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04 fevereiro 2014

CVM e Iasb

Dica do Contabilidade e Métodos Quantitativos

Relevância do mercado de capitais brasileiro leva CVM a tornar-se membro permanente do Conselho de Supervisão da Fundação IFRS

Foi anunciado nesta terça-feira, 28/01/2014, que o Conselho de Supervisão (Monitoring Board) da Fundação IFRS (International Financial Reporting Standards) selecionou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como um de seus novos membros permanentes.

O Conselho é formado por autoridades do mercado de capitais responsáveis por definir a forma e o conteúdo da informação financeira no âmbito de suas jurisdições. Com um papel relevante na governança da Fundação IFRS, este Conselho está fortemente empenhado em apoiar o desenvolvimento e a consolidação de normas de contabilidade internacionais, em um contexto onde a qualidade da informação prestada pelos emissores é fundamental para a credibilidade contínua dos mercados de capitais.

O presidente da CVM, Leonardo Pereira, aponta esta ação como um grande passo para o órgão, tanto pelo reconhecimento internacional do trabalho que vem sendo feito pelo Brasil - em termos de aperfeiçoamento de práticas de divulgação de informações financeiras - quanto pela possibilidade de intensificar o intercâmbio e a troca de experiências para o desenvolvimento do mercado de capitais nacional.

Além da CVM, a Comissão de Serviços Financeiros (FSC) da Coréia do Sul também foi indicada para fazer parte do grupo, constituído, atualmente, por representantes de outras cinco autoridades: o Conselho da IOSCO (International Organization of Securities Comissions), o Comitê de Mercados Emergentes da IOSCO, a Comissão Europeia, a Agência dos Serviços Financeiros do Japão (FSA), e a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).


É interessante notar que dos membros, o Japão e os Estados Unidos não adotaram as IFRS (particularmente não sei como está a adoção na Coréia do Sul). Mas o conselho está "empenhado em apoiar o desenvolvimento e a consolidação de normas de contabilidade internacionais". Não seria contraditório?

Cadastro positivo

Pedido antigo do setor financeiro para reduzir os juros cobrados nos empréstimos, o cadastro positivo completa seis meses de funcionamento sem adesão significativa dos consumidores. A lista de bons pagadores esbarra no comportamento dos bancos, que não se empenham, como anunciaram, em compartilhar informações sobre seus melhores clientes. O governo, responsável pela regulamentação e implementação do cadastro, evita comentar o assunto. (...)

No primeiro semestre de 2012, quando o governo aproveitou a redução da Selic à época para implementar uma cruzada contra os juros altos no País, o presidente da Febraban, Murilo Portugal, entregou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, vinte propostas para a redução do spread bancário, a diferença entre o custo de captação dos bancos e o repassado aos clientes. Entre elas, estava a regulamentação do cadastro de bons pagadores. Na ocasião, Portugal defendeu que as medidas teriam impacto "imediato e direto" no barateamento do crédito. A regulamentação ocorreu no fim do mesmo ano.

Agora, os bancos alegam nos bastidores que, ao repassar as fichas dos clientes que mantêm as contas em dia, "entregam o ouro" para a concorrência. A principal contrariedade em relação ao cadastro positivo, porém, está no trecho da lei que estabelece que há "responsabilidade solidária" nos efeitos do uso dos dados da lista. Esse dispositivo, segundo os bancos, dá margem para que eles respondam por mau uso das informações feito por outra empresa.


Fonte: Aqui

Banco Central e Devedores

O Banco Central está à caça de R$ 39,8 bilhões de multas que estão sendo cobradas de bancos e empresas, e que não entraram para os cofres do governo. O ‘Estado’ teve acesso à lista inédita dos principais alvos dessa operação judicial de recuperação de créditos, que inclui grandes empresas, bancos liquidados ou em funcionamento e times de futebol como Santos, Corinthians, Internacional, Fluminense e Atlético Mineiro.

A maior parte desse dinheiro que o BC tenta recuperar - R$ 24,2 bilhões - é devida por pouco mais de uma centena de empresas, instituições financeiras e pessoas físicas. De acordo com os documentos internos do Banco Central, as irregularidades mais comuns são ilícitos cambiais, principalmente de empresas importadoras e exportadoras.

Mas há casos de multas aplicadas por irregularidades no acesso aos recursos das reservas bancárias pelos bancos, omissão de informações sobre capitais brasileiros no exterior e infrações diversas praticadas por instituições financeiras, empresas de auditoria, administradoras de consórcio e empresas que atuam sem a autorização do Banco Central.

O banco está executando essa dívida na Justiça e montou uma força-tarefa de advogados para ir atrás dos devedores e do seu patrimônio. Muitas empresas encontradas eram de fachadas, de proprietários "laranjas".

Na busca dos devedores, os procuradores do Banco Central passaram a fazer cruzamentos de informações estratégicas que estão na base de dados cadastrais do próprio BC e de outros órgãos públicos, como Receita Federal, INSS, Secretarias de Segurança Pública e Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior.

"O importante é que se conheça o devedor e que se busquem estratégias eficientes para alcançar o seu patrimônio", diz Isaac Sidney Ferreira, procurador-geral do BC. (...)


Será que o Banco Central contabiliza estes créditos usando a Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa?. Fonte: Aqui

03 fevereiro 2014

Nossa Língua Portuguesa - Rolezinho

A juventude faz parte da paisagem brasileira. Bonita, transada e, sobretudo, conectada, a moçada tem código próprio. Comunica-se pelas redes sociais. Cria ídolos. Bola programas. O mais quente é o rolezinho. Rolezinho? A palavra andava meio esquecida. Mas entrou na moda com força total. A rapaziada combina encontros em shopping centers. São centenas de moços e moças cujo objetivo é se divertir.

Tão surpreendente fenômeno provocou reações. Assustados, lojistas fecharam as portas. A polícia, atônita, partiu pra cima. Resultado: os rolezinhos ganharam manchetes de jornais, rádios e tevês. E, claro, levantaram dúvidas. Uma delas: a pronúncia. A outra: a grafia. A coluna, atenta, joga luz no mundo cinzento do sabe lá o quê.

Como é que se diz?
O Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (Volp), o Houaiss e o Aurélio registram role e role. Mas dão significados diferentes à dupla. Com a palavra, o pai de todos nós:

Rolé: usa-se na expressão dar um role. Quer dizer fazer um pequeno passeio, dar uma voltinha. No diminutivo, mantém o significado. Mas se refere ao vai e vem dos jovens que se reuniam em praças e, agora, nos templos do consumo.

Rolê: a fechadinha vem do francês roulé. Na língua de Descartes, significa enrolado. Daí o bife rolê. Daí também o rolê do capoeirista -- de costas para o adversário, o atleta se desloca pelo chão, agachado, com o apoio de mãos e pés.

Resumo da história: rolezinho joga no time de cafezinho. O e se pronuncia do mesmo jeito -- sem tirar nem pôr.

Com que cara?
A grafia de rolezinho trouxe à tona duas questões. Uma: por que se escreve com z? A outra: por que perdeu o acento? As respostas são velhas como o rascunho da Bíblia, o andar pra frente e as promessas de político. Mas, de tão antigas, parece terem caído no esquecimento. Nem a escola se lembra delas. Pode? Valha-nos, Deus!

A ponte
O prefixo formador de diminutivos é -inho. Pra cumprir o papel que lhe cabe, enfrenta dificuldades. Trata-se do finzinho das palavras:

1. Se o vocábulo acaba com z, o dissílabo nada de braçadas -- cola-se à lanterninha do alfabeto: rapaz (rapazinho), nariz (narizinho), matriz (matrizinha).

