Translate

07 março 2018

Carillion em três gráficos

Três gráficos interessantes que mostram a situação da empresa inglesa Carillion, que enfrenta dificuldade e durante as últimas demonstrações aparentemente manipulou seus números. Um relatório do final do ano passado já comentava que a empresa estava fazendo esta prática.




Resenha: Contabilidade Pública 3D

O livro Contabilidade Pública 3D, escrito por Giovanni Pacelli, foi publicado recentemente pela editora JusPodivm. A obra não se declara como sendo específica para quem estuda para concursos, mas o que nos faz remeter a isso são as questões apresentadas, que têm como fonte provas de concursos públicos. Pessoalmente acredito que um dos maiores problemas com materiais para o concursando é a quantidade de plágio, então é refrescante encontrar um material que cita as fontes com clareza e consideração.

Por que talvez não considerar a obra apenas para quem estuda para concursos? Porque o livro apresenta muito bem toda a matéria necessária para um curso de Contabilidade Pública. O autor concluiu recentemente o doutorado em Ciências Contábeis e isso claramente afeta a didática do livro. Como alguém acostumado a publicar em áreas acadêmicas assim como para o público concursando, a obra casou os dois públicos da melhor forma possível.

Outro aspecto interessante foi a adoção de “corolários” que, segundo o autor, foram utilizados de forma inédita e pioneira. Esses corolários são o alicerce da obra e trazem uma abordagem diferente e atrativa. O desenrolar do livro é guiado por essas proposições, e achei essa estratégia interessante.

Na verdade, tenho muito a elogiar sobre o livro: está atualizado tanto em relação ao conteúdo, quanto à abordagem; há diversos quadros e figuras que resumem o que foi explicado ou esclarecem as ideias apresentadas; os exercícios já vêm com a solução logo após a sua apresentação - prefiro isso aos que exibem as respostas no fim da obra (especialmente quando o livro é grande); a diagramação é visualmente agradável - nada mais desencorajador do que abrir um livro e ver um design cansativo aos olhos e ao ânimo; há a possibilidade de assistir a explicação por vídeo, por meio de QR codes distribuídos em meio à matéria.

Vale a pena: Sim, se você tem interesse no assunto. Mas já aviso que é pesado: são quase 1.500 páginas.

Em tempo: Link para as erratas do livro: aqui.

Evidenciação: O livro foi adquirido pela autora da resenha com recursos próprios.

Rir é o melhor remédio


06 março 2018

Grafite: arte ou vandalismo?

Recentemente Basquiat teve um trabalho seu vendido por 110,5 milhões de dólares. Este blogueiro já postou várias imagens de Banksy, talvez o mais (des)conhecido artista da atualidade - e que poucos sabem sua identidade.

Eis uma notícia da The Economist (grato pela dica, Sérgio Nazaré):

um juiz federal americano [dos EUA] usou a Lei de direitos de artistas visuais para compensar os grafiteiros pela destruição "intencional" de seu trabalho. Em 2013, 5Pointz, um armazém abandonado no Queens, coloquialmente conhecido como "Nações Unidas de Graffiti", foi caiado e demolido para abrir caminho para apartamentos. O proprietário agora deve pagar 21 deles US $ 6,75 milhões.

Desconto Hiperbólico

Uma explicação para a razão de uma pessoa fazer tatuagem (e outra não) é dada sob a forma do conceito de desconto hiperbólico. É o mesmo conceito usado para explicar a razão de procrastinar. A tatuagem também aumenta a dispersão das notas em sites de namoro (e isto é bom) e afeta o mercado de trabalho (isso não é bom).

Mas quando a tatuagem possui um erro, isso é muito chato. Especialmente se for uma pessoa famosa, como é o caso de Emma Watson, a Herminione de Harry Potter. Ela fez uma tatuagem temporária no seu braço com "Times up" (e não "Time´s up") e a exibiu durante a festa do Oscar.


Em tempo: A campanha Time's Up arrecada fundos para apoio psicológico e jurídico para mulheres vítimas de assédio e violência sexual. Watson participa ativamente das campanhas e recentemente fez uma doação de 1 milhão de libras.

Você se arrepende de ter se formado em contabilidade?

O foco do vídeo é nas pessoas que comentaram com o autor que se arrependem da formação em contábeis.

(Novamente deixo a dica de aumentar um pouco a velocidade do vídeo: basta ir na engrenagem que aparece na parte inferior direita do vídeo quando o ponteiro do mouse está em cima do vídeo e selecionar a velocidade desejada.)



O que você acha?

Rir é o melhor remédio



"Que fique claro que essa tirinha não representa completamente a realidade.
O mercado de trabalho não tem só 4 braços." 
Fonte: Aqui

05 março 2018

Oscar ou Nunca Desista

Na festa do Oscar, ontem, um acontecimento interessante: Roger Deakins, considerado um dos melhores na sua especialidade, na sua 14a. chance, conseguiu vencer o prêmio de melhor fotografia.

