Um contrato de derivativo é formalmente identico a uma loteria, a uma aposta (simples ou composta ou a um jogo. (...) Igual a todas as formas de jogo (deliberadamente tomador de risco), jogar com mercado de derivativos pode ser viciante. Isto cria argumentos parternalistas para regular, restringir ou banir a atividade. (...)
Fonte: Useless finance, harmful finance and useful finance – Financial Times – 12/4/2009
17 abril 2009
Derivativos e Jogo
16 abril 2009
Teste #56
Grau de Dificuldade: *
A figura abaixo deve ser completada adequadamente. Ao final, nos quadrados de cor amarela, irá surgir um termo contábil. Cada símbolo corresponde a uma única letra e isto ajudará você a completar todos os itens. Todos os termos estão relacionados com o capítulo 3 do livro de Contabilidade Básica
1. Um dos lados das partidas dobradas
2. Uma despesa diferida aumenta que lado da equação contábil?
3. Crédito do pagamento antecipado de um aluguel
4. Ajuste na ______ de pagamento da entidade no final do mês credita salário a pagar
5. As empresas aéreas geram quando vendem um bilhete que será usado no futuro: receita ____
6. Item que a contabilidade faz ajuste no final do exercício
7. Periodicidade normal do ajuste
8. Demonstração afetada pelo processo de ajuste
9. Regime de ______, usado em entidades de pequeno porte
10. Despesa diferida de ativos de longo prazo com vida útil finita
11. Base para o registro contábil: definição do fato _____

(Clique na figura para visualizar melhor)
Resposta do Anterior: auditor – agronegócios – não usava marreta; fiscal – terceiro setor – fazia conciliação bancária; analista de investimento – governo – lia o blog; gerencial – indústria – aplicava a entidade
A figura abaixo deve ser completada adequadamente. Ao final, nos quadrados de cor amarela, irá surgir um termo contábil. Cada símbolo corresponde a uma única letra e isto ajudará você a completar todos os itens. Todos os termos estão relacionados com o capítulo 3 do livro de Contabilidade Básica
1. Um dos lados das partidas dobradas
2. Uma despesa diferida aumenta que lado da equação contábil?
3. Crédito do pagamento antecipado de um aluguel
4. Ajuste na ______ de pagamento da entidade no final do mês credita salário a pagar
5. As empresas aéreas geram quando vendem um bilhete que será usado no futuro: receita ____
6. Item que a contabilidade faz ajuste no final do exercício
7. Periodicidade normal do ajuste
8. Demonstração afetada pelo processo de ajuste
9. Regime de ______, usado em entidades de pequeno porte
10. Despesa diferida de ativos de longo prazo com vida útil finita
11. Base para o registro contábil: definição do fato _____
(Clique na figura para visualizar melhor)
Resposta do Anterior: auditor – agronegócios – não usava marreta; fiscal – terceiro setor – fazia conciliação bancária; analista de investimento – governo – lia o blog; gerencial – indústria – aplicava a entidade
Contabilidade dos EUA
La contabilidad creativa en EE.UU. promete nuevas burbujas en el mercado
MARTÍN BURBRIDGE Buenos Aires
El Cronista Comercial - 16/4/2009 - 018
Wells Fargo inauguró la era de la “contabilidad creativa” en la que las entidades se benefician con un esquema más flexible para valuar activos caídos en desgracia. Por eso, mostrarían ganancias
Con la eliminación del mark-to-market, normativa contable que obligaba a los bancos a registrar sus activos tóxicos a precio de mercado, los balances de las entidades van a mejorar en los próximos meses, con el riesgo de generar nuevas burbujas en los mercados financieros.
Si Wall Street jugara a la quiniela, en los últimos días seguramente habría apostado “a la cabeza” del número 157. Porque acaban de conseguir la reforma de la normativa 157 de la FASB (Financial Accounting Standard Board, que es el organismo que determina las normas contables en EE.UU.), la cual obligaba a los bancos a registrar en sus balances los activos tóxicos a precios de mercado. En un contexto de crisis financiera, el valor de mercado de estos activos era, en palabras del economista francés Jacques Attali, “de cero a menos infinito”. Y esta contabilidad habría sido en parte responsable de que los balances trimestrales de los bancos fueran tan negativos desde principios de la crisis financiera.
Pero como la crisis comienza a pegar coletazos peligrosos en el resto de la economía estadounidense, el gobierno de Obama decidió relajar la normativa para permitir que los activos se valoren con otros criterios más flexibles, algo así como darle la llave de la bodega a un alcohólico. Porque ahora serán los bancos quienes determinarán la valuación de estos activos, lo que les permitirá mejorar sus resultados trimestrales al reducir las pérdidas. El primer efecto de esta contabilidad creativa fueron los resultados presentados por Wells Fargo (ganancia de u$s 3.000 millones en el primer trimestre de 2009). Y el segundo efecto que comienzan a vislumbrar algunos analistas sería el riesgo de alumbrar una nueva burbuja especulativa en el mercado de acciones.
