Translate

18 fevereiro 2012

Jersey, o paraíso sem medo


Excelente reportagem do Le Monde Diplomatique sobre a ilha de Jersey.


A quantia total dos fundos depositados na ilha, até hoje vinculada à Coroa britânica, seria superior a R$ 1,7 trilhão. O montante ainda é pequeno, mas em um contexto de concorrência desenfreada entre os 70 paraísos fiscais recenseados no mundo, Jersey está consolidando sua participação no mercado


– “Eliminar os paraísos fiscais? Sim, ouvi falar a respeito na BBC. Dizem que o presidente do seu país está muito invocado. Pois então, se você encontrar uma única pessoa por aqui que leve suas ameaças a sério, faça-me a gentileza, apresente-a para mim!”

Soltando gargalhadas em ritmo irregular, o homem de colarinho branco apaga o cigarro e entra apressadamente no edifício. Sobre o mármore da entrada, cerca de 50 placas douradas identificam os ocupantes desse prédio de escritórios: firmas de contabilidade, agentes de câmbio, advogados de negócios, administradores de sociedades de fachada…

A engenharia da evasão fiscal invadiu todo o litoral de Saint Helier. A capital de Jersey é um amontoado de concreto plantado em alto-mar e protegido por falésias que desaparecem em meio à névoa. Dos 90 mil habitantes da pequena ilha anglo-normanda, mais de 12 mil trabalham no setor das finanças, ou seja, um quarto da população ativa.

(...) Situados a apenas 20 quilômetros da orla francesa, os Estados de Jersey – a denominação oficial desse território é de “formalmente independente”, ainda que vinculado à Coroa britânica – gozam de um produto nacional bruto que, quando cotejado com o número de habitantes, faz deles o terceiro país mais rico do mundo, depois do Luxemburgo e das Bermudas. Segundo o analista americano Martin Sullivan, a quantia total dos fundos depositados na ilha seria superior, em 2006, a 500 bilhões de libras (cerca de R$ 1,7 trilhão) [1].

Vale reconhecer que esse montante é um pouco magro se comparado aos US$ 11,5 trilhões (R$ 26,2 trilhões) que possuem os homens mais ricos do planeta na totalidade dos paraísos fiscais (conhecidos como centros offshore) [2]. Mas Jersey tem tudo para ver a sua parte do bolo crescer: em meio a um contexto de concorrência desenfreada entre os cerca de 70 paraísos fiscais recenseados no mundo [3], está decidida a consolidar sua participação no mercado. Até o ano passado, cobrava das companhias estrangeiras uma taxa magnânima de 10% sobre os montantes depositados ali. Mas quando a ilha de Man, uma de suas rivais mais implacáveis, deu mostras de maior ousadia, suprimindo todo imposto sobre riquezas, Jersey decidiu fazer o mesmo. Dessa forma, abriu mão de exigir impostos das multinacionais, cobrando apenas das sociedades locais de serviços financeiros os encargos de 10%.

(...)“O centro de promoção do turismo dos bilionários”, como é chamado, vangloria-se de ter registrado a fundação de 24 shell companies entre fevereiro e outubro de 2008. Por mais que o desmoronamento das bolsas tenha manchado sua reputação e alterado seus rendimentos, os hedge funds parecem gostar de operar em Jersey.

(...)Em 2002, o FMI publicou um relatório felicitando Jersey pelo seu respeito “praticamente” irrepreensível pelas “normas internacionais em matéria de regulamentação financeira e de luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo”

Geoff Cook, um antigo diretor financeiro no banco HSBC, que se tornou recentemente o diretor-geral da Jersey Finance Limited, é conhecido por não ter papas na língua. Em 16 de setembro, em entrevista ao Jersey Evening Post, ele comemorou a falência do banco norte-americano Lehmann Brothers, à qual todas as bolsas mundiais estavam reagindo, no mesmo momento, com gritos de horror: “Sob muitos aspectos, foi uma coisa boa. Os jogadores fracos demais vão ter de abandonar a mesa e é precisamente disso que o sistema precisa para se libertar”.

Libertar-se, o sistema financeiro? “Está havendo um mal-entendido”, responde Cook, o chefão das relações públicas da ilha. “Em primeiro lugar, Jersey não é um paraíso fiscal, mas sim um território fiscalmente neutro, o que é muito diferente. Nós já assinamos acordos relativos a intercâmbios de informações com os Estados Unidos, a Alemanha e a Holanda, e estamos nos preparando para fazer o mesmo com os países nórdicos e a França. Isso significa que, caso um dos nossos parceiros suspeitar de que um cidadão esteja aplicando seu dinheiro em Jersey para fraudar o fisco, ele pode nos solicitar informações a respeito daquele caso específico. É claro, o pedido deve ser justificado. Todo cidadão tem direito a ter a sua intimidade preservada, tanto os nossos clientes como os outros. Mas, se nós consideramos que o caso é sério, então cooperamos sem problema”. Afinal, conforme nos disse Neil McMurray, “em Jersey, as finanças e a política pertencem a uma mesma profissão, a uma mesma carreira”.

Aliás, a comunidade internacional já estabeleceu essa distinção. Em 2002, a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico) retirou Jersey – além de 26 outras virtuosas localidades de veraneio, tais como as Bahamas, as ilhas Cook, Gibraltar ou o Panamá – da sua lista de paraísos fiscais, que desde então não comporta mais do que cinco países.