2. Se tem s no radical, a moleza continua. Ele junta os trapinhos sem dificuldade: casa (casinha), mesa (mesinha), camisa (camisinha), pesquisa (pesquisinha), tênis (tenisinho), simples (simplesinho).

3. Sem uma coisa nem outra, a saída é pedir socorro. Pra se colar ao radical, o -inho precisa de uma ponte. A língua lhe oferece o z -- conhecida por consoante de ligação: rolé (rolezinho), pai (paizinho), passeio (passeiozinho), trator (tratorzinho), jovem (jovenzinho), jardim (jardinzinho).

Xô, acento
A língua nossa de todos os dias tem três acentos -- o agudo (´), o grave (`) e o circunflexo (^). O grave só se usa na indicação de crase (vou à cidade, trabalha à beça, fiel à família). Os outros dois indicam a sílaba tônica da palavra. É ele, por exemplo, que diz qual a fortona de sábia e sabiá.

Ora, a sílaba tônica de rolé é lé. De rolezinho, zi. Sem função, a alternativa do agudo é meter o rabinho entre as pernas e cair fora. Sobram exemplos: café (cafezinho, cafezal), país (paisinho), lápis (lapisinho), lâmpada (lampadazinha), fósforo (fosforozinho), tênis (tenisinho), vovó (vovozinha), vovô (vovozinho).

Por Dad Squarisi, aqui.

Rir é o melhor remédio



Fonte: Aqui

História da Contabilidade: Stanislaw Kruzynski

No estudo da história existem duas correntes: aqueles que acreditam que a história foi construída por grandes lideranças, personagens marcantes que mudaram o rumo da humanidade; e os que acreditam que a história é fruto de forças sociais, onde a existência de líderes não afetaria o seu rumo.

Nas nossas postagens temos dedicado pouco aos nomes da contabilidade brasileira. Já falamos de Nicolas Gaspar, que não entrou para a história pois “traduziu” Pacioli, menos as partidas dobradas; de Simon Stevin, o primeiro autor em contabilidade pública e responsável pela adotação do método de Veneza no Nordeste; dedicamos uma postagem a João Lessa, um autor do Império; e destacamos Carlos de Carvalho, que foi importante na virada do século XX. Dos nomes mais modernos, falamos de Océlio de Medeiros. Pretendemos ainda dedicar mais postagens a alguns dos grandes nomes da nossa contabilidade.

Na postagem de hoje iremos comentar sobre Stanislaw Kruzynski. Este engenheiro mecânico, nascido na Polônia, estudou na Escola Politécnica de Zurique, na Suiça. Em razão da perseguição política, Kruzynski veio para o Brasil com 25 anos, em 1881. Inicialmente foi morar em São Paulo, mas em razão da expansão da lavoura de café, resolveu estabelecer-se em São Carlos. Tinha sido contrato pelo coronel Paulino Carlos de Arruda Botelho para ensinar seus filhos.

Nesta cidade montou um escritório de contabilidade e, ao mesmo tempo, ministrava aulas do assunto. Utilizava os conhecimentos adquiridos na Europa, particularmente as obras de Marchi, Cerboni, Rossi e Besta. Ou seja, adotava o método das partidas dobradas, além da teoria da personalização das contas ou logismografia. Além de contabilidade, Kruzynski ensinava também direito comercial e matemática.

É interessante notar que residia em São Carlos, no período de 1890 a 1905, Carlos de Carvalho, que era contador-geral do Banco de São Carlos, cujo diretor-presidente era ninguém menos de o coronel Paulino Carlos de Arruda Botelho. Kruzynski tornou-se tesoureiro deste banco. Acredita-se Kruzynski foi fundamental para difundir os conhecimentos teóricos dos grandes autores italianos. Em 1892, o imigrante polonês ajudou na organização da contabilidade na Camara Municipal, sendo que Carvalho era o guarda-livros municipal. A experiência em São Carlos foi tão marcante que, em 1905, Carvalho foi escolhido para fazer a reforma da contabilidade pública do estado de São Paulo.

Certamente Kruzynski não foi o primeiro a ensinar as partidas dobradas. Não sabemos se realmente foi pioneiro na aplicação na área pública. Mas o esquecido Kruzynski talvez tenha tido um papel muito mais relevante do que possamos acreditar.

Conhecer a história de Kruzynski é lembrar da necessidade de estudar o papel que os imigrantes europeus tiveram no desenvolvimento da contabilidade brasileira. Em geral somos levados a acreditar que a contabilidade brasileira foi tipicamente italiana até meados da década de 60. Talvez isto não seja verdade: as empresas de auditoria anglo-saxônicas já atuavam no Brasil desde o início do século XX; e não sabemos qual o verdadeiro papel dos imigrantes no ensino contábil brasileiro. A vida de Kruzynksi lança uma luz da importância deste estudo.

Leia mais:
São Carlos foi berço da ciência contábil. O Estado de S Paulo, ed 28529, 12 de março de 1968, p. 11.

Listas: Os melhores programas de Doutorado de Contabilidade dos EUA

1. BYU
2. Illinois
3. Notre Dame
4. Texas (McCombs)
5. Indiana (Kelley)
6. Pennsylvania (Wharton)
7. Southern California (Marshall)
8. Wake Forest
9. Washington (Foster)
10. Georgia (Terry)

Fonte: Aqui

1. University of Texas--Austin
2. University of Illinois--Urbana-Champaign
3. Brigham Young University--Provo
4. University of Notre Dame
4. University of Southern California
6. University of Michigan--Ann Arbor
7. University of Pennsylvania
8. Indiana University--Bloomington
9. New York University
10. Ohio State University--Columbus

Fonte: Aqui

1. Brigham Young (Marriott)
2. Notre Dame (Mendoza)
3. UC Berkeley (Haas)
4. Cornell (Dyson)
5. Illinois – Urbana-Champaign
6. Tulsa (Collins)
7. Richmond (Robins)
8. Southern Methodist (Cox)
9. Wake Forest
10.Tulane (Freeman)

Fonte: Aqui

1. University of Texas
2. Stanford University
3. University of Chicago
4. University of Michigan
5. University of Illinois
6. University of Pennsylvania
7. University of North Carolina
8. University of Mississippi
9. University of Washington
10. Texas A&M University

Fonte: Aqui

Eike e a Evidenciação

Mesmo após a venda de sua antiga empresa de energia, a MPX, Eike Batista não está livre de problemas que envolvem sua gestão à frente da companhia. A CVM abriu um processo para apurar eventual responsabilidade do empresário no descumprimento de normas da autarquia sobre a divulgação de atos, fatos e informações relevantes para o mercado. O processo foi aberto no final do ano passado, mas nada foi noticiado à época. Somente agora o caso veio à tona, quando Eike solicitou à CVM, nesta quinta-feira (30), que o caso fosse resolvido com um termo de compromisso a ser firmado com o órgão

Fonte: Aqui

Segurança na Aviação

O mapa mostra os treze países que não seguem as normas de segurança na aviação. São classificados como categoria II: Bangladesh, Barbados, Curaçao, Gana, Indonésia, Nicarágua, Paraguia, Suazilândia, Filipinas, Sérvia, Saint Martin, Uruguai e Zimbabwe.

Previsão da Marmota

Quem já assistiu o filme O Feitiço do Tempo (Groundhog Day), com Bill Murray e Andie MacDowell, deve lembrar que se passa no dia da marmota (daí o título em inglês). A cidade está preparada para a previsão da marmota, que informa se o inverno será mais prolongado ou não. É uma tradição que ocorre todo dia 2 de fevereiro desde 1887.

