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20 maio 2014

Listas: Campeonato com maior número de jogadores na Copa

A relação dos campeonatos nacionais pelo número de jogadores que estarão participando da Copa:

1. Inglaterra = 130 jogadores irão disputar a Copa
2. Alemanha = 100
3. Itália = 96
4. Espanha = 78
5. França = 63
6. Rússia = 43
7. México = 37
8. Estados Unidos/Canadá = 31
9. Holanda = 28
10. Portugal = 27
11. Turquia = 26
12. Japão = 25
13. Irã = 20
14. Brasil = Bélgica = 17

Fonte: aqui

19 maio 2014

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade: Cronologia

Esta é uma atualização da cronologia publicada anteriormente

1519 – Publicação da primeira “tradução” do livro de Pacioli em língua portuguesa: Tratado da Prática de Arismética, de Nicolas Gaspar. Entretanto o autor não “traduziu” o capítulo de Pacioli sobre as partidas dobradas.

1624 a 1654 – Invasão holandesa e possibilidade de utilização das partidas dobradas pela primeira vez no Brasil.

1757 –Diccionario do commercio, de Alberto Jacqueri de Sales. É uma adaptação do Dictionnaire universel de commerce, de Jacques Savary des Bruslons (1657-1716). Primeira obra em português sobre as partidas dobradas, mas este fato é altamente controverso.

1758 – Publicação de Mercado Exacto (...) de autoria de João Baptista Bonavie. Neste período, criação das Aulas de Comércio pelo Marquês de Pombal.

Século XVIII  – Ricos contratam professores para ensinar contabilidade para seus filhos e filhas.

1808 – Legislação introduz as partidas dobradas na contabilidade pública

1809 – Primeiro classificado procurando um profissional que entenda de contabilidade

1812  – Primeiro balanço publicado no Brasil. Do Theatro de S João

1831 - Lei 4 de Outubro de 1831 – Organizava o tesouro e adotava as partidas dobradas no setor público. Este item não foi implantado na prática.

1835 -Relatório Ministério do Império insistia na necessidade do país ter um código comercial para disciplinar a economia e impulsionar a criação de indústrias

1850  – Código Comercial - Reconhecimento do profissional contábil. Traz a primeira definição de ativo

Meados do século XIX  – a contabilidade é ensinada junto com as primeiras noções de álgebra.

1860 – “primeira lei das SA” e diversas normas sobre o assunto. O mais importante era o Decreto 2679, a primeira norma mais detalhada sobre a contabilidade no Brasil.

1876  – Criada a Associação de Guarda-Livros

1891 – Criação do primeiro curso técnico no Brasil, na Academia de Commercio, localizada em Juiz de Fora, Minas Gerais

1892 - Decreto 1166 organizava o ministério da Fazenda

Final do século XIX  – a existência de conselho fiscal impulsiona a atividade de auditoria, inicialmente com empresas nacionais e, no ínicio do século XX com internacionais

Inicio dos anos 1900  – chegada das empresas de auditoria estrangeiras

1906  – Adoção das partidas dobradas na contabilidade pública no Paraná. Logo depois foi abandonado. A seguir, o estado de São Paulo também adotaria o método, quase cem anos depois do primeiro decreto imperial.
1911  – Criação da Revista Brasileira de Contabilidade

1914 – Governo federal adotada as partidas dobradas

1915 – primeiro balanço publicado com parecer de auditoria

1916 – Instituto Brasileiro de Contabilidade  que irá organizar os congresso de contabilidade no futuro

Final dos anos 1910 e 1920 - Primeiro grande escândalo da história contábil

1920  – começa discussão sobre a regularização da profissão de guarda-livros e contadores

1922 – Código da Contabilidade pública

1922  – Imposto sobre lucro (lei 4.625)

1924  – Primeiro congresso de contabilidade

1925 -  instituição do Registro Geral dos Contabilistas Brasileiros

1925 - Instituto Brasileiro de Contabilidade inaugurou o Curso Superior de Contabilidade

1931  – Decreto 20158 ou Lei Francisco Campos que tentava organizar o ensino comercial e regular a profissão. Gerou uma grande reação, que levou ao Decreto 21033.

Anos 30 – Chegada da Hollerich ao Brasil, que representou a automatização de muitas atividades contábeis no Brasil.

1939 – começa o processo de tratamento das demonstrações contábeis à inflação

1946 -O CFC foi criado em 27 de maio pelo decreto-lei 9295

1950 – Lei 1076 ou lei das SA

Década de 50 - A padronização chega ao Brasil, com destaque para a III Conferência Continental de Bolsa de Valores

1954  - III Conferencia Interamericana de Contabilidade. Primeiro evento contábil internacional que ocorreu no Brasil.

1958 – Lei 3470 determina a correção do imobilizado. Diversas normas posteriores tratam do assunto.

1960  - Criação da pós-graduação na Universidade de São Paulo

1962 - Lei de remessa de lucros

1964 - Reforma Administrativa através da aprovação da lei 6.430

1965 - Regulamento do imposto de renda

1967 - Padronização da contabilidade bancária: foi aprovada a Circular 93, da Inspetoria de Bancos

Final dos anos 60 - início do intercambio entre a Universidade de São Paulo e a Universidade de Illinois, dos Estados Unidos.

1972 – Ano da consolidação da auditoria no Brasil. Normas do Banco Central e do CFC estabelece forma de atuação deste profissional.

1976 – Lei 6404. Os computadores começam a se popularizar.

1980 – O Brasil começa a participar de discussões internacionais sobre contabilidade. Programa de mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo começam a titular os primeiros acadêmicos.

1985 – Criação do Siafi na área pública

1986 – Plano Cruzado de combate a inflação. Ao longo dos anos seguintes, diversos planos econômicos foram elaborados com a finalidade de combater a inflação. E a contabilidade cria instrumentos cada vez mais complexos para dar credibilidade, incluindo a correção integral (Instrução 64/87 da CVM).

1994 – Plano Real consegue reduzir a inflação. No período seguinte, o governo proíbe a correção monetária das demonstrações contábeis. A redução da inflação faz renascer a contabilidade de custos no Brasil.

Inicio dos anos 2000 – expande a pós-graduação no Brasil, inicialmente com a criação de diversos programas de mestrado. Em meados deste século é aprovado o segundo doutorado de contabilidade, que serão acompanhados de diversos outros nos anos seguintes.

2005 – Criação do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) através da Resolução 1055 do CFC.

2007 – Lei 11.638: começa a adoção das normas internacionais de contabilidade. O Brasil começa a participar do processo de convergência no Iasb.

Prezado leitor: Com esta cronologia estamos encerrando a série sobre a história da contabilidade no Brasil. Está faltando alguma data? Ajude-nos na atualização desta cronologia. Sugira temas de investigação.

18 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Eike punido?

