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10 outubro 2013

Estrutura Conceitual: Passivo - Parte 4

Obrigações Presentes

Relembrando, a definição proposta de passivo por parte do Iasb considera: (a) uma obrigação presente; (b) derivada de eventos passados; e (c) transferência de recursos econômicos. O Iasb considera que a existência de obrigação presente pode gerar confusão em algumas situações onde ainda existiriam possíveis futuras obrigações. Estas situações acontecem quando um evento passado já ocorreu, mas não existe certeza se este evento (ou eventos, naturalmente) é suficiente para criar uma obrigação presente. Nestas situações, eventos futuros irão decidir se a entidade tem ou não um passivo.

Em algumas destas situações, os eventos futuros fogem do controle da entidade, enquanto em outros irá depender da própria ação da entidade. Para o primeiro caso, o Iasb considera que se tem um passivo.

O problema maior ocorre no segundo caso, onde a entidade pode agir para criar ou não um passivo. É importante destacar de novo que nestas situações a existência do passivo irá depender da ação da própria entidade. Um exemplo é um contrato que a entidade faz com seus funcionários, onde se compromete pagar um bônus quando completar um tempo de serviço. Este bônus seria um passivo? Se a entidade encerrar o contrato com o funcionário antes de se cumprir o tempo de serviço deixa de existir.

Na proposta de estrutura conceitual, o Iasb apresenta três possibilidades. Estas alternativas de tratamento variam entre o não reconhecimento – que o Iasb chama de View 1 – e o reconhecimento – View 3 – como passivo.

Na alternativa primeira uma obrigação presente somente seria considerada um passivo se fosse resultado de eventos passados de maneira incondicional. Ou seja, uma entidade não teria como evita-la. Nesta alternativa, as obrigações atuais que dependam de uma ação da própria entidade não seriam reconhecidas.

Na segunda alternativa seriam considerados como passivo os eventos que fossem praticamente incondicionais. Ou seja, quando a entidade não possuisse muita possibilidade de evitar a obrigação. Esta alternativa irá reconhecer uma quantidade maior de passivo que a primeira alternativa.

A terceira opção consideraria como passivo os eventos onde podem existir ações condicionais por parte da entidade. Esta alternativa irá reconhecer uma quantidade maior de passivo do que as outras opções. Seria a alternativa mais conservadora, já que possibilitaria um aumento no passivo.

Na proposta de estrutura conceitual, o Iasb optou por abordagens mais prudentes. Ou seja, o Iasb já rejeitou de antemão a primeira alternativa, mas está considerando as duas outras possibilidades.


O interessante é que o Iasb aparentemente não considerou a possibilidade de que a própria entidade determinasse o reconhecimento, baseado na sua intenção de executar a ação necessária para que o evento futuro se transformasse numa obrigação. Isto seria muito mais útil para o usuário, enquandrando-se melhor na filosofia do Iasb, baseada em princípios, não em regras. 

Caixa Registradora

A registradora foi um dos maiores inventos para as empresas. Como tal, possibilita o controle mais efetivo das vendas.

Cansando dos funcionários de mão leve que furtavam o dinheiro de seu bar em Dayton, Ohio, o proprietário James Ritty (1836-1918) decidiu criar um sistema para impedir os desfalques.

Ritty se inspirou a inventar a máquia depois de viajar de navio para a Europa. A bordo da embarcação, ficou fascinado com uma geringonça que registrava o número de rotações da hélice do navio. Ritty então se pôs a trabalhar no protótipo da primeira caixa registradora.

Ritty tinha sido educado como mecânico, mas abdicara do trabalho manual para cuidar de seu próprio negócio. Foram necessárias várias tentativas para criar um modelo funcional, mas com a ajuda de seu irmão mecânico, a primeira caixa registradora - "A Caixa Inviolável de Ritty" - foi patenteada em 1879. 

