o.O
A Camargo Correa S.A. vendeu a empresa há menos de dois anos para pagar dívidas e multas, meio aos escândalos de propina e corrupção. A J&F Investimentos S.A., holding brasileira pertencente à família Batista, caminhará para o mesmo lado...
Segundo o Valor, a Cambuhy, veículo de investimentos dos Moreira Salles, e a Itaúsa, holding das famílias Setubal e Villela, informaram em comunicados que têm interesse na dona da marca Havaianas, que vale na bolsa cerca de R$ 6,3 bilhões. Fundos de private equity, entre eles: CVC, Carlyle, Advent e Vinci, também têm avaliado o investimento.
Mês do Orgulho
Bem legal o vídeo que o YouTube Spotlight publicou em homenagem ao Mês do Orgulho LGBT. Há legendas.
26 junho 2017
25 junho 2017
Itália faz intervenção em dois bancos
O governo da Itália anunciou hoje uma ajuda a dois bancos da cidade de Veneza, num valor de 17 bilhões de euros. A ajuda irá manter a liquidez e capitalização do Banca Popolare di Vicenza e do Veneto Banca.
A intervenção irá aumentar a concentração bancária, já que os ativos de boa qualidade ficarão com o Intensa Sanpaolo, uma instituição de grande porte, que irá pagar um valor simbólico. O acordo foi aprovado pela Comunidade Europeia, que recentemente interviu no Banco Popular, da Espanha.
A aprovação da ajuda ocorreu no Conselho de Ministros da Itália, numa reunião que durou 20 minutos
A intervenção irá aumentar a concentração bancária, já que os ativos de boa qualidade ficarão com o Intensa Sanpaolo, uma instituição de grande porte, que irá pagar um valor simbólico. O acordo foi aprovado pela Comunidade Europeia, que recentemente interviu no Banco Popular, da Espanha.
A aprovação da ajuda ocorreu no Conselho de Ministros da Itália, numa reunião que durou 20 minutos
24 junho 2017
Fato da Semana: Petrobras poderá refazer suas demonstrações
Fato: Petrobras poderá refazer suas demonstrações
Data: 24 junho
Contextualização - No passado, a Petrobras utilizou a contabilidade de hedge com a justificativa de que era possível proteger a dívida da empresa, em dólar, com suas exportações.
A Petrobras entende que a forma como usou a contabilidade era possível pelas normas contábeis. A CVM entende que não. A empresa usa a contabilidade do hedge desde 2013.
Relevância - Esta é uma questão tipicamente técnica. A representação fiel não recomendaria a adoção por parte da empresa da contabilidade de hedge. A empresa defende que a norma não é suficientemente clara para isto.
Devemos lembrar que a empresa começou a adotar a opção durante uma fase onde a gestão técnica contava muito pouco. O importante era o político.
Notícia boa para contabilidade? Sim. A CVM estaria com uma postura técnica nesta posição.
Desdobramentos - O caso ainda será julgado pela CVM, apesar da posição favorável da área técnica da entidade. A Petrobrás poderá ter que republicar seus balanços.
Mas a semana só teve isto? Na Espanha, as investigações sobre o caso do Banco Popular promete criar problemas para os reguladores e ex-gestores. A continuação da recessão no mercado de trabalho seria outra notícia relevante.
Data: 24 junho
Contextualização - No passado, a Petrobras utilizou a contabilidade de hedge com a justificativa de que era possível proteger a dívida da empresa, em dólar, com suas exportações.
A Petrobras entende que a forma como usou a contabilidade era possível pelas normas contábeis. A CVM entende que não. A empresa usa a contabilidade do hedge desde 2013.
Relevância - Esta é uma questão tipicamente técnica. A representação fiel não recomendaria a adoção por parte da empresa da contabilidade de hedge. A empresa defende que a norma não é suficientemente clara para isto.
Devemos lembrar que a empresa começou a adotar a opção durante uma fase onde a gestão técnica contava muito pouco. O importante era o político.
Notícia boa para contabilidade? Sim. A CVM estaria com uma postura técnica nesta posição.
Desdobramentos - O caso ainda será julgado pela CVM, apesar da posição favorável da área técnica da entidade. A Petrobrás poderá ter que republicar seus balanços.
Mas a semana só teve isto? Na Espanha, as investigações sobre o caso do Banco Popular promete criar problemas para os reguladores e ex-gestores. A continuação da recessão no mercado de trabalho seria outra notícia relevante.
Petrobras deverá refazer balanços
No que depender das áreas técnicas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobrás terá mesmo de refazer todos os seus balanços financeiros desde 2013, revela o processo ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso.
