Muitas universidades transformaram as aulas presenciais em on-line por conta do Covid-19. O aluno que estava pagando por um curso presencial teria agora direito a um desconto? Questão interessante.
Já existe um movimento para tentar conseguir descontos nas mensalidades. Mas as instituições dizem que não ocorreu redução nos custos; na verdade, as aulas on-line aumentaram os custos. A grande questão é saber se os custos do ensino presencial são evitáveis ou não. Segundo as instituições, o maior custo é pessoal. Parte deste custo é evitável, ou seja, pode existir uma economia com a aula on-line. Resta saber o montante disto. Além disto, estas instituições devem estar pagando um conta de luz menor. Da mesma forma, devem ter dispensado o funcionário terceirizado da limpeza. Tudo isto poderia ser somado para chegar ao custo evitável. Além disto, em razão das medidas adotadas no país, há sempre a possibilidade de redução de salários e benefícios neste período. Mas o valor total talvez seja bem menor do que se poderia pensar, já que provavelmente a instituição deve continuar pagando o professor pela aula on-line.
Outro aspecto é verificar se a mudança representou algum custo adicional (equipamento, contratação de software etc). Acho pouco provável.
27 abril 2020
Multiplan e o retorno
Quando a OMS declarou o Covid uma pandemia, algumas empresas começaram a tomar posição para o que poderia acontecer. Quase uma semana depois, no dia 17 de março, a empresa Multiplan algumas medidas que estava tomando, incluindo a redução do horário de funcionamento dos shoppings centers gerenciados pela empresa. Naquela ocasião, a Multiplan indicava que a medida “foi tomada com o intuito de resguardar a saúde e o bem-estar dos nossos consumidores, colaboradores, lojistas e de toda a população e será reavaliada constantemente pela Companhia de acordo com o desdobramento dos fatos, determinações e orientações das autoridades competentes”. A política da empresa era do tipo “entregar os anéis para não perder os dedos”. A empresa chamava a atenção para as medidas de prevenção e conscientização. Nos termos da empresa, “a Companhia tem trabalhado junto às autoridades, buscando atenuar os impactos causados pela situação atual e tem, também, se colocado à disposição para auxiliar em iniciativas que possam ajudar a sociedade”.
Mas isto não foi suficiente, já que os governos estaduais e municipais tomaram medidas de suspender as operações de alguns dos shoppings da empresa. No dia seguinte ao comunicado, a empresa teve que fechar os shoppings do Rio de Janeiro e de Porto Alegre. Ao dar a notícia, a empresa novamente enfatizou que estava trabalhando junto com as autoridades para “atenuar os impactos causados pela situação atual e tem, também, se colocado à disposição para auxiliar em iniciativas que possam ajudar a sociedade”. Um dia depois as unidades de São Paulo e Brasília foram suspensas e, logo a seguir, em Belo Horizonte, Canoas, Jundiaí e Ribeirão Preto. O comunicado encerrava com as mesmas palavras de apoio às autoridades.
Quase um mês depois, a mesma empresa publica um anúncio de página inteira nos jornais intitulado “O Coronavírus e a Saúde no Brasil”. O anúncio começa afirmando que se trata de uma epidemia (sic) de proporções mundiais e que “atinge o Brasil num momento extremamente delicado da nossa economia”. A seguir, a empresa afirma que está seguindo as orientações das autoridades internacionais de saúde para reduzir o risco de contaminação. E depois disto, uma estratégia de reduzir a gravidade da doença e a necessidade de levar em consideração os aspectos econômicos. O comunicado encerra com as seguintes frases:
Para vencermos essa pandemia [esta é a primeira vez que o termo é usado], o Brasil e o Governo contam com o trabalho indispensável de nossos agricultores, comerciários, industriários, prestadores de serviços, profissionais liberais e empresários que, através dos impostos pagos, sustentam a Nação [não é bem isto; o melhor seria “sustentam o governo”]. O desemprego e a fome podem gerar consequências tão ou mais letais que o coronavírus. Juntos vamos lutar pela saúde do Brasil!”
O texto encerra com a assinatura do CEO da empresa.
O conteúdo vai no sentido de que o isolamento social pode causar mais prejuízo do que as mortes. O desemprego e a fome podem ser tão ou mais prejudiciais que as mortes pelo Covid. É um argumento. O problema é que o anúncio força nos dados. Não irei falar do fato de que o anúncio superestima a população brasileira (indica 212 milhões de habitantes, versus o dado do Ibge de 211 para abril de 2020). Ou que o número de óbitos reportados pela OMS corresponde somente aos casos comprovados de mortes relacionadas com a doença; ou seja, as mortes pelo Covid-19 estão subestimadas. Também não é razoável comparar Brasil com Itália, onde a curva da doença está em momentos distintos.
Mas o texto usa o seguinte argumento: doenças respiratórias matam 150 mil pessoas por ano no Brasil e o coronavírus “contabiliza” [termo usado pela empresa] até o presente momento 3.313 mortes. Há uma comparação inadequada aqui: as mortes por outras doenças é contada em termos anuais, enquanto da pandemia é feita a contagem acumulada de alguns dias. Faz sentido? Não.
Veja que o argumento da Multiplan tem sua validade, mas forçar na tortura dos dados termina por comprometer o restante do texto.
26 abril 2020
Assembleias
Mais de trinta assembleias de acionistas já foram convocadas desde que a CVM regularizou a possibilidade do evento ser também digital. Eis um panorama interessante.
As seguintes empresas (total de 16) fizeram a convocação de forma exclusivamente digital:
Quanto ao sistema de comunicação, 13 empresas não indicaram, na convocação, o sistema que será usado ou indicaram que irão usar um sistema próprio ou um sistema a ser disponibilizado (BRF - EMAE - Bombril - Telebras - Guararapes - Brasil Brokers - Springs - Coteminas - Santanense - Bahema - Tupy - TLSA - Copasa - Springs). A demais indicaram o sistema, com uma predominância pelo Zoom (Light - Anima Holding - Paranapanema - Log-in - International Meal - Ideias Net - Alpargatas - Sabesp - Arezzo ou seja 9 empresas). Mas também foram citados Teams (4 empresas ou Usiminas - Banco da Amazonia - Mitre - Hering), Webex (Sinqia - Alupar - Vale), Webecast (Vivara) e Net Globe (Ser Educacional).