Métodos não tradicionais de previsão são usados de maneira cotidiana. Alguns fazem um certo sentido (por exemplo, associar o comportamento das andorinhas e a chuva próxima), mas outras são meramente superstição. É o caso da marmota: sua porcentagem de acerto é pior que o lançamento de uma moeda.

02 fevereiro 2014

Rir é o melhor remédio


Entrevista: Glauber de Castro Barbosa

O Glauber Barbosa é mestre em contabilidade pela Universidade de Brasília. Enquanto concedia a entrevista o famoso SIAFI resolveu nos boicotar e atrapalhar um pouco, mas mesmo assim conseguimos um bate papo interessante e construtivo.

Blog_CF: Glauber, por onde você anda? Há tempos não o vemos aqui pelo blog.
Glauber: Pois é. Leio o blog todos os dias, mas não tenho tido tempo de contribuir como antes. Atualmente trabalho na Setorial Contábil do Ministério de Educação  – MEC. Aqui somos responsáveis por dar suporte contábil a todas as unidades vinculadas ao Ministério, bem como dar conformidade contábil às operações feitas no Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI, o que possibilita a extração das demonstrações. O início do ano é uma época complicada para os contadores não só na área privada, mas também na pública. Além das atividades que mencionei, também há a análise das demonstrações, mas isso ainda está engatinhando. Aqui a gente respira contabilidade, contudo, indiretamente, pois tudo é feito por meio de sistema (o SIAFI no nosso caso).

Blog_CF: “Respiram contabilidade”. Muito inspirador! Isso quer dizer que vocês também já aderiram as novas normas? Elas já te afetam?
Glauber: Começaram a afetar. Como uma das atividades é dar suporte contábil, nos baseamos sempre nas novas normas (no que já é possível do ponto de vista de sistema). Nessa linha, como o novo plano de contas vai ser implantado em 2015, estamos nos preparando para capacitar todas as unidades. Para isso constantemente participo de seminários, congressos e oficinas ligadas a área pública. A maioria ministrada pela Escola de Administração Fazendária – ESAF.

O mestrado foi essencial para me ajudar a desenvolver a parte de orientação (orientar as unidades), inclusive sou o professor da coordenação. Tenho a missão de ministrar cursos sobre as novidades da área. Outro aspecto que ajudou muito foi na elaboração de manuais, pois que faz um mestrado é treinado a escrever. Isso sem contar as inúmeras outros benefícios que o mestrado traz como o costume de estudar e aprender sempre mais, a vontade de ensinar e passar o conhecimento para frente, a capacidade analítica diferenciada do que aprendemos na graduação, a maturidade e a rede de contatos.

Blog_CF: Você poderia nos falar um pouco mais sobre o sistema utilizado?
Glauber: O SIAFI foi desenvolvido para ser operado na execução da despesa por pessoas sem conhecimento técnico da área contábil e financeira, o que aparentemente é uma vantagem. Claro que sempre nos traz problemas. Esses usuários, por não saberem o que está por trás do sistema, ou seja, as rotinas contábeis, costumam fazer muita lambança, e sobra pra gente quem entende arrumar.

Blog_CF: Que dicas você daria para os alunos que estão hoje na graduação e desejam estar na área pública como você?
Glauber: Aproveitem o curso ao máximo, todas as disciplinas, principalmente as basilares da contabilidade (Gerais e Teoria). Com as novas mudanças na Contabilidade Pública a tendência é que não tenha tanta diferença com a área privada, por isso eu friso novamente: seja muito bom nas matérias basilares, o resto é consequência. Outra dica boa, que pra mim foi importante, é fazer estágio na área. Isso ajuda a aprender, pois vemos na prática tudo o que o professor passa em sala de aula e, as vezes, temos dificuldade em visualizar no mundo real.

Blog_CF: O que você acrescentaria na grade curricular que prepararia melhor os alunos para a vida real?
Glauber: Infelizmente o meu curso foi muito fraco na área de contabilidade pública, o que deveria não ser tão característico já que estudei na Universidade de Brasília. Mas independente do que a sua universidade pode te oferecer, hoje em dia é fácil ter acesso a bons materiais e se aprofundar na matéria que te for interessante ou que você acredite ser importante para o seu futuro profissional. Entendo que as seguintes matérias são importantes para uma boa formação na área pública: Finanças Públicas, Administração Financeira e Orçamentária, Contabilidade Pública e Auditoria Governamental. Caso o seu interesse seja trabalhar como servidor, dê atenção especial a elas.


Diana Nyad: Não desista nunca, jamais.

Na escuridão total da noite, queimada por águas-vivas, engasgando com a água do mar, cantando para si mesma, tendo alucinações... Diana Nyad simplesmente continuou nadando. E foi assim que ela finalmente realizou o seu sonho de vida como atleta: nadar mais de 185 Km, de Cuba à Flórida, em condições extremas, aos 64 anos. Ouça a sua história.

01 fevereiro 2014

Rir é o melhor remédio

Eduardo e Mônica

Fato da Semana

Fato da Semana: O apelo do IFAC pela convergência contábil no mundo atual. O IFAC chamou a atenção para o aumento da divergência de tratamento de diversos países na contabilidade. Isto não se resume somente a questão da adoção das normas contábeis. A entidade lembra que as normas de auditoria e códigos de ética para os preparadores das informações contábeis não estão convergindo. Lembrou o IFAC, como exemplo, a questão do rodízio, onde alguns países estão rejeitando a proposta, enquanto outros estão incentivando sua existência.

Qual a relevância disto? O IFAC é a entidade internacional que reúne os profissionais contábeis. Com 130 membros – o Brasil é representado pelo CFC e Ibracon – sua posição deveria expressar o sentimento dos contadores. Ao apelar para a convergência, o IFAC lembrou que a questão não se resume aos projetos conjuntos Iasb e Fasb, mas também a outras discussões relevantes. Este aumento da divergência pode dificultar a comparabilidade entre os diferentes países e a adoção de experiências bem sucedidas.

Positivo ou negativo? Será que a divergência é ruim? Quando existe a padronização excessiva, isto inibe experiências novas, que podem ajudar no progresso da profissão. Para uma entidade internacional, parece que a busca da convergência em diversos pontos parece ser natural. Mas quando olhamos de maneira mais crítica, a regulação é inibidora da criatividade. Apesar deste ponto, considero que a posição do IFAC foi relevante para chamar atenção para discussão de diversos assuntos relevantes, como o código de ética.

Desdobramentos – O apelo do IFAC pode ter consequências se for considerado, pela própria entidade, como uma “missão”. No curto prazo não deve ter desdobramentos.

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia no nosso blog.