Com a assembleia de credores da petroleira OGX, marcada pela Justiça para o dia 3 de junho, a derrocada do império X, do empresário Eike Batista, aproxima-se do fim. Ainda haverá outros desdobramentos como o plano de recuperação da empresa naval OSX, a negociação com os credores da holding EBX, ou os problemas operacionais que vem sendo enfrentados pela termelétrica Eneva (ex-MPX), mas é possível que o pior do turbilhão já tenha passado. Com cerca de R$ 15 bilhões de dívidas em recuperação judicial, o rombo deixado pelo homem que já foi o mais rico do Brasil é grande. Não houve quebradeira bancária, como os mais pessimistas chegaram a temer, mas o rastro de prejudicados inclui bancos, fundos estrangeiros, fornecedores e centenas de acionistas minoritários. Os que perderam querem que Eike seja punido. O empresário está sendo alvo de uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que o acusa de "insider trading" - venda de ações com informações privilegiadas. A multa pode superar os R$ 100 milhões, que seria o lucro obtido com as operações

Fonte: Folha de S Paulo

17 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana

Fato da Semana: Ação da Comissão de Valores Mobiliários.  Esta semana o xerife do mercado atuou contra o diretor financeiro da Petrobras, que divulgou informação sobre reajuste antes do prazo, e tem apertado os membros de conselhos indicados pelo governo.

Qual a Relevância disto?  O papel da CVM é fundamental para que o mercado acionário brasileiro seja encarado de forma mais séria. Punir faz parte deste papel, independente de quem seja. Não podem existir privilégios. A ação da CVM é uma sinalização para os demais participantes: ninguém está acima da lei. É também um sinal de que estamos mudando nosso país.

Positivo ou negativo? Positivo.


Desdobramentos: É um processo longo e demorado. Alguns casos que deveriam ser punidos não serão. Mas que seja feita a justiça no longo prazo. 

Teste da semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia sobre a contabilidade:

1 Esta entidade conduziu muitas pesquisas nos últimos anos, mas algumas delas não tiveram nenhum download. Nenhum interessado nestas pesquisas.
Banco Mundial
Ipea
NBER

2 De 2008 a 2012 a entidade relacionada na questão anterior publicou cerca de
1500 pesquisas
50 pesquisas
500 pesquisas

3 A Comissão Eleitoral Federal do seguinte país está permitindo que políticos recebam Bitcoin
Brasil
Estados Unidos
India

4 O Iasb está promovendo alteração no IAS 16 e 38. O aspecto contábil envolvido refere-se a
Amortização e Depreciação
Instrumentos Financeiros
Recuperabilidade

5 O Financial Times divulgou as melhores escolas de negócios. Na 23ª posição está a escola brasileira:
Fundação Dom Cabral
Insper
USP

6 Miriam Belchior, Bendine, Swedenberger Barbosa e Márcio Zimmermann possuem algo em comum. Foram ou podem:
ser palestrantes do CBC
ser promovidos
ser punidos

7. Ainda com respeito a questão anterior, a entidade que está “reunindo” aquela turma é
CFC
CVM
Palácio do Planalto

8. Almir Barbassa, diretor financeiro de uma empresa estatal, está sendo processado pela CVM por:
Desvio de conduta
Recebimento de pagamento ilegal
Vazamento de informação

9. A empresa estatal na qual Barbassa trabalha é
Banco do Brasil
Correios
Petrobrás

10. O evento selecionado na questão 8 ocorreu no
Primeiro semestre de 2008
Primeiro semestre de 2014
Segundo semestre de 2013

Respostas: (1) Banco Mundial; (2) 1500 (3) Estados Unidos; (4) Amortização e Depreciação; (5) Fundação Dom Cabral; (6) ser punidos; (7) CVM; (8) Vazamento de informação; (9) Petrobrás; (10) Segundo semestre de 2013

Se acertou 9 ou 10 = bom leitor e boa memória; 7 ou 8 = sem muita preocupação com o que acontece de importante no mundo contábil; 6 ou 5 = sorte ou azar?

PwC cria prédio sustentável

Segundo o The Guardian, a PwC, uma das grandes empresas contábeis mundiais, está ocupando um edifício no Reino Unido considerado o "mais sustentável do mundo". Com 3716 metros quadrados, o espaço ocupado pela empresa possui eficiência energética e tecnologia de baixo carbono. Isto é surpreendente já que se trata de reocupação de um edifício antigo. A obra inclui jardins na cobertura, mictórios sem água (?), substituição de ar condicionado, gerando economia de energia elétrica (-221%), gás (-11%) e água (-33%).

A reforma deve se pagar em menos de quatro anos.

Prazo

Os credores da OSX, do empresário de Eike Batista, podem ter que aguardar pelo menos duas décadas para receber seu dinheiro de volta, apurou a Folha com executivos próximos às negociações. A empresa naval está em recuperação judicial desde novembro do ano passado, e suas dívidas somam R$ 4,5 bilhões.

Fonte: Aqui

16 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Feldstein critica Piketty

Thomas Piketty has recently attracted widespread attention for his claim that capitalism will now lead inexorably to an increasing inequality of income and wealth unless there are radical changes in taxation. Although his book, "Capital in the Twenty-First Century," has been praised by those who advocate income redistribution, his thesis rests on a false theory of how wealth evolves in a market economy, a flawed interpretation of U.S. income-tax data, and a misunderstanding of the current nature of household wealth. Mr. Piketty's theoretical analysis starts with the correct fact that the rate of return on capital—the extra income that results from investing an additional dollar in plant and equipment—exceeds the rate of growth of the economy. He then jumps to the false conclusion that this difference between the rate of return and the rate of growth leads through time to an ever-increasing inequality of wealth and of income unless the process is interrupted by depression, war or confiscatory taxation. He advocates a top tax rate above 80% on very high salaries, combined with a global tax that increases with the amount of wealth to 2% or more.His conclusion about ever-increasing inequality could be correct if people lived forever. But they don't. Individuals save during their working years and spend most of their accumulated assets during retirement.

They pass on some of their wealth to the next generation. But the cumulative effect of such bequests is diluted by the combination of existing estate taxes and the number of children and grandchildren who share the bequests. The result is that total wealth grows over time roughly in proportion to total income. Since 1960, the Federal Reserve flow-of-funds data report that real total household wealth in the U.S. has grown at 3.2% a year while the real total personal income calculated by the Department of Commerce grew at 3.3%. The second problem with Mr. Piketty's conclusions about increasing inequality is his use of income-tax returns without recognizing the importance of the changes that have occurred in tax rules. Internal Revenue Service data, he notes, show that the income reported on tax returns by the top 10% of taxpayers was relatively constant as a share of national income from the end of World War II to 1980, but the ratio has risen significantly since then. Yet the income reported on tax returns is not the same as individuals' real total income. The changes in tax rules since 1980 create a false impression of rising inequality. In 1981 the top tax rate on interest, dividends and other investment income was reduced to 50% from 70%, nearly doubling the after-tax share that owners of taxable capital income could keep. That rate reduction thus provided a strong incentive to shift assets from low-yielding, tax-exempt investments like municipal bonds to higher yielding taxable investments. The tax data therefore signaled an increase in measured income inequality even though there was no change in real inequality. The Tax Reform Act of 1986 lowered the top rate on all income to 28% from 50%.

