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12 agosto 2013

História da Contabilidade Os avanços no início do século XX

A história da contabilidade brasileira apresentou uma grande evolução no início do século XX. Alguns fatos marcantes são listados a seguir:

Criação do Ensino Técnico
A criação da Escola Prática de Comércio Alvares Penteado significou o início do ensino técnico de contabilidade no Brasil. Logo a seguir, a Associação Cristã de Moços cria, durante um breve período, um curso noturno (1). Outras escolas foram criadas a seguir, indicando um crescimento na demanda por profissionais com formação de maior qualidade.

Criação da Revista Brasileira de Contabilidade
Apesar de não ser o primeiro periódico sobre o assunto publicado no Brasil, a criação da Revista representou um fato relevante. Sua periodicidade inicial era mensal e contava com artigos técnicos escritos pelos maiores nomes da contabilidade brasileira do período. Apesar de ser uma publicação paulista, as vendas desta Revista alcançaram outras cidades, como é o caso de Vitória (2).

Estabelecimento das primeiras empresas estrangeiras de contabilidade
Em 1911 já estava estabelecida no Brasil a Ball, Baker, Cornish & Co., uma empresa de contadores certificados londrina, com sede na rua da Quitanda 12, na cidade de São Paulo. Esta empresa abriu uma filial no Rio de Janeiro e em Santos (3). A presença destas empresas é o prenúncio que a contabilidade brasileira passa a sofrer influencia da escola anglo-saxônica, em lugar da escola lusitana, prevalecente mesmo após a independência brasileira (4).

Reunião de profissionais
Nesta época passa a acontecer encontros entre profissionais contadores. Especial destaque a criação do Instituto Brasileiro de Contadores Fiscaes (5) e as reuniões entre os contadores das estradas de ferro, que ocorriam com certa regularidade no período (6). É interessante notar que a congregação de profissionais da área já era comum em outros países, onde no século XIX já foram criadas entidades com esta finalidade.

Fortalecimento de um grupo de profissionais com um perfil mais técnico
Surge um grupo de pessoas com um perfil técnico para o ensino e discussão da contabilidade no Brasil. Estas pessoas começam a serem reconhecidas como especialistas na área, como é o caso de Carlos de Carvalho. Carvalho escreveu diversos livros, publicou artigos na Revista Brasileira de Contabilidade, foi secretário do tesouro do Estado de São Paulo e professor de algumas escolas técnicas.

Adoção das partidas dobradas na área pública
Após experiências iniciais fracassadas no Paraná, o Estado de São Paulo consegue adotar as partidas dobradas (7). Logo após, outras unidades da federação também passam a usar este método, culminando com a opção do governo federal.

Reconhecimento do termo Contadores
Ainda existia uma confusão quanto a denominação da profissão, mas fica cada vez mais evidente que o contador é superior ao guarda-livros. No Almanak Administrativo o verbete de Contadores aponta os termos Comptables, Accountants e Rechnungsfuhrer e indica ao leitor o verbete “peritos de contabilidade” (8). Algumas escolas de comércio passam a conceder o título de guarda-livros para aqueles que fizessem um ano de estudo e de contador para os que completassem dois anos (9).

Além disto, a lei 2.024, de 17 de dezembro de 1908, reforma a lei sobre falências e reconhece a existência deste termo no seu artigo 65.


(1) O Estado de S. Paulo, 21 de dezembro de 1917, p. 5, conforme discurso de Antonio Miguel Pinto, diretor da Escola de Contabilidade Carlos de Carvalho, na formatura de colação de grau dos contadores.
(2) Diário da Manhã, ed. 004, 1917, p. 2, por exemplo.
(3) Jornal do Brasil, 31 de maio de 1911, p. 1. Posteriormente esta empresa juntou-se a Pannell Kerr Forster que, por sua vez, em 2013, foi fundida com a BDO. Ver http://www.icaew.com/en/library/subject-gateways/accounting-history/resources/whats-in-a-name/pannell-kerr-forster. A escolha de Santos como filial decorre a atividade de exportação de commodities, particularmente café, feita por esta cidade.
(4) Em 1913 uma sociedade de Paris, concedeu o título de membro de honra a Carlos de Carvalho, talvez o mais conhecido profissional da área naquela época. Isto é um sinal de troca de informação e experiência com outros países. Vide O Estado de S. Paulo, 8 de agosto de 1913, p. 7. (Curiosidade: fazem cem anos que isto ocorreu).
(5) conforme postagem anterior sobre o assunto.
(6) Vide, por exemplo, Correio Paulistano, 28 de maio de 1915, ed. 18629, p.3. Não tenho notícias precisas sobre os assuntos tratados nestas reuniões, que caberia uma investigação histórica mais aprofundada.
(7) Vide postagem anterior sobre o assunto.
(8) Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial, Rio de Janeiro, 1915, p. 1150.
(9) Este é o caso da Escola de Contabilidade, mais tarde Escola de Contabilidade Carlos Carvalho, localizada na rua Direita. Vide Correio Paulistano, 15 de junho de 1915, ed. 18647, p. 9. Apesar disto, o número de alunos formados nestes cursos era muito reduzido ainda, conforme se pode perceber pela lista de alunos publicada nos jornais da época. Vide, por exemplo, Correio Paulistano, 8 de dezembro de 1915, ed. 18823, p. 6. Nesta mesma edição anuncia-se a mudança do nome da Escola de Contabilidade, homenageando o “emérito publicista e reformador da escripturação publica no Brasil”.

O jurista que calculava

O Jurista que Calculava
 
Artigo de Gustavo Ribeiro* e Ivo T. Gico Jr.** para o Jornal da Ciência


É muito difundida a história do "Homem que Calculava", não só no Brasil, mas nos inúmeros países em que a obra foi traduzida e publicada desde os anos 1930s. Menos conhecido é o fato de o livro ser de autoria de um brasileiro: Júlio César de Mello e Souza, educador e matemático. Júlio, mais conhecido por seu heterônimo, Malba Tahan, buscou despertar nas pessoas o interesse pela matemática ao narrar as aventuras de Beremiz Samir, em sua peregrinação pelas cercanias de Bagdá.

Beremiz, o matemático persa, era reiteradamente exposto a uma série de problemas solucionáveis por suas excepcionais habilidades de contagem visual e memorização, pela aritmética, álgebra e geometria. Forneceu com precisão o número de folhas em uma árvore, de camelos em um pátio e de pássaros em um grande viveiro. Igualmente destacáveis foram suas soluções sobre a divisão de uma herança de trinta e cinco camelos entre três árabes e de como dividir as moedas de ouro recebida por ele e outro peregrino, como recompensa pelo pão dado a um Xeique que agonizava no deserto. De forma singular, Beremiz também defrontou-se com a problemática de como reduzir, pela metade, a pena de prisão perpétua aplicada a um ardiloso contrabandista da época. Tudo com soluções simples e, muitas vezes, contra-intuitivas.

Os juristas de hoje aprenderiam muito sobre o rigor do raciocínio lógico e da necessidade de soluções simples e pragmáticas com Malba Tahan. O herói de outrora não mencionava o direito ou as ciências econômicas, mas as soluções por ele propostas para problemas envolvendo a noção de justiça, escassez e cálculos eram interdisciplinares.

A busca pela Justiça no direito, na tradição jurídica brasileira, não se aproximou de qualquer ciência social, muito menos da economia ou da matemática. As bases morais da justiça e de seu significado encontrariam respaldo nas construções filosóficas (clássicas, da antiguidade, modernas e pós-modernas) ou meramente dogmáticas. Orienta-se a formação dos juristas, nos bancos das escolas, no sentido de evitar quantificar "justiça" ou mesmo de enfrentar escolhas diante de problemas envolvendo recursos escassos. Trazer o domínio das técnicas de outras ciências para o direito, desvirtua-o, diriam alguns, pois deixa clara a necessidade de uma escolha.

Todavia, o direito é, de uma perspectiva mais objetiva e pragmática, técnica que regula o comportamento humano. A economia, por sua vez, é a ciência que estuda como o ser humano toma decisões e se comporta em um mundo de recursos escassos e suas consequências. A Análise Econômica do Direito, portanto, é o campo do conhecimento humano que tem por objetivo empregar os variados ferramentais teóricos e empíricos econômicos, incluindo a matemática e suas modelagens, para expandir a compreensão e o alcance do direito. Visa aperfeiçoar o desenvolvimento, a aplicação e a avaliação de normas jurídicas, principalmente com relação às suas consequências.