As seguintes empresas (total de 16) fizeram a convocação de forma exclusivamente digital:
Light - Anima - Usiminas - Paranapanema - Log-In - International Meal - Brasil Brokers - Sinqia - Alupar - Sabesp - Vale - Tupy - TLSA - Alpargatas - Arezzo - Vivara - Telebras
As empresas (12 até agora) a seguir estão chamando a assembleia de forma híbrida:
BRF - Emae - Banco da Amazonia - Bombril - Guararapes - Ideias Net - Coteminas - Santanense - Hering - Bahema - Ser - Copasa
Quanto ao sistema de comunicação, 13 empresas não indicaram, na convocação, o sistema que será usado ou indicaram que irão usar um sistema próprio ou um sistema a ser disponibilizado (BRF - EMAE - Bombril - Telebras - Guararapes - Brasil Brokers - Springs - Coteminas - Santanense - Bahema - Tupy - TLSA - Copasa - Springs). A demais indicaram o sistema, com uma predominância pelo Zoom (Light - Anima Holding - Paranapanema - Log-in - International Meal - Ideias Net - Alpargatas - Sabesp - Arezzo ou seja 9 empresas). Mas também foram citados Teams (4 empresas ou Usiminas - Banco da Amazonia - Mitre - Hering), Webex (Sinqia - Alupar - Vale), Webecast (Vivara) e Net Globe (Ser Educacional).
O leitor poderá notar que das nove empresas que irão usar o Zoom, oito fizeram a opção pela assembleia exclusivamente digital.
Medallion: o rei do mercado financeiro
Resumo:
The performance of Renaissance Technologies’ Medallion fund provides the ultimate counterexample to the hypothesis of market efficiency. Over the period from the start of trading in 1988 to 2018, $100 invested in Medallion would have grown to $398.7 million, representing a compound return of 63.3%. Returns of this magnitude over such an extended period far outstrip anything reported in the academic literature. Furthermore, during the entire 31-year period, Medallion never had a negative return despite the dot.com crash and the financial crisis. Despite this remarkable performance, the fund’s market beta and factor loadings were all negative, so Medallion’s performance cannot be interpreted as a premium for risk bearing. To date, there is no adequate rational market explanation for this performance.
Medallion Fund: The Ultimate Counterexample?Bradford Cornel The Journal of Portfolio Management March 2020, 46 (4) 156-159; DOI: https://doi.org/10.3905/jpm.2020.1.128
The performance of Renaissance Technologies’ Medallion fund provides the ultimate counterexample to the hypothesis of market efficiency. Over the period from the start of trading in 1988 to 2018, $100 invested in Medallion would have grown to $398.7 million, representing a compound return of 63.3%. Returns of this magnitude over such an extended period far outstrip anything reported in the academic literature. Furthermore, during the entire 31-year period, Medallion never had a negative return despite the dot.com crash and the financial crisis. Despite this remarkable performance, the fund’s market beta and factor loadings were all negative, so Medallion’s performance cannot be interpreted as a premium for risk bearing. To date, there is no adequate rational market explanation for this performance.
Medallion Fund: The Ultimate Counterexample?Bradford Cornel The Journal of Portfolio Management March 2020, 46 (4) 156-159; DOI: https://doi.org/10.3905/jpm.2020.1.128
Divórcio Embraer Boeing
O Covid fez mais uma vítima: o acordo entre as fabricantes de aviões Embraer e Boeing está desfeito. Este acordo surgiu depois que a Airbus adquiriu a fabricante canadense Bombadier. Nos últimos meses, a Boeing enfrentava problemas sérios de reputação (queda de aviões), atrasos e cancelamento de encomendas. A crise das cias aéreas parece que foi o ponto final.
A Boeing acusou a Embraer de não cumprir o combinado para fechar o acordo. A empresa brasileira julga que a Boeing cancelou o acordo de forma indevida, arrumando justificativas.
Fontes da indústria dizem que a Boeing estava interessada na Embraer principalmente pelo acesso a engenheiros de baixo custo e novas opções de fabricação, mas agora está pensando em cortar 10% de sua força de trabalho enquanto também procura ajuda federal dos EUA para o setor aeroespacial.
Segundo a Reuters, há uma multa de 100 milhões de dólares, mas parece que a Embraer quer mais, alegando que foi prejudicada nas vendas dos jatos E2. A agência Estado afirma que
A Embraer, que informou acreditar estar em conformidade com suas obrigações no acordo e ter cumprido com todas as condições necessárias até a data de ontem (prazo final para conclusão), disse que buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos.
A Boeing acusou a Embraer de não cumprir o combinado para fechar o acordo. A empresa brasileira julga que a Boeing cancelou o acordo de forma indevida, arrumando justificativas.
Fontes da indústria dizem que a Boeing estava interessada na Embraer principalmente pelo acesso a engenheiros de baixo custo e novas opções de fabricação, mas agora está pensando em cortar 10% de sua força de trabalho enquanto também procura ajuda federal dos EUA para o setor aeroespacial.
Segundo a Reuters, há uma multa de 100 milhões de dólares, mas parece que a Embraer quer mais, alegando que foi prejudicada nas vendas dos jatos E2. A agência Estado afirma que
A Embraer, que informou acreditar estar em conformidade com suas obrigações no acordo e ter cumprido com todas as condições necessárias até a data de ontem (prazo final para conclusão), disse que buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos.
Concurso CAF de ensaios universitários: ideias para o futuro
O CAF — banco de desenvolvimento da América Latina — abriu as inscrições para o concurso de ensaios universitários "Ideias para o futuro", que tem como objetivo reunir a visão dos jovens universitários sobre os desafios para o desenvolvimento da América Latina e o Caribe.
Prêmio Guillermo Perry: USD 3.000 (três mil dólares dos Estados Unidos).
Segundo colocado: USD 2.000 (dois mil dólares dos Estados Unidos).
Terceiro colocado: USD 1.000 (mil dólares dos Estados Unidos).
Temática:
A temática dos ensaios deve ser centrada nos desafios de desenvolvimento enfrentados pela América Latina e o Caribe. Seguem algumas perguntas que servem de orientação para elaborar os ensaios:
- Como podemos preparar nossos países para combater e recuperar-se, com maior rapidez, diante de crises sociais, econômicas ou de saúde?
- Como os países da América Latina e do Caribe podem evitar cair na armadilha da renda média?
- Como equilibrar a agenda social com a estabilidade econômica?
- Como estabelecer mecanismos adequados para a expressão do descontentamento social?
- Quais são as áreas mais urgentes para acelerar o desenvolvimento da América Latina?
- Como conseguir que as PME latino-americanas sejam mais competitivas e ofereçam emprego de melhor qualidade?
