27 novembro 2013
Santana no Iasb
O conselho de curadores da Fundação IFRS anunciou a nomeação de Maria Helena Santana para aquele conselho. O mandato de Santana irá começar no início do próximo ano e deve terminar no final de 2016, renovável por mais três anos. Santana foi presidente da Comissão de Valores Mobiliários entre 2007 a 2012, período em que as empresas brasileiras adotaram as IFRS, normas internacionais de contabilidade. Além disto, Santana foi da Bovespa e do Iosco.
O comunicado não diz no lugar de quem Santana seria nomeada, mas sabendo que o mandato de Pedro Malan termina no final de 2013. Já o mandato de Amaro Gomes, outro brasileiro em destaque na hierarquia da entidade, termina em meados de 2014.
O comunicado não diz no lugar de quem Santana seria nomeada, mas sabendo que o mandato de Pedro Malan termina no final de 2013. Já o mandato de Amaro Gomes, outro brasileiro em destaque na hierarquia da entidade, termina em meados de 2014.
Argentina e a compensação para Repsol
Parece que o governo argentino e a empresa espanhola Repsol estão chegando a um acordo sobre a compensação para a encampação da Repsol Argentina, realizada por Cristina Kirchner em 2012. A Repsol perdeu dois terços de sua produção mundial de petróleo e metade das reservas.
Naquele ano fizemos uma análise do evento, onde as demonstrações contábeis da empresa espanhola não tinha feito nenhum alerta sobre os riscos da operação no país hermano. Em meados deste ano, a Repsol rejeitou uma oferta de 5 bilhões de dólares, não caixa, pelos ativos: exigia 10 bilhões em dinheiro.
A nova notícia fala numa indenização de 5 bilhões em títulos garantidos. Para Repsol, o acordo representa um ativo agora contra a possibilidade de esperar anos até conseguir um acordo nos tribunais internacionais. O governo argentino tem interesse em retomar os investimentos internacionais no setor de petróleo, principalmente no campo de Vaca Muerta. As reservas de xisto da Argentina devem estar entre as maiores do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e China. O acordo também interessa a estatal Pemex, do México, pois esta empresa possui uma participação expressiva na Repsol.
Naquele ano fizemos uma análise do evento, onde as demonstrações contábeis da empresa espanhola não tinha feito nenhum alerta sobre os riscos da operação no país hermano. Em meados deste ano, a Repsol rejeitou uma oferta de 5 bilhões de dólares, não caixa, pelos ativos: exigia 10 bilhões em dinheiro.
A nova notícia fala numa indenização de 5 bilhões em títulos garantidos. Para Repsol, o acordo representa um ativo agora contra a possibilidade de esperar anos até conseguir um acordo nos tribunais internacionais. O governo argentino tem interesse em retomar os investimentos internacionais no setor de petróleo, principalmente no campo de Vaca Muerta. As reservas de xisto da Argentina devem estar entre as maiores do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e China. O acordo também interessa a estatal Pemex, do México, pois esta empresa possui uma participação expressiva na Repsol.
Petróleo do Equador é chinês
Segundo a Reuters, os chineses tomaram o controle do setor de petróleo do Equador. O país estava em dificuldade de obtenção de recurso no exterior; então, fez um acordo para ter acesso ao dinheiro chinês e em troca garante 90% do petróleo equatoriano nos próximos anos. O acordo foi considerado pelo presidente Correa como um triunfo da sua política em conseguir novos aliados para o comércio.
26 novembro 2013
Justifique o seu voto
Para quem não votou nas Eleições 2013 dos CRCs há a chance de evitar a multa justificando a sua ausência. O procedimento é similar ao do voto. Basta entrar com a sua senha provisória (se você não tiver, entre no site, peça uma nova, será enviada para o seu e-mail), colocar uma senha definitiva. Depois de confirmar dados e senhas (lembre-se de ter em mãos o número do seu CRC) você irá justificar. Simples assim.
Para justificar clique aqui.
Dúvidas? Clique aqui.
