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08 agosto 2013

A volta do sistema Price

A tabela Price está de volta ao crédito imobiliário brasileiro. O sistema de cálculo de parcelas, que garante uma prestação constante durante todo o financiamento, já foi onipresente nos empréstimos da casa própria no país, mas caiu em desuso de uma década para cá. Os problemas jurídicos e a percepção de que as carteiras de crédito originadas por esse modelo tendiam a ter mais inadimplência afastaram os bancos da Price. No lugar, entrou o sistema que prevê parcelas maiores no começo do contrato e decrescentes ao longo do tempo.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, porém, resgataram a tabela Price do ostracismo. Os bancos retomaram o uso da tabela, ainda de forma incipiente, no programa de financiamento habitacional do governo, o Minha Casa, Minha Vida. A vantagem de ressuscitar a tabela Price, que tem agradado às incorporadoras, é que a metodologia facilita enquadrar quem tem renda menor nas regras do programa. Também aumenta o poder de compra de quem já estava habilitado a participar e que passa, por isso, a ser capaz de financiar imóveis mais caros.

De acordo com cálculos da Associação Brasileira das Incorporadoras (Abrainc), considerando um imóvel de mesmo valor, a renda necessária do tomador para um financiamento pela tabela Price é 35% menor do que se o crédito fosse concedido seguindo o Sistema de Amortização Constante (SAC), a metodologia mais comum no crédito imobiliário hoje.

A razão é a diferença entre os valores máximos da prestação mensal em cada sistema. Como o SAC conta com uma parcela maior no começo, fica maior também a renda exigida do tomador. Ne regra do SAC, a parcela mensal vai caindo ao longo do contrato, uma vez que a fatia de amortização do principal é constante e os juros, decrescentes. (...)


BB e Caixa reabilitam tabela Price para o crédito - Valor Econômico - 07/08/2013

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