Critérios para participação:
- Idade entre os 18 e 29 anos (nascidos estritamente entre 31 de dezembro de 1990 e 1º de janeiro de 2002).
- Jovens estudantes universitários de graduação e pós-graduação de qualquer disciplina, inscritos em uma universidade de qualquer dos 19 países da CAF, com comprovante de matrícula (comprovante de aluno regular ou equivalente).
- Não poderão participar desta convocação funcionários, estagiários, consultores, ex-funcionários e ex-consultores, seja da CAF ou dos Bancos Centrais, nem familiares de até segundo grau de consanguinidade dos funcionários da CAF e dos Bancos Centrais.
- Os autores deverão apresentar, no máximo, um ensaio. A participação é estritamente individual.
- Os participantes deverão enviar seus ensaios pela página caf.com/pt, preenchendo todos os campos expressamente declarados obrigatórios.
Fonte: http://ideasparaelfuturo.caf.com/pt, enviado por Jaqueline Sales, a quem agradecemos.
25 abril 2020
Irreprodutibilidade da Pesquisa Contábil
Resumo:
We have little knowledge about the prevalence of irreproducibility in the accounting literature. To narrow this gap, we conducted a survey among the participants of the 2019 JAR Conference on their perceptions of the frequency, causes and consequences of irreproducible research published in accounting journals. A majority of respondents believe that irreproducibility is common in the literature, constitutes a major problem and receives too little attention. Most have encountered irreproducibility in the work of others (although not in their own work) but chose not to pursue their failed reproduction attempts to publication. Respondents believe irreproducibility results chiefly from career or publication incentives as well as from selective reporting of results. They also believe that practices like sharing code and data combined with stronger incentives to replicate the work of others would enhance reproducibility. The views of accounting researchers are remarkably similar to those expressed in a survey by the scientific journal Nature. We conclude by discussing the implications of our findings and provide several potential paths forward for the accounting research
community.
Hail, Luzi and Lang, Mark H. and Leuz, Christian, Reproducibility in Accounting Research: Views of the Research Community (March 15, 2020). Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=3554020 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.3554020
We have little knowledge about the prevalence of irreproducibility in the accounting literature. To narrow this gap, we conducted a survey among the participants of the 2019 JAR Conference on their perceptions of the frequency, causes and consequences of irreproducible research published in accounting journals. A majority of respondents believe that irreproducibility is common in the literature, constitutes a major problem and receives too little attention. Most have encountered irreproducibility in the work of others (although not in their own work) but chose not to pursue their failed reproduction attempts to publication. Respondents believe irreproducibility results chiefly from career or publication incentives as well as from selective reporting of results. They also believe that practices like sharing code and data combined with stronger incentives to replicate the work of others would enhance reproducibility. The views of accounting researchers are remarkably similar to those expressed in a survey by the scientific journal Nature. We conclude by discussing the implications of our findings and provide several potential paths forward for the accounting research
community.
Hail, Luzi and Lang, Mark H. and Leuz, Christian, Reproducibility in Accounting Research: Views of the Research Community (March 15, 2020). Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=3554020 or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.3554020
OMS lança iniciativa global para tratamentos da covid-19
Desde que os primeiros casos de covid-19 surgiram na China no final de 2019, o ritmo da inovação médica foi de tirar o fôlego. Os esforços dos cientistas do mundo já estão começando a dar frutos. Em menos de quatro meses, vários ensaios para novas vacinas e tratamentos promissores começaram. Isso pode oferecer uma saída para a crise do covid-19.
No entanto, com a corrida global para desenvolver novos tratamentos, diagnósticos e vacinas, uma pergunta não foi respondida: como essas inovações essenciais podem ser entregues globalmente e de maneira justa, onde são mais necessárias? Uma iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciada em 24 de abril, busca fornecer uma resposta.
Existe urgência nessa questão, porque o impacto global da covid-19, tanto na saúde das pessoas quanto em seus meios de subsistência, significa que uma solução global seria superior a muitas nacionais individuais, nas quais cada país tenta encontrar uma vacina ou uma cura para seus próprios cidadãos isoladamente, e cada país tenta manter suprimentos vitais, mas escassos. O vírus se espalha através das fronteiras, por isso é melhor controlado globalmente. Um esforço comum será menos oneroso, tanto quanto a vidas quanto a dinheiro, do que a busca apenas pelos interesses nacionais.
Os Estados Unidos e a União Européia já restringiram as exportações de equipamentos de proteção individual. Há receios de que isso se estenda às vacinas. Durante a pandemia da gripe suína de 2009, a exportação de vacinas para o exterior tornou-se uma questão política sensível nos Estados Unidos. Como as vacinas são a estratégia de saída de longo prazo do mundo para a crise, uma abordagem global é especialmente valiosa.
Por vários meses, nos bastidores, autoridades de saúde, ONGs, financiadores e pesquisadores de todo o mundo vêm buscando uma solução. Desde fevereiro, ficou claro que havia uma necessidade urgente de um plano para financiar, desenvolver e distribuir vacinas globalmente. Mesmo que meios bem-sucedidos de imunização possam ser encontrados, o mundo nunca produziu uma vacina na velocidade prevista (talvez na primeira metade de 2021) ou na escala - eventualmente e idealmente, mundial.
E mesmo quando as vacinas estão sendo produzidas em massa, os suprimentos serão limitados. Uma estratégia para usá-los precisa ser elaborada com antecedência. Pode ser, por exemplo, dar prioridade aos profissionais de saúde, países com surtos ativos ou pontos de acesso da infecção. Existem muitas permutações possíveis de distribuição. Idealmente, cada um precisa ser considerado e comparado - e rapidamente.
Em 24 de abril, um grupo de "atores globais da saúde" se juntou à OMS para iniciar uma parceria para acelerar o desenvolvimento e o acesso global às tecnologias da saúde, incluindo vacinas, para combater a covid-19 em todo o mundo. Entre os envolvidos estão o Wellcome Trust, uma grande instituição de caridade médica britânica, bem como o Banco Mundial e governos, incluindo os da França, Noruega e África do Sul. Os Estados Unidos estão notavelmente ausentes.
O ACT Accelerator, como é chamado, irá acelerar e ampliar as ferramentas necessárias para acabar com a pandemia. Muitos de seus parceiros, como a Fundação Gates e a GAVI, um grupo de financiamento de vacinas, e o Fundo Global, que financia a batalha contra a Aids, malária e tuberculose, têm décadas de experiência no combate às crises globais da saúde, na ampliação de soluções e na entrega delas. Mesmo sem o poder de fogo do governo americano, este é um grupo poderoso.