A caixa registradora de Ritty tem diferenças significativas em relação aos modelos atuais. Um exemplo é que não tinha gaveta para o dinheiro. As máquinas serviam apenas para registrar quando uma transação era feita, somando o montante total num mostrador como o de um relógio. Ritty continuou a aperfeiçoar a máquina, mais tarde acrescentando bobinas de papel e pinos que faziam o registro físico de transação, e começou a vendê-as ao público.

1001 Invenções que mudaram o mundo. Sextante, 2009, p. 412.

Minoritários da OGX

O economista Aurélio Valporto, acionista minoritário da OGX, acusa o empresário Eike Batista e a empresa petroleira de fraude ao divulgar perspectivas exageradamente otimistas sobre reservas de petróleo. Sugere ainda que há indícios de uso de informações privilegiadas na compra e venda de ações por parte do controlador da companhia na época da divulgação dos fatos relevantes.

Entre os indícios compilados em relatório por Valporto - integrante de um grupo de acionistas que pretende entrar com ação judicial contra a OGX - está a divulgação, em fato relevante de janeiro de 2012, da "presença de hidrocarbonetos no poço 1-OGX-63-SPS, no bloco BM-S-57, na Bacia de Santos". O bloco seria devolvido, sem alarde, um ano depois.

O minoritário afirma que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a BM&FBovespa foram negligentes ao não cobrar rigor na divulgação de informações pela OGX. O grupo de minoritários pretende ir à Justiça não apenas contra a OGX, mas também contra Eike, Bolsa e CVM.

A OGX e a BM&FBovespa não comentaram as acusações. Já a CVM afirma, em nota, que o "dever de comunicação de fatos relevantes, internos ou externos, é atribuído exclusivamente à companhia".

Boas notícias em série. De outubro de 2009 a maio de 2012, a OGX fez 55 anúncios de descoberta de petróleo ou declarações de comercialidade (que indicam que a área vai virar um campo produtor).

No caso da divulgação da descoberta do 1-OGX-63-SPS, em 16 janeiro de 2012, o fato relevante da OGX não mencionava estimativa de reservas. Porém, circulou no mercado que o reservatório teria até 3 bilhões de barris. As ações da petroleira fecharam em alta de 5,37% no dia.

Em 1º de fevereiro de 2012, a OGX divulgou outro fato relevante confirmando a descoberta. Nele, referiu-se apenas ao potencial total da Bacia de Santos, de 1,8 bilhão de barris de petróleo e gás, e dizia que, com novos testes, os volumes superariam as "estimativas vigentes".

Outro caso refere-se aos blocos BM-C-37 e BM-C-38, na Bacia de Campos. Ao divulgar os resultados do terceiro trimestre de 2012, a OGX anunciou que os prospectos Cozumel, Tulum, Cancun, Viedma e Cotopaxi poderiam ter até 1,196 bilhão de barris. Em 31 de janeiro deste ano, porém, a OGX anunciaria que o poço em Cozumel era seco. "O objetivo da fraude engendrada contra os investidores e pequenos acionistas foi a de fazê-los crer que a fase de alto risco já havia terminado", diz o relatório de Valporto. (...)


Fonte: Aqui

Onde estão os ricos do mundo

O gráfico mostra a localização dos ricos no mundo. Considerando aqueles com riqueza acima de 50 milhões de dólares, segundo o Credit Suisse, são quase 100 mil pessoas. Estados Unidos lidera. Depois China, um país comunista, Alemanha, Suíça. O Brasil aparece em 13o., após Rússia e Índia.

09 outubro 2013

Rir é o melhor remédio


Peanuts por Charles M. Schulz

Estrutura Conceitual do Iasb - Passivo Parte 3

A questão das Obrigações não Formalizadas (Constructive Obligations) (continuação)

O Iasb analisou duas alternativas para resolver a questão das obrigações não formalizadas. A primeira é dar orientações para ajudar no uso das obrigações não formalizadas. A segunda é alterar a definição do passivo, de modo a considerar somente as obrigações onde a entidade é obrigada a cumprir a obrigação.

