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21 fevereiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Problemas

Referente aos problemas que tive com minha internet, eis um texto interessante que mostra como você lidar com o telemarketing

Como driblar o telemarketing?

Em 1880, apenas 4 anos após Graham Bell patentear o telefone, um confeiteiro alemão descobriu que poderia usar o aparelho para oferecer suas iguarias. Montou um cadastro de clientes e, sem saber, inventou o telemarketing. Maldito confeiteiro alemão!

Contra o telemarketing receptivo (quando é você que liga)
Digite *, # ou 0 repetidas vezes.
Muitas URAs – aquele sistema em que você é guiado por uma gravação – são programadas para encaminhar a ligação a um atendente humano, se quem ligar não digitar uma seqüência "aceitável".

Passe por poliglota.
Muitas empresas oferecem atendimento em outros idiomas. Solicitá-lo é uma ótima forma de furar fila em centrais congestionadas. Nem precisa conhecer outro idioma: os operadores são sempre bilíngües.

Xingue deus e o mundo.
O truque só vale para atendimentos em que você responde para uma máquina. Alguns sistemas reconhecem entonações na voz – inclusive sinais de irritação. Se você gritar, a ligação é encaminhada para o operador.

Tenha piedade.
Operadores de telemarketing são destratados por nós 24 horas por dia, 7 dias por semana. Se você for cordial, encontrará um atendente disposto a ajudar o único cliente simpático do dia. Costuma dar certo.

Contra o telemarketing ativo (quando é a empresa que liga)
Finja-se de gago. Operadores têm metas a cumprir. Não é vantagem para eles prolongar conversas desarticuladas. Outra saída é se fingir de criança. O código de ética do telemarketing (ele existe!) proíbe vendas a menores de idade.

Negue que você é você.
Ligações de telemarketing não são aleatórias. As empresas sabem o alvo do ataque – que raramente é o motorista ou a faxineira. Assim, negue ser o dono da casa – mas cuidado para não se entregar no primeiro alô).

Diga não, obrigado.
Muita gente acha que dizer não é chato e passa horas ouvindo blablablá mesmo sem interesse em comprar algo. Aí vai a notícia: operadores preferem ouvir não logo de cara para ir rapidamente atrás da próxima vítima.

Carreira de Auditor

Vantagens e desafios da área de auditoria
Leandro Alvares
O Estado de São Paulo - 22/2/2009

Profissão garante bons salários, mas exige muito comprometimento com viagens, prazos e vários cursos

Há alguns anos, anunciar em qualquer empresa a visita de um auditor contábil era sinônimo de pânico e temor para a “vítima” desse profissional, cuja função é averiguar se os registros e demonstrativos contábeis estão sendo executados de forma correta.

Mas, por conta da crise financeira global e, principalmente, das mudanças aplicadas na área de contabilidade com a vigência da lei nº 11.638, as organizações passaram a compreender melhor a importância de serem inspecionadas pelo já não mais intitulado bicho papão.

Com a nova norma, sancionada pelo governo federal no fim de 2007, os princípios contábeis do País tiveram a necessidade de seguir a base internacional do setor. Para tanto, foi divulgada uma série de regulamentos, entre os quais encontra-se a obrigatoriedade das companhias de grande porte de serem auditadas anualmente e apresentar balanços cada vez mais transparentes.

“A profissão neste cenário tornou-se ainda mais importante e valorizada. A procura pelo serviço aumentou, mas também as responsabilidades para quem quiser se destacar no novo contexto”, afirma João César Lima, sócio da Price Waterhouse Coopers (PWC), especializada em auditoria.

Para ele, a maior evidência do cargo fará com que muitos estudantes tenham melhor noção do que realmente faz um auditor e, consequentemente, conheçam as vantagens de seguir essa carreira.

“A ascensão profissional e os bons salários são alguns dos atrativos. Um trainee costuma receber ajuda de custo em torno de R$ 1.300, além de benefícios como o custeio da faculdade”, destaca.

André Viola Ferreira, um dos sócios da auditoria e consultoria Terco Grant Thornton, ressalta o forte desenvolvimento intelectual que o emprego possibilita. “Não só agora, com a nova lei, mas sempre estamos em processo de reciclagem, pois são inúmeros preceitos e diretrizes a serem seguidos. É preciso ter conhecimento amplo para atuar em diversas áreas, liderar equipes e executar tarefas na maioria das vezes com uma forte pressão de prazos curtos e, claro, dos clientes.”