Embora o ACT Accelerator não esteja com falta de ambição, está com pouco dinheiro. Serão necessários US $ 8 bilhões em financiamento inicial, de uma só vez. Isso foi identificado como necessário há dois meses atrás, diz Alex Harris, chefe de política global do Wellcome Trust. (O valor é baseado em uma avaliação do Conselho Global de Monitoramento da Preparação, um órgão independente de monitoramento e prestação de contas.) Espera-se que governos, agências da ONU e outros desembolsem o dinheiro em uma conferência de compromisso em 4 de maio. O ministro das Finanças da Arábia Saudita disse que já foram prometidos US $ 2 bilhões. Dos US $ 8 bilhões, US $ 3 bilhões serão para pesquisa e desenvolvimento de vacinas e US $ 2,25 bilhões para medicamentos.
Muitos detalhes precisarão ser elaborados, e o trabalho futuro provavelmente será difícil. O chefe do programa de vacinas será Sir Andrew Witty, presidente do UnitedHealth Group, um gigante americano da saúde (ele está suspendendo temporariamente esse papel). Sir Andrew, que costumava administrar a GlaxoSmithKline, fabricante de vacinas, traz uma riqueza de experiência nos negócios.
Ele precisará formular um plano para ajudar a identificar os melhores candidatos a vacina, financiar seu desenvolvimento e concordar em como compartilhá-las. Essa abordagem cooperativa também significa que nenhum país perderá com se falhar durante o desenvolvimento de uma vacina ou com a impossibilidade de se conseguir vacinas fabricadas em outros lugares. Medicamentos e equipamentos de proteção também precisarão do mesmo tipo de planejamento. É apenas um começo. Mas é um sinal de que os adultos estão chegando à mesa.
Fonte: Adaptado daqui.
No entanto, com a corrida global para desenvolver novos tratamentos, diagnósticos e vacinas, uma pergunta não foi respondida: como essas inovações essenciais podem ser entregues globalmente e de maneira justa, onde são mais necessárias? Uma iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciada em 24 de abril, busca fornecer uma resposta.
Existe urgência nessa questão, porque o impacto global da covid-19, tanto na saúde das pessoas quanto em seus meios de subsistência, significa que uma solução global seria superior a muitas nacionais individuais, nas quais cada país tenta encontrar uma vacina ou uma cura para seus próprios cidadãos isoladamente, e cada país tenta manter suprimentos vitais, mas escassos. O vírus se espalha através das fronteiras, por isso é melhor controlado globalmente. Um esforço comum será menos oneroso, tanto quanto a vidas quanto a dinheiro, do que a busca apenas pelos interesses nacionais.
Os Estados Unidos e a União Européia já restringiram as exportações de equipamentos de proteção individual. Há receios de que isso se estenda às vacinas. Durante a pandemia da gripe suína de 2009, a exportação de vacinas para o exterior tornou-se uma questão política sensível nos Estados Unidos. Como as vacinas são a estratégia de saída de longo prazo do mundo para a crise, uma abordagem global é especialmente valiosa.
Por vários meses, nos bastidores, autoridades de saúde, ONGs, financiadores e pesquisadores de todo o mundo vêm buscando uma solução. Desde fevereiro, ficou claro que havia uma necessidade urgente de um plano para financiar, desenvolver e distribuir vacinas globalmente. Mesmo que meios bem-sucedidos de imunização possam ser encontrados, o mundo nunca produziu uma vacina na velocidade prevista (talvez na primeira metade de 2021) ou na escala - eventualmente e idealmente, mundial.
E mesmo quando as vacinas estão sendo produzidas em massa, os suprimentos serão limitados. Uma estratégia para usá-los precisa ser elaborada com antecedência. Pode ser, por exemplo, dar prioridade aos profissionais de saúde, países com surtos ativos ou pontos de acesso da infecção. Existem muitas permutações possíveis de distribuição. Idealmente, cada um precisa ser considerado e comparado - e rapidamente.
Em 24 de abril, um grupo de "atores globais da saúde" se juntou à OMS para iniciar uma parceria para acelerar o desenvolvimento e o acesso global às tecnologias da saúde, incluindo vacinas, para combater a covid-19 em todo o mundo. Entre os envolvidos estão o Wellcome Trust, uma grande instituição de caridade médica britânica, bem como o Banco Mundial e governos, incluindo os da França, Noruega e África do Sul. Os Estados Unidos estão notavelmente ausentes.
O ACT Accelerator, como é chamado, irá acelerar e ampliar as ferramentas necessárias para acabar com a pandemia. Muitos de seus parceiros, como a Fundação Gates e a GAVI, um grupo de financiamento de vacinas, e o Fundo Global, que financia a batalha contra a Aids, malária e tuberculose, têm décadas de experiência no combate às crises globais da saúde, na ampliação de soluções e na entrega delas. Mesmo sem o poder de fogo do governo americano, este é um grupo poderoso.
Embora o ACT Accelerator não esteja com falta de ambição, está com pouco dinheiro. Serão necessários US $ 8 bilhões em financiamento inicial, de uma só vez. Isso foi identificado como necessário há dois meses atrás, diz Alex Harris, chefe de política global do Wellcome Trust. (O valor é baseado em uma avaliação do Conselho Global de Monitoramento da Preparação, um órgão independente de monitoramento e prestação de contas.) Espera-se que governos, agências da ONU e outros desembolsem o dinheiro em uma conferência de compromisso em 4 de maio. O ministro das Finanças da Arábia Saudita disse que já foram prometidos US $ 2 bilhões. Dos US $ 8 bilhões, US $ 3 bilhões serão para pesquisa e desenvolvimento de vacinas e US $ 2,25 bilhões para medicamentos.
Muitos detalhes precisarão ser elaborados, e o trabalho futuro provavelmente será difícil. O chefe do programa de vacinas será Sir Andrew Witty, presidente do UnitedHealth Group, um gigante americano da saúde (ele está suspendendo temporariamente esse papel). Sir Andrew, que costumava administrar a GlaxoSmithKline, fabricante de vacinas, traz uma riqueza de experiência nos negócios.
Ele precisará formular um plano para ajudar a identificar os melhores candidatos a vacina, financiar seu desenvolvimento e concordar em como compartilhá-las. Essa abordagem cooperativa também significa que nenhum país perderá com se falhar durante o desenvolvimento de uma vacina ou com a impossibilidade de se conseguir vacinas fabricadas em outros lugares. Medicamentos e equipamentos de proteção também precisarão do mesmo tipo de planejamento. É apenas um começo. Mas é um sinal de que os adultos estão chegando à mesa.