La principal crítica que se le hace a la medida de flexibilizar el mark-to-market es que la reforma contable quita transparencia a los balances bancarios. Son pocos los que se preguntaron cómo hizo el Wells Fargo para alcanzar estos resultados, en un contexto de recesión económica, con los precios de las viviendas un 40% por debajo de sus valores record. Desde el anuncio de los resultados trimestrales, la acción de Wells Fargo creció un 23%, señal de que los operadores prefieren ver la posibilidad de ganancia en el corto plazo, y de paso alimentar un nuevo rally alcista.
Llama la atención que el gobierno estadounidense haya tomado esta medida, sobre todo después de que el mismo Obama declarara hace pocos días atrás que “no podemos volver al statu quo. Tenemos que poner fin a la especulación irresponsable, al crédito de baja calidad, a los bancos excesivamente apalancados y a la ausencia de controles”. Pero a la luz de la política llevada adelante por la Fed de emitir dinero en grandes cantidades para evitar que el consumo y la actividad económica se frenen, esta reforma de la normativa contable va en la misma dirección de enfrentar los problemas del sector financiero sin aplicar cirugía mayor y, en cambio, tratar de que las cosas se vayan acomodando. Al permitir que los bancos dejen de registrar los activos tóxicos al valor de mercado, el objetivo del gobierno es el de desactivar el nerviosismo que todavía persiste en los mercados financieros, que cambie la tendencia a deshacer posiciones en acciones de bancos, que mejore el precio de estas acciones y que las entidades financieras vuelvan a prestar dinero para que la economía estadounidense se recupere de a poco.
El riesgo de esta política es el de generar una nueva burbuja, algo que a la Fed no le preocupa demasiado, si uno mira la política de baja de tasas que ha llevado adelante en los últimos años. Y, por lo que se vio en estos últimos días por parte del Departamento del Tesoro, la prioridad estará puesta en recuperar la economía a toda costa y ‘patear‘ el riesgo de una nueva burbuja para más adelante. Como si fuera la Argentina, después se verá qué hacer cuando estalle (o quién se tendrá que hacer cargo de apagar el incendio).
Lei e Tributação
Novo regime traz dúvidas a investidores
Gazeta Mercantil – 16/4/2009
São Paulo, 16 de Abril de 2009 - A Medida Provisória 449, que veio para facilitar a relação do Brasil com o mercado internacional, trouxe o Regime de Tributação Transitória (RTT), com o objetivo esclarecer dúvidas contábeis. No entanto, o que era para elucidar, criou mais incertezas. Especialistas estão receosos e não sabem qual deve ser o valor do patrimônio líquido (PL) das empresas para calcular o ágio (valor pago em um investimento sobre o preço das ações da empresa investida), que em fusões representa a possibilidade de ganhos futuros, como aproveitá-lo na redução de impostos. Segundo a MP, por ser transitória, a empresa pode optar entre calcular pela velha ou pela nova forma. "Isto gera uma insegurança jurídica, principalmente com relação a fusões e aquisições", afirma Ricardo Borlan, do Lefosse, que opera no Brasil em parceria com a banca internacional Linklaters.
De acordo com o advogado, o artigo 16 desta MP modifica os critérios contábeis, mas como é um regime transitório, as empresas têm até o ano que vem para se atualizar (quando deve entrar em vigor). "Há uma dúvida: se deve fazer a adaptação aos cálculos agora ou deixar para depois e correr o risco de sofrer autuações da Receita Federal, por exemplo."
O principal problema é que ao calcular pela nova regra há uma oscilação do valor do patrimônio líquido da empresa - que é feito com o valor de mercado atualizado - e o ágio também pode variar. E caso o investidor queira lançar o resultado como uma despesa ou uma rentabilidade futura, quando incorporar a empresa, o ágio se tornará um ativo intangível. "Antes (da nova regra) o valor do PL poderia ser, por exemplo, de acordo com a base histórica da empresa e o ágio, lançado como lucro futuro, seria amortizado. Por isso, há vantagens em seguir a velha regra, mas corre-se o risco de autuações", diz Borlan.
