O mercado internacional está com os olhos fixos na decisão que o Congresso dos Estados Unidos precisa tomar até esta terça-feira (2) sobre a elevação do teto da dívida pública do país. A medida, em discussão há meses, é defendida pelo presidente Barack Obama para evitar calote aos credores externos. Professores da Universidade de Brasília dizem que aumentar o limite do endividamento é inevitável, mas informam que a decisão trará consequências para muitos mercados, incluindo o brasileiro.
O Brasil é o quinto maior credor da dívida americana. O país tem hoje cerca de US$ 210 bilhões em títulos do tesouro dos Estados Unidos. Apesar de remota, a possibilidade de não pagamento da dívida abalaria a economia nacional. “Haveria grande impacto nas contas brasileiras. O crédito seria encarecido e o país passaria a contar com menos reservas”, explica Adriano Benayon do Amaral, professor aposentado de Economia Internacional do Instituto de Ciência Política. Na análise do especialista, o calote poderia dificultar a oferta de capital e afetar o setor produtivo com o esfriamento do consumo e, em conseqüência disso, com retrações no mercado de trabalho.
Adriano Benayon lembra que, além de aumentar o teto da dívida, os congressistas americanos discutem cortes nos gastos públicos para evitar o calote. “Os conservadores querem cortes com os gastos sociais. O que seria penoso para os idosos e para a seguridade social”, diz. Com menos dinheiro em circulação na maior economia global, as exportações brasileiras também seriam comprometidas. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontam que, na última década, os Estados Unidos foram responsáveis pela compra de 16% de tudo o que o Brasil vendeu para fora.
O chefe do Departamento de Economia, Joaquim Pinto de Andrade, considera “fora de questão” a declaração de um calote. Ele diz que o congresso deve selar um acordo para afastar o risco. “De todo modo, a ameaça já foi muito ruim para todo mundo”, avalia. Ele considera que o episódio põe em xeque o papel hegemônico dos Estados Unidos e aponta a queda de credibilidade do país, classificado como bom pagador pelas agências internacionais. “Os países emergentes passarão a ocupar um papel ainda mais importante após a crise e devem aumentar a participação na economia mundial”, conclui.
Motivações políticas também interferem no momento econômico americano, segundo o professor de Direito Econômico, Marcos Faro de Castro. “O problema envolve as pretensões políticas dos republicanos que lutam contra a reeleição de Obama”, afirma. Segundo ele, qualquer que seja a decisão dos parlamentares, a desconfiança sobre a economia dos Estados Unidos tende a permanecer. “A medida é evitar o calote, mas pode não evitar o rebaixamento do triplo A americano”, diz em referência da classificação máxima conferida pela agência internacional Moody’s aos países que cumprem seus compromissos econômicos.
O economista Newton Marques, professor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, considera inevitável o corte dos gastos nas despesas públicas norte-americanas. Ele diz que a diminuição de aportes na área social pode ser "um caos” nesse momento de crise, mas enxerga como positiva a possível redução com gastos militares. “Provavelmente os Estados Unidos terão que retirar suas tropas de alguns países e gastar menos com armamentos, o que seria um benefício para humanidade”.
A dívida americana chegou a US$ 14,3 trilhões em maio, valor máximo estabelecido pelo Congresso. A intenção dos governistas é ampliar esse teto em mais de US$ 2 trilhões e cortar gastos públicos de forma gradual para refrigerar a economia americana. O presidente Barack Obama tem feito apelos sistemáticos nas últimas semanas para que os parlamentares adotem as medidas necessárias para evitar “uma crise profunda” que seria fruto de um comportamento “imprudente e irresponsável”.
Fonte: Hugo Costa - UnB Agência
02 agosto 2011
Dispersão da Beleza
A existência de sítios de relacionamento tem gerado pesquisas interessantes. Com uma extensa base de dados, alguns pesquisadores encontraram uma fonte quase “inesgotável” para novos achados. Uma destas pesquisa foi destaque em vários endereços da internet recentemente. (aqui e aqui, por exemplo)
O gráfico abaixo foi obtido no sítio do OK Cupid, um endereço de encontros na internet. De um lado, o número de mensagens recebido pelas mulheres. No eixo horizontal, a nota dada para sua “atratividade”.