Fonte: Adaptado daqui.
Censura na pesquisa sobre Covid
Denúncia do blog LSE mostra que pesquisas sobre o Covid-19 estão sendo censuradas na China. Isto inclui um sistema de verificação prévia dos artigos, onde funcionários do governo determinam se a pesquisa tem valor acadêmico e se o momento da publicação é adequado. Isto não é uma prática nova na China, que já tinha feito uma triagem em artigos sobre assuntos sensíveis, como os três Ts (Tiananmem, Tibete e Taiwan).
Issues of censorship surrounding the publication of scholarly research in China have been prominent since a series of press reports and publisher statements revealed that works had been removed from circulation that were deemed sensitive by Chinese buyers. As George Cooper observes, evidence that Chinese authorities are conducting pre-publication vetting of COVID-19 related research, raises new challenges for publishers seeking to distribute open access research papers on this subject, as there is little ground for publishers to remove these papers from their platforms. As publisher commitments to openness collide with their obligations to operate within the legal frameworks of the countries they operate in, it is argued that COVID-19 presages an overdue discussion on the limits of openness in publishing.
Issues of censorship surrounding the publication of scholarly research in China have been prominent since a series of press reports and publisher statements revealed that works had been removed from circulation that were deemed sensitive by Chinese buyers. As George Cooper observes, evidence that Chinese authorities are conducting pre-publication vetting of COVID-19 related research, raises new challenges for publishers seeking to distribute open access research papers on this subject, as there is little ground for publishers to remove these papers from their platforms. As publisher commitments to openness collide with their obligations to operate within the legal frameworks of the countries they operate in, it is argued that COVID-19 presages an overdue discussion on the limits of openness in publishing.
Caixa
No momento da crise, o volume de caixa é muito importante. Eis um levantamento da posição de liquidez de algumas empresas dos EUA
Princípios de Contabilidade
No site peruano Noticiero Contable encontrei o seguinte texto sobre os Princípios de Contabilidade de autoria de Miguel Torres. Nos dias de hoje, falar em princípios contábeis parece ultrapassado. Mas não deixa de ser interessante notar a similaridade dos princípios expostos por Torres com os das duas estruturas conceituais que existiam no Brasil até os final do milênio passado.
Principios de Contabilidad
Los principios de contabilidad generalmente aceptados son los siguientes:
Equidad - Es el principio que debe aplicar el Contador en todo momento, y es la igualdad en el trato de todos los que intervienen en la operación, ya sea al empresario, SUNAT, CONASEV, etc.
Partida Doble - Los hechos económicos y jurídicos de la empresa se expresan en forma cabal aplicando sistemas contables que registran los dos aspectos de cada acontecimiento, cambios en el activo y en el pasivo (participaciones) que dan lugar a la ecuación contable.
Ente - Los estados financieros se refieren siempre a un ente, donde el elemento subjetivo o propietario es considerado como tercero.El concepto de ente es distinto del de persona, ya que una misma persona puede producir estados financieros de varios entes de su propiedad.
Bienes Económicos - Los estados financieros se refieren siempre a bienes económicos; es decir, bienes materiales e inmateriales que poseen valor económico y por ende, susceptibles de ser valuados en términos monetarios.
Moneda común Denominador - Este recurso consiste en elegir una moneda y valorizar los elementos patrimoniales aplicando un precio a cada unidad. En el Perú, de conformidad con dispositivos legales, la contabilidad se lleva en moneda nacional.
Empresa en Marcha -Salvo indicación expresa en contrario, se entiende que los estados financieros pertenecen a una “empresa en marcha“, considerándose que el concepto que informa la mencionada expresión, se refiere a todo organismo económico cuya existencia temporal tiene plena vigencia y proyección.
Valuación al Costo - El valor de costo – adquisición o producción – constituye el criterio principal y básico de valuación, que condiciona la formulación de los estados financieros llamados de situación, en correspondencia también con el concepto de “empresa en marcha“, razón por la cual esta norma adquiere el carácter de principio.
Periodo - En la “empresa en marcha” es indispensable medir el resultado de la gestión de tiempo en tiempo, ya sea para satisfacer razones de administración, legales, fiscales o para cumplir con compromisos financieros.El lapso que media entre una fecha y otra se llama periodo. Para los efectos del Plan Contable General, este periodo es de doce meses y recibe el nombre de Ejercicio.
Devengado - Las variaciones patrimoniales que se deben considerar para establecer el resultado económico, son los que corresponden a un ejercicio sin entrar a distinguir si se han cobrado o pagado durante dicho periodo.
Objetividad - Los cambios en el activo, pasivo y en la expresión contable del patrimonio neto, se deben reconocer formalmente en los registros contables, tan pronto como sea posible medirlos objetivamente y expresar esta medida en términos monetarios.
Realización - Los resultados económicos se registran cuando sean realizados, o sea cuando la operación que los origina queda perfeccionada desde el punto de vista de la legislación o de las prácticas comerciales aplicables y se hayan ponderado fundamentalmente todos los riesgos inherentes a tal operación. Se establecerá como carácter general que el concepto “realizado” participa del concepto de “devengado”.
Prudencia - Significa que cuando se deba elegir entre dos valores para un elemento del activo, normalmente, se debe optar por el más bajo, o bien que una operación se contabilice de tal modo, que la participación del propietario sea menor. Este principio general se puede expresar también diciendo: “contabilizar todas las pérdidas cuando se conocen y las ganancias solamente cuando se hayan realizado“.
Uniformidad - Los principios generales, cuando fueren aplicables y las normas particulares – principios de valuación – utilizados para formular los estados financieros de un determinado ente deben ser aplicados uniformemente de un ejercicio a otro.
Significación o Importancia Relativa - Se debe actuar con sentido práctico, aplicando el mejor criterio. El contador pasa por alto una gran cantidad de hecho de poca importancia, que el trabajo de registrarlos no justifica el valor de las ventajas que se obtuviesen.
Exposición - Los estados financieros deben contener toda la información y discriminación básica y adicional que sea indispensable para una adecuada interpretación de la situación financiera y de los resultados económicos del ente a que se refieren.
Principios de Contabilidad
Los principios de contabilidad generalmente aceptados son los siguientes:
Equidad - Es el principio que debe aplicar el Contador en todo momento, y es la igualdad en el trato de todos los que intervienen en la operación, ya sea al empresario, SUNAT, CONASEV, etc.