O comprometimento exigido, porém, não assusta quem realmente sente prazer em ser auditor. Fernando Oliveira (foto), por exemplo, não se arrepende da escolha pelo curso. Aos 27 anos, já ocupa a função de gerente na PWC.

“Graças à profissão, conheço países e culturas que dificilmente conseguiria visitar se tivesse optado por outra área”, diz.

Para se adequar às novidades previstas na lei nº 11.638, Oliveira participou de um intercâmbio em Londres, onde desenvolveu diversos projetos com as normas atuais. De volta ao Brasil, ele foi convocado para treinar colegas de profissão, incluindo pessoas de cargos superiores ao seu.

“Acabou sendo mais uma responsabilidade entre as várias outras que temos, mas ao mesmo tempo foi um considerável reforço de conhecimento para algo que estamos começando a desenvolver em nosso País. Ajudar os clientes a seguir o caminho correto e alcançar uma maior transparência nos balanços é o que de melhor pode acontecer, pois demonstra uma maior seriedade do mercado e acentua o papel do auditor”, acredita.

FORMAÇÃO

Para ser um auditor contábil, é imprescindível ter o diploma de ciências contábeis, cinco anos de experiência e aprovação em um exame na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Entretanto, graduações como administração de empresas, direito e economia, além de pós-graduação e MBA, são bem-vindas à formação deste profissional.

“O domínio de línguas estrangeiras, em especial inglês e espanhol, são outros diferenciais, já que agora - em busca de uma convergência - estamos em contato direto com os padrões contábeis internacionais”, salienta Oliveira.

Na opinião dele, qualquer curso é válido para agregar sabedoria e acelerar o processo de ascensão da carreira. “Para chegar a sócio, são aproximadamente 12 anos, considerando um desenvolvimento bem rápido. Um tempo bem curto, se comparado ao de outras áreas.”

Os benefícios, obviamente, são ainda mais interessantes quando se chega ao topo da pirâmide. “Além do salário, que não é ruim, há a participação nos lucros da empresa”, afirma Marcelo Gonçalves, diretor de RH da Terco Grant Thornton.

A precisão de quanto se pode ganhar não foi revelada por nenhum dos entrevistados; apenas uma pequena exemplificação: “Dependendo da empresa, um gerente recebe entre R$ 8 mil e R$ 12 mil”, revela Mauro Ambrósio, sócio-diretor da BDO Trevisan.

COBRANÇAS

De acordo com os especialistas, as novas normas do setor farão com que cada vez mais as decisões das empresas passem pela área contábil, com destaque para os auditores.

“A carga de treinamentos será cada vez maior para todos os níveis de carreira; seja trainee, sênior, gerente, diretor ou sócio”, avisa Ambrósio.

“Auditoria é sinônimo de educação continuada e requer muita dedicação, além de extremo compromisso. A opinão do auditor é referência para muitas pessoas. Portanto, é uma enorme responsabilidade”.

O excesso de trabalho também faz parte do perfil de carreira. “Reuniões até altas horas da noite, finais de semana comprometidos com o serviço, viagens e muito, mas muito estudo”, reitera o sócio-diretor.

Vale a pena então seguir essa profissão? “Na balança, as vantagens superam facilmente aquilo que sequer chamo de dificuldades, mas de desafios”, responde.

PROCESSOS

Para atender à demanda de bons profissionais, muitas empresas de auditoria realizam processos anuais de seleção de novos talentos.

A jornada para se tornar um trainee se inicia com a inscrição pelo site, passando por uma triagem de currículo, testes on-line, dinâmica de grupo e entrevistas.

“No ano passado contratamos 120 iniciantes, número que devemos manter em 2009”, declara Marcelo Gonçalves, da Terco Grant Thornton.

Na BDO Trevisan e Price Waterhouse Coopers, os números de novas contratações serão maiores: 150 e 400, respectivamente.

19 fevereiro 2009

Problemas

Peço desculpas, mas ainda estou com problemas na internet.

Teste #24

1. Moonitz poderia ter encontrado com Henry Gantt?
2. Arthur Andersen poderia ter usado uma camisa de raiom?
3. James Mckinsey teria assistido o Brasil ganhar a primeira copa do mundo?