Deakins já tinha sido indicado por

(1) Um Sonho de Liberdade
(2) Fargo
(3) Kundun
(4) E aí, meu irmão, cadê vocÊ?
(5) O homem que não estava lá
(6) O Assassinato de Jesse James
(7) Onde os fracos não tem vez
(8) O Leitor
(9) Bravura Indômita
(10) 007 Skyfall
(11) Os suspeitos
(12) Invencível
(13) Sicário
(14) Blade Runner

Imposto da Mulher

Um texto do jornal NY Times, de um professor de economia dos EUA, chama a atenção para um imposto cobrado das mulheres que conseguem atingir o sucesso na vida. Baseado em uma pesquisa realizada na Suécia, os resultados mostraram que

(...) ganhar uma eleição aumenta as taxas de divórcio subseqüentes para as candidatas, mas não para os homens (Este artigo, como a maioria da literatura sobre ciências sociais, se concentra em parceiros femininos e masculinos). Esses divórcios não são decorrentes de campanhas difíceis. O estudo examinou eleições com margens de vitórias muito estreitas, nas quais a conquista foi em grande parte uma questão de sorte. Esses vencedores "sortudos" também experimentaram maiores taxas de divórcio.


Parece que isto também é válido para as atrizes de cinema que ganham prêmios (mas não para os atores). Outro estudo mostrou que os homens evitam se encontrar com mulheres mais inteligentes e ambiciosas. O autor do texto do jornal afirma:

Com o tempo, no entanto, percebi meu erro: eu estava me concentrando em outros homens quando eu certamente sou tão cúmplice. Se o homem médio é sexista nestas maneiras, as chances são de que eu também sou.

Na vida cotidiana, talvez eu não consiga perceber que estou contribuindo para esses problemas, mas nem, provavelmente, fazem outros homens. Então, corrigir esses problemas é minha responsabilidade - e também a responsabilidade de outros homens. Podemos ajudar através da introspecção, fazendo perguntas aos mais próximos de nós e ouvindo as respostas dolorosas.

BRF e ação trabalhista

A BRF, uma empresa que nasceu da junção da Sadia com a Perdigão, continua sua sina. Além da briga entre os sócios, onde alguns majoritários, insatisfeitos com a atual gestão, solicitaram uma mudança administrativa, a empresa foi alvo de uma investigação que uniu a Polícia Federal com o Ministério da Agricultura. E tudo começou com uma ação trabalhista.

Uma ex-funcionária da empresa entregou uma troca de e-mails dos executivos da empresa, indicando que a BRF alterava a tabela dos resultados da vigilância sanitária. A ex-funcionária era induzida a participar do esquema. Segundo a investigação, os executivos tinham conhecimento das fraudes, ou seja, o problema era institucional.

Um ex-presidente da empresa foi preso.

Equifax

Em setembro de 2017 a empresa de crédito Equifax informou que tinha sofrido um ataque de hacker e os dados de créditos de seus clientes foram copiados. A seguir, a empresa tinha informado que não era possível prever o impacto que o problema traria para seus resultados, em razão dos processos judiciais.

No final da semana passada a empresa informou que somente de 2018 o custo do ataque deve ficar em 275 milhões de dólares, o que faz com que este seja o ataque de hacker mais caro da história. Como a empresa já tinha registrado 164 milhões de dólares no ano passado, o valor total ultrapassa aos 400 milhões; deste valor, 125 milhões estão protegidos por seguros.

Além disto, os custos devem aumentar, já que provavelmente haverá outras punições contra a empresa. No gráfico, o comportamento das ações nos últimos meses.

Candidatos a unicórnio

Depois de PagSeguro, 99 e Nubank terem atingido o status de unicórnios, como são chamadas as startups com valor de mercado superior a US$ 1 bilhão, a lista de candidatos a figurar no seleto clube está engordando. Stone, ZAP VivaReal, Neoway, Resultados Digitais, Ebanx e o aplicativo iFood, da Movile, são alguns dos nomes comumente citados por investidores quando o assunto é unicórnios. Isso não significa que o país verá, nos próximos meses, uma nova onda de startups bilionárias, repetindo a dos primeiros três meses de 2018. O caminho a ser percorrido por boa parte dos futuros unicórnios ainda é um tanto longo já que a maioria vale menos, ou bem menos, de US$ 500 milhões.


Ao todo, 230 empresas ao redor do mundo são consideradas unicórnios, segundo a empresa de pesquisa CB Insights, especializada no universo das startups. Os Estados Unidos e a China dominam o ranking. O Brasil deve ganhar seu primeiro representante, a Nubank, na próxima atualização da lista. O Valor apurou que, na captação de recursos anunciada na quarta-feira, de US$ 150 milhões, a Nubank foi avaliada em mais de US$ 2 bilhões.

Leia mais: aqui.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

04 março 2018

Monólogo do Oscar menciona fiasco com a PWC



Hoje está ocorrendo a 90ª ceromônia do Oscar e o apresentador é o mesmo do ano passado: Jimmy Kimmel.

No monólogo de hoje ele disse algo como:

É uma grande honra ser convidado pela segunda vez. É uma grande honra estar aqui com tantas mulheres e homens talentosos. Parabéns a todos vocês! Vocês conseguiram, estão no Oscar. Alguns de vocês irão para casa com um Prêmio da Academia O que poderia ser melhor do que isso? Nada, não é mesmo?

Ah! Então, eu quero mencionar: este ano, quando você ouvir o seu nome ser chamado, não levante imediatamente. Só nos dê um minuto.