That reinforced the incentive to raise the taxable yield on portfolio investments. It also increased other forms of taxable income by encouraging more work, by causing more income to be paid as taxable salaries rather than as fringe benefits and deferred compensation, and by reducing the use of deductions and exclusions. The 1986 tax reform also repealed the General Utilities doctrine, a provision that had encouraged high-income individuals to run their business and professional activities as Subchapter C corporations, which were taxed at a lower rate than their personal income. This corporate income of professionals and small businesses did not appear in the income-tax data that Mr. Piketty studied. The repeal of the General Utilities doctrine and the decline in the top personal tax rate to less than the corporate rate caused high-income taxpayers to shift their business income out of taxable corporations and onto their personal tax returns. Some of this transformation was achieved by paying themselves interest, rent or salaries from their corporations. Alternatively, their entire corporation could be converted to a Subchapter S corporation whose profits are included with other personal taxable income.

 These changes in taxpayer behavior substantially increased the amount of income included on the returns of high-income individuals. This creates the false impression of a sharp rise in the incomes of high-income taxpayers even though there was only a change in the legal form of that income. This transformation occurred gradually over many years as taxpayers changed their behavior and their accounting practices to reflect the new rules. The business income of Subchapter S corporations alone rose from $500 billion in 1986 to $1.8 trillion by 1992. Mr. Piketty's practice of comparing the incomes of top earners with total national income has another flaw. National income excludes the value of government transfer payments including Social Security, health benefits and food stamps that are a large and growing part of the personal incomes of low- and middle-income households.

Comparing the incomes of the top 10% of the population with the total personal incomes of the rest of the population would show a much smaller rise in the relative size of incomes at the top. Finally, Mr. Piketty's use of estate-tax data to explore what he sees as the increasing inequality of wealth is problematic. In part, this is because of changes in estate and gift-tax rules, but more fundamentally because bequeathable assets are only a small part of the wealth that most individuals have for their retirement years. That wealth includes the present actuarial value of Social Security and retiree health benefits, and the income that will flow from employer-provided pensions. If this wealth were taken into account, the measured concentration of wealth would be much less than Mr. Piketty's numbers imply. The problem with the distribution of income in this country is not that some people earn high incomes because of skill, training or luck. The problem is the persistence of poverty. To reduce that persistent poverty we need stronger economic growth and a different approach to education and training, not the confiscatory taxes on income and wealth that Mr. Piketty recommends.

Fonte: aqui

Curso de Contabilidade Básica: Entendendo os empréstimos

Uma conta que sempre chama a atenção do usuário da demonstração contábil refere-se aos “empréstimos e financiamentos”. Por um lado, trata-se de uma importante fonte de recursos. Mas por geralmente serem valores de grande monta, podem indicar um risco para a sobrevivência de longo prazo da empresa. Por este motivo, muitos índices são construídos tentando captar a influencia sobre o desempenho da empresa.

Veja o exemplo da empresa Oderich . Em 31 de dezembro de 2013 o balanço patrimonial apresentava a seguinte configuração:
 

Ou seja, do passivo circulante de 140 milhões, 69 milhões de reais eram “empréstimos e financiamentos”. Isto corresponde a quase 50% do passivo de curto prazo. Do não circulante de 102 milhões, 59 milhões eram desta conta ou 58%. Do ativo da empresa, que no final de 2013 apresentava um valor de R$352 milhões, 36% foram financiados com recursos onerosos de terceiros.

A figura a seguir esclarece a origem destes recursos:
Chama a atenção a existência de muitos empréstimos sujeitos a variação cambial de curto prazo. Se você fizer a soma, representa 47 milhões de reais ou 37% dos empréstimos. Somando os empréstimos de longo prazo com variação cambial o valor é de 82 milhões. Se por um acaso existir uma desvalorização da moeda em 20%, os valores dos empréstimos atrelados a taxa cambial aumentarão para 99 milhões ou 16 milhões. Isto é mais do que o lucro da empresa em 2013, que foi de 14 milhões.
Eis o que a empresa afirma sobre os eventuais efeitos de um risco cambial:
Ou seja, a gestão da empresa considera que o risco é irrelevante dada as operações desta natureza. O analista aqui deve tomar as suas próprias conclusões sem se deixar influenciar pela redação das demonstrações contábeis. Será que um passivo atrelado a taxa cambial nos valores existentes pode ser pouco relevante? Qual a chance de ocorrer um movimento brusco na taxa de câmbio nos próximos dias/meses?


Listas: Os 10 países que gostam de beber

1. Belarus – 17.5 litros
2. Moldova – 16.8 litros
3. Lituânia - 15.4 litros
4. Rússia - 15.1 litros
5. România - 14.4 litros
6. Ucrânia - 13.9
7. Andorra – 13.8
8. Hungria – 13.3
9. República Tcheca e Eslováquia - 13 litros
10. Portugal - 12,9 litros


Fonte: Onu

O interessante que os primeiros são países da antiga URSS. Portugal já teve um consumo maior (14,4). A média brasileira é de 8,7 litros.

15 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Administração pública no Brasil

Artigo publicado no site UnB notícias e escrito pelo querido professor Dr. José Matias-Pereira:

A análise da administração pública comparada evidencia que nenhum país no mundo alcançou um nível elevado de desenvolvimento socioeconômico sem contar com uma administração pública competente, bem remunerada, e respeitada pela sociedade. Essas administrações, na medida em que foram elevando as suas produtividades, se tornaram capazes de apoiar os processos de desenvolvimentos de seus países, ofertando serviços públicos de qualidade, de forma tempestiva.

É oportuno recordar que, o objetivo final do Estado é a geração do bem comum. Para realizar essa tarefa, conta com a administração pública. A administração pública pode ser entendida como o eixo de transmissão entre o Estado e a sociedade. Quando ele funciona de maneira adequada os serviços públicos chegam aos cidadãos e aos atores econômicos de forma contínua e sem burocracia. No caso do Brasil, verifica-se que esse estágio ainda está longe de ser alcançado. A administração pública brasileira - que conserva ranços burocráticos ultrapassados, e um viés patrimonialista exacerbado - é vista com desconfiança pela população.

Observa-se que a sobrevivência do patrimonialismo tem contribuído para isso, visto que os governantes e políticos que estão no poder acreditam que podem tudo, como requisitar um avião para fins particulares, até a apropriação de recursos públicos, para financiar um projeto político para manter-se no poder. Esse modelo distorcido tem suas raízes nas relações de poder, na estrutura social e nos valores políticos e ideológicos prevalecentes na sociedade brasileira. Ele impacta no desempenho da administração pública, na medida em que facilita desvios e a corrupção, além de ameaçar a boa governança pública.

