
O novo patrocinador do Manchester United

Vide também aqui
Sobre débitos e créditos da vida real
Regulamentação ruma para padrão internacionalRegu
Gazeta do Povo - 14/9/2008
Pouco a pouco, a contabilidade brasileira vai caminhar para um padrão internacional. Já a partir de 2010, todas as companhias com registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deverão publicar suas informações financeiras segundo as normas internacionais de contabilidade, os IFRS (do inglês, Internacional Financial Reporting Standards).
A determinação da CVM ocorreu antes da sanção da lei 11.638, válida para todas as companhias brasileiras, mas a verdade é que as duas normas guardam entre si uma forte ligação. A lei não determina a adoção dos IFRS, mas grande parte das alterações que ela faz na legislação societária brasileira foram importadas das normas internacionais. Com isso, mesmo as companhias fechadas, sem registro na CVM, devem incorporar alguns princípios da contabilidade internacional já a partir deste ano.
O objetivo da adoção dos IFRS é bastante simples: fazer com que as contas de uma empresa brasileira sejam apresentadas numa linguagem internacional, compreensível por investidores, bancos e empresas de todo o mundo. Ao falar o mesmo idioma contábil que é praticado lá fora, as empresas brasileiras poderão ter sua saúde financeira facilmente comparada com suas congêneres no exterior. Isso é extremamente positivo, pois torna mais fácil para investidores externos a decisão de fazer aportes em companhias nacionais.
Atualmente, mais de uma centena de países adotam os IFRS, incluindo os membros da União Européia, que migraram para este padrão em 2005. Os Estados Unidos devem manter o próprio padrão, o US Gaap, e não dão sinais de que vão adotar o IFRS.
Embora a determinação da CVM valha somente para os balanços apresentados de 2010 em diante, especialistas no assunto alertam para o fato de que a migração não é das mais simples. Além disso, o balanço de 2010 precisa ser comparado com o do ano anterior. Neste caso, embora as demonstrações financeiras de 2009 possam ser apresentadas no padrão atual, será necessário convertê-las para as normas internacionais para efeitos de comparação com 2010. No Brasil, empresas como a Gerdau já estão se adequando aos IFRS, conta o sócio da Ernst & Young, José Ricardo de Oliveira. “O dilema dessas empresas de capital aberto é o seguinte: será que não vale a pena iniciar isso já, para fazer tudo e fazer bem feito?”
Efeito cascata
A expectativa é que, com o passar dos anos, as determinações que hoje só valem para companhias de grande porte, com ações negociadas em bolsa, sejam incorporadas por empresas menores, numa espécie de efeito cascata. “Os bancos praticamente exigirão isso. Eles querem financiar uma empresa que tenha boas demonstrações contábeis”, exemplifica Jaime Cervatti, da KPMG. “Quanto mais transparentes e consistentes forem as demonstrações financeiras dessas empresas – especialmente mostrando uma tendência de desempenho, seguindo um padrão internacional – menores serão os riscos dos bancos que estiverem financiando essas empresas”, completa Oliveira.
Mas é no seio das próprias empresas que a migração para as normas internacionais deve começar. Além da esperada facilidade na captação de investimentos, as empresas que planejam crescer e inclusive abrir o capital no futuro devem adotar os novos padrões o quanto antes. Para abrir o capital, diz o sócio da KPMG em Curitiba, a empresa deve estar praticando as normas contábeis vigentes há, pelo menos, três anos. “Você é pequeno hoje, mas se você tentar abrir o capital no futuro vai ter que refazer um passado inteiro, e talvez perca o timing dessa abertura. O melhor é começar antes.”
Balanços de 2008 já devem seguir nova lei
14/09/2008
Gazeta do Povo
Uma das primeiras modificações da lei 11.638 foi estender para outros tipos de empresas, como as limitadas, regras que eram válidas somente para sociedades anônimas. “A partir de agora, nós temos um conjunto mais robusto de normas que devem ser seguidas por todas as empresas que tenham uma contabilidade formal e legal”, avalia o sócio da Ernst & Young, Marcos Quintanilha. As demonstrações referentes ao ano de 2008 já devem ser apresentadas de acordo com as novas determinações.
