Translate

17 agosto 2011

Google e Motorola

O Google anunciou nesta segunda-feira (15) que vai comprar a Motorola Mobility por cerca de US$ 12,5 bilhões. O presidente do Google, Larry Page, anunciou os planos da aquisição no blog oficial da empresa. A Motorola Mobility, parceira do sistema operacional Android, é responsável pela fabricação de tablets e smartphones, como o Xoom e o Atrix.

Segundo o jornal “Wall Street Journal”, o Google planeja comprar a Motorola Mobility por US$ 40 por ação em dinheiro – ou cerca de US$ 12,5 bilhões. A oferta representa um ágio de 63% sobre o valor de fechamento da ação da Motorola na bolsa de valores de Nova York, na sexta-feira (12).

As empresas esperam que a aquisição seja concluída até o início de 2012. A compra acontecequase oito meses depois de a Motorola anunciar sua divisão em Motorola Solutions, centrada nos serviços para empresas, e Mobility, focada no consumidor final. Em 2008, a Motorola decidiu usar apenas o Android em seus smartphones.

“Dado o sucesso fenomenal do Android, estamos sempre procurando novas maneiras de investir na plataforma. É por isso que estou tão animado em anunciar que concordamos em adquirir a Motorola”, escreveu Larry Page no blog oficial do Google.

A aquisição da Motorola Mobility permitirá ao Google aumentar a concorrência na telefonia móvel. “A compra não vai mudar o nosso compromisso em executar o Android como uma plataforma aberta. A Motorola continuará a ser uma licenciada do Android”, afirmou Page.

O executivo ainda disse que o Google irá gerenciar a Motorola Mobility como uma empresa separada. “Muitos parceiros de hardware têm contribuído para o sucesso do Android, e estamos ansiosos em continuar trabalhando com todos eles para oferecer excelentes experiências aos usuários”.

Guerra por patentes
Page também citou a briga do Google contra a Microsoft e Apple na guerra por patentes. No início de agosto, o diretor jurídico do Google, David Drummond, acusou as empresas de “organizarem uma campanha hostil” de aquisição de patentes para impedir o sucesso do Android.

“A compra da Motorola vai aumentar a concorrência por meio do fortalecimento do portfólio de patentes do Google, que nos permitirá proteger melhor o Android contra ameaças anticompetitivas da Microsoft, Apple e outras companhias”, escreveu o executivo no blog.

Fonte: Aqui

A fraude é masculina!

O típico fraudador em uma companhia é um funcionário sênior, do sexo masculino, entre 36 e 45 anos, que ocupa um cargo de gerência no setor financeiro ou operacional e que está há mais de dez anos na empresa. Este é o perfil traçado pela KPMG a partir da análise de dados colhidos em 348 investigações de fraudes empresariais realizadas para clientes de 69 países entre janeiro de 2008 e dezembro de 2010.

A pesquisa da KPMG, intitulada “Who is the typical fraudster?” — “Quem é o fraudador típico?”, na tradução para o português —, está em sua segunda edição e foi divulgada hoje em diversos países, simultaneamente. O primeiro estudo foi realizado em 2007 com um número menor de países.

De acordo com a pesquisa, 87% dos fraudadores são homens, 41% têm entre 36 e 45 anos, 53% são funcionários seniores que ocupam cargos de gerência na empresa, 35% trabalham no setor financeiro e 25% no setor operacional das companhias. Além disso, 33% deles estão há mais de 10 anos na empresa, 61% atuam em conjunto com outras pessoas e 96% já cometeram fraudes anteriormente. Na comparação com a versão anterior da pesquisa, um dado chama a atenção: em 2007, apenas 11% dos fraudadores eram CEOs das empresas. Em 2011 esse percentual subiu para 26%.

Motivação

A pesquisa da KPMG também identificou uma alteração substancial na motivação dos funcionários para cometer fraudes. Em 2007, 49% dos fraudadores foram motivados por sistemas internos de controle ineficientes. Neste ano, o percentual atingiu 74%, o que sugere que a crise econômica pode ter levado as companhias a cortar custos nessa área.