As fragilidades e deficiências da administração são agravadas pela adoção do modelo de coalizão presidencial, que visa garantir maiorias confortáveis de sustentação política ao governante, no qual as escolhas dos principais gestores são feitas pelo “político”. Ao privilegiar esse modelo desarrazoado de divisão do poder e de aparelhamento do setor público, os governantes relegam a um plano secundário, a competência técnica, a ética e o compromisso com a prestação de serviços públicos de qualidade. Assim, a reconhecida baixa qualidade dos serviços públicos ofertados à população brasileira - notadamente educação, saúde, segurança e transportes públicos -, explicitadas nas pesquisas de opinião pública, evidencia que a reforma do aparato administrativo do Estado, é uma medida urgente e necessária, com vista a torná-lo mais democrático, eficiente, eficaz e efetivo, para atender os seus usuários.

Registre-se que, o conflito sociedade versus administração pública é agudizado pela mídia, que critica e nivela, em geral, a administração pública por baixo, aumentando esse embate. Sabe-se que mudar essa realidade não é uma tarefa fácil. O primeiro passo, entretanto, já foi dado pela sociedade brasileira, partir de uma postura mais proativa de uma boa parcela da população, está produzindo transformações significativas nas relações entre o Estado e a sociedade e nas formas tradicionais de administração do bem público.

As crescentes reivindicações sinalizam o desejo da população brasileira por mudanças profundas na forma de gestão do Estado, com destaque para as exigências de ética na política, combate à corrupção e melhores serviços públicos.É relevante alertar que a “refundação da administração pública” é um processo de extrema complexidade, que demandam profundos e detalhados estudos. Seu processo de reestruturação implica, efetivamente, na reavaliação de práticas e valores culturais que estão arraigados em nossa sociedade. Assim, uma reforma da administração pública dessa dimensão vai além da vontade política do governante e da participação do parlamento. Ela exige o envolvimento e a cobrança efetiva da sociedade.

Nesse esforço, o Estado precisa acreditar e facilitar a do cidadão e dos agentes econômicos, procurando eliminar a burocracia, e estimular a elevação da produtividade na gestão pública.Para que o Estado possa cumprir o seu papel de gerar o bem comum, torna-se essencial que o próximo presidente da república inclua na sua agenda de reformas estruturais, a “refundação da administração pública”, apoiados em novos parâmetros e valores, como a meritocracia, a competência e a ética.

Busca-se, assim, a rearticulação das relações do Estado com a sociedade, para atender as demandas da sociedade com serviços públicos de qualidade, reduzir gastos, executar e avaliar políticas públicas, elevar a transparência, além de promover e estimular investimentos em setores estratégicos, criando as condições para a retomada do processo de desenvolvimento sustentável do Brasil.

Curso de Contabilidade Básica: Uso de recursos gráficos

É muito comum nas demonstrações contábeis a presença de gráficos. O elemento visual ajuda o entendimento mais rápido das principais alterações do desempenho da empresa. Para a empresa, usar gráficos é uma oportunidade para destacar as boas notícias, e tentar reduzir os efeitos das notícias ruins.

Veja o caso da empresa Hypermarcas no seu conjunto de informações do primeiro trimestre de 2014. A empresa apresenta a evolução da receita, em gráfico, da seguinte forma:

Pelo fato da figura não conter o eixo (nem mesmo o eixo de origem), a percepção é que ocorreu um elevado aumento na receita líquida. Os números que estão no gráfico informam que a receita aumentou de 958 milhões para 1059 milhões. Ou seja, um aumento de 10%. Agora observe a figura do fluxo de caixa das operações da empresa:
Parece que praticamente não ocorreu nenhuma alteração. A redução, de 184 milhões para 171 milhões, foi pouco expressiva, quando nós olhamos o gráfico. Mas o fato do gráfico não conter a escala (e no caso, a mesma escala para todas as variáveis) induz o leitor a pensar que a redução no fluxo operacional não foi grande. O próprio gráfico indica que a variação foi de menos 13,4%.

O leitor mais curioso poderia resolver fazer a “prova dos noves”. E teria uma grande surpresa: a empresa cometeu um erro aritmético! A variação não foi de -13,4%, mas -7,21%.

Isto mostra que o usuário deve ter muito cuidado em usar as informações que são apresentadas pela empresa na sua análise.


CVM x Diretor Financeiro da Petrobrás

O vazamento de informações na imprensa sobre a criação de uma fórmula de precificação de combustíveis pela Petrobras, no fim de 2013, levou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a abrir um processo sancionador contra o diretor financeiro e de relações com investidores da estatal, Almir Barbassa. Os autos, aos quais a Agência Estado teve acesso, revelam que as discussões em torno da metodologia começaram em 13 de agosto do ano passado

A presidente da estatal, Graça Foster, e o diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, foram os primeiros a tomar conhecimento dos estudos. O órgão regulador identificou alta expressiva nas ações da estatal no pregão de 5 de setembro de 2013, quando os papéis ON (com direito a voto) e PN (preferenciais) subiram 5,07% e 5,7%. O movimento foi considerado atípico e relacionado a notícias e informações vazadas. (...)


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Listas: 10 melhores cidades do planeta

Pela ordem:

Tóquio
Londres
New York
Zürique
Paris
Genebra
Basileia
Osaka
Seoul
Oslo

A análise levou em consideração: governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, ambiente, coesão social, mobilidade e transporte, capital humano e economia. As brasileiras (com a ordem)

133. Fortaleza
131. Brasília
129. BH
128. Porto Alegre
127. Salvador
116. Rio de Janeiro
97. Curitiba
94. São Paulo

Qual a qualidade do ranking? Honestamente fiquei desconfiado depois de usar o mapa interativo. A seta aponta onde apareceu a cidade de Salvador no mapa brasileiro:

14 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Contabilidade e Moral

A seguir um texto publicado originalmente no NY Times. Tinha separado para uma postagem, quando recebi a versão em português encaminhada pelo Alexandre Alcantara:

Contabilidade e Moral - Jacob Scroll - DCI

Às vezes, parece que as nossas vidas são pautadas pelas crises financeiras e pelas reformas fracassadas. Mas até onde os americanos entendem de finanças? Poucas pessoas entendem de contabilidade básica e menos pessoas ainda sabem o que é um balanço. Se é que chegaremos ao ponto de podermos debater seriamente sobre a responsabilidade financeira, precisamos primeiro aprender alguns princípios básicos.