No mesmo ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou um relatório felicitando Jersey pelo seu respeito “praticamente” irrepreensível pelas “normas internacionais em matéria de regulamentação financeira e de luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo”.

“Apesar disso”, prossegue Geoff Cook, contrariado, “alguns continuam afirmando que, em nossa ilha, as finanças não estão regulamentadas. Ora, isso é absolutamente falso. Nós temos a nossa própria instância de regulamentação, a Jersey Financial Services Commission, que trabalha de maneira plenamente independente. Permitam-me ser absolutamente categórico: Jersey não encobre nem incentiva as práticas ilegais de evasão fiscal e de lavagem de dinheiro, nem nunca procedeu dessa forma”, salienta.

Com orgulho, o responsável pelo marketing de Jersey se vangloria da simplicidade do imposto sobre a renda: 20% para todo mundo, exceto para os mais ricos, que se beneficiam de descontos proporcionais à sua fortuna

Até mesmo quando os prestadores de serviços da ilha não são franceses, eles não raro cultivam relações frutuosas com Paris. Esse é o caso da Pricewaterhouse Coopers e da Deloitte, dois gigantes multinacionais da auditoria e da contabilidade. Onipresentes na ilha graças ao seu alto grau de perícia em matéria de evasão fiscal, ambas têm como cliente o Estado francês, que lhes confiou os principais mercados de auditoria da Revisão Geral das Políticas Públicas (RGPP).

Além do mais, não se deve julgar apressadamente um sistema fiscal que é de fato pitoresco, mas incentiva o voluntariado. “É verdade”, admite Geoff Cook, “em Jersey, os ricos pagam menos impostos do que os pobres. Mas essa é uma diferença de cultura. No seu país, muitos pensam que os ricos são úteis apenas por causa dos impostos que pagam. Aqui, eles dispõem de outros meios para prestar serviços à coletividade, por exemplo, contribuindo com obras de caridade”.(...)

17 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Darth Vader em Monet. Fonte Aqui

Valor Justo durante a Crise Financeira

Um dos temas mais polêmicos da contabilidade nos últimos anos diz respeito ao efeito do valor justo na crise financeira. Em períodos de crise, o valor dos títulos geralmente reduz; usando o valor justo, isto deve aparecer nas demonstrações contábeis.

O caso mais polêmico são as instituições financeiras. Estas entidades possuem um grande volume títulos de terceiros nos seus ativos. Quando existe uma crise e o mercado reduz o preço dos títulos, isto reduz o valor dos ativos e tendo como contrapartida uma conta de resultado, com reflexos negativos sobre o lucro.

No final do período, as instituições financeiras apresentam um resultado ruim. O mercado acionário derruba a cotação destas ações, com reflexo também nos valores dos títulos que estão na carteira destas entidades. Temos aqui um ciclo em que a crise afeta o resultado que por sua vez afeta o comportamento do mercado. Alguns críticos consideram que o uso do valor justo tende a aumentar o efeito da crise. A solução seria abolir a mensuração do valor justo nas demonstrações contábeis. Recentemente alguns foram mais longe sugerindo que um dos objetivos da contabilidade é garantir a estabilidade econômica.

O problema é provar que o valor justo contribui para o aumento da crise. Um texto publicado agora no periódico The Accounting Review (A Convenient Scapegoat: Fair Value Accounting by Commercial Banks during the Financial Crisis, Brad Badertscher, Jeffrey Burks e Peter Easton, todos da Universidade Notre Dame) fez uma análise dos dados de diversas instituições financeiras para verificar este ponto. Os autores mostram que o valor justo tem pouco efeito sobre o chamado capital regulatório. E que a mensuração contábil não possui efeito cíclico, ou seja aumentando a crise financeira.

Apesar de a pesquisa ter sido publicada num periódico de prestígio, creio que a polêmica ainda não terminou. Tenho dois fortes motivos para acreditar nisto. Primeiro, a amostra abrangeu somente bancos dos Estados Unidos. E o outro motivo é que a análise parou em 2008.

Petróleo

A figura abaixo mostra a evolução do preço do barril de petróleo, desde o início de sua exploração comercial (antes de1860) até os dias de hoje. Em 1859 o preço era de 20 dólares o barril, que significa algo em torno de $500 nos dias de hoje.Logo após o preço caiu para 9 dólares, algo em torno de 200 dólares do barril. O preço fica num patamar reduzido até a década de setenta, quando ocorreu a crise do petróleo e a ação da OPEP.

Estranho, ou apenas diferente?

um outro lado em tudo e, em 2 minutos, Derek Sivers mostra que isso é verdade de algumas formas que você não poderia imaginar.

Governo quer monitorar derivativos


O governo criou grupo técnico para avaliar medidas que aumentam o monitoramento do mercado de derivativos no país. A equipe, composta por representantes do Ministério da Fazenda, do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), tem o objetivo de “monitorar a evolução das exposições financeiras das empresas e instituições participantes” nesses tipos de operação, segundo portaria interministerial publicada ontem no Diário Oficial da União.

O secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, disse o grupo de trabalho vai “estudar e propor medidas que visam o crescimento” do mercado de derivativos. Esses tipos de operações “são fundamentais para o funcionamento do mercado financeiro, mas eles têm que funcionar com segurança e transparência”, completou.

A ideia, portanto, é concentrar os dados que os integrantes do grupo, outros órgãos do governo e entes privados, como a BM&FBovespa, detêm. “Nós entendemos que há uma dispersão dessa informação. Os órgãos precisam se coordenar e trocar informações rotineiramente”, explicou.