Quando um juiz precisa estimar os lucros cessantes e os danos emergentes da destruição de um carro de um taxista por um motorista errante, é óbvio que ele precisará recorrer à teoria econômica para realizar tais cálculos. Aqui o economista, se for o caso, será chamado a se pronunciar na qualidade de perito. Também é óbvio que não é possível discutir ou operar o direito concorrencial e regulatório sem um conhecimento profundo do ferramental microeconômico. Menos óbvio é como a Análise Econômica do Direito pode auxiliar os juristas fora dessas searas.

Para isso é necessário ampliarmos nossos horizontes e buscarmos retorno além do conhecimento jurídico tradicional. A Análise Econômica do Direito, ou simplesmente a Juseconomia, pode nos auxiliar nessa tarefa tão importante quanto difícil de mensurar e estimar o provável impacto de uma medida jurídica. Por exemplo, a Juseconomia proporciona instrumental robusto para se elucidar: de que forma o deferimento substancial de ações individuais sobre o direito à saúde pode levar à própria negação deste direito; o porquê do congestionamento dos tribunais vis-à-vis o instituto da assistência judiciária gratuita; a alegada eficiência, ou não, da norma que autoriza a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, nos casos de execução contra a Fazenda Nacional, a não opor embargos quando o valor pleiteado pelo exequente for inferior a vinte mil reais; ou mesmo, se a (im)penhorabilidade do bem de família do fiador promove (ou não) o direito à moradia. Em verdade, sem maior aporte da Juseconomia, parece-nos que as discussões são não apenas incompletas, mas insuficientes para sua plena compreensão.

Escapa à maioria dos juristas que todo e qualquer direito têm custo e que os recursos são escassos, bem como que as pessoas respondem a incentivos. Decisões são tomadas todos os dias como se o processo flutuasse no vácuo social e afetasse apenas às partes, suas consequências sociais extra-autos, muitas vezes, permanecem desconhecidas. Interpretar é descobrir sentido e decidir é escolher consequências. Estaríamos melhores se essa distinção estivesse clara na mente de todos e que aqueles que decidem tivessem acesso a uma metodologia para auxiliá-los em suas decisões. E é isso que se propõe, que os juristas saiam de suas torres de marfim do dever-ser e passem a discutir, informadamente, o mundo do ser, dos fatos. Em outras palavras, precisamos de juristas que, também, calculem.

*Gustavo Ribeiro é professor do UniCEUB, Brasília, doutor em Direito (Indiana University Bloomington).

**Ivo T. Gico Jr. é professor da Universidade Católica de Brasília - UCB, doutor em Direito (USP) e doutor em Economia (UnB)

Steven Addis: Vínculo entre pai e filha, uma foto por vez

Uma palestra rápida e simples para continuar a homenagear a linda ligação entre pais e filhas.

Muito tempo atrás em Nova York, Steve Addis estava em uma esquina com sua filha de um ano no colo; sua esposa tirou uma foto. A imagem inspirou um ritual anual de pai e filha, no qual Addis e sua filha posam para a mesma foto, na mesma esquina, todos os anos. Addis compartilha 15 estimadas fotografias da série, e explora os motivos deste pequeno, repetitivo ritual significar tanto para ele.

11 agosto 2013

Rir é o melhor remédio


Darryl (pai): Me pergunto se isto é uma ferrari?
Hammie: Não. ë um porta clipes de argila para o seu escritório. Fiz na escola.
Pai: E isso são chaves para a ferrari?
Zoe: Não, é uma carteira de fita adesiva da loja de 1,99.
Pai: Com certeza isto é uma ferrari!
Zoe e Hammie: É uma gravata que tivemos que comprar porque o Wren mastigou a ponta dela na loja!
Zoe: E isto também não é uma ferrari.
Hammie: É uma foto nossa para colocar na sua carteira.
Zoe, Hammie e Wren: FELIZ DIA DOS PAIS!

Wanda (mãe): Quer que eu troque essas coisas por uma ferrari?
Pai: Sem chance!

Baby Blues por Rick Kirkman & Jerry Scott

Angela Patton: Um baile para pais e filhas ... na prisão

Um vídeo emocionante sobre a importância dos pais na vida das meninas de suas vidas.

Através do Camp Diva, Angela Patton ajuda jovens meninas e seus pais a permanecerem ligados e participando da vida uns dos outros. Mas e quanto à meninas cujos pais não podem estar presente -- porque estão na prisão? Patton conta a história de um baile para pais e filhas muito especial.

Nem-Nem-Nem

Cerca de 1,5 milhão de brasileiros entre 19 a 24 anos, concentrados nas faixas mais pobres da população e excluindo donas de casa e mulheres com filhos, nem trabalham, nem estudam e nem procuram emprego e esse perfil tem crescido dentro do total da população jovem do país.

É o que mostra o estudo "Os Nem-Nem-Nem: Exploração Inicial Sobre um Fenômeno Pouco Estudado", da pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Joana Monteiro. Para a especialista, o avanço desse perfil preocupa. A maioria desses jovens, com parcela significativa de baixa escolarização, podem ajudar a elevar o desemprego, caso decidam tentar a sorte no mercado de trabalho, após os 24 anos. "A baixa qualificação limita muito o tipo de trabalho que podem conseguir."

Além disso, o fato de pertencerem a famílias mais pobres, com pouca capacidade de sustentá-los, eleva a probabilidade de se tornarem dependentes do governo, avalia a especialista. Do total de 1,5 milhão, em torno de 46% podem ser considerados pobres, pois vivem em domicílios que estão entre os 40% mais pobres na distribuição de renda, segundo cálculos de Joana.


Os que nem trabalham nem estudam - Alessandra Saraiva - Valor Econômico - 09/08/2013

Amigo do Peito: Feliz Dia dos Pais

Além das famosas broncas e do “espere até o seu pai chegar em casa”, os pais nos ensinam muitas coisas boas. Isso sem contar que são eles que nos deixam, geralmente, fazer as bobagens famosas quando crianças. Como uma cena em que enfio a mão no copo de suco, e decido que essa é a forma mais interessante de beber o líquido (colocando a mão melecada na boca), dentre outras gracinhas que este cinegrafista capturou em vídeo.

Mas, especialmente, por meio de exemplos, aprendi muitas coisas que não consigo descrever aqui. Ele não gostaria. Meu pai é uma daquelas raras pessoas que faz coisas boas e não faz publicidade sobre. Faz o certo, faz a parte dele, mas também ajuda os outros, ameniza o peso de vidas mais sofridas. Já vi chorarem de gratidão por causa de gestos simples (e até cotidianos) de bondade dele. Ele é extremamente correto, honesto e responsável. Uma peça rara nesse mundo de Narciso.

Uma das lembranças gostosas que tenho é de quando viajamos de carro Brasilzão a fora e A Turma do Balão Mágico ressonava no toca fitas. Quando eu estava na escola certa vez apresentamos a música “dia dos pais”. Ela fala “Amigo velho, Eu te amo, demais, Meu velho amigo, Todo dia é dos pais”.

Mas pai, a que deixo hoje para você é uma das minhas preferidas e ainda é com outro participante de nossas trilhas sonoras:



São os sonhos verdadeiros
Quando existe amor
Somos grandes companheiros
Os três mosqueteiros
Como eu vi no filme...

Ao meu amado pai: Feliz Dia dos Pais! E a todos os pais por aqui: que o dia de vocês seja cheio de carinho e amor.

“É tão lindo, não precisa mudar”

10 agosto 2013

Rir é o melhor remédio

Minha vida...

Fato da Semana

Fato: Os efeitos práticos do CPC 38

Qual a relevância disto? Como sabemos, o Brasil optou por adotar as normas internacionais de contabilidade, que são mais flexíveis. Esta flexibilidade é decorrente da própria dificuldade que a entidade reguladora, o Iasb, tem em contemplar os diferentes interesses de mais de cem países do mundo que usam suas regras. Assim, em muitos casos, o Iasb permite que mais de uma alternativa seja adotada.

Ao adotar as normas internacionais de contabilidade, pelo menos parcialmente, o nosso País trouxe parte desta flexibilidade para as nossas demonstrações contábeis. Especificamente, o CPC 38 trata da contabilidade de hedge no Brasil e permitiu um tratamento alternativo para a questão cambial.

Diversas empresas estão aproveitando desta alternativa para gerenciar seus resultados. Nesta semana, duas se destacaram: a Braskem e a Petrobras. Ambas optaram por alternativas que melhoravam seu resultado.

Positivo ou Negativo? - Apesar das empresas estarem dentro das normas, sempre fica a impressão negativa, de manipulação contábil. Para contabilidade, isto não é muito bom.