O pensador econômico alemão Max Weber acreditava que para o capitalismo dar certo as pessoas comuns teriam de conhecer o método das partidas dobradas em contabilidade, não somente porque esse tipo de contabilidade permite calcular o lucro e o capital através do balanço dos débitos e dos créditos em colunas paralelas; é também porque bons registros financeiros são "equilibrados" no sentido moral. Eles são a própria fonte da responsabilidade, palavra que de fato se relaciona com o sentido da palavra "contabilidade".

Na Itália renascentista, comerciantes e donos de propriedades utilizavam a contabilidade não somente nos seus negócios como também para emitir juízo moral com Deus, com suas cidades, países e famílias.

O famoso mercador italiano Francesco Datini escrevia em seus livros de contabilidade: "Em Nome de Deus e do Lucro" Datini e outros também guardavam livros de contabilidade moral, contabilizando seus pecados e bons atos da mesma forma como contabilizavam a renda e os gastos.

Um dos fatos menos atraentes e, portanto, esquecidos da Renascença italiana, é que ela dependia muito de uma população que dominava a contabilidade. Em algum momento nos anos 1400, cerca de 4 mil a 5 mil dos 120 mil habitantes de Florença frequentavam escolas de contabilidade, e existem provas documentadas de que até mesmo os trabalhadores modestos mantinham registros contábeis.

Esse foi o mundo no qual Cosme de Médici e outros italianos vieram a dominar o sistema bancário europeu. Entendia-se que todos os proprietários de terra e profissionais conheciam e exerciam a contabilidade básica. Cosme de Médici em pessoa realizava as auditorias anuais dos livros de todas as filiais dos seus bancos e também fazia a contabilidade de sua casa.

Isso era típico em um mundo onde todos, de fazendeiros e farmacêuticos a comerciantes conheciam o método das partidas dobradas. O método também foi útil na administração política na Florença republicana, em que o governo precisava de uma certa dose de transparência.

Se quisermos saber como tornar nosso país e as nossas empresas mais responsáveis, seria bom estudar os holandeses. Em 1602, eles inventaram o capitalismo moderno com a fundação da primeira empresa de capital aberto – a Companhia das Índias Orientais – e a primeira bolsa de valores oficial em Amsterdã. Porém, foi através de uma cultura mais antiga e bem guardada da contabilidade que eles mantiveram estáveis essas instituições por um século.

A difusão do método das partidas dobradas para os Países Baixos durante o começo dos anos 1500 tornou o país o centro da educação em contabilidade, do comércio mundial e do início do capitalismo.

Os holandeses confiavam que seus líderes manteriam bons registros de contabilidade e fariam pagamentos de juros regularmente, ao mesmo tempo, pagando a dívida do Estado. Todas as camadas da sociedade holandesa faziam a contabilidade com o método das partidas dobradas, desde prostitutas a acadêmicos, comerciantes e até mesmo o regente, Maurício de Nassau, Príncipe de Orange.

Os pintores regularmente retratavam os comerciantes guardando os seus registros contábeis; o quadro de Quentin Metsys "Os Banqueiros" (por volta de 1549) mostrou que até mesmo contadores habilidosos podiam cometer fraudes. Ou seja, as vantagens e desvantagens da contabilidade estavam vivas na consciência pública.

Os holandeses não tinham somente habilidades básicas de administração, como também muita consciência do conceito de livros balanceados, auditorias e prestação de contas. Eles tinham de ter. Se os administradores do comitê local de águas tivessem registros desleixados, o sistema de canais e de diques holandês não seria bem mantido, e o país correria o risco de inundações catastróficas.

Esse desejo de responsabilização foi o que impulsionou os holandeses a reformar seu sistema financeiro quando o mesmo começou a desabar por conta da fraude. A primeira revolta dos acionistas aconteceu em 1622, entre os investidores da Cia das Índias Orientais que se queixavam de que os livros de registros da empresa tinham sido "untados com bacon" para que pudessem ser "comidos por cachorros". Os investidores exigiram uma "fatura", ou uma auditoria financeira propriamente dita.

Embora o estado não tenha permitido que os registros da Cia. das Índias Orientais passassem por uma auditoria pública, o príncipe Maurício, de fato, fez uma série de auditorias internas, e os burgueses holandeses ficaram satisfeitos com a responsabilidade tanto da empresa quanto do Estado. Uma ideia cultural foi lançada.

No século seguinte, virou uma prática comum que os administradores públicos fizessem retratos de si mesmos com os seus livros de registros – algumas vezes com os cálculos reais neles – abertos para que todos vissem.

Esses exemplos históricos apontam o caminho na direção de soluções viáveis para as nossas crises. Nos últimos 50 anos, as pessoas pararam de aprender o método das partidas dobradas – tanto que poucos de nós sabemos o que isso quer dizer – deixando-o ao invés disso para os especialistas e para o sistema bancário computadorizado. Se é que buscamos o capitalismo estável e sustentável, um bom lugar para começar seria tornar o método de partidas dobradas e as finanças básicas partes do currículo do ensino médio, como elas eram na Florença e na Amsterdã da Renascença.

Uma população conhecedora do método das partidas dobradas não resolverá os nossos problemas financeiros complexos imediatamente, mas isso permitiria aos cidadãos comuns entender o básico das finanças: balanços, juros hipotecários, depreciação e risco em longo prazo. Isso também lhes daria uma clara noção do que responsabilidade financeira significa de verdade e de como solicitar e avaliar auditorias.

A explosão do jornalismo de precisão também deveria incluir um subconjunto de repórteres com treinamento em contabilidade, de forma que possam ter melhor desempenho na explicação do seu papel central na nossa economia e nas crises financeiras. Sem uma sociedade treinada em contabilidade, uma coisa é certa: teremos de fazer mais ajustes de contas no futuro.

Curso de Contabilidade Básica: Vida útil do ativo

Uma das grandes preocupações que o usuário da informação contábil deve ter ao analisar uma indústria é certificar a vida útil do ativo. Quando uma empresa possui ativos novos, a vida útil será longa. Isto pode resultar numa tranquilidade em termos de novos investimentos. Neste caso, os investimentos serão realizados somente se houver uma expansão. Já quando a vida útil é baixa, torna-se necessário fazer investimentos nos ativos de longo prazo, em particular máquinas e equipamentos. A expansão pode representar uma redução de pagamento de dividendos.

O cálculo da vida útil pode ser apresentado pela empresa nas notas explicativas ou pode ser obtida pelo usuário, desde que tenha acesso a informação da despesa de depreciação e do valor líquido do ativo. Para ilustrar este cálculo, considere o exemplo da Companhia Industrial Cataguases no seu relatório de final de 2013. A empresa informa, na página 21, que a vida útil de máquinas e equipamentos é de 11,1 anos:

Para verificar estes valores, vamos observar o quadro resumo do imobilizado, geralmente publicado nas notas explicativas. A figura a seguir apresenta os valores:

A depreciação do ano de máquinas e equipamentos foi de R$4476 mil, para um ativo líquido de 52722 mil. Para determinar a vida útil estimada de máquinas e equipamentos, basta dividir o ativo líquido pela despesa de depreciação. No nosso exemplo:

52722 / 4.476 = 11,78 anos

Que é um valor bastante aproximado daquele informado pela empresa. Podemos fazer o mesmo com edificações:

24321/1631 = 14,91

Que é um valor um pouco menor do que aquele informado pela empresa (18,2 anos).

