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06 dezembro 2011

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Ciência

A história dos números
Participação da mulher no cinema é exceção
Não faz sentido desligar os celulares numa viagem de avião

Crise

15 países da Europa, inclusive Alemanha, ameaçados de perder seu rating (aqui a reação e aqui o comunicado)

Contabilidade

Partner acusa E&Y de corrupção
Aniversário da Enron
Contador -chefe da SEC disse que é necessário mais tempo para a adoção da IFRS
Brasil para contadores estrangeiros

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Desmontando e montando um jipe em 4 minutos
As piores propagandas de 2011
Estudantes explicam Belo Monte
O fantasma do plágio

Miscelânia

As fotos mais bonitas de 2011 (Reuters) (uma das fotos nesta postagem)
Perda dos EUA com o visto para turista

Pesquisas iludem

Uma extensa reportagem no Wall Street Journal comenta sobre os prejuízos que pesquisas acadêmicas na área de saúde trazem para as empresas comerciais (Pesquisas iludem farmacêuticas e pacientes, Gautam Naik, Wall Street Journal, 4 de dez 2011). Ao anunciarem descobertas em trabalhos acadêmicos, as empresas tentam aproveitar na sua área comercial, mas muitas vezes não conseguem reproduzir os resultados. Este foi o caso de um estudo sobre uma proteína que atacava tumores cancerígenos, descoberta anunciada há dois anos. A empresa Amgen tentou reproduzir os resultados e gastou tempo e dinheiro.

A base dos artigos científicos e a capacidade de temos para reproduzir os resultados. Geralmente os orientadores recomendam a seus orientandos que indiquem claramente na metodologia como os resultados foram obtidos, para que outros pesquisadores possam replicar a pesquisa e chegar a resultado idêntico. Por este motivo, podemos dizer que a possibilidade de reproduzir o experimento é base da pesquisa científica.

Na teoria seria de esperar que os artigos publicados em periódicos pudessem ser replicados pelos avaliadores. Na prática isto é muito difícil pelo tempo necessário para fazer esta tarefa. Assim, a análise é feita baseada na confiança com que o pesquisador deveria agir. Alguns periódicos exigem que aqueles que submetem artigos coloquem sua base de dados a disposição de qualquer leitor. Isto é uma prática boa que deveria ser seguida por todos os periódicos, mas é uma exceção. Apesar desta medida reduzir a chance de que pesquisas não sejam replicadas, isto não impede a fraude.

Para as empresas comerciais a confiabilidade de uma pesquisa pode representar desperdícios de recursos quando se verifica que os resultados anunciados não são confiáveis. Parte do problema pode estar na possibilidade de que os dados podem produzir "erros estatísticos" (os chamados Erro Tipo I e Tipo II). Outras possibilidades são apresentadas no texto do WSJ:

Os cientistas têm várias teorias sobre por que duplicar resultados pode ser tão difícil. Laboratórios diferentes podem usar equipamentos ou materiais ligeiramente diferentes, levando a resultados divergentes. Quanto mais variáveis há em um experimento, mais provável é que pequenos erros não intencionais acabem fazendo as conclusões se inclinarem de uma forma ou de outra. E é claro que dados que foram manipulados, inventados ou alterados fraudulentamente não resistirão a uma futura análise. (...)
"Entre as razões mais óbvias, porém não quantificáveis, há uma competição imensa entre os laboratórios e uma pressão para publicar", escreveu Asadullah e outros da Bayer, em seu artigo de setembro. "Há também uma propensão para publicar resultados positivos, já que é mais fácil conseguir que estes sejam aceitos em boas publicações."
As publicações científicas também estão sob pressão. O número dessas revistas saltou 23% entre 2001 e 2010, segundo a Elsevier, que analisou os dados. Essa proliferação aumentou a competição até mesmo entre as revistas de elite, que podem gerar atenção publicando artigos chamativos, em geral com resultados positivos, para atender à demanda incessante dos meios de comunicação noticiosos.

