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29 dezembro 2006

Carros baratos na Índia


Índia lidera onda dos carros baratos
Valor Econômico

A idéia não é nova. Fabricar carros com custos baixos teve um grande papel no avanço econômico da Europa durante a década de 1960 - e criou modelos clássicos, como o Mini. Agora, uma nova geração de automóveis de custos ultra-baixos poderá ter um impacto igualmente dramático na Ásia.

Durante anos, especialistas do setor acreditaram que esses veículos surgiriam primeiro na China, que já é o terceiro maior mercado automobilístico do mundo e fonte de tudo que tenha custos baixos.

Mesmo assim, as atenções agora mudaram para a Índia, um país com estradas terríveis e um décimo dos investimentos internos na produção industrial.

No começo do mês o governo de West Bengal aprovou a construção de uma nova fábrica em Singur, perto de Calcutá. Em menos de 18 meses, se tudo correr bem, os primeiros modelos de um novo carro de custos baixos deixarão a linha de produção. A empresa que está por trás do projeto, a Tata Motors - parte do grupo Tata, que está brigando com a CSN (grupo siderúrgico) do Brasil pelo controle da Corus, siderúrgica anglo-holandesa - está no ramo automobilístico há menos de uma década. Mas o grupo Tata é respeitado na Índia por sua capacidade de superar obstáculos aparentemente impossíveis, além de possuir recursos financeiros formidáveis. As expectativas são tão grandes, que outros estados indianos estão tentando atrair futuras fábricas e as montadoras mundiais estão fazendo fila para colaborar com a empreitada.

Os primeiros testes do novo carro aconteceram no mês passado em uma pista de testes de Pune, perto de Mumbai. Ele não é uma versão menor de um modelo já existente e sim um projeto totalmente novo. Com um motor traseiro de 30bhp, espaço para quatro pessoas e modelos opcionais de quatro e cinco portas, ele é um "carro bonito e confortável de dirigir", segundo Ravi Kant, presidente da Tata Motors. O mais ambicioso de tudo é o preço. O modelo está sendo conhecido como carro "one lakh" - de um lakh, que corresponde a 100.000 rúpias, equivalentes a cerca de US$ 2.100 quando o modelo foi concebido, quatro anos atrás. Os custos materiais aumentaram desde então, mas a Tata ainda pretende vendê-lo a menos de US$ 3.000 antes dos impostos.

Isso representa mais ou menos a metade do valor do automóvel mais barato disponível hoje, o Renault Logan, fabricado na Romênia. Isso é possível?

Executivos da Tata apontam para o Ace, uma caminhonete lançada no ano passado ao preço de 1,1 lakh, ou cerca de US$ 2.500 antes dos impostos. As vendas se restringiram a três estados indianos durante meses. Mas a capacidade de produção está sendo aumentada em mais de oito vezes. A Ace não é só popular, mas também lucrativa: apesar da alta dos custos das matérias-primas e da escala limitada, ele recuperou seus custos de desenvolvimento em um ano.

A maior concorrente local da Tata, a Maruti, duvida que o carro "one-lakh" consiga atender as exigências de segurança e emissões de gases poluentes. E é justamente por isso que a Ace não está sendo exportada para os países desenvolvidos. Embora ela emita uma quantidade muito pequena de dióxido de carbono, por causa de seu motor muito pequeno, atender os padrões de emissões de gases poluentes e segurança contra acidentes seria muito mais difícil e tornaria a Ace muito mais cara. As mortes em acidentes rodoviários e a qualidade do ar são preocupações cada vez maiores na Índia.

Mesmo assim, a Tata Motors está prosseguindo com seu carro one-lakh e outras montadoras poderão fazer o mesmo. A Bajaj, uma companhia conhecida por seus veículos de duas e três rodas, está estudando a possibilidade de fabricar um carro de baixos custos que usaria um motor de motocicleta. A família Munjal, que está por trás da Hero Honda, uma fabricante local de motocicletas, também está estudando a possibilidade de produzir automóveis baratos. E no Paquistão, a Transmission Motor Company, com sede em Karachi, já vende uma série de veículos de quatro rodas bem básicos por até US$ 2.200, e já o exporta para países como o Sudão, Qatar e Chile.

Vale deverá ter lucro recorde em 2007


O reajuste no minério deverá contribuir para que o ano de 2007 seja melhor ainda para a Vale

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) confirmou com o primeiro cliente europeu o reajuste de 9,5% no preço do minério de ferro para o ano que vem. O porcentual, que já havia sido negociado com grupos asiáticos, foi acertado ontem com a siderúrgica italiana Ilva, e a expectativa é que seja mantido nas conversas com os gigantes Arcelor Mittal e ThyssenKrupp. Para analistas, os novos preços, aliados ao aumento da demanda, devem contribuir para que a Vale supere, em 2007, o recorde de lucro esperado para este ano.