Roubando Bitcoin
A valorização recente da moeda digital Bitcoin trouxe um efeito colateral ruim: o aparecimento de ladrões virtuais. Diversos casos surgiram relatando perdas, algumas até de 1 milhão de dólares. Quem possui um bitcoin tem, na realidade, uma chave de critpografia, esclarece o Quartz (As bitcoin booms, so does bitcoin bank robbery). Esta chave está associada a um endereço de internet. Os ladrões precisam descobrir a chave privada e o endereço público, para transferir a moeda para suas contas.
No mundo digital do Bitcoin, as transferências são irrevogáveis. Além disto, o sistema protege a identidade do usuário. O fato do Bitcoin ser recente também ajuda os criminosos, que estão descobrindo maneiras de explorar os pontos fracos.
No mundo digital do Bitcoin, as transferências são irrevogáveis. Além disto, o sistema protege a identidade do usuário. O fato do Bitcoin ser recente também ajuda os criminosos, que estão descobrindo maneiras de explorar os pontos fracos.
Impostos e o Google Street View
O fisco do Reino Unido, através do HM Revenue and Customs (HMRC), está usando o Google Street View como uma ferramenta para pegar sonegadores de impostos da rainha, informou o The Telegraph. O uso do Google Street View permite verificar se a vida da pessoa corresponde ao rendimento declarado. Isto inclui observar o padrão da casa e os carros estacionados na garagem. É uma alternativa barata para "visitar" a casa de alguém.
Além do Google Street View, os funcionários do HMRC utilizam também as redes sociais para verificar o estilo de vida. Segundo estimativa da administração fiscal, a diferença entre o imposto pago e o imposto devido foi de 35 bilhões de libras em 2011-2012. O porta-voz do fisco disse que o Google Street View possui um papel pequeno nas investigações. (Cartoon: aqui)
Além do Google Street View, os funcionários do HMRC utilizam também as redes sociais para verificar o estilo de vida. Segundo estimativa da administração fiscal, a diferença entre o imposto pago e o imposto devido foi de 35 bilhões de libras em 2011-2012. O porta-voz do fisco disse que o Google Street View possui um papel pequeno nas investigações. (Cartoon: aqui)
Concessão ou privatização?
Um debate sobre o significado e o alcance da palavra “privatização” se tornou recorrente na política nacional e certamente estará presente nas eleições do próximo ano.
Trata-se de saber se concessões de serviços públicos, que o governo petista de Dilma Rousseff tem feito em proporções crescentes, são privatizações, abominadas nas campanhas eleitorais do partido.
Há, é óbvio, uma diferença entre vender empresas estatais, como foi feito com a Telebrás e a Vale, e transferir por tempo determinado a administração de bens públicos, como Dilma fez com os aeroportos do Galeão, no Rio, e de Confins, em Minas.
As duas operações, no entanto, podem ser chamadas de privatizações.
O dicionário Houaiss, por exemplo, diz que privatizar é: “1) realizar a aquisição ou incorporação de (empresa do setor público) por empresa privada; 2) colocar sob o controle de empresa particular a gestão de (bem público)”.
A lei que criou o programa de privatização _desestatização é o nome oficial_ também contempla a modalidade de concessão.
“Considera-se desestatização”, diz a legislação, ao listar suas modalidades, “a transferência, para a iniciativa privada, da execução de serviços públicos explorados pela União, diretamente ou através de entidades controladas”.
Mais importante que filigranas semânticas e jurídicas, tanto na venda de uma empresa como na concessão de uma rodovia há uma escolha de trocar a administração estatal pela de uma empresa privada _o que propicia um debate ideológico mais profícuo.
Fonte: Folha de S Paulo
Trata-se de saber se concessões de serviços públicos, que o governo petista de Dilma Rousseff tem feito em proporções crescentes, são privatizações, abominadas nas campanhas eleitorais do partido.
Há, é óbvio, uma diferença entre vender empresas estatais, como foi feito com a Telebrás e a Vale, e transferir por tempo determinado a administração de bens públicos, como Dilma fez com os aeroportos do Galeão, no Rio, e de Confins, em Minas.
As duas operações, no entanto, podem ser chamadas de privatizações.