Corrupção e IDH

O gráfico mostra a relação entre o IDH e a menor percepção de corrupção em diversos países. Quanto maior o desenvolvimento humano, menor o índice de percepção de corrupção. Mas alguns países escapam da curva traçada no gráfico em vermelho. A Venezuela possui um IDH elevado (acima de 0,7) para a percepção de corrupção próxima de dois (quanto menor este índice, maior a corrupção no país). Já Ruanda possui níveis de corrupção melhor que o Brasil, mas seu IDH é um pouco acima de 0,4. O Brasil está próximo a curva, com IDH um pouco acima de 0,7 e uma nota abaixo de 4 para corrupção.

Fonte: Aqui

Padronização

Para que a norma internacional pudesse ser adotada em diversos países, o Iasb fez uma escolha política de permitir um leque razoável de opções em certos tratamentos contábeis. Isto permitiu vencer a resistência de certos países em adotar as normas internacionais. Entretanto isto possui um sério problema: reduz a comparabilidade.

Entretanto talvez seja o momento de começar a reduzir este número de alternativas. Este aspecto é tratado numa reportagem do Valor Econômico (Norma internacional deve ter menos opções, Fernando Torres e Marina Falcão, 5 de dez 2011):

O órgão que escreve as normas internacionais de contabilidade está disposto a discutir a redução de algumas opções que existem em seus pronunciamentos, disse Stephen Cooper, membro da diretoria do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) (...)


Membro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o professor Eliseu Martins acredita que o mercado, em geral, sente-se mais confortável quando o modelo contábil possui uma regra específica para cada tipo de operação. Por isso, diz, há um constante risco de que a nova norma, baseada na natureza das transações, caia na "tentação" de se transformar num arcabouço de regrinhas. "Foi o que aconteceu com o US Gaap [norma americana] ao longo das décadas." (...)


Outros percalços apontados por Cooper para o processo de globalização contábil são as influências locais.


Segundo ele, os países começam em pontos diferentes do processo de convergência, conforme o grau de solidez da cultura contábil em vigência. (...)


O alerta de Eliseu Martins é bastante pertinente e acredito ser bastante possível que ocorra uma fasbização do Iasb, com criação de regras.

IFRS

Um texto do Valor Econômico de ontem comentava sobre a influência fiscal existente ainda nos balanços das empresas:

Passado praticamente um ano da adoção completa do padrão contábil internacional IFRS pelas companhias abertas do Brasil, prossegue a resistência de se aplicar o preceito da essência sobre a forma nos balanços. "Ainda se nota a influência fiscal nas práticas contábeis", diz Alexsandro Broedel, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), citando como exemplo o prazo de depreciação de máquinas e equipamentos das empresas.


Mesmo sendo explícito que a perda de valor desses bens deva ser registrada conforme sua vida útil econômica, a maior parte das empresas optou por manter as antigas taxas fornecidas pela Receita Federal. Veículos passam a valer zero no balanço após cinco anos, máquinas e equipamentos duram de cinco a dez anos e imóveis são depreciados a uma taxa anual de 4%. Broedel destaca que a prática foi mantida mesmo com o Fisco tendo deixado claro que as empresas poderiam seguir usando sua tabela só para fins tributários. (...)

Balanços (ainda) pro forma - Fernando Torres - Valor Econômico - 05/12/2011

Apesar do assunto ser interessante é importante ressalvar que o termo "pro forma", em contabilidade, está associado a um tipo de demonstração contábil que não se enquadra nos princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP), mas que a empresa divulga por achar que reflete melhor seu desempenho. Entretanto, com o uso excessivo, as demonstrações pro forma passaram a ter um sentido negativo, próximo a manipulação.

Nomes mais Comuns

1. Maria = 13,3 milhões
2. José = 7,8 milhões
3. Antônio = 3,6 milhões
4. João = 3,0 milhões
5. Francisco = 2,2 milhões
6. Ana = 2 milhões
7. Luiz = 1,5 milhão
8. Paulo = 1,4 milhão
9. Carlos = 1,4 milhão
10. Manoel = 1,3 milhão
11. Pedro = 995 mil
12. Francisca = 854 mil
13. Marcos = 824 mil
14. Raimundo = 821 mil
15. Sebastião = 799 mil

Segue Antônia, Marcelo, Jorge, Marcia, Geraldo, Adriana, Sandra, Luís, Ferando, Fábio, Roberto, Márcio, Edson, André, Sérgio, Josefa, Patrícia, Daniel, Rodrigo, Rafael, Joaquim, Vera, Ricardo, Eduardo, Terezinha, Sônia, Alexandre, Rita, Luciana, Cláudio, Rosa, Benedito e Leandro.