A forte demanda pelo minério tem garantido à Vale resultados cada vez melhores nos últimos anos. O lucro da empresa passou de R$ 4,5 bilhões em 2003 para US$ 10,4 bilhões em 2005. Este ano, até setembro, o lucro já estava em US$ 10,1 bilhões - ou seja, mantida a média dos três trimestres, passaria dos R$ 13 bilhões no ano.

A receita da empresa também teve um grande crescimento. Passou de R$ 20,9 bilhões em 2003 para R$ 35,4 bilhões no ano passado. Em 2006, de janeiro a setembro, estava em R$ 30,1 bilhões.


(Fonte: Estado de hoje)

Não é qualquer empresa que tem uma margem líquida desse nível

28 dezembro 2006

Rir é o melhor remédio 26

Notícias breves


1. Apple tem baixa após boatos

2. Ministro japonês renuncia após escândalo

3. SEC muda normas de opções

4. Finanças comportamentais

Fisco e o preço de transferência


Notícia de hoje sobre o preço de transferência e o fisco brasileiro:

Exportadoras reivindicam novo ajuste em preço de transferência
Valor Econômico

(...) na opinião do sócio da consultoria tributária da Deloitte, Fernando Matos, a Receita Federal deveria emitir uma nova instrução permitindo o aumento de receitas pelas empresas para o pagamento justo do preço de transferência.

No ano passado, o fisco aliviou a carga dos exportadores na hora do cálculo autorizando um ajuste de 35% das receitas destas empresas, em reais, para compensar as fortes perdas cambiais ao longo do governo Lula. A medida foi necessária porque as empresas sujeitas ao preço de transferência, aquelas que importam ou exportam de empresas coligadas, registraram em seus balanços um faturamento aquém da base de comparação de outros anos. Isso porque os preços em dólar dos produtos exportados continuaram os mesmos, enquanto o faturamento em reais caiu e esta comparação é a usada para fazer o cálculo do imposto.

O preço de transferência foi criado em 1996 para evitar que as multinacionais transfiram parte dos resultados tributáveis no país para o exterior por meio da manipulação de preços de importação e exportação ou de taxas de juros. Basicamente, uma empresa paga mais tributos quanto menor for seu lucro ou receita quando comparado, por exemplo, ao preço praticado em outras exportações. Ou até mesmo a uma média de receita em reais e preço praticado no mercado interno. (...)

E as empresas brasileiras estão ganhando o mundo...


Vale do Rio Doce, Gerdau, Coteminas - além de companhias russas, indianas e chinesas - são outros exemplos de empresas que conseguiram bons resultados e se lançaram em negócios bilionários no primeiro mundo. Segundo relatório da consultoria PricewaterhouseCoopers divulgado nesta quarta-feira, houve 78 transações de empresas nacionais comprando estrangeiras em 2006, exatamente o dobro de 2005.

A onda abarca em sua maioria indústrias primárias que aproveitaram o dólar barato, a alta no preço das commodities e a liquidez no mercado internacional para apostar alto nos Estados Unidos e na Europa. (...)

Outro motivo é o movimento de consolidação por que passa o setor de siderurgia e metalurgia.

(...) Para as empresas dos países emergentes, investir no primeiro mundo significa ganhar escala, reduzir custos, entrar em mercados que antes eram inacessíveis e diversificar o caixa.

Fonte: Globo de hoje

Mas algumas recuaram em 2006...



A lista de estreantes na bolsa neste ano poderia ter sido ainda mais volumosa. Mas, às vésperas de lançar suas ações, oito companhias - GVT, Autotrac, CMS Energy, Rede, Cremer, Satipel, Brasil & Movimento e Multiplan - desistiram do processo.

Durante análise do registro das ofertas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as empresas se depararam, em maio, com uma turbulência no mercado, resultante da fuga de investimentos estrangeiros.

Sem saber quando a tormenta passaria e que reflexos teria no preço dos papéis, muitas pretendentes a lançar ações em bolsa paralisaram seus processos e algumas não se animaram a retomá-los. As empresas apontam esse como o principal motivo para a mudança de planos.

(...)
Além desse fator circunstancial, as companhias foram surpreendidas pelas exigências da CVM e algumas notaram que não estavam totalmente preparadas. Não foram poucas as idas e vindas de documentos solicitados pelo órgão regulador. E a própria autarquia se viu sobrecarregada com o volume de processos para analisar.