A advogada Silvania Tognetti, do Barbosa, Müssnich e Aragão, também considera que há dúvidas quanto ao valor do patrimônio líquido da empresa. "Se o investidor jogar o ágio como lucro futuro, calculado com base no valor de mercado e a empresa se desvalorizar, o tributo que foi cobrado em cima do alto valor poderá não ser compensado no futuro (redução de imposto)", explica. E seu questionamento vai além. Para Silvania, a lei é necessária a medida que adapta as normas contábeis ao padrão internacional. "Antes um estrangeiro não sabia como investir no Brasil, porque não conhecia as regras contábeis, algo que só brasileiro entende", analisa. Porém, ela diz que não pode atrelar essa nova regra à área tributária. "O tributo deveria ser cobrado em cima de um acréscimo do ganho da empresa e não em relação à expectativa de lucro", complementa.
Atualização imediata
Para Ricardo Borlan, os mais conservadores estão optando por se atualizar agora. "Hoje, com a MP, deixar para calcular o ágio com base nas normas antigas é algo nebuloso. Mas há como provar que o texto da medida apresenta falhas técnicas", afirma. "O fato é que estamos em uma situação híbrida e ninguém ainda esclareceu estas dúvidas, que acontecem também em todos os casos em que envolvam o patrimônio líquido da empresa", ressalta Silvania.
No entanto, Mario Junqueira Franco Junior, do Martins, Chamon e Franco Advogados e Consultores, garante que a situação não muda e que não há motivos para não optar pelas velhas regras de contabilidade. "A legislação tributária ainda prevalece sobre a RTT, conforme a Lei das S.As.. Se a pessoa jurídica optar por levar o ágio como uma rentabilidade futura, pode ainda ser amortizado", esclarece o advogado.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 18)(Fernanda Bompan)
Auditorias
A notícia a seguir é bastante reveladora. Veja comentário ao final.
Grifo meu. Em resumo, o processo de convergência tornou-se um processo de tradução.
Auditorias terão novas normas a partir de 2010
Valor Econômico – 16/4/2009
Em 2010 as firmas de auditoria terão de seguir novos padrões de conduta e qualidade. O objetivo é que não apenas as regras contábeis adotadas no país estejam alinhadas aos padrões internacionais, mas também as que regem o trabalho dos auditores.
O Instituto Brasileiro de Auditores Independentes (Ibracon) está trabalhando na tradução das normas para as firmas, junto com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC). As regras originais são da Federação Internacional de Contadores (Ifac).
"Estamos muito dedicados a esse trabalho", afirmou Ana María Elorrieta, presidente nacional do Ibracon. O processo de tradução deve terminar até o fim de junho, para que haja tempo para a divulgação das normas e o treinamento dos profissionais.
As diretrizes internacionais são basicamente as mesmas das brasileiras. No entanto, o material é mais detalhado e específico. Prova disso é o tempo que deve ser gasto apenas na revisão da tradução: cerca de duas mil horas.
De acordo Ana María, com mais detalhes, a tendência é que as responsabilidades dos auditores fiquem mais bem definidas.
As normas internacionais estabelecem, por exemplo, os procedimentos do auditor para lidar com o valor justo dos ativos - conceito da contabilidade internacional que está estreando no Brasil, no balanço anual de 2008, com o processo de convergência ao padrão internacional IFRS.
Na prática, significa que ativos e passivos das empresas precisam ser contabilizados pelo seu valor econômico. Quando se tratar de um bem negociável, o registro deve ser pelo valor de mercado. Quando não houver liquidez, é preciso utilizar métodos matemáticos difundidos para estimar seu valor.
"Nas regras nacionais o assunto não é sequer mencionado, pois elas foram escritas antes do conceito chegar aqui."
Como os novas normas para as auditorias impõe uma série de detalhes para os procedimentos, a expectativa é que os profissionais precisem de mais tempo para realizar o trabalho.
O cumprimento das regras será fiscalizado pelo CFC. O papel do Ibracon é auxiliar na tradução das normas e no treinamento dos auditores. Mas a verificação da adequação das firmas e de seus profissionais ficará por conta do conselho nacional.
As próprias regras internacionais, produzidas pelo Ifac, passaram recentemente por um processo de revisão. O objetivo principal era tornar o texto mais acessível aos leitores, simplificando a linguagem, de forma e permitir sua adoção tanto para as grandes firmas de auditoria, como para as de menor porte.
A adoção das normas internacionais para os auditores não é obrigatória para os países que adotam o padrão IFRS. São processos distintos.
No Brasil, a decisão por alinhar também os trabalhos de auditoria foi tomada quando, em 2007, o Banco Central (BC) determinou a convergência dos balanços consolidados dos bancos brasileiros ao IFRS. Na mesma norma, o BC também pediu a adoção das regras de auditoria. "Passou quase despercebido", disse Ana María.
Além disso, em janeiro do ano passado, o próprio Ifac fez essa recomendação ao Brasil. Entretanto, os trabalhos de tradução só começaram neste ano porque foi preciso aguardar a finalização das revisões feitas pelo órgão internacional.
