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14 agosto 2015

Brasileira cria aplicativo com apoio de Harvard

A estudante de Comunicação Jéssica Behrens, 23, teve uma ideia empreendedora que começou com um exercício de desapego. Jéssica decidiu se desfazer de um pertence por dia ao longo de um ano, seguindo uma sugestão encontrada na internet. A ideia era viver com o mínimo necessário. As dificuldades para pôr em prática essa filosofia de vida fizeram a estudante, que está prestes a se formar pela Universidade de Brasília (UnB), perceber um mercado a ser explorado e lançar uma empresa com apoio da Universidade de Harvard.

“Percebi que não conseguia encontrar gente de forma rápida para ficar com minhas coisas. E eram coisas legais, não podiam ir para o lixo. Aí eu percebi que não existia uma forma rápida e fácil de conectar minhas coisas às pessoas que estavam precisando delas. Um dia tive um insight. Pensei: 'E se existisse um Tinder para produtos?'”, conta, referindo-se ao aplicativo de paquera online. No Tinder, o usuário visualiza fotos de outros interessados em se relacionar e seleciona potenciais parceiros. No Tradr, o aplicativo criado por Jéssica, as imagens são de produtos à venda.

A ideia começou a virar realidade quando ela comentou o assunto com um amigo. “Ele se formou em Harvard. Achou a ideia muito legal e me colocou em contato com pessoas que ele conhecia que desenvolviam startups (começar algo, em tradução livre, normalmente uma empresa, a partir de uma ideia inovadora). Duas pessoas largaram projetos que estavam fazendo para participar desse. A gente passou por um processo seletivo e foi aceito no Laboratório de Inovação de Harvard”, recorda Jéssica, que viajou para os Estados Unidos. A universidade cedeu a infraestrutura, e o grupo conseguiu patrocínio de um pequeno investidor.

Segundo Jéssica, dois fatores foram determinantes para que a universidade norte-americana considerasse o projeto inovador e decidisse apoiá-lo. “Primeiro, porque a gente desenvolveu um algoritmo que, conforme a pessoa usa o aplicativo, registra as coisas que ela gosta e mostra cada vez mais produtos daquele tipo. Também porque consideraram que ele [o aplicativo] fomenta a economia colaborativa. É uma forma de conectar as pessoas, ver o que alguém está vendendo a 50 metros de você. Isso cria um espírito de comunidade, estimula a comprar e vender localmente. E é bom para o meio ambiente, pois você está deixando de consumir coisas novas”, explica a estudante.

Jéssica ressalta que o aplicativo pode ser, também, uma plataforma para quem tem interesse em empreender. “A gente abre um espaço para a economia marginal, como pessoas que produzem artesanato e não têm espaço para loja física ou rios de dinheiro para gastar com marketing digital”, comenta. A estudante explica que cuidou da parte de design, arquitetura da informação, marketing e comunicação no desenvolvimento do aplicativo. Seus colegas de projeto ficaram responsáveis pela programação, pelas finanças e pelo desenvolvimento de um algoritmo. Atualmente, o aplicativo, que está disponível há cerca de um mês em versão beta – versão para teste – tem 2,2 mil usuários.

O Tradr está disponível para download e, por enquanto, funciona apenas no sistema iOS, da Apple. A participação é gratuita e, de acordo com Jéssica, os desenvolvedores ainda estudam uma forma de monetização do aplicativo. A ideia é continuar não cobrando dos usuários comuns. “A gente estuda fornecer um serviço de inteligência de dados para quem quiser ter uma conta premium. Por exemplo, a pessoa está colocando à venda um sapato vermelho e outro branco e a gente consegue mostrar a ela estatísticas de qual dos dois tem mais aceitação”, exemplifica.

O professor do Departamento de Administração da UnB José Pinho, especialista em RH, marketing e estratégia empresarial, afirma que as possibilidades criadas por recursos como a internet e o surgimento das redes sociais ajudam o empreendedorismo, mas não são determinantes. “O desenvolvimento das comunicações ajuda porque abre muitas perspectivas. A pessoa vê as coisas acontecerem, percebe as necessidades. Mas isso não é determinante. Antes de haver internet, Thomas Jefferson tinha um monte de invenções. Cada uma, ele transformava em empresa. Simplesmente, agora, [a internet] estimula e evidencia as oportunidades”, ressalta.

Segundo Pinho, entre as características de quem tem perfil empreendedor estão capacidade de assumir riscos e pensamento em longo prazo. Para o professor, o ambiente no Brasil não é favorável para empreender.

“Vamos supor que você tem R$ 200 mil. Você vai entrar em um negócio, pagar 40% de imposto e sair com um lucro que vai representar mais ou menos 20% [do investimento], correndo risco? É preferível só aplicar e sair com todo o dinheiro e mais um pouco do outro lado. Aquele capitalismo de ter uma boa ideia, constituir empresa e crescer foi praticamente abolido pelo capitalismo financeiro”, comenta. Para ele, o maior problema para as empresas no país é a alta carga tributária.

Fonte: Aqui

2+2=5

Uma piadinha circula há tempos sobre o processo de contratação de um gestor para uma empresa. Um estatístico, um sociólogo, um advogado, um engenheiro e um contador se candidatam ao cargo. O estatístico é o primeiro a ser entrevistado e o dono da empresa pergunta: “quanto é 2 mais 2”. O estatístico responde: “existe 90% de chance de ser 4”. O sociólogo também tem que responder a pergunta e diz: “este é um conceito típico da luta de classes ...” e continua seu discurso. A mesma pergunta é feita para o advogado que responde: “não existe nada sobre o assunto no código comercial e salvo melhor juízo na jurisprudência”. O engenheiro vai direto ao ponto: 4. Na vez do contador, o candidato responde: “quanto você quer que seja”. O contador foi o contratado.

A piadinha mostra a visão típica que o profissional faz aquilo que o dono espera dele. No século XIX Burnier já alertava que o bom profissional deveria ter fidelidade ao amo http://www.contabilidade-financeira.com/2015/07/historia-da-contabilidade-contabilidade.html. Uma pesquisa realizada pela Universidade South Carolina mostra que isto ocorre. Usando 41 recrutadores e 57 executivos, o estudo mostrou que candidatos que era vistos como mais próximos aos “objetivos” da administração, e isto inclui suavizar resultados, são preferidos no processo de contratação. Entre dois candidatos, onde um deles é inferior em todos os aspectos, exceto na habilidade de “remover” obstáculos contábeis, a preferência era o candidato inferior. Isto significa dizer que o processo de suavizar/gerenciar resultados começa no processo seletivo.

A pesquisa causou um grande impacto nesta semana, tendo sido citada por Dena Aubin da Reuters e Michael Coehn da Accounting Today . Uma pesquisa similar já foi realizada no Brasil, por professores da UFRN e UnB e pode ser acessada aqui

Lista: Os aeroportos mais movimentados

Aeroporto de Chicago em Illinois
Charles de Gaulle Airport (França)
Número de passageiros: 63,8 milhões

Chicago O'Hare International Airport (Estados Unidos) 
Número de passageiros: 69,9 milhões

Dubai International Airport (Emirados Árabes Unidos)
Número de passageiros: 70,4 milhões

Los Angeles International Airport (Estados Unidos)
Número de passageiros: 70,6 milhões

Haneda International Airport (Japão)
Número de passageiros: 72,8 milhões
*O maior aeroporto do planeta com 550.000 metros quadrados.