Valor Econômico 28/12

Novas empresas abertas para 2007


Já o Valor Econômico faz previsão de novas empresas abertas:



Em 2007, a expectativa é de que o ritmo de estréias em bolsa continue acelerado. No setor de construção, outras empresas devem ir ao mercado, como Tecnisa, Camargo Corrêa, PDG Realty e Even, que estão na fila de espera. (...)

Outros segmentos que podem agitar a bolsa, no médio prazo, são o sucroalcooleiro e o de logística. (...)

Para as estreantes em bolsa não basta estar no pregão. Elas querem ir ao Novo Mercado, nível mais alto de governança corporativa da Bovespa. Nele, existem apenas ações com direito a voto, os balanços são elaborados tanto pelos princípios brasileiros como pelos estrangeiros e exige-se a presença de conselheiros de administração independentes. (...)

E otimismo para 2007


(...) o mercado de ações brasileiro (conforme as projeções de bancos e corretoras) será o investimento mais rentável de 2007 (...) o principal índice de preços da Bovespa (Ibovespa) fechará o próximo ano com valorização superior a 20%, mais do que o dobro do ganho projetado para os investidores em renda fixa.

Há razões bem consolidadas para este otimismo. A expansão do volume de negócios e a entrada de empresas com níveis mais altos de governança corporativa definem boas expectativas no curto prazo para o mercado acionário. Obviamente, a valorização da Bolsa também está amparada na perspectiva de crescimento moderado e sustentado da economia, na redução dos juros e na continuidade da entrada de capital externo. (...)

Recorde da Bolsa


Da Gazeta Mercantil de hoje:

O valor de mercado (capitalização bursátil) das companhias negociadas na Bovespa bateu o segundo recorde anual consecutivo, apesar da redução do número de empresas listadas. Segundo dados da bolsa, no ano até ontem, o valor de mercado atingiu US$ 705,75 bilhões, uma elevação de 46,4% em relação ao mesmo período de 2005, de US$ 482,1 bilhões - que era o maior desde 1994. O número de companhias, por sua vez, que era de 381, em 2005, caiu para 350. O recorde nesse quesito ocorreu em 1988, quando a Bovespa tinha 599 empresas listadas.

O aumento do valor combinado à queda no número de empresas reflete a entrada da bolsa em um novo padrão de qualidade. Conforme analistas, isso foi conseguido com a melhora da governança corporativa - que levou para a bolsa empresas com mais vocação de companhia aberta - e com a expressiva elevação da liquidez, promovida pela atuação dos investidores estrangeiros.

Desde o início do governo Lula, em 2002 até ontem, o crescimento do valor de mercado das companhias foi de US$ 568,5 bilhões, ou 543%, conforme estudo elaborado pela consultoria Economatica com 279 empresas da Bovespa.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Lucia Rebouças, Valor das empresas é recorde na Bolsa)

27 dezembro 2006

Nomes populares na matriz


Os nomes mais populares

Meninas
1 Emma
2 Madison
3 Ava
4 Emily
5 Isabella
6 Kaitlyn
7 Sophia
8 Olivia
9 Abigail
10 Hailey

Meninos
1 Aiden
2 Jacob
3 Ethan
4 Ryan
5 Matthew
6 Jack
7 Noah
8 Nicholas
9 Joshua
10 Logan

Fonte: BabyCenter

Imagens do ano



Fonte: BBC News

Cias Aéreas terão lucro em 2006

O resultado dos três primeiros trimestres foram bons para compensar o final do ano ruim. Clique aqui para ler

Rir é o melhor remédio 25

Multa para Vivendi e Messier


Notícia da Agencia EFE informa que o Supremo francês anulou uma decisão anterior que reduzia a multa imposta a Vivendi e a seu ex-dirigente Messier. O escândalo Vivendi foi um grande acontecimento na gestão de empresa européias, onde o presidente da empresa aparentemente manipulou sua contabilidade.

Carroll em números


Reportagem do El Mundo faz uma análise do escritor Lewis Carroll, mais conhecido por criar a personagem Alice, a partir da sua contabilidade particular. Carroll é um dos escritores mais estudados do mundo pelo reflexo da sua vida particular na sua obra.

