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08 novembro 2011

Correlação

Ao comentar sobre o novo livro de Daniel Kahneman este texto fez a seguinte observação:

As Mr. Kahneman notes, the year-to-year correlation between the performance of the vast majority of funds is barely above zero, which suggests that most successful managers are banking on luck, not talent.


Isto não faz sentido, já que tudo leva a crer que Kahneman estava afirmando que o desempenho dos fundos, através da sua rentabilidade, não deveria ser muito diferente. Ou seja, não existiria um fundo ganhador. O termo correlação indicaria, neste caso, uma correlação próxima de um.

Artigos

O conselho editorial da Revista Controle, publicação do Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE-CE), por meio do Instituto Plácido Castelo (IPC), informa que as inscrições estão abertas para o recebimento de artigos que comporão sua próxima edição até o dia 15 de novembro de 2011 . Sob a coordenação editorial do conselheiro Edilberto Pontes Lima, a publicação é composta por artigos e tem caráter doutrinário.

Os artigos devem abordar assuntos relacionados as seguintes áreas: direito constitucional, direito administrativo, finanças públicas, contabilidade, controle externo e temas afins.

07 novembro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

O mercado acionário brasileiro sobe no final do ano?

Num texto recente do jornal Valor Econômico (Divisor de águas?, Valor Econômico, 28 out 2011) comentava-se sobre o “tradicional rali de fim de ano” no mercado acionário brasileiro. Afinal, as ações se valorizam no final de ano?

Usando dados de 1995 até 2011. Neste período, o mercado chegou a cair quase 40%, mas em média o crescimento foi de 1,68%. Considerando o final de ano como sendo o último trimestre, neste período os três meses tiveram um crescimento de 3,42%, contra 1,14% dos demais.

Se usarmos os dois últimos meses a média é de 5,25% mensal de crescimento do mercado, contra 1% dos outros meses. E entre novembro e dezembro, no primeiro mês o crescimento é de 5,79%, enquanto em dezembro é de 4,71%.

Sabendo disto, a melhor estratégia é investir em outubro, para aproveitar o crescimento do último bimestre. Mas atenção, apesar dos valores médios serem aparentemente distintos, a diferença em todos os casos não passa por um teste de média. 

Sped


O Valor Econômico trouxe um caderno especial sobre o Sped. São várias reportagens que mostram algumas das facetas da questão da escrituração digital no Brasil.

Em "Contabilização na Rede" são apresentados os números do Sped e sua cronologia. Um aspecto interessante é o grande negócio chamado “certificação digital”. O seu custo médio é de 400 reais. A estimativa é que o negócio cresça 20% ao ano.

Em "Migração traz inúmeros benefícios para a Esfera Privada" indicaria os benefícios do Sped. Infelizmente o texto trouxe a opinião da Receita Federal e de empresas que estão envolvidas na venda de produtos relacionados com o Sped. Naturalmente que o texto não observa as críticas ao Sped.

Já em "Mudanças Exigem que o Contador seja mais Capacitado" o foco seria no profissional contábil. Entretanto, o destaque do texto é o processo de implantação. Aqui, sim, são apresentadas algumas críticas ao sistema.

O artigo "Companhias Migram Serviços para Centros de Dados Externos" comenta sobre a possibilidade de usar arquivos na nuvem.

Os benefícios do Sped para Receita são destacados em “Receita ganha Agilidade para tratar Informações”. Dois aspectos interessantes: primeiro, que o número de autuações deve diminuir, mas o valor médio deverá aumentar; segundo, que hoje o Sped é adotado por uma minoria de empresas, aquelas tributadas pelo lucro real, e brevemente serão incorporadas as tributadas pelo lucro presumido.

A redução dos custos de armazenamento (“Benefícios incluem Despesas Menores para Armazenamento”)  é também discutida, assim como o mercado de produtos vinculados ("Fornecimento de soluções tem disputa concorrida"). O caso específico dos exportadores é tratado a parte ("Exportadores esperam ressarcimento de tributos”)

Em “Sistema Deixa Ônus para as Empresas” uma afirmação de Charles Holland sobre o Sped:

“Todo o ônus do Sped está recaindo nas empresas, hoje em torno de 800 mil. Todo o bônus de aumento de arrecadação está indo para o governo. É essencial iniciar o diálogo com os políticos para compartilhar bônus e ônus entre empresas e governo”

Ele está errado. Esqueceu-se das empresas de certificação, de armazenagem de dados, das grandes empresas contábeis e das empresas de softwares.