Resposta do Anterior: Ativo

Executivos e a crise


Finanças
Demitidos ainda desfrutam de benesses nos bancos

18 February 2009
Valor Econômico

Procurando por Charles "Chuck" Prince, demitido há 15 meses do cargo de presidente-executivo do Citigroup? É só ligar para o seu ramal no banco, que ainda paga o aluguel de seu escritório e secretária no centro de Manhattan.

O ex-presidente da divisão de banco de investimento do Citigroup Michael Klein também tem um escritório e secretária gratuitos, depois de receber um pacote de US$ 34,3 milhões quando saiu do banco em julho de 2008. John Reed, 70, que não trabalha no Citi desde que abriu mão do cargo de presidente-executivo adjunto em 2000, com uma bonificação de saída de US$ 5 milhões, tem direito a um escritório e secretária pelo tempo que quiser.

Sandord I. "Sandy" Weill, que se aposentou como presidente do conselho de administração em 2006, termina em abril um contrato de consultoria de dez anos com o banco, depois de apenas três anos. O acordo deu a ele milhões de dólares em benefícios, incluindo um escritório, carro com motorista e o uso do avião da companhia, do qual ele abriu mão em fevereiro.

Os bancos que receberam socorro do governo americano vêm sendo criticados pelo presidente Barack Obama, o Congresso e a população por gastos opulentos com remuneração e benefícios a altos executivos. Os bancos continuam distribuindo benefícios, incluindo a antiga prática de escritórios gratuitos e ajuda com secretárias para ex-presidentes. Alguns dos beneficiados são acusados de terem contribuído para a crise financeira.

(...)

O Citigroup não está sozinho na concessão de espaço de escritório, secretárias e outros benefícios para ex-executivos. O Merrill Lynch, que teve de ser vendido no ano passado para o Bank of America, está fornecendo um escritório e um auxiliar para o ex-presidente-executivo Stan O'Neal por três anos, a contar de sua saída do banco em outubro de 2007, segundo documentos enviados à Securities and Exchange Commission (SEC). Esses custos são absorvidos pelo Bank of America, que recebeu um socorro do governo de US$ 45 bilhões e US$ 118 bilhões em garantias de ativos.

Kennedy Thompson, que deixou o cargo de presidente executivo do Wachovia Corp. no ano passado, recebeu um escritório e um assistente por três anos, segundo documentos enviados à SEC. O Wells Fargo de San Francisco, que recebeu US$ 25 bilhões do governo, está bancando o escritório desde que comprou o Wachovia em 31 de dezembro, segundo afirmou a porta-voz Mary Eshet. "Este é um item contratual que permanece após a aquisição", disse Eshet.

Prince, 59, aposentou-se em novembro de 2007, quando as perdas do Citigroup com as hipotecas subprime se aproximavam do recorde de US$ 9,83 bilhões no quarto trimestre daquele ano. Após pagar a ele um total de US$ 66,8 milhões nos três anos anteriores, o Citigroup lhe deu uma bonificação de US$ 10,4 milhões por seus dez últimos meses no cargo, segundo documentos que estão na SEC.

Ele também recebeu benefícios de cerca de US$ 1,5 milhão por ano, incluindo um escritório, assistente, carro com motorista e o pagamento do imposto de renda referente a esses benefícios. De acordo com os documentos na SEC, esses benefícios têm a duração de cinco anos ou até que ele consiga um outro emprego em período integral.

Weill, 75, construiu o Citigroup através de aquisições realizadas num período de 17 anos, incluindo a fusão em 1998 do seu Travelers Group com o Citicorp de John Reed. Weill e Reed dividiram as responsabilidades de presidente-executivo, até que Weill venceu uma disputa no conselho em fevereiro de 2000.

Reed recebeu uma bonificação de saída de US$ 5 milhões naquele ano e um "benefício de aposentadoria" anual de US$ 2 milhões. Ele também recebeu serviços de planejamento financeiro por até cinco anos, um carro com motorista, um escritório com secretária "pelo período que você considerar adequado", segundo o Citigroup. Uma mensagem deixada pela Bloomberg no escritório de Reed no Citigroup foi retornada por um assistente que disse que Reed não está dando entrevistas.