Na comparação com Estados Unidos e Europa, o Brasil tem maior nível de exigência de informações sobre o mercado derivativo. Atualmente, a coleta de dados “já é bastante satisfatória”, disse. Além disso, ele explicou que a decisão “é coerente com o que há em discussão internacionalmente, mas não é derivado de nenhuma determinação”.

A decisão de criar o grupo “não está associada a nenhum comportamento dos agentes do mercado”, reforçou. “Não sei se há outros membros do governo que consideram que há uma ação especulativa hoje no mercado financeiro”, disse.

As medidas tomadas no ano passado, segundo Oliveira, como elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações de derivativos cambiais, resultaram em uma redução “substancial” das exposições. Ele afirmou ainda que a intenção do governo em criar um grupo de trabalho para estudar o mercado de derivativos não é aumentar a regulação do setor. “Agência reguladora não é necessário”, afirmou.

Em consequência da crise de 2008, empresas como Sadia, Aracruz e Votorantim registraram perdas por causa de operações com derivativos cambiais. Sem citar nome dos envolvidos, Oliveira considerou: “houve um grupo de empresas que estavam expostas aos derivativos tóxicos, mas não causou nenhum problema grave à economia brasileira”.

Questionado sobre a possibilidade de criação de uma bolsa de derivativos agrícolas, o secretário-executivo adjunto disse que não tem conhecimento da proposta e, portanto, limitou-se a comentar que a ideia pode estar em debate em outras partes do governo. No início do mês, o Valor informou que a preocupação com o desempenho das exportações de commodities e com a volatilidade de preços fez o governo acelerar estudos para a criação de uma bolsa de negociação de contratos futuros dessas mercadorias.

No mercado, a iniciativa foi vista com cautela, em razão da amplitude da portaria. Para um executivo, a medida pode representar desde uma intenção do governo de estimular esse mercado até a de ampliar os mecanismos de controle, a exemplo da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em derivativos cambiais.

Durante entrevista para comentar os resultados de 2011, o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, elogiou a portaria, e defendeu também a adoção de políticas públicas para estimular o mercado de derivativos agrícolas no Brasil. Embora esteja entre os maiores produtores de vários insumos como açúcar e soja, a negociação de contratos ligados a commodities no mercado financeiro é concentrada no exterior.

Para Edemir, não é simples transferir a liquidez de centros de negociações já estabelecidos. “No caso da soja, estamos falando de um mercado com mais de 300 anos nas bolsas americanas”, afirmou. Além do incentivo do governo, o presidente da bolsa defendeu a maior participação dos bancos nesse mercado. (colaborou Vinícius Pinheiro)

Fonte: Thiago Resende e Lucas Marchesini, Valor Economico

Momento Fora de Série

New Girl é uma série norte-americana que estreou em 2011 na Fox. De forma MUITO resumida, o show se desenrola em torno de uma garota esquisita (e ótima!) e seus amigos tentando ajudá-la a se adequar.

- O primeiro episódio é excelente! Amo as referências à trilogia ”Senhor dos Anéis”. -

No último episódio (Episódio 13, temporada 1), Schmidt tenta explicar a Jesse algumas regras sobre relacionamentos sem envolvimento emocional. Uma parte do diálogo bem peculiar:

“Sei do que estou falando. Tenho as minhas 10 mil horas. Fora de Série? Você deveria ler! Malcolm Gladwell, um dos meus favoritos”.

Ele cita ainda alguns outros livros sérios, com um mix de absurdos para dar o tom engreçado da série. Mas que foi interessante ouvir o nome de Gladwell meio a essa série – nossa, como foi!

Não o conhece? Já falamos antes no blog: aqui, aqui e aqui. Corre lá! ^.^

16 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Férias, stress e descanso. Adaptado daqui

Teste 541

Você ganhou um ingresso para assistir um show do João Gilberto. Este ingresso não possui valor de revenda. No mesmo dia e na mesma noite o cantor Criolo está fazendo um show e para você é a melhor alternativa para diversão. O custo do ingresso do show de Criolo custa R$40. Num outro dia, você pagaria R$50 para ver o cantor Criolo. Considere que não existe nenhum outro custo adicional. Baseado nisto, qual o custo de oportunidade em assistir João Gilberto? (a) 0; (b) 10; c) 40 d) 50

O que é Expectation Gap?

Este termo é usado na contabilidade para indicar a diferença de expectativa entre o que o público espera dos auditores e o que os auditores teriam obrigação de fazer.

O conceito de expectation gap tem sido usado principalmente pelos auditores, e mais especialmente pelas maiores empresas do setor, para se defender de escândalos contábeis.

Nos primórdios da profissão, no final do século XIX, os auditores eram contratados para garantir a inexistência de fraude. Entretanto, o desenvolvimento dos negócios e o aumento da complexidade dos registros contábeis tornaram mais difíceis esta garantia. Mas o desenvolvimento do mercado acionário criou, nos acionistas, a expectativa de que o parecer dos auditores representasse uma comprovação da qualidade das demonstrações contábeis.

Esta diferença entre o que é oferecido pela auditoria e o que se espera resulta, portanto, no expectation gap. Diversas pesquisas já mostraram a existência deste problema. Mas o termo foi criado, provavelmente, em 1974. Nas pesquisas acadêmicos, o assunto despertou interesse somente na década de noventa.

Para ler mais:
Catanach, Anthony; Ketz; J. THE AUDITOR’S EXPECTATIONS GAP…NOT AGAIN! EXCUSES, EXCUSES, EXCUSES!