No primeiro caso (dar orientações para o uso das Obrigações não Formalizadas) seria feito um esclarecimento sobre o uso das obrigações não formalizadas. Isto incluiria a necessidade de que este passivo esteja relacionado a um dever ou uma responsabilidade para com terceiros. A proposta do Iasb contemplaria situações onde as obrigações não formalizadas sejam “fortes” (este termo não é do Iasb) o suficiente para serem consideradas como passivo.

A segunda possibilidade poderia resultar na alteração da definição de passivo de modo a incluir a necessidade da outra parte (aquele que irá usufruir do cumprimento da obrigação) a ter algum tipo de poder para impor à entidade a obrigação. Esta possibilidade evitaria uma discussão sobre obrigações não formalizadas.


A posição do Iasb é no sentido de considerar as obrigações não formalizadas. O Iasb acredita que esta é uma informação relevante para o usuário. Entre as duas alternativas, o regulador propõe não alterar a definição de passivo, mas apresentar mais orientações para ajudar a distinguir as obrigações não formalizadas da “compulsão econômica”. 

Entrevista com Sérgio Lazzarini

O pesquisador Sérgio Lazzarini sempre foi um crítico da chamada política de campeões nacionais, estratégia que garantiu, para a consolidação de grupos brasileiros, dinheiro farto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na semana que passou, ele viu na fusão da Portugal Telecom com a Oi - agora uma ex-campeã nacional endividada - um reforço nos seus argumentos.
"A fusão coloca sérias dúvidas sobre os benefícios de tantos aportes governamentais e esforços para as consolidações setoriais", diz. Com o economista mexicano Aldo Musacchio, Lazzarini acaba de concluir um livro que amplia a discussão sobre as relações entre governo e negócios, Reinventing State Capitalism: Leviathan in Business, Brazil and Beyond (numa tradução livre, Reinventando o Capitalismo de Estado: Leviatã nos Negócios, no Brasil e Além), que chega às livrarias em 2014, pela editora Harvard University Press. Na entrevista a seguir, ele explica por que defende uma mudança na política de fomento empresarial.
Nesta semana a Oi, umas das "campeãs nacionais", anunciou uma fusão com a Portugal Telecom. Como podemos interpretar esse desfecho para a empresa?
Como outras campeãs nacionais, a Oi decepcionou. Não teve um bom desempenho quando se olha a evolução da rentabilidade e de sua ação na bolsa. A empresa teve um grau crescente de endividamento, como outros eleitos campeões, como JBS e Marfrig. Tratamos desses problemas em matérias no Estadão há pouco tempo. A fusão da Oi com a Portugal Telecom coloca sérias dúvidas para a sociedade sobre os benefícios de tantos aportes governamentais e esforços para as consolidações setoriais. Fica a dúvida se tudo valeu a pena.
Por que empresas que receberam ajudas bilionárias passam por problemas? Há nisso uma espécie de fenômeno psicológico ou sociológico: elas ficam lenientes ou menos rígidas no trato com o capital por tê-lo recebido de maneira mais generosa?
É uma boa pergunta. O fenômeno não é psicológico nem sociológico. É econômico mesmo. Um país que adotou a política de ajudar as suas empresas - e que o governo brasileiro gosta muito de usar como exemplo - é a Coreia do Sul. Mas lá o governo adotou certos critérios para incentivar a formação de grandes conglomerados. Estabeleceu metas claras e cobrou: "Meu caro empresário, você vai ter de competir no mundo. Vai ter de exportar. Vai ter de se expandir". Por que fizeram isso? Porque sabiam que apenas os mais forte sobreviveriam. E o comprometimento feito entre Estado e empresa era crível: "Empresa, se você não for bem, eu aborto a minha participação, a minha alocação e não te dou mais capital". No Brasil não há metas. A Oi nem exporta. O seu foco é o mercado doméstico. Não houve a preocupação de fazer dela uma empresa competitiva internacionalmente. E mais: não houve disciplina prevendo que a alocação seria abortada se o negócio não fosse para frente. Eu ouvi informações desencontradas sobre qual vai ser a posição do BNDES daqui para a frente em relação à Oi. Na minha opinião, a decisão é clara. Não tem aporte nenhum. Deve aproveitar para sair da empresa. Capitalizar essa fusão seria um erro e por uma razão simples: a estratégia na Oi, efetivamente, na ponta do lápis, não deu certo.