1 – Este país é o maior devedor do mundo na atualidade
Brasil
Estados Unidos
Japão
Rússia

2 – Nesta instituição financeira pública, os dirigentes emprestavam, mas não esforçavam para cobrar
BB
BNB
BRB
Caixa

3 – O governo brasileiro criou uma linha de crédito de R$1,2 bilhão para
Cuba
Escritórios de contabilidade
Pequenas e Médias Empresas
Um curso sobre as IFRS

4 – Este regulador recebeu 3 milhões de dólares para desempenhar suas funções
Fasb
Fundação IFRS
Gasb
IFAC

5 – O valor da questão anterior foi doado por uma entidade sem fins lucrativos de qual país?
China
Comunidade Europeia
Estados Unidos
Japão

6 – O Parlamento Europeu deverá votar uma reforma para as empresas de auditoria relacionadas com
Normatização dos papeis de trabalho
Parecer de Auditoria
Remuneração dos trabalhos
Rodízio nas empresas

7 – A votação deverá ocorrer, segundo previsão, em
2017
Abril de 2014
Dezembro de 2014
Outubro de 2014

8 – A justiça dos Estados Unidos está julgando Jerome O´Hara e George Perez. Os dois são programadores e foram criativos na criação de operações fictícias durante o o escândalo
Da falência da Enron
Da pirâmide financeira de Madoff
Das contas secretas do cartel mexicano
Das hipotecas imobiliárias

9 – Esta empresa está de mudança para os Estados Unidos, mas terá ações em Nova Iorque e Milão
Fiat
Magazine Luíza
Rhodia
Zara

10 – Numa pesquisa da Deloitte constatou-se a preocupação na implantação das normas de leasing. Os executivos citaram as dificuldades vinculadas a área
De Conformidade
De TI
Fiscal
Legal

Respostas: (1) Brasil; (2) BNB; (3) Cuba; (4) Fundação IFRS; (5) Estados Unidos; (6) Rodízio nas empresas; (7) Abril de 2014; (8) Madoff; (9) Fiat; (10) TI.

A importância do microciclo de estudos

Principalmente nesse contexto de retomada do ano, no qual o tema do planejamento de estudos ganha ainda mais importância, um conceito que não pode ser ignorado consiste na ideia do microciclo de estudos. Mas o que é isto?

O microciclo consiste numa unidade de duração do planejamento de estudos.

Para entender o sentido deste conceito primeiramente é necessário entender a diferença entre duração e tempo. A duração corresponde ao lapso temporal que vai do início ao fim da execução do planejamento de estudos, consistindo na diferença em termos de dias, semanas ou meses, entre a data inicial e final dos estudos. Já o tempo tem relação com o quanto se tem de horas para investir nos estudos, ao longo de cada unidade de duração ou de toda a jornada de preparação para o concurso público.

Assim, o microciclo corresponde a uma unidade de duração, podendo ser uma semana, uma quinzena, três ou até quatro semanas. Trata-se, portanto, de uma unidade de duração que o candidato vai definir, para que, de forma seqüencial, repita o clico de matérias estudadas.

Por exemplo, se o candidato define que vai estudar um determinado número de matérias, estabelecendo quando vai estudar cada matéria ao longo da semana, considerando que esta semana de estudos começa na segunda-feira e termina no domingo, de modo que a cada segunda-feira retoma as mesmas matérias, significa que tem um microciclo de 7 dias, começando na segunda e terminando no domingo, coincidindo, no acaso, com o conceito de semana.

Porém, o candidato pode achar que o microciclo de 7 dias é pequeno para ver todas as matérias que pretende ver de forma cíclica, ou seja, a cada micro unidade de duração do seu plano de estudos. Daí pode aumentar esta unidade de duração, por exemplo para 14 dias. Pode ser também que o candidato queira trabalhar com microciclos de 7 dias, mas não começando na segunda-feira, o que não coincide com o conceito formal de semana.

Exatamente para garantir esta flexibilidade existe o conceito de microciclo, não se limitando ao de semana, que é engessado, pois tem 07 dias e começa na segunda-feira terminando no domingo.

Para os candidatos que trabalham em regime de plantão é praticamente impossível trabalhar com uma semana de estudos de 07 dias. Além disto, como a vida destas pessoas só se renova a cada 15 dias ou mais, pelo fato de que dentro de duas semanas tende a existir variações nos turnos de trabalho, fica inviável trabalhar com (micro)ciclos de 07 dias.

Na realidade, quando o candidato define o seu microciclo está definindo o seu tipo de grade de horários e matérias. Na metodologia do Sistema Tuctor, por exemplo, para montar a grade primeiro o candidato define o microcilo, ao informar que dia começa (o seu microciclo) e quantos dias terá. Apenas depois o algorítimo do sistema, juntamente com a reunião de uma série de outros dados, montará a grade de matérias.

Mas uma grande questão importante, que intriga e faz quebrar a cabeça de muitos candidatos, é: qual o tamanho ideal do microciclo?

Para a busca de uma resposta, primeiro é fundamental entender o motivo da definição de microciclos.

Do ponto de vista psicopedagógico e cognitivo, primeiramente, esta definição é importante para que o candidato organize a distribuição das matérias num determinado universo temporal específico e delimitado, como por exemplo uma semana.

Além disto, esta definição vai permitir que o candidato adote o modelo de grade simultânea, com a qual está sempre estudando várias matérias e, de forma cíclica, reiterando o contato com estas matérias. Vale lembrar que este modelo de grade é diferente da grade modular, na qual se estuda uma matéria totalmente e por completo para, em seguida, passar a outra e assim sucessivamente.

Outro aspecto relevante é que esta quebra do plano de estudos em unidades de duração também é importante pela ideia de fragmentar a caminhada do processo de preparação, o que tem repercussões do ponto de vista emocional e motivacional.

Se imagino uma preparação sem enxergar um final ou num prazo muito longo, tendo a me desanimar. Mas se crio condições para enxergar universos temporais menores, como uma semana, esta angústia diminui ou pode acabar. Ou seja, passo a trabalhar com horizontes de curto prazo e visualizáveis.

Esta noção tem suas bases na andragogia, campo do conhecimento centrado na educação de adultos (diferente da pedagogia, centrada na educação de crianças).

Assim, de modo a encontrar o tamanho ideal do microciclo, os seguintes critérios podem ser considerados:

- ser a quantidade de dias suficiente para estudar todas as matérias a cada unidade de duração: ou seja, se em uma semana, considerando as matérias que devem ser estudadas e o tempo disponível, é possível estudar todas as matérias, o microciclo de 7 dias é viável;

- permitir que cada matéria possa ser estudada num tempo mínimo razoável: se apesar de teoricamente ser possível estudar todas as matérias num microciclo de 7 dias, mas algumas matérias não terão mais de 30 minutos para estudo, não faz sentido considerar um microciclo de 7 dias;

- não ser tão longo: se o microciclo for muito longo você irá apurar os seus resultados em termos do que foi estudado depois de muito tempo. E esta falta de feedback pode comprometer a motivação e disposição para os estudos.

Portanto, reflita sobre o prazo de microciclo ideal. Tente racionalizar o seu planejamento de estudo adotando este conceito. E ao mesmo tempo procure contribuir para se manter com a motivação aos estudos elevada.

Por Rogério Neiva, aqui. Imagem, aqui. Enviado por Nina Porto, a quem agradecemos.

31 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio

Um conjunto de fotografias de homens. Veja as fotos e imagine o leitor o que eles estão fazendo...







