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25 junho 2015

Rir é o melhor remédio


Paraísos Fiscais: Prejuízo a países em desenvolvimento


"As economias em desenvolvimento perdem todos os anos cerca de 90 mil milhões de euros de receitas fiscais por causa dos investimentos através de offshores, revela um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

“A evasão fiscal é responsável por fugas significativas de recursos e de financiamento de investimento”, alertou o secretário-geral da organização, Mukhisa Kituyi, durante a apresentação do documento que traça um retrato do investimento no mundo.

A quantificação das receitas que são deslocadas dos países em desenvolvimento por causa dos paraísos fiscais é um exercício difícil, diz a UNCTAD. Seja porque a informação disponível é limitada, seja porque os lucros desviados não aparecem nos relatórios oficiais ou porque as empresas combinam diferentes esquemas de evasão aos impostos.

Ainda assim, o relatório estima que a perda de receitas fiscais nos países em desenvolvimento ronde os 90 mil milhões de euros, só por conta do investimento directo estrangeiro (IDE) oriundo de offshores, nomeadamente através de empresas-veículo.

Por isso, a UNCTAD defende que "é imperativo tomar medidas de combate a estas práticas, de forma a apoiar a mobilização de recursos domésticos e a facilitar os investimentos produtivos no desenvolvimento sustentável".

Além disso, recomenda uma acção concertada global para eliminar os incentivos fiscais ao investimento promovidos pelos governos e, em alternativa, atrair investimento na capacidade produtiva e nas infra-estruturas dos países em desenvolvimento.

O relatório revela ainda que a China foi o maior receptor de IDE em 2014, acima dos Estados Unidos. Durante o ano passado, o IDE na China somou 114,73 mil milhões de euros, um aumento de 4% em relação a 2013, e mais 32,9 mil milhões de euros do que os Estados Unidos, que registaram uma queda de 60%.

O país asiático contraria assim a queda abrupta de 16%, para 1,09 biliões de euros, no fluxo global de investimento estrangeiro. “A fragilidade da economia global, incerteza política e altos riscos geopolíticos explicam a diminuição de IDE", justificam as Nações Unidas.

Graças ao contributo da China, o IDE nos países em desenvolvimento superou o efectuado em países desenvolvidos."

Via Público.pt

SEC procurando hackers

U.S. securities regulators are investigating a group of hackers suspected of breaking into corporate email accounts to steal information to trade on, such as confidential details about mergers, according to people familiar with the matter.

The Securities and Exchange Commission has asked at least eight listed companies to provide details of their data breaches, one of the people said. The unusual move by the agency reflects increasing concerns about cyber attacks on U.S. companies and government agencies.

It is an "absolute first" for the SEC to approach companies about possible breaches in connection with an insider trading probe, said John Reed Stark, a former head of Internet enforcement at the SEC.

"The SEC is interested because failures in cybersecurity have prompted a dangerous, new method of unlawful insider trading," said Stark, now a private cybersecurity consultant.

According to people familiar with the matter, the SEC's inquiry and a parallel probe by the U.S. Secret Service - which investigates cyber crimes and financial fraud - were spurred by a December report by security company FireEye Inc about a sophisticated hacking group that it dubbed "FIN4."

Since mid-2013, FIN4 has tried to hack into email accounts at more than 100 companies, looking for confidential information on mergers and other market-moving events. The targets include more than 60 listed companies in biotechnology and other healthcare-related fields, such as medical instruments, hospital equipment and drugs, according to the FireEye report.

[...]

The SEC has asked companies for data on cyber intrusions or attempted intrusions, as well as information on the tactics that the unknown hackers used to lure employees into giving up email passwords, known as "spear phishing" or "credential harvesting," [...]

Stark said he saw some of the SEC's requests for documents from companies, but he was not familiar with the scope of the investigation. He and other sources declined to name the targeted companies because of client relationships and because the SEC investigation is confidential. [...]

Milpitas, California-based FireEye said it believed the FIN4 hackers could be from the United States or Europe because they had flawless English and a deep understanding of how the financial markets and investment banking work.

The hackers targeted healthcare and pharmaceutical companies because their stocks tend to be volatile, and thus potentially more profitable. In one case, the hackers had sought information about Medicaid rebates and government purchasing decisions, FireEye said.

FireEye's clients were among the companies targeted by the hackers, who used fake Microsoft Outlook login pages to trick attorneys, executives and consultants into surrendering their user names and passwords.

"What was insidiously brilliant was that they could inject themselves into email threads and keep gleaning information," said FireEye's manager of threat intelligence, Laura Galante. "They really knew their audience."

In at least one case, FireEye said, the hackers used a confidential document, containing significant information that they had already procured, to entice people discussing that matter into giving their email credentials.

[...]

Until now, the SEC has only brought a handful of civil cases against hackers.

In 2007, the agency filed civil charges against a Ukrainian trader named Oleksandr Dorozhko whom they accused of hacking into IMS Health and stealing information on earnings that he used to make profitable options trades. In 2010, a federal court ordered Dorozhko to pay $580,000.