Liggio, C. D. (1974). The expectation gap: The accountant’s legal waterloo.
Journal of Contemporary Business, 3(3): 27-44.

Marc J. Epstein, Marshall A. Geiger. Investor Views of Audit Assurance: Recent Evidence of the Expectation Gap. Journal of Accountancy, Vol. 177, 1994

Legitimidade das normas internacionais

Sanada discute em Legitimacy of Global Accounting Standards: A New Analytical Framework a questão da legitimidade das normas internacionais. Em Ciência Política, corresponde a “capacidade de um determinado poder para conseguir obediência sem necessidade de recorrer à coerção, que supõe a ameaça da força”. Basicamente Sanada tenta discutir o que leva as pessoas a aceitarem as normas internacionais do Iasb. É um assunto importante.

A figura abaixo é uma adaptação da tabela do artigo. Traz a hierarquia de um sistema contábil. Inicia-se pelo ambiente, depois estão os aspectos institucionais e somente após as normas contábeis. Ou seja, a contabilidade está submetida aos aspectos macros (ambientais e institucionais).


O Poder do Incentivo

Uma das leis básicas da economia é que as pessoas reagem aos incentivos. Como as companhias aéreas estão tentando reduzir a quantidade de bagagem despachada e de mão dos passageiros, formas criadas estão surgindo como reação a esta medida.

O texto Avoiding Baggage Fees (New York Times, 6 de fev 2012, Janet Morrissey) mostra algumas soluções criativas. Uma delas são roupas de viagem com grandes bolsos internos capazes de comportar máquinas, celulares e até iPad. Outra é um sistema de vácuo, que reduz o ar existente na mala e torna mais compacto a quantidade de coisas que podem ser levadas na mesma mala.

Uma aula que abalou a indústria

“Classe, este é o seu dever de casa: criar um aplicativo [ou “app”]. Fazer que as pessoas o usem. Repitam.”

Essa foi a tarefa para alguns alunos da Universidade Stanford, no outono de 2007, naquilo que ficou conhecido aqui como a “Classe Facebook”. Ninguém esperava o que ocorreu depois.

Os alunos acabaram conseguindo milhões de usuários para aplicativos gratuitos que eles criaram para funcionar no Facebook. E, com a entrada da publicidade, esses estudantes começaram a ganhar muito mais do que os professores.

A Classe Facebook fez disparar carreiras e fortunas de mais de duas dúzias de estudantes e professores daqui. Também ajudou a inaugurar um novo modelo de empreendedorismo que revolucionou o meio tecnológico: a novata enxuta.

“Tudo aconteceu muito depressa”, lembra Joachim De Lombaert, hoje com 23 anos. O aplicativo da sua equipe faturava US$ 3 mil por dia e se transformou em uma empresa que, mais tarde, foi vendida por uma quantia de seis dígitos.

Na época, os apps para Facebook eram uma novidade. O iPhone tinha acabado de chegar, e o primeiro telefone Android ainda demoraria um ano para surgir.

Mas, ao ensinar os alunos a construir apps simples, distribuí-los rapidamente e aperfeiçoá-los depois, a Classe Facebook encontrou o que se tornou o procedimento operacional para uma nova geração de empresários e investidores. As novatas exigiam muito dinheiro, tempo e pessoal. Mas, durante a última década, o software de fonte aberta gratuito e os serviços em “nuvem” reduziram os custos, enquanto as redes de anúncios ajudaram a trazer uma receita rápida. O fenômeno do app acentuou a tendência e ajudou a libertar o que alguns chamam de nova onda de inovação tecnológica.

Mais aqui

Futebol e Mercado

Durante os jogos da Copa do Mundo o mercado acionário “para” para assistir os jogos. O gráfico abaixo mostra o movimento para o mercado brasileiro, mas valores próximos também ocorrem em outros mercados, inclusive os Estados Unidos. A redução é mais expressiva quando a equipe nacional está jogando; neste instante, o volume e o número de negócios cai pela metade.

Fonte: Here's What Happens To Trading Volume During World Cup Games - Gus Lubin

15 fevereiro 2012

Frase

Você nunca será a pessoa que pode ser se a pressão, a tensão e a disciplina forem tiradas da sua vida.

-James G. Bilkey


Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Links

Investimento
Índice Neymar rende mais que Dow Jones

Aqui o índice Gisele Bündchen (foto)

Astrologia para fazer investimento

Internet
Pinterest: o endereço que mais cresce na internet. Como usar

Proposta para “limpar nome” na rede é ilegal e cara

As principais universidades da America Latina, segundo o impacto na Web

Economia e Economista
Twitter de Roubini: cauda, risco, Brasil (Rio)

Economista que é economista tem uma equação para mostrar

Portugal é a próxima Grécia?

CASSH: cinco países (Canadá, Austrália, Suiça, Cingapura e Hong Kong) com bons indicadores econômicos

Valetine´s Day segundo uma economista: mensagens de amor em gráficos

Bancos
Banco do Brasil teve lucro recorde em 2011

Banco do Brasil deve atingir 1 trilhão de ativos

Panamericano fecha o ano com lucro

Marcos Valério

Sobre o polêmico personagem, nova condenação na justiça. Aqui trecho da agência Estado sobre o assunto:

No mesmo período, a Receita Federal também detectou indícios de fraudes na movimentação feita pela SMP&B em diversos bancos. Pela denúncia do MPF, "vultosos recursos", passaram pelas contas da empresa, quase todos lançados como empréstimos para o PT, mas foram registrados incorretamente na contabilidade da agência de publicidade.

