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08 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio



Comer doce não é grau de dificuldade 3. Ծ_Ծ

Quarta é dia de resenha

Queridos leitores,
sempre que possível queremos trazer uma resenha na quarta feira. Não apenas de livros, mas também de filmes e séries, quando couber.

Antes das quartas com resenhas, vale a pena relembrar algumas já publicadas:

Por que as nações fracassam. Vale a pena? Para quem se interessa pelo assunto, sim.

O Poder Dos Quietos. Vale a pena? Se você é um quieto, sim.

O Sinal e o Ruído. Vale a pena? Sim. Com 13 capítulos, a obra possui uma leitura muito agradável.

Frequently Asked Questions in Quantitative Finance. Vale a Pena? Só para aqueles que realmente gostam de finanças quantitativas.

Double Entry. Vale a pena? Se você gosta de história ou quer conhecer um pouco mais sobre isto, este livro é altamente recomendado.

Estamos melhorando o blog. Por enquanto, para acessar as resenhas (ou entrevistas, ou listas) utilize a nuvem de palavras-chave no menu lateral.

Agradecemos a companhia.

Boa leitura!


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Rentabilidade dos bancos

Estas é uma daquelas notícias que merecem leitura detalhada. É do Brasil Econômico (Bancos limpam balanços e recuperam rentabilidade, Léa De Luca):

Depois de verem a rentabilidade cair por quatro trimestres seguidos - do quarto de 2011 até o terceiro de 2012 - os bancos engataram uma trajetória de recuperação que culminou no terceiro trimestre de 2013, quando o índice acumulado nos 12 meses anteriores atingiu 14,3%, de acordo com dados do Banco Central.

Pouco esclarecedor. Como foi calculada a rentabilidade? E o valor acumulado? Observe que a fonte é o Banco Central

Segundo estudo divulgado ontem pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), a média do índice de 130 instituições é a maior registrada desde o terceiro trimestre de 2011. 

Aqui já mistura a fonte, usando a Febraban.

Naquele ano, o aumento dos calotes começou a exigir mais provisões, pressionando os ganhos - e a queda dos juros no ano seguinte colaborou.

O termo correto seria resultado. Não está muito claro sobre a "queda dos juros", mas refere-se ao movimento do governo, e dos seus bancos, que pressionaram esta taxa.

No ano passado, após uma marcha a ré em operações de crédito mais arriscadas, os calotes voltaram a seu curso normal. Com isso, as provisões diminuíram e os lucros voltaram a subir. Os lucros acumulados em 12 meses por esses 130 bancos, até 30 de setembro último, atingiram R$ 61,3 bilhões.

É muito estranho usar lucros acumulados aqui. Parte deste lucro pode ter sido distribuído. A não ser que esteja usando a soma dos lucros dos doze meses. Um aspecto que pode confirmar esta hipótese é o fato dos doze meses terminar em 30 de setembro. Pela legislação, não deve existir saldo na conta de lucros acumulados ao final do exercício.

O estudo da Febraban destacou o aumento do resultado da intermediação financeira, com as maiores receitas de crédito (alta de 2% no trimestre e de 4% em 12 meses) e de tesouraria (carteira própria de aplicações em títulos e valores mobiliários), de 20% em três meses e de 19% em um ano. Esse aumento compensou a alta do custo de captação dos bancos, que aconteceu em decorrência da alta da taxa básica de juros, que terminou o ano em 10%. O custo de captação cresceu 9% no trimestre e 22% em 12 meses.

Todo este crescimento depende da relevância de cada conta. Somente apresentar os dados em percentuais não ajuda muito.

O resultado da intermediação foi ainda beneficiado pelo novo recuo nas despesas de provisões (de 6,8% no trimestre e de 8% em 12 meses), diante da queda da inadimplência. Já o recuo de 0,8% das receitas com serviços e tarifas no trimestre e o aumento de 1,5% das despesas de pessoal foram compensados pelo recuo de 3% nas despesas administrativas.

Na comparação anual, o aumento das receitas de serviços e tarifas praticamente compensou as maiores despesas de pessoal e administrativas.

Esta comparação anual deve ser em doze meses, terminado em setembro, conforme o restante da reportagem.

Os ativos dos bancos brasileiros atingiram R$ 5,6 trilhões, com aumento de 2,3% no trimestre e de 12,8% na comparação anual, com crescimento de 18% das operações de crédito, que representam cerca de 38% dos ativos do sistema e aumento de 14,4% nas disponibilidades e de 9,5% na carteira de títulos.