Após apreciar o recurso enviado pela estatal em março, a Superintendência de Relações com Empresas (SEP) e a Superintendência de Normas Contábeis (SNC) ratificaram o entendimento de que as práticas adotadas pela estatal para proteger suas exportações futuras de variações cambiais, a chamada contabilidade de hedge, contrariam as normas vigentes.
O processo seguiu para o relator do caso, Henrique Machado, com pareceres contrários ao recurso da estatal. O colegiado da CVM dará a palavra final, mas a análise da área técnica tem peso. Como o mandato do presidente Leonardo Pereira termina em julho, a expectativa é de decisão em até duas semanas.
Desde 2013 a Petrobrás adota a contabilidade de hedge com justificativa de proteger exportações futuras projetadas dos efeitos da variação cambial com uso da dívida líquida dolarizada. É o chamado hedge natural, por dispensar uso de derivativos.
Ao analisar as operações, a área técnica da CVM considerou que a petroleira desvirtuou sua essência econômica, migrando de uma política de proteção de risco para um mecanismo de diferimento de perdas cambiais com as dívidas. A real preocupação seria não refletir imediatamente no resultado perdas cambiais em razão de seu endividamento em dólar.
No recurso, a Petrobrás trata de pontos citados pelas áreas ao determinarem a republicação dos balanços. Entre eles estão o uso de instrumentos de proteção com prazo de vencimento superior ao das próprias relações de hedge e a inversão entre objeto e instrumento de hedge.
A estatal argumenta não haver determinação normativa para que prazos de realização das exportações, objeto do hedge, coincidam com o vencimento das dívidas usadas como instrumento de proteção. Para ela, não há proibição de que o vencimento dessas dívidas seja posterior ao prazo das exportações a serem protegidas, desde que a mesma dívida seja usada como instrumento de hedge até seu vencimento.
A companhia se vale da redesignação para viabilizar isso. Na medida em que as exportações “protegidas” se realizam, passa a usar aquela mesma dívida, não vencida, para proteger outro contrato de exportação.
Para a CVM, a legislação não permite descasamento dos prazos do objeto e do instrumento de hedge. No caso da Petrobrás, havia dívidas com vencimento em 2027, embora sua estratégia de gerenciamento de riscos mencionasse a proteção de exportações por sete anos (até 2020). Além disso, o entendimento é que é preciso haver especificação dos dois itens, que deve ser documentada com precisão desde o início da relação de hedge, o que não foi feito. A ideia é não abrir espaço para redesignação arbitrária e relação de hedge fracionada.
A SNC conclui que a documentação de suporte da política de contabilidade de hedge da Petrobrás é insuficiente e diz que a empresa reconhece no recurso que “sua documentação formal pode ser aprimorada, de modo a eliminar ou minimizar as diferentes percepções que se tem do tema”. Segundo a área técnica, a falha no documento já seria suficiente para desconstituir a política de hedge da empresa.
Para técnicos da CVM, Petrobrás terá de refazer balanços
Mariana Durão, O Estado de S.Paulo
Após apreciar o recurso enviado pela estatal em março, a Superintendência de Relações com Empresas (SEP) e a Superintendência de Normas Contábeis (SNC) ratificaram o entendimento de que as práticas adotadas pela estatal para proteger suas exportações futuras de variações cambiais, a chamada contabilidade de hedge, contrariam as normas vigentes.
O processo seguiu para o relator do caso, Henrique Machado, com pareceres contrários ao recurso da estatal. O colegiado da CVM dará a palavra final, mas a análise da área técnica tem peso. Como o mandato do presidente Leonardo Pereira termina em julho, a expectativa é de decisão em até duas semanas.
Desde 2013 a Petrobrás adota a contabilidade de hedge com justificativa de proteger exportações futuras projetadas dos efeitos da variação cambial com uso da dívida líquida dolarizada. É o chamado hedge natural, por dispensar uso de derivativos.
Ao analisar as operações, a área técnica da CVM considerou que a petroleira desvirtuou sua essência econômica, migrando de uma política de proteção de risco para um mecanismo de diferimento de perdas cambiais com as dívidas. A real preocupação seria não refletir imediatamente no resultado perdas cambiais em razão de seu endividamento em dólar.
No recurso, a Petrobrás trata de pontos citados pelas áreas ao determinarem a republicação dos balanços. Entre eles estão o uso de instrumentos de proteção com prazo de vencimento superior ao das próprias relações de hedge e a inversão entre objeto e instrumento de hedge.
A estatal argumenta não haver determinação normativa para que prazos de realização das exportações, objeto do hedge, coincidam com o vencimento das dívidas usadas como instrumento de proteção. Para ela, não há proibição de que o vencimento dessas dívidas seja posterior ao prazo das exportações a serem protegidas, desde que a mesma dívida seja usada como instrumento de hedge até seu vencimento.