Weill recebeu um escritório e uma secretária sob o contrato de consultoria concedido a ele quando deixou o cargo de presidente do conselho de administração em 2006, segundo documentos enviados pelo Citigroup à SEC. Ele também recebeu uma aposentadoria de US$ 1 milhão por ano, honorários de consultoria de US$ 3.846 por dia por até 45 dias por ano, um carro com motorista, segurança pessoal, honorários de planejamento financeiro e cobertura médica e dentária.

O banco concordou em reembolsá-lo pelo imposto de renda que ele teve de pagar sobre os benefícios. Ele recebeu US$ 69 milhões em salários, bonificações e outros pagamentos durante seus três últimos anos de trabalho no banco, segundo os documentos.

Em agosto de 2008, Weill disse ao Citigroup que queria encerrar o contrato, decorridos menos de três anos. Os benefícios foram interrompidos em abril. Prince, Klein e Weill não responderam a mensagens deixadas pela Bloomberg.

Uma possível solucão para contabilidade da TARP?

Um dos pontos discutidos sobre a ajuda que o governo dos EUA está fornecendo aos bancos através do programa denominado Troubled Asset Relief Program corresponde a transparência no uso dos recursos. Em outras palavras, como a entidade pode mostrar a ajuda que está recebendo do governo (e dos contribuintes).

James Deitrick e Michael Granof (Soup-Kitchen Accounting, 18/2/2009, The New York Times, 27) consideram a possibilidade de usar a contabilidade por fundo, um tipo de contabilidade utilizada em entidades sem fins lucrativos.

Nonprofit accounting is designed to ensure that the recipients of grants from the federal government and other benefactors are held accountable for the funds they receive. Regrettably, the big banks that have been granted billions from the Troubled Asset Relief Program are less transparent in their financial reporting than the local soup kitchen that gets federal support.

Nonprofits use what is known as ''fund accounting.'' Fund accounting requires that a separate set of books be maintained for all grants that are designated for a specific activity. The aim is to ensure that the resources are spent for their intended purpose.

Executives of banks that have received TARP cash have said that it is too hard to account separately for how they spend their federal dollars. Money is fungible, they argue, and therefore they cannot readily distinguish between outlays of their own resources and those provided by the government. But that's the type of doublespeak that would get the head of a town's homeless shelter thrown in jail. If bankers are unable to segregate cash by source and specifically account for expenditures, why are they in charge of banks in the first place?

O problema Fiscal com Madoff

Muitos advogados dizem que aqueles que investiram com o Sr. Madoff pode estar apto a deduzir suas perdas como perdas de roubo, que pode ser usada para reduzir outros lucros. Mas isto não está claro se o IRS [o fisco dos EUA] irá aceitar isto ou outros itens, tais como o que os investidores poderiam fazer sobre impostos que foram pagos em anos anteriores por um lucro que eles pensavam que receberiam no futuro mas que agora parece ilusório.

Madoff Victims Turn to IRS To Get Relief --- 'Theft Loss' Claims May Help Investors Recoup Some Money; 'A Lot of Them Are Desperate', Jane J. Kim & Tom Herman, 18/2/2009, The Wall Street Journal, D1

Comportamento e Fusão

Historicamente, as fusões nos Estdos Unidos tem sido julgadas sob o prima do que alguns chamam de hipótese do Homem Econômico. Sob este pensamento, reguladores tentam determinar o impacto da competição assumindo que empresas irão agir logicamente, racionalmente e no seu próprio interesse – uma variação da mão invisível de Adam Smith.

Mas existe um movimento crescente na comunidade antitruste para mudar esta teoria de escolha racional da economia neoclássica em favor da economia comportamental. Sob esta escola de pensamento – parcialmente apoiada pelo chefe do conselho econômico de Obama, Lawrence Summers, economistas examinam como as pessoas realmente agem fazendo decisões.

Wall Street, prepare for another headache: stepped-up antitrust enforcement.
18 February 2009 - The New York Times - National Edition - 2

Efeitos colaterais da crise

Num artigo muito interessante, Daniel Drezner cita os efeitos colaterais da crise. (The Long Legs of the Crash: 13 Unexpected Consequences of the Financial Crisis):

=> o governo ficará mais esperto, já existe uma grande quantidade de mão-de-obra de boa qualidade que pode ser recrutada no mercado.