As companhias também estão desconsiderando os sinais de alerta — as chamadas “red flags” — que costumam anteceder as fraudes. Segundo a pesquisa, 56% dos casos em que a KPMG atuou foram precedidos desses sinais, mas em apenas 6% deles a empresa tomou alguma medida a respeito. Em 2007, os casos precedidos por sinais de alerta atingiram 45%, mas e 24% deles as empresas tomaram providências. Ainda segundo a pesquisa de 2011, as fraudes demoram, em média, 3,4 anos para serem detectada. Em 2007 esse prazo foi de 2,9 anos.

A média de perdas com fraudes varia de acordo com a região. Na América do Sul, foi de US$ 800 mil, na África, de US$ 900 mil e na Índia, de US$ 700 mil. Na Ásia e no Oriente Médio foi de US$ 1,5 milhão, na América do Norte, de US$ 1,2 milhão e na Europa, de US$ 1 milhão a US$ 900 mil.


Fonte: Cristine Prestes | Valor

Pesquisa: curiosidade aguda que descobre o encoberto

Quando eu estava pensando no que colocar na epígrafe da minha dissertação, me lembrei de um conto do Machado de Assis que me parece perfeito para nós, que nos interessamos pela pesquisa. Não foi o texto que escolhi, por isso acho que compensa mais ainda publicar aqui:

“Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto. [...] Grande coisa é haver recebido do céu uma partícula de sabedoria, o dom de achar as relações das coisas, a faculdade de as comparar e o talento de concluir”.

A crônica completa está disponível no livro “O mínimo e o escondido: crônicas de Machado de Assis”, da editora Salesiana.

Por Isabel Sales

16 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 515

Walter Diemer nasceu em 1904 e morreu em 1998. Foi um contador famoso, não pelos seus lançamentos contábeis, mas por um outro fato:

 compôs a música “The Singing Accountant”
foi o inventor do chiclete
foi o primeiro prefeito da cidade do México

 Resposta do Anterior: Grisham. Fonte: aqui

‘Wall Street Journal’ recomenda ações de infraestrutura no Brasil

A coluna “Heard on the Street”, do “Wall Street Journal”, afirma que as ações de empresas de infraestrutura no Brasil são “promissoras”.

Após explicar por que o Brasil precisará investir em infraestrutura, o texto diz: “Investidores devem pegar a rabeira [desse setor] para passear”.

Um índice de ações que reúne empresas brasileiras na área de infraestrutura teve um desempenho 20% melhor que o Ibovespa (índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo) nos últimos 12 meses.

O motivo é que o País precisa se modernizar tanto para os grandes eventos esportivos de 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíada) quando para permitir um crescimento das exportações de minério de ferro e soja.

“Imagine-se tentando viajar por um país quase do tamanho dos Estados Unidos, mas com uma quantidade de rodovias pavimentadas que é metade da verificada no Reino Unido. Bem-vindo ao Brasil”, afirma o texto.

O jornal cita nominalmente a CCR, do segmento de rodovias, e a Santos Brasil, de portos.


Fonte: Aqui

Educação a distância

O diretor de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), João Carlos Teatini, participou, no final do mês de julho, de entrevista realizada pela rádio CBN. Na ocasião, foi abordado o crescimento da educação a distância, as principais características desta modalidade de estudo e o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Na entrevista, o diretor afirma que a educação presencial e a educação a distância são modalidades que não competem. Segundo Teatini, elas devem ser usadas em sintonia, de acordo com os equipamentos disponíveis, da necessidade das pessoas e disponibilidade para cursar um curso presencial, entre outros aspectos.

"Em função disso, a partir de 2005, principalmente, o Governo Federal investiu no sistema Universidade Aberta do Brasil para poder, inclusive, promover nas instituições públicas a educação a distância como um componente importante e essencial para democratizar o acesso à educação superior no Brasil", disse João Carlos Teatini.

Confira aqui o áudio na íntegra.

Fonte: Aqui

Links


Um dos efeitos do acordo foi o aumento no preço das ações de empresas rivais, como Nokia (10,3%) e RIM (3,3%). Este movimento talvez seja justificado pela maior valorização das patentes no setor.

Para o Hardware

Alguns analistas acreditam que o Google está protegendo o Android, já que a Motorola possui 25 mil patentes. Mas aqui são 17 mil. Aqui, mais destaques as patentes

A Google quer ser a Apple. Aqui também.

