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10 agosto 2018

Quinta temporada de The Blacklist: a contadora

Aviso: Contém spoilers da série The Blacklist.

Para quem assiste The Blacklist, a quinta temporada trouxe uma nova e interessante personagem: Hawkins, uma contadora especialista em lavagem de dinheiro. Em um desses sites de entretenimento americano, a descrição da personagem acrescentava que ela fará de tudo para se salvar, mesmo que isso signifique que ela terá que entregar seus antigos parceiros de negócios. 

Redman está completamente quebrado por causa das ações de sua antiga parceira de negócios, a maravilhosa Mr. Kaplan. Então, para chegar à Hawkins, Redman se enveredou por caminhos que trouxeram aquele lado mais carismático e despreocupado do personagem, que tanto nos entretém.

Ela aparece logo no fim do primeiro episódio, sendo “liberada” da prisão por Redman:


No fim, Hawkins recebe uma proposta para trabalhar com o Redman na reconstrução de seu império. Estou animada com as perspectivas!


Rir é o melhor remédio

Todo mundo é um crítico...

Fonte: Aqui

09 agosto 2018

A amizade sincera é um santo remédio ...

Sobre grupos de amigos, o número de Dunbar é uma referência. Segundo esse pesquisador, uma pessoa normal não pode ter mais de 150 amigos. Esse seria o limite de nossa capacidade em fazer uma relação de amizade.

Uma pesquisa recente (via El País) mostra que a amizade está organizada em uma hierarquia: os grandes amigos, que gozam de uma grande confiança, que são poucos; alguns bons amigos, mas sem este grau de confiança; e muitos conhecidos, a quem não dedicamos muito tempo.



A pesquisa comprovou o número de Robin Dunbar, mas mostrou que essa estrutura é dinâmica. Se um grande amigo vai morar longe, com o tempo ele deixa de estar no grupo dos grandes amigos, podendo ser substituído por algum “bom amigo” ou até mesmo por um conhecido.

Existem situações na qual o grupo de grandes amigos é máximo e o de conhecidos, mínimo. Em algumas comunidade de imigrantes isso pode ocorrer.

O texto mostra também o efeito das mídias sociais. É comum uma pessoa ter mais de 500 amigos no Facebook

“Las redes sociales permiten que tengamos más amistades, pero las relaciones son algo más superficiales porque les dedicas menos esfuerzo”, aclara Sánchez. Facebook se encarga de recordarnos muchas cosas sobre nuestros amigos, como el día de su cumpleaños. Así que gracias a esta liberación de almacenamiento en nuestro disco duro del cerebro, podemos ampliar hasta 220 relaciones. A partir de ese número, tendremos seguramente amigos de relleno”. 

“Hay que analizar también el coste que tiene esto”, argumenta Tamarit. “Si estás intentando extender mucho tu red, aunque sea con relaciones muy superficiales, estarás dejando de atender a los buenos amigos. Es como si tuvieras un presupuesto en relaciones. Si te lo gastas en comprar muchas baratijas, al final no podrás tener un buen amigo”. 

A regra geral seria a seguinte: um núcleo de 3 a 5 pessoas com uma relação muito íntima. Uma dezena de boas amizades e um círculo mais amplo de 30 amigos que tratamos com certa frequência e, por último, um grupo de conhecidos, que vemos de vez em quando.

Uma aspecto curioso que eu não sabia: o número de Dunbar é derivado de uma pesquisa do antropólogo inglês com chipanzés.


(Título da postagem: letra de uma música de Renato Teixeira)

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

08 agosto 2018

Tecnologia e profissão

O avanço tecnológico está dando uma nova roupagem à área de finanças, especialmente sob a ótica de força de trabalho. Estudo da Accenture mostra que na função de contadores e analistas de orçamento, até metade das atividades já é desempenhada por robôs via inteligência artificial. No caso de auditores, a tecnologia já tomou conta, respondendo por até 70% do trabalho. Para o cargo de analista tributário, a proporção é de 60%.

Humanos. Os postos em que a maior parte da força de trabalho ainda é feita por humanos incluem as cadeiras ocupadas por analistas financeiros e tesoureiros, conforme a Accenture. Nestes cargos, os robôs representam 30% e 40% das atividades, respectivamente.

Fonte: Aqui

Regras contábeis e a Crise da Auditoria

Em postagem anterior discutimos algumas possíveis soluções para as Big Four. Posteriormente, um artigo do Promarket defendeu a possibilidade do auditor ser nomeado de maneira independente. Antes disto, mencionamos a dificuldade de medir o trabalho do auditor.