É perceptível que quanto maior a atratividade, maior o número de mensagens. Mas existe um ponto interessante: uma mulher com uma nota elevada para sua aparência pode receber poucas mensagens! A foto abaixo mostra duas mulheres com notas parecidas de atratividade: 3,4 e 3,3. A segunda mulher recebe muito mais mensagens que a primeira. Qual a razão?
A explicação está na própria figura. A mulher do lado esquerdo recebe muitas notas “quatro”, alguns “três” e “cinco”, mas poucas notas reduzidas. Ou seja, existe um certo consenso que ela é bonita. Já a mulher do lado direito recebeu muitas notas “cinco” e “um”. Ou seja, existe divergência se ela é bonita ou não. Mas é ela que recebe mais mensagens dos potenciais candidatos: 2,3 vezes a média, enquanto a mulher do lado esquerdo recebe 0,8 vezes a média.
Parece existir algo curioso aqui: quanto mais os homens discordam da beleza de uma mulher, mais ela recebe mensagens dos pretendentes. O gráfico abaixo ilustra o número de mensagens em relação a média (eixo vertical) e a diferença de opinião dos homens, conhecida na estatística como dispersão. Quanto maior a dispersão, ou seja, quanto maior a diferença de opinião sobre a atratividade de uma mulher, maior o número de mensagens.
Qual a possível explicação desta “incoerência”? Se o leitor assistiu o filme sobre a vida de Nash, Uma Mente Brilhante, deve lembrar-se de uma cena em que ele vai ao bar com alguns amigos. Na mesa oposta, um grupo de mulheres, onde se destacava uma muito bonita. Nash explica que a melhor estratégia é abordar a segunda mais bonita, não a mais bonita. Como todos os homens estarão interessados no maior “prêmio”, a concorrência para a segunda mais bonita é menor e as chances de sucesso são maiores. Trata-se de uma situação típica da Teoria dos Jogos.
O mesmo pode ser aplicado aos achados do sítio de relacionamento. Se um homem estiver interessado na morena da direita e ele suspeitar que outros fossem achá-la pouco atraente, isto significa menos concorrência. A chance de ela receber uma mensagem aumenta. A loura da esquerda será considerada “bonita” por quase todo mundo; um homem pensaria que o número de mensagens que ela recebe é grande e sua chance é pequena.
De posse disto, como a mulher pode aumentar o número de mensagens? Apesar de a atratividade ser difícil de ser mudada, a mulher pode influenciar na dispersão. A sugestão é interessante: utilizar algo que nem todos os homens gostam e destacar isto na foto. Por exemplo, uma tatuagem. Nem todos os homens admiram uma mulher com tatuagem. Ao colocar a foto destacando a tatuagem, isto provavelmente irá aumentar a dispersão.
Parecer do auditor
Os Estados Unidos estão discutindo mudanças nos relatórios dos auditores. Entre as alterações, destaca-se:
a) Uma narrativa onde o auditor pode discutir questões relevantes, como riscos identificados. A idéia é facilitar o parecer do auditor. Este texto denomina-se Auditor’s discussion and analysis (AD&A).
b) Destaque maior para os parágrafos de ênfase, onde os assuntos mais significativos são tratados.
c) Maior responsabilidade sobre informações fora das demonstrações contábeis, incluindo o Relatório de Administração e outras informações.
d) Esclarecimento sobre a responsabilidade do auditor, esclarecendo linguagem e conceitos.
A nudez de Wall Street
A nudez de Wall Street - Por Isabel Sales
Três pessoas foram detidas pela polícia por volta das sete horas da manhã de segunda-feira (1/8) quando apareceram brevemente em vários estados de nudez em frente à Bolsa de Valores de Nova Iorque em Wall Street. Os réus, dois homens e duas mulheres, participavam de um trabalho de arte-em-lugares-específicos, “Ocularpation: Wall Street”, que exigia que eles ficassem pelados por cerca de cinco minutos.