Durante o processo, a defesa dos acusados alegou que não houve sonegação, já que a DIPJ foi retificada antes de a empresa ser alvo de fiscalização. No entanto, o juiz substituto da 11ª Vara da Justiça Federal em Minas, Henrique Gouveia da Cunha, entendeu que houve uma manobra. "A retificação constitui confissão das fraudes anteriormente encetadas para se lograr a sonegação obtida", afirmou o magistrado. Para o juiz, os acusados só fizeram a retificação quando "tinham certeza plena de que seriam alvo de intensa fiscalização e investigação".

Falsificação

Além disso, o juiz acatou as alegações do MPF de que os acusados falsificaram Autorizações para Impressão de Documentos Fiscais (AIDFs) da prefeitura de Rio Acima, na região metropolitana de Belo Horizonte, para justificar a emissão de notas fiscais frias. O advogado Marcelo Leonardo, que defende Marcos Valério nas dez ações que tramitam contra o empresário na Justiça Federal em Minas, afirmou que a defesa vai recorrer da sentença junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1)



Foto: aqui

Correlação Espúria

Em Maio de 2011, Aaron Ramsey, jogador do Arsenal, marcou um gol contra o Manchester. No dia seguinte Osama Bin Laden foi morto. Em Outubro, marcou novamente e três dias depois Steve Jobs faleceu. Também em outubro ele voltou a marcar e logo após Kadafi foi assassinado na Líbia. No sábado, Ramsey marcou novamente, horas antes do corpo de Whitney Houston ser encontrado numa banheira.

Isto é o que chamamos de correlação espúria. É o caso da relação entre o comportamento do mercado acionário e a capa da revista Sports Illustrated (vide postagem de hoje sobre o assunto)


Sports Illustrated

A nova edição da Sports Illustrated é importante para o mundo dos negócios.O indicador da capa mostra que se a modelo for uma estadunidense o mercado acionário irá crescer no ano. Este blog acompanha, anualmente, este indicador por achá-lo relevante.

No ano passado a modelo foi Irina Shayk e o mercado aumentou 2,05% somente. Mas o índice falhou feio em dois anos anteriores: em 2008, com Marisa Miller, o mercado caiu 37%; no ano seguinte, com a israelense Bar Rafaeli, o aumento de 26,46% desmentiu o indicador.

Neste ano a capa é com Kate Upton (foto), nascida nos EUA. Isto seria um sinal que a economia irá crescer em 2012.

Refazimento

Nos últimos dez anos, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou que 33 empresas refizessem ou republicassem suas demonstrações financeiras. Só em 2011 houve cinco casos, envolvendo grupos como Energisa, Hotéis Othon, Estrela e Inepar. As motivações são variadas. O caso mais recente foi o da Energisa, que terá de republicar os balanços financeiros referentes ao primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2011.

Segundo a CVM, a empresa errou ao registrar uma captação em notas perpétuas realizada em janeiro daquele ano no patrimônio líquido e não no passivo exigível do balanço.

Em 2009, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) recebeu ofício da Superintendência de Empresas para refazer algumas notas explicativas do balanço do terceiro trimestre de 2008. As notas traziam explicações sobre a política de hedge da empresa e a contabilização de derivativos como contratos de swap. No mesmo ano, a Perdigão teve de reapresentar os dados do primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2008 com ajustes referentes aos processos de incorporação e aquisição de companhias como Eleva e Batávia.


O ex-presidente da CVM, Luiz Leonardo Cantidiano, afirma que o órgão regulador é competente para questionar a omissão ou erro de publicação de uma despesa ou receita, mas deve levar em conta a relevância das informações e as implicações da incorreção no resultado trimestral.

A Petrobras poderia ser chamada a dar explicações, mas só seria punida se constatada má-fé da administração. "Nesse caso a CVM pode abrir um processo e eventualmente aplicar alguma penalidade", diz Cantidiano.


Em 10 anos, 33 empresas refizeram dados de balanço - Por Mariana Durão

Nascimento

O primeiro gráfico mostra o número de nascimentos no período do Valetine´s Day, o dia dos Namorados, que por sinal foi ontem nos Estados Unidos e outros países do hemisfério norte. No dia especial, o número de nascimentos, inclusive os partos naturais, aumentam. O segundo gráfico é o número de nascimento perto do Halloween (dia das bruxas). O oposto ocorre: cai o número de nascimentos neste dia. Fonte: Aqui

14 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio








Mais aqui

Links


Contabilidade
A contabilidade do Barclays 

Fraude em azeite de oliva

Descontinuidade
Kodak para de fabricar câmeras

Victoria´s Secret não vende mais para o Brasil: extravio e violação das encomendas

Cantando
Vídeo: nadador olímpico recebe a medalha e pede a namorada em noivado 

Astronautas cantando na Lua 

Sony aumenta o preço da música de Whitney Houston após sua morte

Bolsa
Ainda sobre o valor do Facebook

Empire State vai para Bolsa de Valores

Consumidor
Influencia da cor da embalagem na escolha do produto

As empresas e o SAC

Apple
Apple e seus fornecedores: reação as notícias negativas

Ações da Apple a 500

Apocalipse 
1.7 trilhão de dívida na China e a ameaça do Default em massa

Crise no capitalismo? Posner e Becker

Dez cidades perigosas 

Pressão

A IFRS Foundation Monitoring Board anunciou recentemente uma série de medidas no sentido de melhorar a governança e o financiamento do Iasb. Este talvez tenha sido uma das grande novidades na contabilidade dos últimos meses. A IFRS Fundação também informou que os próximos 18 meses será crítico para a convergência contábil.

