Translate

17 maio 2013

Nova Proposta para o Leasing

Saiu ontem (quinta-feira) uma nova proposta para o tratamento contábil do leasing. A proposta conjunta do Fasb (Financial Accounting Standards Board) e o Iasb (International Accounting Standards Board) irá mudar radicalmente a contabilidade na área.

Atualmente o leasing é dividido em operacional e financeiro, sendo parcialmente reconhecido. Isto acaba com a nova proposta. Todo contrato de leasing com prazo acima de um ano será reconhecido.

A aprovação da proposta foi difícil no Fasb (4 votos  x 3) e tranquila no IASB (dois votos contrários, do representante da China e da Índia). No Fasb a crítica é que a proposta é complexa, onerosa para as empresas e não fornecem informações úteis. A audiência pública irá ocorrer até 13 de setembro e o cronograma é que o padrão será finalizado no primeiro semestre de 2014.

Em síntese a proposta separa os contratos em dois tipos. Um primeiro tipo, onde o locatário paga apenas pelo uso do ativo e não consome uma parcela significante deste ativo. Neste grupo estão os arrendamentos imobiliários e o reconhecimento será linear.

O segundo tipo, o locatário consome uma parcela significativa do ativo. Nesta situação, o reconhecimento será próximo a um financiamento, onde as primeiras parcelas são maiores e diminuem ao longo do tempo. Neste tipo estão os contratos de veículos e equipamentos.

A abordagem proposta irá exigir a identificação de “significante”.

As duas entidades já estão preparadas para enfrentar resistências. E isto inclui o setor de leasing. O presidente do Iasb, Hans Hoogervorst reconheceu ontem que a proposta será impopular. De qualquer forma, o cronograma de implantação irá permitir que as empresas possam ajustar seus contratos no que diz respeito aos limites de endividamento.

Leia mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aquiA proposta pode ser encontrada aqui 

Selo Comemorativo: 100o aniversário da contabilidade

A 22-cent commemorative stamp honoring the 100th anniversary of the accounting profession in the United States was issued on September 21, 1987, in New York City. The First Day of Issue ceremony occurred at Radio City Music Hall during the opening of the American Institute of Certified Public Accountants' (AICPA) five-day centennial membership meeting and exposition.

The need for accurate recordkeeping dates back 5,000 years, when people maintained records of receipts and disbursements on clay tablets. However, accounting as it exists today had its origins in fifteenth-century Italy.

In the last century, the certified public accountant's responsibilities have grown from the simple reporting of financial information to detailed consultation on all types of business decisions. Advances in computer technology have revolutionized the profession by reducing the time and costs of performing accounting services and by enabling CPAs to make informed audit decisions. In turn, business and government have benefited from the profession's expanded ability to serve in an increasingly complex economy.

Lou Nolan, McLean, Virginia, designed the stamp. [...]


Postal Bulletin (August 27, 1987) via Arago

16 maio 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

A Honestidade e o Tempo da Recompensa

A honestidade está sendo estudada em diversas pesquisas criativas. Sabemos que as pessoas são levemente desonestas, em pequenas atitudes diárias: furar uma fila, não devolver uma caneta, pegar algumas pequenas coisas do quarto do hotel, entre outras atitudes. Além disto, as pesquisas já mostraram que a honestidade depende das circunstâncias.

Dois pesquisadores hebreus fizeram uma pesquisa interessante sobre este assunto com soldados do exercito de Israel. Ruffle e Tobol pediram para cada soldado jogasse um dado sem nenhuma testemunha. Maiores valores representariam maiores prêmios, sob a forma de liberação antecipada. Mas o experimento permitiria que o soldado pudesse mentir sobre o valor sorteado sem receber nenhuma punição.

Mas os cientistas podiam verificar se os soldados estavam mentindo ou não. Como a possibilidade de tirar cada um dos lados do dado é de 1/6 ou 16,7%, os resultados informados pelos soldados deveriam comportar-se como uma distribuição uniforme. Um detalhe importante é que todos os soldados receberiam o prêmio na quinta-feira, mas a pesquisa foi realizada em dias distintos da semana.

Um primeiro resultado que foi encontrado na pesquisa é que os números quatro, cinco ou seis, que implicavam numa recompensa maior, apareceram mais do que o esperado (ou 16,7% das vezes). Isto era um claro sinal de que alguns soldados foram desonestos ao informar o resultado do lançamento do dado. Outro aspecto curioso é que o número de cinco foi muito maior que o número de seis. Isto é um indicio que os soldados mentiram, mas evitaram mentir muito sobre o resultado.

O mais curioso foi o que os cientistas encontraram sobre a data de realização da pesquisa. Conforme dito anteriormente, a premiação acontecia na quinta-feira, mas a pesquisa ocorreu no domingo, na terça, quarta e no mesmo dia. A distribuição do resultado do lançamento do dado no domingo aproximou-se muito da distribuição uniforme, como seria esperado se todos fossem honestos. Na terça-feira, os soldados mentiram um pouco: o número que mais apareceu foi o quatro. Mas na quinta-feira a mentira mostrou uma grande concentração em todos os números mais altos.

Isto significa dizer que as pessoas tendem a ser mais desonesta quando o espaço de tempo entre o ato desonesto e a recompensa é menor. Se a desonestidade tiver uma recompensa dias depois, as pessoas serão mais honestas. Ou seja, as pessoas parecem descontar o valor da recompensa no tempo.

Leia mais em
RUFFLE, Bradley; TOBOL, Yossef. Honest on Mondays: Honesty and the Temporal Distance between Decisions and Payoffs. IZA DP No. 7312, março 2013.

Erário

Erário: Essa palavra tem seu berço no latim aerarium, que vem, por sua vez, de aes, bronze. O vocábulo indica genericamente as finanças do Estado em suas esferas federal, estaduais e municipais. Os recursos que alimentam o erário são provenientes, em sua maioria, dos impostos recolhidos da população. Na Antiguidade, era o edifício onde se guardava o tesouro público, os bens oficiais. Nos dias de hoje, a acepção é a mesma, a diferença é a quantidade de assaltos feitos a ele por marginais de colarinho branco, que, até outro dia, nele e esbaldavam e sumiam serelepes, gozando absoluta impunidade. Ainda bem que agora, esses meliantes estão maneirando um pouco, assustados com o rigor de uma Justiça atenta...
O berço da palavra. Márcio Cotrim. Correio Braziliense, 12 de maio de 2013.

COSO

Conforme previsto (e publicado anteriormente neste blog), o COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), uma entidade que fornece guia para controle interno, administração de risco e detecção de fraude, atualizou sua abordagem integrada de controle interna. A abordagem original, de 1992, merecia uma nova versão.

O documento é pequeno e foi escrito com participação da PwC. Mais informação aqui.

15 maio 2013

Rir é o melhor remédio

Adaptado Daqui

Filantrópicas

Decisões expedidas entre fevereiro de 2012 e maio deste ano pela Justiça Federal determinam que cinco instituições de ensino superior paulistas devolvam R$ 662 milhões aos cofres públicos por isenção indevida de impostos. O levantamento foi divulgado pelo site Congresso em Foco. Como as decisões são de primeira instância, ainda cabe recurso.

Mackenzie, Metodista e PUC-Campinas estão entre as universidades condenadas. A Justiça alega que as instituições não cumprem exigências legais para serem consideradas filantrópicas e, assim, terem isenção no recolhimento de impostos.

O Mackenzie e a PUC-Campinas foram condenados a pagar R$ 240 milhões, cada um. A Metodista precisará devolver R$ 90 milhões. Os valores tiveram como base dados do Ministério da Justiça compilados pelo site.

Engrossam a lista de instituições paulistas a Fundação Dom Aguirre - condenada a devolver R$ 45 milhões - e a Universidade de Araras - que terá de ressarcir R$ 47 milhões. Universidades do Rio, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul também foram mapeadas no levantamento.