Leia mais: aqui

24 junho 2015

Souza Cruz e a Oferta Pública de Aquisição de Ações

A Souza Cruz fixou novo preço da OPA (Oferta Pública de Aquisição) em R$ 26,12 por ação, em função dos juros sobre capital próprio aprovado ontem [23/06/15] pelo conselho de administração.

O valor anterior era de R$ 26,13. A análise do edital e registro da oferta feita pela British American Tobacco encontram-se em andamento na CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Fonte: Aqui


Em maio a Reuters publicou:

A fabricante de cigarros Souza Cruz disse que laudo de avaliação de ações da companhia realizado pelo Credit Suisse no âmbito da oferta pública de aquisição de ações (OPA) para tirar a companhia da bolsa apurou valor entre 24,30 e 26,72 reais por papel, de acordo com comunicado publicado na noite de sexta-feira [8/5/2015].

Acionistas da companhia haviam aprovado em abril a contratação do Credit Suisse para a confecção de novo laudo de avaliação das ações da empresa para a oferta pública lançada pela controladora British American Tobacco.


E em 11 de junho o Brasil Econômico complementou:

Segundo o sócio da Veirano Advogados Carlos Lobo, desde o ano passado as ações das empresas veem perdendo valor em razão do momento econômico, o que torna as companhias atrativas para os investidores estrangeiros. “A Bolsa está negociando num patamar bem baixo, o que resulta em preço, em termos de valor de mercado, bem barato. Há janela de oportunidades para uma série de negócios, desde o controlador que percebe que a empresa está barata e é um bom negócio ficar com 100% dos dividendos. É o caso da Souza Cruz. E também tem aquelas empresas sem controlador, que atrai os investidores interessados em adquirir o controle”, explica. No caso da Souza Cruz, a controladora British American Tobacco fez uma proposta de compra para adquirir os 24,7% de ações, que não possui da sua filial brasileira.

Petrobrás: Esclarecimento sobre nota

Após detalhes do plano de investimentos da Petrobras "vazarem" para o mercado, mais precisamente a Agência Estado, os investidores ficaram frustrados e as ações da companhia fecharam o dia [23/6] em baixa.

Rio de Janeiro, 24 de junho de 2015 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras atende ao OFÍCIO BM&FBovespa 2.206/2015-SAE que solicita esclarecimentos conforme abaixo:
OFÍCIO 2.206/2015-SAE 
“Solicitamos esclarecimentos, até as 09h00 de 24/06/2015, sob o teor da notícia veiculada pela Agência Estado – Broadcast, em 23/06/2015, sob o título “Fontes: Corte no orçamento da Petrobras será de cerca de 25%”, bem como outras informações consideradas importantes.” 
Esclarecimento
A Petrobras esclarece que o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 ainda está em elaboração.
Fatos julgados relevantes serão oportunamente comunicados ao mercado.

Esperava-se que o Plano de Negócios fosse publicado na sexta-feira, 26 de junho. Todavia, segundo o Estadão, acredita-se que o colegiado não chegará a uma decisão e a divulgação do valor será adiada.


Rir é o melhor remédio


Nilhonário
Adj. Alguém que tem pouco ou nenhum dinheiro.

Fonte: Aqui

Para relaxar entre provas



O canal da Jout Jout é aqui.
O Tumblr comentado no vídeo é esse.

De volta a prancheta

Em 2014, as duas entidades mais importantes de regulamentação contábil finalizaram um longo processo de convergência na norma referente ao reconhecimento da receita. O ponto crucial do reconhecimento é determinar o momento em que um bem ou serviço é transferido para o cliente.

Se uma empresa vende um produto, o momento da compra é geralmente considerado adequado para este reconhecimento. Se existe a prestação do serviço, a receita poderá ser lançada durante esta fase. É bem verdade que existem situações onde o reconhecimento é mais complicado. É o caso dos produtos que levam um grande tempo para serem produzidos. Ou os produtos que quando vendidos carregam serviços, a exemplo da empresa que vende um software com a manutenção por alguns meses.

A norma emitida pelo Iasb, a entidade responsável pelas normas de contabilidade adotadas na Europa e também no Brasil, e o Fasb, com atuação no mercado de capitais dos Estados Unidos, tentava resolver este problema. Os longos anos de discussão permitiram que o resultado fosse uma norma mais completa que a existente no Iasb e mais simples do que a aquela adotada pelo Fasb. A equipe técnica das duas entidades debateu por longos anos, mas contaram com as críticas recebidas ao longo da elaboração.

Entretanto, assim que a norma foi considerada finalizada, e as duas entidades aprovaram o resultado final, começaram a surgir críticas daqueles que seriam os responsáveis pela sua adoção na prática. As empresas consideraram a norma muito complexa e o tempo para sua efetivação muito curto. As reclamações provocaram uma postergação no prazo de início por parte de ambas.

Mas os problemas não se restringiam a adoção da norma. Alguns pontos necessitam de complementação. Na segunda-feira o Iasb e o Fasb acertaram que a norma de reconhecimento da receita aprovada não era suficiente. As duas entidades resolveram discutir um assunto muito conhecido dos pesquisadores acadêmicos da área de contabilidade e finanças: a relação agente-principal.