A obra, criada pelo artista Zefrey Throwell, envolveu 50 pessoas representando as várias ocupações de Wall Street – corretores, secretárias, zeladores, tia do cafezinho – e dramatizando brevemente seus papéis antes de se despir ao longo da avenida. A ideia, segundo o Sr. Throwell, é expor as realidades do trabalho na artéria financeira da nação como um comentário sobre o estado da economia, apesar de que a maioria dos passantes apenas viu ‘pele’. “Ele está pelado!!! Deus tenha misericórdia” disse uma senhora, ao observar um 'artista' se despir de seu terno.
Leia (e veja) mais aqui (em ingles).
Três pessoas foram detidas pela polícia por volta das sete horas da manhã de segunda-feira (1/8) quando apareceram brevemente em vários estados de nudez em frente à Bolsa de Valores de Nova Iorque em Wall Street. Os réus, dois homens e duas mulheres, participavam de um trabalho de arte-em-lugares-específicos, “Ocularpation: Wall Street”, que exigia que eles ficassem pelados por cerca de cinco minutos.
A obra, criada pelo artista Zefrey Throwell, envolveu 50 pessoas representando as várias ocupações de Wall Street – corretores, secretárias, zeladores, tia do cafezinho – e dramatizando brevemente seus papéis antes de se despir ao longo da avenida. A ideia, segundo o Sr. Throwell, é expor as realidades do trabalho na artéria financeira da nação como um comentário sobre o estado da economia, apesar de que a maioria dos passantes apenas viu ‘pele’. “Ele está pelado!!! Deus tenha misericórdia” disse uma senhora, ao observar um 'artista' se despir de seu terno.
Leia (e veja) mais aqui (em ingles).
Contribuição dos Doutores
Consultanto 125 doutores titulados até 2005, uma pesquisa encontrou que:
Cerca de um terço deles nunca publicaram um artigo científico em periódicos ou eventos ou, se o fizeram, foi feito antes de 31/12/2004. Quanto às participações em atividades vinculadas à academia, evidencia-se o quadro de total concentração dessas atividades nas mãos de pouquíssimos doutores. A conclusão é que as retribuições que os doutores em Ciências Contábeis deveriam estar trazendo para a ciência, principalmente por terem estudado em uma instituição pública, não têm correspondido às expectativas.
Acredito que as duas principais explicações para este fato são:
(a) no passado, a pressão por publicação era muito menor.
(b) nem todos os doutores possuem a vocação para pesquisa e publicação. Alguns serão excelentes consultores, outros professores.
Polar
Num dos maiores escândalos financeiros da história do Chile, uma única rede de lojas de departamento conseguiu lesar 12% das famílias do país, colocando em cheque auditorias internacionais, ameaçando os pilares do sistema privado de previdência e trincando a vitrine liberal do primeiro presidente de direita a assumir democraticamente o governo do país em 50 anos.
A estratégia da Polar, uma das maiores lojas de departamento do Chile, consistia em, primeiro, dar crédito fácil a quem não podia pagar. Em seguida, as dívidas de clientes inadimplentes eram renegociadas ou repactuadas unilateralmente, várias vezes, com inúmeros encargos. Nos casos mais graves, a loja multiplicava essas dívidas em mais de 30 vezes, sem o consentimento do cliente. Em menos de um ano, 418.826 chilenos foram lesados. Mas o estrago pode ser muito maior - além das vítimas do crediário, milhares de donos de ações da Polar também acabaram pagando a conta, entre eles, fundos privados de pensão.
(...) Com a descoberta tardia da fraude, a queda nas ações da Polar foi uma questão de tempo. Em pânico, a Bolsa de Santiago suspendeu as vendas dos papéis por uma semana. Os acionistas eram iludidos por um truque da empresa, que apresentava milhares de "dívidas morosas" (que ela não tem expectativa de receber) como "dívidas vigentes". Isso era possível graças à maquiagem das renegociações. Com isso, a Polar parecia mais saudável do que realmente era. (...)
O Castelo de cartas da chilena Polar - Estado de S Paulo - 27 de julho de 2011 - N3
Música
Analisando mais de 4200 músicas que ficaram no top tem da Billboard, desde a década de sessenta até hoje, Shaun Ellis e Thomas Engelhardt chegaram a algumas conclusões interessantes
As músicas possuem em torno de 250 segundos, ou um pouco mais de 4 minutos. Mas existe uma tendência a aumentar ao longo do tempo
A guerra de volume realmente existe: cada vez mais o som é mais alto:
01 agosto 2011
Teste 507
Um pesquisador brasileiro está presente no último número da prestigiosa Accounting Review, fazendo uma resenha de um livro sobre a contabilidade. Qual é este pesquisador, bastante conhecido de toda a comunidade contábil brasileira?