Não ficou claro se os últimos percentuais estavam fazendo referência ao trimestre ou a comparação anual.

Segundo Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Ratings, este ano deve ser parecido com 2013, com rentabilidade novamente nessa faixa (de 14% a 16% ao ano), e um aumento médio de 12% do saldo das operações de crédito. Para Rodrigues, porém, os bancos privados devem recuperar parte da participação de mercado de crédito que perderam para os bancos públicos em 2013. "Ainda vejo espaço para aumento do crédito imobiliário, do consignado e das operações com médias empresas".

No entanto, Rodrigues alerta para o aumento das dificuldades que os bancos médios devem enfrentar para crescer neste ano, uma vez que as exigências de capital tendem a aumentar por exigências do acordo de Basileia III. O patrimônio líquido dos bancos atingiu R$ 435,8 bilhões no final do terceiro trimestre, alta de 3,2% na comparação anual, contribuindo para manter os índices de Basileia entre os maiores desde 2010, em cerca de 17,3%.

Os cinco maiores bancos brasileiros concentravam 76,9% dos ativos e os nove maiores, com ativos superiores a R$ 100 bilhões, representavam 86,3% do total.

Ooops

Uma empresa fez um comunicado para a SEC, a entidade que fiscaliza o mercado de capitais dos Estados Unidos, informando tinha cometido um erro ao anunciar que Ms. Natasha Giordono tinha sido indicado para Chief Financial Officer (CFO). Na realidade, Ms Giordono tinha sido indicada para Chief Executive Officer (CEO).

Ainda Madoff

O banco americano JPMorgan Chase deve pagar nesta semana US$ 2 bilhões, como parte de um acordo civil e criminal com autoridades federais que suspeitam que a instituição ignorou sinais sobre o esquema de pirâmide comandado pelo ex-presidente da Bolsa Nasdaq, Bernard Madoff, 75. De acordo com os termos do acordo, o banco irá pagar mais de US$ 1 bilhão à promotoria de Manhattan e o restante ao Departamento do Tesouro e ao Escritório do Controlador da Moeda (OCC, sigla em inglês). Se o pagamento for efetivado, o montante pago pelo JPMorgan para resolver as investigações do governo nos últimos 12 meses deve chegar a cerca de US$ 20 bilhões. (Fonte: Aqui)

Pudim do Carrefour

Os pudins comercializados pela marca Carrefour na Argentina com a menção "cocaína: 12 gramas" na lista de ingredientes exposta na embalagem movimentou as redes sociais nesta segunda-feira.

Com mais de 500 lojas na Argentina, o grupo francês pediu desculpas a seus clientes, alegando que "houve uma adulteração na etiqueta".

"Foi uma brincadeira de mau gosto por parte de um funcionário da empresa que fornece os pudins da nossa marca", explicou a empresa, em um comunicado.

"Desejamos transmitir tranquilidade aos nossos clientes, garantindo-lhes que não existe nenhum componente estranho nos pudins marca Carrefour como se mencionou nas redes sociais", insistiu a rede.

A empresa reagiu tarde demais. "Do céu, Pablo Escobar deve ter pensado: por que não pensei nisso antes", ironizou Gustavo Ramírez, no Facebook.

"Você quer se drogar barato? Compre pudim no Carrefour que vem com 12 gramas de cocaína", escreveu Bel, no Twitter.

"Vem com surpresa: furor nas redes sociais pelo pudim com cocaína do Carrefour", tuitou Mexofin.

Já Daniel Litovsky deu uma outra sugestão: "se você compra um pudim que diz que tem 12 gramas de cocaína e depois não tem, o Carrefour deveria indenizar você por venda enganosa".

Princesa Cristina é acusada de fraude e lavagem de dinheiro

A filha mais nova do rei Juan Carlos da Espanha, princesa Cristina, está sendo acusada de fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Isto poderá resultar num julgamento inédito de um membro da família real.

O marido da princesa também já foi acusado de fraude, evasão fiscal, falsificação de documentos e peculato. Estes crimes foram cometidos numa fundação de caridade.

Listas: Os atores e diretores mais mortíferos

Fonte: Aqui. A mulher mais fatal é Uma Thurman, obviamente, por Kill Bill.