Agora, o Financial Times publicou um longo artigo sobre os escândalos e a necessidade de rever as regras de auditoria. Este artigo foi traduzido e publicado no Valor Econômico de terça.

O cenário é o mesmo entre a nossa postagem e o texto do Financial Times. Entretanto, o enfoque é diferente. Acredito que a nossa postagem é mais abrangente, enquanto o FT centra sua atenção na contabilidade. E este é um ponto que ficou escondido no amplo texto que publicamos. Realmente, as normas contábeis tem um grande papel na crise do trabalho do auditor e justamente naquilo que tem sido considerado como sua grande vantagem: a subjetividade dos princípios e a capacidade de usar conceitos “modernos” de finanças. A análise do FT centra nas normas internacionais promulgadas pelo Iasb, como se estes problemas não existissem nas normas no Fasb, a entidade de emite as normas nos Estados Unidos.

Em um primeiro trecho que destaquei, o Financial Times afirma:

No Reino Unido, nos últimos 30 anos, os responsáveis pelas normas contábeis desmantelaram progressivamente o sistema de contabilidade do “custo histórico” e o substituíram por um baseado na ideia de que o objetivo principal das contas era apresentar informações “úteis ao usuário”. O processo permite aos executivos antecipar lucros previstos ou ganhos ainda não realizados e contabilizá-los como superávits no presente

Há um trecho no jornal britânico onde existe uma clara condenação as normas:

talvez seja um esforço direcionado a analisar os sintomas e não a causa do problema, que pode estar nas próprias normas contábeis

Historicamente a auditoria surgiu da necessidade de proteger o capital, no final do século XIX, lembra o FT. E o centro do processo era a prudência, que impedia que os administradores apresentassem ativos superavaliados e passivos subavaliados. O prudência funcionava como um freio para o otimismo natural dos gestores. Com o passar do tempo a virtude do conservadorismo, como a prudência era conhecida no passado, passou a ser vista como algo ruim. O livro de Teoria de Vernon Kam traz uma grande quantidade de argumentos contrários a sua utilização, começando pelo fato dele sobrepor as demais regras.

As pesquisas de finanças despertaram a possibilidade de que seria possível usar as noções de eficiência e conceitos de valuation na contabilidade. A partir das pesquisas acadêmicas, que iniciaram no final dos anos 60,

desenvolveram a ideia de que para os mercados canalizarem o capital de forma eficiente para atividades mais produtivas, o balanços precisavam dar aos corretores de valores mobiliários uma compreensão clara do valor presente de uma empresa. Isto significava abandonar noções como prudência e conservadorismo; em vez disso, a contabilidade precisava ser “neutra” e usar valores mais atualizados para os itens dos balanços patrimoniais

A mudança radical permitiu que a ideia do valor justo fosse adotada. Assim como a recuperabilidade e a possibilidade de não amortização do intangível proveniente das aquisições de outras empresas. Citando um investidor,

O problema da contabilidade do valor justo é que é muito difícil diferenciar entre marcação a mercado, a marcação a modelo e na chamada ´marcação a mito´

O valor justo baseia-se em suposições e termina por dificultar o papel da auditoria. Mas isto terminou por acontecer. Recentemente, no maior um processo judicial contra uma auditoria, ficamos sabendo que a PwC, diante da recusa do auditor em olhar um operação muito complexa do Colonial Bank, decidiu por mandar um estagiário no seu lugar.

Em 2010, lembra o FT, o Iasb e o Fasb decidiram trocar a confiabilidade pela representação fiel. Ou veja, a verificação factual pelo “palpite”, nas palavras da reportagem. O FT não explora, no entanto, a pressão sofrida pelos reguladores para fazer com que a contabilidade fosse contra cíclica, modificando a contabilidade do valor justo do passivo. Recentemente, o Iasb divulgou sua nova estrutura onde aparece timidamente, em dois parágrafos, a prudência. O Iasb volta a considerar este aspecto, mas afirma, de maneira surreal, que a mesma não inviabiliza a neutralidade.

Recomendo a leitura do artigo do FT para aqueles preocupados com o futuro da contabilidade (e não somente das firmas de auditoria). Apesar de chamar a atenção para pontos relevantes, a abordagem do jornal inglês não aborda outros fatores, como a possível solução de tornar o mercado de auditoria mais competitivo, com sua fragmentação.