O que aconteceu no ano passado foi infeliz e eu não contei esta história publicamente porque a guardei para ser contada hoje à noite. Mas foi isso o que aconteceu... E isto é verdade:


Ano passado, cerca de uma semana antes do show, os produtores me perguntaram se eu queria fazer alguma comédia com os contadores e eu disse: não, eu não quero fazer piada com os contadores. E então os contadores foram em frente e fizeram piadas eles próprios. E eu tenho que reconhecer: foi hilário, mas não acontecerá novamente. Este ano o presidente da PricewaterhouseCoopers disse: nosso único foco será no show e na entrega do envelope correto. ... O que faz sentido. Mas só por curiosidade: qual foi o seu foco nos outros 89 anos?

Para relembrar o que ocorreu no ano passado, clique aqui.

*Eu realmente li em algum lugar que o auditor se ofereceu para fazer uma esquete com o Jimmy Kimmel, pois ele se achava parecido com o Matt Dammon e no programa de auditório do Jimmy há uma piada recorrente sobre como ele não suporta o ator.

Anna Rosling Rönnlund: Veja como vive o resto do mundo, segundo a renda

Como é escovar os dentes na Suécia ou arrumar a cama em Ruanda? Anna Rosling Rönnlund quer que todos nós saibamos como é, por isso ela enviou fotógrafos a 264 casas em 50 países (e vêm mais por aí), para documentar os fogões, as camas, os banheiros, os brinquedos e muito mais, em casas de toda faixa de renda no mundo. Veja como as famílias vivem na Letônia, na Burquina ou no Peru, à medida que Rosling Rönnlund explica como o poder da visualização de dados nos ajuda a compreender melhor o mundo.

Rir é o melhor remédio

E quem trabalha com TI & contabilidade?
Fonte: Aqui

02 março 2018

Uma boa notícia no emprego do setor contábil

 No ano passado, o único mês onde o número de funcionários contratados que trabalham com contabilidade foi superior ao número de demitidos foi em janeiro. Em janeiro de 2015 este número também foi positivo, assim como em 2014. Assim, o mês de janeiro tem um comportamento positivo no número de emprego formal no Brasil na área contábil. Em 2018 este comportamento se manteve: 10821 pessoas foram contratadas e 8755 foram demitidas, significando uma criação de 2.066 vagas formais de emprego. Para se ter uma ideia da boa notícia, desde janeiro de 2014 até 2018 o melhor número tinha sido em janeiro de 2015, com 1853 novas contratações.

Como janeiro é sempre um mês onde o desempenho é positivo, não é possível afirmar se temos aqui uma reversão de tendência. Nos últimos meses a economia tem mostrado uma reversão no mercado de trabalho, indicando que a recessão talvez tenha terminado; entretanto, isto não teve reflexo, pelo menos até dezembro de 2017, entre as pessoas que trabalham com contabilidade. O gráfico a seguir mostra isto de maneira clara.

Já em termos acumulados, os números indicam que desde janeiro de 2014 até os dias atuais o mercado contábil perdeu mais de 40 mil vagas. O gráfico a seguir faz uma comparação entre o desempenho na área contábil comparando com a economia. Para fins de comparação, dividimos os números da economia por 100, mas é nítido a diferença no comportamento das linhas nos últimos meses.

Salário - Como é normal, o salário dos funcionários demitidos é maior que os admitidos. A diferença salarial, que tinha chegado a 25% em dezembro, baixou para 22,7%, um número ainda elevado, bem acima do que ocorria em 2014, por exemplo, quando a diferença estava abaixo de 20%.

Tempo de Emprego - O tempo de emprego dos empregados demitidos também reduziu, para 36 meses. Este número ainda é expressivo, mas é o menor desde março do ano passado. A exemplo dos outros números, ainda é cedo para indicar uma tendência.

Idade média - A idade média dos admitidos ficou em 30,33 anos, enquanto os demitidos tinham uma idade média de 32,62 anos.

Quando a análise é feita em termos de gênero, formação e tipo de emprego, em todos os níveis ocorreu uma melhoria em janeiro. A única exceção foi a movimentação dos técnicos, próxima de zero, mas negativa. Além disto, como acompanhamos em parte, a movimentação de professores de contabilidade também foi negativa em janeiro, um comportamento tipicamente sazonal.

Medindo uma montanha

Um texto do Jstor começa com

Não é fácil medir uma montanha

Com 8.848 metros, o Monte Everest é um exemplo disso. Esta montanha é conhecida do "mundo civilizado" desde a metade do século XIX. Os altímetros não são precisos naquela época e não existia GPS. Naquele momento era necessário muito trabalho, muitas pessoas e um conhecimento de trigonometria. O texto comenta como isto foi feito, através de um método chamado de triangulação. Mas existem outras complexidades. As montanhas não são estáveis e podem sofrer com abalos sísmicos, por exemplo.

Se a altura de uma montanha é difícil de ser medida, imagine o valor de um ativo...

Censura

Recentemente o líder chinês obteve uma vitória pessoal: a possibilidade de exercer uma grande quantidade de mandatos. Com isso, Xi pode exercer mandatos infinitos. Alguns não gostaram e o governo começou a exercer uma censura contra aqueles que discordavam da decisão tomada.O engraçado, para quem está somente assistindo, é a extensão desta censura: abrange o Ursinho Pooh e a letra N, conforme vinculado no Estadão:


A limpeza incluiu a proibição de imagens do Ursinho Pooh – às vezes, Xi é comparado ao desenho – e a busca por termos suspeitos, como “meu imperador”, “longa vida” e “insensível”.