Segundo as duas entidades, para que o processo de reconhecimento seja adequadamente realizado é necessário que fique claro quem é o “agente” e quem é o “principal” da relação. Mas os problemas não param por aqui. Em determinadas transações é necessário esclarecer a natureza real do bem ou serviço que são transferidos. Um exemplo desta situação é o caso do software vendido, com a prestação de manutenção por um determinado período de tempo. As duas entidades entendem que isto necessita ficar bem claro. Esta e outras questões necessitam de serem esclarecidas. A solução: novas normas.

A situação do Fasb e do Iasb parece com um projeto de um avião. Antes de decolar os engenheiros descobriram uma série de falhas no projeto. É necessário agora que o projeto volte a prancheta (ou ao computador) para corrigir os defeitos.

Leia mais: TYSIAC, Ken. FASB, IASB to propose clarifications to principal vs. agent considerations. Journal of Accountancy.

Links

Google Maps conhece a relação complicada entre Índia e Paquistão

A psicologia do mimetismo pessoal

Juiz extingue 55 mil processos contra rating de crédito

Futuro da bateria não está na tecnologia, mas no processo de fabricação

Financial Reporting Council investiga KPMG pelos problemas no The Bank of New York Mellon London

Tese em quadrinhos (Universidade de Columbia)

23 junho 2015

Rir é o melhor remédio


Dê uma arma a um homem e ele pode roubar um banco.
Dê um banco a um homem e ele pode roubar o mundo.

Fonte: Aqui

Carta de recomendcao para Nash

Link permanente da imagem incorporada

Curso de Contabilidade Básica Evento Zero

E se uma empresa não tiver evento? Deve relatar como? Uma forma é informar isto em nota explicativa; outra na própria demonstração. Particularmente, preferimos na demonstração, onde isto ficaria mais claro.

Veja a demonstração das mutações do patrimônio líquido da Cambui Empreendimentos Imobiliários. As colunas de Reservas de Lucro e Resultados Abrangentes não apresentam valores. A empresa preferiu apresentar cada item com o símbolo “-“ indicando que não ocorreu nenhum evento com esta conta.


O mesmo ocorreu com a Demonstração do Resultado e do Fluxos de Caixa da mesma empresa:

Como a empresa não teve movimentação em 2013, a mesma optou por apresentar a coluna do ano correspondente em branco. Com isto, a informação fica muito clara, além de informar para fins comparativos.

Renovação das concessões de distribuidoras de energia


Saiu na Exame:

A duas semanas do vencimento das suas concessões, as distribuidoras de energia estão com dificuldades para renovar empréstimos bilionários com instituições financeiras [...]. O decreto presidencial que estabelece as condições para a prorrogação dos contratos foi publicado no dia 3 de junho, mas uma medida cautelar do TCU suspendeu o processo e impediu a assinatura de termos aditivos. [...] Em 7 de julho vencem os contratos de 39 empresas que atendem diretamente o consumidor. Na lista estão contratos dos grupos Eletrobrás, Energisa e CPFL, além de estatais estaduais como Celg-D, CEEE-D, CEB, Celesc e Copel.

O TCU quer que o Ministério de Minas e Energia explique por que optou por renovar os contratos para os atuais concessionários, em vez de licitá-los.

Para os bancos, os contratos de concessão servem como garantia para os financiamentos, pois asseguram um fluxo de receitas para as companhias por 30 anos. Sem essa garantia, as instituições financeiras querem juros mais altos e prazos menores para conceder empréstimos. [...]

A polêmica em relação ao repasse para a tarifa dos investimentos exigidos para a renovação das concessões também preocupa as distribuidoras.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirma que os valores investidos em expansão e melhoria de redes e instalações serão repassados à conta de luz durante as revisões tarifárias, feitas a cada cinco anos.

Já o Ministério de Minas e Energia sustenta que esses investimentos devem ser assumidos pelas empresas como contrapartida à renovação das concessões por mais 30 anos. "O reconhecimento dos investimentos é importante para dar previsibilidade ao setor. Ninguém investe sem ter retorno", afirmou o presidente da Abradee.

Para o executivo, se houver alguma mudança no modelo de negócios do setor elétrico, como o não reconhecimento dos investimentos, as distribuidoras precisam saber com antecedência. "As empresas têm de saber qual será o modelo e fazer as contas. Pode ser que algumas não queiram renovar as concessões nesse cenário. Talvez algumas prefiram receber indenizações pelos investimentos ainda não amortizados e investir em outra área ou mesmo outro negócio", avaliou o empresário.

Na avaliação de Leite, esse impasse desvaloriza o setor de distribuição, justamente em um momento em que o governo quer reforçar a arrecadação com a venda da Celg-D e de distribuidoras da Eletrobrás.


"Tudo que está sendo discutido desvaloriza as empresas. O não reconhecimento dos investimentos torna o negócio mais arriscado", disse. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

22 junho 2015

Rir é o melhor remédio


Finanças Pessoais: Não faça pechincha

A televisão mostra um consumidor que orgulhosamente fez uma extensa pesquisa de preço e conseguiu uma “grande” economia ao procurar o menor preço. E você se sente culpado por não fazer a mesma coisa. Mas em muitos casos o conselho é: não faça isto.