Os diretores estão a seguir:

07 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio

Para o otimista, o copo está meio cheio...
Para o pessimista, o copo está meio vazio ...
Para o realista, não importa; ele toma o conteúdo do copo...
Para o contador de custo, o copo possui uma capacidade ociosa de 50%...
Para o auditor, é necessário verificar se alguém tomou metade do conteúdo do copo...
Para o contador tributário, metade do conteúdo foi usado para pagar o governo...

Adaptação livre daqui

Economia Brasileira


De costas para o mundo

Edmar Bacha, O Globo, 31/12/2013

O governo acaba de subir de 0,38% para 6,38% o imposto (denominado IOF) sobre cartões de débito, cheques de viagem e saques em moeda estrangeira. O objetivo é reduzir os gastos de turistas brasileiros no exterior, que agora, se quiserem se livrar do imposto, terão que comprar dólares em espécie, com todos os inconvenientes e riscos de serem assaltados que isso implica.

Trata-se de mais uma das desacertadas medidas de encarecimento dos bens e serviços importados que o governo vem adotando em resposta ao déficit das transações comerciais do país com o resto do mundo.

Quando um país tem um excesso de importações sobre exportações tão alto como o Brasil tem, o que ocorre é uma desvalorização de sua moeda em relação ao dólar. Mas o governo teme os efeitos dessa desvalorização sobre a inflação. Por isso, recorre a medidas tópicas de encarecimento de bens e serviços importados que acredita terem menor efeito sobre a inflação do que uma desvalorização da taxa de câmbio.

Outras medidas recentes desse tipo incluem um aumento das tarifas de importação de cem produtos selecionados, uma margem de preferência de 20% para as compras pelo governo de bens produzidos no país, sendo que, no caso de equipamentos hospitalares e medicamentos, a margem de preferência chega a 25%.

Além disso, multas e punições foram instituídas para a venda de equipamentos e insumos para a Petrobras e para a indústria automobilística que não obedecerem aos requisitos de conteúdo local determinados pelo governo. Da mesma forma que com o aumento do IOF sobre o turismo externo, o governo espera que com essas medidas os gastos dos brasileiros no exterior se reduzam, sem ter que desvalorizar o câmbio.

Apesar das medidas protecionistas adotadas pelo governo, o déficit nas transações externas do país continua aumentando. Além disso, a perspectiva de elevação dos juros nos EUA reduz a oferta de dólares para financiar esse déficit.

Em consequência, os agentes do mercado financeiro antecipam que, mais cedo ou mais tarde, o governo terá que deixar o câmbio se desvalorizar. Tratam então de comprar dólares para ganhar com a desvalorização futura esperada. O efeito dessas compras seria desvalorizar o câmbio hoje.

Mas nesse caso, também, o governo procura evitar a desvalorização, vendendo ao mercado financeiro um seguro contra a desvalorização futura, os chamados swaps reversos do Banco Central. Esse seguro tem como lastro as reservas internacionais do Banco Central. Entretanto, o saldo das vendas desse seguro está crescendo dia a dia.

No ritmo atual, estima-se que até o início de 2015 seu valor equivalerá a nada menos do que a metade das reservas internacionais. Trata-se de uma política insustentável, que não tem como prosseguir indefinidamente.

Em tom menor, é uma repetição do que vimos acontecer em 1986, quando o governo de José Sarney adiou para depois das eleições de novembro daquele ano os ajustes que se faziam necessários no Plano Cruzado. Quando esses ajustes foram feitos de forma mambembe no início de 1987, a hiperinflação tomou conta do país.

A hiperinflação não vai voltar em 2015, pois o país é outro, graças ao Plano Real e às reformas que se lhe sucederam. Mas, com as políticas equivocadas que o atual governo persegue em relação ao déficit externo, corremos o risco de haver uma maxidesvalorização após as eleições de outubro de 2014, seguida de forte contenção monetária e fiscal para evitar um aumento da inflação. Isso provocaria recessão e desemprego em 2015. Já vimos esse filme de terror acontecer em 2002 e 2003. E dele só saímos graças ao auge das commodities, que ocorreu a partir de 2004.

Mas pode ser ainda pior do que isso. Caso a atual presidente seja reeleita, dadas suas propensões intervencionistas, ela poderá não resistir à tentação que Lula teve no início de 2004, de abandonar as políticas de austeridade de Palocci e Meirelles e abraçar as alternativas favorecidas pelos economistas do PT.