Por um momento, até a letra ocidental “N” foi censurada, segundo Victor Mair, professor da Universidade da Pensilvânia, para impedir que cientistas sociais manifestassem matematicamente sua dissidência com a fórmula N >2, na qual “N” significa o número de mandatos de Xi.

Atualizando as notícias

A Weinstein Co, que estava ameaçada de falência, pode ser salva por um acordo de aquisição.

O acordo foi alcançado após intensas negociações, nas quais participou a procuradoria-geral do estado de Nova Iorque, que no passado dia 11 de fevereiro apresentou uma queixa de direitos civis contra a empresa e os seus fundadores, os irmãos Harvey e Robert Weinstein.

Harvey Weinstein foi afastado da empresa em outubro do ano passado no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico.


O péssimo negócio feito pela Rio Tinto em uma mina de Moçambique pode gerar problemas legais na Austrália. Dois ex-executivos também estão sendo processados pelos efeitos contábeis nas demonstrações de 2011.

E o RBS? Depois de dez anos, sofrendo acusações de falsificar assinatura de clientes, entre outros pecados, o banco do Reino Unido reduziu os custos judiciais e apresentou lucro.

Resenha: Amor em tempos modernos

Dois livros com temáticas parecidas, o amor. “A Matemática do Amor” é uma adaptação da palestra TED de Hannah Fry, uma matemática londrina. Em 9 curtos capítulos e quase 140 páginas, o livrinho discute a beleza, a maximização de noitadas, os encontros virtuais, a matemática do sexo, qual o momento de parar (de namorar), como otimizar o casamento e a felicidade. Discutindo esses assuntos, Fry usa teoria dos jogos, a razão áurea na beleza (ela não acredita nisso), o algoritmo de Gale-Shapley, o problema da secretaria, entre outros conceitos. Na discussão quando uma pessoa deve parar e “sossegar o facho”, Fry usa o problema da secretaria para divulgar os famosos 38%. (Para quem não sabe, o melhor critério de escolha de uma secretaria é fazer entrevistas as primeiras candidatas até atingir os 38% das candidatas; a partir daí, a melhor candidata, quando comparada com as anteriores, deve ser escolhida e as entrevistas de emprego se encerram. Existem justificativas para este percentual).

O segundo livro é "Everything I Ever Needed to know about economics I Learned from Online
Dating", de Paul Oyer. Também é um livro curto, com 10 capítulos, onde cada capítulo aborda um assunto sob a ótica dos sites de namoro. Oyer é um economista em busca do seu par e explica alguns conceitos de economia a partir daí. Isto inclui teoria da pesquisa, "conversa fiada", externalidades, sinalização, discriminação, mercados e seleção adversa. A questão da externalidade é discutida sob a forma do efeito Facebook. Aqui Oyer lembra que o Facebook parece com o fato das casas de antigamente terem o telefone (ou fax): eu tenho o telefone para falar com meu amigo e só por isso vale a pena ter um telefone; e quanto mais pessoas possuírem telefone, mais interessante é ter o aparelho. O mesmo acontece com o Facebook: tenho perfil no Facebook para ter notícias dos amigos e dos conhecidos. Mas Oyer mostra que esta lógica é um pouco diferente para os sites de namoro: vou procurar os sites para encontrar novas pessoas.

Vale a pena? - Das duas obras, gostei mais da obra de Fry, talvez por ser mais abrangente. O livro dela também pode ser indicado para aqueles que acham que a matemática não tem nenhuma relação com a realidade. Mas em ambos encontrei exemplos interessantes que estarei usando na minha disciplina na próxima semana. 

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

01 março 2018

Moda e Plágio

Uma forma de defender uma ideia é através do direito autoral. O objetivo do direito autoral é incentivar a criatividade em certas indústrias, como é o caso da literatura ou da patente de um remédio. Muitas vezes esta questão de desvirtuada, como é o caso da Disney.

Uma das áreas onde não existe esta proteção é o setor de moda. E apesar de não existir uma "proteção autoral", o setor de moda continua sendo muito criativo. E por este motivo tem sido um contraponto na discussão da necessidade de existência de patente para que as pessoas sejam criativas. Eis um caso interessante, na área de moda, relatada pelo Animal Politco:

En 2015, la cantante Susana Harp denunció a través de sus redes sociales que en una tienda de San Diego se vendía una blusa típica de Santa María Tlahuitoltepec, Oaxaca, bajo la marca francesa Isabel Marant. La noticia se esparció y acusaron a la marca de plagio. La presión fue tal que la diseñadora francesa reconoció que efectivamente el diseño provenía de una comunidad mexicana y no pretendía adueñarse de él.

Aunque ese caso quizá fue uno de los más conocidos, no es el único. Ocho marcas de ropa, incluso internacionales, plagiaron diseños de comunidades indígenas de Oaxaca, Chiapas e Hidalgo, entre 2012 y 2017, de acuerdo con un análisis realizado por la organización Impacto.