Os vencedores (Motorola, Icahn, clientes, EUA) e os perdedores (Apple, Microsoft, RIM, Cisco). Aqui outra lista

Icahn, o executivo da Motorola,  ficou 415 milhões mais rico por suas ações. Aqui também

Como irá afetar a Microsoft. Aqui, também, o efeito sobre a Microsoft

Perguntas diversas, entre elas: vai funcionar?

Vazamento da informação

Comprou-se a Motorola Mobility

Pode ser vantajosa para a Google pelo uso do Android. A proteção ao ecosistema Android

Os três problemas que podem ser resolvidos no Google

Agora a Google pode mostrar o toque mágico da Apple

A integração vertical da Google

Em português  e aqui

As notícias ao longo do dia

Reação dos Analistas

O significado para os negócios

Motivação dos empregados da  Motorola

Sistema carcerário de segurança: gansos

O que faz mais barulho que um ganso?

O Brasil, com seu povo criativo, seu jeitinho malandro, e seu sistema carcerário que mais parece uma piada, soube aproveitar bem os recursos: uma prisão superlotada no nordeste está usando dois gansos no seu arsenal contra potenciais fugitivos.

O diretor da cadeira de Sobral, Wellington Picanço, disse que os gansos fazem muito barulho quando sentem “movimentos estranhos”. Assim, eles alertam os guardas. Eles também ajudarão a evitar surtos de violência entre gangues rivais na instalação, já que andam pelo local, observando tudo.

A prisão foi construída para abrigar 153 detentos. Ela detém atualmente (novidade) 255 presos. Eu acho que dois gansos são mais do que suficientes pra vigiar os “coitados” dos bandidos, não?


Fonte: Aqui

Behaviorismo de raíz

E por falar em procrastinação... vale a pena ler esse trechinho de uma postagem da Juliana Cunha e assistir o vídeo que ela indica:

Miranda July é uma cineasta super legal que dirigiu o longa “Me and You and Everybody I Know” (2005), uma história toda fragmentada, como se fosse um mosaico de episódios.

Ela está pra lançar seu novo filme, “The Future”, que estréia nos Estados Unidos dia 29 de julho. Para divulgar o longa, Miranda fez esse curtinha chamado “A Handy Tip For the Easily Distracted” com dicas para o ser humano superar a procrastinação.

No vídeo, a própria Miranda recolhe seus objetos de distração e os esconde de modo que, para resgatá-los, terá que colocar sua roupa favorita em risco de perda total.




Olha, não deixa de ser uma ideia, mas como reproduzir na vida real quando minhas distrações são maiores? Projeto de vida: comprar bacias que caibam minha cama, a vassoura de casa (sim, sim, louca da faxina) e meu cachorro.


15 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Clique na imagem para ver melhor. Fonte: aqui . Dica do Ednilto, grato.

Links


Tamanho da Dívida dos Estados Unidos

Sra Madoff esqueceu o Sr Madoff

Xadrez e computador

Fasb está testando normas simplificadas para imparidade do goodwill

Ex-namorada brasileira de Soros quer 50 milhões

Países com maiores déficit em relação ao PIB

Prejuízo no Panamericano

Forbes: A grandes mentiras do MBA

Fazer mais uma tarefa pode ser prejudicial

Mulher 'amiga dos amigos' causa mais problemas sexuais ao parceiro

Homens pensativos e mulheres sorridentes são vistos como sexy

Face

Face: ilusão de ótica

Melhor governança

 A fabricante de calçados Arezzo é a vencedora da categoria Governança Corporativa de AS MELHORES DA DINHEIRO. Embora tenha estreado no mercado em fevereiro passado, com uma captação de R$ 350 milhões, a companhia tem uma longa trajetória de transparência.


Seu primeiro balanço foi publicado há 25 anos, em Belo Horizonte, onde nasceu.“A Arezzo se preparava para ser uma companhia pública havia muitos anos”, diz Anderson Birman, presidente da Arezzo. 


As Melhores da Dinheiro: Arezzo é o destaque de Governança Corporativa


Entre no endereço da empresa. Encontre o balanço da empresa.