Partida Doble - Los hechos económicos y jurídicos de la empresa se expresan en forma cabal aplicando sistemas contables que registran los dos aspectos de cada acontecimiento, cambios en el activo y en el pasivo (participaciones) que dan lugar a la ecuación contable.
Ente - Los estados financieros se refieren siempre a un ente, donde el elemento subjetivo o propietario es considerado como tercero.El concepto de ente es distinto del de persona, ya que una misma persona puede producir estados financieros de varios entes de su propiedad.
Bienes Económicos - Los estados financieros se refieren siempre a bienes económicos; es decir, bienes materiales e inmateriales que poseen valor económico y por ende, susceptibles de ser valuados en términos monetarios.
Moneda común Denominador - Este recurso consiste en elegir una moneda y valorizar los elementos patrimoniales aplicando un precio a cada unidad. En el Perú, de conformidad con dispositivos legales, la contabilidad se lleva en moneda nacional.
Empresa en Marcha -Salvo indicación expresa en contrario, se entiende que los estados financieros pertenecen a una “empresa en marcha“, considerándose que el concepto que informa la mencionada expresión, se refiere a todo organismo económico cuya existencia temporal tiene plena vigencia y proyección.
Valuación al Costo - El valor de costo – adquisición o producción – constituye el criterio principal y básico de valuación, que condiciona la formulación de los estados financieros llamados de situación, en correspondencia también con el concepto de “empresa en marcha“, razón por la cual esta norma adquiere el carácter de principio.
Periodo - En la “empresa en marcha” es indispensable medir el resultado de la gestión de tiempo en tiempo, ya sea para satisfacer razones de administración, legales, fiscales o para cumplir con compromisos financieros.El lapso que media entre una fecha y otra se llama periodo. Para los efectos del Plan Contable General, este periodo es de doce meses y recibe el nombre de Ejercicio.
Devengado - Las variaciones patrimoniales que se deben considerar para establecer el resultado económico, son los que corresponden a un ejercicio sin entrar a distinguir si se han cobrado o pagado durante dicho periodo.
Objetividad - Los cambios en el activo, pasivo y en la expresión contable del patrimonio neto, se deben reconocer formalmente en los registros contables, tan pronto como sea posible medirlos objetivamente y expresar esta medida en términos monetarios.
Realización - Los resultados económicos se registran cuando sean realizados, o sea cuando la operación que los origina queda perfeccionada desde el punto de vista de la legislación o de las prácticas comerciales aplicables y se hayan ponderado fundamentalmente todos los riesgos inherentes a tal operación. Se establecerá como carácter general que el concepto “realizado” participa del concepto de “devengado”.
Prudencia - Significa que cuando se deba elegir entre dos valores para un elemento del activo, normalmente, se debe optar por el más bajo, o bien que una operación se contabilice de tal modo, que la participación del propietario sea menor. Este principio general se puede expresar también diciendo: “contabilizar todas las pérdidas cuando se conocen y las ganancias solamente cuando se hayan realizado“.
Uniformidad - Los principios generales, cuando fueren aplicables y las normas particulares – principios de valuación – utilizados para formular los estados financieros de un determinado ente deben ser aplicados uniformemente de un ejercicio a otro.
Significación o Importancia Relativa - Se debe actuar con sentido práctico, aplicando el mejor criterio. El contador pasa por alto una gran cantidad de hecho de poca importancia, que el trabajo de registrarlos no justifica el valor de las ventajas que se obtuviesen.
Exposición - Los estados financieros deben contener toda la información y discriminación básica y adicional que sea indispensable para una adecuada interpretación de la situación financiera y de los resultados económicos del ente a que se refieren.
24 abril 2020
Assembleias menos democráticas?
A necessidade de restringir a interação entre os acionistas pode fazer com que as assembleias sejam menos democráticas, alerta a Reuters. Os exemplos apresentados são dos Estados Unidos, mas servem de alerta para outros países.
Na reunião do Citi deste ano somente as perguntas por escrito foram consideradas. Isto, naturalmente, impede uma interação maior entre investidor e empresa. Ativistas, que participavam de reuniões para defender suas causas, também ficaram desanimados pela falta de tempo e espaço para as perguntas. Um ativista ambiental teve sua pergunta de 350 perguntas resumida para 60 palavras durante uma reunião com uma instituição bancária.
Tanto o Bank of America quanto o Citi afirmaram que responderam todas as perguntas, embora tenham resumido algumas para economizar tempo. O BNY Mellon recebeu as perguntas antes e não respondeu logo. Nenhum banco grande aceitou perguntas por telefone ou uma comunicação mais direta com executivos.
Alguns ativistas estão pensando em "encontrar outros fóruns para abordar as questões em que eles não vão gostar".
Na reunião do Citi deste ano somente as perguntas por escrito foram consideradas. Isto, naturalmente, impede uma interação maior entre investidor e empresa. Ativistas, que participavam de reuniões para defender suas causas, também ficaram desanimados pela falta de tempo e espaço para as perguntas. Um ativista ambiental teve sua pergunta de 350 perguntas resumida para 60 palavras durante uma reunião com uma instituição bancária.
Tanto o Bank of America quanto o Citi afirmaram que responderam todas as perguntas, embora tenham resumido algumas para economizar tempo. O BNY Mellon recebeu as perguntas antes e não respondeu logo. Nenhum banco grande aceitou perguntas por telefone ou uma comunicação mais direta com executivos.
Alguns ativistas estão pensando em "encontrar outros fóruns para abordar as questões em que eles não vão gostar".
Devolva o dinheiro - parte 2
A Universidade de Harvard estaria recebendo um auxílio do governo dos Estados Unidos e isto provocou a ira de Donald Trump. Inicialmente a universidade tinha dito que não devolveria os recursos.
Agora, a entidade anunciou que não irá aceitar os 8,6 milhões de dólares. É muito pouco, para uma instituição que possui um orçamento de 41 bilhões de dólares. Mesmo que os recursos sejam destinados a assistência financeira dos alunos carentes.
O apoio é uma ajuda do governo dos Estados Unidos para as instituições que recebem alunos carentes, dentro de um pacote de 2 trilhões de ajuda aprovado em março pelo congresso dos EUA. Ao recusar, Harvard disse que enfrenta sérios desafios financeiros, mas que o foco político da ajuda era um problema. O senador Ted Cruz, ex-aluno de Harvard, também condenou o apoio. Logo após a crítica de Trump, Stanford e Princeton afirmaram que não aceitariam o financiamento público; isto significa 7 e 5 milhões de dólares, na ordem.