Simples que não é Simples

O professor do Ibmec, Paulo Pêgas, mostra que o Simples não é tão simples como o nome diz:

Suponha uma empresa de comércio varejista de alimentos com receita bruta mensal na faixa de R$ 75 mil (R$ 900 mil/ano). Ela teria pagamento mensal de 8,2% de Simples, distribuído da seguinte forma: 0,74% de IR+CSLL; 1,27% de PIS+Cofins; 3,44% de CPP; e 2,75% de ICMS. Todavia, cerca de 2/3 das mercadorias foram adquiridas já com o ICMS cobrado por meio da substituição tributária, e alguns produtos (perfumaria, cosméticos, cervejas, refrigerantes entre outros) foram adquiridos também com PIS e Cofins já cobrados pela indústria com alíquota majorada, abarcando toda a cadeia produtiva. Em síntese, a legislação permite a esta empresa comercial separar seus produtos em três tipos:

• em torno de 2/3 das vendas è aplicar alíquota de 5,45% (sem o ICMS);

• bebidas, perfumaria e cosméticos è aplicar alíquota de 4,18% (sem ICMS, PIS e Cofins); e

• demais mercadorias è aplicar alíquota cheia de 8,2%.

É difícil imaginar uma empresa varejista desse porte fazendo toda essa segregação em suas vendas. Se não fizer, deverá pagar R$ 73.800/ano de Simples. Se conseguir separar, poderá economizar entre R$ 16 mil e R$ 20 mil dependendo do seu mix de vendas.


Continue lendo aqui

CVM multa Grupo Silvio Santos em caso Panamericano

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) multou em um total de R$ 52,97 milhões o banco Panamericano (atual Pan), a Silvio Santos Participações e outros 17 ex-administradores, conselheiros e membros de comitês da instituição, em caso que apurou irregularidades de ex-administradores e conselheiros do banco. Também inabilitou temporariamente quatro dos executivos acusados para o exercício de cargo de administrador em companhia aberta.

O processo teve inúmeras acusações, que incluíram fraudes a demonstrações financeiras e no sistema de provisão para devedores duvidosos. Também analisou as informações sobre a companhia no prospecto definitivo da oferta de ações do banco em 2007 e o recebimento de vantagem indevida por parte dos executivos. A CVM analisou, ainda, a conduta dos conselheiros e membros do comitê de auditoria nos casos.


Mais: Aqui e aqui

Deloitte entra em acordo para pagar multa de US$ 49,5 milhões

Fonte: Aqui
Ontem (28/02) o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que a Deloitte terá que pagar US$ 49,5 milhões em multa ao governo. A empresa de auditoria falhou em encontrar fraude na falida Taylor, Bean & Whitaker Mortgage Corp (TBW)

Segundo os denunciantes, a Deloitte certificou a TBW como uma empresa solvente, viável, com precisas demonstrações financeiras em todos os anos, de 2001 a 2008. “Apesar das credenciais da Deloitte e a experiência como uma das quatro grandes empresas de consultoria e auditoria, essas eram completamente falsas”, completou.

A justiça alegou que a auditoria da Deloitte se desviou conscientemente dos padrões de auditoria aplicáveis ​​e, portanto, não conseguiu detectar a conduta fraudulenta da TBW e as declarações financeiras materialmente falsas e enganosas. Essa falha que permitiu que a TBW continuasse a oferecer empréstimos hipotecários segurados pela Federal Housing Administration (FHA) até a falência da empresa em 2009.

A Taylor Bean era a 12a maior empresa de empréstimos hipotecários, até ter sido encerrada em 2009. O seu ex-presidente, Lee Farkas, está cumprindo desde 2011 uma pena de 30 anos de prisão, após sua condenação relacionada a 14 casos de fraude e conspiração.


Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

28 fevereiro 2018

Fertilidade e recessão

Muitos estudos encontram relações que são difíceis de serem explicadas. São as correlações espúrias. Já comentamos várias vezes sobre este assunto: aqui, aqui, aqui e aqui, por exemplo. A existência de relação entre o Super-Bowl e o mercado acionário é uma dos casos mais famosos.

Entretanto, em alguns casos, a correlação pode não ser muito "espúria". Segundo um artigo da BBC , haveria uma relação entre a quantidade de gravidez em um determinado país e o desempenho da economia. Geralmente a taxa de gravidez começa a cair antes do início de uma recessão. Ou seja, é um índice de antecipa uma futura recessão. E, segundo o estudo realizado, é um índice mais preciso que alguns tradicionais. Eis o gráfico ilustrando esta relação:



A pesquisa mostra que a taxa de concepções parou de aumentar e começou a diminuir vários trimestres antes do início das três últimas recessões nos Estados Unidos. (...)

Precisamos medir a qualidade do trabalho do auditor

As Big Four conseguiram uma receita anual de 134 bilhões de dólares em 2017, auditando a grande maioria das empresas com ações negociadas na bolsa. Nas 500 empresas que compõe o índice SP500, 497 foram auditadas pelas Big Four. Do FTSE 100, com as maiores empresas inglesas, foram 99 empresas.

Apesar disto, as empresas são cobradas pelas falhas cometidas, como foi, recentemente, o caso da Carillion (KPMG e Deloitte) ou da Steinhoff (Deloitte). Esses dois casos são típicos. Um ex-executivo da Carillion, afirmou que os problemas da empresa já eram perceptíveis desde 2016. O pior é que o auditor não reconhece que cometeu um erro.

A impressão que fica é que o auditor trabalha para a gestão da empresa, não para o empregado ou o investidor ou o governo. E as punições parecem não resolver muito, segundo Prem Sikka.