Além da questão da necessidade de buscar uma maior independência no processo de normatização contábil, o relatório do Monitoring Board apresentou dez sugestões. Destas, a mais relevante, em termos políticos, é a primeira decisão. Ela inclui o desejo de expandir a presença de mercados emergentes e, isto é relevante, que todos os membros permanentes devam demonstrar compromisso com as normas internacionais, usando-as em suas juridições e participando do financiamento da fundação.

As implicações desta decisão são relevantes. O Iasb aparentemente deu um ultimato para os Estados Unidos aderirem as normas internacionais, sob pena de perderem sua posição privilegiada nas decisões da entidade. Isto foi confirmado pela Reuters, que escutou uma fonte interna do Iasb.

O prazo é janeiro de 2013. Após isto, o Iasb só irá aceitar membros os países que estiverem usando suas normas. Atualmente os EUA possuem quatro assentos no board do Iasb. Como a SEC está no Monitoring Board e assinou o termo, isto talvez seja um sinal de que este país irá aderir as normas.

Além disto, um grande número de empresas com ações negociadas no mercado dos EUA usam as normas internacionais. Só empresas canadenses são mais de cem. Mas o texto também parece ser uma pressão para os países que permitem exceções as regras (o Brasil é um deles).

Outro destaque é a questão nevrálgica do financiamento. O Iasb tem uma grande dependência do dinheiro das grandes empresas de auditoria. Um dos requisitos para o país ser membro seria participar, financeiramente, do orçamento.

Para Ler Mais

Global accounting reform ups pressure on U.S. to sign up - Huw Jone, Reuters, Fev 9 2012

Oversight groups report on steps to enhance IASB governance, financing - Ken Tysiac - Journay of Accountancy

Foto: Aqui

Análise de Balanços é relevante?

Este foi o desafio que propus para o então doutorando Adilson Tavares. Usando como parâmetro o valor de mercado das empresas com ações negociadas na bolsa, procurou-se verificar se os índices tradicionalmente usados na análise de balanços. Depois de defendida sua tese, a pesquisa agora é publicada na revista Universo Contábil:

Este artigo investiga se a Análise Financeira Fundamentalista (AFF) é capaz de segregar grupos de melhores e piores alternativas de investimentos a partir da previsão de variações do valor de mercado das empresas não-financeiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). As amostras do estudo correspondem a 2/3 das empresas com dados disponíveis no banco de dados da Economática nos anos de 2005, 2006 e 2007, e estão divididas em dois grupos: Perdedoras e Vencedoras. Foram selecionados 23 Índices Econômico-Financeiros (IEF) tradicionais, comumente utilizados por analistas e pesquisadores nas avaliações de oportunidades de investimento. O tratamento econométrico dos dados foi realizado com o uso da Regra do Qui-quadrado Mínimo e da Análise Discriminante. Constatou-se que um número bastante reduzido de IEF apresentou significância estatística à diferenciação entre as empresas integrantes das amostras. Apesar disso, as classificações corretamente previstas nos três exercícios sociais alcançaram níveis satisfatórios, indicando que o uso da AFF contribui para melhorar os resultados das decisões de investimentos. Conclui-se que é possível aceitar a hipótese de que a AFF é capaz de prever variações de valor da empresa, contribuindo para a escolha entre melhores e piores alternativas de investimentos no mercado de ações brasileiro.


Vitória de Pirro ou Maldição do Vencedor

No ano de 279 AC, o rei da Épiro e Macedonia, Pirro, enfrentou os romanos na batalha de Ásculo. Ao final de dois dias de batalha, os romanos perderam seis mil homens e Pirro perdeu quase quatro mil. Quando foram parabenizar Pirro pela Vitório ele teria dito: Mais uma vitória como esta e estarei perdido. 

O governo federal brasileiro promoveu uma “privatização tímida” de três grandes aeroportos. A imprensa destacou a mudança de atitude do governo com respeito à questão da privatização, sem deixar de ressaltar que a Infraero, um braço do governo, ainda terá uma participação expressiva no negócio. Além disto, a postura abre a possibilidade de que no futuro outras concessões sejam passadas para a iniciativa privada e, quem sabe até, empresas estatais sejam vendidas integralmente. 



Continue lendo aqui

Computação em Nuvem no Serpro


A volta dos ataques de hackers, desta vez a sites dos principais bancos do País e até ao Banco Central, ressuscitou uma preocupação: outras informações confidenciais, como a declaração do Imposto de Renda ou a folha de pagamento dos servidores públicos, estão protegidas? Diante do incômodo provocado pelos invasores cibernéticos, que têm tirado do sério até a presidenta Dilma Rousseff, o governo resolveu reagir. Entra em campo o Serviço de Processamento de Dados Federais (Serpro), uma central de bancos de dados do governo que cuida das informações e serviços de informática de 40 órgãos públicos federais.

Preocupada em aumentar a segurança de sua rede e facilitar o acesso dos usuários finais, a empresa está investindo na tecnologia de computação em nuvem, que permite conectar vários PCs e servidores em rede sem precisar instalar programas individualmente. “A nuvem diminui o consumo de energia e permite substituir oito servidores físicos por um virtual”, diz o presidente do Serpro, Marco Mazoni. Ele ainda não sabe quanto vai economizar, mas estima-se que a mudança possa reduzir o custo em até 30%. A nuvem deve garantir serviços mais velozes em equipamentos móveis, como celular ou tablet.