O processo de convergência das normas contábeis brasileiras para o IFRS estará concluído em 2010. Neste ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) terminarão de emitir as regras necessárias para a migração completa. Entre normas e orientações concentuais, devem ser emitidos 32 pronunciamentos até setembro.
A harmonização ao padrão externo, porém, já estreou nos balanços anuais de 2008, quando as empresas brasileiras de capital aberto divulgaram seus números de acordo com a Lei 11.638, que lançou as bases para a convergência.
Apesar de estar prevista a emissão de várias novas regras neste ano, a adoção delas só começará nos balanços trimestrais de 2010. Com isso, os resultados anuais de 2009 serão comparáveis aos do ano passado
Grifo meu. Em resumo, o processo de convergência tornou-se um processo de tradução.
Raiva
(...) Recentemente, porém, percebemos nos chats de investidores americanos um sentimento igualmente forte, bem descrito na psicologia, mas de pouca consideração nos modelos econômicos: a raiva. Mais especificamente, pudemos notar que alguns investidores estavam agindo em função da raiva.
(...) As razões presumíveis são as frustrações com a perda de riqueza e com a perda de um modelo em que todos acreditavam, e se seguem à busca de culpados e à imensa vontade de punir. É aí que entra o inédito: ver pessoas punindo, com raiva, a partir de vendas maciças e a descoberto. Não são profissionais. São investidores comuns, com discursos patriotas, às vezes simplistas. Mas é marcante a diferença do discurso destas pessoas do de outros que compram ou vendem por ganância ou medo.
(...) A pesquisa acadêmica mostra que isto pode estar acontecendo. Inúmeros desvios da teoria de mercados eficientes já foram documentados pelas finanças comportamentais. A grande importância das emoções no nosso processo de tomada de decisão é cada vez mais compreendida e estudada: elementos afetivos assumem seu papel ao lado de processos cognitivos de alto nível.
(...) Mas existem evidências de que o medo e a raiva têm efeitos opostos na percepção do risco: enquanto pessoas com medo fizeram avaliações de risco pessimistas e fizeram escolhas avessas ao risco, pessoas com raiva expressaram avaliações otimistas em relação ao risco e fizeram escolhas propensas ao risco.
Talvez porque quem tem raiva se sinta mais no controle da situação do que quem tem medo. Isso apesar de a raiva e o medo, ambos, terem uma valência negativa.
Quando os investidores agem em função da raiva
15 Abril 2009 - Valor Econômico - Paulo Possas & Flávia Possas
Economia experimental e Economia Comportamental
“Eu nunca entendi direito a diferença entre economia experiemental e economia comportamental. Minha impressao é que isto é simplesmente uma questão de atitude diante da teoria dos jogos: experimental a favor, comportamental contra. O viés anti-teoria dos jogos não é dos fundadores Kahneman e Tversky.
Noam Nisan, via Market Designer
Noam Nisan, via Market Designer
15 abril 2009
Teste #55
Grau de Dificuldade: ***
Encontraram no céu quatro contadores: um auditor, um fiscal de tributos, um analista de investimento e um contador gerencial. Cada um tinha trabalhado em empresas de diferentes setores: agronegócios, terceiro setor, governo e indústria. Todos receberam a chave de São Pedro por quatro motivos diferentes, mas todos passíveis do prêmio eterno: sempre usou o princípio da entidade; fazia a conciliação bancária semanal da sua conta corrente; jamais usou ou insinuou usar o princípio da marreta; e era leitor diária do blog Contabilidade Financeira. Com base nas dicas abaixo descubra cada um dos personagens:
a) o analista de investimento lia sempre o blog Contabilidade Financeira, mas não trabalhava no terceiro setor
b) aquele que trabalhava no agronegócios nunca usou ou insinuou usar o princípio da marreta
c) o contador gerencial era da indústria, mas não fazia a conciliação semanal de sua conta corrente;
d) o auditor não trabalhou no terceiro setor
Resposta do Anterior: 1850 – Obrigatoriedade da escrituração contábil e da elaboração do Balanço anual no Brasil; 1902 – Escola Prática de Comércio, de segundo grau; 1903 – publicação das demonstrações financeiras da US Steel acompanhada da declaração da Price Waterhouse Company assegurando que ela foi auditada; 1916 – pesquisa da Federal Trade Commission mostra que metade das demonstrações não incluem a depreciação; 1970 – adoção de relatórios trimestrais nos EUA
Fonte: King. More Than a Numbers Game e Schmidt (História do Pensamento Contábil)