O que esses economistas fariam para enfrentar a corrida ao dólar está anunciado em diversos artigos publicados por eles na imprensa — trata-se da centralização cambial. A flutuação do dólar seria abolida e se instituiria o monopólio do câmbio por parte do governo. Os dólares seriam racionados para atender às importações essenciais.

O resto das transações externas iria para o mercado negro, como ocorre hoje na Venezuela e na Argentina. Daríamos de vez as costas para o mundo, de forma consistente com a política de avestruz que o atual governo vem adotando desde a crise de 2009.

Mercado de Arte Chinês e a dificuldade de Avaliação

Em postagem anterior comentamos de alguns dos problemas da avaliação de uma obra de arte. Para o caso no mercado de artes é muito difícil usar as técnicas tradicionais de avaliação, como o fluxo de caixa descontado. Mesmo um painel com opinião de especialistas pode apresentar divergências substancias.

O mercado de artes chinês mostra que o próprio mercado não é um parâmetro adequado. Nos últimos anos, os artistas chineses estão dominando as vendas neste mercado (gráfico). Em 2011 três dos cinco maiores artistas em termos de vendas eram chineses. Um deles, Chang Daí-Chien, um artista que chegou a viver em Mogi das Cruzes, teve suas obras vendidas por quase meio bilhão de dólar.


Existem diversas explicações para a explosão do mercado de artes chinês e da distorção do preço das obras. A mais obvia refere-se a qualidade das obras e o valor das peças seria um reflexo desta qualidade.

Uma segunda explicação é que as obras chinesas chegam aos leilões, enquanto as obras de outros países ou estão nos museus, onde provavelmente não serão levadas ao mercado, ou são transacionadas entre as partes, com pouca divulgação. Esta explicação precisaria de um maior suporte de dados.

Outra possibilidade para explicar a explosão do mercado de artes da China é que neste país a arte pode ser uma maneira de suborno elegante. Em lugar de dinheiro, doa-se um quadro de Chang Daí-Chien, que é um “presente” difícil de rastrear e mais elegante.

Quarto, a resposta pode estar no próprio mercado. Um estudo de um das transações mostrou uma pintura de Qi Baishi, vendida por 65 milhões de dólares, não aconteceu de fato. Depois do leilão da obra, o ganhador não efetuou o pagamento, questionando a originalidade da obra. Isto parece ser um fato comum na China, indicando que o preço dos leilões não é um parâmetro adequado.

Quinto, a liquidez do mercado de artes da China é bastante elevada. Uma pintura de Qi Baishi foi vendida quatro vezes em dez anos. Isto não é comum no ocidente. A maior liquidez das obras chinesa pode ser resultante da existência de uma bolha especulativa do mercado chinês. Parte desta liquidez poderia ser explicada pelo “presente” dado: um empresário compra uma obra de Qi Baishi para presente um funcionário do governo; este, por sua vez, transforma o mimo em dinheiro, levando o quadro ao leilão. Outro empresário compra este quadro para presentear outro funcionário.

Mas o mercado de arte chinês tem um problema adicional: a dificuldade de identificar as obras pelo período em que foi realizada. Enquanto um diletante consegue discernir entre um quadro de um pintor francês do final do século XIX de um pintor espanhol do início do século XX (ou mesmo um quadro de Picasso da fase azul da fase rosa), isto não é possível na pintura chinesa. Um quadro chinês poderia ter sido pintado há 300 anos ou recentemente.

Para complicar ainda mais, os próprios grandes artistas chineses se dedicaram a falsificar suas obras, como é o caso de Chang Daí-Chien (muito embora a questão de falsificação também andou perto de alguns grandes nomes da pintura ocidental, como Dalí).

Para contabilidade, a questão do mercado de arte chinês pode representar um interessante estudo de caso da dificuldade de mensurar obra de arte.