Para finalizar, gostaria de dar um depoimento pessoal. Quando li pela primeira vez a norma de recuperabilidade, meu pensamento foi de que aquilo era uma loucura. Sou professor de avaliação de empresas (neste semestre, na graduação, na especialização e no mestrado) e sei como a avaliação é um palpite. No capítulo de impairment do livro de Teoria da Contabilidade, em co-autoria do Jorge Katsumi, tem esta opinião quando citamos Fernandez e sua listagem de erros cometidos nos laudos de avaliação. Em um capítulo que escrevi para um livro da ACICONDF, cito que existe um aspecto comportamental forte no processo de mensuração contábil da recuperabilidade.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

07 agosto 2018

Custo da compra de um produto

O comercial abaixo lembra que quando compramos produtos no supermercado também estamos consumindo recursos naturais. E isto tem um custo.


The Real Cost from Jorch Diaz on Vimeo.

Valor Pago por aluno adicional no Reuni

O programa Reuni foi um ambicioso plano de expansão do ensino superior nas universidades federais do Brasil. Muito dinheiro foi alocado pelo governo pensando na expansão das vagas, além do aumento no número de instituições. A análise deste programa já foi realizada, individualmente, em uma série de trabalhos acadêmicos. Uma análise geral era necessária e o seu resultado foi publicado agora na Revista da Controladoria-Geral da União. Usando os dados orçamentários e tendo como medida de atividade o número de matrículas, o artigo Valor Pago por Aluno Adicional nas Universidades Federais Brasileiras com o Programa Reuni procura verificar, por universidade e pelo conjunto das universidades, qual o peso para sociedade desta expansão.

Os dados corrigidos pela inflação mostram que cada aluno adicional que entrou em uma universidade federal representou um valor pago de 36,6 mil reais. O texto toma o cuidado de não indicar que este é o custo, pois está tratando de orçamento (financeiro). Entretanto, como uma universidade federal típica tem como maior custo o pagamento de funcionário (professor e administrativo), muito provavelmente o valor pago pode ser considerado uma proxy bastante razoável deste custo.

Como se trata de um artigo acadêmico, o juízo de valor é deixado de lado. Em algumas universidades, o valor adicional é bem superior a média encontrada; principalmente, nas instituições localizadas em grandes centros e com o foco na área de saúde. Mesmo tratando do valores médios, a quantia de 36,6 mil reais é muito elevada. Observe que muitas instituições poderiam aproveitar a economia de escala e de escopo, mas preferiram optar pela diversificação dos cursos ofertados. Em alguns casos, o foco foi na contratação de pessoal administrativo ou área meio; em outros, a expansão geográfica, que garante votos, mas muitas vezes significa investimentos com baixa rentabilidade social.

Neste primeiro retrato mais amplo do Reuni, o programa não resiste na análise econômica-financeira.

Observação adicional: Durante anos, a Universidade de Brasília procurou mensurar o custo por aluno, segundo as grandes áreas do conhecimento. Além de desenvolver um trabalho pioneiro, a equipe responsável pelo sistema foi dar sua contribuição na docência em diversas universidades do país: Beatriz Morgan, Fernanda Fernandes (co-autora do Curso Prático de Contabilidade), Francisca Souza, José Lúcio Tozetti, entre outros. Infelizmente, recentemente a UnB descontinuou o sistema de apuração de custos, mas a série histórica, de 2002 a 2015, ajuda a contar um pouco a história do custo do aluno. A decisão de descontinuidade, infelizmente, está muito mais associado a atender a certos interesses do que a decisão de mensuração efetiva de desempenho.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

06 agosto 2018

20 anos de IPCA


Serviços de saúde e a mensalidade das faculdades subiram bem acima da inflação. O salários também tiveram ganhos substanciais em relação à inflação. Os veículos se tornaram mais acessíveis e o preço das TVs caíram pela metade.

Fonte:aqui

Um nova chance para o Brasil

Analisando a situação estrutural do Brasil, Margolis, da Bloomberg, comenta sobre a dificuldade de abrir um negócio no país, a burocracia imensa, a judicialização excessiva, entre outros aspectos. Em berço esplêndido (foto). E conclui:

Estranhamente, o até agora campo lotado de candidatos tem sido silencioso ou evasivo nas reformas estruturais impopulares necessárias para tornar o Brasil mais competitivo. Uma razão pode ser que muitas das reformas vitais para reiniciar a economia são politicamente tóxicas. O abandono dos subsídios corporativos e a redução das tarifas comerciais ameaçam as companhias nacionais carcomidas, enquanto a privatização de empresas estatais deficitárias irrita grandes sindicatos do setor público. E a maioria dos candidatos se esquiva de confrontar com funcionários públicos de elite que relutam em abrir mão de um sistema previdenciário que permite que eles se aposentem aos 50 anos com salário integral.