London Heathrow Airport (Reino Unido)
Número de passageiros: 73,4 milhões

Beijing Capital International Airport (República Popular da China)
Número de passageiros: 86,1 milhões

Hartsfield-Jackson Atlanta International Airport (Estados Unidos)
Número de passageiros: 96,1 milhões

Fontes: Aqui e aqui
Dados atualizados em 2015.





Links

SEC aprova mais evidenciação sobre remuneração

Práticas contábeis agressivas e aquisições

Toshiba reserva 100 bilhões de ienes para recuperabilidade


Escândalo Petrobras fez a Fifa parecer coisa de amador

Velhos usam LOL, jovens usam emojis (figura)

13 agosto 2015

Rir é o melhor remédio


Coca Cola e o financiamento de pesquisas

Saiu no The New York Times (via JB, adaptado): a Coca Cola, maior produtora mundial de refrigerantes, financiou estudos que apresentam uma nova solução para combater a epidemia de obesidade mundial: para manter um peso saudável, as calorias não importam mas sim os exercícios físicos.


A Coca Cola apoia uma organização sem fins lucrativos, denominada Global Energy Balance Network, que tem promovido a ideia de que os americanos preocupados com um estilo de vida saudável estão mais fixados nas quantidades de comida e bebida que ingerem, quando deviam realmente preocupar-se com o exercício físico.

Segundo a reportagem, os demais cientistas garantem que esta mensagem é errada e faz parte da estratégia da Coca Cola para desvalorizar o papel que tem sido atribuído aos refrigerantes no aumento da obesidade e da diabetes tipo 2.


A polémica surge numa altura em que, tanto nos Estados Unidos como noutras regiões do globo, se verifica um esforço da comunidade médica e científica para incentivar a aplicação de taxas sobre os refrigerantes. Em Portugal, o diretor do Programa Nacional para a Diabetes já veio defender que as bebidas com elevado teor de açúcar devem ter uma referência aos malefícios que provocam, "tal como acontece para o tabaco e deveria existir para o sal". A posição de José Manuel Boavida vai no sentido das recomendações que a Assembleia da República aprovou recentemente, no sentido da adoção de medidas de prevenção, controlo e tratamento de diabetes. Estas medidas visam, sobretudo, limitar o consumo de bebidas e outros alimentos açucarados aos menores de idade, impondo limitações também nos anúncios dirigidos às crianças.

Ao New York Times, Michele Simon, uma advogada na área da saúde pública, disse que a estratégia da Coca Cola é uma "resposta direta" às perdas da companhia. A Coca Cola fez, por outro lado, um investimento substancial na nova associação sem fins lucrativos: só no ano passado, para formalizar a Global Energy Balance Network , a empresa deu 1,5 milhões de dólares - cerca de 1,3 milhões de euros.

Leia mais: aqui

Agências de rating, jornalistas e o mercado

Ontem foi noticiado com grande destaque pelos jornais brasileiros que a Moody's rebaixou a nota de crédito do Brasil de Baa2 para Baa3. E daí? Qual é a importância disso? Nenhuma. É impressionante que até hoje as pessoas não entendem que as agências de rating quase sempre estão atrás do mercado. O Brasil não tem mais grau de investimento para os investidores. O mercado desconta o futuro. Portanto, a perda do grau de investimento já está precificada.

Johann Hari: Tudo que você pensa saber sobre vício está errado

O que realmente causa o vício? À qualquer coisa, desde a cocaína até smartphones? E como podemos superá-lo? Johann Hari tem visto, em primeira mão, os métodos atuais falharem, à medida em que viu pessoas amadas lutarem contra o vício. Ele começou a imaginar porque tratamos os dependentes químicos desta forma, e se poderia haver algo melhor a ser feito. Como ele compartilha nesta palestra profundamente pessoal, seus questionamentos o levaram a uma volta ao mundo, e a descobrir algumas formas surpreendentes e esperançosas de repensar um velho problema.

Lista: Universidades no Nobel

A Lista das universidades que mais venceram o Prêmio Nobel no século

1) Stanford - Estados Unidos
2) Columbia - EUA
3) California - Berkeley - EUA
4) Princeton - EUA
4) Chicago - EUA
6) Howard Hughes Medical Institute - EUA
7) California, Santa Barbara - EUA
8) MIT - EUA
8) Technion Israel Institute of Technology
10) Max Planck Institute- Alemanha

Por Países

1) EUA
2) Reino Unido
3) Japão
4) Alemanha
5) Israel
6) França e Rússia
8) Austrália
9) Noruega
10) Bélgica, China e Itália

Fonte: Aqui

12 agosto 2015

Rir é o melhor remédio


Curso de Contabilidade Básica: Provisão para Perdas de Inventário

A provisão para perdas de inventário faz parte da conta de Estoques de uma empresa. É uma forma de a contabilidade colocar no balanço um valor mais próximo da realidade. Estas perdas podem ser originárias de uma quebra de estoque (queda de uma garrafa de uísque num bar), furto do estoque (subtração de produto num supermercado), evaporação (gasolina num posto de gasolina) ou outro motivo qualquer.

O valor da provisão é uma estimativa que pode cumprir ou não. Como é um valor que diminui o estoque, e esta é uma conta do ativo, tem-se que o saldo da provisão para perdas de inventário é credor. Vamos ver como funciona a contabilização da provisão numa empresa real. Tomamos o caso da Guararapes :

O saldo é de 11,8 milhões no final de 2014 e de 9,8 milhões no final do primeiro semestre de 2015. Eis como seria a representação sintética do razonete:

A contrapartida da constituição e baixa da provisão é uma conta de resultado. No exemplo, como a constituição foi menor que a baixa, a conta de resultado terá um valor credor.

Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)

Resenha: lenço para limpeza de lentes



O que nós temos e que não podemos utilizar produtos usuais de limpeza? Telas de LCD, por exemplo. iPhones, iPods e iPas, n gadgets não-família-Apple. Sabemos que devemos limpar nossos eletrônicos com álcool isopropílico, mas quem realmente o faz? Como não é fácil comprar pela internet, eu nem sei qual é a cara dele! Sei que vende em loja de eletrônicos e em algumas farmácias.

Antigamente era difícil encontrar sprays e lenços seguros para a tela do nosso computador, por exemplo, então eu tinha alguns importados, como o dessa foto. Aí, ao pesquisar um pouco, vi que já há um bocado no mercado nacional (aqui, aqui, aqui e diversos no Mercado Livre), inclusive esses lenços individuais que são práticos tanto na limpeza quanto no armazenamento. Fica aqui a dica para andarmos mais limpinhos e saudáveis. Ainda, o Dr. Bactéria sugere que você, alternativamente, use aqueles lencinhos umedecidos de bebê. Se você adota um lenço de microfibras está apenas lustrando as bactérias, segundo ele. A não ser que você aplique algum produto próprio para esse trabalho.

O que eu tenho é da Bausch-Lomb, mas nos links acima coloquei de marcas e fontes diversas para ajudar.

