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Mostrando postagens com marcador crime. Mostrar todas as postagens
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30 março 2009

Contabilidade e crime

(...) o presidente do Coaf (...) Quer a inclusão de empresas de contabilidade e de auditoria no rol das obrigadas a realizarem comunicações suspeitas ao Coaf.

(...) Precisamos mudar a legislação para que as empresas de contabilidade e de auditoria comuniquem ao Coaf as operações suspeitas de seus clientes. (...)


Entrevista - Antonio Gustavo Rodrigues
RICARDO BRITO - 30/3/2009 - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro

13 março 2009

Os mais ricos

Na lista dos bilionários da Forbes divulgada recentemente uma presença interessante: Joaquín El Chapo Guzmán, de 54 anos, que possui uma fortuna de 1 bilhão, estimada. Guzmán é mexicano e seu principal negócio é narcotráfico. Em 2001 ele escapou de um prisão de segurança "máxima".

Por sua captura existe uma recompensa de 5 milhões de dólares.

O presidente Calderón, do México, considerou a inclusão como uma apologia ao crime.

"La opinión pública y ahora hasta las revistas no sólo se dedican a atacar, a mentir sobre la situación de México, sino a exaltar a los criminales. En México lo consideramos incluso un delito, que es (la) apología del delito", denunció Calderón, sin citar el nombre de la revista, durante una conferencia organizada por la 'America Society and Council of the Americas'.

Ante un auditorio de empresarios estadounidenses, Calderón lamentó "profundamente que se haya escalado una campaña que parece que es una campaña contra México (...). Pero eso ni nos arredra a nosotros ni modifica un ápice nuestra firme determinación de fortalecer el Estado de Derecho en México".


El cártel de Sinaloa libra una guerra sin cuartel contra el de Juárez de los Carrillo Fuentes por el trasiego de drogas hacia Estados Unidos desde la fronteriza Ciudad Juárez (norte), donde 1.600 personas fueron asesinadas sólo en 2008, de un total de 5.300 en todo el país.

El contrabando de drogas hacia Estados Unidos, el mayor mercado del mundo de consumo de cocaína, permitió a los narcotraficantes mexicanos y colombianos lavar recursos por entre 18.000 y 39.000 millones de dólares en 2008, de los cuales 20% los movió Guzmán, según la estimación de Forbes.



Narcotraficante más buscado de México en la lista de millonarios de Forbes
12 March 2009
Agence France Presse

06 março 2009

Correlação entre prisão e crime


(...) Por exemplo, em 2007, a população carcerária da Califórnia encolheu cerca de 1%, enquanto a população carcerária global americana cresceu cerca de 2%. Vai levar alguns anos até a decisão final da Corte ser tomada, mas o resultado provável é que, em cinco ou seis anos, haverá 25.000 presos a menos nas prisões da Califórnia do que haveria de outra forma.

O que isso significa para o crime? Se minhas estimativas estiverem corretas, o crime violento será cerca de 6% mais alto na Califórnia do que teria sido sem a ação, o que significa aproximadamente 150 homicídios, 500 estupros e 4.500 roubos a mais por ano.

Esses números parecem alarmantes, mas, de acordo com minhas estimativas, liberar os prisioneiros é mais ou menos igual, de uma perspectiva de custo-benefício para a sociedade. O dinheiro que economizamos soltando os prisioneiros funciona na mesma ordem de magnitude que a dor e o sofrimento associados com o crime extra.

O grande experimento prisional da Califórnia - e uma pista italiana a ser seguida
Steven D. Levitt via Conjuntura Contábil

18 novembro 2008

Contabilidade da Máfia

Não é a indústria automobilística, nem o turismo. O segmento mais lucrativo da economia da Itália é a Máfia, que tem um faturamento anual de US$ 166 bilhões e um lucro líquido de US$ 89 bilhões, segundo um relatório divulgado ontem pela Confesercenti, uma associação de empresários e comerciantes.