Resposta do Anterior: Não é gasto e sim despesa.
Onde moram as mulheres estressadas?
Onde moram as mulheres estressadas? - Por Isabel Sales
Uma pesquisa divulgou que na Índia as mulheres são mais estressadas que em outros países. Mas elas não estão sozinhas. Veja a lista a seguir:
1) Índia (87%)
2) México (74%)
3) Rússia (69%)
4) Brasil (67%)
5) Espanha (66%)
6) França (65%)
7) África do Sul (64%)
8) Itália (64%)
9) Nigéria (58%)
10) Turquia (56%)
11) Grã-Bretanha (55%)
12) Estados Unidos (53%)
13) Japão (52%)
14) Canadá (52%) // Austrália (52%)
15) China (51%)
16) Alemanha (47%)
17) Tailândia (45%) // Coreia do Sul (45%)
18) Malásia (44%) // Suécia (44%)
Uma pesquisa divulgou que na Índia as mulheres são mais estressadas que em outros países. Mas elas não estão sozinhas. Veja a lista a seguir:
1) Índia (87%)
2) México (74%)
3) Rússia (69%)
4) Brasil (67%)
5) Espanha (66%)
6) França (65%)
7) África do Sul (64%)
8) Itália (64%)
9) Nigéria (58%)
10) Turquia (56%)
11) Grã-Bretanha (55%)
12) Estados Unidos (53%)
13) Japão (52%)
14) Canadá (52%) // Austrália (52%)
15) China (51%)
16) Alemanha (47%)
17) Tailândia (45%) // Coreia do Sul (45%)
18) Malásia (44%) // Suécia (44%)
Por que tantas pessoas compram casas maiores quando se aposentam?
Por que tantas pessoas compram casas maiores quando se aposentam? - Por Isabel Sales
Antigamente os aposentados aproveitavam essa fase para se mudar para um lugar com o clima agradável, para uma casa menor, com menor necessidade de reparos e cuidados. Todavia, atualmente os aposentados trocam suas casas por outras maiores e por perto de onde residiu em sua fase adulta.
Pondera-se que uma das justificativas para isso seria o maior poder aquisitivo, possibilitando aos indivíduos comprarem casas maiores. Ou talvez o fato de a expectativa de vida ter aumentado, fazendo com que os cidadãos de terceira idade ainda se sintam dispostos a trabalhar de outras formas que não em seu emprego original, os incentive a continuar em sua vizinhança.
Outra hipótese aceitável é que uma casa grande próxima da residência dos filhos adultos poderia atrair visitas mais frequentes dos netos. Com o divórcio e os novos casamentos sendo uma ocorrência comum nas últimas décadas, é comum uma família com seis ou mais avós e avôs, incluindo-se aí os pais dos padrastos. A demanda por visitas dos netos aumentou, mas a oferta de visitas não. Portanto, os avôs talvez esperem aumentar sua quota de visitas se construírem uma casa espaçosa, atraente, num local conveniente.
Mais uma possibilidade seria o fato de que os filhos não mais saírem cedo de casa, ou logo que o segundo grau acaba, como em outros países. Assim, mesmo que os pais aposentem, querem continuar a ter casas grandes e luxuosas para garantir que seus filhos queiram ficar sob seus cuidados por muito tempo. Tendo em vista o poder aquisitivo dos jovens, compensa mais economizar o aluguel e morar com os pais a buscar a independência nesse aspecto. Deste modo, quanto mais confortável e acolhedora a casa, maior será o salário mínimo exigido para que um filho considere sair de casa algo recompensador.
Adaptado de: FRANK, R. H. O naturalista da economia. Rio de Janeiro: Best Business, 2008.
Antigamente os aposentados aproveitavam essa fase para se mudar para um lugar com o clima agradável, para uma casa menor, com menor necessidade de reparos e cuidados. Todavia, atualmente os aposentados trocam suas casas por outras maiores e por perto de onde residiu em sua fase adulta.