O dicionário Houaiss, por exemplo, diz que privatizar é: “1) realizar a aquisição ou incorporação de (empresa do setor público) por empresa privada; 2) colocar sob o controle de empresa particular a gestão de (bem público)”.
A lei que criou o programa de privatização _desestatização é o nome oficial_ também contempla a modalidade de concessão.
“Considera-se desestatização”, diz a legislação, ao listar suas modalidades, “a transferência, para a iniciativa privada, da execução de serviços públicos explorados pela União, diretamente ou através de entidades controladas”.
Mais importante que filigranas semânticas e jurídicas, tanto na venda de uma empresa como na concessão de uma rodovia há uma escolha de trocar a administração estatal pela de uma empresa privada _o que propicia um debate ideológico mais profícuo.
Fonte: Folha de S Paulo
Ano da Contabilidade
Vídeo de divulgação da campanha 2013: Ano da Contabilidade no Brasil. Interessante ter começado a ser veiculada em novembro, né? E, para quem estiver se sentindo generoso, há um campo no site oficial para contribuições (financeiras, é claro)! Que tal? Acho que não heim.
25 novembro 2013
História da Contabilidade: Valor Justo, Avaliação e Tarifas
Alguns termos de uso comum na contabilidade atual possui uma
origem muito antiga. É o caso do valor justo, que já era usado no princípio do
século XX e fazia parte da regulação contábil na década de setenta. Sobre o
valor justo, sua discussão na literatura nacional também é bastante antiga. Na
década de 50 Océlio de Medeiros escreveu um artigo, Avaliação de Empresas de Serviço
Público para fins Tarifários, onde discute a utilização do “justo valor” e da
base tarifária nos serviços de utilidade pública.
Medeiros descreve o caso Smyth v. Ames, de 1898, onde o
estado de Nebraska adotou uma posição sobre as tarifas das empresas
ferroviárias, mas a Suprema Corte apresentou seu voto afirmando
A base para todos os
cálculos como para a razoabilidade das tarifas a serem estabelecidas por uma
corporação que mantém uma linha ferroviária sob a sanção legislativa deve ser o
justo valor (fair value) da propriedade que está sendo utilizada pela companhia
para a conveniência do público (itálico de Medeiros, p. 53)
A Corte dos Estados Unidos não determinou como calcular o
valor justo, mas afirmou que deveria considerar o custo original da construção,
o valor gasto em melhoramentos permanentes, o valor de mercado dos títulos e
ações, o custo atual em comparação com o custo original de construção, a
capacidade provável de renda da propriedade e a soma exigida para atender as
operações. Ou seja, a decisão trouxe mais discussões sobre o assunto. E
posteriormente o próprio judiciário mudou a sua decisão, acrescentando a
depreciação ou excluindo o goodwill.
Medeiros afirma que uma das condições para determinação da
tarifa é a contabilidade. Para Medeiros, “os sistemas contábeis devem ser
uniformizados e sujeitar-se a uma centralização de orientação do Poder Público”
(p. 54). Mais adiante afirma que “a padronização das normas contábeis e a
centralização da orientação contábil nos órgãos de regulamentação facilitam, de
modo considerável, as avaliações dos bens das emprêsas de serviço público,
sobretudo para fins tarifários. É que a existência de registros reduz de muito
a necessidade das estimativas de avaliação” (p. 58, grafia da época). A seguir, o autor faz uma comparação com as
normas contábeis existentes nos Estados Unidos: “nos países, como os Estados
Unidos, onde as normas contábeis adquirem cada vez mais elevados padrões de
eficiência e precisão, pode-se dizer que a era dos avaliadores e das decisões
judiciárias sôbre valor já passou” (p. 58). Como é possível perceber, Medeiros
errou na sua afirmação.
É interessante notar que o processo de padronização contábil
no Brasil ocorreu justamente em alguns setores regulados, como as ferrovias, as
companhias aéreas, usinas de açúcar, etc (vide aqui)
Sobre o valor justo, o texto afirma que para fins tarifários
o custo histórico ou original, do tempo em que a empresa foi instalada, “é tido
como justo valor. Algumas vêzes, entretanto, o justo custo é considerado como o
preço de compra.” (p. 59, grafia da época).