Em tempo: comprei o "Screen-Clene" da AF e não gostei. Como não são embalados individualmente, eles ficaram ressecados. Quando estamos com um embalado individualmente já temos que limpar rapidinho porque o alcool evapora rápido e logo o lenço fica seco e inútil... imagina esses embalados juntos. Não comprarei novamente (e joguei o pacote quase completo no lixo).

Produto: Bausch & Lomb Sight Savers Pre-Moistened Lens Cleaning Tissue (Box of 100)
Vale a Pena: Sim! Limpa o celular, o iPod, a máquina fotográfica e ainda serve para os meus óculos! Mas só valem mesmo os embalados individualmente (e são até mais práticos... dá pra levar um na carteira, na bolsa, deixar um pouco no trabalho e outros em casa). Infelizmente ainda não achei o modelo aqui no Brasil.


Alfabeto, Abc.xyz ... O que há em um nome?

No dia 9 de agosto a Google anunciou uma pesada reorganização que colocará a gigante da internet e todos os seus outros negócios sob uma nova companhia denominada Alphabet. Mas não espere visitar Alphabet.com tão cedo, a não ser que você queira comprar um bocado de BMWs. De acordo com o The New York Times, a BMW, que atualmente utiliza Alphabet como uma subsidiária que fornece comboios para empresas, não foi informada pelo Google a respeito do novo nome do conglomerado.

Informações fornecidas pela empresa alemã esclarecem que não houve qualquer oferta de compra do domínio ou da marca, mas o site tem estado sobrecarregado desde o anúncio publicado na segunda-feira. A automotora esclarece, ainda, que não pesquisará se o uso no nome Alphabet pela Google é ou não legal. O The New York Times aponta que não há regras que proíbam uma empresa de usar um nome já adotado por outra companhia, mas o U. S. Patent and Trademark Office, que lida com patentes e registros nos Estados Unidos, afirmou que o fato de duas corporações conhecidas utilizarem o mesmo nome pode gerar confusão ao consumidor, o que constitui uma infração.

O The Consumerist aponta que embora, a primeira vista, pareça que Google e BMW nada tem a ver, a gigante tecnológica tem recentemente se aventurado no mundo da indústria automobilística com testes em carros autônomos. Mais precisamente, desde 2010, os carros autônomos já rodaram, sem incidentes, mais de 320 mil quilômetros.

Todavia, a nova holding do Google já possui um website em abc.xyz 

Eventos de Contabilidade - 2015

De acordo com o site do CFC:


Temos também:

XXXIX Encontro da ANPAD - EnANPAD 2015
13 a 16 de setembro de 2015

6º Congresso UFSC de Controladoria e Finanças // 6º Congresso UFSC De Iniciação Científica Em Contabilidade // 9º Congreso Iberoamericano De Contabilidad De Gestión
30 de setembro a 02 de outubro de 2015

I Seminário de Ciências Contábeis e Atuariais da UFPB - SECICAT
5 e 6 de novembro de 2015

XXII Congresso Brasileiro de Custos: Gestão de Custos nas Estratégias de Geração e Transmissão de Energia
11 a 13 de novembro de 2015.

I Congresso UnB de Contabilidade e Governança
26 e 27 de novembro de 2015

E o 20º Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado a cada quatro anos, ocorrerá em Fortaleza no ano que vem...

Faltou algum evento ainda não realizado? Por favor, nos ajude nos comentários!

Em tempo:
VI Congresso Nacional de Administração e Contabilidade - AdCont 2015
29 e 30 de outubro

11 agosto 2015

Rir é o melhor remédio

O que é isto? A atleta Margarita Mamun da Rússia no 4th Hungarian Rhythmic Gymnastics World Cup na Hungria.

Google agora é Alphabet



Por meio de uma publicação em seu blog oficial, a Google anunciou que agora faz parte de uma empresa chamada “Alphabet”. É isso mesmo! Na verdade, a Gigante das Buscas não foi comprada (e quem conseguiria?), mas sim transformada em uma holding, a tal Alphabet. Com isso, essa nova empresa compreenderá a Google, a Nest, a Calico, a Fiber e vários outros negócios que a empresa criou e comprou nos últimos anos. A marca “Google” continuará sendo a principal dessa nova holding, compreendendo todos os negócios relacionados à internet e sistemas operacionais. Ou seja, Google Search, YouTube, Gmail, Google+, Mapas e Android ainda estarão sob o mesmo guarda-chuva.


Reformulação do Google (Foto: Arte/G1) Fonte: aqui

Browser

Adoção do Browser no tempo. Em 2008 a maioria dos países adotavam o Explorer. Em 2015 o mundo era dominado pelo Chrome.

IFRS no Japão

Recentemente um grupo de empresas japoneses relativamente jovens, como Softbank e Rakuten, anunciaram a adesão das normas contábeis do Iasb. Segundo Noriyuki existem razões para este movimento. Primeiro, o fato de estas normas facilitarem a comunicação com os investidores. Segundo, estas empresas, ao contrário das antigas, ainda não investiram pesadamente nos padrões japoneses, sendo mais fácil de introduzir a mudança. Terceiro, a alteração nas normas pode levar a mudança na mensuração de ativos, passivos e resultado, para mais ou para menos, fazendo com que as antigas fiquem hesitantes em adotar estas normas.

Em 2007 o Iasb fez um acordo com o Conselho de Normas japonês para uma adoção futura das IFRS. Em 2014 o número de empresas que adotaram ou planejam adotar as normas internacionais é de 67, bastante reduzido em relação ao mercado japonês. Segundo Noriyuki, “normas nacionais podem coexistir com as IFRS por um período de tempo, mas a tendência para a adoção de uma linguagem contábil universal deve acelerar nos próximos anos”. O Japão procura desenvolver uma versão da IFRS.

10 agosto 2015

Rir é o melhor remédio



Fonte: Vida de Programador

Curso de Contabilidade Básica: Imposto de Renda Positivo e Negativo

O imposto de renda e a contribuição social são calculados sobre o valor do lucro apurado da empresa. No Brasil nos dias de hoje o valor do lucro é multiplicado por 34%, que corresponde a alíquota.

Mas ao contrário da pessoa física, quando uma empresa apresenta um desempenho ruim durante um exercício isto pode ser compensado com o lucro de períodos posteriores. Lembrando que a pessoa física paga o imposto independente de estar numa situação boa ou não.

Vejamos o caso da empresa Electro Aço Altona que apresentou a seguinte demonstração do resultado:

Durante o segundo trimestre de 2015 a empresa teve um prejuízo de 2.202 mil. Aplicando a alíquota sobre o prejuízo, tem-se um valor positivo de $775 mil (a alíquota não é exatamente 34%, podendo existir variações sobre este valor). Observe que neste exercício o valor de Provisões IRPJ e CSLL terá um saldo credor. Já no período anterior, a empresa teve um lucro de 2.669. Com o lucro a empresa irá apurar um imposto a pagar, ou seja, uma despesa. Assim, o valor de $742 mil corresponde a um saldo devedor.

O valor positivo do segundo trimestre de 2015 da despesa de imposto de renda, de $775 mil, não significa que a receita irá devolver este dinheiro para a empresa. Este montante ficará registrado na empresa. Se no próximo trimestre a empresa apurar um lucro, na apuração do imposto a pagar isto será considerado.