O atual governo entende que o Estado é indutor do crescimento. Esse conceito mostrou-se errado ou o problema foi a forma como foi posto em prática?
O problema foi a forma. Só os mais radicais ignoram a importância do Estado como indutor do crescimento. Mesmo nos Estados Unidos há setores que devem muito à participação do Estado. O setor de tecnologia, de computação, se desenvolveu dentro de universidades partindo de investimentos em tecnologia militar. O Estado tem seu papel na promoção de setores e também papel na melhoria do ambiente de negócios, da educação, que geram benefícios indiretos para as empresas. Mas aqui no Brasil o que se coloca em xeque é o modelo. Não há clareza nos critérios. Não há política de monitoramento. E não há política de saída do BNDES. E deveria ser assim: a empresa não performou, tchau.
Quais são os setores que mereceriam mais atenção no Brasil?
Temos a grande missão de melhorar o ambiente de negócios no Brasil de forma geral. Dito isso, acredito que devemos aproveitar as vantagens de cadeias produtivas estabelecidas. No agronegócio, por exemplo, seria possível fomentar o empreendedorismo local em áreas de insumos avançados, de biotecnologia, de tecnologias ambientais. Aproveitaríamos centros de pesquisas e competências já estabelecidos para incentivar a criação de novos negócios. O resultado sempre será incerto. É muito importante saber que as escolhas são incertas. Há um grande risco de errar. Mas o importante é ter critérios rigorosos de acompanhamento da política e não deixar que os perdedores permaneçam no processo.
O BNDES deve pisar no freio?
Há espaço para o BNDES seguir adiante, mas de forma muito mais criteriosa. Muitos bancos de desenvolvimento no mundo estão colocando mais dinheiro em pequenos e médios negócios inovadores. Neste momento, o BNDES deu uma guinada para incentivar projetos de infraestrutura - o que acho interessante. Mas é preciso cautela: existem projetos e projetos. Um aeroporto lucrativo não precisa de dinheiro público. Mas uma obra de saneamento, sim, porque é mais difícil de atrair capital privado. Precisamos desse tipo de análise.
O sr. tem um trabalho novo sobre o tema.
Estou prestes a publicar um livro, que é uma espécie de resumo sobre o tema. Uma tentativa de entender o complexo processo de intervenção do governo nas empresas. Chama-se Reinventing State Capitalism: Leviathan in Business, Brazil and Beyond. O apelido do governo, bem lembrado pela revista The Economist, é o Leviatã (o monstro bíblico semelhante a um polvo foi usado, em 1651, pelo filósofo inglês Thomas Hobbes, como analogia para o intervencionismo estatal). No livro, bebemos bastante da experiência do Brasil e observamos outros exemplos no mundo. Vemos o que foi feito e o que pode ser melhorado. A grosso modo, temos o modelo majoritário, cujo melhor exemplo é a Petrobrás, e o modelo minoritário, que foi adotado no caso dos campeões nacionais, com participações minoritárias em empresas. Os dois têm benefícios e riscos. Por exemplo, no majoritário muitas estatais melhoraram a governança para evitar intervenções como a que vimos na Petrobrás. No caso do modelo minoritário, a discussão segue a linha que adotamos aqui: precisamos escolher empresas que têm potencial de trazer novas oportunidades para a economia, mas que não têm acesso facilitado ao crédito porque são investimentos arriscados.
Há algum modelo de política industrial em que o Brasil deveria se inspirar neste momento?
Eu sou fã do modelo do nosso vizinho Chile. O banco de desenvolvimento de lá não dá empréstimos e não ajuda grandes grupos. Entra como garantidor de 50% a 80% de financiamentos voltados para empreendedores com novas ideias. Outra coisa. A gente fica aqui se debatendo se é ou não é bom ser exportador de matérias-primas. O Chile é um exportador de matérias-primas, basicamente de cobre, e usa isso a seu favor. Os royalties do minério vão para um fundo de inovação que apoia empresas. Um exemplo: o empreendedor recebe 40 mil para desenvolver um produto por um ano. Passado o prazo, se não entregar nada, tchau. Se lançou, ótimo. Eles dão mais 100 mil para ele se expandir, mas o faturamento vai ter de crescer em 50% no próximo ano. É assim que se faz: com metas e com monitoramento.
Fonte: aqui

