Contabilidade: Iasb e Fasb vão rever normas juntos
Fernando Torres, de São Paulo
Valor Econômico - 6/11/2009
Os órgãos responsáveis pela emissão das regras contábeis internacionais e americanas decidiram acertar os ponteiros e trabalhar juntos na revisão de diversos pontos que estão em análise neste momento pelas entidades.
Para selar esse processo, o International Accounting Standards Board (Iasb), responsável pelo padrão conhecido como IFRS, e o Financial Accounting Standards Board (Fasb), seu congênere nos EUA, publicaram ontem um documento conjunto estabelecendo metas e data para a revisão de diversas práticas contábeis. O plano prevê que várias novas normas sejam apresentadas ao longo do ano que vem e outras até a metade de 2011.
Como um desdobramento da crise internacional, os dois conselhos estão sendo pressionados por mudanças nas regras de contabilização de instrumentos financeiros, valor justo e "hedge", entre outros pontos.
Em vez de cada um seguir seu caminho, eles decidiram, em reunião realizada na semana passada, acertar os prazos para que as regras entrem em audiência pública e sejam publicadas ao mesmo tempo. A ideia é que os participantes do debate comentem as minutas que vierem a ser apresentadas pelo Iasb e pelo Fasb e que os conselhos decidam em conjunto qual regra escolher.
Para garantir o andamento dos trabalhos, as entidades se comprometeram a realizar reuniões mensais de trabalho, com a publicação trimestral de um relatório sobre a evolução das discussões.
O documento publicado ontem tem como base um memorando de entendimentos assinado pelo Iasb e pelo Fasb em 2006, que foi atualizado no ano passado.
O pano de fundo é a busca de um padrão global de contabilidade, a fim de facilitar a comparação de balanços de empresas de diferentes países e evitar arbitragens regulatórias.
A criação de um padrão global tem sido defendida também pelos líderes do G-20, grupo de países mais influentes do mundo. O Brasil também caminha para a convergência internacional.
07 novembro 2009
Iasb e Fasb
06 novembro 2009
Teste #170
Veja a seguinte notícia do Jornal do Commércio (Nova regra contábil afeta área de seguros, Lucas Vettorazzo, 5/11/2009)
O teste de hoje é: ache os erros na segunda frase.
Resposta: Reagan. Fonte: aqui
O Grupo Bradesco de Seguros e Previdências fechou os nove primeiros meses do ano com lucro líquido de R$ 1,89 bilhão, recuo de 9,67% sobre os R$ 2,09 bilhões apurados em igual período do ano passado. O vice-presidente executivo do grupo, Samuel Monteiro dos Santos Júnior, explicou que o cálculo foi afetado uma mudança na regra contábil brasileira, que determinou o aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das seguradoras de 9% para 5%, e da ocorrência de eventos extraordinários, como aumento na sinistralidade e das despesas operacionais.
O teste de hoje é: ache os erros na segunda frase.
Resposta: Reagan. Fonte: aqui
Pedir no ouvido direito
Você está num clube de dança e música italiano, quando uma mulher aproxima-se de você. Sob uma música techno ela inclina e grita no seu ouvido: “Hai una sigaretta?”. Se ela falou no seu ouvido direito, é duas vezes mais provável que você lhe dê um cigarro do que se ela pediu no ouvido esquerdo.
Isto é explicado pela assimetria do cérebro. Fonte: Aqui
Aposentadoria
A atriz Maitê Proença, agora famosa por ter cuspido no tumulo de Camoes, teve suspensa ontem duas pensoes pagas pelo Governo de Sao Paulo, no valor de R$ 13 mil mensais. A informaçao está hoje na coluna da Monica Bergamo. Diz que Maitê ganhava os benefícios herdados dos pais, mas o SPPrev, órgao previdenciário do Estado, entendeu que ela perdeu o direito por ter sido casada com o empresário Paulo Marinho. O advogado da atriz promete recorrer e acusa "uma revista de fofocas" de ter feito a denúncia que levou à suspensao dos beneficios. Segundo Monica, a SPPrev entendeu que a atriz teve uma uniao estável com Marinho e apontou como prova um texto da biografia de Maitê em seu site oficial onde ela afirma ter formado "uma família linda" nos 12 anos em que viveu com o empresário. Para o advogado da atriz, sua cliente está sendo vítima de uma "perseguiçao absurda" e o relacionamento que viveu nao foi um casamento formal.
Fonte: Aqui. Não é o primeiro caso. Um autora de novelas da Globo é "aposentada" do judiciário. Mas o caso mostra a falta de controle dos pagamentos de aposentadoria no serviço público.
Risco para Convergência
Segundo o The Wall Street Journal (Paris Mounts the Barricades Against Global Standards, Simon Nixon, 6/11/2009, J, C14) existe uma resistência contra os padrões internacionais de contabilidade entre o G-20. A resistência tem o nome de Christine Lagarde, ministro francês, que deseja convencer seus pares, no encontro que irá ocorrer na Escócia, na Sexta, a aumentar o controle sobre o processo.
A finalidade é impedir que a União Européia adote um novo padrão contábil para instrumentos financeiros. Conforme o jornal, se tiver sucesso, Lagarde poderá conter o processo de convergência.
A proposta do Iasb para os instrumentos financeiros é reconhecida, segundo o WSJ, como uma melhoria do Ias 39. No último mês, o European Financial Reporting Advisory Group aceitou o novo padrão. Mas a França não está satisfeita.
A França considera que o uso do valor justo na contabilidade ainda é excessivo sob o novo padrão. E isto pode comprometer o desempenho das instituições financeiras francesas. Além disto, existe a objeção quanto ao foco das normas, excessivo nos investidores, deixando de lado os reguladores.
A finalidade é impedir que a União Européia adote um novo padrão contábil para instrumentos financeiros. Conforme o jornal, se tiver sucesso, Lagarde poderá conter o processo de convergência.
A proposta do Iasb para os instrumentos financeiros é reconhecida, segundo o WSJ, como uma melhoria do Ias 39. No último mês, o European Financial Reporting Advisory Group aceitou o novo padrão. Mas a França não está satisfeita.
A França considera que o uso do valor justo na contabilidade ainda é excessivo sob o novo padrão. E isto pode comprometer o desempenho das instituições financeiras francesas. Além disto, existe a objeção quanto ao foco das normas, excessivo nos investidores, deixando de lado os reguladores.
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