Os negócios da Máfia representam 6% do Produto Interno Bruto (PIB) da Itália e afetam a receita de 180 mil comerciantes italianos. Segundo o relatório, todos os dias, uma enorme quantia de dinheiro sai dos bolsos de empresários e comerciantes e vai para os mafiosos. “Isso representa cerca de 250 milhões (US$ 320 milhões) por dia ou 10 milhões (US$ 12,8 milhões) por hora”, disse o diretor da Confesercenti, Marco Venturi. “E a crise financeira torna a Máfia ainda mais perigosa, já que seus negócios se fortalecem justamente a partir da fraqueza e das incertezas da economia.”

Além de atividades ilegais como tráfico de drogas, extorsão e falsificação, a Máfia italiana também está infiltrada em importantes segmentos do comércio legal: construção, restaurantes, turismo, padarias, açougues, peixarias e até funerárias.
O relatório indica, por exemplo, que na Província de Nápoles, no sul da Itália, foram identificadas 2.500 padarias ilegais, onde o pão é o mais vendido do bairro, apesar de ser mais caro do que em outros estabelecimentos. Cerca de 8.500 peixarias têm negócios com mafiosos, que lucram US$ 2,5 bilhões por ano nesse setor.

A associação revelou ainda algumas práticas de revirar o estômago em estabelecimentos mafiosos, como açougueiros reembalando carne estragada ou padeiros abastecendo seus fornos com madeira de caixões, após a exumação dos corpos.

Assim como o sistema empresarial de cada país, as quatro grandes máfias italianas - Cosa Nostra (da Sicília), Ndrangheta (Calábria), Camorra (Campanha) e Sacra Corona Unita (Puglia) - se subdividem em pequenas e médias empresas, autônomas entre elas, mas com um mesmo modelo hierárquico.

A estrutura salarial da Máfia também foi analisada no estudo. Chefes de clãs recebem de US$ 12 mil a US$ 50 mil por mês, enquanto traficantes faturam a partir de US$ 1.800.

Máfia é o setor mais rentável da economia italiana, mostra estudo
Efe e Reuters, Roma - O Estado de São Paulo – 12/11/2008



É interessante o contraponto com o texto Mafia profiting from the dowturn in Italy, de Guy Dinmore e Giulia Segreti, para o Financial Times de 13/11/2008 (USA Ed1, 08). O texto fala num turnover de 130 bilhões de euros ou 163 bilhões de dólares com atividades comerciais. O lucro da Máfia é estimado pela Confesercenti em 15 bilhões de euros com usura e 59 bilhões com narcotráfico. 150 mil comerciantes pagam o pizzo, ou proteção em dinheiro, produzindo 6 bilhões. As despesas com salários são de 1,76 bilhão de euro. Talvez as divergências dos números sejam em decorrência da taxa de câmbio usada.

25 setembro 2008

Contabilidade do Tráfico

Contabilidade do tráfico apreendida pela polícia tem ainda propinas a policiais
Ana Cláudia Costa - Globo - 25/9/2008

O faturamento de uma única boca-de-fumo na Favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, impressionou policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA). Em agendas e folhas de papel com a movimentação do tráfico apreendidas numa casa na semana passada, durante uma operação na área, agentes descobriram que um ponto de venda de drogas chegou a arrecadar R$29,5 mil por dia, em dezembro do ano passado. Em janeiro, o movimento caiu: foram R$15 mil por dia.

Da contabilidade também consta o pagamento de propinas a policiais, o chamado “arrego”. Em dezembro de 2007, traficantes de uma boca-de-fumo da Nova Brasília deram R$2 mil de “arrego de Natal”. No mês seguinte, o valor caiu para R$1,4 mil.

Todo o material apreendido está sendo analisado pelo delegado titular da DRFA, Ronaldo Oliveira:

— A movimentação financeira de apenas uma boca-de-fumo é muito grande. Se a gente levar em conta que o Complexo do Alemão tem 17 favelas e em cada uma delas há mais de dez bocas-de-fumo, dá para ter uma noção da alta rentabilidade do tráfico na região. Mas, com tantas bocas, não dá para dizer quanto os traficantes arrecadam mensalmente.