Sem dúvida que existe uma falta de punição para as situações onde os auditores cometem erros grassos. Aconteceu com a Abengoa, uma empresa espanhola, cujos problemas foram notados por um estudante de 17 anos, mas não pela empresa de auditoria.

Mas esta discussão possui um grande problema: temos uma grande dificuldade de analisar o trabalho de um auditor mesmo a posteriori. Basicamente, o trabalho do auditor pode ter quatro situações típicas. Imagine que o parecer (ou mais modernamente, o relatório) do auditor tenha duas possíveis saídas: limpo ou com ressalvas (ou até mesmo negativo). Se o parecer for limpo e a situação da empresa se mostrar adequada nos próximos meses, podemos dizer que a auditoria fez seu papel. Mas o parecer pode ser com ressalva e realmente a situação da empresa não é das melhores. Também podemos dizer que a auditoria fez seu papel. Estas duas situações são mostradas na figura abaixo no quadrado rosa.


Uma terceira situação é que o parecer foi com ressalva e na verdade a situação estava adequada. A empresa de auditoria errou, mas este é aquele erro “desculpável” já que pode-se argumentar que “ventos favoráveis” ajudaram a empresa. Lembro de um caso muito antigo, quando uma empresa do Paraná adotou pela primeira vez a correção integral no Brasil. O auditor deu um parecer com ressalva, mas o problema foi a visão estreita do auditor, que afirmou que a correção integral não fazia parte dos princípios contábeis brasileiros.

O problema está no quadrante “Parecer limpo, mas a situação é ruim”. Este foi o caso da Abengoa, da Carrillon e de inúmeros outras situações. Mas como dizemos anteriormente, temos dificuldade de analisar o trabalho a posteriori, pois não sabemos o quanto representa este quadrante no total de auditorias realizadas, mas certamente é uma exceção, não a regra. Também não sabemos com precisão os casos que a auditoria fez a ressalva e a situação era realmente ruim.

De qualquer forma, diversas sugestões são apresentadas para tentar melhorar o sistema de auditoria. Uma delas é o rodízio do auditor. Acredita-se que o auditor familiarizado com uma determinada empresa se torne menos eficiente com o tempo. Ou que este auditor termine por vestir a camisa da empresa. Outra possibilidade é aumentar a concorrência do setor, aumentando o número de grandes empresas, como existia no passado. Também alguns imaginam que o problema está nas regras que ou são detalhadas demais ou de menos, dependendo do argumento. Ou que a contratação deveria ser feita pelo governo e não pelas empresas. Ou contratar um seguro contra fraude e as seguradoras seriam responsáveis pela auditoria. Finalmente, poderíamos pensar em um processo de auditoria que fosse independente nas suas partes; em caso de falha de uma das partes, a outra poderia alertar para algum problema. (De certa forma é isto que ocorre hoje com o Conselho de Auditoria e o Relatório do Auditor)

É bem verdade que nenhuma destas situações permite julgar a qualidade do trabalho dos auditores. Afinal, não conseguimos compreender aquilo que não conseguimos medir.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

27 fevereiro 2018

Concentrando no que importa

Uma propaganda bem legal da Intuit mostra um comerciante concentrado em preencher formulários, não prestando atenção na atividade fim.

Weinstein Company

A Weinstein Company foi fundada em 2005 e tinha como dono Bob Weinstein, irmão do mais conhecido Harvey. Mas desde o segundo semestre de 2017, Harvey tem sido acusado de uma série de crimes sexuais, que inclui assédio com várias mulheres. Até então, a Weinstein Co era uma empresa “respeitável”, responsável pela produção de filmes como Django, O Discurso do Rei, Bastardos Inglórios, entre outros.

Com o escândalo, o procurador-geral apresentou uma ação judicial contra a empresa. A acusação é que a empresa, incluindo o irmão Bob, não tomaram medidas preventivas contra o assunto, apesar de existirem provas há anos. Os gestores da entidade perceberam que a solução para evitar o desemprego e preservar ativos seria a sua venda. Entretanto, o efeito do escândalo foi maior e afetou a própria venda planejada.

Agora, anuncia-se a falência ordenada da empresa, como “unica opção viável para maximizar o valor restante da empresa”.

Fraude no banco indiano

O Banco Nacional Punjab (PNB) foi fundado em 1894 e tem sede em Nova Delhi, Índia. Com 70 mil empregados e controlado pelo governo indiano, a instituição possui 80 milhões de clientes, quase 7 mil agências e mais de 10 mil caixas eletrônicos. Um gigante financeiro.

O PNB reconheceu a existência de uma fraude de quase 2 bilhões de dólares, muito embora existam notícias que este valor pode ser maior. O problema ocorreu quando funcionários subalternos da filial de Mumbai fizeram transações fraudulentas com o designer e joalheiro Nirav Modi. Segundo o PNB, dois funcionários estavam envolvidos no esquema e o problema só foi notado por um funcionário novo do banco. Entretanto, dez funcionários foram suspensos. As ações caíram quase 10%.

Modi e família fugiram do país em janeiro.

Passaporte brasileiro para líderes coreanos

Quem assistiu o filme Identidade Borne deve-se lembrar que o agente tinha, entre seus passaportes, um com a identidade de um brasileiro. O certo é que o passaporte brasileiro é disputado no exterior pela característica da população brasileira: sua diversidade.
Assim, um passaporte emitido no Brasil pode servir para criminosos africanos, europeus ou asiáticos.