Desdobramentos – Mais empresas podem adotar estes procedimentos e a punição seria do mercado, com uma redução no preço das ações. Será que isto irá ocorrer? Quando a norma, fica tudo como está no longo prazo.

Outros candidatos ao fato da semana: discutiu-se muito os efeitos do Banco Rural, mas o anúncio da liquidação ocorreu na sexta-feira passada.

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1 – A exportação de jogadores de futebol pode trazer boas divisas para os países da América Latina. O país que mais exporta jogadores é:
Argentina
Brasil
Uruguai

2 – Desapareceram R$156 milhões desta entidade que estavam depositados na Suíça, segundo um texto da Folha de S. Paulo:
Banco Real
Banco Schahin
Vasp

3 – O jornal Washington Post foi vendido para um executivo que possui uma fortuna de 25 bilhões de dólares. O valor da venda corresponde a 1% da sua fortuna
Carlos Slim
Jeff Bezos
Warren Buffett

4 – Este órgão aplicou em cinco anos multas de R$1,2 bilhões, mas arrecadou somente R$19 milhões:
Anac
Cade
CVM

5 – Uma pesquisa realizada na Inglaterra entre contadores mostrou que
Apesar de ganharem menos, as mulheres estão reduzindo esta diferença
Existe uma equivalência no salário dos homens e mulheres
Os homens continuam ganhando mais que as mulheres

6 – O Banco Rural foi liquidado pelo Banco Central. Revelou-se que o passivo a descoberto era de
400 milhões de reais
900 milhões de reais
1,6 bilhão de reais

7 – Ainda com respeito ao Rural, no segundo semestre de 2012 esta instituição perdeu ativos no valor de
400 milhões de reais
900 milhões de reais
1,6 bilhão de reais

8 – Ao inspecionar o trabalho da EY em 2012, o PCAOB encontrou, em 52 trabalhos realizados, problemas em
5
15
25

9 – O custo para fazer um assento para a classe executiva de um avião pode chegar a
8 mil dólares
80 mil dólares
800 dólares

10 – Ao sancionar um projeto sobre corrupção aprovado no parlamento brasileiro, a presidência da república vetou uma punição
Aos políticos eleitos
Aos servidores públicos
As empresas corruptoras

Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 8 ou 7 = prata; 6 ou 5 = bronze

Respostas: (1) Argentina; (2) Banco Schahin; (3) Jeff Bezos; (4) CVM; (5) os homens continuam ganhando mais que as mulheres; (6) 400 milhões de reais; (7) 1,6 bilhão de reais; (8) 25; (9) 80 mil dólares; (10) empresas corruptoras.

Mudança Contábil e Resultado

Gigantes como Petrobras e Braskem puxaram a fila de empresas brasileiras que estão adotando uma nova forma de contabilidade para amenizar a volatilidade de seus resultados devido ao efeito da variação cambial sobre dívidas em moeda estrangeira.

A Petrobras e a Braskem adotaram a chamada "contabilidade de hedge" (ou hedge accounting, em inglês) nos resultados do segundo trimestre. Na esteira, a Vale e a produtora agrícola Vanguarda Agro já anunciaram que vão fazer o mesmo.

O sistema tem como objetivo usar as exportações como proteção contra a variação da dívida em moeda estrangeira, já que a alta em uma linha compensa a queda da outra.

Para isso, o efeito da variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira não é totalmente contabilizada no resultado financeiro da companhia, mas no patrimônio líquido.

Apenas uma parcela da variação da dívida é transferida para o resultado, mas este montante corresponde ao valor que pode ser compensado pelas exportações faturadas naquele período.

"Este impacto é reconhecido de forma escalonada, conforme for compensado pela receita", explica o professor de finanças do Insper, Michael Viriato.

Desta forma, o câmbio não derruba o lucro em tempos de apreciação do dólar, e tampouco favorece os resultados em época de depreciação da moeda norte-americana.

Segundo o professor Fernando Caio Galdi, da Fipecafi, esse recurso reflete de forma mais realista a realidade econômica destas companhias.

"O hedge accounting faz com que a compensação entre passivo e ativo seja refletida de maneira mais adequada na demonstração financeira", disse. Ele acredita que outras exportadoras devem seguir o mesmo caminho, pois contam com uma proteção natural das exportações.

A contabilidade de hedge pode ser usada no Brasil desde 2009, quando foi aprovado o pronunciamento contábil 38 (CPC 38). Até então, apenas instituições financeiras podiam usar este instrumento. Segundo Galdi, o processo para adotar a metodologia é complexo, pois a empresa deve comprovar que o hedge é seguro. "O processo é bastante detalhado e complexo", afirmou.

A Braskem foi a primeira a colher os frutos desta estratégia. A petroquímica teve lucro líquido de US$ 99 milhões no primeiro semestre. Caso tivesse mantido a prática contábil anterior, o resultado registrado seria um prejuízo de R$ 855 milhões, segundo a companhia.

No segundo trimestre, a petroquímica teve prejuízo de R$ 128 milhões, que poderia ter sido muito maior (de R$ 1,08 bilhão) não fosse o novo padrão contábil.

O mesmo efeito deve ocorrer com a Petrobras, que divulga os resultados nesta sexta-feira (09/08). Procuradas pela reportagem, Braskem, Petrobras e Vanguarda não comentaram o assunto.

Para a analista do Banco do Brasil Investimento Carolina Flesch, com a novidade contábil o resultado da petroleira terá maior coerência com o resultado operacional. "Dessa forma, a Petrobras antecipa também os dividendos sobre as receitas a serem obtidas com as exportações futuras", disse em relatório.

A decisão foi bem recebida pelos analistas de mercado porque beneficia a distribuição de dividendos no curto prazo e reduz as oscilações dos resultados. "A volatilidade do lucro líquido deve ser significativamente reduzida sob a nova política", disseram em relatório os analistas do Bank of America Merrill Lynch quando a Braskem anunciou a medida.

Especialistas em contabilidade, no entanto, questionam se o investidor pessoa física, e até mesmo alguns institucionais, conseguirão avaliar a mudança. Outro problema pode ser a quebra de uniformidade das demonstrações financeiras ao longo do tempo.

"Ficará mais difícil comparar com o resultado do ano passado, por exemplo", diz o professor de contabilidade da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Eduardo Flores. Segundo ele, será necessário que as notas explicativas sejam mais detalhadas, afim de que as mudanças sejam avaliadas com precisão pelo investidores.

A Vale deve ser a próxima grande exportadora a adotar a contabilidade de hedge. A companhia disse em teleconferência na quinta-feira que a mudança deve ocorrer em 2014.

No segundo trimestre, o lucro líquido da companhia despencou para R$ 832 milhões, ante R$ 5,32 bilhões no mesmo período de 2012, refletindo perdas contábeis por conta do efeito da valorização do dólar na sua dívida.

Outra que pretende adotar a contabilidade de hedge é a produtora agrícola Vanguarda Agro. Em julho, a companhia disse que começaria a adotar a prática em 1º de agosto.

Mudança contábil ameniza danos cambiais sobre os balanços - Brasil Econômico - Por Natalia Gómez e Juliana Schincariol/ Reuters - 09/08/13

Aqui um texto, em inglês, da Reuters sobre a Vale.

Contabilidade nos clubes

O Valor Econômico (Governo endossa proposta que enquadra cartolas, Caio Junqueira, 09/08/2013) informa que o governo está apoiando uma proposta que altera a gestão dos clubes de futebol e entidades esportivas que recebem recursos públicos. A proposta poderá afetar diretamente a contabilidade destas entidades:

Agora, a divergência é sobre o texto que prevê, por exemplo, mandato de quatro anos para dirigentes, com direito a apenas uma reeleição; presença obrigatória de atletas na direção das entidades esportivas e de clubes; transparência quanto a dados econômicos, como contratos, direitos de imagem, patrocinadores, propriedade intelectual; existência e autonomia de Conselhos Fiscais; controle social interno e acesso irrestrito a todos associados e filiados a documentos e informações relativos à prestação de contas e publicação deles na internet.

Obviamente o texto deverá encontrar resistências no parlamento, onde a bancada da bola é muito forte.

(Cartoon, adaptado daqui)

Hedge e Petrobras

A Petrobras divulga hoje o resultado do segundo trimestre, o primeiro depois de adotada a contabilidade de hedge, regulada no Brasil pelo pronunciamento contábil CPC38. A regra permite minimizar os efeitos da desvalorização do real sobre as dívidas da companhia, que é neutralizada em parte pelas receitas futuras obtidas com exportações alinhadas aos prazos de vencimento da dívida em dólar.