O texto também discute sobre a remuneração do capital.
Considera a remuneração tradicional dos Estados Unidos, os riscos e incertezas
envolvendo o serviço público e a determinação de uma taxa justa de retorno.
Leia Mais em MEDEIROS, Océlio de. Avaliação de Empresas de Serviço
Público para fins Tarifários. O Observador Econômico e Financeiro. Ed. 252,
1957.
História da Contabilidade: Dia do Contador
O dia do contador é comemorado em 22 de setembro, quando foi
assinado o decreto 7988, que determinou a criação do curso superior em
contabilidade. O dia 25 de abril se comemora o Dia da Contabilidade, em razão
do Congresso Brasileiro de Contabilidade. Mas existe também a data de
publicação do livro de Pacioli.
É tanta comemoração que esquecemos que o dia do contador é
17 de maio. Na primeira conferência Interamericana de Contabilidade, que foi
realizada em Porto Rico em 1939, institui-se esta data pois representaria um
marco na história dos profissionais da contabilidade nas Américas. E o que
ocorreu nesta data? A instalação da primeira conferência.
Vide: Dia do Contador. Imprensa Popular. 6 de maio de 1954,
p. 2. Ed. 1792.
Desconto no restaurante
Um restaurante perto de Jerusalém adotou um desconto interessante: 50% do valor do jantar para os clientes que desliguem seus telefones. Segundo seu proprietário, o objetivo é fazer as pessoas apreciarem a comida.
Banco Santos
Os credores do Banco Santos pediram à Justiça brasileira que sequestre no exterior pelo menos 29 obras de arte supostamente desviadas pelo ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira pouco após a intervenção do banco, em 2004. Eles também solicitaram a extensão da falência do banco às empresas Wailea e Bokara, donas da coleção do ex-banqueiro, e da Broadening-Info, companhia panamenha que, dizem, foi usada para simular compra e venda das peças só para retirá-las do país. O pedido é baseado em uma investigação que ocorreu sob segredo de Justiça nos EUA, nas Ilhas Virgens Britânicas, em Bahamas e no Reino Unido, em que foram apreendidos documentos em galerias, seguradoras, casas de leilão e prestadores de serviço, após autorização judicial.
Fonte: Aqui
Fonte: Aqui
Hetain Patel: Quem sou eu? Pense de novo
Como decidimos quem somos? A surpreendente apresentação de Hetain Patel brinca com identidade, linguagem e sotaque -- e te desafia a pensar mais a fundo, além das aparências superficiais. Uma encantadora meditação do ser, com a artista Yuyu Rau e inspirada por Bruce Lee.
24 novembro 2013
As empresas poluidoras
Existe um mantra na contabilidade que associa a mensuração
com a gestão. Este mantra afirma que só conseguimos gerenciar o que podemos
medir.
Uma das áreas de maior desafio em obter mensuração refere-se
ao meio ambiente. E geral usamos como
principal unidade a quantidade de gás carbônico emitido por cada país. Sabemos
que a emissão deste gás tem aumentado ao longo dos últimos anos, estando
concentrada nos países mais industrializados. Por consequência, desde 1854,
quando se tornou possível medir a emissão do gás carbônico, os Estados Unidos é
o campeão da poluição. Mas quando analisa o último ano, 2012, a China foi o
principal em termos de poluição.
Uma pesquisa realizada pelo Climate Accountability Institute
mudou um pouco esta maneira de medir a poluição. Em lugar dos países,
concentrou-se nas empresas. E o resultado é assustador. A empresa que mais
poluiu na história da humanidade é a Chevron e respondeu por 3,52% de toda
emissão no período de 1751 a 2010. As vinte empresas com maior emissão
respondem por quase 30%. As noventa maiores entidades são responsáveis por 63% das
emissões no período.
Leia mais em Heede, Richard. Tracing anthropogenic carbon
dioxide and methane emissions to fossil fuel and cement producers, 1854–2010. ClimaticChange.