Medalha Fields e a Revelação

A cerimônia de premiação da Medalha Fields deste ano foi destaque por um motivo pouco louvável: uma das medalhas foi roubada, na primeira vez que esta premiação é feita no hemisfério sul. A cada quatro anos, os matemáticos com até 40 anos podem ser premiados com a medalha, podendo ser premiados de um a quatro matemáticos. Um dos premiados já era conhecido das pessoas da área, o alemão Peter Scholze - que também era o mais jovem de todos.

Mas dois prêmios interessam a economia e, de certa forma, a contabilidade. Alessio Figallie e Constantinos Daskalakis publicaram artigos em periódicos de economia. O trabalho dos dois origina-se do leilão Myerson, de um artigo de 1981. Em um leilão, usar este tipo de leilão permite que os compradores revelem a sua avaliação. Derivado do trabalho de Myerson, tem-se o princípio da revelação, uma “pancada” que até hoje os contadores não aprenderam a entender e absorver.

Eu diria que esse é o resultado mais importante em economia desde Arrow-Debreu-McKenzie

O mesmo texto citado ressalta dois problemas no texto do Myerson: como vender quando existirá intereção no futuro e como vender em situações de empacotamento? O prêmio é um avanço neste direção.

Generalista x Especialista

Na ciência é melhor ser um pesquisador com conhecimentos mais amplo - denominado generalista - ou ter conhecimentos específicos - os chamados especialistas? Esta é uma questão importante. Aparentemente, os especialistas são vencendo a batalha, já que aprofundar em um tema tem sido considerado uma razão do sucesso de alguns países. Quando algumas pesquisas de produção acadêmica destacam os autores mais produtivos em um determinado tema, estamos enfatizando o especialista. O mesmo ocorre quando um periódico encaminha um artigo sobre um tema específico para um autor em particular, que já pesquisou sobre o assunto. No nosso país, é difícil ser especialista, já que temos recursos escassos. Mesmo assim, é cada vez mais comum associarmos um determinado tema, por exemplo contabilidade de seguradora, com um pesquisador.

Mas no fundo não sabemos o que é melhor. Um artigo tentou responder a este dilema usando dados de matemáticos teóricos após a dissolução da União Soviética:

os cientistas generalistas tiveram um desempenho melhor quando o ritmo da mudança foi mais lento e sua capacidade de extrair o conhecimento dos diversos domínios foi uma vantagem, mas os especialistas ganharam vantagem quando o ritmo da mudança aumentou e sua especialização mais profunda permitiu que eles usassem novos conhecimentos criados na fronteira do conhecimento.

Teto de gastos

Trecho da reportagem publicada pelo Valor:
Alguns efeitos já começam a aparecer. Na quinta-feira passada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou que pode suspender todas as bolsas de mestrado, doutorado e de aperfeiçoamento para professores, num total de quase 440 mil beneficiados se o corte a ser promovido pelo Ministério da Educação no orçamento da entidade no próximo ano se realizar.
[...]
A regra do teto, prevista na Emenda Constitucional (EC) 95, em vigor desde o ano passado, foi criada para evitar que a despesa pública federal cresça mais que a inflação e, assim, se consiga estabilizar a dívida bruta do governo. Até então, os gastos subiam, em média, 6% ao ano em termos reais, sem que as receitas acompanhassem o ritmo. O novo regime fiscal tem duração de 20 anos, com revisão prevista a partir do 10º ano. Estourado o teto fica automaticamente proibida a elevação de despesas obrigatórias, como reajustes de salários e mudanças de carreira para servidores; ganho real para o salário mínimo, abertura de concursos públicos, criação ou expansão de programas do governo e a concessão de incentivos fiscais.
O Jornal Nacional publicou um texto no qual afirma que o teto dos gastos não afetará o orçamento do MEC.

Bancos no Brasil

Os bancos no Brasil prosperam quando o país vai bem e quando o país vai mal. O fenômeno chamou atenção da revista britânica The Economist, que publicou um artigo nesta terça-feira (02/08).