A grande preocupação do Serpro, no entanto, é com a segurança – já que a empresa é, na prática, a guardiã do sigilo fiscal dos brasileiros e de informações confidenciais do governo. O principal cliente do Serpro é a Receita Federal, que utiliza 57% de toda a capacidade da companhia. Entre os 40 clientes estão também o Tesouro Nacional, o Siafi, que faz o controle da execução do orçamento, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Ministério do Desenvolvimento, para quem o Serpro organiza todos os dados sobre comércio exterior. Do orçamento de R$ 1,7 bilhão previsto para este ano, de 20% a 25% serão aplicados em sistemas de segurança, mesma média dos últimos cinco anos.

O primeiro grande teste será com o Fisco, que terá a mobilidade da nuvem inicialmente no Imposto de Renda e depois nos outros serviços que não estão disponíveis online. Depois do escândalo provocado pela violação das informações fiscais de Verônica Serra, filha do então candidato à Presidência da República José Serra (PSDB), durante a campanha eleitoral de 2010, praticada por um funcionário da Receita, o Serpro dobrou a segurança na rede do Fisco. “Agora, todos os acessos feitos pelos funcionários ficam gravados”, afirma Mazoni. A partir daí, o Serpro investiu R$ 8 milhões em soft-wares específicos para gestão e acompanhamento de senhas de usuários e passou a auditar tudo o que o funcionário faz na rede, as 24 horas do dia.

A vulnerabilidade descoberta em 2010 levou o Tribunal de Contas da União a fazer uma auditoria em 256 órgãos federais, em que constatou que só 6% deles atendiam aos requisitos de governança de tecnologia. Outro cliente do Serpro é o Ministério do Desenvolvimento. Nesse caso, o produto mais recente desenvolvido foi o Novoex, sistema aprimorado do Siscomex, que registra as importações e exportações no País, que permitirá o acompanhamento online do trâmite das guias de exportação e importação. Embora atenda só a órgãos públicos, o mercado da Serpro não é pequeno. Uma pesquisa da Frost & Sullivan estima que, em 2012, o setor de Tecnologia da Informação no Brasil deve crescer 14%, movimentando US$ 1,6 bilhão.

O governo representa 16% desse bolo. É de olho nesse nicho que o Serpro planeja investir R$ 40 milhões para aumentar em 20% sua capacidade de rede. No mercado, a avaliação sobre a empresa é positiva. “O Serpro investe muito em infraestrutura. Particularmente conheço poucos problemas do órgão”, avalia o professor da escola de tecnologia BandTec, Sandro Melo. “O Serpro tem tecnologia de segurança reconhecida internacionalmente”, diz o especialista em segurança da informação, Denny Roger, que considera acertada a decisão da empresa de investir em nuvem.

Fonte: Cristiano ZAIA, Istoé Dinheiro

Melhores e Piores Investimentos

O gráfico da The Economist mostra as empresas com melhores e piores retornos em dez anos. Entre os melhores, Vale e Banco do Brasil.

O custo do conhecimento

Ou: Boicote à Elsevier

Cientistas de todo o mundo estão participando de um boicote coletivo à Elsevier, a maior editora internacional de periódicos científicos. A iniciativa surgiu de uma sugestão no blog de um dos matemáticos mais conceituados atualmente: Timothy Gowers, da Universidade de Cambridge - laureado com a honorável medalha Fields.

O abaixo-assinado conta com, no momento da publicação desta postagem, 5.345 assinaturas de cientistas que, por meio do documento, se comprometem a parar de submeter, referenciar ou editar trabalhos da Elsevier.

Para que tenhamos uma ideia da imensidão da ação, veja alguns dos periódicos da editora:

- Accounting, Organizations and Society;
- Journal of Accounting and Economics;
- Journal of Accounting Education;
- International Journal of Accounting Information Systems;
- Advances in Accounting;
- The International Journal of Accounting;
- Management Accounting Research.

Só periódicos com o mais alto nível.

Então... o motivo da revolta?
A Elsevier, assim como a maioria das editoras científicas comerciais internacionais, cobra um absurdo para publicar um artigo aceito - cerca de R$ 3.000,00. Cobra, adicionalmente, pelo acesso ao conteúdo. Cada artigo custa por volta de R$ 45,00

Trocando em miúdos: os pesquisadores pagam para publicar e para ler. Divertido, não?

O lucro da Elsevier em 2010? R$ 2,1 bilhões.

E a gente com isso?
O Governo gasta, em média, R$ 25 mil com a assinatura anual de uma revista conceituada. Segundo a CAPES, em 2011 gastou-se em torno de R$ 133 milhões para que 326 instituições de pesquisa tivessem acesso a mais de 31 mil periódicos científicos comerciais.

Rogério Meneghini, coordenador do Scielo - uma base que reúne 230 periódicos científicos brasileiros com acesso aberto - acredita que o movimento do livre acesso ao conhecimento científico deu um passo importante com esse movimento internacional. Tomara que ele tenha razão.

Fonte: Adaptado daqui.

13 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio


Fonte> Aqui

Links


Arte
Quadro de Van Gogh interativo

As imagens de 201

A melhor foto de 2011 (foto)

Música ainda é um bom negócio

Hollywood em números

Saude
7 maneiras divertidas e baratas de combater o stress (inclui plástico bolha e ...) 