Competição entre fêmeas
(...) Em um experimento curioso, os cientistas chamaram pares de mulheres recém-casadas (que não se conheciam) para discutir com um cientista do sexo masculino a relação delas com seus maridos. O que elas não sabiam é que o verdadeiro experimento ocorreria no intervalo da discussão. No início do intervalo, o cientista saía da sala, enquanto as voluntárias tomavam um lanche. Durante o lanche, entrava na sala uma outra cientista, agora do sexo feminino, perguntando onde estava o cientista que havia saído da sala. Obtida a resposta, a cientista saía da sala. A discussão entre as duas voluntárias após a saída da cientista fêmea era gravada e filmada. Mas falta explicar um detalhe. Em metade das entrevistas, a cientista fêmea que entrava na sala vestia somente uma calça comprida e uma camiseta. Na outra metade das entrevistas, a mesma cientista vestia uma provocante minissaia, blusa decotada e botas. De resto, a interação entre a visitante e as voluntárias era idêntica.
O que os cientistas observaram é que a fêmea de calça e camiseta não provocava uma mudança na conversa e nunca despertava reações agressivas. Já a mesma mulher, de minissaia, causava quase sempre uma mudança na conversa entre as voluntárias que geralmente passavam a falar mal da visitante, muitas vezes insinuando suas más intenções com o entrevistador, comentando o mau gosto de suas roupas, enfim, denegrindo sua imagem. Os cientistas concluíram (você concorda?) que o diálogo agressivo e crítico entre as voluntárias após a visita da "vamp" é uma manifestação do espírito competitivo e agressivo das mulheres. Elas estariam tentando "proteger e não perder a posse" do macho que estava conduzindo a entrevista. A "vamp" era vista como uma ameaça, e a mesma mulher, vestida discretamente, não era identificada como potencial competidora. Observe que essas mulheres não se conheciam, eram casadas, e o macho em questão só havia passado uma hora na companhia das duas voluntárias.
Esses dois exemplos demonstram como ocorre a competição entre as fêmeas, muito mais sutil e indireta que a violência física, direta ou disfarçada, que observamos na competição entre os machos.
Essa coletânea de artigos mostra que o estudo da competição entre fêmeas ainda está na sua infância, mas já nos ajuda a entender o cisma com a sogra e a origem da fofoca.
MAIS INFORMAÇÕES: FEMALE COMPETITION AND AGRESSION: INTERDISCIPLINAR PERSPECTIVES. PHIL. TRANS. R. SOC. B 368:2130073 2013
FERNANDO REINACH - Estado de S. Paulo - 23 de novembro de 2013
O que os cientistas observaram é que a fêmea de calça e camiseta não provocava uma mudança na conversa e nunca despertava reações agressivas. Já a mesma mulher, de minissaia, causava quase sempre uma mudança na conversa entre as voluntárias que geralmente passavam a falar mal da visitante, muitas vezes insinuando suas más intenções com o entrevistador, comentando o mau gosto de suas roupas, enfim, denegrindo sua imagem. Os cientistas concluíram (você concorda?) que o diálogo agressivo e crítico entre as voluntárias após a visita da "vamp" é uma manifestação do espírito competitivo e agressivo das mulheres. Elas estariam tentando "proteger e não perder a posse" do macho que estava conduzindo a entrevista. A "vamp" era vista como uma ameaça, e a mesma mulher, vestida discretamente, não era identificada como potencial competidora. Observe que essas mulheres não se conheciam, eram casadas, e o macho em questão só havia passado uma hora na companhia das duas voluntárias.
Esses dois exemplos demonstram como ocorre a competição entre as fêmeas, muito mais sutil e indireta que a violência física, direta ou disfarçada, que observamos na competição entre os machos.
Essa coletânea de artigos mostra que o estudo da competição entre fêmeas ainda está na sua infância, mas já nos ajuda a entender o cisma com a sogra e a origem da fofoca.
MAIS INFORMAÇÕES: FEMALE COMPETITION AND AGRESSION: INTERDISCIPLINAR PERSPECTIVES. PHIL. TRANS. R. SOC. B 368:2130073 2013
FERNANDO REINACH - Estado de S. Paulo - 23 de novembro de 2013
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