Passando pela hiperinflação dos anos 80 e 90, pelo tímido crescimento de 1% do PIB em 2017 e pelo corte de 2,6% para 1,6% da previsão de crescimento para 2018, o texto descreve a economia do Brasil como algo que “tende a extremos”. Enquanto isso, os grandes bancos do setor privado estariam prosperando independentemente dos cenários.

Essa “resiliência”, conforme aponta o texto, revela muito sobre o funcionamento da economia do Brasil. O setor bancário do país, afirma a revista, é especialmente concentrado — especialmente após o recuo do banco americano Citigroup e do britânico HSBC. Itaú, Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa e BNDES respondem por 82% dos ativos bancários e 86% dos empréstimos.

A revista destaca o papel do governo, que historicamente autoriza empréstimos em condições camaradas para uma minoria de empresas e setores e, ao mesmo tempo, permite altas taxas de juros no crédito ao consumidor, em empréstimos pessoais, cartão de crédito e cheque especial.

Fintechs como Banco Inter, Nubank e Creditas ajudam a tornar o setor bancário mais competitivo, diz a Economist. Com atrativos como novas poupanças ou créditos a juros menores, elas conquistam espaço enquanto buscam “incomodar” os operadores. A revista elogia ações do recentes do Banco Central (BC) para diminuir os custos de empréstimos, além do fim da concessão de empréstimos, por bancos estatais, com taxas subsidiadas.

Uma economia mais forte, por sua vez, poderia ser alcançada se as taxas de juros de longo prazo caírem e “se o próximo presidente estiver decidido a controlar as finanças do Brasil”.


Fonte: Aqui

Brasileira lidera pesquisa sobre a expansão do universo

Marcelle Soares Santos, doutora em astronomia pela Universidade de São Paulo, é da equipe do laboratório que descobriu ondas gravitacionais e é também professora da Universidade de Brandeis, uma das mais conceituadas em física nos Estados Unidos.

Hoje, ela coordena uma pesquisa sobre a energia escura, que busca a luz emitida por eventos geradores de ondas gravitacionais.

Mais: aqui

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

05 agosto 2018

Custos do Governo Federal

Em relação a postagem sobre o Manual de Informações de Custos do Governo Federal, achei válido acrescentar o trecho de uma postagem escrita em 2011 pelo professor César:
Como autor de um livro sobre o assunto (Custos do Setor Público, Editora da UnB) gostaria de ser tão otimista. Mas como pesquisador que sou gostaria de questionar este otimismo. A maioria das importantes decisões no setor público ocorre na esfera política. Quem conhece um pouco de ciência política percebe que isto não é necessariamente ruim e que o jogo democrático pode conduzir a decisões razoáveis em termos do interesse comum da sociedade. 
Se decisões são políticas, será que a informação de custo é relevante? Mais ainda, sabendo que o principal problema da gestão pública brasileira é a má gestão pública dos recursos, incluindo aqui a corrupção, como isto poderia ser relevante?
Mais importante que mensurar custos é usar a informação, inclusive a de custos, para a tomada de decisão. Sinto muito, mas não sou tão otimista assim.

03 agosto 2018

Frase

Se você está em um governo autoritário, você ama o Facebook; o Facebook é a chave para manter as pessoas distraídas, confusas e com um pouco de medo


Siva Vaidhyanathan

Apesar da redução no crescimento em países desenvolvidos, o número de usuários da mídia social tem crescido nos países em desenvolvimento. O professor da Universidade de Virgínia cita o caso do Myanmar, onde as postagens na rede geralmente defende o genocídio dos rohingya.

Para resolver o problema, ele propõe "quebrar" a empresa.

Polarização na política brasileira

Usando dados das redes sociais, cientistas da Universidade de São Paulo começaram a analisar o comportamento dos brasileiros em 2015. E traçaram um perfil do que ocorreu nos anos recentes no nosso país. O gráfico abaixo mostra o Brasil antes de 2013, com a separação entre esquerda e direita. Se um usuário gosta de duas páginas, haverá uma relação entre elas, expressa na figura pelos nós. A figura também mostra as organizações da sociedade civil dos políticos. Neste ano, os cientistas classificaram os usuários em seis grupos, representados pela cor. A cor amarela, por exemplo, refere-se a campanha contra a corrupção; em geral, esta campanha estava mais à direita, encabeçada pela sociedade civil. A distância entre os movimentos de direita e esquerda não era substancial

Em março de 2014, com os protestos contra o governo Dilma, a separação entre esquerda e direita aumenta. As campanhas contra a corrupção estão mais identificadas com a direita.