Leia mais em SALMON, Felix. China´s broken art market

Listas: 10 filmes mais pirateados em 2013

Os filmes mais pirateados no BitTorrent (e o número de downloads)

1. O Hobbit = 8,4 milhões (receita no cinema de US$1 bilhão) (fotografia)
2. Django Livre = 8,1 milhões (425 milhões de receita)
3. Velozes e Furiosos 6 = 7,9 milhões (789 milhões)
4. Homem de ferro 3 = 7,6 milhões (1,2 bilhão)
5. O Lado bom da vida = 7,5 milhões (236 milhões)
6. Além da escuridão: Star Trek = 7,4 milhões (467 milhões)
7. Caça aos Gangsters = 7,2 milhões (105 milhões)
8. Truque de mestre = 7 milhões (351 milhões)
9. Se beber não case III = 6,9 milhões (351 milhões)
10. Guerra Mundial Z = 6,7 milhões (540 milhões)

Novas regras para o reconhecimento da receita são necessárias?

Tom Selling debate  as mudanças em andamento nas regras do reconhecimento da receita.

Recapitulando, as duas maiores entidades reguladoras contábeis, o Iasb e o Fasb (este específico dos Estados Unidos, mas com aplicações em outros países) fizeram um acordo de tentar ter algumas normas em comum. Para esta pequena seleção, as entidades reuniram e estão tentando aprovar padrões idênticos. Entre esta seleção encontra-se uma norma para o reconhecimento da receita. Tradicionalmente a receita é reconhecida quando completada o fato gerador. Mas existem algumas operações onde é difícil determinar este fato gerador ou eventos que estão vinculados entre si. Para este conjunto complexo de reconhecimento da receita, Iasb e Fasb fizeram um esboço preliminar.


A crítica de Selling aponta três aspectos. Em primeiro lugar, a discussão sobre uma norma faz sentido quando existem problemas a serem resolvidos. No caso do leasing, o problema era a necessidade de colocar no balanço estas operações. Mas para Selling, não existiria nada a ser consertado com o reconhecimento da receita. Neste aspecto contábil, o número de problemas tem-se reduzido ao longo dos anos. Em segundo lugar, os custos de transição parecem superiores aos benefícios futuros, inclusive para os investidores.  Finalmente,  apesar do trabalho conjunto, Selling não acredita que haverá uma aplicação consistente entre os diversos países. 

06 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio

Uma montagem de situações onde o atual presidente francês tenta cumprimentar pessoas e não é correspondido.

História da Contabilidade: A Correção do Imobilizado entre 1939 a 1964

A experiência brasileira com o tratamento da inflação nas demonstrações contábeis foi talvez a principal contribuição do nosso país para este campo do conhecimento. Durante décadas o Brasil conviveu com elevados níveis inflacionário, sendo necessário criar mecanismos para que as demonstrações contábeis não perdessem sua utilidade.

Muitos artigos começam a descrever este processo com os artigos existentes na Lei 6.404, que possibilitou a correção dos ativos permanentes e do patrimônio líquido, tendo como contrapartida uma conta de resultado. Diversos textos já mostraram que este mecanismo simplificado permitia não somente a atualização dos valores do balanço patrimonial, como também estabelecia a possibilidade de reconhecer, indiretamente, os efeitos inflacionários das contas de resultados.

A Lei 6.404 sofria de três problemas graves, conforme Niyama e Silva mostram no livro Teoria da Contabilidade: a não correção dos estoques, o não tratamento adequado das operações a prazo e a manipulação dos índices de correção. Os dois primeiros problemas foram resolvidos com a adoção da correção integral. O terceiro era uma questão que afetava a confiabilidade dos valores corrigidos e afetava o resultado apurado pelas empresas.

Mas muito antes da existência da correção monetária das demonstrações contábeis, instituída pela lei 6.404, existia no Brasil a possibilidade de se fazer a correção do imobilizado das empresas. E cabia ao governo determinar o índice de correção deste imobilizado das empresas. Usando uma tabela publicada em fevereiro de 1965 (1), fizemos um breve estudo comparativo entre o índice de correção das demonstrações contábeis e a inflação do período.

Antes de apresentar o resultado é importante destacar que apesar da existência da correção do imobilizado desde 1938, somente em fevereiro de 1939 tivemos o início da mensuração da inflação no Brasil, através do índice de preços ao consumidor, calculado pela Fipe. Alguns anos depois, a Fundação Getúlio Vargas passa a calcular o IGP. Assim, para este breve texto utilizamos o índice da Fipe, pela maior confiabilidade (segundo minha opinião) e por permitir um aproveitamento maior das informações.

O comportamento dos dois índices encontra-se na figura a seguir, sendo que o índice que corrigia o imobilizado é a linha azul e o índice da FIPE é a linha vermelha.