Esperando as mulheres fazerem as compras

Caráter da Inflação

Gustavo H.B. Franco - O Estado de S.Paulo
Tolos ou excessivamente espertos, sempre existiram os crentes no caráter da inflação. Uns viam um "caráter financeiro", outros um "caráter classista" e ao final do processo surgiram os sacerdotes do "caráter inercial". Diante disso, ficou famosa a penetrante observação feita pelo mestre Mario Henrique Simonsen:
- A inflação brasileira não tem nenhum caráter.
Não se tratava apenas de definir a criatura como macunaímica e peçonhenta, mas de estabelecer que a criatura tinha funcionalidade, pois havia quem lhe enxergasse caráter, mas que não era benigna nem era possível de se manter sob limites.
O desaparecimento da criatura em razão do Plano Real, que fará 20 anos em fevereiro, foi imensamente festejado mas, infelizmente, a criatura retornou, com a mesma falta de caráter, e novamente produzindo discórdia, desconforto e injustiça. Seu retorno foi a convite, a partir da invenção denominada "Nova Matriz Macroeconômica", uma criação da equipe econômica do governo.
Há os que enxergarão exagero nos veredictos acima. Para os que viveram a hiperinflação em particular, há dois sentimentos polares: o de que 5,91% ao ano não é nada, pois era a inflação de um fim de semana naqueles tempos malucos, e portanto não há razão para maiores ansiedades. No outro extremo, prevalece a angústia, pois o organismo econômico brasileiro livrou-se desse vício a muito custo, e pequenas dosagens da mesma droga podem produzir uma perigosa recaída.
É para se preocupar com 5,91% anuais, a inflação acumulada para 2013?
A primeira observação, quase um clichê, é que estamos tratando de fenômeno complexo que está muito longe de se resumir apenas a um número. Uma média pode resultar de extremos muito desagradáveis e assim ocultar mais do que revelar. É comum se usar a analogia médica ao comparar a inflação com a febre e tomar a temperatura desse organismo com um número livre de ambiguidades. Entretanto, como toda analogia, ao simplificar demais o assunto, pode levar a erro em muitos casos, como agora. De muitas maneiras a medição da inflação se parece muito mais com um exame de sangue, com seus inúmeros testes capturando diferentes fenômenos e revelando disfunções de órgãos específicos. Os diversos números desse tipo de exame não se "somam". Seu médico poderá dizer que o HDL está bom, mas não a tromboplastina e a testosterona. E que há um antígeno marcando números estranhos. Sem entender, e angustiado você pede uma nota de zero a dez. Dificilmente o médico dirá um 5,91 ou qualquer número, não é por aí.
Os 5,91% da inflação pelo IPCA-2013 resultam de uma inflação nos serviços pouco inferior a 10% ao ano e de um congelamento branco de tarifas públicas. Péssimas notícias. 10% é muito e o País sabe bem que o congelamento de preços significa encomendar inflação no futuro, com a inevitável arrumação desses preços, sempre de forma amplificada e com as piores repercussões.
O congelamento é propositalmente dissimulado por movimentos que produzem uma inflação de cerca de 1% ao ano no conjunto desses itens, criando uma "inflação reprimida" que, na verdade, equivale à tentativa de aprisionar a inflação na sala de estar, o pior lugar para essa criatura peçonhenta, que vai espalhando sua sujeira pela casa, grafitando as paredes, tirando as coisas de seus lugares e ampliando a confusão.
Por isso, é uma tolice apelar à "desindexação" para justificar esse congelamento. É visível que as autoridades não sabem o que é desindexação, do contrário aceitariam o que lhes pede a Petrobrás para os preços de derivados do petróleo. Qual a lógica de o preço da gasolina, eletricidade e passagem de ônibus não andarem (sobretudo quando todos possuem agendas ampliadas de investimento), a tabela do imposto de renda sofrer correção de 4,5% e o salário mínimo crescer 6,78%?
A indexação (a prática da correção monetária) é assunto muito complicado, e muitos economistas de alentada reputação já meteram os pés pelas mãos nesse assunto. A ligação entre inflação e indexação provoca confusões históricas, como a tese do "caráter inercial" que postulava que a inflação existia por que existiu ontem, ou que a causa da inflação era a correção monetária. Como acima argumentado, era um julgamento tolo, ou excessivamente malicioso, sobre o caráter da inflação.
Obviamente, os planos de estabilização baseados nessas teses insanas todos fracassaram de forma flagrante e humilhante. Mas nem por isso desapareceu a tese de que a indexação era a causa da inflação e não a consequência, tampouco a ideia que falsear a correção monetária serve para moderar a inflação.
Desindexação não é "congelamento", pelo contrário, é liberdade para o sistema de preços cumprir o seu papel de vibrar e orientar as decisões econômicas, ou seja, está mais para a livre contratação de indexação, sobretudo no setor privado.
Nos preços públicos, onde não pode haver a livre negociação, trata-se de equilíbrio econômico financeiro de contratos supervisionados pelo poder público e de honestidade na aferição dos índices. Ao fraquejar nesses princípios, as autoridades introduzem um veneno na economia, que apenas o exame mais detalhado do índice de inflação logra capturar.
Os efeitos do veneno já são muito presentes na corrente sanguínea e a conclusão do hemograma é muito simples: a "Nova Matriz" é um fiasco histórico. Com a política fiscal frouxa, as leis da economia, das quais, infelizmente, não é possível fugir, impõem ao governo a escolha entre mais inflação ou mais juros.
Os argentinos preferiram "nenhum dos dois", e apostaram que uma maquiagem muito pesada em todos os números poderia enganar as leis da economia. É como alterar os valores do exame de sangue, acreditando que isso vai confundir o médico e também as doenças. O fracasso dessa tolice tem sido exposto em cores cada vez piores a cada dia.
No Brasil, estamos utilizando maquiagem, sobretudo nos números fiscais, mas a escolha mais importante foi a de permitir que o Banco Central cumpra seu dever, e portanto, optamos pelo "mais juros". A antipatia pública se volta para a ortodoxia da Autoridade Monetária e assim os políticos responsáveis pela desordem fiscal se afastam das consequências de seus atos. Um clássico, um truque velho e sem nenhum caráter.
*Gustavo H.B. Franco é ex-presidente do Banco Central e sócio da Rio Bravo Investimentos. 

Listas: 6 regras para o sucesso


Six Rules to Success
1. Trust yourself. No matter what anyone else thinks
2. Break the Rules. Think outside the box.
3. Don't be afraid to fail. Don't paralyze yourself with fear of failure. Push yourself.
4. Don't listen to the naysayers. Don't pay attention to those who say you cant.
5. Work your butt off ! Leave no stone unturned. There is no way around hard work.
6. Give something back. No matter what path you take, GIVE BACK to your community and country.



IFAC alerta para a divergência contábil

O IFAC é uma entidade que congrega profissionais contábeis de 130 países, com 179 membros. Esta entidade soltou um comunicado apelando para que os políticos promovam a convergência das normas relacionadas à contabilidade. Isto inclui não somente normas para relatórios financeiros – como o caso o Iasb.

A ausência de convergência poderia estar criando problemas para o crescimento da economia, custos desnecessários e incertezas. O IFAC considera que alguns países estão promovendo a divergência, em lugar da convergência, com respostas específicas. Um exemplo citado pelo IFAC são as Normas Internacionais de Auditoria (International Standards on Auditing, ISAs) e o Código de Ética para os Contadores (Code of Ethics for Professional Accountants).

Explicitamente, o IFAC também comenta o caso do rodízio obrigatório. Enquanto alguns países rejeitaram esta proposta (Estados Unidos e Canadá), outros estão em processo de adoção, como a Europa. O Parlamento Europeu aprovou reformas que tornarão o rodízio obrigatório, com a possibilidade de que cada membro possa usar períodos diferentes para o rodízio, aumentando a divergência.

Leasing: dificuldades com a TI

A contabilidade de leasing está chegando a uma tentativa de convergência, visando trazer para os balanços das empresas a maiorias das operações. Entretanto, as dificuldades são diversas, incluindo a resistências das entidades que estarão sujeitas à norma.

Uma pesquisa realizada pela Deloitte revelou outro aspecto preocupante: os problemas relacionados a TI para implantação da norma. Isto inclui problemas com a qualidade dos dados e adequação dos sistemas.
A pesquisa foi realizada com empresas que estarão sujeitas a nova regra sobre contabilidade de arrendamento (leasing). A grande maioria dos executivos (80%) indicou existir uma grande dificuldade com o novo padrão, não estando preparados para nova norma.