A Reuters acaba de divulgar que a família que manda na Coréia do Norte usou documentos de viagem brasileiros (vide fotografia). Na fotografia ao lado, o atual líder.

Os passaportes foram considerados por uma fonte da Reuters um desejo de viajar e criar possível rota de fuga. Os documentos foram considerados legítimos. Anteriormente um jornal japonês tinha afirmado que Jong Un viajou para Tóquio usando um passaporte brasileiro.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

26 fevereiro 2018

Sobre a destituição do Conselho Administrativo da BRF

Fonte: Aqui
O derretimento da fabricante da alimentos BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira. O empresário Abilio Diniz, presidente do conselho de administração da companhia, divulgou uma nota para responder aos fundos Petros e Previ, que querem destituir a ele e a todos os conselheiros da companhia. Abilio convocou para a próxima segunda-feira uma reunião do Conselho de Administração da companhia, atendendo à solicitação dos fundos.

“Costumo dizer que não gosto de explicações, mas de resultados. E os resultados da BRF não são bons. Entendo a posição dos fundos, sua necessidade de informar seus cotistas, e compartilho da insatisfação de todos os acionistas com os resultados da empresa. Mas discordo das ações, da forma e do momento em que estão se manifestando”, afirma Abilio.

Abilio afirmou ainda que não teve tempo de levar a cabo um novo plano de ação para a companhia, aprovado no dia 22 de fevereiro e que seria apresentado nos dias 7 e 8 de março. E termina dizendo que todos os acionistas com cadeira no conselho são responsáveis pelos rumos da empresa. Em 2016, sob comando dele e do fundo Tarpon, a BRF teve o primeiro prejuízo de sua história: 370 milhões de reais. Em 2017, segundo balanço anunciado semana passada, o prejuízo foi de 1 bilhão de reais.

O empresário começou a comprar ações da BRF em 2013. Em 2015, promoveu uma grande mudança na gestão da companhia, alçando Pedro Faria, sócio da Tarpon, à presidência. Faria deixou o cargo em 31 de dezembro. Abilio, Tarpon, Petros e Previ formam o bloco de controle da empresa e são responsáveis por um dos maiores fracassos das história do capitalismo brasileiro. Desde julho de 2015, a empresa perdeu 62% de seu valor de mercado, ou 36 bilhões de reais.

“Nem nos mais horríveis pesadelos imaginaria essa destruição”, diz um ex-executivo. “Eles adotaram uma forma errada de gerir o negócio, que demorou para aparecer porque o ciclo é longo”. 

Fonte: Aqui

24 fevereiro 2018

Um tuíte valendo ... 2

Reuteurs insinua que Kylie Jenner, que destruiu US$1 bilhão do valor da Snapchat, deveria ensinar os contadores. Going Concern responde:

se o valor da sua empresa é altamente dependente dos caprichos de pseudo-celebridades superficiais e vagas, então, descobrir como explicar isso pode valer a pena. Eu acho que isso também pode ser um sinal de que você não tem muito negócio

Warren Buffett deixa conselho da Kraft Heinz

Fonte: Aqui
O bilionário Warren Buffett vai renunciar ao conselho de administração da empresa de alimentos americana Kraft Heinz ao fim do seu mandato, em abril, segundo comunicado divulgado ontem pela companhia.

O empresário, que tem 87 anos de idade, tomou a decisão porque quer diminuir suas viagens. Segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”, o conselho da Kraft Heinz deve nomear Alexandre Van Damme como candidato ao cargo de Buffett na eleição que deve acontecer na assembleia anual da companhia, que deve acontecer no dia 23 de abril. Van Damme é membro do conselho da Anheuser-Busch Inbevand Restaurantes Brands International e diretor do centro de doação de medula DKMS.

Em comunicado, o presidente do conselho de administração da Kraft, Alex Behring, afirmou que trabalhar com Buffett nos últimos cinco anos “tem sido uma honra”. “Suas várias imensuráveis contribuições para a Kraft Heinz terão um impacto duradouro na companhia nos próximos anos”, disse o executivo. “O conselho pretende continuar a parceria com seu maior acionista, Berkshire Hathaway.”

Fonte: Aqui

Um tuíte valendo US$1 bilhão

Um simples tuíte fez uma empresa perder mais de US$1 bilhão em valor de mercado. Na quinta feira, Kylie Jenner (quem?) tuitou uma mensagem onde expressa seu descontentamento com a nova versão do Snapchat dizendo algo como “alguém não abre mais o Snapchat ou sou só eu?”. Muitos responderam de maneira afirmativa, em razão das mudanças recentes no aplicativo.

Com apenas 20 anos, Jenner é considerada uma das jovens mais influentes do mundo. Possui uma grande presença nas mídias sociais, assim como sua família. E tem uma marca de perfumes com um grande crescimento nas vendas. 

Rir é o melhor remédio


23 fevereiro 2018

Resenha: O Ódio Que Você Semeia

Fonte: Aqui
As resenhas são publicadas às quartas, mas vou antecipar esta na vibe Seven Seconds que está no Netflix (só assisti o trailer – que me lembrou desta resenha incompleta – e, por isso, cá estou), hoje quero falar sobre o livro “O Ódio Que Você Semeia” da Angie Thomas. Eu o li no fim do ano passado e, para mim, foi sem dúvida nenhuma a melhor obra do ano. Muitos concordam, já que o livro ganhou diversos prêmios em 2017, incluindo Melhor Estreia e Melhor Ficção Young Adult.