Entrevista com Ricardo Paes de Barros: a crise da eduação

Um dos maiores especialistas do mundo em pobreza e desigualdade abraçou outra causa. Um dos formuladores dos programas de combate à pobreza, ainda nos tempos do governo Fernando Henrique, Ricardo Paes de Barros deixou o governo Dilma neste ano e agora se debruça sobre políticas públicas para a educação, como economista-chefe do Instituto Ayrton Senna.

[...]

Hoje usa suas habilidades com números e o conhecimento que adquiriu ao longo de 40 anos de estudos sobre a sociedade brasileira para avaliar as políticas de maior alcance, com menor custo, na educação brasileira. Na entrevista a seguir, fala sobre o Plano Nacional de Educação, o impacto da desigualdade no aprendizado e sobre quanto a ideologia atrapalha o país.

ÉPOCA – O problema da educação é falta de dinheiro ou de gestão?

Ricardo Paes de Barros –
A meta é investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até 2024. Nenhum outro país coloca tanto dinheiro na área. Mas o Brasil tem a educação típica de um país que tem metade da renda per capita brasileira; está 25 anos atrás do Chile e tem apenas metade dos jovens cursando o ensino médio na idade certa. São problemas graves. Então, se pedirem 10% do PIB para mexer na educação, acho que a sociedade brasileira deve dar. Mas deve dar sob a condição de garantir que a situação mudará, com um plano sério, bem explicado, com metas.

ÉPOCA – Esse seria o objetivo do Plano Nacional de Educação (PNE), que passou a vigorar neste ano. Qual sua opinião sobre ele?

Paes de Barros –
As metas do PNE são muito pouco ambiciosas para quem quer realmente dar um salto na área. Elas não botam o Brasil no mapa do mundo da educação mesmo que consigamos cumprir todas. Faltam no PNE evidências sobre a eficácia das ações que mudarão para melhor o cenário do país. O MEC tem de dizer: “Pegaremos esse dinheiro, faremos isso com ele e entregaremos este resultado. E se, no meio do caminho, não chegarmos lá, acionaremos uma outra coisa, que funcionará assim, custará tanto e produzirá tal efeito”

POCA – O que o senhor faria se estivesse no Ministério da Educação?
Paes de Barros –
Cuidaria da difusão de melhores práticas. Num mesmo bairro temos escolas com nota 6 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é uma boa nota, e outras com Ideb 3, que é péssima. Isso não faz sentido. Se uma empresa inventar uma coisa bacana, o que a concorrência fará? Copiará. Por que a escola de Ideb 3 não copia a vizinha de Ideb 6? A questão é que criamos um sistema de educação que não é público, é estatal, e não tem nenhuma dinâmica.  

[...]

ÉPOCA – E quanto a condição social influencia nessas disparidades na educação?
Paes de Barros –
Muito mais do que deveria. Essa é uma das coisas que a gente deveria cobrar do governo. Esse é um ponto que está muito pouco contemplado no Plano Nacional da Educação. É absurdo que o aprendizado de uma criança esteja condicionado ao lugar em que ela vive, ao fato de ela ser pobre ou rica, branca ou negra. O sistema educacional brasileiro permite que essas características tenham um impacto gigantesco no aprendizado do aluno. Isso é uma fonte de desigualdade de oportunidade absurda, que alimentará uma desigualdade ainda maior no futuro.

ÉPOCA – O que pode ser feito para resolver esse problema?
Paes de Barros –
Se for bem planejada e bem implementada, a educação de tempo integral pode reduzir essa desigualdade. Ela pode dar ao aluno mais pobre aquilo que uma família em melhores condições oferece para uma criança e que tem tanto impacto positivo no aprendizado. Se numa família mais rica a criança tem acesso a um lugar iluminado e tranquilo para estudar, é isso que a escola tem de ter. A escola tem de desenhar mecanismos para tornar a educação mais independente do ambiente familiar. Tem de dizer para o pai: eu só preciso que o senhor faça a criança dormir cedo, faça ela se alimentar bem e seja carinhoso e encorajador. Não adianta pedir para o pai estudar com ele, para fazer pesquisas em livros a que ele não tem acesso. É preciso cuidar também da autoeficácia. O aluno bom é aquele que acredita que é capaz de aprender. O aluno confiante que tem um professor que acredita nele vai aprender muito mais.

[...]

ÉPOCA – Na criação do Bolsa Família, houve resistência de setores do governo Lula ao programa por se tratar de uma política focalizada, considerada neoliberal por eles. Ainda há preconceito contra as políticas de focalização?
Paes de Barros –
Esse debate sobre a focalização foi superado. O que continua a existir é uma coisa discriminatória contra o setor privado. A educação claramente discrimina a universidade privada diante da pública, como se, por definição, algo estatal fosse melhor do que o privado. O programa nacional de alfabetização, por exemplo, tem de ser com as universidades públicas, e não com as privadas. Por quê? É pura discriminação – e ela tem de ser contestada. Há a ideia de que privatizar parte da educação é mercantilizar o setor. Esse é o grande nó dos serviços públicos do Brasil. Na educação essa mentalidade é brutal e representa um grande problema. Não se pode usar o Fundeb (fundo de financiamento para a educação básica) para contratar uma rede de escolas de educação média para prover os serviços de um Estado. Um Estado poderia gastar menos contratando uma rede de ensino particular. Ele não se preocuparia com infraestrutura, nem com o quadro de docentes. O foco do Estado seria o controle da qualidade do ensino. Isso economizaria dinheiro e dor de cabeça. Imagina isso no Estado de São Paulo, que tem mais de 200 mil professores. As Organizações Sociais (OS) deram certo na saúde. Mas não se pode usar OS na educação. Não podemos testar o modelo de charters schools no Brasil, que são escolas privadas pagas em parte pelo governo e gratuitas para a população. Na Colômbia estão fazendo isso. A Suécia está se livrando de todas as escolas públicas. O país paga para a rede privada prover o estudo. Para a família é gratuito – e só o que importa é a qualidade

[...]

Fonte: aqui

09 agosto 2015

Rir é o melhor remédio

Vista

Resolvendo a escassez num mercado sem preço: o caso da doação de sangue



Shortage is common in many markets, such as those for human organs or blood, but the problem is often difficult to solve through price adjustment, given safety and ethical concerns. In this paper, we investigate whether market designers can use non-price methods to address shortage. Specifically, we study two methods that are used to alleviate shortage in the market for human blood. The first method is informing existing donors of a current shortage via a mobile message and encouraging them to donate voluntarily. The second method is asking the patient’s family or friends to donate in a family replacement (FR) program at the time of shortage. We are interested in both the short-run and long-run effects of these methods on blood supply. Using 447,357 individual donation records across 8 years from a large Chinese blood bank, we show that both methods are effective in addressing blood shortage in the short run but have different implications for total blood supply in the long run. Specifically, we find that a shortage message leads to significantly more donations among existing donors within the first six months but has no effect afterwards. In comparison, a family replacement program has a small positive effect in encouraging existing donors (who donated before the FR) to donate more blood voluntarily after their FR donation, but discourages no-history donors (whose first donation is the FR) from donating in the long run. We compare the effect and efficiency of these methods and discuss their applications under different scenarios to alleviate shortage.