Visitante levou R$1.510a presos em Gericinó

Bem organizadas e detalhadas, as agendas mostram quanto diariamente o “gerente” de um ponto de venda de drogas gasta e devolve ao chefe do tráfico. Na relação diária de despesas, há pagamentos destinados a presos no Complexo Penitenciário de Gericinó e a advogados de detentos. A lista apresenta ainda gastos com cestas básicas, remédios, manutenção e conserto de armas, além de aquisição de armamento pesado e munição.

Somente em julho do ano passado, o “gerente” mandou, por intermédio de uma pessoa que foi fazer uma visita em Gericinó, R$1.510 a cúmplices cumprindo pena no local. Detido em junho do ano passado, o traficante Marcelo Soares de Medeiros, o Marcelo PQD, perdeu um pouco de prestígio na quadrilha. Enquanto comparsas seus presos no complexo penitenciário recebem R$200 por semana, ele ganha R$50. Segundo o delegado titular da DRFA, isso acontece porque PQD, ao ser capturado, perdeu muitas armas, dando grande prejuízo ao bando.

Para despistar a polícia, traficantes adotam um código para se referir às drogas. “Ronaldo” quer dizer pedra de crack; “Maradona”, cocaína; “Super-Homem”, a mesma droga, mais pura; e “moreno”, maconha.

Munição permite a bando sustentar longos tiroteios

Nas anotações, há detalhes sobre a distribuição do armamento. Somente numa boca-de-fumo, traficantes estavam armados com duas metralhadoras .30, 14 pistolas, dois mosquetões, dois fuzis FAL calibre 762, outro G3, um AR-15 e duas escopetas calibre 12. Todas as armas, segundo o delegado Ronaldo de Oliveira, são entregues aos bandidos com munição suficiente para sustentar uma troca de tiros durante um dia inteiro.

22 julho 2008

Herança de Chagas


O gráfico (The Economist) mostra uma herança de Hugo “¿Por qué no te callas?” Chavez: o aumento da criminalidade.

06 maio 2008

Sin Cities


Sin City é o título de uma série de comics de Frank Miller (aqui). O roteiro passa numa cidade decadente, com um elevado índice de criminalidade, prostituição e outros crimes. Esse endereço fez uma listagem das dez cidades que mais se parecem com Sin City:

10. Berlin, Alemanha
9. Macau, China
8. Manana, Bahrein
7. Nova Orleans, Estados Unidos
6. Moscou, Rússia
5. Rio de Janeiro, Brasil
4. Las Vegas, Estados Unidos
3. Amsterdam, Holanda
2. Tijuana, México
1. Pattaya, Tailândia (foto)

09 abril 2008

Incêndio para destruir provas


Quatro suspeitos do incêndio na Prefeitura
Paulo Henrique Lobato
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 9/4/2008

Fraude com dinheiro público está por trás do incêndio que destruiu, quinta-feira, parte do prédio da Prefeitura de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, transformando em cinzas centenas de documentos. A Polícia Civil desvendou o misterioso crime e apresentou ontem quatro suspeitos. As chamas tentaram esconder um prejuízo aos cofres públicos, esvaziado por um inocente serviço de fotocópias. A polícia não sabe ainda qual o tamanho do rombo.

Segundo a polícia, o servidor José Alberto Paulo Diniz, de 37 anos, falsificava pedidos de fotocópias da prefeitura e os entregava ao irmão, Antônio Eduardo Carlos Júnior, de 33, empregado de uma empresa que presta o serviço de xerox para o município. Eles descobriram que a administração faria uma auditoria em vários setores e decidiram pôr fogo em parte do prédio, para destruir provas que poderiam incriminá-los.

cópias. Numa das notas, a polícia constatou que o pedido oficial era de 50 cópias, mas a solicitação foi alterada para 28,5 mil. Na hipótese de a fotocópia ser R$ 0,10, por exemplo, o pedido oficial custaria R$ 5, mas a modificação elevou o preço para R$ 2,8 mil. Como o serviço também era aberto ao público, a dupla ficava com a diferença, que era coberta pela prefeitura por meio do pedido falso.