Receita e Empresas

Segundo matéria do Estado de S Paulo, a "Disputa entre Receita e empresas está perto do fim". Refere-se a questão tributária dos lucros de subsidiárias no exterior.

O governo deve editar, nos próximos dias, uma Medida Provisória (MP) que vai permitir, pelo prazo de quatro anos, que empresas brasileiras com subsidiárias no exterior consolidem seus resultados em um único país, desde que não seja em um paraíso fiscal.

Dessa forma, o governo espera resolver uma briga na Justiça, estimada em R$ 70 bilhões, sobre a cobrança do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre os ganhos obtidos no exterior. A operação, chamada de consolidação vertical dos resultados no exterior, é um pleito antigo das empresas. Ela possibilita uma espécie de compensação de prejuízos e lucros de controladas e coligadas em países distintos. Permitida nas economias avançadas, ela é proibida no Brasil.
O governo também determinará que, ao ingressar com o lucro no País, as empresas terão de pagar a eventual diferença de alíquota existente entre o IR e a CSLL paga no exterior e a cobrada aqui.

Assim, por exemplo, se a empresa recolher 25% lá fora, terá um adicional a pagar. A alíquota no Brasil é de 34%, considerando os dois tributos.(...)

A Receita Federal era contrária à compensação vertical proposta. Ela temia que as empresas fizessem o chamado planejamento tributário e pagassem menos imposto a partir da geração de prejuízos em outros países.(...)

A Receita Federal tem um histórico de inviabilizar algumas decisões de governo ao definir os critérios para aplicação da medida.

EY Cresce rápido

A divulgação do resultado da EY mostrou uma taxa de crescimento superior aquela obtida nos últimos cinco anos. A receita aumentou em 5,8%, para 25,8 bilhões de dólares.

Contribuiu para o resultado as consultorias, com aumento de 10,4%, incluindo um crescimento de 24% no Brasil, segundo informou o The Telegraph.

Recentemente os resultados das empresas de auditoria mostrou que a Deloitte assumiu o primeiro lugar no setor.

Frase

Sobre a possibilidade de falência do governo dos Estados Unidos, o Going Concern fez o seguinte comentário:

O default dos Estados Unidos será, aparentemente, maior que o da Lehman; mas pelo menos a EY não irá ficar em apuros

(A Ernst Young, hoje EY, era o auditor da Lehman)

Oficial x Humor

No Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável do Alto Paraguai, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, um documento cita a Desciclopedia e o verbete de Santo Afonso. A questão é que a Desciclopédia é um endereço de humor, onde as informações são todas mentirosas (ou engraçadinhas). Vide por exemplo o verbete sobre Contabilidade.