A história foi inspirada pelo movimento “Black Lives Matter” (As Vidas Negras Importam) que ocorreu em 2014 após muitos jovens negros morrerem injustamente nas mãos de policiais e narra a vida de Starr Carter, uma adolescente de 16 anos que presenciou a morte de um amigo. A trama mostra dois lados da vida de Starr: um em seu bairro pobre, periférico e negro; outro em sua escola cara, rica e com colegas brancos.

O balanço entre os mundos é quebrado quando ela presencia Khalil, um amigo de infância, ser baleado por um policial. A notícia se tornou manchete e muitos julgaram o jovem como sendo traficante ou membro de uma gangue. Há protestos tomando as ruas em defesa de Khalil. Policiais e o chefe do tráfico tentam intimidar Starr... Mas o que todo mundo quer saber é: o que aconteceu naquela noite? O que ela responder pode afetar a comunidade dela e até arriscar a própria vida. O que você faria?

Eu traduzi aqui um pouco da sinopse, mas não há palavras que resumam com qualidade o poder desta obra. O que mais me impressionou foi a capacidade da autora em nos fazer sentir, em nos envolver com a história. Eu vi ali muitas coisas sobre racismo que eu realmente nem imaginava e gostaria que mais pessoas tivessem a oportunidade de entender. E é tudo contado de uma forma que me pareceu muito harmônica e bela para uma situação trágica. Eu virei uma fã da autora e aguardo ansiosamente pelo seu próximo livro.

Eu li alguém perguntando em um fórum se este é o tipo de livro que capitaliza em cima de problemas sociais, políticos ou raciais e este não é o caso. Apesar dos três serem tópicos que merecem atenção, como foi bem lembrado por quem respondeu essa questão, não há o sentimento de militância ou superioridade. Existem livros que ensinam coisas importantes... existem livros que você começa a ler e só consegue parar quando termina... e O Ódio Que Você Semeia é os dois.

A obra será adaptada para o cinema, com a atuação da Amandla Stenberg (The Hunger Games, Tudo E Todas As Coisas).

Vale a pena: Sim. E espero que um dia seja leitura obrigatória nas escolas. Eu definitivamente não fiz jus ao livro, mas espero que a indicação valha para instigar a leitura porque é realmente um tema importante e foi escrito por Angie Thomas da melhor forma possível.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

22 fevereiro 2018

Ajuda em Pesquisa

Uma mestranda, Bruna Socreppa, de Sinop, aluna do mestrado, está solicitando apoio em uma pesquisa acadêmica. O link é aqui. O questionário pode ser respondido em menos de cinco minutos.

21 fevereiro 2018

Os mais citados

Em 2014, a Nature fez a relação das obras mais citadas. A revista usou o Scholar para fazer este levantamento. Em outubro de 2014 o texto mais citado era um artigo da própria Nature, com mais de 200 mil citações.

Tomei a relação da Nature e fiz uma atualização dos valores. Isto é, usando o Scholar, as 18 horas do dia 21 de fevereiro de 2018, ou três anos e meio depois. Só pesquisei os 15 primeiros da lista original e o resultado foi o seguinte:
O artigo de Laemmli, de 1970, aumentou neste período, 15% o número de citações. Nada mal, já que entre os 15 artigos, o texto sobre biologia ainda é o mais citado. Entre os quinze primeiros, Yin (que muitos brasileiros gostam de citar para sustentar o estudo de caso), Kuhn (que já foi mais influente), Zar e Cohen são muito mais obras de apoio. (Na relação dos 100 mais citados apareciam também Siegel, Greene, Steel, Miles, Hair, Kaplan, Cox, entre outros, com este mesmo enfoque)

Algumas obras mudaram um pouco, como é o caso de Maniatis, que possui outra autoria. É importante notar a grande presença de livros entre os mais citados: entre o 4o e o 12o., todos são livros, exceto o texto de Shannon. São destacados com um fundo verde. Um autor brasileiro estava na relação dos 100 mais, Freire, com Pedagogia dos oprimidos.

Avaliações online e erros de redação

Uma relação curiosa encontrada pelo Priceonomics (via aqui): as avaliações online com uma estrela apresentam mais erros de ortografia e gramática do que os produtos avaliados com cinco estrelas. Além disto, estas avaliações são mais longas e mais detalhadas. E a quantidade de erros é bastante razoável. Esta pesquisa é válida para língua inglesa.

Rir é o melhor remédio


Portugal não é um país sério

Sabe o acordo ortográfico? Assinado em 1990, o acordo era uma tentativa de convergir na unificação da língua portuguesa escrita. Em julho de 2010 entrou em vigor em diversos países. Agora, um grupo de políticos está propondo que Portugal não faça parte do acordo e uma renegociação do mesmo:

Os deputados debatem esta quarta-feira, 21 de fevereiro, a proposta do PCP de desvinculação de Portugal do Acordo Ortográfico, a par de uma petição com mais de 20 mil assinaturas no mesmo sentido.

O projeto dos comunistas “recomenda o recesso de Portugal do Acordo Ortográfico de 1990, acautelando medidas de acompanhamento e transição, a realização de um relatório de balanço da aplicação do novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa e uma nova negociação das bases e termos de um eventual Acordo Ortográfico”.