Receita

Em 2003, o jornal O Estado de S. Paulo publicou o resultado de auditoria feita pelo Ministério da Previdência Social e pela Receita Federal para fiscalizar as 350 maiores entidades com títulos de beneficentes do País.

Segundo os auditores, instituições como o Mackenzie e a Metodista não praticam filantropia, apesar de serem isentas de contribuição previdenciárias.

No centro da polêmica estava justamente o conceito de filantropia. Ambos os lados se utilizam da Constituição, de decretos e leis para sustentar que o certificado deve ser ou não merecido. Na maioria dos casos, a briga continua se estendendo na Justiça.

Outro lado

Consultado pelo Estadão.edu, o Mackenzie afirma que foi "surpreendido" com a decisão. "A instituição se considera filantrópica, e, em situações em que vê o seu direito ameaçado ou não reconhecido, tem recorrido administrativa e judicialmente", diz comunicado oficial. A universidade promete recorrer da decisão. Sobre os supostos valores devidos, em torno de R$ 240 milhões, o Mackenzie alega que "não se considera devedora de nenhum valor".

A PUC-Campinas informou à reportagem que "já apresentou o recurso de apelação e aguarda a decisão do Tribunal Regional Federal". A universidade disse que está com o certificado "em vigor e nos moldes do que assegura a lei".

Já a Metodista afirmou que "sempre foi cumpridora da legislação tributária para fazer jus à imunidade constitucional das contribuições sociais", disse nota encaminhada ao Estadão.edu. A instituição ainda diz que "os porcentuais de gratuidade em bolsas de estudos a alunos superam os 20% exigidos por lei". Ela vai recorrer da condenação.

A Fundação Dom Aguirre e a Universidade de Araras não responderam até a publicação desta reportagem.


Fonte> Aqui

Futebol Brasileiro

Contratações de grandes estrelas, estádios mais estruturados e, em alguns casos, salários equiparados aos das grandes equipes europeias. Há dez anos, esse cenário seria impensável no Brasil. Atualmente, no entanto, essa realidade já não está mais tão distante para o futebol brasileiro, embora ainda haja uma série de desafios e problemas a superar. Uma comparação com a situação financeira de dez anos atrás mostra que, hoje, o cenário é mais promissor para as equipes nacionais.

Segundo levantamento feito pelo consultor em gestão e marketing esportivos Amir Somoggi, houve um aumento de 374% nas receitas dos 20 maiores clubes brasileiros nos últimos dez anos – de R$ 652 milhões, em 2003, o valor saltou para R$ 3,08 bilhões no ano passado.

Impulsionados pelos adiantamentos feitos pela Rede Globo em troca da extensão dos contratos de televisão, as equipes ficaram menos dependentes das vendas de jogadores. Enquanto a participação das negociações de atletas representava cerca de 26% do caixa em 2003, atualmente ela representa apenas 14% da receita total dos clubes.

Agremiação que mais arrecadou em 2012, o Corinthians obteve uma receita de R$ 358,5 milhões no ano em que venceu sua primeira Copa Libertadores. Ele é seguido por São Paulo, Internacional, Palmeiras e Grêmio, nessa ordem. O alviverde paulista, juntamente com o Atlético-PR, no entanto, foram os times que mais aumentaram seus ganhos em comparação a 2011 - 65% e 225%, respectivamente. Esse desempenho foi possível em função da geração de receitas com as novas arenas.

Mas não é apenas de resultado positivo que vive hoje o futebol brasileiro. Da mesma forma que os ganhos foram maiores, as dívidas das equipes também cresceram. Só de 2007 para 2012, o valor subiu de R$ 2 bilhões para R$ 4,5 bilhões, um aumento de 125%. Entre os cinco mais endividados, quatro são cariocas: Flamengo lidera a lista seguido por Botafogo, Fluminense, Atlético-MG e Vasco.

O levantamento das finanças dos clubes, feito por Somoggi a partir dos balanços das agremiações, considera sempre as 20 maiores equipes em receitas de cada ano.
Confira abaixo a posição dos clubes nos rankings de receita e endividamento:
RankingReceita.jpg

Fonte: Aqui

Panamericano

O PanAmericano, antigo banco do empresário Silvio Santos, que ficou com a imagem manchada após estourar o escândalo de maquiagem de balanço em 2010, passa a se chamar, a partir desta quarta (15), Banco PAN.

Sete lojas (quatro em São Paulo, mais Rio, Salvador e Brasília) já amanhecem com o logo e fachada mudados.

Saem as cores verde-amarela, da época do Silvio Santos e do rombo contábil de R$ 4,3 bilhões, e fica apenas a cor azul --a mesma da Caixa Econômica Federal e do BTG Pactual, sócios do banco.

Em São Paulo, as agências repaginadas serão as da Moóca, Ipiranga, Santana e Faria Lima. As duas últimas eram lojas da antiga BM Sua Casa, financeira especializada em crédito imobiliário que foi comprada no ano passado.

A imagem do banco foi arranhada em 2010, quando o Banco Central interveio na instituição e penhorou todos os bens do empresário Silvio Santos em troca de um socorro privado do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Depois, a parte do empresário foi vendida para o BTG Pactual.


Fonte: Aqui

É bom isolar o Conselho de Administração: mito ou verdade?

O conselho de administração de uma companhia existe para pensar no longo prazo. Portanto, pode ser perigoso deixar os conselheiros expostos às pressões dos acionistas. Uma situação assim poderia levá-los a tomar atitudes focadas no curto prazo, com base nos anseios dos investidores.

Esse discurso tem sua lógica. No entanto, um artigo publicado em abril pela Harvard Law School e pelo European Corporate Governance Institute (ECGI) resolveu desconstruí-lo. O pesquisador Lucian A. Bebchuk elaborou uma revisão da literatura sobre o tema e chegou à conclusão e que faltam evidências empíricas para afirmar que o isolamento do conselho é positivo. Muito pelo contrário: haveria provas a demonstrar que o engajamento dos conselheiros com os acionistas é benéfico. "O custo de longo prazo de um conselho isolado excede os seus benefícios", conclui Bebchuk.

De acordo com um dos estudos citados pelo autor, conduzido ao longo da década de 1990, companhias que tinham conselhos isolados registraram lucros inferiores aos de suas pares e crescimento de vendas menos acelerado que a concorrência. Outro levantamento, que compara empresas entre 1990 e 2003, deduziu que o isolamento está associado a um valor de mercado significativamente menor. Sinal de que pode estar na hora de os conselheiros se aproximarem dos acionistas. [Capital Aberto]

Link para a pesquisa original: aqui.
The Myth that Insulating Boards Serves Long-Term Value
Lucian A. Bebchuk
Harvard Law School; National Bureau of Economic Research (NBER); European Corporate Governance Institute (ECGI)
April 1, 2013
Columbia Law Review, Fall 2013, Vol. 113, Forthcoming

14 maio 2013

Rir é o melhor remédio


Lei 12.401

O advogado Raul Haidar relembra que o parágrafo 5º do artigo 150 da Constituição Federal ordena, desde a sua promulgação, há 24 anos, que os consumidores devem ser esclarecidos sobre os impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. Todavia, somente 8 de dezembro de 2012 foi sancionada a lei que regula o assunto.

A lei 12.401/2012 diz que deverá constar nos documentos fiscais (ou equivalentes) “a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos [...] cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda”.

Destaca-se que: os valores aproximados serão apurados sobre cada operação e sim, a apuração deverá ser feita em relação a cada mercadoria ou serviço, separadamente – isso porque as alíquotas podem variar.

Outra forma de divulgação
A Lei estabelece que o valor ou percentual dos tributos que incidem sobre as mercadorias ou produtos colocados à venda pode ser divulgado por meio de painel afixado em local visível no estabelecimento (ou por qualquer outro meio eletrônico ou impresso).