Fonte: Estado de S Paulo, 30 nov 2011, C10 (figura, aqui)


05 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

Too Big to Fail

Gatilho Emocional

Em algumas pesquisas científicas é necessário associar o estado emocional de uma pessoa com suas decisões. No passado, para induzir o medo, os cientistas aplicavam choques elétricos nas "cobaias". Nos dias de hoje é difícil imaginar isto acontecendo.

Para resolver este problemas, os cientistas usam vídeos que disparam "gatilhos" emocionais. Após assistirem estes vídeos, as pessoas estarão prontas para submeter a pesquisa.

Em 1995 dois cientistas fizeram uma pesquisa para determinar quais os vídeos eram mais efetivos em produzir emoções, como tristeza ou alegria. O resultado mostrou que para induzir repulsa a recomendação seria um curta metragem sobre amputação. Para disparar alegria nos pesquisados, a cena famosa do falso orgasmo de When Harry Met Sally (no Brasil, Harry e Sally, Feitos um para o Outro, foto acima). Para tristeza, uma cena do filme The Champ (O Campeão, no Brasil), onde o garoto chora sobre o corpo do pai morto (foto abaixo).

Por que o crescimento econômico é importante?

É interessante notar que os governantes e os economistas consideram importante que um país possa ter crescimento econômico. As discussões sobre este fato são ressaltadas como um sinal de desempenho positivo da economia de um determinado país.

Existem diversas razões para acreditar que o fato de um país crescer é bom. Algumas destas razões são apresentadas a seguir.

Em primeiro lugar, o crescimento econômico ajuda a reduzir o número de desempregados numa economia. Embora a taxa de desemprego não dependa somente desta variável, países que passam por uma recessão costumam ter aumento no número de pessoas que não possuem emprego fixo.

Em segundo lugar, uma economia em crescimento permite que o governo possa aumentar suas receitas, em especial aquelas provenientes da tributação. Uma proposição que ficou famosa em finanças públicas, a Lei de Wagner, mostra que as despesas do governo, historicamente, são crescentes. A melhor explicação para esta constatação é de Baumol, que mostrou que as atividades geralmente exercidas pelo governo não conseguem aproveitar dos ganhos de produtividade.

Terceiro, assim como as empresas, o endividamento do governo também é uma medida de desempenho. Também como as empresas existem certo limite no endividamento. Em economia a mensuração do endividamento ocorre através da relação com o tamanho da economia. Quando a economia cresce isto permite que o governo também possa aumentar sua dívida.

Também é importante lembrar a relação do crescimento com a distribuição de renda. Isto ficou muito conhecido no Brasil durante o milagre econômico (década de setenta do século passado), quando o governo optou por uma política de elevado crescimento da produção, deixando de lado a questão de distribuição. A ausência de crescimento gera uma pressão para que a questão distributiva seja resolvida.

Leia mais em Stumbling and Mumbling, Why Governments need Growth

Bancarrota

"Bankruptcy" traduz-se por "falência" ou "bancarrota". Segundo o dicionário Houaiss, a palavra "bancarrota" define-se por "quebra, falência ou insolvência, acompanhada ou não de culpa ou fraude do devedor".

A discussão se torna complicada porque o termo "bankruptcy", em inglês, muda de sentido quando conjugado com as regras do chamado "chapter 11" (capítulo 11), que dá aspectos diferentes ao termo.

O capítulo 11 da legislação americana concede ao devedor um prazo --que pode ser de 60 dias, com exceções dependendo do caso-- para que a empresa possa reorganizar suas contas e atender seus credores. Já outro capítulo, o 7, diz respeito à liquidação judicial --a falência propriamente dita.

Na aplicação das regras, a própria empresa se declara impossibilitada de pagar suas dívidas. É feita, então, a arrecadação, através da Justiça, dos bens para distribuição entre os credores, explica a professora de direito societário Larissa Teixeira, da FGV (Fundação Getulio Vargas) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado).

Assim, a dificuldade de aplicação do termo usado nos EUA ("bankruptcy") aqui no Brasil ocorre porque a palavra traduzida ("bancarrota") serve para indicar a liquidação de uma empresa, com a noção de reorganização das contas --própria de um outro instrumento jurídico, a chamada recuperação judicial.