14 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Bloqueio de escritor: procrastinação

Por Isabel Sales

Procrastinar: deixar para outro dia, pospor, adiar, usar de delongas, protelar. Se você é um procrastinador, provavelmente já passou várias noites em claro terminando tarefas, por deixa-las para o último instante, ou só se sente motivado quando o prazo está acabando. A escritora Peg Boyle (Demystifying dissertation writing) aponta que esse comportamento pode ser aceitável na graduação, talvez um pouco no mestrado. Mas em um doutorado é inadmissível.

Caso você sofra desse mal, seu maior desafio é sentar-se e colocar as mãos no teclado. Assim que você superar a ansiedade inicial e começar a escrever, provavelmente fará bons progressos. Uma dica para lutar contra a sua enrolação é o famoso parceiro de estudos. Assim, recrute um parceiro e marque de se reportar todos os dias. Sim, todos os dias. O legal é que para essa tarefa você não precisa que a pessoa te encontre diariamente. Você pode falar para a sua amiga por e-mail ou por telefone o que fez no dia anterior e o que pretende cumprir hoje. Provavelmente você se sentirá tentado, mas NÃO PERFUME A INFORMAÇÃO que você passará nesses relatos. Por várias razões! O principal interessado é você (seu parceiro de estudos está apenas te apoiando), tentar recuperar o tempo para estar atualizado com o que vêm divulgando pode te impor uma pressão prejudicial e, no fim, a verdade prevalecerá.

Tendo em vista que a luta contra a procrastinação é sentar-se e iniciar o trabalho, é particularmente importante que você mantenha um lugar para escrever. E deixe o lugar relativamente organizado e limpo. Qualquer coisa que traga aversão a se sentar ali, naquele lugar que você pretende escrever, fará com que qualquer outra tarefa no mundo aparente ser mais acolhedora: limpar o chão, a mesa, tirar o pó, lavar a louça.

Outra dica de Peg Boyle para quem tem o problema de adiar a tese é criar um diário. Sente-se em sua mesa, ligue o computador, abra o documento no qual pretende trabalhar. Em seguida, pegue uma folha e uma caneta, escreva sobre os seus planos para o dia, como pretende desempenhá-los. Pelos dois anos em que Peg trabalhou em sua tese, escreveu um diário realmente diário. Ela começava com algo como: “ok, estou com a mente vazia e não sei o que dizer...” e após mais ou menos uma página ela chegava a “hoje gostaria de escrever sobre...”. Quase sempre ela terminava o registro com “tudo bem. Isso parece legal. Vamos lá!”. Após criar um clima agradável, discursando em mãos livres, ficava mais fácil focar em sua tese. Tente essa técnica (sem vergonha de parecer uma colegial) e veja se ela funciona para você. Adapte o quanto precisar, desde que te ajude.

Se você estiver em um ponto em que está realmente empacado, se pergunte o seguinte:

- Qual é a parte importante desse capítulo ou seção?
- O que eu quero dizer sobre esse capítulo ou seção?
- Quais evidências eu tenho para respaldar o meu argumento?
- Como esse capítulo ou seção irá auxiliar a próxima seção ou capítulo?

Geralmente os alunos conseguem responder rapidamente a essas questões. O difícil é traduzir o pensamento em prosa. Lembre-se: você não precisa de um tom erudito para escrever o seu trabalho. Escreva com a sua própria voz, a que você usa quando fala sobre o seu estudo. Ou então, quando se sentir bloqueado, fale alto enquanto escreve. Se necessário, grave a sua narração (hoje em dia a maioria dos celulares tem um dispositivo para isso) e em seguida digite. Pode parecer trabalhoso, mas provavelmente poupa mais tempo que esperar que o bloqueio de escritor passe e a inspiração magicamente apareça.

Dia dos Pais



Um comercial Tailandês de seguros. Fonte: aqui

13 agosto 2011

Rir é o melhor remédio


O meu de volta

O bem mais valioso de nossa época não é o diamante nem o petróleo, a fórmula da Coca-Cola ou o sorriso da Natalie Portman: é o tempo. Obedecendo à lei da oferta e da procura, quanto mais escasso ele fica, mais caro nos é. A seca temporal é geral e irrestrita, tão democrática quanto a calvície, a saudade e a morte: eu não tenho tempo, você não tem tempo, o Eike Batista não tem tempo, o cara que está vendendo bala no farol, em agônica marcha atlética para recolher os saquinhos dos retrovisores, antes que se abra o sinal, também não tem.