O receio da descoberta levou os irmãos a chamar Tiago Henrique Nascimento, de 20, e Danilo Alisson Vieira Caetano, de 21, para ajudá-los a consumir com as provas. Em troca, receberam R$ 2 mil. "Dois deles, com capuzes e camisas pretas, renderam o vigia, que foi amarrado, enquanto os outros puseram fogo no prédio.

Os irmãos alegam que contrataram os cúmplices para destruir as provas, mas que não sabiam do fogo. Já Tiago e Danilo disseram que apenas renderam o vigia", disse o delegado regional de Patos de Minas, Márcio Siqueira. Ele contou que, no dia seguinte ao incêndio, uma vizinha do prédio procurou a polícia dizendo que encontrou em seu quintal uma camisa preta. Alguns funcionários da administração disseram ao delegado ter visto Antônio usando camisa idêntica poucos dias antes do incêndio.


(Foto: a Prefeitura)

02 abril 2008

Contabilidade e PCC


Mais um texto sobre PCC e Contabilidade

Acusado do roubo dos malotes da TAM é preso em São Paulo

Segundo a polícia, ladrão tem ficha criminal com cerca de 60 páginas e já roubou hotéis, bancos e joalherias

Simone Menocchi, de O Estado de S.Paulo

SAO JOSÉ DOS CAMPOS - Um dos ladrões mais procurados do Vale do Paraíba foi preso na última segunda-feira, 31, em São José dos Campos. Adilson da Silva Braga, 40 anos, conhecido por Dil Neguinho, tem uma ficha criminal de cerca de 60 páginas e seria um dos integrantes da quadrilha que há 12 anos, também em São José dos Campos, roubou malotes de um avião da TAM, quando foram levados R$ 6 milhões.

A polícia afirma também que Dil Neguinho já teria participado, segundo investigações, de roubos a joalherias, hotéis, estabelecimentos comerciais e bancos. "Ele é um especialista em roubos. Tem como profissão ser ladrão", disse o delegado Darci Ribeiro, que fez a prisão. O acusado foi detido quando planejava um roubo de R$ 15 mil junto com outro ladrão, Rafael dos Santos.

Ainda de acordo com o delegado, Dil Neguinho, teria roubado a própria facção criminosa, o Primeiro Comando da Capital (PCC), da qual seria contador. "Ele confirmou que teve problemas com o PCC, mas nega o desvio de dinheiro". O acusado foi expulso do partido, que o acusa de ter roubado cerca de R$1 milhão.

Apesar da lista de roubos, segundo a polícia, Dil Neguinho vivia com a família em uma casa simples, no fundo de um outro imóvel, na periferia de São José dos Campos e não ostenta nenhum bem.


Texto enviado por José Lúcio (grato!)

Contabilidade e PCC


Reportagens do Estadão mostram a questão da contabilidade no mundo do crime.

Justiça determina investigação da contabilidade do PCC

São Paulo - A procuradora da República Adriana Scordamaglia pediu e a juíza Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Criminal Federal, determinou a abertura de inquérito para apurar a lavagem de dinheiro do crime organizado. A ordem para a investigação foi baseada na apreensão da contabilidade da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que estava com Wagner Roberto Raposo Olzon, o 'Fusca', preso em 28 de fevereiro. A investigação será feita pela Polícia Federal.

Foi a procuradora que denunciou por tráfico internacional de drogas Olzon e Christian Francisco de Souza. Além da contabilidade do PCC, com os acusados foram apreendidos 2 quilos de cocaína e R$ 674 mil, dinheiro que, segundo a procuradora, foi oferecido aos policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) para que soltassem os acusados.

