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16 fevereiro 2012

Uma aula que abalou a indústria

“Classe, este é o seu dever de casa: criar um aplicativo [ou “app”]. Fazer que as pessoas o usem. Repitam.”

Essa foi a tarefa para alguns alunos da Universidade Stanford, no outono de 2007, naquilo que ficou conhecido aqui como a “Classe Facebook”. Ninguém esperava o que ocorreu depois.

Os alunos acabaram conseguindo milhões de usuários para aplicativos gratuitos que eles criaram para funcionar no Facebook. E, com a entrada da publicidade, esses estudantes começaram a ganhar muito mais do que os professores.

A Classe Facebook fez disparar carreiras e fortunas de mais de duas dúzias de estudantes e professores daqui. Também ajudou a inaugurar um novo modelo de empreendedorismo que revolucionou o meio tecnológico: a novata enxuta.

“Tudo aconteceu muito depressa”, lembra Joachim De Lombaert, hoje com 23 anos. O aplicativo da sua equipe faturava US$ 3 mil por dia e se transformou em uma empresa que, mais tarde, foi vendida por uma quantia de seis dígitos.

Na época, os apps para Facebook eram uma novidade. O iPhone tinha acabado de chegar, e o primeiro telefone Android ainda demoraria um ano para surgir.

Mas, ao ensinar os alunos a construir apps simples, distribuí-los rapidamente e aperfeiçoá-los depois, a Classe Facebook encontrou o que se tornou o procedimento operacional para uma nova geração de empresários e investidores. As novatas exigiam muito dinheiro, tempo e pessoal. Mas, durante a última década, o software de fonte aberta gratuito e os serviços em “nuvem” reduziram os custos, enquanto as redes de anúncios ajudaram a trazer uma receita rápida. O fenômeno do app acentuou a tendência e ajudou a libertar o que alguns chamam de nova onda de inovação tecnológica.

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