Pondera-se que uma das justificativas para isso seria o maior poder aquisitivo, possibilitando aos indivíduos comprarem casas maiores. Ou talvez o fato de a expectativa de vida ter aumentado, fazendo com que os cidadãos de terceira idade ainda se sintam dispostos a trabalhar de outras formas que não em seu emprego original, os incentive a continuar em sua vizinhança.
Outra hipótese aceitável é que uma casa grande próxima da residência dos filhos adultos poderia atrair visitas mais frequentes dos netos. Com o divórcio e os novos casamentos sendo uma ocorrência comum nas últimas décadas, é comum uma família com seis ou mais avós e avôs, incluindo-se aí os pais dos padrastos. A demanda por visitas dos netos aumentou, mas a oferta de visitas não. Portanto, os avôs talvez esperem aumentar sua quota de visitas se construírem uma casa espaçosa, atraente, num local conveniente.
Mais uma possibilidade seria o fato de que os filhos não mais saírem cedo de casa, ou logo que o segundo grau acaba, como em outros países. Assim, mesmo que os pais aposentem, querem continuar a ter casas grandes e luxuosas para garantir que seus filhos queiram ficar sob seus cuidados por muito tempo. Tendo em vista o poder aquisitivo dos jovens, compensa mais economizar o aluguel e morar com os pais a buscar a independência nesse aspecto. Deste modo, quanto mais confortável e acolhedora a casa, maior será o salário mínimo exigido para que um filho considere sair de casa algo recompensador.
Adaptado de: FRANK, R. H. O naturalista da economia. Rio de Janeiro: Best Business, 2008.
Big Four no Reino Unido
O Office of Fair Trading (OFT), da Inglaterra, está recomendando uma "investigação exaustiva" sobre a competição nas empresas de contabilidade.
A KPMG reagiu dizendo que já existe concorrência baseada no mercado.
A Deloitte a princípio concorda com medidas para melhorar a concorrência, sem perder a qualidade, prejudicar o Reino Unido como local de negócios.
PwC afirmou que o mercado é competitivo.
A Ernst & Young apóia as medidas, desde que a restrição não fique somente para as Big Four.
Gerenciando hospitais
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos tentou determinar se a gestão de um hospital por parte de um médico produz melhores resultados que uma organização gerenciada por um administrador profissional.
Comparando indicadores de desempenho dos dois grupos de hospitais (chefiados por médicos x chefiados por administradores), Amanda Goodall, a autora do estudo, encontrou que o primeiro grupo são de organizações com melhores índices.
Entretanto, boas organizações devem ser avaliadas ao longo do tempo, não de forma estanque. Este é um ponto não considerado na referida pesquisa, o que enfraquece as conclusões obtidas.
Viciados em parcelar
Os programas especiais de parcelamento de dívidas criados pelo governo nos últimos 11 anos criaram uma legião de viciados em renegociações. Empresas e pessoas físicas em débito com a Receita Federal e Previdência Social têm pago apenas as primeiras parcelas e depois abandonam os pagamentos à espera de novo perdão e nova renegociação. A estratégia tem funcionado. Desde 2000, já foram lançados quatro parcelamentos e as dívidas nunca são quitadas. (...)
(Fisco cria viciados em parcelar dívidas - Estado de S Paulo, 15 de julho de 2011, p. B1)
31 julho 2011
GOL e a revisão das projeções para 2011
A Gol terminou a sexta-feira valendo R$ 893 milhões a menos do que começou o dia. O valor de mercado da companhia passou de R$ 4,13 bilhões para R$ 3,24 bilhões entre quinta e sexta-feira, segundo informações da Economática.
A queda no valor de mercado é consequência da desvalorização de 21,6% dos papeis da companhia no último pregão, a maior queda em um único dia desde que estreou na bolsa de valores, em 23 de junho de 2004.
A desvalorização brusca da companhia foi uma reação do mercado para a revisão das projeções para 2011, anunciadas nesta sexta-feira. [...]