Artistas mais bem pagos da TV

Fonte: Aqui

Basileia 3 e o custo do capital

O custo de capital dos bancos deve crescer com a implementação das novas regras de capital batizadas de Basileia III, de acordo com José Berenguer, presidente do JPMorgan. "Várias instituições buscarão capital no mesmo momento. Haverá uma seleção maior e uma reprecificação das operações, com encarecimento do crédito longo", avaliou ele


Fonte: Aqui

08 outubro 2013

Rir é o melhor remédio





Fonte

Estrutura Conceitual do Iasb: Passivo - Parte 2

A questão das Obrigações não Formalizadas (Constructive Obligations)

Em geral os passivos nascem de obrigações impostos por contratos e estatutos. Entretanto, o passivo pode ter origem nas práticas normais, nos costumes ou na maneira de agir da entidade. O CPC 25 define a obrigação não formalizada como sendo aquela decorrente de práticas passadas, políticas publicadas ou declaração de que a entidade aceitará certas responsabilidades. Como consequência, cria-se uma expectativa de que a entidade irá cumprir estas obrigações. Um exemplo de uma obrigação não formalizada é a política de uma empresa em efetuar a troca de um produto defeituoso, mesmo que já tenha passado a garantia.

O grande problema das obrigações não formalizadas é determinar até que ponto a prática passada ou políticas publicadas são suficientes para o reconhecimento do passivo. Na prática, o uso da obrigação não formalizada pode ser muito difícil.

Outro aspecto, não contemplado pelo Iasb na sua proposta, é que as obrigações não formalizadas podem se alterar com o passar do tempo. Isto pode alterar o valor do passivo, mesmo que a mudança não tenha influencia direta sobre o desempenho da entidade.


Finalmente, o reconhecimento das obrigações não formalizadas cria um passivo não oneroso. No entanto, muitos contratos de financiamentos atrelam as obrigações contratuais a certos níveis de desempenho, incluindo a relação do passivo com o ativo. Assim, este reconhecimento pode trazer mudanças indesejáveis nestes contratos. Em razão da subjetividade do conceito de obrigações não formalizadas, isto cria um forte incentivo ao seu não reconhecimento e mensuração. 

Minha Casa Melhor

A “CAIXA” E OS RISCOS DOS SUBSÍDIOS DO PROGRAMA “MINHA CASA MELHOR”!
Estado de S.Paulo, 06/10/2013

A Caixa ignorou análises feitas pela própria área técnica ao bancar o programa Minha Casa Melhor, uma linha de crédito para a compra de móveis, computadores e eletrodomésticos. Da forma como foi feito, o programa, considerado uma vitrine eleitoral da presidente Dilma Rousseff, pode representar riscos para a saúde financeira do banco, segundo documentos obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo". 

            Os documentos mostram que a possibilidade de calote nessa linha, que é direcionada para os mutuários do Minha Casa, Minha Vida, chega a 50,73% na faixa das famílias mais pobres da população, a 30,31% nas intermediárias e a 28,52% na faixa de maior renda atendida pelo programa. Com esses níveis potenciais de perda, apontam os documentos, a necessidade de compensação pelo Tesouro é de R$ 2,9 bilhões até 2016.

            O parecer técnico da Caixa, produzido poucas semanas antes do lançamento do programa, adverte que a decisão do Tesouro, prevista na então Medida Provisória 620, de dispensar a Caixa do recolhimento de parte dos dividendos para a cobertura do risco de crédito dos financiamento dos bens de consumo, faz, "contabilmente, com que a operação seja deficitária desde o começo".
            Segundo a nota técnica, a falta dessa cobertura poderá ser questionada pelo Tribunal de Contas da União, por caracterizar que a Caixa está subsidiando um programa de governo, o que é vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O entendimento técnico é de que a proposta de dispensar o recolhimento de parte dos dividendos para cobrir o risco de crédito vai contra o estatuto da Caixa.

Receita recua novamente

A Receita Federal voltou atrás em medidas que interessava de perto a contabilidade. No final da semana passada outro caso onde o governo recuou diante de uma cobrança da Secretaria da Receita Federal:

Com apoio do governo, o Congresso Nacional livrou as administradoras de planos de saúde de uma cobrança bilionária do PIS/Cofins, graças a um dispositivo incluído na Medida Provisória (MP) 619, aprovada na noite de terça-feira.