O capítulo 11, assim, viabiliza a recuperação da empresa. A intenção da lei americana é dar um respiro ao devedor --ou seja, no período da reorganização os credores não podem cobrar judicialmente o devedor, e as cobranças que eventualmente sejam feitas ficam em suspenso, explica o advogado Guilherme Abdalla.(...)

Pela lei [brasileira], uma empresa brasileira em dificuldades deve, após permissão da Justiça, apresentar um estudo de viabilidade econômica com um plano detalhado de recuperação de suas finanças, que deve ser aceito pela maioria dos credores. Enquanto isso, as ações contra a empresa ficam suspensas por 180 dias.

A concordata era uma relação que havia entre o devedor e apenas um tipo de credor, o quirografário --aquele credor que tem nas mãos uma dívida sem garantia real, ao contrário de dívidas ou financiamentos como hipotecas ou penhores.



Fonte: Aqui

Qualidade da Exportação

Anteriormente o blog publicou sobre a qualidade da exportação brasileira. O texto a seguir, da Folha de S Paulo, apoia esta ideia:

No mês passado, 49,3% das exportações brasileiras foram de produtos básicos, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Para a entidade internacional [OMC], o percentual é de 60,4%.


É o que mostra levantamento feito pela Folha, com base nos padrões seguidos pela OMC, nos produtos exportados que constam da balança comercial divulgada pelo ministério.


O Brasil, que sofreu críticas à participação excessiva de commodities nas exportações, adota desde os anos 60 um padrão que valoriza o peso dos manufaturados.


Há uma lista de pelo menos 15 produtos que o governo brasileiro classifica como industrializados (divididos entre manufaturados e semimanufaturados), mas que, para a entidade internacional, são básicos.

Pablo Escobar

No seu apogeu, o traficante Pablo Escobar gastou 2.500 dólares por mês em ligas de borracha, usadas para prender o dinheiro.
Cada quilo da droga custava a Escobar 2 mil dólares, que era transportado em blocos de 400 quilos para Flórida, onde os traficantes pagavam 60 mil dólares por quilo. Isto significava um lucro de mais de 20 milhões, em 1978. Parte deste valor era repartido entre os distribuidores e despesas, incluindo suborno. Na rua esta quantidade de droga significava 210 milhões de dólares, já diluído com bicarbonato de sódio.

Melhores de 2011 do Ibovespa


Enquanto o Índice Bovespa acumula queda de 20,79% no ano até sexta-feira, um pequeno e seleto grupo de ações ainda consegue dar alegrias aos investidores. E não se trata de papéis de baixa liquidez, que negociam uma vez ou outra no pregão. São ações que fazem parte da carteira do Ibovespa e que, portanto, respondem por mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro registrados no mercado à vista da BM&FBovespa.

Fonte: Valor - Os sobreviventes do pregão -Por Luciana Monteiro e Daniele Camba, de São Paulo

04 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Pós-graduação no Brasil

De acordo com relatório da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), lançado semana passada, de 2006 a 2009 houve aumento de 20,1% no número de programas de pós-graduação. Os números também mostram aumento do corpo docente e discente no mesmo período. Na UnB, de 2006 a 2010, os cursos de doutorado cresceram 24% e os de mestrado 22%. João Luiz Martins, presidente da Andifes, atribui o crescimento ao processo de expansão das universidades federais desde 2008, ano de implantação do programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Para atender a essa demanda, avalia o presidente e reitor da Universidade Federal de Ouro Preto, foram contratados técnicos e professores. Como consequência, aumentou a procura por programas de pós-graduação para qualificação do corpo docente. O aumento da procura pela pós-graduação, especialmente pelos novos professores, permitiu aquecer a produção científica das universidades. Noventa e três por cento das pesquisas nacionais são desenvolvidas pelas universidades públicas.