Em geral as pessoas não conseguem pesquisar toda a lista do supermercado. Por este motivo, concentram naqueles produtos “básicos”, como óleo de cozinha ou arroz. O grande problema é que o supermercado sabe disto e concentra sua promoção nestes produtos. Ao final das compras, o valor dos produtos que estão no carrinho de compras é muito maior, já que a “economia” obtida no óleo de cozinha foi compensada na barra de chocolate.

Além disto, o estabelecimento que oferece o menor preço nem sempre é a melhor opção de compra. Aqui temos três razões para isto. Em primeiro lugar, a quantidade de produtos que colocamos no carrinho não depende somente da lista que levamos para o supermercado. Outros fatores influenciam, como o tamanho da embalagem, a disposição dos produtos na prateleira, o tipo de pagamento aceito, a variedade dos produtos e marcas. Se o supermercado eleito possui o melhor preço do óleo de cozinha, mas possui produtos alimentícios tentadores e supérfluos, a economia jogada fora nos outros itens.

A segunda razão é levar em consideração todos os custos numa compra. Isto inclui o custo de transportar a mercadoria da loja para sua casa e o tempo que se levou para fazer a compra. Se a loja possui preços bons, mas você passa uma hora no caixa para efetuar o pagamento, valeu a pena economizar dez reais?

Finalmente a terceira razão é que somos péssimos em fazer pechincha. Somos facilmente enganados pelas propagandas, ludibriados por anúncios com ressalvas em letras minúsculas, estudados como cobaias pelos homens de marketing com novas estratégias para vender mais e somos levados a acreditar que fizemos um bom negócio só por ter adquirido um produto por um preço baixo que não precisávamos ter comprado.

Assim, ao ver mais uma reportagem sobre os consumidores “espertos” que economizaram não se sinta culpado. Aproveite o sofá, pegue o controle remoto e mude de canal.

Dan Ariely: O quão igual queremos que o mundo seja?

As notícias sobre a crescente desigualdade social nos incomodam. Mas por quê? Dan Ariely revela algumas pesquisas inéditas e surpreendentes sobre como imaginamos a distribuição justa da riqueza nas sociedades... e depois nos mostra como ela se compara às verdadeiras estatísticas.



Combinação de imagens



Fonte: Aqui

21 junho 2015

Rir é o melhor remédio



Murais

História da Contabilidade: Burnier

O nome de M. N. Burnier aparece nas minhas pesquisas contábeis pela primeira vez no ano de 1838. O Brasil já era um país independente há 16 anos, existia o ensino de contabilidade no país, mas somente uma tradução publicada de um texto de contabilidade (1). Os livros de contabilidade eram importados de Portugal. Sendo um país agrário, com uma atividade comercial importante, Burnier será o autor do primeiro de livro de contabilidade publicado no Brasil.

Sabemos muito pouco sobre Burnier (2). Ele era um advogado francês da Saboia, uma região que faz fronteira com a Itália. Deve ter chegado ao Brasil na década de 30 do século XIX, mas provavelmente já sabia a língua portuguesa (3). O primeiro texto publicado por ele no Brasil deve ter sido “A Sciencia do Negociante, ou a Arte de Enriquecer pelo Commercio” (4).

Já o livro tinha a denominação de Elementos da Contabilidade Commercial (5).O título é bastante revelador da obra. É bom lembrar que o livro Os Elementos, de Euclides, é o livro didático mais bem sucedido e influente (6). Assim, parece que Burnier queria transformar seu livro numa obra didática. O segundo aspecto é que Burnier usa o termo “contabilidade”, referindo ao conteúdo. E naquele momento não era muito comum este termo. Finalmente, apesar de o país ser essencialmente agrícola, o livro trata da contabilidade comercial. Provavelmente naquele momento a principal aplicação aqui era no comércio.

O livro foi publicado por um sistema interessante: o leitor poderia ser um subscritor, pagando 2 mil reis e teria seu nome no fim do volume. Quem não subscreveu antes, pagaria um preço maior, de 4 mil reis. O editor era J. S. Saint-Amant. O início da subscrição ocorreu em agosto e o livro foi publicado um ano depois (7).

As citações sobre Burnier e sua obra são tão poucas que fica a impressão de que ele não existiu. Com efeito, tentei pesquisar no Google tanto o autor quanto a obra e não obtive sucesso.

Continua

(1) Tratava-se do livro de Jaelot, com a tradução de Candido de Deos e Silva. Conforme O Despertador, 23 de novembro de 1839, ed. 490, p. 3. Na Revista Nacional e Estrangeira, de maio de 1839, edição 2, p. 332, informa que este livro é “Sciencia do Guarda-Livros ensinada em 21 lições e sem mestre”, de autoria de Degrange, e não Jaelot. Esta revista critica a obra Sciencia afirmando ser incompreensível para os brasileiros
(2) Uma pesquisa mais direcionada na internet traz poucos resultados sobre o autor. Isto significa que nem a literatura contábil brasileira prestou atenção a Burnier, cometendo uma grande injustiça histórica, que tentaremos começar a reparar nesta postagem.
(3) O Despertador, 3 de agosto de 1838, ed 103, p. 4.
(4) O Despertador, 29 de março de 1838, ed 3, p. 2.
(5) Apesar da Revista Nacional e Estrangeira ter colocado o título da obra no singular, tudo leva a crer que este seja o nome correto da obra.
(6) Conforme Wikipedia, https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Elementos

(7) O Despertador, 3 de agosto de 1838, ed 103, p. 4.

