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23 outubro 2022

Autoridade tributária do Iraque sofreu um desvio de 2,5 bilhões de euros

Quando os governantes desviam recursos, isto será objeto de notícia anos depois. Mas quando um estranho desvia dinheiro do governo, a investigação deve iniciar já. O que ocorreu com o Iraque lembra um pouco a Malásia. O volume desviado é imenso: 2,5 bilhões de euros. Eis a notícia: 

O Governo iraquiano anunciou uma investigação para descobrir o paradeiro de 2,5 mil milhões de euros roubados de um fundo bancário da autoridade tributária, naquele que já é considerado um dos maiores escândalos da história recente do país.


A investigação foi anunciada no sábado pelo ministro iraquiano do Petróleo, Ihsan Abdul Jabbar, e confirmada pelo primeiro-ministro, Mohamed Shia al Sudani.

Segundo adiantou o Ministério das Finanças iraquiano, citado pela agência de notícias Europa Press, um grupo – cujo identidade não foi revelada – apropriou-se de cerca de 2,5 mil milhões de euros em moeda local que pertenciam a fundo da Autoridade Tributária Geral do Iraque e que estava depositado no banco Rafidain.

El Rafidain, o maior banco do Iraque, com 165 agências no Iraque e escritórios no Cairo, Beirute ou Abu Dhabi, já garantiu que não tem nada a ver com o furto desse valor astronómico, recolhido entre setembro de 2021 e agosto de 2022.

“A tarefa do banco limitou-se a desembolsar os títulos da Autoridade Tributária Geral das suas agências após verificar a validade da sua emissão”, explicou o banco em comunicado divulgado pela agência oficial de notícias iraquiana INA.

O primeiro-ministro assegurou nas redes sociais que a resolução deste escândalo assume um caráter “prioritário”.

“Não hesitaremos em adotar medidas para prevenir e punir a corrupção, que se espalhou descaradamente nas articulações do Estado e das suas instituições”, disse o chefe do Governo em relação ao longo histórico de corrupção que afeta o Iraque, que ocupa a posição 157 entre 180 países que integram o Índice de Transparência Internacional.

Foto: Saad Salim

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