A contabilidade do PCC, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, mostrou que o faturamento da organização criminosa cresceu 511% em dois anos e meio. A facção arrecada agora R$ 4,8 milhões por mês - em 2005, o faturamento era de R$ 800 mil. Olzon tinha também um relatório de viagem para a Bolívia, no qual descreve o acordo feito com traficantes bolivianos ligados às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para o fornecimento de 1 tonelada de cocaína, de fuzis e de explosivos para atentados.

Por fim, Olzon carregava cópias de transcrições de escutas telefônicas feitas pela inteligência policial. Para o Gaeco, foi o advogado Sérgio Wesley da Cunha, que está preso, quem entregou as cópias a Olzon. Os documentos saíram do processo da Vara de Execuções Criminais sobre a internação no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) dos líderes do PCC Julio Cesar Guedes de Moraes e Daniel Vinícius Canônico. Nas conversas, eles revelaram o plano de montar uma central de escutas clandestinas para vigiar autoridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo (AE)


O texto a seguir foi enviado por José Lúcio (grato)

31 março 2008

Efeito CSI


Segundo um relatório do Case-Shiller, sobre preço de imóvel, os valores em Las Vegas e Miami declinaram 19,3%. Coincidência? Ambas cidades possuem a "franquia" do CSI. O preço nas três cidades onde passa esta série cairam em 14,8% em 12 meses, comparado com uma redução de 8,7% de outras 17 cidades. Fazendo uma regressão com uma variável binária para CSI tem-se um p-value de 15,1%. Fonte: Aqui

07 janeiro 2008

Como se faz lavagem de dinheiro

O traficante lavava o dinheiro num lava-jato.

Um dos dez filhos do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, é apontado pela delegada federal Luciana de Castro Ribeiro como sucessor dele no comando da quadrilha de tráfico internacional de drogas. (...)

Ele também é acusado de lavar o dinheiro do tráfico por meio da empresa Gás Aceso - com nome fantasia Chama Gás, na Favela de Duque de Caxias -, da qual é sócio ao lado de um cunhado de Beira-Mar, Carlos Wilson Portela Wanderley, e de Wilson Messias do Nascimento. Na contabilidade da empresa não apareciam as despesas reais, criando lucro fictício a ser distribuído entre os sócios. Assim, segundo peritos federais, o dinheiro do tráfico ganhava aparência legal. O mesmo acontecia na JJ Lava a Jato, também na favela, que pertence a Jaqueline e a Jorge Ribeiro Júnior, preso na Operação Fênix. O responsável pelas contas das empresas e de seus sócios, o contador Humberto Marcelino Ferreira, foi indiciado por lavagem de dinheiro. (...)


Filho assume império de Beira-Mar CRIMINALIDADE Aos 21 anos, Felipe Alexandre da Costa virou chefe da quadrilha após prisão de Jaqueline, mulher do traficante
Marcelo Auler - Estado de S. Paulo, 6/1/2008

23 outubro 2007

A importância da Máfia na Itália

Um relatório, divulgado nos jornais, mostra a importância da máfia na economia da Itália. Segundo o New York Times (Organized Crime Takes Lead In Italian Economy, Report Says, Peter Kiefer, 23/10/2007, p. 14), o crime organizado é o maior segmento da economia italiana, movimentando mais de 127 bilhões de dólares.

Usury represents the most lucrative activity by organized crime, with syndicates taking in $43 billion while racketeering brings in $14 billion, the report estimated. Illegal construction nets about $19 billion.

The report says 80 percent of the businesses in the Sicilian cities of Catania and Palermo regularly pay protection money, known as ''pizzo.''



Já o jornal Las Provincias (Cuatro grupos de la Mafia controlanel 7% de la economía en Italia, Íñigo Domínguez, 23/10/2007) informa que

Unos 160.000 empresarios pagan el impuesto mafioso en el sur del país

No es nada nuevo, pero conviene recordarlo: la Mafia o, mejor dicho, las cuatro mafias italianas –Cosa Nostra siciliana, Ndranghetta calabresa, Camorra napolitana y Sacra Corona Unita de Puglia, una por cada región del sur– son la primera empresa del país por volumen de negocio, 90.000 millones de euros, el 7% del PIB. (...)