O Procon de Santa Catarina exemplifica que a loja poderá colocar um cartaz com os valores dos tributos que incidem sobre cada um dos seus produtos ou, então, trazer essa informação nas etiquetas das mercadorias. No caso de um supermercado, por exemplo, em que são diversos os tipos de produto, a nota fiscal fornecida ao consumidor deverá discriminar, de forma separada, o percentual que incide sobre cada mercadoria ou, então, fazer essa divulgação por meio de painéis afixados próximos aos produtos.

Tributos:
ICMS; ISS; IPI; IOF (produtos financeiros sobre os quais incida diretamente esse tributo); PIS/Pasep (limita-se à tributação incidente sobre a operação de venda ao consumidor); Cofins; Cide.

Obrigatoriedade:
A partir do dia 8 de junho de 2013.

Adoção antecipada:
Como publicamos no dia 8, em consequência à Lei 12.401/2012, há companhias que já informam ao contribuinte o valor do imposto – em fase experimental – são as Lojas Renner, a Riachuelo e a Telhanorte.


Créditos,
Contabilidade Financeira

Etanol

O país perde, a cada ano, R$ 1,3 bilhão em impostos não recolhidos na venda do etanol. Desse total, R$ 900 milhões deixam de entrar nos cofres dos estados e R$ 400 milhões não chegam ao caixa da União.

O motivo é a atuação indiscriminada de distribuidoras de etanol que fazem todo trajeto de compra do combustível, da usina até o posto, sem pagar tributos. São as chamadas empresas "barriga de aluguel", em geral criadas em nome de laranjas, que não têm estrutura comercial e atuam por meio de corretores autônomos.

Não recolher impostos é o business plan destas empresas. O principal esquema consiste na venda de etanol para outras distribuidoras, com emissão de nota fiscal, mas sem o recolhimento de impostos. Quando a fiscalização atua sobre uma "barriga de aluguel", a empresa é fechada e o negócio transferido para uma nova distribuidora.

Existem hoje, no Brasil, 230 companhias autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) a atuar na distribuição de combustíveis - 160 operando e 70 esperando para entrar em ação.

"As ‘barrigas de aluguel' são especializadas em etanol. A operação é tão bem feita que a empresa é montada e, com um bom contador e um advogado, consegue atender aos requisitos da ANP, mesmo sem estrutura comercial ou tancagem para combustíveis", comenta o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz.

Hoje, a maior parte da evasão se dá sobre o PIS/Cofins, que garante aos fraudadores uma vantagem de R$ 0,07 por litro sobre as companhias que recolhem seus impostos. Mas há também operações relacionadas ao ICMS, que pode ampliar a vantagem em mais R$ 0,20 por litro.

É preciso pelo menos um ano de atuação para que a evasão fiscal seja percebida pelas Fazendas federal e estaduais. Em geral, as empresas "barriga de aluguel" não sobrevivem mais de três ou quatro anos. São Paulo, Paraná, Goiás, Mato Grosso, onde se concentram as usinas produtoras de etanol, além de Minas Gerais, são os estados onde a figura da empresa "barriga de aluguel" tem maior atuação.(...)

Brasil Econômico Esquema estebelece rombo de mais de R$ 1 bilhão - Érica Ribeiro Nicola Pamplona

Provisão

Está em discussão uma mudança das regras contábeis para empréstimos e a constituição de provisão no Fasb e no Iasb. Esta alteração é resultado da crise financeira de 2008, que mostrou que as instituições financeiras não possuíam capital suficiente para enfrentar as insolvências dos clientes.

Os bancos dos Estados Unidos estão pressionando às propostas, pois acreditam que as mudanças tornaram o lucro mais volátil. E fizeram duas cartas para o Fasb e o Iasb. A proposta do Fasb está em audiência pública até 31 de maio, mas talvez só entre em vigor após 2015.

Segundo a Reuters, a posição dos bancos pressiona o Fasb e o Iasb para convergir as regras.

"Em relação à proposta do IASB, a proposta da FASB, em geral, exigem que as entidades reconheçam as provisões para perdas de crédito mais cedo e em maior quantidade", disse Bruce Pounder, diretor da Loscalzo Associates, uma empresa de Nova Jersey de educação contábil.

Os balanços dos bancos estadunidenses mostrariam significativamente pior do que o de bancos utilizando padrões internacionais, mesmo em condições econômicas idênticas, disse ele.

13 maio 2013

Rir é o melhor remédio


História da Contabilidade: O Código Comercial de 1850

O Código Comercial de 1850 representa o primeiro reconhecimento legal no Brasil da existência de um profissional que cuidava da contabilidade das empresas. Baseado nas legislações de países europeus, o nosso código foi aprovado depois de uma longa discussão no poder legislativo. Antes, em 1835, um relatório do Ministério do Império (1) já insistia na necessidade do país ter um código comercial para disciplinar a economia e impulsionar a criação de indústrias:

Poucas Fabricas se hão estabelecido entre nós, não obstante termos em abundancia a matéria prima do Algodão, que em lugar de o vendermos todo em rama para a Europa, algum poderíamos manufacturar e ter as fazendas a melhor preço (...)

Em 1850, através da Lei 556, de 25 de junho de 1850, era aprovado o Código com a seguinte introdução:

Dom Pedro Segundo, por graça de Deos e unanime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo do Brasil. Fazemos saber a todos os nossos súbditos que a assembléa geral decretou e nós queremos a lei seguinte

Com centenas de artigos, o Código Commercial do Imperio do Brasil trazia detalhes sobre a constituição de diferentes tipos de sociedades e um grande detalhamento sobre a atividade comercial marítima. O código teve influencia para contabilidade e para o exercício da profissão.

Contabilidade

Sobre os efeitos na contabilidade, o código detalhava, no artigo 10 e seguintes, como seria a contabilidade da empresa. No artigo 10, item III, determinava que o comerciante mantivesse a escrituração. No item seguinte, que deveria ter um balanço geral (2)

do seu ativo e passivo, o qual deverá compreender todos os bens de raiz, móveis e semoventes, mercadorias, dinheiros, papeis de crédito e outra qualquer espécie de valores, e bem assim todas as dívidas e obrigações passivas; e será datado e assinado pelo comerciante a quem pertencer.

Observe o leitor que o código apresenta uma “definição” de ativo que representa muito mais uma lista de itens. E que a equação contábil não contempla, a exemplo que ocorre nos dias de hoje, o patrimônio líquido. No artigo 11 o código obrigava a manutenção do diário e do copiador de cartas. O copiador de cartas é um livro em que se copiam cartas, além de contas e faturas, no comércio, que somente será abolida sua obrigatoriedade mais de cem anos depois. No artigo 14 informava que a escrituração seria feita na ordem cronologia, mas não informava se era necessário a adoção das partidas dobradas. Mas o artigo 18 indicava que a evidenciação seria uma exceção: somente com ordem judicial, em casos específicos (quebra, por exemplo) e para os interessados é que os livros de escrituração e os balanços gerais seriam exibidos.

O Profissional

Na Parte I (Do Comercio em Geral), Titulo III (Dos agentes auxiliares de comércio) e capítulo IV (dos feitores, guarda-livros e caixeiros) trata do profissional responsável pela contabilidade. O código denomina de “agente auxiliar do comércio”. O artigo 74 obriga que o preposto das casas de comércio devesse receber dos patrões uma nomeação por escrito. O artigo 77 afirma que os lançamentos nos livros realizados pelo guarda-livros ou caixeiros encarregados da escrituração e contabilidade terão o mesmo efeito como se fosse escriturado pelos preponentes. Isto indica que o proprietário poderia também ser o responsável pela contabilidade, não existindo divisão de tarefas.