A estatal informou que a nova regra abrange 70% do total de sua dívida líquida exposta à variação cambial que será protegida por 20% das exportações durante os próximos sete anos. A dívida líquida da Petrobras é de R$ 150 bilhões, dos quais cerca de 78% expostos ao dólar. A nova regra aumentou em 15%, para R$ 30 bilhões, a estimativa do J.P.Morgan para o lucro líquido da Petrobras em 2013.

No segundo trimestre, a contabilidade de hedge livrou a Petrobras de um prejuízo de R$ 2,32 bilhões segundo os analistas do banco, que agora se converte em estimativa de lucro líquido de R$ 3,89 bilhões no trimestre. São previstas ainda receitas de R$ 72,12 bilhões e Ebitda de R$ 16,7 bilhões.

Alguns críticos afirmam que a medida ajuda o esforço do governo, maior acionista da estatal, a melhorar suas contas. O resultado positivo é bom para os detentores da ações ordinárias (ON), que receberão mais dividendos.

Outra crítica é que a Petrobras é importadora líquida de derivados, que ainda são vendidos no Brasil com defasagem. E a nova regra não vai evitar o efeito da desvalorização do real sobre o custo operacional, considerando gastos com serviços e materiais que são pagos em dólares, não em reais.

Como ressaltaram os analistas Caio Carvalhal e Felipe dos Santos, do J.P.Morgan, quando a regra foi anunciada, no longo prazo a nova contabilidade é neutra e não se traduz em perdas ou ganhos para a companhia. Os analistas estão pessimistas com a produção da Petrobras, que deve fechar o ano em torno de 1,8% abaixo da meta.

Em relatório para clientes do HSBC, Luiz Felipe Carvalho e Filipe Gouveia, calculam que a nova contabilidade trará impacto imediato de R$ 4,1 bilhões no lucro trimestral da Petrobras, ajudando também a pagar dividendos. Mais crítico, o HSBC avalia que a nova contabilidade, que considera oportunista, trará resultados confusos e com menos visibilidade.

Entre os itens mais importantes para se observar na Petrobras, o HSBC aponta a política de preços de combustíveis, que mantém defasagem de 22% no preço da gasolina e 18% no diesel em relação ao mercado internacional. E ressaltam que a manutenção dessa política deverá causar perdas de R$ 15,6 bilhões no segmento de refino em 2013.

O Itaú BBA espera lucro de R$ 4,9 bilhões, receitas de R$ 72,15 bilhões e Ebitda de R$ 16,7 bilhões. As projeções do Deutsche são ligeiramente menores: receita de R$ 69,246 bilhões, lucro de R$ 4,69 bilhões e Ebitda de 16,33 bilhões. A corretora Planner vê piora no desempenho do trimestre, com queda da rentabilidade operacional, aumento da despesa financeira e aumento das vendas de combustíveis. Por isso prevê receitas de R$ 76,46 bilhões e lucro de apenas R$ 3,058 bilhões.


Nova regra contábil evita que a Petrobras tenha prejuízo - Cláudia Schüffner - Valor Econômico - 09/08/2013

Caça ao efeito Eike

A temporada de balanços e teleconferências de bancos deste segundo trimestre teve um ingrediente adicional: a caça a eventuais estragos deixados por empréstimos concedidos às empresas do grupo EBX, controlado por Eike Batista.

A busca - que não é uma tarefa fácil, por causa do sigilo bancário - encontrou vestígios. Mas nada que tenha abalado os gigantes do sistema financeiro local.

Embora as empresas X não tenham atrasado o pagamento de seus empréstimos (até onde se sabe), os bancos são obrigados a constituir provisões para perdas mesmo antes disso, em caso de evidências da piora da qualidade de crédito de cliente.

Indo além dos releases de resultados (onde costuma parar a maioria dos investidores) e fazendo uma leitura detalhada de notas explicativas e dos relatórios de administração completos, foi possível notar uma piora nas carteiras voltadas para grandes empresas tanto do Itaú como do Bradesco, tidos como os mais expostos ao grupo EBX.

No caso do BTG Pactual, a constituição de provisões no segmento de empréstimos corporativos não teve qualquer alteração. E os executivos disseram abertamente que "não esperam eventos negativos vindos do grupo EBX" que possam ter impacto no balanço da instituição.

Segundo o BTG, sua maior exposição está na MPX, empresa de energia, que tem a melhor estrutura de capital entre as companhias X e que tem agora a alemã E.ON como maior acionista, dividindo o controle com Eike. Olhando o histórico recente das provisões do BTG, o principal movimento relevante de piora da qualidade de crédito ocorreu no terceiro trimestre do ano passado, quando a carteira com rating "E", que exige provisão de 30% do saldo, subiu de R$ 71 milhões para R$ 536 milhões. Contudo, não é possível identificar o motivo.

O Itaú não foi tão direto quando o BTG sobre Eike Batista. Disse apenas que o aumento de 39% das despesas com provisões para perdas em empréstimos no banco de atacado (que reúne operações com grandes empresas) ante igual trimestre do ano passado, para R$ 1,02 bilhão, não se deve a um risco sistêmico, mas a "casos específicos".

Analistas ficaram intrigados com uma reclassificação de rating feita pelo Itaú, que moveu cerca de R$ 30 bilhões da carteira com nota de risco "A", que exige provisão de 0,5%, para a carteira "AA", a mais alta, que não exige nenhuma provisão. O efeito da mudança seria positivo em R$ 150 milhões no resultado.

Embora não tenham sido explícitos nas perguntas, analistas e investidores queriam saber se a melhora na avaliação de parte da carteira de crédito teria sido feita para anular a deterioração de outra parcela do portfólio, esta ligada às empresas de Eike Batista. Mas o Itaú garantiu que não.

O diretor de relações com investidores do banco, Rogério Calderón, disse ao Valor que foi feito "um aprimoramento no sistema de avaliação das garantias" nas linhas de financiamento de veículos, crédito imobiliário e empréstimos para pequenas e médias empresas. Nos casos em que o valor atualizado da garantia superava o saldo a receber, houve uma elevação do rating. Quando o colateral estava inferior ao valor registrado no balanço, houve rebaixamento.

Embora admita que a migração dos R$ 30 bilhões para o rating "AA" teria efeito positivo no resultado, Calderón ressalta uma mudança de aproximadamente R$ 900 milhões do rating "D" para o "E", que teve efeito contrário e praticamente anulou o impacto. Nesse caso, de "D" para "E", a provisão precisa subir de 10% para 30% do valor total, com impacto negativo de R$ 180 milhões. "O efeito total líquido, considerando essas e outras reclassificações menores, é imaterial", disse ele.

No caso do Bradesco, foi possível notar um aumento de R$ 2,4 bilhões entre março e junho nas operações com nota "D", que exigem provisão de 10%, dentro da carteira de grandes empresas. Em junho, esse rating passou a representar 2,5% do total de empréstimos para o segmento corporativo (que costuma ter inadimplência baixa), ante uma fatia de apenas 1% em março e que costuma se manter abaixo disso.

Chama atenção que o Bradesco, assim como o principal rival, também fez uma reclassificação que fugiu ao padrão histórico nas notas de crédito de alguns empréstimos no segundo trimestre. Houve redução de R$ 7 bilhões nas operações com rating "C", e de outros R$ 4 bilhões com nota máxima "AA", enquanto subiram os empréstimos com notas "A", "B" e "D".

Em nota, o diretor executivo do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, disse que a qualidade dos ativos é avaliada mensalmente e que tanto operações específicas como grupos de operações "têm seus riscos agravados ou melhorados, conforme as novas informações que estão sendo capturadas no mercado, ou mesmo pelo aprimoramento das nossas ferramentas de análise". Segundo ele, "o efeito líquido em resultados desses procedimentos foi irrelevante".

Caça a "efeito Eike" nos balanços encontra apenas vestígios - Fernando Torres - Valor Econômico - 09/08/2013

09 agosto 2013

Rir é o melhor remédio

Rodízio de auditoria

O custo de um assento de um avião: classe executiva



O vídeo é do jornal de New York Times (via aqui), sobre assentos da classe executiva. O custo de um assento num avião pode chegar a 80 mil dólares. Existe um desenho exclusivo, além da agregação de conforto para o passageiro.

Animais de estimação mais gordos

Uma pesquisa de 2011 (via Marginal Revolution) verificou a evolução do peso de uma população de 12 animais de 8 espécies diferentes que vivem no ambiente humano. A conclusão: os animais estão ganhando peso.