Cientistas estão estudando a medicina chinesa para fazer novos medicamentos

Empresas
Petrobrás: entre o técnico e o político

Zuckerberg não deve escutar Welch

KPMG e as horas extras dos seus funcionários

Internet
Maslow e as redes sociais

Guerra de linguagens modernas: PHP x Ruby x Python

Asia
O acordo de 1978 que mudou a China: incentivos e direitos de propriedade 

Serviço militar aumenta o crime, no Vietnam

Petrobras

O Petrobras divulgou suas demonstrações contábeis e o resultado não foi bom:

O lucro da Petrobrás no quarto trimestre do ano passado não só ficou abaixo das expectativas dos analistas financeiros como também foi o pior desempenho entre os balanços divulgados pelas outras grandes companhias de petróleo do mundo.( No 4º tri, Petrobrás foi a pior entre as globais, Estado de S Paulo, 11 fev 2012)

Quando uma empresa apresenta um resultado decepcionante, busca culpar o ambiente externo (Vide a dissertação de mestrado de Fernanda Rodrigues sobre os Relatórios de Administração). Isto ocorreu com a Petrobras:

A cúpula da Petrobrás creditou a queda de 5% no lucro da companhia em 2011 ao câmbio, ao preço interno do petróleo e ao consumo bastante alto de derivados no Brasil. Preponderante para os números finais de 2011, a derrubada do lucro no último trimestre resultou, segundo o diretor financeiro, Almir Barbassa, da pressão do câmbio sobre custos e da diferença do preço do petróleo em relação ao mercado internacional. (Para Petrobrás, câmbio e preços foram vilões, SABRINA VALLE , SERGIO TORRES, Estado de S Paulo, 11 fev 2012)

As justificativas não foram suficientes, pois a empresa perdeu 25 bilhões de reais em valor de mercado. Os analistas, que erraram feio na previsão, também justificaram seus erros. Para o BTG Pactual considera o resultado intrigante e não sabem o que ocorreu com os encargos de depreciação e os resultados do refino. O BofA culpou o custo de importação de derivados de petróleo. O Credit Suisse as perdas no setor de abastecimento. O Deutsche o aumento da importação. (Fonte: Petrobrás perde R$ 28 bilhões em valor de mercado após balanço ruim, Estado de S Paulo).

Facebook

Ainda com respeito ao processo de abertura do capital do Facebook, Catanach e Ketz, em FACEBOOK GETS AN “A” IN FINANCIAL REPORTING, fazem uma análise contábil das informações que a empresa prestou para os potenciais investidores. O resultado é um “A”, ou seja, uma boa nota para estas informações.

Um dos argumentos dos autores é que o Facebook não usa o termo EBITDA ou EBITDA ajustado em nenhum lugar dos documentos. Nem "itens especiais" ou "extraordinários". Para Catanach e Ketz isto é um sinal de que a empresa não tem nenhum problema em divulgar seu desempenho usando o lucro obtido pelos princípios contábeis geralmente aceitos. Isto é uma exceção no setor de software.

Outro ponto é que o Facebook reconhece sua receita de forma simples e sem complicações, ao contrário do que ocorreu com a LinkIn ou Groupon.

Além disto, a empresa está gerando caixa, com retornos elevados:



Ou seja, o potencial investidor não precisa ficar preocupado com a qualidade da informação. O seu problema é fazer bom uso das demonstrações contábeis do Facebook.

Desvantagens da abertura do capital

A literatura tem a tendência de valorizar a abertura de capital das empresas. Mas e as desvantagens? No recente anúncio onde Itaú informar que irá fechar o capital da Redecard, o seu presidente afirmou que:

o objetivo da incorporação é "ganhar agilidade" nos processos operacionais e reduzir o "conflito de interesses" nas negociações entre o controlador Itaú e controlada Redecard.


Ganhar agilidade pode ser entendido como "não ter o acionista minoritário questionando o que eu faço".

Souza Cruz


A revista Exame apresenta uma análise do comportamento das ações da Souza Cruz (Obrigação por Fumar, 7 fev 2012, Thiago Bronzatto). Vendendo cigarros, num setor onde a regulamentação do governo é alta, o consumo é decrescente e a propaganda é proibida, a empresa conseguiu uma valorização de 1775% em dez anos, ou cinco vezes mais que o índice da Bovespa. A empresa seria “politicamente incorreta” e o ambiente econômico é complicado:

As campanhas de conscientização conseguiram diminuir o número de fumantes, e a con¬corrência de fabricantes ilegais, que não pagam impostos e, por isso, conse¬guem vender bem mais barato, só se torna mais agressiva.

A empresa vendeu em 2011 10% a menos que em 2006. Para o texto, a vantagem da empresa é a facilidade de aumentar preços.

"A demanda não costuma cair quando os preços sobem, porque fumar é um vício e o valor de um maço de cigarro é baixo, ou seja, as pessoas geralmente não sen¬tem tanto a alta", diz Marcelo Varejão, analista da corretora Socopa. 

Isto decorre de um conhecido conceito econômico de inelasticidade.


Este blogueiro acrescenta outro fator: como a empresa não possui muitos projetos de investimento, o volume de pagamento de dividendos é alto. Uma consequência disto é que o risco é reduzido (beta de 0,48 versus a SP500 para dados de cinco anos ou 0,38 para dez anos). O gráfico apresenta o comportamento das ações da empresas em dez anos.