Consequências

Ao ler o Código Comercial ficamos sabendo que o guarda livros ou o caixeiro ainda eram figuras secundárias na atividade econômica. Com efeito, o código enfatiza muito outros aspectos, como a fraude, o tipo de sociedades, os títulos de crédito e o comércio marítimo. Mas o reconhecimento da existência do profissional é um ganho em termos históricos. Mais adiante, com a aplicação da nova legislação, começam a surgir algumas discussões importantes sobre o papel do responsável pela contabilidade na empresa. Isto está particularmente presente nos casos de falência, como o da casa Leite Basto & Rodrigues (3). Neste caso, o guarda-livros foi considerado cúmplice já que rasurou os livros, cometeu erros de somas, deixou folhas em branco, entre outros atos. O juiz condenou também o profissional pelas mazelas cometidas pela casa comercial.

Junto com o reconhecimento, a responsabilidade.


(1) Relatório do Ministério do Império, 1835, p. 23.
(2) Codigo Comercial, artigo 10, item IV. Os termos estão em grafia dos dias de hoje.
(3) A Actualidade, 1863, edição 426, p. 2.

História da Contabilidade: Quando foi adotado o Método Veneziano no Brasil?

A resposta para esta pergunta é difícil, mas arrisco aqui a uma resposta. Foi os holandeses que tiveram o privilégio de usar primeiro em nosso solo o método divulgado por Luca Pacioli. Segundo já sabemos, Pacioli publicou em 1494 o livro Summa, com um capítulo sobre contabilidade. O método foi divulgado entre os diversos países no século XVI, incluindo a Holanda. Neste país, o principal entusiasta foi Simon Stevin (foto) (1548 – 1620), um grande cientista, comerciante e amigo do príncipe Maurício de Nassau. Stevin ficou muito conhecido por estudar a estática e hidrostática, introduziu o empregou de frações decimais, aceitou os números negativos e propôs o sistema decimal.

Stevin também contribuiu muito com a contabilidade. Além de divulgar o método das partidas dobradas, através de um livro sobre o assunto sob a forma de perguntas e respostas, o holandês incentivou o uso do método na contabilidade pública: escreveu o primeiro tratado sobre contabilidade pública. Segundo Gleeson-White (Double-Entry, 2011), por instigação de Stevin, o Príncipe Mauricio de Nassau introduziu o método na administração de cada governo local dos territórios.

Para quem conhece a história do Brasil já sabe que Nassau administrou o território nordestino durante alguns anos do século XVII. Mas como os holandeses foram derrotados e expulsos do Brasil, a herança se perdeu no tempo.

Bono: As boas notícias sobre a pobreza (Sim, há boas notícias)

"Os humanos têm feito campanhas contra a desigualdade e pobreza por 3.000 anos. Mas esta jornada está se acelerando. Bono 'assume seu lado nerd' e divide informações inspiradoras que mostram que o fim da pobreza está a vista ... se soubermos aproveitar o momento."

O Samba do Bacen


Por Alex Ribeiro | De Brasília
Quando o sistema de metas de inflação foi adotado, há mais de uma década, o Banco Central abriu um concurso público para selecionar um time de economistas de primeira linha para o seu recém-criado departamento de pesquisas econômicas. Foi um grande fiasco: das 30 vagas em disputa, apenas uma foi preenchida. Todos os demais candidatos foram reprovados.
De lá para cá, outros concursos tiveram mais êxito em atrair talentos, e muitos dos funcionários da casa cursaram pós-graduação em centros de excelência. Assim, o Departamento de Pesquisa Econômica (Depep), o cérebro do Banco Central, firmou-se como uma referência na produção de conhecimento sobre política monetária, finanças e economia bancária no Brasil.
Um dos marcos é o desenvolvimento de um modelo de projeção econômica de última geração, batizado como Samba, que usa técnicas da chamada "economia artificial" e que coloca o Banco Central do Brasil no primeiro pelotão entre países emergentes.
"Nos primeiros anos do regime de meta de inflação, os modelos eram bem básicos", afirma o professor Fábio Kanczuk, da Universidade de São Paulo (USP), especialista em estudo de política monetária com formação em economia pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e por Harvard. "Com o Samba, o Depep deu um salto. Não deve nada aos seus pares."

Ruy Baron/ValorDa esquerda para a direita, Benjamin Miranda Tabak, Eduardo Araújo Lima, Angelo Marsiglia Fasolo, Aquiles Rocha de Farias e Nelson Ferreira Souza Sobrinho
Nesses anos, o Depep subiu ao poder no Banco Central. Seu primeiro chefe, o economista Alexandre Tombini, é hoje o presidente da instituição. De seub s quadros também saiu o diretor de política econômica, Carlos Hamilton de Araújo, doutor pela Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Pela primeira vez, houve o reconhecimento de que um funcionário do próprio Banco Central estava preparado para assumir a cadeira central na gestão do regime de metas de inflação, depois de uma linhagem de economistas vindos de fora que inclui Sérgio Werlang (Princeton), Ilan Goldfajn (MIT), Afonso Bevilaqua (Berkeley) e Mário Mesquita (Oxford).
O Depep ganhou o reconhecimento até de um dos maiores críticos da abordagem excessivamente científica da economia - o ex-ministro da Fazenda, do Planejamento e da Agricultura Antonio Delfim Netto. "Nem nossos mais sofisticados economistas [do mercado] ou da academia podem competir com as informações armazenadas nas cabeças dos profissionais que habitam o Departamento de Estudos e Pesquisa (Depep) do Banco Central", escreveu Delfim, em artigo recente no Valor.
Neste exato momento, as projeções de inflação produzidas pelo Banco Central estão no centro das discussões sobre a alta dos juros básicos. De um lado está o Depep e, de outro, os economistas do mercado financeiro. O pelotão de elite entre os analistas do setor privado, os chamados "Top 5", formados pelos cinco departamentos econômicos que mais acertam suas projeções para a variação de preços, prevê para 2014, ano que está no radar da política monetária, uma inflação de 6%. Já as estimativas do Depep indicam uma inflação de 5,1%.
Se os economistas do mercado financeiro estiverem certos, o processo de alta de juros iniciado pelo Banco Central em abril, com aumento de 0,25 ponto percentual, de 7,25% para 7,5% ao ano, terá que ter uma dose mais forte para fazer a inflação convergir para o centro da meta anual, de 4,5%. Se o Depep estiver correto, ainda assim será preciso seguir com a alta de juros, mas com uma dose menos intensa.
O Banco Central guarda a sete chaves os seus modelos econômicos. O Samba é apenas uma das várias famílias desenvolvidas internamente para ajudar nas decisões de política monetária. Esses modelos ficam armazenados num computador desconectado da internet, para evitar a ação de piratas, dentro de uma sala à qual, para ter acesso, é necessário ao mesmo tempo um crachá restrito e uma senha.
O que se tem conhecimento desses modelos foi apresentado em seminários, textos acadêmicos e publicado em relatórios trimestrais de inflação. Neles, estão descritas apenas as linhas gerais do modelo e sua mecânica básica. São mantidos sob reserva os parâmetros numéricos que decifram como a economia e, sobretudo, a inflação reagem a diferentes situações, como uma alta no preço de petróleo, um aumento na gastança do governo ou uma elevação de juros.
O banco central da Inglaterra batizou seu primeiro modelo com a sigla BEQM, numa homenagem ao jogador de futebol David Beckham
Dos vários modelos, a menina dos olhos é o Samba, sigla em inglês que, com seu molejo brasileiro, tem um significado quase impenetrável: "Modelo Analítico Estocástico com uma Abordagem Bayesiana". O que os economistas do Banco Central fizeram foi, basicamente, tropicalizar um tipo de modelo que se tornou bastante popular entre bancos centrais, o chamado DSGE, outra sigla que, traduzida do inglês, é apenas para iniciados: "Modelo Dinâmico Estocástico de Equilíbrio Geral".
Chefe-adjunto do Depep, o economista Nelson Ferreira Souza Sobrinho, 39 anos, é um dos pesquisadores que trabalharam no projeto Samba. Ele foi aprovado duas vezes em concursos do Banco Central. Na primeira, em 2002, abriu mão do cargo para embarcar num doutorado na Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
De volta ao Brasil, passou num outro concurso e, dessa vez, assumiu. "O nome Samba surgiu de uma votação entre os pesquisadores", relata. "A ideia era ter uma palavra bem brasileira que tivesse relação com o modelo."
O banco central da Inglaterra batizou seu primeiro modelo com a sigla BEQM, numa homenagem ao jogador de futebol David Beckham. Na Colômbia, é o Patacon, uma referência a um tipo de tortilha de bananas verdes fritas muito popular no país. O Canadá criou o ToTEM, numa alusão àquela escultura indígena de madeira encontrada no norte do continente. A Nova Zelândia colocou uma fruta local, o Kiwi, dentro da sigla de seu modelo.