Fonte: Solving Shortage in a Priceless Market: Insights from Blood DonationTianshu Sun, Susan Feng Lu, and Ginger Zhe JinNBER Working Paper No. 21312July 2015

História da Contabilidade: Professor de Contabilidade na regência

Já comentamos aqui que antigamente era comum se aprenderem contabilidade juntamente com as primeiras letras. Também mostramos que mesmo após a independência, permaneceu no Brasil a Aula de Comércio, uma herança na vinda da Família Real para o Brasil. Na postagem de hoje iremos mostrar como era o professor durante os anos de 1830s.

Naquela época os profissionais eram ecléticos. Eis um anúncio publicado no Correio Mercantil de 1831, onde um profissional oferecia seus préstimos:

Um mosso portuguer, que sabe ler, escrever, e contar, também coze de Alfaiate, que deseja-se arranjar em uma casa particular, ou em alguma casa para tratar de toda a roupa, e fazer toda a mais que fôr precisa tambem offerece o seu prestimo para alugma escrituração (1)

É isto mesmo. O moço português trabalha como alfaiate e também faz contabilidade. A vantagem do profissional é a possibilidade de servir como professor e ao mesmo tempo fazer a contabilidade. Um profissional deste tipo anunciava-se naquele mesmo ano:

Qual quer Sr. de Engenho que precizar de hum mestre de primeitas letras para ensinar a seus filhos e ao mesmo tempo para á escrituração da mesma fazenda procure, na rua de S. Pedro n. 267 (2)

José Francisco de Souza também anunciou-se de maneira bem eclética: ensinava a ler, escrever, gramática, aritmética, escrituração mercantil (partidas simples e dobradas). Além disto, poderia arrumar professores para inglês, francês, geografia, latim, lógica e retórica. Também ensinava a escrituração no período noturno. (3)

(1) Correio Mercantil, 20 de abril de 1831, n. 83, p. 3.
(2) Diário do Rio de Janeiro, 14 fev de 1831, n. 11.
(3) Lembrando que na época não existia iluminação elétrica. Diário do Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 1831, n. 23.

08 agosto 2015

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Fato da Semana: Balanço da Petrobras

Fato da Semana: A empresa Petrobras divulgou o balanço do segundo trimestre. Lucro menor, mais endividamento, informação discreta sobre os eventos políticos. Sente ainda os efeitos dos anos recentes, onde recursos vultuosos foram desviados. Um texto do Valor Econômico revela que recentemente o governo “trabalhou” duas medidas que afetaram o resultado da empresa.

Qual a relevância disto? É bem verdade que a semana não apresentou muitas novidades, mas o balanço da Petrobras é sempre uma novidade. O mercado não gostou, já que as ações caíram.


Positivo ou Negativo? Neutro. Apesar de a empresa estar recuperando sua credibilidade, a ausência de fatos novos nas demonstrações, apesar de muitos fatos novos na Polícia, cria uma ideia negativa que a baixa realizada foi precisa e suficiente. Será?


Desdobramentos – A empresa continuou fazendo amortizações, mas será que já chegou ao fundo do poço? Apesar dos problemas, creio que a tendência é pela recuperação da imagem e eficiência antigas.

Governo e Petrobras

Fernando Torres fez um belo texto mostrando como o governo trabalhou recentemente para ajudar a Petrobras. Foram duas medidas:

a) Instrução Normativa 1576 da SRF que prorrogou o pagamento com desconto das dívidas, o chamado Refis da Copa. Este Refis teve o encerramento no final do ano. Conforme notou Torres, a Petrobras aproveitou para pagar o IOF sobre operações de empréstimos. (É claro que isto também ajudou a reforça o caixa atual do Tesouro em quase 3 bilhões, mas com prejuízo de receitas no futuro)

b) Portaria Interministerial para pagamento de débitos em atraso relacionado com a venda de combustíveis para distribuidoras de energia.

Petrobras e Lava Jato

Veja a seguir o texto que a empresa preparou sobre o efeito da Lava Jato:
O mais importante é que a empresa acredita que desde a divulgação do terceiro trimestre nenhuma informação nova alterou a convicção que a metodologia da empresa está correta.Nem mesmo a crença do Juiz de Nova Iorque que o percentual de "comissão" pode ter atingido a 5%.

07 agosto 2015

Rir é o melhor remédio

Provedor de conteúdo

Correção Monetária

Segundo o Valor Econômico (Correção monetária não vale para balanço de 1989, Beatriz Oliveira, 6 de agosto de 1989) o Supremo decidiu finalmente sobre a aplicação da correção monetária nas demonstrações contábeis conforme a Lei 7799 de 1989. O argumento contrário ao governo era de que a lei feria os princípios da anterioridade e irretroatividade. O julgamento tinha sido suspenso em 2006 e somente recentemente retornou ao Supremo para julgamento.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que a correção monetária estabelecida pela Lei nº 7.799 não deve ser aplicada aos balanços referentes ao exercício social de 1989, ano em que a norma foi publicada.

(...) A Lei nº 7.799 já havia sido analisada pelos ministros do Supremo, que consideraram inconstitucional o artigo 30, que desindexou as demonstrações financeiras do índice de inflação oficial – o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). O dispositivo foi analisado em conjunto com o artigo 30 da Lei nº 7.730, do mesmo ano, que fixou a OTN (Obrigação do Tesouro Nacional) como índice da correção monetária, também declarado inconstitucional.

06 agosto 2015

Petrobras

A empresa Petrobras acabou de divulgar – parcialmente – seu resultado do primeiro semestre de 2015. A informação mais aguardada mostra que a empresa teve quase 6 bilhões em lucro. Parece muito, mas quando se compara com o mesmo período do ano anterior, o resultado é 43% menor. Segundo a empresa as causas da redução do lucro líquido é o aumento das despesas financeiras e o reconhecimento de uma despesa tributária com o IOF.

O esforço da atual gestão em melhorar o resultado, com o aumento na margem de comercialização de derivados, parece que não surtiu efeito. É interessante notar que a empresa não deu o devido destaque ao resultado líquido do trimestre: 0,5 bilhão. Os problemas da empresa também tiveram reflexo na redução dos investimentos e no aumento do endividamento.

Finalmente, a única menção a Lava Jato é o fato da empresa ter recebido 157 milhões de reais de valores repatriados.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Melhoria na Evidenciação

O Financial Executives Research Foundation (ferf) e empresa de auditoria EY estão conduzindo uma pesquisa, que pode ser respondida aqui, sobre as iniciativas que as empresas estão fazendo para melhorar as demonstrações. A pesquisa iniciou no dia 10 de julho e já apresenta alguns resultados interessantes, parcialmente divulgados aqui

Os respondentes indicaram que existe um esforço no sentido de melhorar as informações. A figura apresenta alguns destes resultados.Observe o destaque para três pontos: redução de informações desatualizadas, redução de redundâncias e de informação pouco expressiva. Também é interessante notar que 31% das empresas estão trabalhando na redução das narrativas; em seu lugar, mais figuras.