De imediato é perceptível a grande diferença entre as duas linhas na penúltima observação, quando a correção do imobilizado foi de 120% e a inflação da Fipe foi de 81%. Em 1953 também ocorreu uma grande diferença entre os índices, já que a correção do imobilizado foi somente de 0,7% e a inflação atingiu a 19,2%.

Durante os 26 anos de comparação, em 17 a correção do imobilizado ficou abaixo da inflação Fipe. Isto corresponde a dois terços dos casos, sendo um indicio que a processo de manipulação da correção das demonstrações contábeis é anterior a lei 6.404 (2).

Quando se usa os valores acumulados das correções para estes 26 anos tem-se um resultado de 192%, enquanto a inflação foi de 280%. Ou seja, em valores acumulados, a inflação foi quase 50% maior que a correção do imobilizado no período. Mas esta diferença nem sempre representou, nitidamente, uma manipulação.

A figura a seguir mostra a evolução desta diferença acumulada entre os dois valores. É possível perceber que em alguns anos o índice de correção foi subestimado, em outros superestimados.

Mas de uma maneira geral, os valores parecem indicar que a prática da manipulação contábil é mais antiga do que imaginamos.

Notas
(1) Valores obtidos no O Estado de S Paulo, 10 de fevereiro de 1965, ed 27549, p 19.
(2) Entretanto, esta afirmação precisa ser considerada com ressalva, já que o teste não paramétrico de sinais apresentou uma significância de 0,17.

História da Contabilidade: Depreciação e Fisco na década de 60


Estamos tão acostumados com o nosso padrão atual de contabilidade que estranhamos quando deparamos com informações antigas. Isto também é válido para as normatizações. A depreciação é uma prática contábil que mereceria um estudo mais aprofundado da sua evolução no tempo. Parte significativa de sua utilização se deve a norma fiscal e aos benefícios em termos de pagamento de imposto resultante de seu reconhecimento. Tanto é assim que usamos, quase que automaticamente, as taxas de depreciação recomendadas pelo fisco.

Outro aspecto curioso refere-se a sua localização dentro do balanço patrimonial. Nos dias atuais a depreciação acumulada é considerada uma conta redutora do permanente. Em termos contábeis, trata-se de uma conta de ativo, com saldo credor. No passado, entretanto, a depreciação chegou a ser considerada uma conta do passivo. Veja o que diz uma norma do fisco de 1965:

A depreciação acumulada deverá figurar no passivo não exigível, em correspondência com as contas ou subcontas de ativo imobilizado. (1)

É interessante notar que neste período, as taxas de depreciação deveriam ser determinadas pelo Instituto Nacional de Tecnologia, conforme esta norma de 1958:

O Instituto Nacional de Tecnologia fixará os critérios para determinação da vida útil das máquinas e equipamentos, para cada tipo de indústria, subsistindo os critérios atuais até que sejam fixados os atos competentes do referido Instituto. (2)

Um aspecto também relevante é que a depreciação já incidia sobre o valor corrigido do bem, conforme esta legislação:

No cálculo das quotas anuais de depreciação ou amortização para efeitos do Impôsto de Renda, considerar-se-á o valor da aquisição o valor original dos bens (3)

Referências
(1) O Estado de S Paulo, 10 de fevereiro de 1965, ed 27549, p. 19.
(2) Lei 3470, de 28 de novembro de 1958
(3) Lei 4357, de 16 de julho de 1964. Vide também a Lei 4.506, de 30 de novembro de 1964. Note o leitor que ambas as leis são posteriores a mudança de governo ocorrida em 1964.

Custo do Judiciário

O Poder Judiciário federal vai custar aos brasileiros quase 100 milhões de reais por dia em 2014. É o que indica levantamento da ONG Contas Abertas com base no projeto de Lei Orçamentária Anual para o ano que vem, divulgado nesta segunda-feira. Segundo a previsão orçamentária, o Judiciário custará 34,4 bilhões de reais aos cofres públicos ao longo do ano - uma média de 94,4 milhões de reais por dia. O levantamento levou em consideração o orçamento do Conselho Nacional de Justiça, as justiças do Trabalho, Eleitoral, Federal e Militar da União. Também foram contabilizados os orçamentos do Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Os valores computados não levaram em consideração possíveis emendas incorporadas ao orçamento aprovado, que podem elevar ainda mais o gasto. A maior parcela dos gastos do Judiciário são destinadas ao pagamento de pessoal e encargos. Ao todo, o custo será de 26,2 bilhões de reais previstos para o ano que vem.