Clique aqui para ler

Governança em 2006

Artigo de Paulo Conte Vasconcellos publicado na Gazeta traz uma retrospectiva de 2006 sobre governança corporativa (Governança: uma retrospectiva de 2006, Gazeta Mercantil, 27/12/2006):

(...)
A partir da experiência de algumas empresas líderes na implementação da boa governança, algumas conclusões importantes foram atingidas: 1) No processo de implementação dos princípios de governança, cada empresa deve encontrar as alternativas que melhor se adaptam às suas circunstâncias. Ou seja, não existe receita de bolo; 2) O comprometimento de acionistas controladores e executivos é condição sine qua non para o sucesso da implementação das melhores práticas; 3) A credibilidade da empresa no mercado é essencial para que os stakeholders acreditem no comprometimento da empresa com os seus objetivos de governança; 4) A boa governança é uma jornada, não um destino; e 5) A melhoria das práticas de governança traz um bom retorno, tanto em melhoria da performance operacional das empresas quanto em termos de acesso e custo de capital.

No Brasil, a situação de alta liquidez do mercado financeiro internacional levou a uma verdadeira enxurrada de operações. O volume das ofertas de ações superou R$ 30 bilhões, contra R$ 14 bilhões em 2005. A Bolsa teve a estréia de 26 empresas. A maioria das operações realizadas somente com ações ordinárias, no Novo Mercado da Bovespa - uma clara demonstração de que os investidores não aceitam mais empresas que tratam de forma distinta seus acionistas. A igualdade de direitos, um dos pilares da Governança Corporativa, está prevalecendo. (...)

Para fechar o ano com chave de ouro, tivemos a reprovação pela maioria dos acionistas preferencialistas de Telemar, da operação de conversão de ações nos termos propostos à Assembléia de Acionistas realizada em 15 de dezembro.

O maior prejuízo de Hollywood


Segundo o Globo de hoje o filme Instinto Selvagem 2 foi o maior prejuízo do ano: custou US$70 milhões e arrecadou nos EUA US$5,9 milhões. Outras bombas:

“Um bom ano”
“O sacrifício”
“All the king’s men”
“A dama na água”

Lei de Falência elogiada

Reportagem do Valor de hoje faz elogios a Lei de Falências (Empresas conseguem se reerguer pela nova lei)

Em seus 18 meses de vida, completados em dezembro, a nova Lei de Falências mostrou ao longo de 2006 que apesar de todas as suas lacunas, custos e burocracia, o cenário de hoje é bem melhor para as empresas do que aquele proporcionado pela legislação anterior, o Decreto-Lei no 7.661, de 1945. Empresas que já poderiam ter fechado as portas estão hoje em plena recuperação. Outras ganharam, ao menos, uma sobrevida que não conseguiriam na norma antiga. De acordo com dados da Serasa, de janeiro a novembro deste ano, a Justiça recebeu em todo o país 230 pedidos de recuperação, dos quais 149 foram deferidas, ou seja, aprovadas pelo Judiciário na primeira fase do processo.

Gamecorp 4


Na Folha de hoje:

No vermelho, Gamecorp projeta expansão

Mesmo depois de prejuízo, a Telemar, concessionária de serviço público, investiu na produtora R$ 5 milhões em publicidade em 2006

RUBENS VALENTE

A Gamecorp, empresa do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, 31, trabalha com a previsão de zerar seu prejuízo até o segundo semestre de 2007, segundo o diretor-presidente da empresa, Leonardo Badra Eid. Em 2005, a Gamecorp informou ter acumulado prejuízo de R$ 3,47 milhões. (...)

Por conta do prejuízo, o patrimônio líquido da empresa passou de R$ 5,2 milhões, no início daquele ano, para R$ 1,73 milhão, em dezembro.

Em janeiro de 2005, o grupo Telemar investiu R$ 5 milhões na empresa por meio de uma compra de debêntures conversíveis em ações. O capital social da empresa era de apenas R$ 10 mil. Além de Fábio Lula, também era sócio Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas (SP) Jacó Bittar.

(...)

Segundo o presidente da Gamecorp, Leonardo Eid, o prejuízo em 2005 já era "esperado". "Não tem como você começar um negócio inovador já dando lucro. A própria MTV no começo, por exemplo, demorou quatro, cinco anos para ter lucro", disse o executivo.

"Nós temos uma previsão, e isso estava dentro do nosso planejamento inicial, de estar zerando, de chegar ao "break-even" [ponto de equilíbrio], no segundo semestre de 2007, isso estava previsto desde o começo", afirmou Eid.

O diretor-presidente da Gamecorp disse que não poderia revelar quanto cada sócio retirará após eventuais lucros da empresa. [sic]

"Eu não posso te falar, mas garanto que é abaixo do mercado, pelas informações que a gente tem", disse Eid.

(...)

Eid afirmou que os custos que levaram ao prejuízo em 2005 são "diluídos" [sic]: "Nosso maior gasto é com mão-de-obra na produção, intensiva. Basicamente [os custos] estão diluídos, não tenho nenhum item significativo".