Ruy Baron/ValorAquiles Rocha de Farias, chefe-adjunto do departamento
Os modelos DSGE são uma resposta à chamada crítica de Lucas, feita pelo economista americano Robert Lucas em 1976. Seu alvo foram os velhos modelões macroecômicos muito populares entre os banqueiros centrais nas décadas de 1970 e 1980. Um dos principais alvos da crítica foi a "curva de Phillips", muito usada na época, segundo a qual a inflação e o desemprego variam em sentidos opostos.
Sobretudo, essas ferramentas, conhecidas como "modelos da tradição de St. Louis", assumem a hipótese de que os agentes econômicos, como firmas e indivíduos, iriam reagir sempre da mesma forma a qualquer cenário econômico. Ou seja, o que aconteceu no passado seria uma boa matéria-prima para prever o que vai acontecer no futuro.
Lucas argumentou que, na prática, as coisas não funcionam bem assim. As pessoas e empresas tendem a reagir de forma diferente diante de situações novas. Um ingrediente essencial é a expectativa sobre as intenções do Banco Central no manejo dos juros e do governo na política fiscal.
Os modelos DSGE contornam a crítica feita por Lucas. Neles, há agentes inteligentes, incluindo empresas, famílias e governo, que dão respostas diferentes a cada situação nova. São agentes simplificados, uma caricatura, que vivem apenas dentro do computador, agem de acordo com a teoria microeconômica e não têm a pretensão da complexidade dos agentes de carne e osso. Uma das premissas é que todos os agentes são racionais. Daí alguns chamarem esses modelos de "economia artificial", embora os modelões de St. Louis também tenham um quê de reproduzir em laboratório o que acontece no mundo econômico real.
O grupo do Banco Central, coordenado pelo economista André Minella, Ph.D pela New York University, hoje secretário-adjunto de Política Econômica no Ministério da Fazenda, levou cerca de cinco anos para desenvolver o Samba. O primeiro passo foi olhar o que já havia sido feito por aí, com uma pesquisa da literatura econômica, visitas a bancos centrais que já estavam em estágios mais avançados na nova tecnologia e convite a especialistas estrangeiros para virem ao Brasil.
No mundo dos modelos DSGE, a grande referência é um trabalho feito para a zona do euro pelos economistas Frank Smets, do Banco Central Europeu (BCE), e Raf Wouters, do Banco da Bélgica. Economistas do Depep foram assistir a apresentações de Smets e Wouters em congressos no exterior. Um dos colaboradores muito próximos da dupla, Kai Christoffel, do departamento de pesquisa em política monetária do BCE, participou de um seminário de metas de inflação promovido pelo Banco Central.
O trabalho de tropicalização do DSGE consistiu basicamente em colocar no modelo alguns traços bem característicos do Brasil. Um deles são as metas de superávit primário. Outro são os indivíduos que não têm acesso ao sistema financeiro e, por isso, não podem tomar empréstimos para suavizar os ciclos de consumo de suas vidas. O Brasil também tem a peculiaridade de importar muitos bens intermediários, que são insumos para a produção da indústria nacional, e relativamente poucos bens finais.
Na equipe do Samba, todos são pós-graduados em economia, como Solange Gouvea - única mulher entre os autores -, que tem um Ph.D pela Universidade da Califórnia, Santa Cruz. Mas a base em engenharia de alguns dos pesquisadores ajudou bastante na computação avançada.

Ruy Baron/ValorBenjamin Miranda Tabak, consultor sênior do Depep
Uma coisa é escrever as relações econômicas que formam a espinha dorsal do modelo, algo que economistas fazem com conforto. Outra coisa bem diferente é passar essas equações matemáticas cabeludas para o computador encontrar respostas. Marcos de Castro, um dos autores, é engenheiro mecatrônico de formação, e Rafael dos Santos, engenheiro civil.
O DSGE exige certa capacidade de computação para ser rodado, ao contrário dos velhos modelões macroeconômicos, que cabem numa planilha normal de Excel. A área de informática do Banco Central cedeu para o Depep um pedaço de seus computadores centrais, com mais memória e velocidade, para fazer o serviço. O computador levava de semanas a meses tateando os dados até encontrar os valores mais prováveis para a economia brasileira.
O gaúcho Ângelo Marsiglia Fasolo, 35 anos, entrou no Banco Central por concurso há uma década e hoje é consultor do Depep. Quando a equipe do Samba começava a ser formada, em 2006, ele obteve uma licença remunerada do Banco Central para fazer doutorado na Duke University, nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, foi convidado por Minella para fazer a revisão final do modelo Samba.
"O DSGE não é um monstro. Já é uma técnica bem comum na academia", relata. "No primeiro dia de aula do meu Ph.D, o professor avisou logo que teríamos que dominar os modelos DSGE para concluir o doutorado."
A publicação final do Samba ocorreu em abril de 2011, mas ele viria a ser realmente conhecido além dos ciclos acadêmicos mais restritos apenas em setembro de 2011, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) citou o novo modelo em uma de suas atas para justificar uma inesperada mudança na direção da política monetária, de aperto para relaxamento.
O BC guarda a sete chaves os seus modelos econômicos. O Samba é apenas um dos desenvolvidos internamente para ajudar nas decisões
O Samba, na ocasião, apontava que a deterioração no ambiente internacional que se avizinhava teria impacto no Brasil equivalente a um terço da crise da quebra do banco Lehman Brothers, de 2008, ajudando a conter a alta de preços na economia. Para alguns, o Copom usou o modelo Samba de forma oportunista para dar sustentação teórica a um desejo de baixar os juros. Para outros, foi a prova da genialidade do modelo, que anteviu o que então estava fora dos cálculos dos analistas econômicos.
O Banco Central não deixa claro o peso do Samba nas suas projeções atuais. O que se sabe é que os modelos antigos não foram completamente abandonados. "É como aquele Chevette velho, cheio de defeitos, mas que você conhece as manias, sabe ajustar direitinho o motor e está bem treinado para dirigir de um lado para o outro", afirma Kanczuk, da USP.
Bons modelos são essenciais em regimes de metas de inflação - um universo em que, basicamente, o Banco Central gera projeções de inflação e, se elas são diferentes da meta, os juros sobem ou descem para fazer a alta de preços na economia chegar ao nível desejado. Um dos principais teóricos dos regimes de metas de inflação, o sueco Lars Svensson, professor em Princeton, gosta de se referir ao sistema como "regime de projeções de inflação".
Muitos economistas culparam os modelos pela crise de 2008. Exatos, eles transmitiam a impressão de que eram infalíveis. Na prática, porém, o processo não é tão mecânico assim. São homens, e não computadores, que tomam as decisões, julgando as projeções feitas pelos modelos. "É preciso, em primeiro lugar, conhecer as limitações dos modelos", afirma Souza Sobrinho. "Eles são muito úteis, porque são assentados na teoria econômica e servem para disciplinar as discussões. Evitam ficar apenas no blá-blá-blá."