Encontraram no céu quatro contadores: um auditor, um fiscal de tributos, um analista de investimento e um contador gerencial. Cada um tinha trabalhado em empresas de diferentes setores: agronegócios, terceiro setor, governo e indústria. Todos receberam a chave de São Pedro por quatro motivos diferentes, mas todos passíveis do prêmio eterno: sempre usou o princípio da entidade; fazia a conciliação bancária semanal da sua conta corrente; jamais usou ou insinuou usar o princípio da marreta; e era leitor diária do blog Contabilidade Financeira. Com base nas dicas abaixo descubra cada um dos personagens:
a) o analista de investimento lia sempre o blog Contabilidade Financeira, mas não trabalhava no terceiro setor
b) aquele que trabalhava no agronegócios nunca usou ou insinuou usar o princípio da marreta
c) o contador gerencial era da indústria, mas não fazia a conciliação semanal de sua conta corrente;
d) o auditor não trabalhou no terceiro setor
Resposta do Anterior: 1850 – Obrigatoriedade da escrituração contábil e da elaboração do Balanço anual no Brasil; 1902 – Escola Prática de Comércio, de segundo grau; 1903 – publicação das demonstrações financeiras da US Steel acompanhada da declaração da Price Waterhouse Company assegurando que ela foi auditada; 1916 – pesquisa da Federal Trade Commission mostra que metade das demonstrações não incluem a depreciação; 1970 – adoção de relatórios trimestrais nos EUA
Fonte: King. More Than a Numbers Game e Schmidt (História do Pensamento Contábil)
Satyam e Avaliação
A empresa Tech Mahindra venceu o leilão para compra das ações da Satyam Computer Services, uma empresa indiana da área de terceirização de serviços. Conforme notícia do jornal Valor Econômico (Controle da Satyam fica com a Tech Mahindra, 14/04/2009) o lance da Tech Mahindra indicaria um valor de 1,1 bilhão pela empresa, representando um ágio de 23% em relação ao último preço de fechamento no mercado. O valor superou a oferta mais próxima, segundo o artigo.
A Satyam ficou conhecida por problemas contábeis, num escândalo parecido com a Enron de anos atrás.
A questão interessante no processo de venda é que os compradores tiveram que fazer suas estimativas com base em informações poucos confiáveis por duas razões. Em primeiro lugar, a contabilidade da empresa não consegue expressar adequadamente a realidade da empresa. Afinal, o escândalo da Satyam foi de fraude contábil. Em segundo lugar, os problemas da empresa geraram uma série de ações judiciais. Em outras palavras, o comprador está também assumindo um passivo que poderá ser substancial ou não, dependendo dos acontecimentos futuros.
Em geral afirmamos que o valor de uma empresa corresponde a fluxo de caixa futuro descontado. Em situações de maior incerteza os analistas têm diversas possibilidades para fazer estes cálculos. Em qualquer um destes casos os riscos são elevados.
Outro aspecto relevante do caso da Satyam é que em leilões é comum a figura da vitória de piro ou maldição do vencedor (winners curse). O fato de o lance vencedor estar muito acima do segundo colocado pode ser um sinal desta situação. Entretanto, como o nível de informação disponível era reduzido, talvez parte do reduzido valor da empresa seja em decorrência do elevado desvio-padrão inerente na estimativa.
A Satyam ficou conhecida por problemas contábeis, num escândalo parecido com a Enron de anos atrás.
A questão interessante no processo de venda é que os compradores tiveram que fazer suas estimativas com base em informações poucos confiáveis por duas razões. Em primeiro lugar, a contabilidade da empresa não consegue expressar adequadamente a realidade da empresa. Afinal, o escândalo da Satyam foi de fraude contábil. Em segundo lugar, os problemas da empresa geraram uma série de ações judiciais. Em outras palavras, o comprador está também assumindo um passivo que poderá ser substancial ou não, dependendo dos acontecimentos futuros.
Em geral afirmamos que o valor de uma empresa corresponde a fluxo de caixa futuro descontado. Em situações de maior incerteza os analistas têm diversas possibilidades para fazer estes cálculos. Em qualquer um destes casos os riscos são elevados.
Outro aspecto relevante do caso da Satyam é que em leilões é comum a figura da vitória de piro ou maldição do vencedor (winners curse). O fato de o lance vencedor estar muito acima do segundo colocado pode ser um sinal desta situação. Entretanto, como o nível de informação disponível era reduzido, talvez parte do reduzido valor da empresa seja em decorrência do elevado desvio-padrão inerente na estimativa.