Dois anos depois, a separação é mais profunda ainda. Do lado esquerdo sobressai os grupos ambientalistas e de direitos humanos (cor verde), afastados daqueles que apoiam o combate à corrupção.

Controles internos do Deutsche

O Deutsche Bank foi recentemente multado, em quase 700 milhões de dólares, por problemas nos sistemas de controle interno, que permitiam que clientes usassem a instituição para lavar dinheiro. Agora, documento internos revelados pela Reuters (via El País) mostram que a instituição sabia de algumas fraquezas:

“Tenemos que mejorar nuestros procesos internos. Los documentos muestran que estos aún son demasiado complicados. No se trata de la efectividad, sino de la eficiencia de nuestros procesos”, reconoció Deutsche Bank a Reuters. Los reguladores y supervisores de todo el mundo exigen a los bancos que investiguen a sus clientes. Es un proceso obligatorio —KYC, en sus siglas en inglés— para cumplir con las rutinas formales de identificar y controlar el origen del patrimonio de sus clientes. De esta forma tratan de evitar que los delincuentes oculten su identidad a través de una telaraña de sociedades, la mayoría de las veces fantasmas.

En el documento interno de Deutsche del 5 de junio el banco admite que ha tenido problemas para determinar de dónde proviene el dinero de sus clientes. Reconoce que no pudo hacer seguimiento correcto en países como Rusia, Irlanda, España y Sudáfrica, tras examinar cómo fueron procesados los archivos de los clientes de estas jurisdicciones.

Income, Revenue, Receita, Lucro ...

Uma das grande mudanças na nova estrutura conceitual aprovada no início do ano pelo Iasb é o uso do termo income em substituição a revenue. Isto parece soar estranho, muito estranho. Veja a demonstração abaixo:


É a DRE da Apple, a maior empresa do mundo em valor de mercado. A empresa usa o termo revenue para receita. Bom, poderia ser dito que a Apple usa as normas do Fasb. Observe a DRE abaixo, da Fundação IFRS de 2017 (antes das novas normas). Eis o que encontramos:

A Fundação usa o termo income. Mas talvez seja o caso de ser uma entidade do terceiro setor. Vejamos o caso da Shell, a maior empresa européia:

Observe que a empresa usa revenue para receita e income para lucro.

Um ponto importante: na revisão final do texto por parte do Iasb, parece que “comeram mosca”. Trocaram todos “revenue” por “income”, exceto no seguinte parágrafo:

The predictive value and confirmatory value of financial information are interrelated. Information that has predictive value often also has confirmatory value. For example, revenue information for the current year, which can be used as the basis for predicting revenues in future years, can also be compared with revenue predictions for the current year that were made in past years. The results of those comparisons can help a user to correct and improve the processes that were used to make those previous predictions. 

01 agosto 2018

Manual de Informações de Custos do Governo Federal

No dia 17 de julho a STN publicou a Portaria 518, que "Aprova o Manual de Informações de Custos do Governo Federal - MIC". 
"[...] Considerando a importância de apresentar conceitos básicos de custos aplicados ao setor público; relatar a experiência da União na criação e disponibilização do Sistema de Informações de Custos do Governo Federal - SIC; abordar aspectos operacionais básicos sobre acesso e utilização do SIC; e descrever etapas recomendadas no processo de implantação da mensuração e avaliação de custos no âmbito de cada órgão, resolve:
Art. 1º Aprovar a publicação do Manual de Informações de Custos do Governo Federal - MIC."
Vamos ver se dessa vez sai do papel... Enquanto isso, tenho uma ótima recomendação de leitura: o blog do saudoso professor Lino Martins ainda tem diversas postagens que nos permite acompanhar parte dessa novela.

Rir é o melhor remédio


31 julho 2018

Celular e educação infantil

Foi ontem aprovada a proibição do uso de telemóveis nas escolas francesas. A proposta avançada pelo partido de Emammunel Macron, La République en Marche, obteve o apoio dos partidos MoDem (Movimento Democrático) e do UDI-Agir-Indépendants (Union dos Democratas e Independentes), tendo conseguido 62 votos a favor e um contra. A lei entra em vigor a partir do começo das aulas, em setembro

Há uma razão científica para isto e você deveria ler isto.