Um exemplo: gatas aumentaram o peso em 13,6% numa década, enquanto os machos tiveram um aumento de 5,7%. Bem maior que a taxa dos cachorros: 3% para os machos e 2,2% para fêmeas.

O aumento de peso ocorreu também com animais como ratos.

Recurso contábil e o resultado da Braskem

A petroquímica Braskem reduziu prejuízo líquido no segundo trimestre para R$ 128 milhões, tendo evitado perda bilionária ao adotar recurso contábil de classificar parte de seus passivos em dólar como hedge de suas futuras exportações.

O prejuízo de abril a junho de 2013 ficou abaixo do resultado negativo de R$ 1,033 bilhão registrado um ano antes, e segundo a empresa, caso a operação de hedge não tivesse sido adotada, as perdas seriam de R$ 1,082 bilhão. No primeiro trimestre, a maior petroquímica da América Latina teve lucro de R$ 227 milhões.

A Braskem anunciou em julho que havia decidido classificar, a partir de 1º de maio, parte de seus passivos em dólar como hedge de suas futuras exportações em estratégia semelhante à adotada pela Petrobras.

O resultado da estratégia permitiu à companhia reduzir fortemente o impacto contábil negativo da desvalorização de 10% do real frente ao dólar para R$ 126 milhões. "Caso essa prática não tivesse sido adotada, esse impacto no resultado financeiro da Braskem teria sido negativo em R$ 1,5 bilhão", informou a companhia no balanço. (...)


Recurso contábil ajuda Braskem a cortar prejuízo - Brasil Econômico - Por Roberta Vilas Boas e Alberto Alerigi Jr./Reuters
08/08/13

Computador mente

Trabalhos o dia inteiro com um computador que pensamos que ele é infalível. O alemão David Kriesel descobriu que um WorkCenter da marca Xerox não estava reproduzindo os valores constantes do documento original; estava criando novos números. Kriesel concluiu que a técnica de compressão de imagem utilizada estava fazendo a troca.

Depois da descoberta de Kriesel, a empresa Xerox está tentando corrigir o problema. Mas o caso chama a atenção para erros cometidos por máquinas. Em razão da necessidade de aumento na velocidade dos softwares, a qualidade tem sido comprometida por atalhos realizados na programação.

Outro caso, relatado pela Quartz, refere-se a saída de supercomputadores usados na previsão do tempo. Os resultados, uma pesquisa concluiu, são afetados pelos softwares que usam. A forma como os programas lidam com os erros de arredondamento podem comprometer a previsão da meteorologia.

Informações privadas

Cientistas convenceram 58.466 voluntários que utilizam o Facebook nos EUA a responder centenas de perguntas pessoais sobre assuntos particulares, como consumo de drogas e álcool, religião, política, preferencias sexuais, fidelidade conjugal e vida familiar. Além disso, o QI desses voluntários foi medido e suas características psicológicas foram determinadas. Também foram coletados todos os "likes" difundidos por cada um desses indivíduos.

Depois, os cientistas correlacionaram o conteúdo dos "likes" às características individuais, construindo enormes tabelas que relacionavam as características pessoais com os termos associados aos "likes". Descobriram que a palavra "dança" é mais escolhida por pessoas extrovertidas e "videogames", por introvertidos. Que "Harley-Davidson" está levemente associada a um QI baixo e "tempestades", a pessoas com QI mais alto. Foram feitas associações desse tipo com milhares de palavras para cada uma de dezenas de características. Muitas delas parecem óbvias, mas outras, como batata frita estar associada a pessoas de QI mais alto, Hillary com pessoas que têm muitos amigos e Yahoo com mulheres heterossexuais não são tão óbvias.

Feitas as associações entre palavras ou frases e características pessoais declaradas, os cientistas construíram um modelo matemático que usa os "likes" públicos para descobrir informações privadas. Cada uma das associações por si só não tem um alto poder preditivo (eu uso o Yahoo e não sou uma mulher heterossexual), mas, quando analisadas em conjunto, são capaz de fazer previsões precisas sobre comportamentos e características individuais.

Os resultados mostram que é possível, usando só os "likes" de um usuário do Facebook, saber seu sexo, idade, preferencia sexual, se é emocionalmente estável, seu QI, se fuma, bebe ou se droga, se é democrata ou republicano, se seus pais se separaram antes dele ter 21 anos, se é fiel, e dezenas de outros atributos pessoais. A previsão é mais confiável quanto mais a pessoa dá "likes". É claro também que o grau de confiança nessas previsões com o tema avaliado. Além disso, a previsão só é possível para os usuários americanos do Facebook, pois as associações dependem da cultura de cada país.

Os pesquisadores publicaram os resultados e criaram o site www.youarewhatyoulike.org, em que você pode logar com sua identidade no Facebook. Usando os dados de seus "likes", o site prediz suas características. Todos que usaram dizem que o resultado é impressionante.

Esses resultados demonstram o que muita gente suspeitava. A cada clique, deixamos vazar um pouco de nossa intimidade. Como fazemos isso dezenas de vezes por dia, ao longo de muitos anos, basta estatísticos competentes e um computador para juntar todas essas microdicas e, com elas, descobrir informações que guardamos a sete chaves tentando preservar nossa intimidade.


Como Deixamos vazar informações privadas - FERNANDO REINACH - Estado de S. Paulo - 27 de julho de 2013, p. A21

MAIS INFORMAÇÕES: PRIVATE TRAITS AND ATRIBUTES ARE PREDICTABLE FROM DIGITAL RECORDS OF HUMAN BEHAVIOR. PROC. NAT. ACAD. SCI. VOL. 110 PAG. 5802 2013.

Qualidade das empresas de auditoria 2

Publicamos anteriormente um ranking da qualidade das empresas de auditoria. Agora, a notícia que a EY piorou seu desempenho em 2012 nos Estados Unidos.

No relatório do PCAOB (via Compliance Week), ao inspecionar 52 trabalhos da EY, a entidade encontrou problemas sérios em 25 deles. Um percentual próximo aos 50%. Em 2011 era de 36% e em 2010 de 21%. Já a Deloitte o desempenho tem melhorado: era de 45 % em 2010 e passou para 42% em 2011.

Abbey Road

Há 44 anos foi tirada a foto dos Beatles atravessando Abbey Road. Aqui uma câmera ao vivo da rua.

08 agosto 2013

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Qualidade na auditoria

Anthony Catanach, de Grumpy Old Accountants, discute a proposta de um novo relatório de auditoria (ou parecer de auditoria, como queiram). Para o autor, a proposta é uma distração para problemas mais estruturais. Além disto, um relatório expandido, como parece ser o objetivo final, poderá diluir a responsabilidade.

Um relatório recente, citado por Catanach, informa que as grandes empresas de auditoria, denominadas de Big Four ou Big Four Accounting (BFA) obtiveram 12,3 bilhões de dólares na atividade de auditar 6.308 empresas durante do ano de 2012. Isto significa um valor médio cobrado de quase 2 milhões de dólares. A tabela a seguir mostra empresas que tiveram problemas durante a crise de 2007, a empresa de auditoria e o valor obtido com os serviços:






Frase

Sobre a proposta de mudar o relatório de auditoria:

A questão não é o relatório de auditoria ... é a auditoria!

Anthony Catanach - Grumpy Old Accountants. Cartoon adaptado daqui

A volta do sistema Price

A tabela Price está de volta ao crédito imobiliário brasileiro. O sistema de cálculo de parcelas, que garante uma prestação constante durante todo o financiamento, já foi onipresente nos empréstimos da casa própria no país, mas caiu em desuso de uma década para cá. Os problemas jurídicos e a percepção de que as carteiras de crédito originadas por esse modelo tendiam a ter mais inadimplência afastaram os bancos da Price. No lugar, entrou o sistema que prevê parcelas maiores no começo do contrato e decrescentes ao longo do tempo.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, porém, resgataram a tabela Price do ostracismo. Os bancos retomaram o uso da tabela, ainda de forma incipiente, no programa de financiamento habitacional do governo, o Minha Casa, Minha Vida. A vantagem de ressuscitar a tabela Price, que tem agradado às incorporadoras, é que a metodologia facilita enquadrar quem tem renda menor nas regras do programa. Também aumenta o poder de compra de quem já estava habilitado a participar e que passa, por isso, a ser capaz de financiar imóveis mais caros.

De acordo com cálculos da Associação Brasileira das Incorporadoras (Abrainc), considerando um imóvel de mesmo valor, a renda necessária do tomador para um financiamento pela tabela Price é 35% menor do que se o crédito fosse concedido seguindo o Sistema de Amortização Constante (SAC), a metodologia mais comum no crédito imobiliário hoje.