A menstruação realmente deixa as mulheres com o humor instável?

Do Periods Actually Make Women Moody? Ft. iiSuperwomanii

Opção de legenda em espanhol.




Leituras adicionais:

Evaluation of Psychological Symptoms in Premenstrual Syndrome using PMR Technique
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/artic...
Premenstrual syndrome and beyond: lifestyle, nutrition, and personal facts.http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25...
Progesterone selectively increases amygdala reactivity in women.http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17...
Is catechol-o-methyltransferase gene polymorphism a risk factor in the development of premenstrual syndrome?http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25...
Effect of treatment with ginger on the severity of premenstrual syndrome symptoms.http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24...
Epidemiology of Premenstrual Syndrome (PMS)-A Systematic Review and Meta-Analysis Studyhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/artic...
The effects of 8 weeks of regular aerobic exercise on the symptoms of premenstrual syndrome in non-athlete girls.http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23...

Links

Aumenta o pagamento a informantes do fisco na Inglaterra

Vinte pinturas mais criativas

Países com notas (dinheiro) com mulheres

Wal-Mart usa paraísos fiscais

Os maiores produtores de petróleo são vítimas de corrupção

Tipo de homem que lê Playboy (propaganda antiga)

20 junho 2015

Rir é o melhor remédio

Expectativa e Realidade

Fato da Semana: 800 da Magna Carta (semana 24 de 2015)

Fato da Semana: Este é o fato de oito séculos. O documento que é considerado o marco da moderna democracia completou 800 anos. O rei inglês foi obrigado a submeter a uma série de regras dos seus súditos, no caso os nobres. O soberano deveria estar sujeito as leis.

Qual a relevância disto? Apesar de muitos aspectos do documento ser específico da época em que foi produzido, o artigo 39 diz que “nenhum homem livre será preso ou privado de sua propriedade ou considerado fora da lei, a não ser por julgamento legal”. Assim, a vontade do rei não mais prevalecia. Notamos numa postagem do blog que o documento também falava da padronização das medidas.

Positivo ou Negativo? – Positivo saber que ocorreu uma grande evolução histórica. E 800 anos depois possamos afirmar que o mundo de hoje é muito melhor, e mais democrático, do que aquele da época feudal.

Desdobramentos – Somos otimistas. Acreditamos que normas devem ser cumpridas por todos. Isto inclui governantes, que devem respeitar as normas, incluindo LRF, princípios de justiça, moralidade etc.

Arte da rua




NeSpoon

19 junho 2015

Rir é o melhor remédio


Entrevista com Alvin Roth


(Houghton Mifflin Harcourt)

Stanford University’s Alvin Roth is a very rare thing: An economist who saves lives.
The co-recipient of the 2012 economics Nobel got his prize, in part, for helping to fix a long-standing problem with the market for kidney donations. Often family and friends were willing donors for someone who needed a kidney. But for medical reasons they weren’t a compatible match.

Building on previous work in which he had reshaped the National Resident Matching Program, which matches medical-school graduates with hospital internships, Roth devised an algorithm that would help match willing kidney donors to compatible recipients with whom they had no other connection.

That system became the cornerstone of one of the country’s first kidney exchange clearinghouses. Roth estimates his work has resulted in roughly 4,000 kidney transplants that might never had happened if not for the system he worked to build.
The market for donated kidneys is an example of what economists call a “matching market.” These markets govern everything from corporate hiring decisions to how we meet spouses, but they obey laws more complex than the simple balancing of supply and demand with prices.

While Roth’s early research focused on somewhat abstract areas of economics including game theory, over time he has transformed himself into something of a matching market guru. Roth swung by Quartz’s New York offices recently to chat about his new book, Who Gets What—and Why, which explains how matching markets work, why almost everyone makes it illegal to buy kidneys, and why it’s increasingly rare for people to marry their high-school sweethearts. Here are edited excerpts of our conversation.

Quartz: One of the ways we usually think about markets is in terms of the market for, say, crude oil or Apple stock. But you deal with “matching markets.” Can you briefly explain what those are?

Alvin Roth: Once you start looking at marketplaces one of the things you notice is that not all marketplaces are set up so that their job is merely to find a price at which supply equals demand. Those are the commodity markets. But lots of markets, even when they have prices as very important parts of the market, don’t set the price so that supply equals demand.
Labor markets don’t do that. Quartz doesn’t hire people by lowering the wage until [only] just enough people want to come work here. Instead, presumably you get to interview bunches of people who would like to work here and you get to hire some of them. But you have to compete.

The name of the book is Who Gets What—and Why. After reading it, I thought you could have added “and When” to the title. There’s this timing component of markets that’s really fascinating. You spend a lot of time on it.

Lots of markets clear very early—before lots of information is available. Book publishing is a good example. Publishers buy books before the books are written and they don’t really know what they’re getting.