=> mas aumentará a corrupção. A Transparência Internacional já notou que em períodos de crise a corrupção aumenta pois a prioridade é sobreviver

=> a poluição irá diminuir

=> os jornais, que esperavam obter receitas na internet, terão dificuldades pois teremos menos anunciantes

=> as igrejas receberão mais fiéis

=> as crianças que nascerão neste período serão mais avessas ao risco

=> as saias das mulheres ficarão maiores (já foi comprovado que em recessão as saias aumentam de tamanho), as coelhinhas da Playboy serão mais velhas e mais pesadas (isto também já provado)

=> haverá um aumento na procura do alistamento militar

=> as escolas públicas terão um aumento da demanda

=> aumentará a idade de aposentadoria

=> aumentará o protecionismo e as barreiras a estrangeiros. Reduzirá o número de estudantes em programas de mestrado e doutorado no exterior

=> Os profetas do apocalipse ganharão muito dinheiro

=> Os livros sobre a Depressão (qualquer uma) estarão na lista dos mais vendidos

Fonte: Aqui

Estoques como indicador econômico

O volume de estoques talvez seja um dos melhores índices para mensurar os efeitos da economia sobre as empresas. Em épocas de recessão, a quantidade de estoques tende a aumentar; em fases de crescimento ou retomada, espera-se que o volume de estoques seja cada vez menor.

Por esta razão, acompanhar a quantidade de estoques que as empresas possuem passa a ser um exercício interessante de revisão dos conceitos econômicos. Em Inventories Indicate Worsening Economy http://seekingalpha.com/article/120826-inventories-indicate-worsening-economy?source=feed, Bill Conerly (17/2/2009) apresenta o seguinte gráfico:



O gráfico mostra, desde 1992, a relação entre o volume de estoques e a quantidade de vendas. A linha de tendência mostra claramente que a recessão chegou nos Estados Unidos.

Usando dados das empresas de capital aberto no Brasil, de 2002 até 2007, também calculei a relação entre estoques e vendas. Retirei da amostra o setor financeiro e as empresas com estoque zero ou com problemas nos dados. Usei as vendas trimestrais. O cálculo foi realizado entre o primeiro trimestre de 2002 até o segundo trimestre de 2008. O gráfico é apresentado a seguir.


Observe que quanto menor o nível de estoque, menos estoques a empresa possui para “queimar”. Maior índice significa excesso de estoque. Os dois períodos com maiores índices foram o primeiro e o segundo trimestre de 2008.

18 fevereiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Links

1) Empresas mais admiradas não ajudam aos acionistas

2) Regras contábeis e o conceito de Hayek de ordem espontânea

3) Tempo de parar de subsidiar os acionistas dos bancos quebrados

Teste #23

Grau de dificuldade: ** (médio)

Você deve encontrar uma palavra, com seis letras, usando a tabela de equivalência abaixo (o valor da letra corresponde a ordem do alfabeto) e com as seguintes pistas:

1. É uma palavra de 5 letras, sendo 3 vogais
2. A média da segunda letra e da quarta letra é igual a 21
3. Duas letras são múltiplas de 3 e duas múltiplas de dois. A outra é um número primo
4. Não existe letra repetida na palavra
5. A soma das vogais é igual a 25



Resposta do Anterior: Como é módulo do resultado, a empresa aumentou o prejuízo

Aposta

Em 1980 um cientista e ambientalista da Stanford, Paul Ehrlich , previu que dez anos depois o mundo passaria por uma grave crise nos recursos naturais. Sua crença era tão forte que ele aceito uma aposta com um economista, Julian Simon . Simon propôs que Ehrlich escolhesse cinco commodities e que dez anos depois eles verificariam quanto estava o preço destes produtos. Se o preço da maioria dos produtos subisse, indicando escassez, Ehrlich ganharia; caso contrário, o vencedor seria Simon. As escolhas de Ehrlich foi realizada em produtos minerais, com a ajuda de John Holdren .

Dez anos depois o preço de todos os produtos caíram. E se a aposta tivesse sido com vinte anos, Simon também ganharia. (Simon tentou apostar novamente, mas não conseguiu).

Holders foi nomeado consultor cientifico do presidente Obama.

Fonte: aqui

Aula de pornografia

Uma universidade de Taiwan está oferecendo uma turma de Análise da Pornografia. Os estudantes da The Mass Communication Department of Providence University podem, a partir deste semester, cursar esta disciplina.