Deloitte





Está dura a vida da Delloite & Touche, uma das quatro maiores empresas de auditorias do mundo. Na última semana de outubro, as práticas da firma foram reprovadas pelo Public Company Accounting Board, dos Estados Unidos, que investigou suas atividades ao longo de 2007.

O relatório do órgão também sugere que a Delloite não monitora adequadamente suas representações ao redor do mundo. No Brasil, não faltam exemplos para confirmar essa suspeita. Na semana passada, por exemplo, a empresa teve de fazer um acordo com a CVM, no valor de R$ 1 milhão, para se livrar de uma investigação por falhas na auditoria feita na antiga Aracruz (atual Fíbria), relacionada para uma superexposição da fabricante de celulose com derivativos cambiais, em 2008.

O maior frango, porém, envolveu o banco PanAmericano: o rombo de R$ 4,3 bilhões passou tranquilamente pelo meio das pernas dos auditores da Delloite, cujas responsabilidades estão sendo apuradas pelo Banco Central.

Fonte: Clayton Netz, Istoé Dinheiro

Leasing


Uma pesquisa feita pela Grant Thornton mostrou que a maioria das empresa mundiais não conhece as alterações na contabilidade do leasing. E no Brasil o desconhecimento aumenta para 64%.

Com a adoção do padrão contábil IFRS, o leasing financeiro - em que há uma opção de compra ou transferência do bem ao final do contrato - passou a gerar registro obrigatório no ativo e no passivo das demonstrações financeiras.


Mas o chamado leasing operacional - sem necessariamente transferência da propriedade - ficou de fora dessa regra e aparece nos balanços apenas como despesa de arrendamento mercantil.


O fim dessa divisão em classes de leasing deve ser aprovado pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, pelas iniciais em inglês). Assim como o financeiro, o arrendamento operacional ganhará registro no balanço patrimonial. (...)

Segundo estimativa da Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, a medida traria cerca de US$ 1,25 trilhão de dólares para dentro dos balanços das empresas listadas na bolsa americana.

(Fonte: Empresas ignoram mudanças na contabilidade de leasing, Marina Falcão, Valor Econômico, 28 out 2011 via aqui)

06 novembro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte; aqui

Importância do Blog

Ter um blog vale a pena? Esta é uma pergunta que faço constantemente. Toma muito tempo e parece uma atividade pouco reconhecida. Uma pesquisa realizada por dois estudiosos do Banco Mundial, David McKenzie e Berk Özler, analisa a influencia dos blogs na área de economia. Talvez ajude a entender melhor porque blogar.

Usando uma série de experimentos, os autores mostram que existem três efeitos. Em primeiro lugar, o blog aumenta o número de visitas e downloads em artigos científicos. Segundo, blogar aumenta a reputação do autor (e da sua instituição) em relação aos autores similares. Terceiro, alguns dos tópicos na área de economia podem sofrer influencia dos blogs.

Vamos por etapas. Em primeiro lugar, os efeitos do blog na leitura de textos acadêmicos. A figura mostra o número de downloads de um artigo desde sua publicação, em 2006, até maio de 2011. Em 2008 o texto foi citado no blog Freakonomics e o número de visualizações do resumo e de downloads por mês saltou de menos de vinte para mais de 140.

Diversos outros textos são citados no artigo, mostrando que a lembrança de um artigo científico por parte de um blog famoso tende a aumentar o número de pessoas que leem o texto.

O outro aspecto refere-se a reputação do autor. Na área de economia a atividade de blogar está associada, por exemplo, ao prestígio do economista. O texto mostra que os economistas blogueiros são vistos como “economistas favoritos”. Os autores fizeram experimentos, inclusive criando um blog (Development Impact), mas gostaria de citar uma observação feita por David Albrecht: ele tem postado textos há três anos sobre contabilidade financeira e auditoria e apesar de não ter publicado muito artigos em periódicos acadêmicos, em setembro (2011) foi considerado uma das pessoas mais influentes em contabilidade.

O terceiro tópico é sobre a importância que o blog pode exercer na política econômica. Neste caso, a conclusão dos autores é que a influencia direta é rara. Mas a pesquisa mostrou que o blog pode levantar um assunto que será mais tarde explorado pela grande imprensa. Neste caso, o blog seria um importante formador de opinião.