"No Brasil, as universidades públicas têm função dupla, de formar graduação em volume e gerar conhecimento na pós-graduação. Já tínhamos docentes importantes, e a chegada desses novos docentes acabou favorecendo uma série de áreas de conhecimento que até então não tinham o quadro necessário para construir novos programas e ampliar a pós-graduação", explica João Luiz. "Áreas foram fortalecidas, ampliadas e intensificadas. Houve crescimento na aprovação de programas de pos na maioria das universidades", completa.
Fonte: Ana Grilo/UnB Agência (com adaptações)

Como, por causa do REUNI, houve acréscimo de alunos e consequentemente da demanda por professores qualificados, pode-se inferir que atualmente os processos seletivos para a pós-graduação estão voltados para quem possa contribuir com a academia e não necessariamente com o mercado.

Frase

"Nossos parceiros internacionais têm apoiado o processo de convergência atual entre o IASB eo FASB como uma forma de facilitar melhorias nos relatórios financeiros e sua adoção global. Ao mesmo tempo, muitos já indicaram que não apoiará a continuação indefinida." (Hans Hoogervorst, numa palestra na Austrália, 25 de novembro de 2011)

Em "Should U.S. Adopt International Accounting Standards?" Rehm, Barbara. American Banker [New York, N.Y] 01 Dec 2011

Caixa da Apple

A figura a seguir apresenta parte do balanço da empresa Apple:

Os valores estão em US$Mil e são de setembro de 2011. De um ativo de 116 bilhões, 45 bilhões (39%) são de curto prazo. Entre os ativos de longo prazo existe o item "investimento de longo prazo", com 56 bilhões (ou 48% do ativo). Observe que a empresa possui 9,8 bilhões em caixa e aplicações de curtíssimo prazo. Somado a 16,1 bilhões de investimentos de curto prazo, isto representaria 25,9 bilhões ou 22% do ativo. 

Alguns analistas consideram que o investimento de longo prazo também deveria ser incluído neste total para se ter o volume total de recursos da empresa em caixa e equivalentes. Seria, portanto, um conceito mais amplo deste termo, incorporando todas as aplicações financeiras realizadas. Isto representaria 81,5 bilhões ou 70% do ativo. 

Apesar dos investimentos de longo prazo serem passíveis de conversão em dinheiro, a maior parte deste dinheiro encontra-se no "caixa" de subsidiárias no exterior. Caso o dinheiro seja repatriado estará sujeito a uma tributação de 35%, pelas leis dos Estados Unidos. Ou seja, não podem ser considerados como caixa. 

Brasil tem participação tímida no IASB

O Brasil encaminhou pelo menos três comentários para o International Accounting Standards Board (IASB), que edita as normas internacionais de contabilidade (IFRS), durante a audiência pública sobre a agenda futura do órgão, encerrada quarta-feira.

Os comentários foram enviados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), pela Petrobras e por uma pessoa física, segundo revelou Amaro Gomes, único representante da América do Sul no Iasb.

“Os números ainda são preliminares, mas acho que dão uma dimensão de que nossa participação ainda está sendo tímida”, disse em palestra durante o 8º Seminário Internacional CPC.

Embora o período de audiência pública já tenha sido encerrado oficialmente, o Iasb ainda está recebendo comentários para avaliação. Por enquanto, toda a América Latina só responde por seis sugestões.

Fonte: Marina Falcão Valor Economico

03 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Leitura acadêmica


Quando a professora Peg Boyle (e autora do livro “Demystifying Dissertation Writing”) ministra aulas sobre a leitura acadêmica e o fundamento de uma dissertação, ela afirma que se os alunos não tomarem notas sobre o livro ou artigo, que nem se preocupem em ler. Aliás, ao invés disso, que leiam um romance!

Isso porque o propósito da leitura acadêmica não é apenas aprender, como também possibilitar que isso seja usado como um tijolo para construir a parede, que é o seu trabalho. A professora, em estilo agradável, compartilha que se um artigo acadêmico não é interessante o suficiente para que ela tome notas, então não o lê. Simples. Ela preferiria, no lugar, reler alguns dos livros do Harry Potter. Sejamos honestos e diretos ao invés de ficar se enganando para amenizar a consciência.

As brincadeiras dão o tom para que se perceba que a leitura acadêmica tem um propósito distinto. A meta é que você estabeleça a compreensão de uma discussão, as ferramentas que fornecem evidências que você está na discussão e a base com a qual você poderá contribuir com a tal da discussão. Legal, não? Melhor que fingir que entende de contabilidade financeira nos países anglo-saxônicos é realmente entender. Dá menos trabalho. Acredite.