Este grupo mais “robusto” de normas, explica Quintanilha, não é conflitante com outras regras definidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – dois órgãos que também são responsáveis por normatizar a contabilidade. As mudanças abordam aspectos mais simples do universo contábil – como câmbio e fluxo de caixa – e outros um tanto áridos, como a “redução ao valor recuperável de ativos”.
Este tópico estabelece que as empresas devem contabilizar um ativo de acordo com o valor que pode ser recuperado com ele. O valor de uma máquina, por exemplo, será descrito no balanço de acordo com o lucro que pode proporcionar, ou de acordo com o que o mercado pagaria por ela – e não mais pelo valor pago. “A contabilidade deixa de olhar para o passado e passa a estar no dia-a-dia da empresa, registrando fatos ocorridos e previsões futuras”, diz o sócio da KPMG, Jaime Cervatti.
O texto da lei apresenta as mudanças, mas não determina como as empresas deverão segui-las. “Como toda lei, ela não é extensiva sobre como aplicar determinado procedimento. Ela menciona um breve resumo do conceito e, no fim de tudo, diz que os órgãos reguladores brasileiros iriam emitir normas detalhadas para aplicação daquelas modificações”, diz Quintanilha.
Esta regulamentação da lei está a cargo do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), um órgão formado por diversas entidades, como o Conselho Federal de Contabilidade, a Federação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), da Universidade de São Paulo, e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), entre outras.
Faltando três meses para o fim do ano, o CPC emitiu apenas três pronunciamentos, dentre 10 a 12 pontos que foram modificados na contabilidade brasileira com a nova lei. Alguns itens que ainda precisam de regulamentação causam polêmica entre profissionais do setor, como é o caso da demonstração de ativos intangíveis – como a mensuração do valor de uma marca ou do “capital intelectual” de uma empresa. “A lei saiu com quatro páginas, mudando tópicos que podem render, sozinhos, livros de 500 páginas. Os órgãos de classe estão se movimentando [para compreender as normas e se adequar a elas], mas não podem ser mais rápidos que os pronunciamentos dos próprios órgãos reguladores”, diz Cervatti.
Há ainda a questão das subvenções governamentais e incentivos fiscais, que podem ter efeito no valor dos impostos a pagar pelas empresas. Até o momento, estes itens não eram contabilizados no resultado da empresa. “A nova lei diz que os incentivos passarão para o resultado, e aí o Fisco tem que se pronunciar sobre a tributação ou não-tributação do incentivo que passou para o resultado da companhia”, explica Cervatti. Segundo ele, o assunto está em estudo no governo.
"Uma coisa sobre contabilidade é que o passivo é quase sempre 100% bom. Os ativos que nos preocupam”

Nine of them are retired. Four of them are over 75 years old. One is a theater producer, another a former Navy admiral. Only two have direct experience in the financial-services industry.
(…) The board’s members include John Macomber, 80 years old, a former McKinsey & Co. consultant and chief executive of chemical-maker Celanese Corp; John Akers, 74, former IBM chief; Thomas A. Cruikshank, 77, chief executive of Halliburton Co. prior to Vice President Dick Cheney; and Henry Kaufman, 81. In the 1970s and ’80s, Kaufman, the chief economist at Salomon Brothers, was known as “Dr. Doom” for his bearish views on the U.S. economy. Ironically, in April, Mr. Kaufman termed the credit crisis a “global calamity” and criticized the Federal Reserve for “providing only tepid oversight of commercial banking.”
Other current members include: Sir Christopher Gent, 60, the one-time chief of mobile-phone company Vodafone PLC; theater producer Roger S. Berlind, 75; former Telemundo Chief Executive Roland Hernandez, 50; Michael Ainslie, 64, former chief executive of Sotheby’s Holdings; Marsha Johnson Evans, 61, one-time head of the Red Cross and a former Navy rear admiral.