Links

Governo dos EUA reembolsou o astronauta Aldrin em $33 dólares por "despesas de viagem" (e ele teve que declarar a alfândega o que trouxe do espaço)

Imagens do Bigfoot e da Terra e da Lua no espaço

Ensino de contabilidade: tecnologia e concepções

Fotos premiadas do National Geographic (ao lado o primeiro lugar !!)

Recessão produz bons professores

05 agosto 2015

Rir é o melhor remédio

Adaptado: Aqui

Cenário Econômico Brasileiro e as Demonstrações Contábeis

No momento em que o Brasil enfrenta uma recessão na economia, com aumento no desemprego, redução na taxa de crescimento e perspectivas sombrias sobre sua nota de crédito seria bom verificar como isto está aparecendo nas demonstrações contábeis. É sabido que o ambiente econômico influencia pesadamente no desempenho das empresas. Como estas podem usar o relatório de administração para informar estes efeitos, fizemos uma breve pesquisa neste documento de diversas entidades que recentemente divulgaram seus resultados para saber como a crise chegou às empresas brasileiras.

A escolha do Relatório de Administração é proposital. Neste documento a gestão da empresa tem uma liberdade para expor suas opiniões e apresentar fatos que não estão contemplados nas informações trimestrais tradicionais. Na década de oitenta do século passado, Salvador Arena, um italiano que fundou e dirigiu a empresa Termomecânica, ficou conhecido pelos comentários que assinava e divulgava juntamente com as demonstrações da sua empresa. A sinceridade de Arena é uma grande exceção num mundo onde as empresas, e os gestores, preferem não adotar uma postura de pretensa neutralidade ou omissão.

Na pesquisa que fizemos muitas das empresas não apresentaram o relatório de administração. Isto, obviamente, é uma praxe do setor, já que as empresas preferem guardar seu fôlego para o relatório anual. Outras empresas também limitaram a divulgar os dados numéricos sobre a realidade da economia, como foi o caso do Laboratório Fleury. Esta empresa apresentou as projeções do PIB, baseada na pesquisa Focus do Banco Central, e uma projeção da inflação, tendo como base os valores acumulados de doze meses. Isto também foi a atitude do Santander, que desfilou diversos índices econômicos. Outras empresas foram sintéticas na análise, como foi o caso da Multiplan, que escreveu sobre o “frágil ambiente econômico”. A BRF associou o momento econômico ao desempenho da empresa, ao afirmar que terminou o primeiro semestre bem, mesmo com o “momento adverso e igualmente desafiador”. Mais adiante a empresa comentou sobre a desaceleração do consumo, aumento da taxa de juros, inflação e desemprego, sem entrar em detalhes. O mesmo cenário desafiador fazia parte das demonstrações da Ambev.

Mas existem as exceções. O Bradesco, depois de três parágrafos referentes à economia internacional, afirma, na demonstração recém-divulgada, que ocorreu “avanços na reorientação da política econômica”. Depois de diversas frases, o Bradesco mostra-se otimista ao afirmar que “mantém uma visão positiva em relação ao País, vislumbrando perspectivas favoráveis nos segmentos em que [o Bradesco] atua”. O otimismo do Bradesco inclui uma projeção de crescimento no crédito a taxas e risco sustentáveis, com inadimplência controlada. Para quem tem feito diversos empréstimos à Petrobras, a análise do Bradesco é até coerente.

Talvez a empresa mais pessimista seja a Souza Cruz. Diante da elevada carga tributária, redução do consumo do seu principal produto, o cigarro, e o elevado contrabando, a empresa aproveitou o Relatório de Administração para ressaltar o baixo desempenho da economia brasileira, informando que “o cenário econômico é mais negativo do que era esperado no início do ano”. Mesmo quando apresenta dados, a empresa é pessimista: “dados recentes do Instituto Nielsen apontam que o índice de confiança do consumidor brasileiro é o mais baixo desde 2009. Neste contexto, o cenário de negócio tem se mostrado extremamente desafiador para as indústrias de consumo no país.”

Mas será que devemos esperar de uma empresa uma posição sobre a crise econômica? Um argumento contra uma postura mais clara sobre a crise é que esta posição é do gestor, que não deve ser confundido com os outros participantes da empresa. Além disto, num ambiente de negócios, a ambiguidade, ou a imparcialidade, pode ser útil, numa economia onde o Estado possui uma grande participação no financiamento das empresas, por exemplo. Falar que o governo não consegue dar conta da economia pode despertar a ira de burocratas, mesmo numa democracia. Ou de parceiros, que podem não concordar com a posição da empresa. E como uma empresa é um conjunto de pessoas, talvez não exista um “consenso interno” na sua posição. Finalmente, a contabilidade sempre passou uma imagem de tecnicidade, que pode significar, para alguns, imparcialidade. Em outras palavras, a contabilidade deveria ficar longe do jogo da política.

Entretanto, o posicionamento da empresa diante do cenário da economia é uma informação útil. Saber que uma empresa está confiante no futuro, como é o caso do Bradesco, pode ser importante na projeção dos investimentos, por exemplo. Além disto, no jogo dos altos e baixos da economia, e da política também, saber a posição da empresa pode ser importante. Mesmo que a empresa apoie claramente, até com dinheiro, um governo, isto deveria ser evidenciado.

Os argumentos favoráveis e contrários ao posicionamento da empresa mostra que este é um assunto que merece mais reflexão. Vamos começar?

Links

Clima: o que sabemos, o que não sabemos e o que não sabemos que não sabemos

Letras que você deve usar no e-mail (Georgia e Verdana) e que você não deve usar (Arial e Helvética)

Algoritmo tenta identificar as pinturas mais criativas

Acordo comercial com a África atrasa por 205 erros de tradução (Valor) (ou aqui)

Imposto sobre refrigerantes funciona: evidência México

Edital do Mestrado e Doutorado

Estão abertas as inscrições para o mestrado e doutorado em contabilidade da Universidade de Brasília. O edital do doutorado encontra-se aqui e do mestrado aqui. São 10 vagas para o doutorado e 17 para o mestrado.

04 agosto 2015

Rir é o melhor remédio

Seu orçamento da viagem: passagem, hotel, alimentação e alimentação no aeroporto.

Fatos sobre a crise da dívida em Porto Rico



On August 3rd, the island of Puerto Rico officially went into default on its $72 billion in debt. The announcement is the culmination of several years of economic woes, but the island's debt has now become an urgent problem for the US territory — and therefore, for the US.


The problem is especially tricky because US bankruptcy laws don't allow government institutions in Puerto Rico to declare bankruptcy, as those in US states can. US policy did a lot to create the problem, and people on both sides of the debate — Puerto Ricans and the creditors who own their bonds — are Americans.

The worst news: The island's fate is in the hands of Congress.

1) Puerto Rico is sinking under $72 billion in debt

2) Puerto Rico's economy has been struggling since 2006, when the federal government stopped offering business incentives

3) People kept buying Puerto Rican bonds because of a quirk in the tax code


4) Hundreds of thousands of Puerto Ricans moved to the mainland, worsening the economic crunch


5) Puerto Rico is caught in a "death spiral" of emigration, tax hikes, and benefits cuts


6) An obscure federal law from 1920 makes everything more expensive


7) It's not just the central government that owes money — it's also utilities and other public corporations


8) Puerto Rico can't declare bankruptcy. Neither can its cities or utilities.