If you’re graduating from law school, you get hired long before you graduate. Before firms really know what they’re getting. Before you might know what kind of law you really want to do.
Doctors used to be hired two years before graduation and that’s eventually one of the things that eventually led to the centralized clearinghouse for doctors [in the US], the National Resident Matching Program.

[...]
 

You started in a sort-of arcane area of economics, game theory. But it seems that early on you also start looking for opportunities to put these ideas into practice. You seem really interested in finding ways to help people. And I’m wondering if you think that should be the goal of economics? And, if so, what are the value of abstract models?

 Abstract models are very, very useful for organizing your thoughts and learning some things that you can’t learn without them. So I wouldn’t want to say that the goal of economics should be building concrete [things] in the world. But that should certainly be one of the goals.

Think about biology, broadly, with medicine as one part. Not all biologists should be doctors. But it is important to have doctors too.
And it’s important to have medicine that learns from biology. And you want biology and medicine to work together so that abstract, abstruse concerns with things like genes and DNA and proteins should eventually be translated into medical care and better health.

 

Continua aqui

 


O mito da educacao e o crescimento economico


[...]
Education’s importance is incontrovertible – teaching is my day job, so I certainly hope it is of some value. But whether it constitutes a strategy for economic growth is another matter. What most people mean by better education is more schooling; and, by higher-quality education, they mean the effective acquisition of skills (as revealed, say, by the test scores in the OECD’s standardized PISA exam). But does that really drive economic growth? 

In fact, the push for better education is an experiment that has already been carried out globally. And, as my Harvard colleague Lant Pritchett has pointed out, the long-term payoff has been surprisingly disappointing.
In the 50 years from 1960 to 2010, the global labor force’s average time in school essentially tripled, from 2.8 years to 8.3 years. This means that the average worker in a median country went from less than half a primary education to more than half a high school education. 

How much richer should these countries have expected to become? In 1965, France had a labor force that averaged less than five years of schooling and a per capita income of $14,000 (at 2005 prices). In 2010, countries with a similar level of education had a per capita income of less than $1,000. 

In 1960, countries with an education level of 8.3 years of schooling were 5.5 times richer than those with 2.8 year of schooling. By contrast, countries that had increased their education from 2.8 years of schooling in 1960 to 8.3 years of schooling in 2010 were only 167% richer. Moreover, much of this increase cannot possibly be attributed to education, as workers in 2010 had the advantage of technologies that were 50 years more advanced than those in 1960. Clearly, something other than education is needed to generate prosperity.

[...]

And there is more bad news for the “education, education, education” crowd: Most of the skills that a labor force possesses were acquired on the job. What a society knows how to do is known mainly in its firms, not in its schools. At most modern firms, fewer than 15% of the positions are open for entry-level workers, meaning that employers demand something that the education system cannot – and is not expected – to provide. 

When presented with these facts, education enthusiasts often argue that education is a necessary but not a sufficient condition for growth. But in that case, investment in education is unlikely to deliver much if the other conditions are missing. After all, though the typical country with ten years of schooling had a per capita income of $30,000 in 2010, per capita income in Albania, Armenia, and Sri Lanka, which have achieved that level of schooling, was less than $5,000. Whatever is preventing these countries from becoming richer, it is not lack of education.
A country’s income is the sum of the output produced by each worker. To increase income, we need to increase worker productivity. Evidently, “something in the water,” other than education, makes people much more productive in some places than in others. A successful growth strategy needs to figure out what this is.
Make no mistake: education presumably does raise productivity. But to say that education is your growth strategy means that you are giving up on everyone who has already gone through the school system – most people over 18, and almost all over 25. It is a strategy that ignores the potential that is in 100% of today’s labor force, 98% of next year’s, and a huge number of people who will be around for the next half-century. An education-only strategy is bound to make all of them regret having been born too soon.

Autor:

Ricardo Hausmann is Director of Harvard's Center for International Development and Professor of the Practice of Economic Development at the Kennedy School of Government. His research interests include issues of growth, macroeconomic stability, international finance, and the social dimensions of development. He holds a PhD in economics from Cornell University.

Read more at http://www.project-syndicate.org/commentary/education-economic-growth-by-ricardo-hausmann-2015-05#q6cc6rzUoKt6CYFB.99


18 junho 2015

Rir é o melhor remédio

Comendo pipoca na casa de um amigo... comendo pipoca em casa, sozinho, assistindo a um filme.

Curso de Contabilidade Básica Excesso de Caixa

Uma das preocupações da administração de uma empresa é determinar quanto deve manter de dinheiro em caixa. Isto não é uma tarefa fácil, já que não existem regras que possam ser aplicadas a todos os tipos de empresas.

Nos últimos anos os analistas notaram que as empresas estão deixando cada vez mais dinheiro em caixa. Os dados que iremos apresentar a seguir são de empresas dos Estados Unidos, mas os valores parecem ser válidos para outros países, incluindo o Brasil. Em 2006 as empresas daquele país detinham um caixa que correspondia a menos de 8% do ativo. Em 2014, oito anos depois, este percentual ultrapassou a 10%. Parece pouco, mas em termos de valores isto é igual a mais de 1,8 trilhões de dólar para as empresas não financeiras. Metade deste valor está em 25 empresas, sendo que a Apple tinha 178 milhões em Caixa.