A avaliação da disciplina inclui uma análise da reação psicológica a um clipe pornográfico, sob a ótica acadêmica. Um aluno entrevistado pelo United Daily News mostrou uma reação interessante: se ele tiver uma nota boa na disciplina, como explicar isto para seus pais?

Mais de 50 estudantes registraram no curso e muitos deles confessaram que tinham uma experiência anterior com este assunto (vídeos pornográficos).
Fonte: Taiwanese University Offers Porn Analysis Class

Contabilidade e Finanças Pessoais



No Brasil destacamos muito pouco as finanças pessoais. Entretanto, este campo desenvolveu-se muito em outras regiões. Em alguns países, o uso da contabilidade para o controle individual das pessoas é algo corriqueiro e que existe há anos.

Através do estudo da contabilidade pessoal, os historiadores conseguem descobrir muitos aspectos sobre a vida de pessoas importantes nas mais diversas áreas.

Num longo artigo do New York Times de 15 de fevereiro de 2009 (Tough Times Call for Shrewd Artists, Arts and Leisure Desk, p. 26), Dorothy Spears conta um pouco da história do pintor estadunidense do século XIX Thomas Sully.

Parte das escolhas realizadas por Sully na sua pintura (ao lado) tem motivação financeira. Num determinado momento de sua vida, Sully sofreu as conseqüências de um crise que ocorreu nos Estados Unidos. Para sobreviver, ele teve que sujeitar as vontades do mercado.

Estudando os diários de Sully e suas finanças pessoais tornam-se possível comprovar que muitas telas foram pintadas para permitir sua sobrevivência. Isto afetou o estilo e os temas escolhidos pelo pintor.

A racionalidade dos presentes

Alguns trabalhos já analisaram os presentes sob a ótica da racionalidade econômica (aqui e aqui e aqui, por exemplo). A conclusão destes trabalhos, para os economistas clássicos, é que dar presentes não é racional. Na realidade, o ato de presentear introduz, na economia, ineficiência. O mais adequado seria dar o dinheiro para quem desejamos agradar e esta pessoa decidiria aquilo que gostaria de comprar.

Em certo sentido, a instituição da vale presente por algumas lojas resolve um pouco este problema, desde que o objeto necessário esteja no estoque da empresa.
Entretanto, apesar da posição da teoria, as pessoas continuam usando o ato de presentear em diversas ocasiões: aniversário, casamento, natal, dia das mães e dias dos namorados.

Suponha, por exemplo, um presente para a namorada. E se em lugar de comprar um vestido ou uma jóia o namorado desse o valor corresponde, digamos R$200, em dinheiro?
Isto provavelmente seria classificado com um gesto não romântico. Mas existem algumas razões para que o ato de presentear seja “racional”. Em primeiro lugar, presentear representa uma sinalização por parte do namorado. É como se ele pudesse dizer: “eu posso oferecer mais para você”. É um gesto remoto aos tempos da caverna, mas que ainda é válido nos dias de hoje.

Segundo, certos presentes podem ser considerados, cinicamente, um investimento. Considere a escolha entre o convite para o jantar num restaurante caro ou, como alternativa, o dinheiro que seria consumido na refeição. Mas sair representa mais do que o consumo de um serviço. Existe também o tempo gasto e isto pode ser considerado como um custo de oportunidade: em lugar de assistir a um futebol na televisão, o jantar romântico.

Terceiro, existe uma norma não escrita que se deve presentear nestes dias. Por isto as pessoas usualmente o fazem. Caso você rejeite esta norma social, isto pode comunicar que você também seria capaz de rejeita outras normas sociais.
Finalmente, ser uma pessoa “racional”, sob a ótica econômica, é comunicar ao parceiro que você observa a relação sob uma ótica utilitarista e interesseira. Para a outra pessoa, isto significa comunicar que você deixaria a relação quando não seria mais interessante.

Esta é mais uma situação onde a análise dos modelos de racionalidade da economia não funciona.

Para ver mais, aqui, aqui e aqui.

Comportamento no restaurante

As pessoas tendem a comer mais em grupos do que quando estão sozinhos, pois imitam os hábitos alimentares de outros. Mas há alguns indícios de que a quantidade de comida que alguém consome é uma função linear do número de pessoas sentadas com eles.
Fonte: Aqui

17 fevereiro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #22

Grau de Dificuldade: * (Fácil)

Uma análise comparativa do resultado de uma empresa mostrou um crescimento no módulo do resultado líquido. Sabe-se que no período a única movimentação registrada na DMPL da empresa foi decorrente do resultado da empresa. No entanto o patrimônio líquido diminuiu. Como isto é possível?