Leia o Texto aqui: The Impact of Economics Blogs, David McKenzie e Berk Özler

05 novembro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte; Aqui

Olympus

Em 2009 a Olympus informou ao mercado que estava trocando a KPMG pel Ernst & Young em razão do término do contrato. A empresa não informou, no entanto, que existia divergências com a KPMG sobre a aquisição de empresas e pagamentos realizados para “consultorias”.

 Revelou-se agora um documento interno da empresa onde o Kikukawa, ex-chefão da empresa, afirma que não pretendia divulgar ao mercado o desentendimento com a KPMG. Provavelmente este documento foi divulgado pelo CEO demitido, Michael Woodford, que também questionava os pagamentos e foi demitido por Kikukawa.

Quando crescer...

quero ser "tax accountant"



Fonte: aqui

Só 9% da alta da arrecadação é usada para investimentos

Uma fatia pequena do aumento expressivo da carga tributária ocorrido desde meados da década de 90 se traduziu em novos investimentos públicos no Brasil. De cada R$ 100 a mais em impostos arrecadados entre 1995 e 2010, apenas R$ 8,6 foram direcionados para elevar investimentos feitos pelo governo, como construção de escolas e hospitais, ampliação de portos e aeroportos e melhorias em estradas. A conta é do economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central. A elevação significativa da carga tributária nos últimos anos serviu principalmente para sustentar o aumento dos gastos correntes do governo, que incluem benefícios sociais e salários de funcionários públicos. “Nós aumentamos a carga tributária para gastar mais”, afirma Schwartsman.

Os investimentos da chamada administração direta (incluindo governos federal, estaduais e municipais) cresceram R$ 56,9 bilhões entre 1995 e 2010, descontada a inflação. Esse aumento equivale a 8,6% dos R$ 661,6 bilhões a mais arrecadados. “O governo está tomando muitos recursos sob a forma de impostos e retribuindo muito pouco em investimentos”, diz o economista Marcelo Moura, do Insper. Moura ressalta que, em 2010, quase metade das despesas do governo federal foi direcionada a gastos sociais (como os programas de transferências de renda e a previdência social). Outros 25% cobriram gastos com servidores públicos e 6,8% se converteram em investimentos.

Fonte:Érica Fraga
Folha de S.Paulo, 31/10/2011

04 novembro 2011

Rir é o melhor remédio





Pesquisa

Prezado Leitor,

Convidamos você a participar desta pesquisa conduzida no âmbito do doutorado do Programa Multiinstitucional e Interregional de Pós-Graduação em Contabilidade integrado pelas Universidades de Brasília UnB), Federal da Paraíba (UFPB) e Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Trata-se de investigação sobre a percepção de leitores de relatórios anuais disponíveis em sites de empresas.

Para isto, clique neste link e siga as instruções.

Agradecemos a contribuição.

César Augusto Tibúrcio Silva, Carlos Jorge Fontainhas e Nair Aguiar-Miranda

Links


Ciência (?!)

Existe o efeito Lindsay Lohan? Quando ela é punida o mercado cai

Desvantagem de nascer em certos meses do ano

Mais bebês nascem no Valetine´s Day e menos no Halloween

Marketing: Ganhou o Nobel de Economia e foi contratado por um fundo hedge

Informação

Mensagens contidas nos logos das empresas

Empresas estão atoladas de informação

Valor

Os blogs mais valiosos do mundo

Expirou a patente do Lego

Medalha para operar taxi em Nova Iorque vale 1 milhão de dólar

Indústrias

O lobby da indústria de alimentos

Cigarros: uma indústria ameaçada

Teste 511


Neste final de ano, o artista João Gilberto, um dos mais importantes músicos brasileiros, e precursor da bossa nova, estará fazendo shows em algumas poucas cidades brasileiras. Foram colocados à venda 10 mil ingressos, com preços variando de 500 a 1400 reais. (Informações obtidas na reportagem Quanto Vale o Show?, Roberta Penmafort, Estado de S Paulo, 29 de setembro de 2011).

A turnê tem um custo de R$4,5 milhões, incluindo o cachê do cantor, custo de locomoção, técnicos do Japão, carga tributária, equipamentos e aluguel de espaço. O valor é reduzido já que João Gilberto faz o seu show na companhia do violão, somente.