A companhia se vale da redesignação para viabilizar isso. Na medida em que as exportações “protegidas” se realizam, passa a usar aquela mesma dívida, não vencida, para proteger outro contrato de exportação.
Para a CVM, a legislação não permite descasamento dos prazos do objeto e do instrumento de hedge. No caso da Petrobrás, havia dívidas com vencimento em 2027, embora sua estratégia de gerenciamento de riscos mencionasse a proteção de exportações por sete anos (até 2020). Além disso, o entendimento é que é preciso haver especificação dos dois itens, que deve ser documentada com precisão desde o início da relação de hedge, o que não foi feito. A ideia é não abrir espaço para redesignação arbitrária e relação de hedge fracionada.
A SNC conclui que a documentação de suporte da política de contabilidade de hedge da Petrobrás é insuficiente e diz que a empresa reconhece no recurso que “sua documentação formal pode ser aprimorada, de modo a eliminar ou minimizar as diferentes percepções que se tem do tema”. Segundo a área técnica, a falha no documento já seria suficiente para desconstituir a política de hedge da empresa.
Para técnicos da CVM, Petrobrás terá de refazer balanços
Mariana Durão, O Estado de S.Paulo
23 junho 2017
22 junho 2017
Banco Popular e as auditorias
PwC auditó al Banesto de Mario Conde sin hallar rarezas. Asesoró la venta de las 3.000 viviendas sociales madrileñas que Ignacio González y Ana Botella vendieron a Goldman Sachs y otros fondos buitre. Su grupo mundial aconsejó a las multinacionales que eludieron impuestos a través del Luxleaks. Y pagará 38 millones (y nueve millones de multa) tras pactar con el fiscal anticorrupción para evitar la cárcel a un puñado de sus socios por delito fiscal contra el IRPF y Sociedades. Gente fiable.
También debe ser ultra-fiable Deloitte, que auditó —con informes "limpios"— a todas las cajas de ahorros que luego quebraron. Y que se superó en el caso Bankia, al ser multada con 12 millones de euros por el ICAC (ratificados por Guindos), por actuar de modo incompatible al hacer un doblete innoble: elaborar las cuentas de la entidad y luego auditarlas.
Continue lendo aqui o artigo do El País, Escandalosas auditorias.
También debe ser ultra-fiable Deloitte, que auditó —con informes "limpios"— a todas las cajas de ahorros que luego quebraron. Y que se superó en el caso Bankia, al ser multada con 12 millones de euros por el ICAC (ratificados por Guindos), por actuar de modo incompatible al hacer un doblete innoble: elaborar las cuentas de la entidad y luego auditarlas.
Continue lendo aqui o artigo do El País, Escandalosas auditorias.
Links
Johnny Deep gasta mal e está processando seus assessores financeiros
E o ex-tenista Boris Becker está falido
CR7 e o fisco: falsificação de um documento
Mandato de prisão (dos EUA) para os executivos da Volkswagen
Brasil e Portugal: onde as mulheres possuem maior participação na produção científica
Falência da Sears Canadá
Big 4 tentam melhorar governança
E o ex-tenista Boris Becker está falido
CR7 e o fisco: falsificação de um documento
Mandato de prisão (dos EUA) para os executivos da Volkswagen
Brasil e Portugal: onde as mulheres possuem maior participação na produção científica
Falência da Sears Canadá
Big 4 tentam melhorar governança
21 junho 2017
Links do IZA
Regularmente o IZA - Institute of Labor Economics - publica papers interessantes. Abaixo, uma seleção de alguns publicados no mês de junho de 2017:
O que as mulheres querem: divisão de tarefas no lar e satisfação do casal - O tempo residual do trabalho doméstico está relacionado com a equidade percebida de cada parceiro na divisão das tarefas domésticas.
Alunos com orientadores no doutorado do mesmo gênero são mais produtivos, com mais chances de serem futuros professores - Pesquisa com 20 mil doutores na área de química, nos Estados Unidos
"Mau comportamento na infância corresponde a algumas habilidades não cognitivas valiosas no mercado de trabalho"
Aumento no custo de desenvolvimento de novos fármacos e remuneração do CEO
A espionagem industrial da Alemanha Oriental reduziu o fosso tecnológico do ocidente
As habilidades ocupacionais e a seleção de imigrantes
O que as mulheres querem: divisão de tarefas no lar e satisfação do casal - O tempo residual do trabalho doméstico está relacionado com a equidade percebida de cada parceiro na divisão das tarefas domésticas.
Alunos com orientadores no doutorado do mesmo gênero são mais produtivos, com mais chances de serem futuros professores - Pesquisa com 20 mil doutores na área de química, nos Estados Unidos
"Mau comportamento na infância corresponde a algumas habilidades não cognitivas valiosas no mercado de trabalho"
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As habilidades ocupacionais e a seleção de imigrantes
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