A razão é a diferença entre os valores máximos da prestação mensal em cada sistema. Como o SAC conta com uma parcela maior no começo, fica maior também a renda exigida do tomador. Ne regra do SAC, a parcela mensal vai caindo ao longo do contrato, uma vez que a fatia de amortização do principal é constante e os juros, decrescentes. (...)


BB e Caixa reabilitam tabela Price para o crédito - Valor Econômico - 07/08/2013

Vídeos sobre Orçamento Público

Por Claudia Cruz do blog Ideias Contábeis

Olá amigos leitores, seguidores, acompanhantes do Blog e contadores desse Brasil,
Seguem os links de uma série de vídeos sobre Orçamento Público disponíveis no site do Senado Federal (Isso mesmo, no Senado... Tem muita informação útil na web que a gente não aproveita, muitas vezes por desconhecer a existência!).


A série de vídeos apresenta em uma linguagem simples como o governo planeja suas receitas e despesas, a partir dos três instrumentos de planejamento governamental previstos na nossa Constituição (Plano Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA)


Os vídeos também podem ser acessados pelo Youtube!


Série de vídeos Orçamento Fácil: http://www12.senado.gov.br/orcamentofacil


Ou no Youtube:
Vídeo 1 - A série de animação desenvolvida pelo Senado sobre orçamento público:
 http://www.youtube.com/watch?v=Bs4hs8tfVHI

Vídeo 2 - Importância do orçamento - Tributos: impostos, taxas e contribuições:
http://www.youtube.com/watch?v=u37F1fBwvEU

Vídeo 3 - Sistema orçamentário brasileiro ( leis orçamentárias ): PPA, LDO e LOA:
http://www.youtube.com/watch?v=OKsr6mdR1bc

Vídeo 4 - O que é o PPA - Plano Plurianual - Orçamento Público:
http://www.youtube.com/watch?v=hG1Vd_SsgCc

Vídeo 5 - Elaboração e aprovação do PPA ( Plano Plurianual ) do Governo Federal:
http://www.youtube.com/watch?v=IeFch6LTb2c

Vídeo 6 - O que é a LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias - Processo Orçamentário:
http://www.youtube.com/watch?v=Q66ZSkBLKr0

Vídeo 7 - Elaboração e prazo de votação da LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias:
 http://www.youtube.com/watch?v=c1-7KkcxHUI

Vídeo 8 - O que é LOA Lei Orçamentária Anual - Receitas e Despesas Orçamentárias:
 http://www.youtube.com/watch?v=CWUNV7wOwYo

Vídeo 9 - Elaboração da LOA, Lei Orçamentária Anual - Planejamento Orçamentário:
 http://www.youtube.com/watch?v=hdbAbKafuTU

Vídeo 10 - Despesas públicas: obrigatórias e discricionárias - Gastos do governo:
 http://www.youtube.com/watch?v=g7Xyk5sSnIU


RAP da LDO: 


07 agosto 2013

Rir é o melhor remédio

Belos passos de dança:

O Fim do Banco Rural

A liquidação extrajudicial do Banco Rural parece que aconteceu tardiamente. O Banco, com agência em 19 estados, tinha em torno de 600 funcionários. A liquidação revelou uma instituição com um passivo a descoberto de 400 milhões de reais. Segundo revela o Valor Econômico (Insolvente, Rural é liquidado pelo BC, 05/08/2013, Alex Ribeiro, Marcos de Moura e Souza e Carolina Mandl) o Banco Central determinou que o Rural provisionasse pagamento futuros de tributos que já tinham decisões judiciais, com valor estimado de 1 bilhão. E que reduzisse em 200 milhões créditos tributários, que dependiam da existência de lucro operacional, improvável para uma entidade em dificuldades.

Um comparativo feito pelo mesmo jornal (Banco Rural encolhe após envolvimento no mensalão, Talita Moreira e Carolina Mandl, 05/08/2013) mostra o encolhimento da entidade. Em 2004 o volume de empréstimos era de 3,5 bilhões, que caiu para 1,5 ao final de 2005, junto com a denúncia da participação no mensalão. Em 2007 era 806 milhões. Recentemente tinha recuperado, mas não o suficiente para salvar o banco.

Entre junho de 2012 a janeiro de 2013 o Banco Rural teria perdido 1,6 bilhão em ativos e 900 milhões em depósitos, revela o jornal O Estado de S Paulo (Rural perdeu 26% em ativos após início do julgamento do mensalão, Eduardo Cucolo, 05/08/2013). Os problemas do Rural refletiram no número de agências, que reduziu de 84 para 28, e no número de funcionários, de 2 mil para 600. Conforme afirma o jornal, “Mesmo assim, o banco conseguiu sobreviver por quase oito anos”. O julgamento do mensalão levou a condenação de três dirigentes do Banco Rural, uma crise de confiança, perda de depósitos e aumento no custo do dinheiro.

Mas não foi somente o mensalão que foi responsável pelos problemas do Banco. O jornal Estado de S. Paulo lembra que o Banco Rural foi condenado há um ano em 100 milhões de reais referente a dívidas trabalhistas de Wagner Canhedo (ex-Vasp), por ter ajudado o empresário a ocultar patrimônio. E teve bens bloqueados no caso da PEtroforte, pois teria prejudicado credores da empresa.

Diante de tantos problemas e escândalos a questão é saber como conseguiu sobreviver durante tanto tempo. Ou, qual a razão do atraso do governo em tomar uma medida contra esta instituição. O Valor Econômico indica, numa análise errônea no meu ponto de vista, que o Governo ganha com o fim do Rural (Governo ganha com fim de banco ligado a escândalos, Raymundo Costa, 05/08/2013).

Com a liquidação do Banco Rural, o governo da presidente Dilma Rousseff livra-se de uma batata quente, talvez a última a ligá-lo com o esquema do mensalão.

Custo de uma pizza

Um vídeo legal sobre o que compõe o preço de uma pizza no Brasil. Para usar em sala de aula de custos e discutir algumas afirmações do mesmo.

Provisão, Contingência e Accruals

A provisão é um passivo com quantia ou data de vencimento incerta. A contingência é um passivo que será confirmado por um acontecimento posterior.

As provisões derivadas de apropriações por competência (accruals), são caracterizadas como obrigações já existentes, registradas no período de competência, em que não existe grau de incerteza relevante - já se caracterizam como passivos genuínos e não devem ser reconhecidos como "provisões".

Por exemplo: férias e 13o salários devidos aos funcionários, bem como os respectivos encargos sociais, os dividendos mínimos obrigatórios propostos, as gratificações e participações devidas aos empregados e administradores, as participações de partes beneficiárias e outros. Esses devem ser contabilizados como "férias a pagar", "13o a pagar", "encargos sociais a pagar", "dividendos a pagar" etc.


NIYAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
IUDICIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 2010.

Diferença de Salário

Uma pesquisa do IMA, da Inglaterra, mostrou que a diferença de salário entre o homem e a mulher na contabilidade é de 78%. A menor diferença ocorreu em 2006, com 80%.

Ou seja, se um homem recebe R$100.000, a mulher irá receber 78.000.

Qualidade das empresas de auditoria

A lista a seguir é bastante interessante. O PCAOB é a entidade dos EUA responsável pela supervisão da qualidade das empresas de auditoria. Segundo esta entidade, o índice de erros das empresas de auditoria fiscalizadas é o seguinte:

1. KPMG -- 22.6%
2. EY -- 35.7%
3. BDO -- 39.1%
4. Grant Thornton -- 40%
5. PwC -- 41%
6. Deloitte -- 42.3%
7. McGladrey -- 50%
8. Crowe Horwath -- 61.5%

A empresa Crowe Horwath recebeu o título, nada honroso, de pior empresa de auditoria. A KPMG apresentou menor taxa de erro, num índice bem distante dos demais.

Compras on-line e congestionamento

Por um lado, comprar a maioria dos produtos na Amazon poderia reduzir o congestionamento e o uso do automóvel, uma vez que você não está fazendo tantas viagens para a loja como você costumava fazer. Por outro lado, as entregas da Amazon pode ter aumentado o congestionamento, colocando mais caminhões da UPS na estrada e, ao mesmo tempo, liberando você para viajar por outros motivos.