Pede-se:
a) Determine o resultado, caso todos os ingressos sejam vendidos pelo preço mínimo.
b) Determine o resultado com os ingressos vendidos pelo valor máximo.
c) Geralmente parte dos ingressos é dada de cortesia, para diversas pessoas (patrocinadores, imprensa, pedidos pessoais do artista etc). A estimativa é que este percentual seja, para o show de João Gilberto, de 10% do total. Qual o valor do resultado, admitindo o preço mínimo.
d) Considere um preço médio de 600 reais. Qual o nível de ocupação para zerar o resultado?

O Segredo da Eterna Juventude


O tema Governança Corporativa tornou-se moda nos últimos anos. Muitas pesquisas foram realizadas propondo medidas que permitiriam a empresa um melhor gerenciamento dos seus recursos. Por trás das discussões existia uma espécie de busca pela “fonte da juventude” das empresas. Mecanismos de governança passaram a ser considerados como fundamentais na sobrevivência de médio e longo prazo das empresas.

Uma pesquisa recente realizada por quatro pessoas da University of Zurich resolveu investigar a “fonte da juventude” de um grupo particular de entidade. Num conjunto de 150 entidades, 25 ainda estão abertas. Aparentemente este número é reduzido, mas quando se considera que a vida média deste grupo que sobreviveu é de 287 anos a primeira impressão muda. Das 125 entidades que fecharam a maioria (85) não tiveram nenhum problema de agência relatado, sendo que 6 fecharam de maneira voluntária, com uma idade média de 540 anos, e o restante deixaram de existir, depois de 568 anos, em média de funcionamento, por fatores externos. O mais interessante que somente 26% das entidades tiveram algum tipo de problema de agência. Neste caso, a média de anos em que estiveram abertas foi um pouco acima de 300. A tabela a seguir mostra estes dados.

Os autores acreditam que a vida longa destas entidades se deve a três fatores. Em primeiro lugar, o modelo de governança básica foi formado muito cedo e permaneceu constante ao longo do tempo. Segundo, existia uma norma básica, que impedia que se adotassem outras estruturas de governança. E finalmente, os mecanismos de governança externa davam estabilidade sem retirar a autonomia.
Se as empresas modernas buscam o segredo da fonte da eterna juventude aqui teríamos talvez a situação mais próxima disto. As 150 entidades investigadas pelos autores correspondem a monastérios beneditinos localizados na região de Baden-Württemberg, Bavaria e Alemanha.

The Corporate Governance of Benedictine Abbeys: What can Stock Corporations Learn from Monasteries? Katja Rost, Emil Inauen, Margit Osterloh & Bruno S. Frey Disponível aqui

Risco China

Há muito se fala da possibilidade de desaceleração do crescimento chinês. Caso isto aconteça, alguns países irão sentir de maneira extrema, como é o caso da Mongólia e Hong Kong. As áreas em vermelho são os países que seriam mais atingidos, incluindo Austrália, Chile e Peru. O motivo seria a exportação de commodities, que inclui a economia brasileira entre as prejudicadas por uma recessão chinesa (vide postagem anterior, onde comentamos sobre a dependência da exportação de produtos básicos). 

MF Global


A MF Global, que pediu concordata no dia 31/10/2011, pode entrar para a lista dos dez maiores colapsos da história corporativa dos EUA, segundo dados da empresa de pesquisa BankruptcyData.com, com base no valor dos ativos antes da solicitação de concordata. Pelos dados divulgados até 30 de setembro, a MF Global deve ficar pouco acima da Chrysler, como a oitava maior concordata norte-americana. Veja a lista, segundo The Wall Street Journal:

1) Lehman Brothers Holdings. Concordata em setembro de 2008. Ativos: US$ 691 bilhões

2) Washington Mutual. Concordata em setembro de 2008. Ativos: US$ 327,9 bilhões

3) WorldCom. Concordata em 2002. Ativos: US$ 103,9 bilhões

4) General Motors. Concordata em junho de 2009. Ativos: US$ 91 bilhões

5) CIT Group. Concordata em novembro de 2009. Ativos: US$ 80,4 bilhões

6) Enron. Concordata em 2001. Ativos: US$ 65,5 bilhões

7) Conseco. Concordata em 2002. Ativos: US$ 61,4 bilhões

8)Chrysler. Concordata em abril de 2009. Ativos: US$ 39,3 bilhões (MF Global. Ativos: US$ 41 bilhões, em 30 de setembro)

9) Thornburg Mortgage. Concordata em maio de 2009. Ativos: US$ 36,5 bilhões

10) Pacific Gas & Electric Co. Concordata em 2001. Ativos US$ 36,15 bilhões

Fonte: Agência Estado e Dow Jones