Resenha: PHD Comics - The Movie



Os primeiros “Rir” aqui do blog foram com os quadrinhos do PHD Comics e eu sou fiel a eles. Li cada um! Na época do mestrado, os relia em tempo de desânimo (e ficava atormentando meus amigos, enchendo a caixa deles com os que eu achava mais hilários). É legal ver personagens passando pelos mesmos apertos que você, poder rir disso e ganhar uma energia a mais.

Quando o filme PHD Comics saiu devo ter sido uma das primeiras do Brasil a assistir. Eu sou tão fã que tenho calendário, camiseta e até edição impressa de livro com os quadrinhos. Normal seria eu pagar o que me cobraram e assistir ansiosamente a película.

Vou ser bem direta. Infelizmente não vale a pena. Vale se você não acompanha os quadrinhos porque as histórias serão novas. O prof. David Albrecht, por exemplo, adorou. Tudo é questão e gosto.

Como eu sei as historinhas de cor e salteado, o filme não trouxe novidades. Fiquei frustrada, desapontada, e até meio desnorteada. O roteiro não era inédito, mas sim baseado nas histórias já existentes que são ótimas e brilhantes. Porém, para mim não foi satisfatório.

Depois descobri que os atores são estudantes “de verdade” e não pessoas contratadas para se fazer de atores. Dá um charme ao filme, mas também faz perder um possível brilho que haveria se houvesse a sorte de escalar personagens que conseguissem repassar melhor sentimentos e reações tão cômicos e característicos. Achei a Cecília (minha preferida nos quadrinhos) um tanto sem sal. Por outro lado, achei o prof. Smith muito bom! O streaming custa US$5 Depois me contem o que acharam. Eu sinceramente espero que gostem.

Acesse aqui o site do filme.

Vale a pena? Vale para quem não acompanha os quadrinhos e está nesta fase de mestrado e pós graduação e tenha tempo para isso. No mais, prefiro continuar com os comics.

O preço da boquinha

O governo tem premiado seus executivos com "boquinhas" nos conselhos de empresas. O preço pode ser caro, segundo este texto do Estadão:

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cobrou, nos últimos dois anos, esclarecimentos de pelo menos 24 integrantes do governo. Supostas irregularidades colocaram, entre outros, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e o homem forte da equipe do ex-ministro José Dirceu, que sobreviveu até o fim do governo Lula e hoje é secretário do Distrito Federal, Swedenberger Barbosa, na lista dos que têm de dar explicações.

Miriam e Barbosa respondem pelo tempo que estiveram à frente do Conselho de Administração da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Eles e mais oito executivos foram acusados de não publicar demonstrações financeiras e convocar assembleia no prazo. As demonstrações, que deveriam ter sido elaboradas e divulgadas até 31 de março de 2011, foram apresentadas em 13 de maio. A assembleia-geral, que deveria ter sido realizada até 30 de abril daquele ano, ocorreu apenas em 16 de junho.

(...) No caso de Bendine, presidente do BB, o processo teve origem na abertura de capital do BB Seguridade, quando ele teria feito declarações fora de hora. Por meio da assessoria de imprensa, o executivo disse que o Termo de Compromisso "segue os mesmos parâmetros de muitos termos do gênero analisados pela CVM". O executivo informou ainda que não vai se posicionar porque as argumentações ainda estão sob análise.

Punição. A CVM puniu recentemente executivos do governo Dilma Rousseff, a exemplo do número 2 do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, do ex-ministro de Aviação Civil e atual vice do BNDES, Wagner Bittencourt, e do chefe da Assessoria Econômica do Tesouro Nacional, Lindemberg Bezerra. Os três receberam advertência - punição classificada como mais branda pelo mercado - pelo período em que participavam do Conselho de Administração da Eletrobrás.

A parte mais relevante do texto:

(...) No governo, é comum que ministros e outros executivos acumulem cargos em conselhos de administração em estatais, posição que os remunera. A participação de políticos nesses organismos, no entanto, gera críticas recorrentes do mercado financeiro, principalmente sobre a independência e transparência nas instituições.

Charles Holland, diretor de governança corporativa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), diz que o trabalho da CVM não pode ser minimizado. Segundo ele, quando se deixa de publicar demonstrativos ou convocar assembleias, prejudica o acionista. "Uma companhia que não presta contas como deve, dentro do prazo, destrói a confiança e afeta o valor das ações", argumentou. "O maior prejudicado é o acionista", disse. Ele ponderou ainda que políticos sem preparo para o cargo de conselheiro estão assumindo o posto. "Infelizmente tem pessoas que não estão qualificadas, não sabem o comportamento que se espera de um conselheiro", criticou.

Caixa dois da bola

O texto a seguir mostra como clubes e empresas estão usando caixa dois para pagar jogadores:

Contratos falsos, contas secretas em paraísos fiscais, como Genebra, Luxemburgo e Bahamas, empresas de fachada e a suspeita do envolvimento de nomes como Paris Saint-Germain, Real Madrid, Nike, Ronaldinho Gaúcho, Anelka e até um certo Jérôme Valcke (foto), hoje o secretário-geral da Fifa. Documentos de investigações realizadas pela Justiça francesa nos últimos anos, obtidos com exclusividade pelo Estado, revelam a criação de um esquema generalizado de caixa dois no futebol europeu. A suspeita na maioria dos casos é de fraude fiscal e crimes financeiros.

Parte dos casos veio à tona na imprensa europeia. No ano passado, os ex-presidentes do PSG, Laurent Perpere e Francis Graille, foram condenados à prisão em Paris. A Nike também teve um de seus executivos condenado. Já Valcke chegou a prestar depoimento, mas nunca foi indiciado e não sofreu qualquer tipo de punição. Os jogadores também foram inocentados.

O que a investigação revelou foi a criação de uma rede paralela de contratos no futebol. No início deste ano, o Barcelona se viu envolvido em uma enorme polêmica causada pela contratação de Neymar, com alguns contratos obscuros, mas essa prática está disseminada desde o fim dos anos 90, com a participação de empresas multinacionais, canais de televisão, clubes, agentes de jogadores e até dos próprios atletas.

O motivo da existência da manipulação financeira é o esforço de todos os atores do futebol para não pagar impostos e esconder o real volume de dinheiro que circula pelos clubes. O esquema usava diversos tipos de manobras financeiras para promover a sonegação fiscal.