Ruy Baron/ValorNelson Ferreira Souza Sobrinho, chefe-adjunto
A primeira equipe do Depep, chefiada por Tombini, um Ph.D pela Universidade de Illinois, Urbana Champaign, foi formada com a reunião de 17 economistas do próprio Banco Central que estavam dispersos por diversos departamentos da instituição. "Houve um interesse muito grande para entrar no Depep", afirma Benjamin Tabak, 43 anos, um doutor em economia pela Universidade de Brasília (UnB) que se juntou ao Depep nas primeiras horas e, desde então, tornou-se um dos mais produtivos da equipe. Ele é autor ou coautor de 55 trabalhos para discussão publicados pelo Banco Central, num universo de 305.
Para o departamento ganhar corpo, em 2001 o Banco Central publicou um ambicioso edital de concurso público para contratar 30 pesquisadores em economia e finanças. A prova eliminatória tinha apenas questões de inglês, língua corrente na produção acadêmica em economia, mas não de português. Na prova classificatória de títulos, a pontuação máxima era dada a quem tivesse feito doutorado em cinco dezenas de universidades basicamente dos Estados Unidos e do Reino Unido ou num conjunto bem restrito de universidades brasileiras. Foi aprovado apenas um candidato, Pedro Calhman de Miranda, que hoje integra a assessoria econômica de Tombini.
Bancos centrais de países como Inglaterra, Espanha e Estados Unidos estão livres das amarras de concursos públicos e disputam doutores recém-formados com universidades e bancos em ambientes como o congresso da Associação Americana de Economistas, onde ocorre uma feira paralela de jovens talentos.
"O Banco Central tem atraído um bom capital humano. Muita gente boa disputa os concursos, até porque os salários estão mais altos recentemente", afirma o professor Carlos Viana de Carvalho, da PUC-Rio, um Ph.D pela Universidade de Princeton que trabalhou na área de pesquisa econômica do Federal Reserve (Fed) de Nova York. O salário de ingresso do BC é de R$ 15,7 mil mensais, e pesquisadores mais experientes, como os que participaram do desenvolvimento do modelo Samba, têm ganhos da ordem de R$ 22 mil. "Mas outros bancos centrais competem pelos melhores talentos do mundo", afirma Carvalho.
Atualmente, o Depep tem 50 pesquisadores, dos quais 39 são doutores e 11 têm mestrado. Entre os doutores, 9 são Ph.D. Boa parte foi formada dentro de um programa de incentivo ao estudo do Banco Central. Hoje, são selecionados até 40 funcionários para fazer mestrado ou doutorado nas melhores universidades do Brasil e do exterior, recebendo o salário normalmente.
O trabalho de tropicalização do modelo consistiu em introduzir alguns traços bem característicos da realidade do Brasil
A contrapartida é que o funcionário termine a pós-graduação e que permaneça no BC pelo mesmo período que ficou de licença. Um dos beneficiários do programa é o atual chefe do Depep, Eduardo José Araújo Lima, engenheiro agrônomo de 46 anos que fez mestrado e doutorado na Universidade de Brasília (UnB). "O investimento em pessoas foi grande. Não só o Depep, mas o Banco Central como um todo evoluiu com isso."
Outras áreas do Banco Central têm ganhado projeção em pesquisas sobre temas como meios de pagamentos, operações bancárias, política monetária e administração das reservas internacionais. O Departamento Econômico (Depec), responsável por divulgar estatísticas, como o balanço de pagamentos, desenvolveu um indicador de atividade econômica de ponta. O IBC-Br mostra antes, com quase perfeição, o que vai aparecer meses depois no Produto Interno Bruto (PIB) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Não está livre de erros, como qualquer indicador antecendente, mas sua acurácia fez com que ficasse conhecido como o "PIB do BC".
Embora o Depep esteja definitivamente no centro do debate econômico brasileiro, sua importância no cenário internacional é menos relevante. Um sinal de prestígio dentro do país é que, na edição mais recente do encontro da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec), em 2012, foram apresentados oito trabalhos de pesquisadores do Banco Central.
Já no encontro anual de 2012 da Society for Economic Dynamics, apontado como a mais prestigiada reunião mundial de acadêmicos em economia, não havia nenhum representante do Banco Central do Brasil. É muito mais difícil para um pesquisador brasileiro entrar nesses encontros do que, digamos, um americano ou europeu, já que a seleção desses eventos privilegia temas de interesse de economias desenvolvidas. Ainda assim, em 2012 havia um pesquisador do Banco Central do Chile e trabalhos de pesquisadores vinculados a universidades brasileiras, como a USP, a Fundação Getulio Vargas (FGV) do Rio e de São Paulo e a PUC-Rio.

Ruy Baron/ValorEduardo Araújo Lima, chefe do departamento de pesquisa
Outro critério muito usado para medir a qualidade da pesquisa são publicações em revistas especializadas de economia. Desde que o Depep foi criado, 45 de seus trabalhos de discussão foram reproduzidos em publicações acadêmicas classificadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no ranking Qualis. Por esse critério, dois trabalhos com participação de pesquisadores do Banco Central foram publicados em duas das revistas de economia mais importantes do mundo, o "Journal of Econometrics" e a "Economic Theory". Outros 11 trabalhos para discussão saíram em revistas acadêmicas classificadas no segundo melhor grupo entre as publicações econômicas e financeiras.
Os textos para discussão do BC vão muito além da pura elucubração acadêmica. Seu forte é a economia aplicada. Entre as publicações mais recentes, há uma linha de estudos para compreender a política econômica depois da grande crise da quebra do Lehman Brothers. Um deles é um trabalho sobre a eficácia das compras de dólares em mercado pelo Banco Central para suavizar a apreciação do real, num ambiente de ampla liquidez criada pela impressão de moeda nas economias desenvolvidas. Outro é a investigação do papel dos depósitos compulsórios como instrumento tanto para garantir a estabilidade financeira quanto para auxiliar no controle da inflação.
Carvalho, professor da PUC-Rio, lembra que, mundo afora, sobretudo nas universidades, há incentivos financeiros para quem publica. "No Fed de Nova York, os pesquisadores dedicam parte do tempo a gerar bons conselhos para quem toma decisões de política econômica, mas parte do tempo é livre para fazer a pesquisa que quiserem", afirma. "O Fed se beneficia quando seus pesquisadores estão na fronteira do conhecimento."
No Banco Central do Brasil, a pesquisa acadêmica é, muitas vezes, uma atividade das horas vagas. Um outro chefe-adjunto do Depep, Aquiles Rocha de Farias, 40 anos, doutor pela UnB, dedica o tempo em que está no Banco Central a demandas da própria instituição. "Alguém tem que preparar a ata do Copom e o relatório de inflação", afirma. "Pesquisa, eu faço em casa, de noite."
Uma outra forma de checar a qualidade do Depep são as suas projeções de inflação apresentadas no relatório trimestral de inflação. Os números, porém, não são bons. De junho de 2004 para cá, em média as projeções do relatório de inflação para os 12 meses seguintes é 0,58 ponto percentual menor que a inflação média de fato ocorrida. É um desempenho menos favorável do que a dos economistas do mercado financeiro, que subestimam em 0,46 ponto percentual a inflação efetivamente ocorrida.