Derivativos
Derivativos, teses e regulamentação - Ruy Dourado e Rubens Pieroni Cambraia
Valor Econômico - 15/4/2009
Após os recentes resultados divulgados por meio de balanços, que apresentam prejuízos financeiros em várias empresas causados pelos chamados "derivativos tóxicos", tornou-se lugar comum contrapor, de um lado, os bancos querendo que os contratos sejam cumpridos e, de outro lado, companhias que verificaram esses prejuízos alegando, dentre outras questões, o desequilíbrio desses contratos e a ocorrência de força maior. (...)
Ocorre que, do mesmo modo que esses produtos podem ser utilizados para proteger a empresa contra riscos financeiros, eles também podem servir como forma de especulação. Basta considerar como exemplo a empresa que não tem recebíveis em dólar e contrata o swap de câmbio. Essa empresa poderá ter ganhos financeiros com a queda do dólar, mas terá prejuízos financeiros consideráveis com uma eventual desvalorização do real. Portanto, a empresa que usa o produto financeiro como hedge não sofrerá perdas financeiras, porque está protegida contra os riscos da oscilação da moeda. Por outro lado, concluiriam alguns, se a empresa verificou prejuízos financeiros, é sinal de que especulou. Esse é um dos argumentos que tem sido utilizado nas recentes disputas judiciais.
No entanto, tal conclusão não é válida para todas as situações, não sendo razoável generalizar, como se tem visto em algumas opiniões parciais. Os casos judiciais de que se tem notícia não debatem produtos financeiros apresentados isoladamente à empresa, mas sim negócios complexos que não permitem concluir simplesmente que a companhia estava especulando.
Com efeito, ao buscarem recursos junto aos bancos, algumas vezes é oferecido às empresas o contrato de câmbio, quase como um acessório ao contrato de mútuo, em troca de taxas de juros reduzidas. Dentro desse contrato de câmbio são estipuladas fórmulas que limitam os possíveis ganhos da empresa, o que não ocorre na situação oposta. Esse modelo não pode ser considerado um contrato puro de câmbio. A empresa, que muitas vezes encontra-se em estado de necessidade, buscando recursos para desenvolver seu negócio, nem sempre especula. E muitas vezes as informações repassadas não são suficientes para a ampla compreensão do negócio.
Seja pelo desequilíbrio, seja pela informação insuficiente, o fato é que muitos bancos têm aceitado renegociar essas dívidas, quase que reconhecendo os excessos. Nos casos em que não há negociação espontânea, fica a cargo do Poder Judiciário intervir, dentro de seus limites, na relação negocial. Quanto ao desfecho das ações em curso perante o Judiciário, apenas com as decisões de mérito, em cada caso específico, é que será possível dizer quem tem razão. Previsões tendem a ser generalistas e, sobre esse assunto, não passam de mera especulação; são tão impossíveis quanto, anos atrás, prever a crise mundial atual.
Portanto, ao invés de debater teses, talvez seja mais oportuno investigar os derivativos em si, remontando à sua origem, regulamentando-os adequadamente. Mais do que debater apenas quem tem razão em casos específicos, que se decidirão à luz de suas peculiaridades, a hora é apropriada para se discutir o regramento desses produtos financeiros, tornando-os mais seguros e inteligíveis, especialmente aos juízes, que precisarão sobre eles decidir.
Satyam
Satyam escapa de falência embaraçosa
Valor Econômico - 15/4/2009
O mundo empresarial indiano vem fazendo um bom trabalho de limitação de danos com a Satyam Computer Services. Três meses atrás, a companhia, que está no centro do maior escândalo empresarial ocorrido na Índia desde a liberalização de sua economia, parecia impossível de ser salva, depois que seu fundador, B. Ramalinga Raju, confessou que vinha inflando a contabilidade da empresas há anos. Parecia certo que a ameaça de processos da parte de acionistas, a recessão econômica, a fuga de clientes para provedores de serviços concorrentes e o espírito de equipe abalado nas fileiras da companhia iriam devastá-la.
Mas os sábios que caíram de paraquedas no conselho de administração da Satyam estão nos estágios finais do processo de busca de um novo proprietário. A Tech Mahindra - uma companhia de terceirização de tecnologia da informação controlada pelo conglomerado industrial Mahindra & Mahindra e parcialmente controlada pelo grupo de telecomunicações BT, do Reino Unido - venceu na segunda-feira o leilão de uma participação de controle, avaliando o quarto maior grupo de serviços de TI da Índia em pouco mais de US$ 1 bilhão. Supondo que as autoridades indianas aprovarão o negócio, a Tech Mahindra vai salvar a Índia corporativa da falência embaraçosa da Satyam.