SUPERFATURAMENTO
Uma das manobras era anunciar a compra de um jogador por um valor acima da realidade. O PSG, por exemplo, pagava o valor fictício ao clube que havia vendido o atleta. O dinheiro, em seguida, era usado para o pagamento do salário do jogador. Assim, ele e o clube não pagavam impostos sobre vários meses de salários.

Os documentos mostram como o esquema de superfaturamento foi usado por PSG e Real Madrid na transferência de Anelka. Outro caso foi a compra do argentino Tuzzio pelo Olympique de Marselha. Parte de seu salário ia para uma conta em Nova York.

Uma outra forma de evadir impostos era por meio da Nike, patrocinadora do PSG. A multinacional, segundo a Justiça, pagava os salários dos jogadores, alegando que se tratava de pagamento de contratos de imagem. Esses contratos, sempre assinados em bancos de centros off-shore, eram fictícios, segundo depoimentos.

Entre 1998 e 2005, 33 contratos foram assinados pela Nike com jogadores do PSG, entre eles Ronaldinho. "Uma auditoria revela que a Nike aceitou pagar parte dos salários dos jogadores contratados na forma de contratos de imagem para aliviar os impostos do clube", indica a Justiça francesa.

Diante da Justiça, o brasileiro André Luiz admitiu que o contrato com a Nike do qual ele se beneficiou enquanto jogava no PSG era um complemento de salário. O dinheiro era depositado em uma conta em Luxemburgo e, quando o contrato foi assinado, a Nike sequer enviou um representante para o ato. André Luiz foi vendido pelo Tenerife para o PSG em 2002.

Jaubert Olivier, responsável pelo marketing da Nike até 2003, admitiu diante dos juízes que se tratava de "salários ocultos de jogadores". Segundo ele, os diretores e até o presidente da Nike sabiam do esquema.

VALCKE
Para restituir a Nike, o PSG e a multinacional inventavam multas a serem pagas pelo clube. Uma das desculpas era que o atleta tinha jogado com uma chuteira de outra marca. Só entre 2003 e 2004, o PSG pagou mais de 1,2 milhão de euros (R$ 3,6 milhões) em multas fictícias para a Nike.

Essa restituição era feita por meio de um esquema financeiro complexo. O grupo de mídia Canal Plus, na época dono do PSG, criou uma filial, a Sport Plus, responsável por comprar direitos de jogadores. Cada vez que uma multa era inventada para justificar um pagamento à Nike, a Sport Plus era usada para fazer a ligação. Quem recebia o dinheiro era a Nike European Operations Netherlands BV, filial da empresa na Holanda.

Os documentos da Justiça francesa, de 2009, revelam que o diretor adjunto da Sport Plus nos fim dos anos 90 era Jérôme Valcke. Em um depoimento, o francês afirmou que a Sport Plus "foi criada no momento do projeto de transferência de Ronaldinho". Segundo Valcke, a empresa "tinha como vocação administrar os direitos de imagem de certos jogadores do PSG". Se Valcke jamais foi acusado pelas práticas, cartolas do PSG foram indiciados.

INTERMEDIÁRIOS
Outro truque foi criado para ocultar salários: o uso de agentes de jogadores. Os clubes repassavam aos intermediários uma parte do dinheiro que deveria ser usado para pagar os salários, alegando que se tratava de comissão. Segundo as investigações, esse dinheiro era depois repassado aos atletas em contas em paraísos fiscais. Isso ocorreu na contratação de Sorín pelo clube francês e existem suspeitas em relação aos brasileiros Raí, Ricardo Gomes e Valdo.

O atacante Christian, na transferência do PSG para o Bordeaux, recebeu 1,3 milhão de euros (R$ 3,9 milhões) em uma conta aberta na Ilha da Madeira. Um outro depósito do mesmo valor foi realizado em uma conta aberta em Lausanne, de uma empresa com sede nas Bahamas.

A Justiça encontrou uma transferência de 762 mil de euros (R$ 2,3 milhões) para uma conta de Zurique chamada Dani Geneva. A investigação mostrou que essa era a conta que a Sport Plus usava em conjunto com a Nike para pagar os salários do nigeriano Okocha e do lateral Paulo César.

OUTRO LADO
Contactada pelo Estado, a atual gestão do PSG disse apenas que o caso se trata de "questões de administrações passadas". A Nike insistiu que atua de forma "íntegra".

"A Nike foi absolvida pela corte francesa de acusações relacionadas às questões de direito de imagem dos atletas, confirmando que a relação entre a Nike da França e o PSG nunca foi fraudulenta", disse a assessoria de imprensa da empresa.

Em janeiro de 2013, a companhia foi multada em 80 mil de euros (R$ 243 mil) e um de seus diretores acabou condenado à prisão. A Nike recorreu da decisão.

A Fifa evitou fazer comentários, ainda que um dos citados no caso, Valcke, seja hoje o número dois da entidade.


Justiça francesa desmascara esquema de fraude fiscal no futebol - Jamil Chade

Listas: Países que mais compraram ingresso para a Copa

1. Brasil 
2. Estados Unidos
3. Alemanha
4. Inglaterra
5. Argentina
6. Austrália
7. Colômbia
8. Chile
9. França
10. México
11. Canadá
12. Japão
13. Suíça
14. Holanda
15. Uruguai
16. Espanha
17. Israel
18. Equador
19. Rússia
20. Itália

É uma lista surpreendente. Como a diferença entre os brasileiros que compraram ingresso e os estrangeiros é muito grande, pode-se questionar a "atração" ao turista. O segundo lugar dos EUA mostra o grande interesse por este esporte por lá. Também é surpreendente a quantidade de ingressos vendidos para a Austrália, Canadá e Israel.

Bloqueio

Na quinta o Ministério Público Federal pediu que a Justiça Federal bloqueasse 122 milhões de reais das contas bancárias do empresário Eike Batista. Este seria o valor do lucro obtido pelo empresário na venda de ações da OGX, antes que informações fossem divulgadas ao mercado. Caso o valor não fosse obtido nas contas correntes, o valor deveria ser complementado com bens até o limite.

Na segunda os advogados já entraram com recurso contra a decisão.

Agora, a defesa de Eike terá oito dias para apresentar suas razões. Depois, o Ministério Público Federal terá igual prazo para apresentar suas contrarrazões. Só então o recurso será julgado no Tribunal Regional Federal, órgão de segunda instância. Enquanto isso, o dinheiro de Eike continua bloqueado.

13 maio 2014

Rir é o melhor remédio


As melhores escolas de educação executiva brasileras

Saiu no Valor (adaptado): 

Quatro escolas de negócios brasileiras estão entre as melhores do mundo na oferta de cursos de educação executiva voltados para o público corporativo, segundo ranking do jornal britânico “Financial Times”:

A Fundação Dom Cabral (FDC), 23º na lista das melhores escolas provedoras de cursos abertos, voltados para profissionais de diversas empresas, também figurou na 27ª posição no ranking de programas fechados, feitos sob medida para companhias. 

O Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) garantiu a 38ª posição no ranking dos cursos abertos e ficou em 52º entre os programas customizados.

Outras duas instituições brasileiras apareceram apenas nos rankings de cursos abertos: 

Saint Paul Escola de Negócios na 59ª posição; 
Fundação Instituto de Administração (FIA), em 69º lugar.

Pela terceira vez consecutiva, a americana Duke liderou o ranking de programas customizados, enquanto o suíço IMD ficou na frente na lista de cursos abertos. A HEC Paris ficou em segundo lugar no ranking de programas sob medida, seguida do espanhol Iese. Entre os programas abertos, a Chicago Booth levou a prata, enquanto a americana Darden Business School, da Universidade da Virgínia, e a HEC Paris empataram em terceiro lugar.

A pesquisa para a elaboração do ranking revelou um aumento na demanda desse tipo de programa. Cerca de 40% das 1.100 empresas consultadas estão considerando aumentar os gastos com educação executiva nos próximos três anos, um crescimento de quatro pontos percentuais na comparação com o ranking passado. Na América Latina, as dez escolas que entraram nos rankings deste ano tiveram alta de 32% na receita nos últimos dois anos.

Por causa do bom momento, a pesquisa deste ano incluiu o maior número de escolas desde o início dos rankings, há 16 anos — foram incluídos 80 programas feitos sob medida e 70 abertos.

Os rankings levam em conta a satisfação dos profissionais participantes e das empresas que contratam as escolas, a diversidade do corpo docente e discente e a exposição internacional da instituição de ensino.

Curso de Contabilidade Básica: Conhecendo o negócio

Muitas vezes o usuário está diante de um conjunto de informações contábeis sem entender direito o que faz uma empresa. Provavelmente o leitor sabe o que faz a Vale ou as Casas Bahia. Nestes casos, propagandas ou reportagens que o leito tenha lido ajudam a entender que a Vale faz extração de minérios, entre outras coisas, e as Casas Bahia vendem eletrodomésticos. Em alguns casos, o nome da empresa ajuda: Centrais Elétricas do Pará ou Bic Banco explicam o foco de atuação da empresa.

Mas existem casos onde o nome pode ser desconhecido ou não indicar a área de atuação da empresa. Vamos exemplificar com o caso da Contax. Se o leitor tiver em mãos as demonstrações contábeis desta empresa e não souber nada sobre ela a sugestão é que leia a primeira nota explicativa. Geralmente ali se encontra um breve relato do que faz a empresa. Veja o que consta das informações trimestrais da empresa do final de março de 2014:


Não ajudou muito. É uma empresa que participa de outras, em especial a Contax SA e a Ability. Logo a seguir tem-se um detalhamento das atividades destas duas empresas:
Agora ficou mais fácil. A Contax SA é uma empresa de telemarketing, call-center e outras formas de atendimento a clientes. Se uma empresa deseja manter um serviço de atendimento ao cliente, em lugar de fazer um elevado investimento nesta área, pode contratar a Contax para isto. A Ability está voltada para área de publicidade, propaganda e outras atividades relacionadas.

Em resumo, a Contax participa de outras empresas, com destaque para uma empresa de call-center e outra de publicidade e propaganda. Este conhecimento básico do que faz a empresa é necessário para que o usuário da informação contábil possa entender melhor as suas demonstrações.


Alteração na depreciação e amortização

O Iasb promoveu duas alterações nas normas IAS 16 (Property, Plant and Equipment) e IAS 38 (Intangíveis), no aspecto sobre depreciação e amortização. As alterações tendem a explicar que o padrão esperado de consumo dos benefícios econômicos futuros de um ativo é o princípio para a depreciação e amortização, informou o Journal of Accountancy.

Assimetria informacional

Saiu no Informação Contábil (com adaptações):

"Recentemente tive o resultado de uma pesquisa sobre assimetria de informação na negociação de ações no mercado brasileiro de capitais, em parceria com o professor doutor Edilson Paulo, publicada pela Revista Contabilidade & Finanças da USP, uma das mais conceituadas no Brasil. [...] Ao final desta postagem, pode ser acessado o texto na íntegra."

ASSIMETRIA DE INFORMAÇÃO NA NEGOCIAÇÃO DE AÇÕES, CARACTERÍSTICAS ECONÔMICO-FINANCEIRAS E GOVERNANÇA CORPORATIVA NO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO

Palavras-chave : Informação privilegiada; Insider trading; Mercado de capitais.

Texto na íntegra AQUI.

12 maio 2014

Rir é o melhor remédio


Bitcoin bancando campanha política


Saiu no The Guardian e na Galileu:

As campanhas eleitorais norte-americanas estão mais ligadas à tecnologia daqui para frente. A Comissão Eleitoral Federal dos EUA anunciou que políticos e comitês de ação política podem aceitar de forma legal bitcoin como contribuição.

A entidade atendeu a um pedido de um coletivo chamado Make Your Laws (faça suas leis), que defende a substituição da democracia representativa por uma "democracia líquida", em que os indivíduos estejam mais diretamente envolvidos com o processo legislativo.

No entanto, a comissão não permitirá anonimato nas doações: o político precisará de uma lista com nome, endereço e ocupação do doador antes que possa aceitar a moeda virtual. [...]

Os políticos e grupos de ação não podem gastar, contudo, o dinheiro em bitcoin. É necessário que convertam para dólares. A decisão não aborda de forma clara outras moedas virtuais, como o dogecoin.


Ficou mais caro ganhar na mega


Poxa!

Saiu no G1:

"Caixa aumenta preço da aposta da Mega-Sena, Lotofácil e Quina"

Ainda bem que eu não jogo. Mas como boa brasileira tenho sim esperanças de ganhar, ora pois. ;)

Mas leiam só:

As apostas da Mega-Sena, Lotofácil e Quina estão mais caras após reajuste autorizado pela portaria nº 46 publicada no "Diário Oficial da União", em abril de 2014.

Desde o último sábado (10), o preço da aposta de 15 números da Lotofácil subiu de R$ 1,25 para R$ 1,50 (concurso 1.054). No caso da Mega-Sena, os preços da aposta mínima (de seis números) passaram de R$ 2 para R$ 2,50 no último domingo (11) (concurso 1.599). Para a Quina, o valor da aposta de 5 números, que era de R$ 0,75, foi reajustado para R$ 1 (concurso 3.486). As apostas com 6 números custarão R$ 4, e as com 7 números, R$ 10.
Os valores da premiação fixa das apostas vencedoras com 11, 12 e 13 números da Lotofácil foram reajustados para, respectivamente, R$ 3, R$ 6 e R$ 15.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, que administra a Mega-Sena e outras loterias oficiais no país, o último reajuste nos preços da Mega-Sena e da Lotofácil foi em setembro de 2009. No caso da Quina, foi em janeiro de 2011.