A previsão otimista é que a norma seja aprovada este ano para entrar em vigor após 2017. Ou seja, seriam três anos para reconhecer nos balanços os contratos de leasing com duração acima de 12 meses, usando para isto o valor presente dos contratos.

Os executivos esperam também uma grande influencia nas demonstrações, incluindo o endividamento e o retorno sobre o ativo. A maior influência seria sobre os arrendatários.

Fiat não é uma empresa italiana

Segundo o El País, a Fiat, uma montadora de procedência italiana, passará a ser chamada de Fiat Chrysler Automobiles (FCA). Sua sede legal será na Holanda, embora a sede fiscal seja no Reino Unido, com ações na Bolsa de Nova Iorque (mas mantendo cotação também em Milão). Além disto, a empresa irá mudar seu logotipo. Mas o seu executivo principal, Marchionne, garantiu que a FCA irá manter o centro de desenvolvimento em Turim e fábricas na Itália.

Os programadores de Madoff

Uma das maiores fraudes ocorridas nos últimos anos foi o esquema financeiro de Bernard Madoff. Usando um esquema de pirâmide, Madoff conseguiu enganar reguladores e investidores durante anos. Alguns dos detalhes desta fraude apareceram agora.

Os ex-programadores de Madoff informaram como foram criadas milhares de transações falsas, com datas e registros contábeis, para enganar auditores. Jerome O´Hara e George Perez (fotografia) escreveram vários programas durante as auditorias da SEC, a entidade que fiscaliza o mercado acionário. Os dois programadores estão sendo julgados com participantes do escândalo financeiro de 2008.

No software criado gerava-se documentos aleatórios, com atribuição de transações com entidades bancárias escolhidas e períodos de tempos também escolhidos ao acaso.

Os acusados afirmaram que estavam seguindo ordens e não sabiam que o código estava sendo usado para fraude. Eles se declararam inocentes. Mas a acusação afirma que quando os programadores descobriram que seu trabalho estava sendo usado para fraude, passaram a extorquir mais salários e bônus.

Mais detalhes vide aqui

30 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio

A arte de trollar uma fotografia...


Mão de obra precária

O Estado de S.Paulo

Dois estudos recentes comprovam que já se tornou crônica a escassez de mão de obra qualificada no Brasil, o que pode comprometer ainda mais a capacidade produtiva nos próximos anos. Se nada for feito urgentemente para começar a reverter esse quadro, o País estará condenado a ter por muito tempo ainda o crescimento econômico pífio que apresenta hoje - com efeitos negativos na distribuição de riqueza.

Um dos estudos, elaborado pelo IBGE, indica que as pessoas de 14 anos ou mais que não tinham terminado o ensino fundamental representam 26,9% dos 90,6 milhões de trabalhadores ocupados, segundo dados do segundo trimestre de 2013. Os ocupados com nível superior são apenas 14,9% do total, e os que não dispunham de nenhuma instrução chegam a 5,4%.

Tais números são próximos daqueles que compõem o perfil educacional do País. Dos brasileiros acima dos 14 anos, isto é, em idade de trabalhar, 31,6% não têm o fundamental completo, 10,7% têm o superior completo e 9,4% não têm nenhuma formação.

As informações constam da nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que mostra dados trimestrais sobre emprego. Desde 2012, conforme o levantamento, o número de trabalhadores menos escolarizados diminuiu, mas os indicadores apontam que a escolarização ainda segue sendo muito precária, insuficiente para atender à demanda cada vez maior por parte das indústrias e mesmo dos setores de serviços e da construção civil, que tradicionalmente exigem menos especialistas na hora de contratar.

Outra pesquisa, esta da Fundação Dom Cabral, mostra que 91% das 167 empresas consultadas manifestaram dificuldades para contratar em 2013. Trata-se de uma situação estável em relação aos 92% verificados na primeira pesquisa, em 2010. No entanto, a fundação alerta que cresceu o número de empresas que mencionaram um conjunto maior de profissões com falta de mão de obra. Isso significa que, antes, a escassez de trabalhadores era mais acentuada em apenas alguns setores; hoje, no entanto, a gama de atividades que enfrentam dificuldade para contratação ampliou-se, com a escassez praticamente generalizada.

A pesquisa mostra que a grande maioria das empresas (83,23%) cita a falta de trabalhadores capacitados como a principal dificuldade na hora de contratar, seguida de deficiência na formação básica dos candidatos, com 58,08% das menções. O responsável pelo estudo, Paulo Resende, diz que "os profissionais chegam ao mercado com dificuldades básicas, como fazer contas ou interpretar textos", uma situação que obriga as empresas a "investir cada vez mais em treinamento e capacitação dos seus funcionários, elevando seus custos e, consequentemente, reduzindo a sua competitividade".

O remédio, para as empresas, é reduzir as exigências. A pesquisa indica que 51% das companhias deixam de requerer experiência dos candidatos, enquanto chega a 13% o porcentual de empresas que aceitam empregados até mesmo sem nenhuma habilidade. Mesmo assim, nem todos os cargos são preenchidos, e então é necessário buscar funcionários no exterior. Segundo Resende, o tempo que as empresas levam para contratar e treinar um profissional de nível técnico e superior pode levar até oito meses, algo que também afeta diretamente a produtividade.

A fartura de trabalhadores foi determinante para que, na década passada, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita se expandisse 20%, enquanto a produtividade cresceu apenas 10%. Agora, no entanto, a disponibilidade de mão de obra estreitou-se, e a maior parte dela é despreparada para o necessário salto da capacidade produtiva.

A solução do problema não passa apenas pelo estímulo aos cursos de capacitação técnica - necessários, porém insuficientes, pois seus resultados, em boa parte dos casos, são apenas paliativos. O importante, reitere-se, seria ter investimentos massivos e duradouros em educação básica, cuja precariedade condena o setor produtivo brasileiro à mediocridade.

Listas: Maiores Times de Futebol

Em desempenho:
Em Receita:
(em milhões de euros)

Auditoria na Europa

Está previsto para abril a votação pelo Parlamento Europeu (foto) da reforma no mercado de auditoria. Esta semana a Comissão de Assuntos Jurídicos aprovou a exigência de rodízio das auditorias a cada dez anos. Isto inclui as empresas de capital aberto. A proposta prevê algumas exceções.

Frase



"É possível treinar até um macaco para que ele tenha um MBA"

Bruce Dicksinson, cantor (Iron Maiden), compositor, historiador, esgrimista, radialista, empreendedor, piloto de avião e investidor-anjo.

FAF aporta recursos na Fundação IFRS

Um dos grandes problemas da Fundação IFRS, entidade responsável por promover as normas internacionais de contabilidade no mundo, é o seu financiamento. A Fundação depende de grandes doadores.

Isto provoca um sério inconveniente: a possibilidade de sofrer pressão por parte dos seus financiadores. Recentemente os países europeus solicitaram que as normas contábeis internacionais considerassem, na sua estrutura conceitual, a prudência. E lembraram a grande dependência financeira da Europa por parte da Fundação IFRS. Outro grande grupo doador são as empresas de auditoria. Mas depender desta fonte de recursos pode comprometer a independência da Fundação.

Agora surge a notícia de que a Financial Accounting Foundation (FAF) fez uma contribuição de 3 milhões de dólares para a Fundação IFRS para ajudar o Iasb a completar os quatro projetos conjuntos realizados com o Fasb. Estes projetos é uma tentativa de obter uma convergência na área de reconhecimento da receita, arrendamento, instrumentos financeiros e seguros.