Outras despesas - A segunda maior previsão de gastos é justificada como “outras despesas correntes”, estimadas em 6,9 bilhões de reais. Os gastos são para manutenção das atividades dos órgãos. Os exemplos mais típicos de compras são material de consumo, material de distribuição gratuita, passagens aéreas e despesas de locomoção, serviços de terceiros, locação de mão de obra, arrendamento mercantil, auxílio-alimentação, entre outras. Os investimentos previstos para o próximo ano devem chegar a 1,3 bilhão de reais. O valor será destinado à aplicação de capital em meios de produção e instalações de máquinas e gastos com transporte e infraestrutura.

Trabalho - A esfera que lidera o ranking de gastos no Judiciário é a Justiça do Trabalho. Com o Tribunal Superior do Trabalho, 24 Tribunais Regionais e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho serão gastos 15,3 bilhões de reais em 2014. Cerca de 81% dos recursos serão destinados ao pagamento de pessoal e encargos.

O segundo maior orçamento é da Justiça Federal, que deverá contar com 8,9 bilhões de reais. A Justiça Federal tem competência para o julgamento de ações nas quais a União, suas autarquias, fundações e empresas públicas federais figurem como autoras ou rés. A Justiça Eleitoral é a terceira maior em termos orçamentários, com a previsão de gastos em torno de 5,9 bilhões de reais.

STF - Já o Supremo Tribunal Federal (STF) irá contar com 564,1 milhões de reais para o ano que vem, dos quais 324,1 milhões de reais serão destinados ao pagamento de pessoal e 200,6 milhões de reais para despesas correntes. Já o Superior Tribunal de Justiça (STJ) contará com orçamento de 1,1 bilhão de reais em 2014.

Lentidão - O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou, em outubro, a pesquisa Justiça em Números 2013. De acordo com os dados, referentes ao ano de 2012, de cada 100 processos que tramitaram pelo Judiciário, apenas trinta foram julgados e realmente tiveram um fim.

O CNJ aponta que o principal problema da Justiça é a dificuldade de solucionar processos antigos. Durante todo o ano de 2012, 92 milhões de processos tramitaram na Justiça, e a taxa de casos não solucionados ficou em 70%. Segundo o CNJ, a taxa é elevada devido à pendência de processos que estão na primeira instância do Judiciário. A aglomeração sobe para 80% nas ações em fase de execução.

De acordo com a pesquisa, o acúmulo de processos se concentra na Justiça Estadual. “Verifica-se nesse ramo relativa desproporcionalidade dos recursos financeiros e humanos em comparação aos litígios, já que [a Justiça Estadual] conta com 55% das despesas do Poder Judiciário Nacional, 70% dos magistrados, 66% de servidores, no entanto, concentra 78% dos processos em tramitação”, expõe o relatório.

Fonte: Aqui

Turma da Mônica e o Ministério Público

Alunos de escolas da rede pública do Rio de Janeiro receberam a revista Turma da Mônica e o Ministério Público. No gibi, a turminha recebe a ajuda de um promotor em uma causa ambiental no Bairro do Limoeiro. Ao mesmo tempo, ele mostra para Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão como o Ministério Público trabalha.  



A revista também está disponível aqui.


Listas: Os analgésicos mais vendidos

Por valor

1. Neosaldina - Takeda
2. Tylenol - J&J
3. Novalgina - Sanofi
4. Anador - Boehringer
5. Alivium - Hypermarcas
6. Dipirona Sódica - Medley
7. Lisador - Hypermarcas
8. Engov - Hypermarcas
9. Advil - Pfizer
10. Doralgina - Hypermarcas

Por unidade
1. Dipimed - Medquímica
2. Neosaldina - Takeda
3. Novalgina- Sanofi
4. Dipirona Sódica - EMS
5. Dipirona Sódica - Medley
6. Tylenol - J&J
7. Dipirona Sódica - Hypermarcas
8. Alivium - Hypermarcas
9. Maxalgina - Natulub
10. Paracetamol - Medley

Fonte: Estado de S Paulo, 30 de dezembro de 2013, p. B1.

05 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio


Recentemente encontrei um ex-aluno que disse:
"Sempre gostei de você porque não tinha favoritos.
Você era mau com todo mundo."

Obrigado, acho...