Agora, a entidade anunciou que não irá aceitar os 8,6 milhões de dólares. É muito pouco, para uma instituição que possui um orçamento de 41 bilhões de dólares. Mesmo que os recursos sejam destinados a assistência financeira dos alunos carentes.
O apoio é uma ajuda do governo dos Estados Unidos para as instituições que recebem alunos carentes, dentro de um pacote de 2 trilhões de ajuda aprovado em março pelo congresso dos EUA. Ao recusar, Harvard disse que enfrenta sérios desafios financeiros, mas que o foco político da ajuda era um problema. O senador Ted Cruz, ex-aluno de Harvard, também condenou o apoio. Logo após a crítica de Trump, Stanford e Princeton afirmaram que não aceitariam o financiamento público; isto significa 7 e 5 milhões de dólares, na ordem.
Casamento virtual
Uma das mudanças nos hábitos: em Nova Iorque é possível casar de maneira virtual. O governador Cuomo instituiu a possibilidade do casamento usando a tecnologia de vídeo.
Será mais um hábito que veio para ficar?
Ontem mostramos os efeitos do Covid nos negócios funerários.
Vacina Covid-19
Conseguiremos encontrar uma vacina rápido o suficiente? E se conseguirmos, será possível produzi-la em massa, de maneira justa?
O surto de ebola que começou em 2013 foi o maior que o mundo já viu; durante três anos, matou mais de 11.000 pessoas na Guiné, Libéria e Serra Leoa. Foi também o responsável pelos primeiros testes em humanos de uma vacina contra a doença. No final dos anos 90, os cientistas canadenses que tentavam entender como o Ebola trabalhava colocaram alguns de seus genes no genoma de um vírus normalmente inofensivo e o injetaram em ratos. Os ratos não adoeceram, como os cientistas esperavam; em vez disso, tornaram-se imunes ao Ebola. Em 2005, esse desenvolvimento acidental havia se tornado uma vacina que poderia ser aplicada de maneira plausível aos seres humanos. Mas não houve surtos de ebola que precisassem.
À medida que o surto de Ebola na África Ocidental ganhou velocidade em 2014, o Wellcome Trust, um financiador britânico de pesquisas médicas, colocou a vacina em testes de segurança iniciais, também conhecidos como testes de fase I, em voluntários saudáveis na Grã-Bretanha, Quênia, Estados Unidos e outros lugares. Em meados de 2015, sua eficácia estava sendo testada em ensaios de fase III na Guiné, onde foi declarada um sucesso. Essa vacina - rvsv-zebov (Ervebo) - agora é aprovada para uso em todo o mundo.
Para uma vacina passar dos ensaios da fase I para a fase III em apenas dez meses, como rvsv-zebov, era algo inédito na época - um exemplo surpreendente do que a urgência e a organização podem fazer. Agora, uma performance repetida, idealmente realizada em um ritmo ainda mais rápido, é a soma do desejo do mundo. Em meados de abril, mais pessoas morrem de covid-19 a cada três dias do que morreram de Ebola no oeste da África ao longo de três anos. Uma vacina não apenas salvaria vidas; mudaria o curso da pandemia de duas maneiras separadas, relacionadas. Protegeria aqueles que foram vacinados de ficarem doentes; e, reduzindo o número de pessoas suscetíveis, impediria a propagação do vírus, protegendo também os não vacinados.
Não havia candidatas pré-existentes à vacina quando a sequência genética do sars-cov-2, o vírus causador do covid-19, foi publicada em 10 de janeiro. Mas a ciência se move muito rapidamente nos dias de hoje. Há relatos de cerca de 86 vacinas candidatas contra o sars-cov-2 em desenvolvimento em todo o mundo, adotando uma ampla variedade de abordagens. Três já começaram os ensaios da fase I. Uma delas, fabricada pela CanSino Biologics, uma empresa chinesa de biotecnologia, em colaboração com uma unidade da Academia de Ciências Médicas Militares da China, dirigida por Chen Wei, um grande general festejado na mídia, foi aprovada para ensaios de fase II, que é desenvolvida para descobrir se uma vacina pode provocar uma resposta imune que pode combater o vírus. Estão sendo recrutados 500 voluntários em Wuhan.
Parece que um ou mais desses muitos esforços levarão a uma vacina funcional. Os veterinários usam vacinas para proteger os animais contra os coronavírus há anos. Na maioria das pessoas infectadas com sars-cov-2, o sistema imunológico é capaz de lidar com o vírus; é por isso que eles não adoecem. Entre os que são infectados, na maioria dos casos o sistema imunológico acaba livrando o corpo do vírus. Um sistema imunológico protegido por uma vacina deve ser capaz de fazê-lo melhor e mais rapidamente.
Mas não basta que uma vacina seja viável. O trabalho de disponibilizá-lo em todo o mundo será igualmente exigente. Uma candidata que se torne uma vacina pode ser identificada antes do fim do terceiro trimestre - talvez mais de uma. Mas mostrar o quão bem funciona, encontrar problemas raros que possam acontecer e fabricá-la em quantidades grandes o suficiente para o mundo inteiro, ainda levará tempo. Melinda Gates, que com seu marido gastou dezenas de bilhões de dólares em vacinas através da Fundação Bill e Melinda Gates, sugeriu que a preparação e distribuição de uma vacina covid-19 poderá levar 18 meses.
Em termos de bem-estar humano, o que importa é tornar esse tempo o mais curto e seguro possível. Em termos de prestígio e política, no entanto, quem conseguir fazer isso também importará muito. Produzir uma vacina eficaz sars-cov-2 será motivo de orgulho enorme para os pesquisadores, empresas e nações responsáveis.
A identidade da equipe de sucesso pode não ter apenas importância em termos de prestígio. A demanda por uma vacina que forneça proteção confiável e segura a populações inteiras será enorme. Atualmente, o mundo faz mais de 5 bilhões de doses de vacina por ano, das quais aproximadamente 1,5 bilhão são vacinas contra a gripe sazonal. Algumas empresas e governos já estão adicionando capacidade antes do desenvolvimento da vacina sars-cov-2. Mas, sem saber qual abordagem de vacina será melhor, há um limite para quanta capacidade pode ser preparada com antecedência.
Se a capacidade de produção de vacinas estiver limitada, a política de vacinação pode ficar desagradável. Uma estratégia ideal para o uso limitado de vacina da maneira que melhor beneficie o mundo pode ser destiná-las a populações de risco. Mas um país com liderança na fabricação de vacinas pode preferir dedicar seus estoques limitados à cobertura universal para seus próprios cidadãos, garantindo uma vantagem para si à custa de uma perda mais ampla para o mundo. Como Richard Hatchett, que dirige a Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemia (cepi), uma ONG, afirma: "Os países estão no dilema de um prisioneiro do mundo real".