A grande dúvida é como isto irá afetar na negociação das normas que estão sendo debatidas. Como a FAF é a entidade dos Estados Unidos que apoia o Fasb, ao colocar dinheiro na outra parte que está negociando a convergência poderá afetar seu poder de barganha.

Carlsen

Ontem postamos a partida entre o campeão mundial de xadrez, o norueguês Carlsen (foto), e o Bill Gates. Foi um massacre, obviamente, onde Gates fez movimentos de principiante e Magnus aproveitou sua experiência para dar mate rapidamente.

O campeão mundial de xadrez e o maior ranking da história deverá visitar o Brasil para participar do 13º. Torneio aberto Internacional de Xadrez “Festa da Uva”, em Caxias do Sul. Em Caxias do Sul, Carlsen irá jogar uma simultânea às cegas (vários jogos ao mesmo tempo, sem ver o tabuleiro) e um torneio contra Milos, Leitão e Rodriguez, três dos melhores jogadores da América do Sul (os dois primeiros, brasileiros). Depois irá jogar uma simultânea.

Hoje Carlsen começa a disputar o maior torneio de xadrez de todos os tempos, em Zurique, Suíça. Em geral os torneios de xadrez são classificados conforme a média dos rankings dos jogadores participantes. Com seis participantes, o torneio terá uma média de ranking de 2801, sendo classificado como categoria 23 (é bem verdade que a média foi puxada pelos extremos, já que Carlsen possui um ranking acima de 2872 e Aronian, o armênio com segundo melhor ranking do mundo hoje, com 2826).

29 janeiro 2014

Rir é o melhor remédio


Resenha: Contabilidade Tributária

Escrever um livro sobre tributos no Brasil não é tarefa para qualquer um. A quantidade de normas, sua complexidade e constante atualização são obstáculos difíceis de serem vencidos. Por este motivo, temos que enaltecer uma obra de Contabilidade Tributária.

Leonardo José Seixas Pinto, professor da Universidade Federal Fluminense, resolveu enfrentar este desafio. Seu livro está dividido em seis partes. Na primeira, com quatro capítulos, Leonardo trata da tributação sobre circulação e produção. Inclui aqui uma análise do Pis e Cofins, ICMS, IPI e ISS. A seguir, um estudo sobre a tributação sobre o lucro, também dividido em quatro capítulos. A terceira parte trata de assuntos diversos, incluindo juros sobre capital próprio, depreciação, reavaliação e recuperabilidade, leasing, entre outros assuntos. A quarta parte discute os encargos sobre a folha de pagamento. A obra finaliza com uma discussão sobre escrituração digital e obrigações acessórias. Ao todo são 250 páginas de texto.

Considero que esta obra possui duas grandes vantagens que poderão agradar ao leitor. Em primeiro lugar, o texto vai direto ao ponto, sem floreados e discussões inúteis. Em algumas poucas linhas o autor tentar dar conta do recado. A segunda vantagem é a praticidade da obra, com exemplos de cálculos dos tributos e dos lançamentos. Assim, é uma obra indicada não somente para cursos de graduação, como também para profissionais da área.

Diante das características do nosso sistema tributário, onde as normas estão em constante alteração, senti falta de um aspecto: um link para a editora (ou para o endereço do autor) onde o leitor poderia ter acesso às alterações ocorridas na lei. Em lugar de esperar uma nova edição, seria possível acompanhar as mudanças legais. Penso em algo bem simples, sinalizando as partes da obra que merecem um cuidado do leitor. Isto naturalmente não desmerece a qualidade da obra.

Vale a pena? Vale, para os interessados na área.

PINTO, Leonardo José Seixas. Contabilidade Tributária. Curitiba: Juruá, 2013, 2ª. edição.

Evidenciação: A obra analisada nesta resenha foi doada pelo autor.

Se decidir comprar o produto, sugerimos escolher um de nossos parceiros. O blog é afiliado ao seguinte programa:
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Magnus Carlsen x Bill Gates

Semana passada num programa de TV da Escandinávia, Magnus Carlsen, o campeão mundial de xadrez, derrotou Bill Gates num jogo de xadrez rápido em 79 segundos e 9 movimentos. Devia ter apostado uma grana com o homem mais rico do mundo.





Crédito a Cuba

Patrícia Campos Mello
Folha de S.Paulo, 26/02/2014

O governo brasileiro está oferecendo cerca de US$ 500 milhões de crédito por ano (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) para Cuba comprar produtos e serviços brasileiros. Segundo levantamento feito pela Folha, o governo brasileiro desembolsou US$ 152,7 milhões pelo BNDES até setembro de 2013 (foram US$ 220,58 milhões em todo o ano de 2012), mais US$ 221,2 milhões pelo Banco do Brasil.

Disponibilizou ainda uma linha anual de US$ 70 milhões do programa Mais Alimentos Internacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a compra de implementos agrícolas brasileiros. O foco brasileiro em Cuba se traduz nos números –no ano passado, o país de 11 milhões de habitantes, mesma população do Rio Grande do Sul, foi o terceiro maior destino de financiamentos do BNDES para exportação de bens e serviços brasileiros. Recebeu mais recursos do que o Peru, país com PIB de US$ 196 bilhões, quase três vezes maior que o cubano. O BB não forneceu dados para essa comparação.

Listas: 9 erros comuns numa entrevista

Na ordem de importância:

1. Parecer desinteressado

2. Vestir inadequadamente

3. Parecer arrogante

4. Falar negativamente sobre os empregadores atuais ou anteriores

5. Responder um telefonema ou mensagens de texto durante a entrevista

6. Parecer desinformado sobre a empresa ou a função

7. Não apresentar exemplos específicos

8. Fornecer informação pessoal em demasia

9. Perguntar ao gerente de contratação questões pessoais

Fonte: Aqui

P.S. Participei de muitas entrevistas de seleção de candidatos e acredito que esta seja uma boa lista sobre o que não se deve fazer.

Amigo Secreto: E viveram felizes para sempre

Queridos leitores,

Terminamos o amigo secreto e não conseguimos fazer uma postagem final aqui no blog. Mas hoje venho para tentar suprir essa falha.

No fim foi uma brincadeira muito divertida. Achei ótima a oportunidade de me aproximar um pouco mais de blogueiros que eu não conversava antes. Também fiquei feliz ao ver os outros interagindo. Quase como uma mãe que leva o filho para o parquinho e fica satisfeita ao ver a interação social dando frutos. Como foi para vocês?

A história foi assim...

Resolvemos criar uma atividade para mudar um pouco a rotina, apresentar novos blogueiros, incentivar a criação de novas páginas, dar mais cor à contabilidade virtual. Utilizamos uma plataforma exclusiva para o sorteio de amigos secretos on-line, trocamos e-mails com os endereços e sorteamos os nomes. Cada um se virou para escolher o presente, pois evitamos criar listas com pedidos. Achei divertidíssimo ver as pessoas sem saber o que presentear! Rsrsrs

E aí começou. O meu presente para a Claudia Cruz chegou. Depois o dela para a Polyana. O Pedro Correia recebeu um da Poly e presenteou o Alexandre Alcantara, que enviou o dele para o Orleans. Depois de um bom tempo o Marcelo Paulo postou o embrulho que recebeu do Orleans! O professor César ganhou chocolates do Marcelo e enviou um livro para o Augusto. O Vladmir recebeu um presente sem remetente e após sofrermos de curiosidade o Augusto assumiu ser o secreto amigo oculto que procurávamos. Aí o Vladmir enviou um presente musical para o Thiago, que entregou o presente do Felipe em mãos. O Felipe tirou o Vinícius, que me tirou. E todos viveram felizes para sempre! Até a próxima brincadeira, quando mais gente entrar e ficarmos mais loucos que desta vez. Confesso que em alguns momentos fiquei com receio de algumas coisas darem errado. O prazo foi uma delas, mas, independente disso, espero que tenham gostado.