Isso será festejado, especialmente pelos 50 mil funcionários da Satyam. Mas nada garante que as companhias de controle familiar que dominam o universo da bolsa de valores indiana tenham aprendido a lição com o caso, mesmo depois de algumas delas terem ampliarem seus conselhos de administração para que eles tenham mais diretores independentes. O primeiro-ministro Manmohan Singh deu o sinal verde aos investidores, ontem, dizendo estar "confiante" de que o sistema regulador possui "flexibilidade e força" para garantir que um escândalo como esse nunca mais acontecerá.
Isso é pensamento positivo. Mesmo assim, com o índice de ações Sensex (que mede a bolsa indiana) acumulando valorização de 30% desde o ponto mais baixo registrado em 9 de março, os investidores estão sendo generosos. Isso se deve em parte ao fato das avaliações continuarem benevolentes: o mercado está sendo negociado a uma relação P/L de cerca de 9,5. Se a Índia corporativa quiser reconquistar os múltiplos festivos do passado - e um acesso fácil aos mercados de capitais internacionais -, ela terá de fazer mais para mostrar que leva a governança corporativa a sério.
Boa e má notícia
Ex-diretor da VCP indenizará minoritário de ON de Aracruz
14 Abril 2009
Valor Econômico
O ex-diretor de relações com investidores da Votorantim Celulose e Papel (VCP) Valdir Roque firmou acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para indenizar investidores de ações ordinárias, não controladores, da Aracruz, por ter prestado informação incorreta na época da primeira tentativa do grupo Votorantim de adquirir o controle da empresa - em 6 agosto de 2008.
Ele se comprometeu a pagar R$ 860,5 mil a 30 investidores já identificados e que foram prejudicados pela comunicação do executivo. Eles serão informados pela autarquia, para que autorizem a divulgação de seu nome e dados para que Roque faça o pagamento.
(...) A informação dada pelo então diretor fez com que alguns investidores comprassem ações da Aracruz no meio do pregão, antes que a VCP, no fim daquele mesmo dia, divulgasse comunicado corrigindo a declaração do executivo.
(...) Apesar de Roque, que já se desligou da empresa, assinar o compromisso, o inquérito do caso mostra que a Votorantim Industrial, dona da VCP, se comprometeu a arcar com as despesas.
O que aparentemente era um progresso para o nosso mercado de capitais mostrou-se um retroscesso: o pagamento irá cair na conta de despesas da empresa, prejudicando os acionistas.
Crise chega no casamento
(...) A indústria de casamentos nos Estados Unidos, que movimenta US$ 60 bilhões por ano, está encolhendo junto com o resto da economia, afirma Millie Martini Bratten, editora-chefe da revista Brides, de Nova York. Os casais estão reduzindo o champanhe e a quebra de empresas, como floriculturas e bufês, está forçando-os a mudar de planos. (...) O custo médio de uma festa de casamento nos Estados Unidos caiu 24% no ano passado em relação a 2007, para US$ 21,8 mil e recuou no primeiro trimestre para US$ 19 mil, segundo a Wedding Report, empresa norte-americana de pesquisa do setor .
O número de troca de votos provavelmente vai cair este ano, pois todas as contrações econômicas desde 1945 foram seguidas por um declínio no número de casamentos, afirma Shane McMurray, principal executivo da empresa. Segundo ele, o número de casamentos de 2002 foi 100 mil menor que o de 2001, quando os EUA estiveram em recessão por oito meses.
Noivas ficam sem festas de seus sonhos devido à recessão global
14 Abril 2009 - Gazeta Mercantil – Caderno C – P. 6 – Bloomberg News
Alguns links interessantes sobre o tema, já publicado anteriormente:
O preço de um casamento feliz ou economia em Desperate Housewives
Casamentos mais caros
Estimativa do custo de um casamento
Casamento vale a pena?
O número de troca de votos provavelmente vai cair este ano, pois todas as contrações econômicas desde 1945 foram seguidas por um declínio no número de casamentos, afirma Shane McMurray, principal executivo da empresa. Segundo ele, o número de casamentos de 2002 foi 100 mil menor que o de 2001, quando os EUA estiveram em recessão por oito meses.
Noivas ficam sem festas de seus sonhos devido à recessão global
14 Abril 2009 - Gazeta Mercantil – Caderno C – P. 6 – Bloomberg News
Alguns links interessantes sobre o tema, já publicado anteriormente:
O preço de um casamento feliz ou economia em Desperate Housewives
Casamentos mais caros
Estimativa do custo de um casamento
Casamento vale a pena?
Espírito animal
Estou lendo o livro Animal Spirits. Com muita calma. Parei na questão da ilusão da moeda, que quero ler com mais calma ainda. Mas enquanto isto, mais análises sobre o livro. Uma do polêmico Delfim Neto:
O espírito animal
Antonio Delfim Netto - 14 Abril 2009 - Valor Econômico
A tese da maioria dos economistas de que existe um mercado financeiro "perfeito" é um "conto de fadas malvadas" (...)