Until 2006, Lehman’s board included Dina Merrill, the 83-year-old actress once featured in the old Katharine Hepburn movie “Desk Set,” as well as “Caddyshack II.”
How much was Lehman’s board monitoring the company’s on-going risk as it began accumulating its portfolio of real-estate assets and securities? In both 2006 and 2007, the risk committee of Lehman’s board met twice each year, according to Lehman’s SEC filings.
Por que agora? Por que tão rápido?
Primeiro, o IFRS foi criado para tornar mais fácil as empresas obterem mais capital além das suas fronteiras. IFRS não tem por finalidade ajudar os investidores a decidirem, ele tem por itenção ajudar as empresas a obter capital. Segundo, o IFRS permite que empresas usem o julgamento para relatar os resultados de suas operações. Investidores não estão seguros em saber que todas empresas seguem o IFRS da mesma maneira. Terceiro, muito menos dinheiro foi investido na criação do IFRS. Existe um adágio que lembra “voce tem o que você pagou”.
Muitas das nações, especialmente na Europa, que adoptaram o IFRS não têm fortes mercados de capital em razão da sua tradição histórica de mobilização de capital social por meio de bancos, em vez de os investidores individuais de compra e venda de ações ordinárias. A protecção dos investidores não teve a mesma prioridade para essas nações, tal como ocorre nos E.U. (...) A questão de fundo é que as IFRS é um conjunto mais fraco do (...) que as atuais normas de contabilidade do FASB, nos Estados Unidos.
É fácil afirmar que a solução para qualquer deficiência do mercado seja melhor regulamentação. Se todos os reguladores fossem espertos e poderosos; se eles fossem mais sábios que os executivos, e dispostos a fazer o trabalho por uma fração da remuneração recebida por esses executivos; se eles compreendessem o que se passava nas salas do Citigroup, Merrill Lehman melhor do que Chuck Prince, Stan O'Neal, ou Dick Fuld; então regulamentação bancária poderia nos proteger contra a instabilidade financeira. Mas tal mundo não existe. Economia de mercado supera economia planificada não porque as pessoas são mais espertas do que as empresas com funcionários públicos - algumas vezes elas são e às vezes não. Mas ninguém tem informação suficiente para compreender a previsão ou alteração, de modo que o mercado (...) traze melhores resultados do que uma entidade reguladora
Taxpayers will fund another run on the casino - Financial Times 17 September 2008 – John Kay


A tendência em responsabilizar os administradores por atos ilícitos cometidos durante a gestão tem crescido e tornado-se cada vez mais rígida. Dispositivos previstos no novo Código Civil, como o artigo 50, que prevê a responsabilização dos administradores em caso de abuso da pessoa jurídica, caracterizado pela confusão patrimonial, podem gerar efeitos que se estendem até os bens particulares dos administradores ou sócios da empresa.
Por outro lado, ele [Cesar Amendolara, do Velloza, Girotto e Lindenbojm Advogados Associados] diz acreditar que o que mais assusta os profissionais não é a legislação ou a fiscalização, de órgãos como a do Conselho de Valores Mobiliários (CVM) ou Superintendência de Seguros Privados (Susep), mas sim as possíveis ações trabalhistas e previdenciárias que podem surgir.
Bens pessoais são usados para pagar dívida de empresas
12 September 2008
Gazeta Mercantil - Caderno A - Pág. 12 - Andrezza Queiroga

(...) Uma simulação feita pelo Valor, com base em dados fornecidos por concessionárias em São Paulo, mostra que o tal do juro zero pode custar até 16% num intervalo de três anos.Nesta temporada, são principalmente os carros mais caros, com valor acima de R$ 50 mil, e a categoria luxo, a partir de R$ 70 mil, os alvos das ofertas.