Valor de mercado da Gol derrete R$ 893 milhões em um dia. Marina Gazzoni e Aline Zampieri, iG São Paulo
A queda no valor de mercado é consequência da desvalorização de 21,6% dos papeis da companhia no último pregão, a maior queda em um único dia desde que estreou na bolsa de valores, em 23 de junho de 2004.
A desvalorização brusca da companhia foi uma reação do mercado para a revisão das projeções para 2011, anunciadas nesta sexta-feira. [...]
Valor de mercado da Gol derrete R$ 893 milhões em um dia. Marina Gazzoni e Aline Zampieri, iG São Paulo
Sono mono, bi ou poli?
Sono mono, bi ou poli? – Por Isabel Sales
Você às vezes tem a sensação de que 24 são poucas horas para que você faça tudo o que gostaria ou deveria fazer? Isso porque, além das nossas obrigações, temos que dormir algumas horas para reabastecer o organismo, não é mesmo?
Quando eu estava tendo aulas no mestrado tinha um amigo que defendia o sono polifásico: você estuda, dorme um pouquinho. Acorda, termina um paper, dorme mais outro bocado. E assim até que a noite ou as suas obrigações (ou você) terminem.
Segundo a Wikipédia, “O sono polifásico é um padrão de sono alternativo no qual o tempo dedicado ao descanso pode ser reduzido em até duas horas por dia sem causar danos a saúde. Ele é atingido pela separação do período de sono em momentos mais curtos e espaçados. Historicamente foi utilizado por pessoas engajadas em atividades que não permitem longos períodos de sono, como velejadores, astronautas. Acredita-se que tenha também sido utilizado por diferentes motivos e de diferentes maneiras por personalidades como Leonardo da Vinci, Lord Byron, Benjamin Franklin, Nikola Tesla, Thomas Edison, Wiston Churchill e Napoleão Bonaparte.”
Eu que sou uma adepta ferrenha de ao menos oito horas muito bem dormidas nem dei ouvidos. Quando durmo pouco sou capaz de um péssimo gênio! A vida seguiu e eu continuei deixando a tarefa “dormir” como prioritária na minha lista de afazeres.
Imaginem a minha surpresa quando li que insônia não é prejudicial e que o sono bifásico era super normal antigamente. Pior! Não só era normal, como entre um sono e outro o pessoal saía de casa e ia fazer a social com o vizinho!
Segundo a pesquisa, dormia-se em dois blocos de cerca de quatro horas. No intervalinho, alguns ficavam ali, conversando com seu parceiro, outros se levantavam e iam cumprir afazeres, outros visitavam os vizinhos, trocavam umas idéias antes de voltar a dormir. Que cena fantástica!
Aparentemente a lâmpada de nosso querido salva-pátria Thomas Eddison foi uma das “culpadas” para que esse oba oba terminasse. Antes dela, em um país em que a noite durava cerca de catorze horas, as pessoas não tinham muito a fazer no escuro, a não ser dormir. Com Eddison e a Revolução Industrial os hábitos mudaram, permitiram que fossemos mais produtivos por mais tempo e reduziu-se a quantidade de horas dormidas. Assim, se tornou suficiente dormir de uma vez por toda a noite.
Todavia, o estudo concluiu que dormir de forma bifásica é um padrão de sono mais natural e faz bem à saúde. Claro que temos que analisar bem a pesquisa, ver a amostra, se já foi replicada e toda a base para as conclusões de forma a verificar a sua validade. Enquanto isso, continuo dando apoio aos pesquisadores que me deixarem dormir oito ou dez horas por noite.
Você às vezes tem a sensação de que 24 são poucas horas para que você faça tudo o que gostaria ou deveria fazer? Isso porque, além das nossas obrigações, temos que dormir algumas horas para reabastecer o organismo, não é mesmo?
Quando eu estava tendo aulas no mestrado tinha um amigo que defendia o sono polifásico: você estuda, dorme um pouquinho. Acorda, termina um paper, dorme mais outro bocado. E assim até que a noite ou as suas obrigações (ou você) terminem.