Felizmente começa a fazer-se alguma claridade sobre as verdadeiras razões que levaram à atual crise financeira internacional. Acaba de ser publicado um livro extraordinário que precisa ser urgente e competentemente traduzido. Deve transformar-se em leitura obrigatória de todos os que desejam um esclarecimento cuidadoso e sofisticado, mas sem complicações, sobre o assunto. Trata-se do volume "Animal Spirits", escrito por dois extraordinários economistas George A. Akerlof e Robert J. Shiller (Princeton University Press, 2009), cujo subtítulo é "Como a psicologia humana comanda a economia e porque ela é importante para o capitalismo global". Apenas um aperitivo (em tradução livre) para estimular o leitor. "Nossa visão de como a economia funciona deve ser adotada não apenas porque ela explica a história macroeconômica. Deve sê-lo porque explica, também, os detalhes operacionais da economia capitalista. Há abundantes evidências do espírito animal discutido nos primeiros cinco capítulos: confiança, equidade, corrupção, ilusão monetária e histórica. Essas são as motivações reais das pessoas reais. E são ubíquas. A presunção da macroeconomia do 'mainstream' de que elas não têm importância choca-nos pelo absurdo. O absurdo é ainda maior porque o espírito animal joga um papel crucial nas respostas às oito questões relativas à economia capitalista que levantamos neste livro: 1) Por que as depressões acontecem? 2) Por que os Bancos Centrais têm poder real? 3) Por que existe o desemprego involuntário? 4) Por que existe uma troca entre inflação e desemprego no longo prazo? 5) Por que a poupança é tão instável? 6) Por que o mercado de ações varia tão selvagemente? 7) Por que há ciclos? e, finalmente, 8) Por que continua a existir uma minoria na pobreza?"
14 abril 2009
Rir é o melhor remédio
Piadinhas sobre o homem:
O que aconteceu com a mulher que conseguiu entender os homens?
Ela morreu de tanto rir e não teve tempo de contar a ninguém
Qual o menor livro do mundo?
Tudo que os homens sabem sobre as mulheres
Qual a diferença entre os homens e as frutas?
Um dia as frutas amadurecem
Por que as pilhas são melhores que os homens
Porque elas têm pelo menos um lado positivo
Por que são necessários milhões de espermatozóides para fecundar um ovo?
Porque eles são masculinos, e se negam a perguntar o caminho.
Quando um homem perde 90% de sua inteligência?
Quando fica viúvo
Qual a diferença entre o homem e o papagaio?
Você pode ensinar o papagaio a falar cordialmente
Enviado por Denise Tibúrcio
O que aconteceu com a mulher que conseguiu entender os homens?
Ela morreu de tanto rir e não teve tempo de contar a ninguém
Qual o menor livro do mundo?
Tudo que os homens sabem sobre as mulheres
Qual a diferença entre os homens e as frutas?
Um dia as frutas amadurecem
Por que as pilhas são melhores que os homens
Porque elas têm pelo menos um lado positivo
Por que são necessários milhões de espermatozóides para fecundar um ovo?
Porque eles são masculinos, e se negam a perguntar o caminho.
Quando um homem perde 90% de sua inteligência?
Quando fica viúvo
Qual a diferença entre o homem e o papagaio?
Você pode ensinar o papagaio a falar cordialmente
Enviado por Denise Tibúrcio
Teste #54
Faça a relação entre o ano e o acontecimento contábil respectivo:
1850 – 1902 – 1903 – 1916 – 1970
Adoção de relatórios trimestrais nos EUA
Escola Prática de Comércio, de segundo grau
Obrigatoriedade da escrituração contábil e da elaboração do Balanço anual no Brasil
Pesquisa da Federal Trade Commission mostra que metade das demonstrações não incluem a depreciação
Publicação das demonstrações financeiras da US Steel acompanhada da declaração da Price Waterhouse Company assegurando que ela foi auditada
Resposta do Anterior: Alexandre – Corintians; Niyama – Lusa; Iudicibus – Palmeiras
1850 – 1902 – 1903 – 1916 – 1970
Adoção de relatórios trimestrais nos EUA
Escola Prática de Comércio, de segundo grau
Obrigatoriedade da escrituração contábil e da elaboração do Balanço anual no Brasil
Pesquisa da Federal Trade Commission mostra que metade das demonstrações não incluem a depreciação
Publicação das demonstrações financeiras da US Steel acompanhada da declaração da Price Waterhouse Company assegurando que ela foi auditada
Resposta do Anterior: Alexandre – Corintians; Niyama – Lusa; Iudicibus – Palmeiras
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