Fonte: Aqui, adaptado.
O surto de ebola que começou em 2013 foi o maior que o mundo já viu; durante três anos, matou mais de 11.000 pessoas na Guiné, Libéria e Serra Leoa. Foi também o responsável pelos primeiros testes em humanos de uma vacina contra a doença. No final dos anos 90, os cientistas canadenses que tentavam entender como o Ebola trabalhava colocaram alguns de seus genes no genoma de um vírus normalmente inofensivo e o injetaram em ratos. Os ratos não adoeceram, como os cientistas esperavam; em vez disso, tornaram-se imunes ao Ebola. Em 2005, esse desenvolvimento acidental havia se tornado uma vacina que poderia ser aplicada de maneira plausível aos seres humanos. Mas não houve surtos de ebola que precisassem.
À medida que o surto de Ebola na África Ocidental ganhou velocidade em 2014, o Wellcome Trust, um financiador britânico de pesquisas médicas, colocou a vacina em testes de segurança iniciais, também conhecidos como testes de fase I, em voluntários saudáveis na Grã-Bretanha, Quênia, Estados Unidos e outros lugares. Em meados de 2015, sua eficácia estava sendo testada em ensaios de fase III na Guiné, onde foi declarada um sucesso. Essa vacina - rvsv-zebov (Ervebo) - agora é aprovada para uso em todo o mundo.
Para uma vacina passar dos ensaios da fase I para a fase III em apenas dez meses, como rvsv-zebov, era algo inédito na época - um exemplo surpreendente do que a urgência e a organização podem fazer. Agora, uma performance repetida, idealmente realizada em um ritmo ainda mais rápido, é a soma do desejo do mundo. Em meados de abril, mais pessoas morrem de covid-19 a cada três dias do que morreram de Ebola no oeste da África ao longo de três anos. Uma vacina não apenas salvaria vidas; mudaria o curso da pandemia de duas maneiras separadas, relacionadas. Protegeria aqueles que foram vacinados de ficarem doentes; e, reduzindo o número de pessoas suscetíveis, impediria a propagação do vírus, protegendo também os não vacinados.
Não havia candidatas pré-existentes à vacina quando a sequência genética do sars-cov-2, o vírus causador do covid-19, foi publicada em 10 de janeiro. Mas a ciência se move muito rapidamente nos dias de hoje. Há relatos de cerca de 86 vacinas candidatas contra o sars-cov-2 em desenvolvimento em todo o mundo, adotando uma ampla variedade de abordagens. Três já começaram os ensaios da fase I. Uma delas, fabricada pela CanSino Biologics, uma empresa chinesa de biotecnologia, em colaboração com uma unidade da Academia de Ciências Médicas Militares da China, dirigida por Chen Wei, um grande general festejado na mídia, foi aprovada para ensaios de fase II, que é desenvolvida para descobrir se uma vacina pode provocar uma resposta imune que pode combater o vírus. Estão sendo recrutados 500 voluntários em Wuhan.
Parece que um ou mais desses muitos esforços levarão a uma vacina funcional. Os veterinários usam vacinas para proteger os animais contra os coronavírus há anos. Na maioria das pessoas infectadas com sars-cov-2, o sistema imunológico é capaz de lidar com o vírus; é por isso que eles não adoecem. Entre os que são infectados, na maioria dos casos o sistema imunológico acaba livrando o corpo do vírus. Um sistema imunológico protegido por uma vacina deve ser capaz de fazê-lo melhor e mais rapidamente.
Mas não basta que uma vacina seja viável. O trabalho de disponibilizá-lo em todo o mundo será igualmente exigente. Uma candidata que se torne uma vacina pode ser identificada antes do fim do terceiro trimestre - talvez mais de uma. Mas mostrar o quão bem funciona, encontrar problemas raros que possam acontecer e fabricá-la em quantidades grandes o suficiente para o mundo inteiro, ainda levará tempo. Melinda Gates, que com seu marido gastou dezenas de bilhões de dólares em vacinas através da Fundação Bill e Melinda Gates, sugeriu que a preparação e distribuição de uma vacina covid-19 poderá levar 18 meses.
Em termos de bem-estar humano, o que importa é tornar esse tempo o mais curto e seguro possível. Em termos de prestígio e política, no entanto, quem conseguir fazer isso também importará muito. Produzir uma vacina eficaz sars-cov-2 será motivo de orgulho enorme para os pesquisadores, empresas e nações responsáveis.
A identidade da equipe de sucesso pode não ter apenas importância em termos de prestígio. A demanda por uma vacina que forneça proteção confiável e segura a populações inteiras será enorme. Atualmente, o mundo faz mais de 5 bilhões de doses de vacina por ano, das quais aproximadamente 1,5 bilhão são vacinas contra a gripe sazonal. Algumas empresas e governos já estão adicionando capacidade antes do desenvolvimento da vacina sars-cov-2. Mas, sem saber qual abordagem de vacina será melhor, há um limite para quanta capacidade pode ser preparada com antecedência.
Se a capacidade de produção de vacinas estiver limitada, a política de vacinação pode ficar desagradável. Uma estratégia ideal para o uso limitado de vacina da maneira que melhor beneficie o mundo pode ser destiná-las a populações de risco. Mas um país com liderança na fabricação de vacinas pode preferir dedicar seus estoques limitados à cobertura universal para seus próprios cidadãos, garantindo uma vantagem para si à custa de uma perda mais ampla para o mundo. Como Richard Hatchett, que dirige a Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemia (cepi), uma ONG, afirma: "Os países estão no dilema de um prisioneiro do mundo real".
Fonte: Aqui, adaptado.
23 abril 2020
O que aconteceria se Neo tivesse escolhido a pílula azul?
Saiu no TecMundo:
Uma das grandes dúvidas dos espectadores de Matrix é: o que teria acontecido se Neo (Keanu Reeves) escolhesse tomar a pílula azul? Um curta produzido pelo canal do YouTube Ctrl Shift Face dá a resposta para esse curioso questionamento.
Indicado pelo Cláudio Santana, a quem agradecemos.
Uma das grandes dúvidas dos espectadores de Matrix é: o que teria acontecido se Neo (Keanu Reeves) escolhesse tomar a pílula azul? Um curta produzido pelo canal do YouTube Ctrl Shift Face dá a resposta para esse curioso questionamento.
Indicado pelo Cláudio Santana, a quem agradecemos.
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