Isabel -> Claudia -> Poly -> Pedro ->
-> Alexandre -> Orleans -> Marcelo -> César ->
-> Augusto -> Vladmir -> Thiago -> Felipe -> Vinícius -> Isabel

Espero que estejam ansiosos para a próxima interação entre nós, contadores, considerados pessoas tão antissociais. Audácia da Filombeta! Pode deixar que estamos aqui para mudar tudo isso. Espero que se junte a nós!

Débitos e Créditos,

Isabel


Participações (confiram os links no nosso BLOGROLL)
Alexandre Alcantara – Blog Professor Alexandre Alcantara
Augusto Cezar Filho – Blog Contabilidade e Métodos Quantitativos
César Tibúrcio – Blog Contabilidade Financeira
Cláudia Cruz – Blog Ideias Contábeis
Isabel Sales – Blog Contabilidade Financeira
Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão – Blog Contabilidade e Métodos Quantitativos
Marcelo Paulo de Arruda – Blog Métodos Contábeis
Orleans Martins – Blog Informação Contábil
Pedro Correia – Blog Contabilidade Financeira
Polyana B. Silva – Blog Histórias Contábeis
Thiago Pena – Blog Métodos Contábeis
Vinícius Gomes Martins – Blog Contabilidade e Métodos Quantitativos
Vladmir F. Almeida – Blog Vladmir F. Almeida

BNB

Mais um exemplo de uso inadequado de dinheiro público

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra o ex-presidente do Banco do Nordeste (BNB) Roberto Smith e mais dez dirigentes pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira. Na ação autuada ontem pela Justiça Federal do Ceará, o procurador da República Edmac Trigueiro acusa os ex-gestores de terem praticado irregularidades na administração dos recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE).

A acusação criminal sustenta que o desfalque nas contas do bancou superou a cifra de R$ 1,2 bilhão. Na denúncia de 97 páginas, o MPF afirma que foram autorizados cerca de 55 mil empréstimos, entre eles alguns repasses milionários a empresários, sem que a instituição tenha feito as cobranças judiciais para reaver os recursos. Desse total, 20,5 mil foram integralmente baixadas, gerando um prejuízo de R$ 832 milhões. Outras 34,5 mil transações foram parcialmente baixadas, causando um rombo de R$ 442 milhões.

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que embasa a denúncia do Ministério Público, constatou que das 55 mil operações auditadas apenas 2.385 tinham autorização para serem cobradas judicialmente. Ou seja, o BNB eximiu-se em reaver os recursos em 95,6% das transações analisadas.

Na denúncia, o procurador argumenta que os crimes contra o sistema financeiro cometidos pela cúpula do banco guardam "certa semelhança" com o caso do mensalão. O órgão está investigando também alguma possível relação entre os dirigentes do banco e os empresários beneficiados com o empréstimo.

A revelação das operações do BNB culminou na queda de Roberto Smith e de outros dirigentes da instituição em meados de 2011. Segundo o procurador, partiu do ex-presidente do BNB "todas as diretrizes para a adulteração dos resultados nos registros contábeis do banco". A reportagem não localizou Smith para comentar a denúncia criminal. Desde o fim de 2011, ele é presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), órgão vinculado ao Governo do Estado.

O Banco do Nordeste informou, por meio de uma nota, que cumpriu todas as determinações do Tribunal de Contas da União, cobrou judicialmente devedores inadimplentes para reaver os valores emprestados e está apurando possíveis irregularidades.

Operação duvidosa. Em setembro do ano passado, o Estado revelou que o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) afrouxou exigências internas e fez empréstimos de R$ 98 milhões, em condições vantajosas, a um frigorífico que pediu recuperação judicial um ano mais tarde, dando prejuízo à instituição. Conforme o plano aprovado pela Justiça, a dívida a ser quitada com o banco foi reduzida a pouco mais da metade (R$ 55 milhões) e os pagamentos foram renegociados em prazos dilatados.

A Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos, do grupo mato-grossense Frialto, obteve aval da área técnica e da diretoria do BNB - na época presidido por Roberto Smith - para sacar os valores entre dezembro de 2008 e maio de 2009. Documentos das operações mostram que o banco identificou dificuldades financeiras na empresa e concedeu os empréstimos mesmo assim.

Na época, o BNB alegou que as operações foram aprovadas pela diretoria colegiada, "tendo tramitado anteriormente por todos os comitês previstos normativamente".


Fonte: Aqui

Diferença de salário entre homens e mulheres

Em diversos países do mundo existem mais mulheres do que homens com diploma de curso superior. Esta é uma tendência que também ocorre no Brasil . Doze por cento da população adulta feminina possui diploma de curso superior, mas somente dez por cento dos homens conseguiram concluir o terceiro grau.

Entretanto, apesar das mulheres terem melhor educação, isto não se reflete no mercado de trabalho. No Brasil, 91% dos homens com curso superior possuem emprego, contra 81% do gênero feminino. Os números da OCDE mostram que esta tendência também ocorre em países menos machistas. Como o diploma superior agrega renda – um brasileiro formado num curso superior recebe 2,5 vezes mais que aquele que completou o ensino médio – isto deveria significar que as mulheres teriam um salário médio maior. Mas isto não ocorre na prática: os homens ainda ganham mais por trabalho equivalente.

Existem diversas explicações para as diferenças entre os homens e as mulheres no momento de receber seus pagamentos mensais. A mais óbvia, a diferença decorre de um passado, onde a mulher era claramente discriminada. Esta diferença pode ter reduzido nos últimos anos, mas ainda não foi suficiente para igualdade salarial.

Uma explicação menos óbvia foi obtida de um experimento apresentado por três pesquisadores. Eles publicaram um anúncio oferecendo emprego. Para metade daqueles que se interessam o salário era fixo, de 15 dólares a hora. Para outra metade, existia uma parcela fixa, de doze dólares, e uma parcela variável, de seis dólares a hora, que seria obtido numa comparação com um colega. Assim, nesta segunda proposta, o valor esperado seria de 15 dólares ou $12 + 50% x $6. Ou seja, ambas as propostas possuíam um valor médio igual, mas a segunda proposta dependeria de uma competição. Ao comparar a aceitação da proposta os pesquisadores encontraram que as mulheres eram menos propensas a aceitar a oferta de competição.

Para os pesquisadores, isto pode ser um sinal de que as mulheres não estão muito interessadas em trabalho onde exista uma competição, ao contrário dos homens. Em outras palavras, mulheres possuem preferência diferente pela competição. Como os salários são resultantes de competição que ocorre no mercado de trabalho, isto poderia ser uma explicação para a persistência da diferença salarial entre as pessoas. Em lugar de preconceito, herança cultural e outras explicações, o experimento parece indicar que parte da diferença decorre das preferências do gênero, que talvez tenha sido marcada ao longo da evolução da nossa espécie. Assim, o esforço no sentido de reduzir esta diferença é de longo prazo.

Leia mais em
FLORY, Jeffrey; LEIBBRANDT, Andreas; LIST, John. Do Competitive Workplaces Deter Female Workers? A Large-Scale Natural Field Experiment on Gender Differences in Job-Entry Decisions, 2010.