Como vocês devem saber, o principal sintoma dessa doença crônica – sem trocadilho – é a ansiedade. Toda manhã, flagro-me aflito, escovando os dentes, com pressa. Vejo-me batendo os pés no hall, enquanto o elevador não chega. Até o segundo que o cursor do celular leva para piscar, num SMS, permitindo-me digitar outra letra da mesma tecla, deixa-me exasperado.

Antigamente, não era assim. Na minha infância, os dias tinham 30 horas, alguns chegando mesmo a 40, se bem me lembro. Não, não é que eu faça hoje mais coisas do que antes. Já pensei nisso. Mas veja só quantas obrigações eu tinha no passado: cinco horas na escola, lição de casa, inglês, bateria, natação, jantar com os pais toda noite, sem contar os séculos, ao vivo ou ao telefone, tentando convencer alguma menina a beijar-me na boca... E, mesmo assim, ainda sobravam infinitos latifúndios improdutivos, impossíveis de se ocupar, por mais que assistisse à televisão, tirasse cochilos vespertinos, lesse livros, fosse às casas dos amigos jogar videogame, falar mal dos outros ou simplesmente juntar nossos tédios, olhar as paredes e escutar o tic-tac dos relógios.

Das duas, uma: ou as horas eram mais abundantes do que hoje, ou então tinham uma incrível capacidade regenerativa, que perderam. A a cada duas ou três horas mortas, uma nova hora nascia, fresquinha, como as células de uma pele jovem.

Acho que foi lá pelo ano 2000 que o dia começou a encolher, chegando a essas míseras 24 horas – com sensação térmica de 16. Talvez tenha sido este o verdadeiro bug do milênio: na virada de 1999 para 2000, todos os ponteiros, vendo-se livres do velho milênio e admirando o vazio que se abria adiante, como um retão num circuito de F 1, resolveram meter os pés no acelerador, de modo que acabamos assim, espremidos entre prazeres e obrigações, aflitos, escovando os dentes com pressa, andando em círculos no hall do elevador.

Há quem diga que a culpa é da melhora das comunicações e, consequentemente, do envio de dados. Com a informação viajando tão rápido, saprendemos a arte da espera. Antigamente, aguardar era normal. Estávamos sempre esperando alguma coisa chegar. Uma carta pelo correio. Um disco do exterior. Uma foto, um texto ou um documento, via portador. Estes hiatos eram tidos como normais, uma brecha saudável, pausa para o cigarro ou o café, a prosa, a leitura de uma revista, o devaneio, a conversa na janela, a morte da bezerra. Hoje não. Tá tudo aqui e, se não está, nos afligimos. Queremos o pássaro na mão. E os dois voando. Por que ainda não trouxeram esses dois que estão no céu, diabo?! Já não era melhor ter pegado logo os três, de uma vez, otimizando custos e esforços?

Enquanto não descobrimos a cura para esse mal, a única saída é aprender a lidar com ele. Há que se cercar com muros altos certas horas do relógio para que nada as possa roubar de nós. Fazer diques de pedra em torno da hora de ficar com nosso amor, da hora de trabalhar no projeto pessoal, da hora do esporte, de ler um livro, encontrar um amigo. Mesmo assim, vira e mexe, vêm as obrigações como um tsunami, ou os eventos sociais como meteoros, e derrubam as barragens. Não há nada a se fazer senão reconstruir os muros ainda mais fortes do que antes.

Você sente a mesma coisa, ou sou só eu? Talvez seja só eu. Quem sabe, numa manhã de terça-feira, lá por 1998, eu tenha perdido a hora para nunca mais encontrá-la? Ficarei assim, 30 minutos atrás do resto do mundo, tentando alcançá-lo, ininterruptamente, como quem corre atrás de um trem, até o fim dos tempos. Será que foi isso?


Postado por Isabel Sales. Crônica de Antônio Prata
Fonte: Aqui

12 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Abaixo, uma propaganda de um celular da Nokia. No detalhe, a comprovação que a modelo está usando um iPad.