Sus 86 páginas son un llanto sin fin, inverosímil para un país de la UE. La economía básica de la Mafia es el pizzo, el impuesto mafioso. Sirve para los gastos ordinarios y para mantener a las familias con parientes encarcelados. Por eso sube cada vez que hay redadas. Unos 160.000 empresarios lo padecen como un gasto más, casi todos el sur, endémico agujero negro de la economía italiana. Seis décadas de gobiernos caóticos e inversiones millonarias volatilizadas no lo han solucionado y la questione del Mezzogiorno es retórica fija en cada campaña electoral.

(...) Por poner un ejemplo, en Nápoles la Camorra domina el comercio de leche, pan y café. En la región hay unos 2.500 hornos panaderos ilegales. (...) Otro aspecto que siempre impresiona es el de la usura: muchísima gente acude a la Mafia en vez de a los bancos si necesita un préstamo. Son 150.000 los comerciantes con familias pobres y pequeñas empresas que se endeudan, con intereses del 10%. Otro aspecto exótico es el del ocultismo: en un país tan supersticioso hay unos 22.000 magos que mueven 5.000 millones.

28 agosto 2007

Pesquisa e Crime

O reporter Larry Rohter, do New York Times, aquele que disse o que todo mundo falava, mas não publicava, publica no NY Times de 28/08/2007 uma reportagem sobre ciência no Brasil (As Brazil Defends Its Bounty, Rules Ensnare Scientists)

O foco são os cientistas que pesquisam na Amazônia e estão sendo acusados de piratas. O caso de Marc van Roosmalen, que já descobriu 5 espécies de macacos, mas foi condenado a 16 anos de prisão em Manaus.

Os burocratas dizem que estão tentando proteger um patrimônio natural e genético. O medo da pirataria, e a reportagem cita o caso da borracha e do captopril da Squibb, são as razões alegadas.

Clique aqui para ler

18 julho 2007

Crime: causa x efeito

Uma reportagem do Estado de S. Paulo (Estudo liga gravidez indesejada a crimes violentos em cidades de SP SEGURANÇA Queda de 10% no número de crianças que vivem com mães solteiras reduziria em 5,1% os homicídios, de Fernando Dantas, 16/07/2007, p. c1) informa que a gravidez indesejada pode ser uma das causas dos crimes violentos em São Paulo. Esta conclusão faz parte de um estudo feito por um economista, Gabriel Hartung, usando dados de 643 dos 645 municípios de São Paulo.

É fácil lembrar do famoso estudo de Levitt - autor do best-seller Freakonomics - que registrou um vínculo entre legalização do aborto e redução da criminalidade. Este estudo ainda é muito polêmico já que Levitt cometeu um erro estatístico no seu estudo.

Como não existe legalização do aborto no Brasil, Hartung mostrou um vínculo entre a redução do número de crianças vivendo com mãe solteira e homicídios. A reportagem afirma que "segundo o pesquisador, o trabalho aponta o controle de natalidade como instrumento fundamental para o combate à criminalidade no Brasil. Pessoalmente, ele também defende a descriminalização do aborto. "O meu estudo é uma evidência de que a gravidez indesejada aumenta o crime", diz Hartung, que faz doutorado na Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio."

Mais recentemente um artigo do Washington Post comenta uma pesquisa realizada por Rick Nevin onde a presença de chumbo foi a causa da variação nos crimes violentos nos Estados Unidos. A proposta decorre da constatação de que a exposição ao chumbo torna a criança mais violenta. Anteriormente, existia presença de chumbo na gasolina e na tinta usada nos Estados Unidos. Nevin afirma que este não é o único fator a explicar a redução no crime, mas é o principal.

Esta não é a única explicação para a redução na criminalidade nos Estados Unidos. clique aqui para ler