9) Democrats are pushing to allow limited bankruptcy; Republicans say it isn't enough


10) Creditors argue that changing the bankruptcy laws is unfair


11) But if nothing changes, Puerto Rico is looking at a slow, rolling fiscal disaster

Fonte: aqui

Toshiba

A Reuters informou que a filial japonesa da Ernst Young está fazendo uma investigação interna em razão dos problemas com a auditoria da Toshiba. Recentemente a empresa japonesa de produtos eletrônicos comunicou que seus resultados estavam superestimados. Ainda segundo a Reuters, a EY constituiu uma equipe de 20 pessoas para a investigação. A mesma EY era a auditora da Olympus, que em 2011 esteve envolvida numa fraude contábil.

A entidade de regulação contábil do Japão, a Japan Institute of Certified Public Accountants, também está fazendo uma investigação do ocorrido na Toshiba.

Curso de Contabilidade Básica Despesa com Professor

Este texto nasceu de uma reportagem publicada no jornal Estado de S Paulo com o título “Receita de universidade privada cresce; peso do gasto com professor diminui”. O título é um bom resumo do conteúdo do texto. Um dos parágrafos afirma:

A Kroton, por exemplo, gastou no ano passado 29% da sua receita com professores – em 2010 esse percentual era de 52%

Com base nesta afirmação, nós decidimos verificar a veracidade dos dados. E fomos atrás das demonstrações contábeis da Kroton disponíveis na internet. No início da frase temos que a empresa “gastou”. Isto significa dizer que esta informação estaria disponível na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), local onde se encontra as entradas e desembolsos da empresa. Entretanto, a DFC da empresa é pelo método indireto. Logo, não é possível obter esta informação. Mas como a imprensa muitas vezes confunde “gasto” com “despesa”, nós vamos observar a Demonstração do Resultado com mais detalhe. Um extrato encontra-se a seguir:
Observe que a informação não detalha o “gasto com professor”, apesar de ter informação sobre despesas gerais de administrativas e custos dos serviços prestados. A nota 32 faz um detalhamento da estrutura de custos e despesas da empresa:

O montante de salários e encargos sociais é de R$1,4 bilhão. Como a receita da empresa foi de 3,8 bilhões, isto representa 37%, um valor bem superior ao informado na reportagem. Mas aqui tem um aspecto importante: estão contemplados nos “salários e encargos sociais” todos os valores, incluindo o de professor. De qualquer forma, esta parcela representa 52% da estrutura dos custos da empresa.

Fomos buscar mais informação mais informação na Demonstração do Valor Adicionado. Esta demonstração apresenta a distribuição da riqueza gerada na empresa, incluindo os salários pagos. Eis um resumo da DVA da empresa:

Ou seja, a empresa “distribuiu” 1,047 bilhão da receita gerada em remuneração direta ao pessoal ou 27%. Novamente, este valor está superestimado já que contempla todas as remunerações de todas as pessoas que trabalham na empresa.

Assim, temos quatro formas de calcular o “gasto com professor” da empresa. Primeira, pela DFC, se a mesma fosse apresentada pelo método direto, o que não é verdadeiro. Segundo, pelas despesas e custos da DRE. Só conseguimos obter esta informação através da nota explicativa da empresa e chegamos a um valor de 37%, percentual este superestimado já que inclui todas as pessoas que trabalham na empresa. Terceiro, pela DVA, com o mesmo problema do método anterior, onde chegamos a 27%.

Como o texto do jornal afirma que o peso do gasto diminuiu, vamos calcular os valores acima para o exercício de 2010:

Método 1 = A DFC é pelo método indireto, que inviabiliza o cálculo
Método 2 = Não é possível calcular, já que a empresa não fez esta evidenciação em 2010. Mas usando os dados de 2011 temos que o valor é de R$328 milhões para uma receita de 711 ou 46%
Método 3 = Usando a DVA temos R$328 milhões por 586 milhões ou 56%.

Conclusão: Não podemos afirmar categoricamente que o “gasto com professor” diminuiu já que os dados não estão segregados desta forma. Mas tudo leva a crer que o texto tem razão já que os valores que mais se aproximam dos calculados pelo texto mostram uma redução nas despesas.

Game como profissão

Felix Kjellberg (foto) nasceu na Suécia em 1989 e é muito conhecido na internet como PewDiePie. Possui verbete na Wikipedia, inclusive em Português. Nada mal para quem abandonou o curso de Economia Industrial e Gestão da Tecnologia. Kiellberg já apareceu em dois episódios de South Park.

A popularidade de Kjellberg deve-se ao seu canal do YouTube, que possui a maior quantidade de inscritos: 38 milhões. O segundo colocado tem 22 milhões, enquanto Taylor Swift possui 15 milhões. Kjellberg faz algo pouco usual por muitas pessoas: jogar games. O canal mostra Kjellberg fazendo comentários com games variados.

O número de pessoas que se dedica a assistir outra jogando cresce a cada dia. Um dado diz que 125 milhões nos Estados Unidos fazem isto. E que no mundo pode atingir a mais de 400 milhões. As razões para que uma pessoa assista alguém jogar games são as mesmas de alguém que assiste a uma partida entre Federer e Djokovic: diversão e dicas para melhorar seu próprio nível de jogo. As competições de games estão sendo transmitidas por canais de esportes e já existe programas específicos na TV aberta brasileira. E os jogadores também possuem treinadores, como informa Needleman, com salários que chegam a 50 mil dólares por ano, que pode incluir bônus por desempenho. Kjellberg ganhou 4 milhões de dólares em 2013, mas este valor certamente é reduzido em relação ao que ele ganha hoje ou ao seu potencial na internet. Algumas “equipes” de jogadores possuem contratos de marketing, como é o caso da Team Liquid, que é apoiada pela Nissan e HTC.

03 agosto 2015

Cálculo dos juros

O governo anunciou hoje alteração no FIES. No DOU apareceu um nova fórmula de cálculo dos juros, que reproduzo abaixo:

Entendeu?

Rir é o melhor remédio


XXII Congresso de Custos



[...]
Informamos que estamos no período para submissão de trabalhos científicos para o XXII Congresso Brasileiro de Custos, até o dia 17/08/2015.

O XXII CBC será realizado de 11 a 13 de novembro de 2015, nas dependências de Itaipu.

Informações podem ser obtidas em http://cbc2015.emnuvens.com.br/

Contamos com sua participação.
Comissão Organizadora do XXII CBC

Discurso de Executivo


Lucy Kellaway comentou o comunicado do executivo Satya Nadella de 1.500 palavras para os funcionários da Microsoft. Destaca o tamanho, mas a análise mais interessante é a confusão no texto. (Você pode ter acesso ao texto aqui, que foi publicado originalmente no Financial Times e em português no Valor Econômico)

Trata-se da confusão habitual de "plataformas", "motivadores", "ecossistemas", "alinhamento", "DNAs" e "seguir em frente" - além de algumas combinações mais ambiciosas como "ampliar nossa pegada de experiência".

Segundo Lucy, a novidade é que isto originou-se de um executivo de uma grande empresa.