Leia mais aqui

06 agosto 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

CVM Multa, mas não arrecada

O chinês naturalizado brasileiro Chao En Ming chega diariamente à tarde para trabalhar na Solidez CCTVM, em São Paulo, corretora que criou em 1992. Médico de formação, profissão que exerceu por 15 anos, Chao especializou a corretora em negociação de ações na Bolsa de Valores e de títulos públicos e privados. Essa seria apenas mais uma história profissional no mercado financeiro se, em agosto do ano passado, Chao não tivesse sido condenado à inabilitação temporária, pelo período de dez anos, por uso de práticas “não equitativas” — termo que significa favorecer irregularmente clientes de uma corretora ou a si próprio, em detrimento de outros. O processo administrativo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi aberto em 2006, relacionado a supostas irregularidades envolvendo a Fundação de Assistência dos Empregados da Companhia Energética de Brasília (Faceb) entre 2001 e 2003, e julgado apenas em agosto do ano passado.

Chao recorreu contra a decisão ao Conselhinho, como é chamado o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN), ligado ao Ministério da Fazenda, o que suspendeu a inabilitação até o julgamento, sem data para ocorrer. Chao, claro, está em seu direito de recorrer até a última instância e provar sua inocência. Seu caso, porém, ilustra um problema que afeta o mercado financeiro e de capitais brasileiro: a morosidade dos trâmites de processo administrativo, o que se reflete não apenas nas inabilitações, mas também em pagamento de multas.

Desde 2008, a CVM puniu com inabilitação — pena aplicada apenas para casos julgados graves ou de reincidência de irregularidades dos envolvidos — 24 pessoas e empresas que atuam no mercado financeiro, entre administradoras de carteiras, administradores de empresas e conselheiros. Um levantamento mostra que 15 deles recorreram contra a decisão no Conselhinho, o que implica a suspensão automática da punição até o novo julgamento. Uma parte segue atuando no mercado. Já o número de absolvições no período chegou a 878.

De acordo com Daniel Tardelli Pessoa, sócio do escritório Levy & Salomão Advogados, mesmo nos casos de inabilitação em que o punido não recorre, o administrador pode simplesmente passar a atuar numa empresa de capital fechado, que não está sob a área de fiscalização da autarquia.

— Claro que é um direito de se recorrer das decisões. E inabilitar alguém de praticar sua profissão é algo muito sério. Mas muitos vão discutir o resultado de seus processos até no Judiciário. Isso coloca o órgão regulador num papel menor do que poderia ter — diz Pessoa.

Reduções de pena

Entre os punidos na CVM, Luiz Gonzaga Murat Junior e Romano Ancelmo Fontana Filho foram inabilitados em 2008 a atuar como administradores de empresas de capital aberto por cinco anos num caso de uso de informação privilegiada na negociação com American Depositary Receipts (ADRs) da Perdigão no mercado americano, no período da oferta hostil de compra feita pela Sadia. Murat Junior recorreu ao Conselhinho e conseguiu reduzir sua pena de cinco anos para dois anos de afastamento do mercado. Ele trabalha atualmente numa produtora de grãos sediada em São Paulo. Já Fontana Filho não recorreu.

Na própria CVM, o prazo médio de julgamento de processos administrativos sancionadores em geral cresceu nos últimos anos: era de 701 dias em 2011 e passou a 794 dias neste ano, segundo dados levantado pelo escritório Levy &Salomão Advogados. Dos 21 processos administrativos sancionadores julgados em 2013, sete se referem a procedimentos iniciados entre 2006 e 2009. Segundo ex-diretora da CVM Norma Parente, atualmente professora da PUC-Rio, a morosidade dos processos prejudica o efeito “educativo” da pena aplicada pela autarquia. Ela defende que a CVM acelere seus processos, estabelecendo prazos para julgamentos.

— Os processos precisam ser mais ágeis. Eles ainda estão julgando ações de 2006, 2007, 2008. É preciso que haja um sistema de prazo para diretores, relatores e colegiados se manifestarem sobre esses processos, como já existe na Justiça comum. E, por questão de transparência, a CVM poderia divulgar os processos que estão lá — explica Norma.

Desde 2008, foram 201 processos administrativos julgados na CVM sobre diferentes irregularidades, com mais de 1.500 acusações. São casos tão diversos como uso de informação privilegiada, negligência de administradores, falta de transparência das empresas e até erro de contabilidade de balanços. São casos de atuais e ex-executivos de empresas como Petrobras, Sadia, Ipiranga, Positivo Informática e os bancos BTG Pactual e Credit Suisse. Do total, 884 acusações contra empresas e pessoas acabaram em absolvições. Outras 595 resultaram em multas.

O esforço de punição pesou pouco, no entanto, no bolso dos acusados. Com a morosidade dos processos e a possibilidade de recursos na Justiça, a maior parte das multas aplicadas pela CVM não foi paga. Segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU), de R$ 1,149 bilhão aplicado em multa pela CVM de 2008 a 2012, só R$ 19,4 milhões foram realmente pagos, o que representa 1,69% do total. Em parte dos casos, mesmo após todas as instâncias, as multas não são pagas porque a empresa simplesmente faliu ou falta patrimônio dos punidos para pagá-las.

Em parte para contornar o não pagamento de multas e agilizar as punições, a CVM passou a adotar nos últimos anos os chamados “termos de compromissos”, que são acordos assinados entre a autarquia e investigados do mercado. Esses acordos são feitos antes de julgamentos, o que significa que não existe um condenação. Somente neste ano foram 18 termos de compromissos, envolvendo 45 acusados, num total de R$ 4,2 milhões. Quem faz acordo pode buscar, inclusive, apenas uma resolução rápida para um processo que pode vir a atrapalhar planos imediatos de carreira ou negócios. O próprio presidente da CVM, Leonardo Gomes Pereira, fez um termo de compromisso no valor de R$ 200 mil antes de ser indicado ao cargo de presidente no ano passado.

Aplicações de multas

Para o ex-presidente da CVM Marcelo Trindade, os processos na autarquia estão sendo julgados cada vez mais rapidamente e as penas são crescentes. Ele acredita, no entanto, que a autarquia tem conseguido avanços na aplicação de multas, mas avalia que ainda falta quadro de pessoal para agilizar processos.

— A CVM acelerou seus julgamentos administrativos nos últimos anos. O gargalo foi e continua sendo o Conselhinho — acredita Trindade.

O chinês naturalizado brasileiro Chao afirma, em entrevista por telefone, que foi “condenado e massacrado antes de um julgamento definitivo”. Ele associa sua condenação a uma manifestação da Associação Nacional dos Acionistas da BM&FBovespa, realizada no ano passado em frente ao prédio da Bolsa.

— Dois meses depois da manifestação, nossa empresa foi julgada na CVM por um processo de muitos anos atrás — explica Chao. — Estamos recorrendo (ao Conselhinho). E, quando se recorre, a sentença fica suspensa até o recurso ser julgado. E depois disso ainda tem a fase judicial.

Procurados, Luiz Gonzaga Murat Junior e Romano Ancelmo Fontana Filho não foram localizados para comentar os recursos ao Conselhinho.

Em cinco anos, CVM aplicou R$ 1,149 bi em multas, mas arrecadou apenas R$ 19,4 milhões - BRUNO VILLAS BÔAS - O Globo - 4 de agosto de 2013

Glossário: demonstrações financeiras

Financial Statements: demonstrações financeiras
Income Statement: demonstração do resultado do exercício
Comprehensive Income Statement: demonstração do resultado abrangente
Balance Sheet: balanço patrimonial
Statement of Cash Flows: demonstração dos fluxos de caixa
Statement of Changes in Shareholders' Equity: demonstrações das mutações no patrimônio líquido
Operating Statements: relatório das operações
Profit And Loss Statement (P&L): demonstração de lucros e perdas
Notes to Consolidated Financial Statement: notas explicativas
Report of Independent Registered Public Accounting Firm: parecer dos auditores independentes

Assets: ativos
Liabilities: passivos
Equity: patrimônio líquido

Property, plant, and equipment: imobilizado
Investments: investimentos
Intangible: intangível

Income: lucro
Revenue: receita
Expense: despesa

Exemplo:

Financial Information: informações financeiras - clique aqui para a página de informações financeiras da The Walt Disney Company ou aqui para baixar o relatório anual de 2012.

Capa do Relatório

Parecer dos Auditores Independentes para a empresa "The Walt Disney Company" - Ano Fiscal 2012


Curtidas

O "curtir" no Facebook, no YouTube e em outras redes sociais pode não ser tão sincero como se espera e coloca em dúvida como muitas empresas modernas medem seu sucesso no mundo digital.

Um exemplo é uma página do Facebook dedicada a abobrinhas (sim, o legume) que recebeu centenas de curtidas, enquanto outras dezenas de páginas similares sobre a cucurbitácea não têm o mesmo sucesso.