Além de ser liberado de pagamentos sobre o passado, o setor ganhou outro benefício, que terá impacto daqui em diante: a base sobre a qual os tributos incidem foi reduzida em 80%.

Desde 2003, a Receita Federal e os planos de saúde travavam uma batalha na esfera administrativa sobre a cobrança de PIS/Cofins do setor. A MP decidiu a disputa a favor das empresas.


Coincidência?

Manipulação no câmbio

Bancos internacionais estariam manipulando de forma coordenada a taxa de câmbio de moedas pelo mundo, num novo escândalo que atinge o setor financeiro. As autoridades suíças anunciaram que abriram investigações em relação às suspeitas de que grandes instituições financeiras mundiais estariam se colocando de acordo sobre a taxa cobrada para cada moeda estrangeira, influenciando também os valores das moedas de países emergentes, como o real.

Por dia, os grandes bancos vendem e compram trilhões no mercado de câmbio. A suspeita agora, porém, é de que os valores desses contratos e dessas moedas não flutuam livremente, mas seriam fixados pelos bancos em pelo menos dois momentos do dia.

Segundo as autoridades financeiras da Suíça, país que concentra um dos maiores polos de bancos do mundo, "múltiplas instituições pelo mundo" estariam implicadas no novo escândalo. Há um ano, os bancos já foram pegos manipulando a Libor - taxa do mercado financeiro de Londres e uma das principais referências de juros no mundo -, o que resultou em condenações afetando Barclays, UBS e vários outros bancos.


Suíça investiga manipulação no câmbio - Jamil Chade - Estado de S Paulo - 6 de out 2013

Estimativa de ativos

Um dos problemas das empresas X foi o excesso de otimismo. Particularmente na empresa de petróleo, esta questão estava relacionada com a quantidade de reservas que a empresa possuía. Em abril de 2012 a empresa afirmava ter 285 milhões de barris de óleo. Na quinta feira, uma empresa de consultoria divulgou um relatório com uma informação de 87,9 milhões. Isto representa 30% da estimativa de 2012.

Os níveis de certeza sobre a viabilidade dos poços variam entre reservas provadas (1P), prováveis (2P) ou possíveis (3P), com garantias que variam entre 10% e 60%, segundo especialistas. Somadas as três categorias, as reservas da petrolífera de Eike Batista nos blocos BM-C-39 e BM-C-40, na Bacia de Campos, somam 108,5 milhões de barris.


Isto chega a 38% do valor inicial. A estimativa exagerada pode atrair investidor, mas perde a credibilidade das informações da empresa. (Cartoon adaptado daqui)

Está mais difícil manter a marca na liderança

O número de marcas líderes no País caiu drasticamente nos últimos dez anos. Em 2003, eram 69 as marcas de bebidas, alimentos industrializados e artigos de higiene e limpeza que lideravam as vendas em suas categorias por dez anos consecutivos. No ano passado, as líderes por uma década foram apenas 28 marcas. A redução é de 59%, de acordo uma pesquisa da Kantar WorldPanel.

(...) as marcas estão com mais dificuldade de permanecer na liderança por causa do grande número de lançamentos. Além disso, com a ascensão social de boa parte da população brasileira, o consumidor ampliou a renda, teve acesso a novas categorias de produtos e ficou mais exigente na relação entre o custo e o benefício. (...)

Das 28 marcas líderes apontadas pela pesquisa em 2012, apenas 7 foram líderes ao mesmo tempo em todas as regiões do País por uma década inteira. Nessa lista estão o adoçante líquido Zero Cal, a aveia Quaker, o multiuso Veja, o café solúvel Nescafé, o detergente líquido Ypê, o sapólio Radium e o detergente em pó Omo. (...)


Fonte: Aqui