Outro aspecto interessante é que uma grande parte deste dinheiro está no exterior. Veja o gráfico a seguir. Na Apple 89% do dinheiro está no estrangeiro e na Amgen este percentual é de 95%.
Qual a razão para isto? A resposta está na tributação. Se este dinheiro for transferido para os Estados Unidos, as empresas pagarão 35% de imposto. Em razão disto, algumas empresas estão tomando empréstimo para pagar dividendos, já que boa parte dos seus recursos não está na sede.

O efeito Gordon Gekko: consequencias da cultura na industria financeira

The Gordon Gekko Effect: The Role of Culture in the Financial Industry
Andrew W. Lo
NBER Working Paper No. 21267
June 2015
JEL No. G01,G28,G3,M14,Z1

ABSTRACT

Culture is a potent force in shaping individual and group behavior, yet it has received scant attention in the context of financial risk management and the recent financial crisis. I present a brief overview of the role of culture according to psychologists, sociologists, and economists, and then present a specific
framework for analyzing culture in the context of financial practices and institutions in which three questions are answered: (1) What is culture?; (2) Does it matter?; and (3) Can it be changed? I illustrate the utility of this framework by applying it to five concrete situations—Long Term Capital Management; AIG Financial Products; Lehman Brothers and Repo 105; Société Générale’s rogue trader; and the
SEC and the Madoff Ponzi scheme—and conclude with a proposal to change culture via “behavioralrisk management.
 

Seguro de demonstrações financeiras

The fact that auditors are paid by the companies they audit creates an inherent conflict of interest. We analyze how the provision of financial statements insurance could eliminate this conflict of interest and properly align the incentives of auditors with those of shareholders. We first show that when the benefits to obtaining funding are sufficiently large, the existing legal and regulatory regime governing financial reporting (and auditing) results in low quality financial statements. Consequently, the financial statements of firms are misleading and firms that yield a low rate-of-return (low fundamental value) are over-funded relative to firms characterized by a high rate-of-return (high fundamental value). We present a mechanism whereby companies would purchase financial statements insurance that provides coverage to investors against losses suffered as a result of misrepresentation in financial reports. The insurance premia that companies pay for the coverage would be publicized. The insurers appoint and pay the auditors who attest to the accuracy of the financial statements of the prospective insurance clients. For a given level of coverage firms announcing lower premia would distinguish themselves in the eyes of the investors as companies with higher quality financial statements relative to those with higher premia. Every company would be eager to pay lower premia (for a given level of coverage) resulting in a flight to high audit quality. As a result, when financial statements insurance is available and the insurer hires the auditor, capital is provided to the most efficient firms.

Fonte: Dontoh, A., Ronen, J. and Sarath, B. (2013), Financial Statements Insurance. Abacus, 49: 269–307. doi: 10.1111/abac.12012

17 junho 2015

Rir é o melhor remédio


Coursera: Aulas em Português

Fonte da Imagem: Aqui
A querida Joyce Boreli nos deu uma ótima dica (fonte aqui):


"[...] dois dos cursos são na área contábil! Mas os 5 em português oferecido podem ser aproveitados pelo contador ou pesquisador da área!"

As duas universidades mais conceituadas do Brasil, USP eUnicamp, ministram aulas em português inéditas na plataforma de ensino online Coursera. Para quem ainda não conhece, o serviço conta com 12 milhões de usuários no mundo e oferece gratuitamente mais de mil cursos de instituições renomadas como Yale, Stanford, Princeton, Universidade de Londres, Universidade de Michigan, entre outras.

No momento, cinco cursos estão disponíveis em português nos próximos meses, nas áreas da engenharia, contabilidade e ensino. Outros dois, mais populares, estão disponíveis com tradução de todo o conteúdo para o português, das videoaulas ao material suplementar, criando uma experiência de aprendizado ampla. Confira abaixo:

1. Processamento Digital de Sinais – Amostragem, Unicamp (início em 5 de maio)
2. O Empreendedorismo e as Competências do Empreendedor, Unicamp (início em 27 de julho)
3. História da Contabilidade, USP (início em 19 de maio)
4. Fundamentos e Linguagem de Negócios: Contabilidade (The Blue Side Up), USP (início em 27 de agosto)
5. Gestão para Aprendizagem: Módulo de Gestão Estratégica, Fundação Lemann (início a partir de 15 de maio)
6. Aprendendo a Aprender: Ferramentas Mentais Poderosas para Ajudá-lo a Dominar Assuntos Difíceis, Universidade da Califórnia, San Diego (início a qualquer momento)
7. Negociações de Sucesso: Estratégias e Habilidades Essenciais, Universidade de Michigan (início a qualquer momento)

Vale reforçar que todos os cursos são gratuitos e os alunos têm a oportunidade de obter certificados (Verified Certificate) mediante o pagamento de uma taxa de US$ 85 ou cerca de R$ 300.