O terceiro executivo-chefe da história da Microsoft estava tentando convencer o mundo e lembrar os funcionários de que a empresa tem um plano. Mesmo assim, o que surgiu disso é ininteligível, em grande parte pelas hipérboles sem sentido - e ninguém ficou perturbado.

Muitos leitores deixaram passar em branco a primeira palavra. "Equipe", começa o comunicado. Os funcionários da Microsoft não são uma equipe, ou não deveriam ser. Estudos vêm mostrando que o número ideal de integrantes de uma equipe é quatro ou cinco, e não 120 mil. "Toda grande empresa tem uma missão permanente", continua Nadella. Isso soa bem, só que não é verdade. Gosto de pensar que o "Financial Times" é uma grande companhia; temos persistido há 127 anos sem uma missão oficial.

Fantástico. As entidades são quase que “obrigadas” a ter uma missão oficial. Kellaway diz que isto não é necessário para uma empresa ter sucesso. A missão anunciada da Microsoft é "habilitar cada pessoa e cada organização do planeta a conquistar mais."

O primeiro sinal de problema é a palavra "planeta". Há uma regra que diz que sempre que essa palavra é usada como substituta de "mundo", a sentença em que ela aparece é uma tolice completa. Se a ressonância cósmica é gratuita, o autor está escrevendo uma besteira.

(...) Conquistar mais o quê? Quanto a essa dúvida vital, Nadella mantém silêncio. Na verdade, a melhor maneira de habilitar as pessoas do planeta a conquistar mais seria convencê-las a amar um pouco menos seus dispositivos móveis e desligá-los ocasionalmente, para cuidar de algo real para variar.

Não satisfeito em anunciar sua nova missão, Nadella se habilita a conquistar ainda mais: "Hoje, quero compartilhar mais sobre o contexto geral e o tecido conjuntivo entre nossa missão, visão de mundo, estratégia e cultura". Ter uma missão e uma visão de mundo é algo ganancioso. Mas ter tantas coisas abstratas com muito tecido conjuntivo entre elas é de dar náusea.

Em seu parágrafo final, Nadella insere duas palavras que finalmente significam alguma coisa. "Escolhas difíceis", alerta ele, em breve terão de ser feitas - usando as mesmas palavras que Lord Hall da BBC escolheu na semana passada ao anunciar a eliminação de mil empregos.
Esse é o mais novo eufemismo de CEO para a demissão de pessoas e um dos mais dissimulados. "Escolhas difíceis" implica em "isso vai doer mais em mim do que em você", sugerindo ao mesmo tempo que o CEO automaticamente fez a escolha certa e a opção da não demissão seria ainda pior. (...)

02 agosto 2015

Rir é o melhor remédio


Análise Bibliométrica em Finanças

Resumo

Bibliometrics is a research field that analyzes the bibliographic material quantitatively. It provides efficient methodologies for classifying the information of a scientific discipline. This paper presents an overview of the most productive and influential authors and institutions in finance by using bibliometric indicators. The information is classified by using several global rankings that consider a wide range of indicators including number of papers, citations and the h-index. In general, the results are in accordance with the common knowledge and confirm the results obtained in previous studies providing updated information and more general representations. The USA is the most influential country in finance and the majority of influential authors and institutions are working there.

Fonte:
Computational Intelligence for Financial Engineering & Economics (CIFEr), 2104 IEEE Conference on 

História da Contabilidade: Devedores Duvidosos em 1831

No século XIX não existiam mecanismos aperfeiçoados de cobrança ou de análise de crédito. Entretanto, as pessoas tomavam dinheiro emprestado. Como as instituições financeiras não eram sólidas e a atividade econômica reduzida, os empréstimos geralmente eram feitos entre pessoas físicas. O que permitia que o dinheiro fosse emprestado entre as pessoas era a reputação. Naquela época, as cidades eram pequenas e o nome sujo era um forte impeditivo. Se o individuo não efetuasse o pagamento de uma dívida, o fato seria comentado entre as pessoas e a divulgação poderia causar estrago na reputação das pessoas.

Durante as minhas pesquisas encontrei diversas situações interessantes onde devedores de má qualidade tiveram sua reputação manchada em razão de dívidas não pagas. Todos os três casos apresentados a seguir ocorreram em 1831 e foram publicados nos classificados do Diário do Rio de Janeiro. O primeiro exemplo é de um holandês que contraiu uma dívida e deu como garantia seus bens:

Roga-se segunda vez ao Sr. Nicoláo Voelker, de Nação Hollandeza, queira apresentar se na rua da Guarda Velha n. 27, no praso de 8 dias, para levar os dois bahús com fato, e outras miudezas, e pagar o que deve, no caso que o não fizer aquelles effeitos serão vendidos em leilão publico com licença do Sr. Consul Hollandez, para pagamento. (1)

O mesmo jornal publicou um apelo de um Alferes em razão de uma dívida:

Roga-se ao Sr. João Monteiro de Lacerda, Tenente do extincto segundo Batalhõa de Caçadores de primeira Linha, haja de fazer a graça de declarar por esta folha o motivo porque não saptifaz ao Alferes Antonio José Fernandes Braga, a quantia de 62$340rs, que ha-de saber lhe he devedor do rancho do Batalhão de que ele tomou conta. (2)

O mesmo anúncio prossegue, indicando que o Tenente tinha sérios problemas em pagar suas dívidas:

O mesmo obzequio lhe pede o Alferes João Manoel Dias, relativamente aos 6 patacões que lhe ficou restando dos 16 que lhe veio devendo do Sul. O mesmo lhe roga o Ajudante de Cirurgia João Duarte de Oliveira, (todos estes do referido Batalhão) a menor quantia que o mesmo Sr. lhe deve (...)

O terceiro exemplo é mais radical:

Manoel Affonso Lima, annuncia ao Publico que pessoa alguma faça negocio, nem transação alguma com Antonio Joaquim Basto, com humas casas que este possua na rua Nova do Livramento (...) (3)

O motivo foi a compra de escravos, além de outros bens, onde Manoel não efetuou o pagamento. O anúncio era uma forma deixar registrado a dívida e, posteriormente, anular qualquer transação futura com os “ditos bens”.

(1) Diário do Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 1831, p. 5.
(2) Diário do Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1831, p. 6. O anúncio é assinado por “hum que não gosta de Lacerdinhages”.
(3) Diário do Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1831, p. 4. Lembrando que os escravos eram, infelizmente, considerados “bens”.

01 agosto 2015

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana: Balanços do Semestre (semana 30 de 2015)

Fato da Semana: Começaram a safra dos balanços semestrais. E as notícias incluem a grande dívida que o governo tem com a Embraer, a baixa contábil da Anglo com o projeto de minério no Brasil, a surpresa favorável dos Magazines Luiza, o aumento do lucro do Bradesco e assim por diante.

Qual a relevância disto? Os resultados refletem os problemas e as vantagens comparativas das empresas. Em alguns casos, como é o da Embraer, os problemas da economia possuem reflexo nas demonstrações.

Positivo ou Negativo? Positivo. Este é um momento em que o “blá-blá-blá” dos analistas é trocado pela mensuração contábil.

Desdobramentos? Apesar de alguns pesquisadores insistirem na irrelevância da contabilidade como informação para o mercado, esta possui importância pela confirmação (Bradesco, por exemplo) ou pela surpresa (Magazine Luíza).