Ruy Baron/ValorAngelo Marsiglia Fasolo, consultor e revisor final do Samba
Uma ponderação importante é que as previsões apresentadas no relatório trimestral de inflação não são exatamente projeções. Uma das camisas de força é que, no chamado cenário de mercado, elas consideram a trajetória de câmbio e juros esperada pelos analistas privados.
Se o Depep usasse a trajetória que considera mais provável para essa variáveis, talvez os resultados fossem diferentes. Um outro argumento em defesa dos economistas do Banco Central é que as premissas e os cenários econômicos que alimentam os modelos rodados pelo Depep são traçados pelos membros do Copom, e não necesariamente pelo Depep.
Apesar de toda a evolução qualitativa desde 1999, o Depep segue como um departamento econômico menos independente do que alguns de seus similares, sobretudo de países desenvolvidos. Nas reuniões do comitê de política monetária do Fed, por exemplo, os técnicos da casa, que têm um compromisso de longo prazo com a instituição, apresentam projeções independentes. Membros do comitê que tiverem visão diferente estão livres para apresentar suas próprias projeções.
"Uma coisa curiosa é que, no passado, quando o Depep não tinha a qualidade técnica de hoje, ele parecia ter um peso muito maior nas decisões do Copom", afirma Kanczuk. "Agora, quando o departamento ficou muito melhor, seu peso nas decisões parece bem menor."

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/cultura/3117896/o-samba-dos-juros#ixzz2SvXgsyms

Esqueceram de US$43 milhões

A cidade de Los Angeles descobriu quase 43 milhões de dólares que estava no Departamento de Transporte, sem o conhecimento da cidade. Apesar do fato ter sido saudado como positivo pelas autoridades - alivia o orçamento do próximo ano, deixa preocupado sobre como isto foi ocorrer. E se não existiria mais recursos desaparecidos. E como isto passou pelos controles da cidade.

Concentração de Informação

Na sexta-feira passada era o prazo final para empresas com ações negociadas na bolsa dos EUA apresentarem seus relatórios trimestrais. Isto significou um aumento no número de documentos encaminhados para o banco de dados da Comissão de Valores Mobiliários daquele país. Foram apresentados 762 relatórios trimestrais, sendo um terço nos últimos 90 minutos. No total, 3577 documentos foram encaminhados, com 3 mil gigabites de dados e mais de 40 mil páginas no total.

Cruzeiro do Sul

As supostas fraudes que levaram o banco Cruzeiro do Sul a um rombo contábil de R$ 2,23 bilhões foram praticadas por, no mínimo, uma década. É o que aponta o relatório final da comissão de inquérito do Banco Central obtido pela Folha.

Desse total, R$ 1,27 bilhão --praticamente a metade-- foi gerado por "operações falsas e inexistentes" envolvendo a venda de títulos para FDICs (Fundo de Investimento em Direito Creditório).

Um deles, por exemplo, envolvia uma empresa que estava inativa desde 2008.

Entre maio e agosto de 2011, foram detectados 7.572 clientes com mais de duas operações ativas contratadas (crédito consignado). Cada uma delas estava vinculada a órgãos conveniados distintos, muitas vezes em Estados diferentes. A análise feita pelos interventores não identificou qualquer liberação de recursos pelos clientes.

Esse resultado foi obtido a partir da inspeção, pela equipe do BC, de 320 mil contratos em cinco empresas financeiras do grupo Cruzeiro do Sul.

No total, o rombo contábil gerado por todos os contratos fictícios (não somente os de FDICs) somou R$ 1,38 bilhão, afirma o relatório.

ESMERALDAS

A diferença (R$ 848 milhões) em relação ao rombo total seria explicada por outras operações irregulares. Uma das principais teria sido a simulação de empréstimos aos controladores do Cruzeiro por meio de "laranjas".

Segundo o BC, o banco "vendia" títulos para esses "clientes" e usava os recursos supostamente pagos para aplicar em cotas de fundos de investimento. Esses fundos, por sua vez, compravam papéis emitidos por uma empresa, a Patrimonial Maragato, de Luís Octávio e Luiz Felipe Indio da Costa, ex-controladores do Cruzeiro do Sul.

O maior dos fundos, o Prosper Flex, concentrou R$ 147 milhões em transações supostamente simuladas. Os tomadores de empréstimos não tinham capacidade financeira, de acordo com o BC.

Ainda de acordo com o relatório, houve transações com laranjas para envio de recursos ao exterior. Também foram encontrados R$ 2,5 milhões em esmeraldas no cofre do banco. Um especialista contratado para fazer a investigação atestou que as pedras eram falsas.

(JULIO WIZIACK E TONI SCIARETTA)

12 maio 2013

Mãe e empresária


As pessoas perguntam:
"É difícil ser mãe e empresária?"
SIM!!!

Rir é o melhor remédio


Sugestão enviada por Diogo (grato). Apesar do vídeo, o fato de termos um blog com este mostra que os contadores não são realmente da forma que o Monty Python descreve.

Reconhecimento da Receita

A finalização da regra de reconhecimento da receita, aguardando ser aprovada pelo Financial Accounting Standards Board (Fasb) e pelo International Accounting Standards Board (Iasb), deverá passar por um encontro em maio, segundo Leslie Seidman, do Fasb.

A programação é que em dezembro de 2016 o padrão esteja implementado. E as empresas possam aplicá-lo em 2017. Pelo menos em tese.

A proposta irá resolver algumas inconsistências existentes hoje, reduzindo o número de refazimentos. O padrão simplifica o processo de reconhecimento. Em tese, também. Katherine Gill-Charest, controller da Viacom, afirmou que substituir as regras atuais por princípios poderá gerar critérios diferentes, com inconsistência entre as empresas. Com efeito, em setores onde existem transações complexas, como os estúdios de cinema, é difícil a transição.

Feliz Dia Das Mães

Dia 5 foi dia das mães em Portugal e hoje é no Brasil. Mas como um sábio amigo sempre diz: dia das mães é todo dia. E realmente é. Mas nesta data separada para estas grandes heroínas, o Contabilidade Financeira deseja muita felicidade, mais ainda que em todos os dias. Em especial: para as mães dos contadores. Ah! E para as mães contadoras, claro. ;) Ainda para as avós, para as madrinhas, para aquela pessoa-chave que tomou para si o papel materno e influenciou a vida de alguém. Parabéns! Afinal, "a maternidade não é para mariquinhas". O quadrinho de hoje é da série "Baby Blues" de Rick Kirkman e Jerry Scott.

11 maio 2013

Rir é o melhor remédio

Um advogado e um contador estavam viajando lado a lado numa longa viagem de trem. O advogado pergunta ao contador se gostaria de participar de uma brincadeira divertida. O contador, interessado em dormir um pouco, recusa. Mas o advogado insiste e explica que o jogo é fácil

- Eu faço uma pergunta e se você não souber a resposta eu pago R$100

O contador recusa e tenta dormir. Mas o advogado – como todo advogado – é um chato e diz:

- Está bem, se você não souber a resposta, você me paga R$100 e se você perguntar algo que eu não souber a resposta eu pago mil.

O contador se interessa e aceita participar. O advogado começa com a pergunta:

- Qual a distância da Terra à Lua?

O contador não diz nada. Coloca a mão no bolso e tira uma nota de cem. O advogado fica desapontado, mas incentiva o contador a fazer uma pergunta:

- O que sobre a montanha com três pernas e desce com quatro?

Depois de fazer a pergunta, o contador reclina e começa a dormir. O advogado, sem saber a resposta, pega o seu computador, e começa a procurar na internet: wikipedia, google, e-mails etc. Em vão. Depois de uma hora, ele acorda o contador e entrega mil reais.

O contador pega o dinheiro e tenta voltar a dormir. O advogado sacode o contador e pergunta:

- Qual a resposta? O que sobe a montanha com três pernas e desce com quatro?

Sem disser nenhuma palavra, o contador pega sua carteira, tira uma nota de cem, entrega ao advogado e volta a dormir.

Fato da Semana

Fato: A possível prisão de Berlusconi e a saída antecipada da cadeia de Skilling

Qual a relevância disto? – São dois fatos distintos, mas ambos envolvem a punição de pessoas poderosas. Berlusconi, um dos principais executivos da Itália e ex-primeiro-ministro daquele país, foi condenado à prisão por problemas fiscais. Já Skilling, outrora poderoso executivo da Enron, tinha sido condenado pela fraude na sua empresa, mas fez um acordo para redução da pena. A punição pela justiça de erros é sempre importante por reduzir a sensação de impunidade dos poderosos.