Passaporte como hedge

Esta postagem parece muito atual para nosso país (vide Pizzolato) onde um segundo passaporte pode ser visto como hedge:

Quando as coisas começam a ficar loucas globalmente, as pessoas ricas começam a procurar por planos de backup. Bloomberg olha para o aumento em pessoas com riqueza suficiente para garantir um segundo passaporte , ou até mesmo vários passaportes.

um passaporte austríaco custa cerca de US $ 23.750.000, e "os candidatos são obrigados a investir ativamente na economia local. A concessão de uma cidadania austríaca se enquadra nas leis de privacidade do governo, por isso não é publicada nem divulgada em nenhum outro país." "

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Adaptado daqui.

30 julho 2018

Editais de pós

Polyana Silva, de Histórias Contábeis, fez uma seleção dos editais de mestrado e doutorado abertos:

UFU - 20 vagas para mestrado;10 vagas para doutorado
Inscrições dias 9 e 10/10/2018
Linhas de pesquisa:
- Contabilidade financeira
- Conttroladoria
Maiores informações: PPGCC UFU

UFPB - 20 vagas para mestrado e 9 vagas para doutorado
Inscrições entre 16/08/2018 e 24/08/2018
Linhas de pesquisa:
- Informação Contábil para Usuários Internos.
- Informação Contábil para Usuários Externos.
- Informação Contábil para Setor Público.
Maiores informações: PPGCC UFPB

UFPE - 16 vagas para mestrado e 6 vagas para doutorado
Inscrições entre 08/10/018 e 31/10/2018
Área de concentração: Informação contábil
Maiores informações: PPGCC UFPE

UFSC - até 20 vagas para mestrado; até 10 vagas para doutorado
Inscrições entre 24 de setembro e 2 de outubro
Linhas de pesquisa:
- Controle de Gestão e Avaliação de Desempenho
- Contabilidade Financeira e Pesquisa em Contabilidade
Maiores informações: PPGC UFSC

UnB - 14 vagas para mestrado; 8 vagas para doutorado
Inscrições entre 6 e 31/08/2018
Linhas de pesquisa:
- Contabilidade e mercado financeiro
- Impactos da contabilidade no setor público, nas organizações e na sociedade
Maiores informações: PPGCont - UnB

USP - até 20 vagas para mestrado; até 20 vagas para doutorado
Inscrições entre 3 de setembro e 14 de outubro
Linhas de pesquisa:
- Controladoria e Contabilidade Gerencial
- Contabilidade para Usuários Externos
- Mercados Financeiro, de Crédito e de Capitais
- Educação e Pesquisa em Contabilidade
Maiores informações: PPGCC FEA/USP

(P.S. Fiquei sabendo que o edital da UnB estava na página pela postagem !)

Se tiver dúvida, mande um estagiário ...

Há pouco publicamos um texto extenso sobre a crise na auditoria e as potenciais soluções (mais aqui). Lá comentamos da multa de 625 milhões de dólares que a juíza Barbara Rothstein mandou cobrar da PwC. Agora, lendo mais um texto sobre o assunto, um fato curioso chamou a atenção.

Segundo a Reuters (via aqui)

Depois que um auditor que supostamente entendia as transações desistiu, dizendo que eles estavam "acima de seu salário", a PwC designou um estagiário da faculdade para avaliar o ativo de quase US $ 600 milhões.

Rir é o melhor remédio

Respondendo a idiotas

29 julho 2018

25 melhores economistas comportamentais


A lista está em ordem alfabética pelo ultimo nome:

1 - George A. Akerlof;
2 - Dan Ariely;
3 - Nava Ashraf
4 - Iris Bohnet
5- Colin F. Camerer
6 - Catherine C. Eckel
7- Ernst Fehr
8 - Roland G. Fryer Jr.
9 - Herbert Gintis
10- Paul W. Glimcher
11- Uri Gneezy
12- Tim Harford
13- Daniel Kahneman
14 - Steven D. Levitt
15- John A. List
16 - George Loewenstein
17- Sendhil Mullainathan
18 - Matthew J. Rabin
19- Barry Schwartz
20- Eldar Shafir
21- Robert J. Shiller
22- Vernon L. Smith
23- Philip E. Tetlock
24- Richard H. Thaler
25- Kathleen D. Vohs

 

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Congresso


Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

28 julho 2018

Formação de preço

Este é um assunto com pouca pesquisa: formação de preço. É difícil ter o acesso aos empresários e decisores da empresa para ter uma noção de como os preços são formados. Em uma pesquisa extensa, Juliana Ventura Amaral e Reinaldo Guerreiro descobriram como isto ocorre no Brasil:

Os levantamentos sobre como se estabelecem os preços no Brasil são limitados, pois se restringem a regiões específicas e a amostras pequenas. Nesse sentido, buscou-se apresentar neste artigo os resultados de uma pesquisa empírica atualizada e abrangente sobre o estabelecimento dos preços no Brasil. Com base em 380 respostas de empresas de variados portes das cinco regiões brasileiras, identificou-se que os preços são definidos, principalmente, por gestores homens do departamento de vendas. Tanto as empresas formadoras quanto as tomadoras de preços usam intensamente informações de custos e têm a combinação custos mais margem como a forma predominante do processo. Constatou-se ainda que, apesar da dominância, a fórmula custos mais margem não configura necessariamente a essência da determinação dos preços, pois a margem pode viabilizar a incorporação de informações da concorrência e do valor.

Publicação Ibero-America

Um longo artigo de Cortés-Sanchez, sobre a publicação científica na área de negócios, administração e contabilidade na ibero-América tem alguns itens interessantes. Mas destaco dois: 

A Espanha é a grande potência e nos últimos 22 anos produziu mais do que os outros 21 países ibero-americanos juntos.

A revista Espacios é a que mais publica na área (1.700 artigos em 2017). A razão, segundo o Cortés-Sanchéz, é a rapidez do processo de análise e a taxa de envio baixa.

Publicação Científica


Rir é o melhor remédio

Você já sentiu que aquela fotografia do Instagram parece conhecida? Uma página do próprio Instagram, do Alaska, mostra isto, fazendo uma coletânea de fotografias "repetidas". Nada se cria...



27 julho 2018

Prazo


Chamada de artigos do IV Congresso UnB de Contabilidade e Governança, que será nos dias 28, 29 e 30 de novembro de 2018.
Confiram nossos palestrantes confirmados!

Prazo final as submissões: 06/08/2018 às 17 horas.

Mais uma solução para a crise da auditoria

Em uma postagem anterior, mostramos algumas das possíveis soluções para a crise das empresas de auditoria.

No Promarket outra sugestão:

(...) alterar o manual da diretoria para exigir que a decisão de nomear auditores seja feita de forma totalmente independente da alta administração. Os gerentes devem tomar conhecimento da escolha do auditor quando esta decisão for divulgada pela primeira vez pelos membros independentes, não executivos, do conselho.

Facebook em queda

Parece ter sido uma notícia inesperada. Em geral, os investidores e curiosos que acompanham uma empresa sabem o rumo que será o seu desempenho nos próximos meses. E o desempenho do próximo mês serve para estimar o desempenho do mês seguinte, do subsequente e assim por diante. Quando as notícias superam esta expectativa, o preço da ação tende a aumentar; quando as notícias são ruins, o preço desaba. E quanto maior a surpresa, maior esta reação.

Pois foi isto que ocorreu com o Facebook. A empresa perdeu ontem 120 bilhões de dólares em valor de mercado ou 20% do seu valor. Foi a maior queda nominal no mercado acionário mundial. E isto corresponde, por exemplo, a quase a metade do PIB de Portugal.

Existia uma possibilidade dos números da empresa não serem tão bons. Durante o trimestre, o executivo da empresa prestou depoimento no Congresso sobre o escândalo da Cambridge Analytica. Esperava-se uma redução no crescimento dos usuários da empresa e talvez um reconhecimento dos possíveis passivos com os problemas legais futuros.

Os números divulgados sobre os usuários foram piores que o esperado, o que afeta a estimativa de valor da empresa. Em geral, empresas de tecnologia são avaliadas tomando como número base o número de usuários. Assim, com a redução do crescimento, os números dos próximos meses também foram recalculados. Com muitos investidores fazendo isto, a queda pareceu inevitável.

A contabilidade da empresa realmente preparou uma surpresa para o mercado. Algumas pessoas acreditam que o mercado é um "divindade", que tudo sabe e olha. Não foi o caso do Facebook.

Rir é o melhor remédio

The Economist - Sentindo melhor

26 julho 2018

Mudança tecnológica

O gráfico mostra o tempo necessário para que uma inovação tivesse 50 milhões de usuários. Enquanto o Facebook levou 3 anos, a eletricidade tomou quase 50 anos.

Acima, a adoção da tecnologia nas casas dos Estados Unidos. O tablet já está presente na metade das casas.