Consequências da tradução de termos contábeis

This paper explores the implications of language translation in accounting. It draws on research on translation in other disciplines, and on insights from applied linguistics. It examines practical problems and solutions explored in other disciplines that we deem relevant to accounting. The paper also examines the ideological, cultural, legal, and political consequences of translation. We find that the ambiguity inherent in translation is, on the one hand, relevant for the translation of accounting principles and can contribute to accounting convergence. We show, on the other hand, that it has the potential to be exploited in ideologically or pragmatically motivated distortions in the implementation of accounting regulation. We further argue that the importance of translation in accounting is underestimated or disregarded, inter alia because it has limited effect on the culturally and economically most dominant stakeholders. We finally examine the implications of translation problems for less powerful stakeholders and smaller language communities.

Fonte: Evans, L., Baskerville, R. and Nara, K. (2015), Colliding Worlds: Issues Relating to Language Translation in Accounting and Some Lessons from Other Disciplines. Abacus, 51: 1–36. doi: 10.1111/abac.12040

Resenha: Bolsa Blindada


Bolsa Blindada é um livro da jornalista e publicitária Patricia Lages, voltado para mulheres que desejam aprender a lidar com as dívidas. Segundo a editora, é um "manual de finanças pessoais", que desmistifica o "economês"... e "até ensina a investir".
http://bolsablindada.com.br/wp-content/uploads/2013/07/Screen-Shot-2013-07-23-at-8.35.36-PM1.png


Eu vi um membro da minha família com esse livro e confesso tê-lo surrupiado especialmente para resenhá-lo. E ainda bem que eu não gastei dinheiro com isso. Vou colocar a parte final no início:

Vale a pena: Não. Não consegui terminar de ler (e nem quem me emprestou): e olha que eu sou teimosa. Mesmo não gostando, faço um esforço sobre-humano para finalizar obras. Mas essa realmente não deu.

Lembram em uma postagem anterior em que o professor César falou de livros de finanças que mais se assemelham aos de autoajuda? Bolsa blindada é um bom exemplo.

Além de não ter concordado com o que deveria ser visto como ensinamentos característicos das finanças pessoais, o achei superficial e até o layout atrapalhou. Isso sem contar que ele é cheio de estereótipos do que acreditam ser o que mulheres precisam ouvir.  Julguemos o livro pela capa, que é rosa. Em certo ponto ela fala que tem um cofrinho de moedas em casa! Agora vale a pena guardar dinheiro em cofrinho?

Eu amo fonte gigante, pois tenho uma vista péssima. Sempre que possível compro a versão “letras grandes” (large print) que os americanos, vez ou outra, publicam. Todavia, apesar do livro de Lages ter uma fonte maior que a usual, isso me deixou ainda mais inquieta e com a sensação de estar lendo algo vazio e batido. O tipo de livro em que você passa por diversas páginas sem sentir que aprendeu algo... E acredito que, talvez para tentar se diferenciar de outros livros, ela acrescenta um bocado de informações pessoais que na verdade não são interessantes, mas cansativas, tais como a forma com que ela lidava com dinheiro desde pequena e o fato de ler tudo, até “papel de bala”. Não consegui simpatizar com a "protagonista". Muito disso (dos exemplos pessoais com efeito contrário ao desejado) me incomodava e me dava péssimos flashbacks do livro da Ana Paula Padrão que terminei de ler sofrendo. (Já ensaiei várias resenhas e não as terminei porque foi o pior livro que li no ano passado, contudo encontrei aqui uma fabulosa).

A obra é simplista (que eles chamam de "linguagem acessível"), 'autoajudista' ("atitudes positivas para sair do negativo") e caso isso fosse pouco para fisgar o público, ela também fala um pouco sobre religião, como ela se apegou a Deus em momentos desesperadores e cheios de dívida.

Vale a pena: Não. A não ser que você goste de se sujeitar a livros chatos ou esteja tão desesperado com as suas dívidas e com tempo disponível que queira ler toda e qualquer obra que te prometa a liberdade financeira. Mas ache uma boa biblioteca senão você coloca tudo a perder.

LAGES, Patrícia. Bolsa Blindada. Rio de Janeiro: Thomas-Nelson, 2013


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Um Grande Mestre (GM) de xadrez perde uma partida na internet numa armadilha

Oligopólio no mercado bancário atinge os investidores de mercado de capitais (NY Times)

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Magna Carta e Padronização

Na comemoração dos 800 anos da Magna Carta, este blog lembrou que o documento, que submeteu o rei ao poder do parlamento, é também sobre padronização. Um dos itens da constituição britânica afirma:

Haverá em todo o Reino uma mesma medida para o vinho e a cerveja, assim como para os cereais (grãos). Esta medida será a que atualmente se emprega em Londres. Todos os panos se ajustarão a uma mesma medida em largura, que será de duas varas. Os pesos serão, também, os mesmos para todo o Reino. (Tradução daqui)

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Fonte: EconDirectory

16 junho 2015

Carreiras sem crise

A Exame fez uma lista de carreiras a prova de crise no Brasil. Entre as 26 carreiras estão as seguintes:

Controller ou gerente de controladoria
Profissional de auditoria e controles internos
Gerente de risco
Profissional de planejamento tributário
Gerente de compliance
Head ou gerente de tesouraria
Analista ou supervisor de custos