Positivo ou Negativo? – É positivo para o mercado, pois sinaliza que a justiça de diferentes países está atenta aos atos ilegais cometidos pelas pessoas que detém muito poder. Skilling pelo do acordo que irá resultar na saída antecipada da cadeia estará mais pobre em 40 milhões. E durante o período que esteve preso perdeu filho e os pais. Berlusconi poderá ainda recorrer, mas a condenação na atual instância representa um alento para os italianos.

Desdobramentos – O acordo de Skilling mostra que ele ganhou muito dinheiro administrando a Enron. Pode ser questionado, mas provavelmente ele não conseguirá mais nenhum emprego expressivo. Será sempre um vilão para muitos. Berlusconi poderá adiar sua condenação e até reduzir a sua pena, mas inviabiliza sua candidatura política.

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1 – Os fãs deste administrador poderão fazer um passeio pelos principais locais relacionados com sua vida:
Bill Gates
Steven Jobs
Warren Buffett

2 – O que as empresas Renner, Riachuelo e Telhanorte possuem em comum?
Todas estão construindo unidades fabris no Paraguai
Todas estão sendo investigadas por uso de trabalhador escravo
Todas já emitem nota fiscal com o imposto discriminado

3 – A maior empresa nas 500 maiores da Fortune
Apple
Exxon
Wal-Mart

4 – Três fatos (a aquisição de ativos do Lehman Brothers pelo Barclays, o uso de um novo modelo de Value-at-risk e o orçamento do estado de Utah para educação) possuem em comum
A presença de um brasileiro na decisão final
A utilização de mãe de santo para o auxílio à decisão
Erros cometidos com o Excel

5 – A frase “Alguém diga para ela que Youporn é grátis”. Ela refere-se:
Mary Jo White, presidente da SEC
Meg Whitman, CEO da HP
Rainha da Inglaterra

6 - A frase refere-se:
A tentativa de obter mais dinheiro do orçamento público
A venda de vídeos para clientes
O anúncio que a empresa dona do Youporn será adquirida

7 – Nunca as empresas dos EUA lucraram tanto. Mas elas estão evitando repatriar este dinheiro em razão
Da obrigatoriedade de pagar dividendos
Do sigilo exigido pelos paraísos fiscais
Dos impostos que seriam pagos

8 – Uma pesquisa com os erros cometidos por empresas de auditoria mostrou que estes erros
Estão associados às empresas onde se faz também consultoria
Ocorrem num ambiente de muito assédio moral
São simples e fáceis de serem descobertos

9 – O Banco Central está estudando mudar as regras sobre insolvência para as instituições financeiras. Mas o Banco Central afirma que a proposta
Não é um novo Proer
Não irá punir os executivos
Não irá usar recurso público

10 – A condenação de Berlusconi, esta semana, ocorreu em razão de
Crime de ocultação de informação do mercado
Crime tributários
Falsificação de documentos contábeis

Acertando 9 a 10 questões = medalha de ouro; 8 ou 7 = prata; 6 ou 5 = bronze

Resposta: (1) Jobs; (2) nota fiscal com imposto; (3) Wal-Mart; (4) Excel; (5) Mary Jo White, presidente da SEC; (6) A tentativa de obter mais dinheiro do orçamento público; (7) impostos; (8) simples e fáceis de serem descobertos; (9) Não é um novo Proer; (10) Crime tributários


Redes Sociais e Evidenciação

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está acompanhando o movimento de divulgação de informações das companhias de capital aberto em redes sociais, segundo o presidente da autarquia, Leonardo Pereira. Recentemente, o órgão regulador americano, a SEC, autorizou as companhias locais a utilizarem esses canais para publicação de dados. "Estamos tentando entender melhor as redes sociais para criar jurisprudência para regular divulgação de informações nestes canais", disse ele, em evento.

Ao comentar sobre o avanço da regulação do mercado de capitais brasileiro, ele disse que está melhor que antes da crise internacional, em 2008. Pereira disse que hoje o Brasil é respeitado, alcançou um equilíbrio em termos de regulação, participando de todas as discussões globais sobre o tema. "A tendência é que tenhamos uma harmonização da regulação global", avaliou o presidente da CVM. Pereira participa nesta sexta-feira, 10, de almoço-palestra do Instituto Brasileiro de Executivos de finanças de São Paulo (IBEF).


CVM estuda redes sociais para criar jurisprudência - Por Aline Bronzati - Aqui

Uma gota de sangue, uma história do pensamento racial

Na postagem sobre o Currículo Racial, recebemos o seguinte comentário do  leitor Lauro Brito de Almeida:

Sou negro, me identifiquei como tal no Lattes. O editorial do "estadão" é, no minimo, mais um daqueles lamentos de quem não gosta da política de cotas para negros. Só quem é NEGRO, como eu, sabe que sempre houve [e haverá] em qualquer sociedade uma separação entre as etnias. No Brasil não é diferente. Tenho 60 anos e já passei por várias situações constrangedoras e certamente, passarei por outras.



Respeito sua opinião  mas não concordo com o senhor, pois a espécie humana não se divide em raças. Por isso, recomendo a leitura do livro do sociólogo Demétrio Magnoli: Uma gota de sangue: história do pensamento racial. Ele trata da construção do mito da raça no mundo e, por consequência, da formulação de leis raciais. Sempre fui contra política de cotas, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, e após a leitura do livro estou convencido que cotas é um mecanismo extremamente falho. Eis um trecho de uma entrevista com Magnoli:




Sugiro também a entrevista com o economista norte-americano Walter Williams:




De qualquer forma, obrigado por sua participação.

10 maio 2013

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Insolvência e Acionistas

O Banco Central prepara um projeto de lei sobre intervenções bancárias, que obriga acionistas e grandes credores a cobrir perdas e capitalizar bancos cuja insolvência represente risco para o sistema financeiro. A nova legislação também vai permitir o uso de recursos públicos para salvar bancos, o que está proibido desde 2001.

A ajuda, no entanto, só pode ocorrer depois que os acionistas tenham usado seus recursos no banco para tentar resolver o problema. A proposta está em análise no governo e não tem data para ser enviada ao Congresso.

Segundo o BC, não se trata de um novo Proer, o programa de reestruturação do sistema financeiro utilizado na década de 1990 para socorrer instituições como Bamerindus e Econômico. 

Fonte: Aqui

Aquisição

A Cruzeiro do Sul Educacional comprou a Unifran, universidade com sede em Franca, por 120 milhões de reais. Com 20 mil alunos, a aquisição significa que a Cruzeiro do Sul pagou 6 mil por aluno, um valor dentro da média do setor de educação.

Erros de auditores

Uma pesquisa (via aqui) mostrou que os auditores dos Estados Unidos estão cometendo erros simples. A análise concentrou em fraudes contábeis ocorridas entre 1998 a 2010 e mostrou que os auditores não questionam documentos "fabricados" ou diferenças entre o nível do estoque e o valor constante da contabilidade.

As falhas auditor mais comuns foram falta de competência e diligência, a falta de ceticismo profissional, e a incapacidade de avaliar e responder aos riscos de fraude.

O curioso é que o número de punições reduziu após a Sarbox, justamente uma lei aprovada para evitar abusos, como ocorreu com a Enron. Das 87 punições, 76 ocorreram entre 1998 a 2002 e o restante entre 2003 a 2010.

Agenda do Fasb

O FASB, entidade que regula as normas contábeis dos Estados Unidos, está construindo uma agenda futura do conselho. Trata-se de um levantamento para determinar os principais projetos que a entidade irá trabalhar.

Pensamento

Honestidade é um presente muito caro. Não a espere de pessoas baratas.
Warren Buffett