Poderia ser um caso de sucesso não fosse um problema: as curtidas eram falsas, feitas por uma equipe de trabalhadores em Bangladesh, cujo chefe exige US$ 15 (cerca de R$ 34) por mil curtidas da sua "fazenda de cliques".

Em troca, muitos desses funcionários trabalham em um sistema de jornada tripla e chegam a ganhar por ano US$ 120 (cerca de R$ 275).

Para as companhias, esse tipo de serviço seria um atrativo, já que aumentar a sua exposição nas mídias sociais pode ser um bom caminho para atrair clientes.

Segundo pesquisas, 31% dos consumidores levam em conta as notas e as críticas sobre um produto (incluindo as curtidas) antes de comprá-lo.

Isso significa que as "fazendas de cliques" podem ter um papel importante em enganar os consumidores.

E para as empresas que são dependentes de pesquisas sobre popularidade nas redes sociais, essas "fazendas de cliques" são um desafio para saber qual é realmente a popularidade de um produto.

Mas as condições de trabalho ali são degradantes.

Os funcionários ficam em salas sem nada além de paredes e mesas de trabalho, e com janelas com grades, chegam a varar a noite para ganhar muitas vezes US$ 1 em troca de mil curtidas no Facebook ou de mil pessoas que passa a seguir no Twitter.


Folha de São Paulo - 04/08/2013 - Curtir abobrinhas no Facebook pode ser trabalho em Bangladesh - DO "GUARDIAN"

Esquema Ponzi: Priples, BBom e Telexfree

A Priples, empresa de anúncios virtuais que informa ter cerca de 200 mil associados, está proibida de fazer pagamentos e cadastrar novos integrantes. Os sócios foram presos. A Justiça de Pernambuco aceitou a denúncia, feita pela polícia, de que o negócio trata-se de uma pirâmide financeira.

Com a decisão, sobe para três o número de empresas acusadas desse tipo de fraude e que foram alvo de bloqueios judiciais – as duas anteriores foram a Telexfree e a BBom. Juntas, as três somam mais de 1,5 milhão de membros no País, de acordo com os dados apresentados por seus representantes.
O advogado da Priples não foi localizado até a publicação desta reportagem.

[...]

A Priples foi criada em 1ª de abril [!!!] com o objetivo de divulgar anúncios na internet. No final de maio, já havia movimentado R$ 107 milhões, segundo o delegado Carlos Couto, responsável pelo inquérito criminal. Quase a totalidade da receita da empresa, entretanto, é oriunda das taxas de adesão pagas pelos associados, diz o delegado. Um modelo de negócios desse tipo é insustentável pois depende de uma população infinita para se manter de pé. "Em oitiva [depoimento], o contador da empresa relatou que 95% da receita vinha do cadastramento de pessoas", afirmou Couto.

As investigações contra a Priples em Pernambuco começaram em maio, depois que 17 pessoas procuraram a polícia por atraso nos pagamentos prometidos. Em julho, a empresa também se torno alvo de inquérito civil do Ministério Público do Rio Grande do Norte.

Ao todo, atualmente 31 empresas em todo o País estão sob investigação por suspeita de pirâmides financeiras. Uma força-tarefa constituída de promotores de Justiça, procuradores da República, membros da Polícia Federal e do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça foi constituída combater esse tipo de fraude.

Em junho, a 2ª Vara Cível de Rio Branco congelou as contas da Telexfree, que conta com cerca de 1 milhão de associados. Em julho, a mesma decisão foi tomada pela 4ª Vara Federal de Goiás em relação à BBom, cuja rede tem cerca de 300 mil pessoas.

Vitor Sorano - iG São Paulo

Memorização

Have smartphones in every pocket made memorization obsolete?
Scientific American, August 2013

When my father was growing up, his father offered him 25 cents to memorize the complete list of U.S. presidents. “Number one, George Washington. Number two, John Adams …”
A generation later my dad made the same deal with me, upping the reward to $5. (The prize had grown, he explained, “because of inflation and because there are more presidents now.”)
This year I offered my own son $10 to perform the same stunt. My son, however, was baffled. Why on earth should he memorize the presidents?
Nowadays, he argued, “everybody has a smartphone” and always will. He'll probably turn out to be correct; 2013 is a tipping point, in which, for the first time in history, smartphones will outsell plain ones.
In other words, having a computer in your pocket is the norm. Google is always one tap away. So there's very little sense, as far as my son is concerned, in memorizing anything: presidents, the periodic table of the elements, the state capitals or the multiplication tables above 10.
Now, parents in my generation might have a predictable reaction: dismay and disappointment. “Those young kids today! Do we have to make everything easy?” we say. “If they don't have enough facts in their heads, they won't be able to put new information into context.”
That's an understandable argument. On the other hand, there is a powerful counterargument: As society marches ever forward, we leave obsolete skills in our wake. That's just part of progress. Why should we mourn the loss of memorization skills any more than we pine for hot type technology, Morse code abilities or a knack for operating elevators?
Maybe memorization is different than those job skills. Maybe having a store of ready information is more fundamental, more important, and thus we should fight more fiercely to retain it.
And yet we've confronted this issue before—or, at least, one that is almost exactly like it. When pocket calculators came along, educators and parents were alarmed about students losing the ability to perform arithmetic using paper and pencil. After hundreds of generations of teaching basic math, were we now prepared to cede that expertise to machines?
Yes, we were. Today calculators are almost universally permitted in the classroom. You are even allowed to use one—encouraged, in fact—when you are taking the SAT.
In the end, we reasoned (or maybe rationalized) that the critical skills are analysis and problem solving—not basic computation. Calculators will always be with us. So why not let them do the grunt work and free up more time for students to learn more complex concepts or master more difficult problems?
In the same way, maybe we'll soon conclude that memorizing facts is no longer part of the modern student's task. Maybe we should let the smartphone call up those facts as necessary—and let students focus on developing analytical skills (logic, interpretation, creative problem solving) and personal ones (motivation, self-control, tolerance).
Of course, it's a spectrum. We'll always need to memorize information that would be too clumsy or time-consuming to look up daily: simple arithmetic, common spellings, the layout of our hometown. Without those, we won't be of much use in our jobs, relationships or conversations.
But whether we like it or not, we may as well admit that the rest of it will probably soon go the way of calligraphy, the card catalogue and long division. Whenever we need to access abstruse facts, we'll just grab our phones—at least until we implant even better technologies right into our brain.

SCIENTIFIC AMERICAN ONLINE
Six ways that brains trump tech: ScientificAmerican.com/aug2013/pogue
Smartphones Mean You Will No Longer Have to Memorize Facts:


This article was originally published with the title The Last Thing You'll Memorize.

CEO da Amazon comprará o Washington Post

A Washington Post Co. concordou em vender sua unidade de jornais para o executivo-chefe da Amazon.com, Jeff Bezos, por US$ 250 milhões. O principal da empresa, o Washington Post, deixará de ser controlado pela família Graham depois de quatro gerações. Bezos vai adquirir a unidade de jornais do Washington Post como indivíduo, e não na qualidade de CEO da Amazon.com.

A transação não incluirá as revistas Slate e Foreign Policy e o site TheRoot.com. O grupo de mídia Washington Post Co. continuará no ramo, mas adotará um novo nome em até 60 dias após a transação.

O chairman e CEO da Washington Post Co., Donald Graham, disse que a companhia decidiu vender o negócio "apenas depois de anos de os desafios diante da indústria familiar de jornais nos fazer imaginar se não haveria um novo proprietário que seria melhor para o 'Post'". Segundo ele, "a tecnologia e o gênio para negócios de Bezos, seu ponto de vista de longo prazo e sua decência pessoal o tornam um novo proprietário unicamente bom para o 'Post'".

Bezos disse entender "o papel crítico que o 'Post' desempenha em Washington e em nosso país, e os valores do 'Post' não vão mudar". Ele anunciou que Katharine Weymouth continuará como CEO e editora do Washington Post, enquanto Stephen Hills continuará como presidente e gerente-geral, Martin Baron como editor executivo e Fred Hiatt como editor da página de opinião.

No texto em que anuncia a transação, o jornal informa que sua receita operacional teve uma queda de 44% nos últimos seis anos. A circulação do jornal impresso teve uma queda de 7% no primeiro semestre deste ano.

De acordo com a revista Forbes, o valor líquido de Bezos é US$ 25,2 bilhões - ele está comprando o Post por menos de 1% de sua fortuna.

Adaptado da Agência Estado e da NBC News