Segundo a Wikipédia, “O sono polifásico é um padrão de sono alternativo no qual o tempo dedicado ao descanso pode ser reduzido em até duas horas por dia sem causar danos a saúde. Ele é atingido pela separação do período de sono em momentos mais curtos e espaçados. Historicamente foi utilizado por pessoas engajadas em atividades que não permitem longos períodos de sono, como velejadores, astronautas. Acredita-se que tenha também sido utilizado por diferentes motivos e de diferentes maneiras por personalidades como Leonardo da Vinci, Lord Byron, Benjamin Franklin, Nikola Tesla, Thomas Edison, Wiston Churchill e Napoleão Bonaparte.”
Eu que sou uma adepta ferrenha de ao menos oito horas muito bem dormidas nem dei ouvidos. Quando durmo pouco sou capaz de um péssimo gênio! A vida seguiu e eu continuei deixando a tarefa “dormir” como prioritária na minha lista de afazeres.
Imaginem a minha surpresa quando li que insônia não é prejudicial e que o sono bifásico era super normal antigamente. Pior! Não só era normal, como entre um sono e outro o pessoal saía de casa e ia fazer a social com o vizinho!
Segundo a pesquisa, dormia-se em dois blocos de cerca de quatro horas. No intervalinho, alguns ficavam ali, conversando com seu parceiro, outros se levantavam e iam cumprir afazeres, outros visitavam os vizinhos, trocavam umas idéias antes de voltar a dormir. Que cena fantástica!
Aparentemente a lâmpada de nosso querido salva-pátria Thomas Eddison foi uma das “culpadas” para que esse oba oba terminasse. Antes dela, em um país em que a noite durava cerca de catorze horas, as pessoas não tinham muito a fazer no escuro, a não ser dormir. Com Eddison e a Revolução Industrial os hábitos mudaram, permitiram que fossemos mais produtivos por mais tempo e reduziu-se a quantidade de horas dormidas. Assim, se tornou suficiente dormir de uma vez por toda a noite.
Todavia, o estudo concluiu que dormir de forma bifásica é um padrão de sono mais natural e faz bem à saúde. Claro que temos que analisar bem a pesquisa, ver a amostra, se já foi replicada e toda a base para as conclusões de forma a verificar a sua validade. Enquanto isso, continuo dando apoio aos pesquisadores que me deixarem dormir oito ou dez horas por noite.
Custos de Transação
Custos de Transação - Por Isabel Sales
Os custos de transação – CT presentes no estudo de Coase (The nature of the firm, 1937) são os custos ao qual incorre uma empresa quando essa recorre ao mercado, ou os custos que incidem ao se localizar outro agente disposto à transação, sendo muitas vezes necessário utilizar um contrato (contratação de advogados, manutenção de registro, troca de documentos).
Fiani (A natureza multidimensional dos direitos de propriedade e os custos de transação, 2003) afirma que a teoria dos CT elabora um conjunto de condições que torna esses custos expressivos: racionalidade limitada, complexidade e incerteza, oportunismo e especificidade de ativos. O autor explana que a racionalidade limitada parte do princípio que o ser humano possui restrições frente ao leque de possibilidades existentes em uma transação comercial; isso pode ser exacerbado em situações nas quais há complexidade e incerteza, fazendo com que os gestores não consigam estabelecer antecipadamente uma árvore de decisões. Tal ambiente pode, também, propiciar a atuação oportunista dos agentes econômicos, associada à manipulação da assimetria da informação para se apropriar de benefícios. Fiani (2003) ressalta, ainda, que a especificidade dos ativos diz respeito àqueles que possuem determinadas características para atender a uma transação em especial, deste modo há redução da oferta dos produtos e da demanda em consequência a sua peculiaridade. Assim, quanto menor a especificidade dos ativos, menor a incerteza e menores os custos associados à utilização do mercado.
A contribuição de Willianson tornou a teoria mais previsível ao identificar características específicas das transações. Nesse ambiente, há dois tipos de custos de transação que afetam diretamente o desempenho das unidades econômicas participantes. O primeiro envolve os custos ex ante de negociar e estabelecer as contrapartidas e salvaguardas do contrato. Esses ocorrem, com maior intensidade, em situações nas quais é difícil estabelecer as condições prévias para que a transação seja efetuada de acordo com os parâmetros estimados. O segundo tipo abrange os custos ex post de monitoramento, renegociação e adaptação dos termos contratuais às novas situações e se apresentam em quatro formas:
- Custos de má-adaptação advindos dos efeitos ocasionados pelo surgimento de eventos não projetados;
- Custos de realinhamento, incorridos ao haver esforços para renegociar e corrigir a performance das transações cujas características foram alteradas ao longo do tempo;
- Custo de montar e manter estruturas de gestão que gerenciem as diferenças que eventualmente apareçam;
- Custos demandados para realizar comprometimentos, criando garantias de que não existam intentos oportunistas.
Além do que foi apresentado, há ainda muito que se falar sobre os custos transacionais e as contribuições de Couse. Há, inclusive, uma discussão sobre a forma que a academia a vem ensinando. Butler e Garnet (Teaching the Coase Theorem, 2003) estudaram 45 livros de microeconomia e descobriram que 80% representam de forma distorcida os argumentos de Coase, principalmente quanto às externalidades. Isso se correlaciona aos CT no momento em que os livros tomam como ideal um ambiente em que esses são inexistentes, tendo em vista que tal exemplo foi utilizado apenas para ressaltar a importância da consideração dos custos transacionais e não como possível cenário real.
Os custos de transação – CT presentes no estudo de Coase (The nature of the firm, 1937) são os custos ao qual incorre uma empresa quando essa recorre ao mercado, ou os custos que incidem ao se localizar outro agente disposto à transação, sendo muitas vezes necessário utilizar um contrato (contratação de advogados, manutenção de registro, troca de documentos).
Fiani (A natureza multidimensional dos direitos de propriedade e os custos de transação, 2003) afirma que a teoria dos CT elabora um conjunto de condições que torna esses custos expressivos: racionalidade limitada, complexidade e incerteza, oportunismo e especificidade de ativos. O autor explana que a racionalidade limitada parte do princípio que o ser humano possui restrições frente ao leque de possibilidades existentes em uma transação comercial; isso pode ser exacerbado em situações nas quais há complexidade e incerteza, fazendo com que os gestores não consigam estabelecer antecipadamente uma árvore de decisões. Tal ambiente pode, também, propiciar a atuação oportunista dos agentes econômicos, associada à manipulação da assimetria da informação para se apropriar de benefícios. Fiani (2003) ressalta, ainda, que a especificidade dos ativos diz respeito àqueles que possuem determinadas características para atender a uma transação em especial, deste modo há redução da oferta dos produtos e da demanda em consequência a sua peculiaridade. Assim, quanto menor a especificidade dos ativos, menor a incerteza e menores os custos associados à utilização do mercado.
A contribuição de Willianson tornou a teoria mais previsível ao identificar características específicas das transações. Nesse ambiente, há dois tipos de custos de transação que afetam diretamente o desempenho das unidades econômicas participantes. O primeiro envolve os custos ex ante de negociar e estabelecer as contrapartidas e salvaguardas do contrato. Esses ocorrem, com maior intensidade, em situações nas quais é difícil estabelecer as condições prévias para que a transação seja efetuada de acordo com os parâmetros estimados. O segundo tipo abrange os custos ex post de monitoramento, renegociação e adaptação dos termos contratuais às novas situações e se apresentam em quatro formas:
- Custos de má-adaptação advindos dos efeitos ocasionados pelo surgimento de eventos não projetados;
- Custos de realinhamento, incorridos ao haver esforços para renegociar e corrigir a performance das transações cujas características foram alteradas ao longo do tempo;
- Custo de montar e manter estruturas de gestão que gerenciem as diferenças que eventualmente apareçam;
- Custos demandados para realizar comprometimentos, criando garantias de que não existam intentos oportunistas.
Além do que foi apresentado, há ainda muito que se falar sobre os custos transacionais e as contribuições de Couse. Há, inclusive, uma discussão sobre a forma que a academia a vem ensinando. Butler e Garnet (Teaching the Coase Theorem, 2003) estudaram 45 livros de microeconomia e descobriram que 80% representam de forma distorcida os argumentos de Coase, principalmente quanto às externalidades. Isso se correlaciona aos CT no momento em que os livros tomam como ideal um ambiente em que esses são inexistentes, tendo em vista que tal exemplo foi utilizado apenas para ressaltar a importância da consideração dos custos transacionais e não como possível cenário real.
30 julho 2011
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