Resposta do Anterior: Eliane – Manaus – Gerencial / Daniela – JP – Tributária / Carlos – Natal – Ensino / Antonio – Brasília – Auditoria

Guerra e Balanços

Se você quiser saber realmente como salvar a economia da armadilha da dívida, observe um dos maiores programas públicos de empregos, também conhecido como Segunda Guerra Mundial, que pôs fim à Grande Depressão. A guerra não apenas gerou empregos para todos, mas também levou a um rápido aumento de renda e inflação significativa, tudo isso sem que o setor privado precisasse se endividar. Em 1945, a dívida do governo havia subido vertiginosamente, mas o quociente da dívida do setor privado em relação ao PIB era apenas a metade do que era em 1940. E isto ajudou a preparar terreno para o grande boom do pós-guerra.

O legado de uma época de ilusões - Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 13 - Paul Krugman - The New York Times


Vide também no Marginal Revolution sobre esta afirmação de que a guerra limpou os balanços.

SEC e CIA

Em SEC Should Adopt CIA Methods, Lawyers Say, David Katz, da CFO.com (13/2/2009) informa que algumas pessoas acreditam que a Securities and Exchange Commission deveria aprender com a CIA, o serviço de inteligência dos EUA.

A ideia gerou algumas ironias. Jay Eisenhofer, um advogado dos acionistas, afirmou que pode ter algum apelo popular pois "envolve rendição e tortura dos banqueiros de investimento".

Basileia e a Crise Financeira

Banco Central propõe normas controversas
Valor Econômico - 17/2/2009

A crise financeira mundial não mudou o cronograma de implantação no Brasil da chamada Basileia 2, um acordo internacional que visa garantir maior solidez ao sistema bancário. Ontem, o Banco Central divulgou três minutas de circulares e, nos próximos dois meses, estará aberto para receber sugestões de especialistas do setor privado.

Uma das normas estabelece os critérios para o uso dos modelos internos desenvolvidos pelos bancos para avaliar os riscos de mercado. No cenário internacional, esses modelos têm despertado controvérsia. Analistas mais críticos da desregulamentação financeira dizem que eles deixam nas mãos dos próprios bancos a tarefa de medir e separar capital para cobrir os seus riscos. Outra crítica comum é que esses modelos são excessivamente dependentes de ferramentas estatísticas, que usam dados passados e são incapazes de capturar as mudanças de tendência na economia, como as que levaram à crise financeira atual.

Os bancos são obrigados a separar capital próprio para cobrir os riscos de prejuízos com a oscilação de preços no mercado, como taxas de juros, cotação de moedas, preços de ações e de "commodities". Hoje, no Brasil, existe um modelo padrão estabelecido pelo BC que determina quanto de capital próprio os bancos devem separar para cobrir perdas nesses riscos. Com a norma proposta pelo BC, que implanta Basileia 2, os bancos poderão usar os seus próprios modelos internos para determinar o volume de capital adequado para cobrir riscos.

A regulamentação proposta, explica uma fonte do BC, não tem esse viés de desregulamentação. Um ponto fundamental é que, para usar seus próprios modelos de avaliação de risco de mercado, os bancos terão que primeiro validá-los junto à autoridade monetária. Ou seja: os modelos que avaliam os riscos serão desenvolvidos pelo bancos, mas quem dará a palavra final será o BC.

Assim, o capital exigido pelo BC não será, necessariamente, o valor apontado pelo modelo da instituição financeira. A norma estabelecer, por exemplo, o chamado "fator M", que será um fator de ajuste para o capital requerido. Modelos de avaliação de risco que não forem bem avaliados nos testes de eficiência, conhecidos como "backtests", terão um "fator M" maior, o que significa que o banco terá que separar mais capital próprio para cobrir os riscos de mercado. O mesmo acontece se o banco não tiver bom conceito na avaliação qualitativa feita por fiscais do BC.

Embora os modelos estatísticos de avaliação de risco estejam sendo bastante rediscutidos no cenário internacional, a avaliação do BC é que eles cumprem sua função, desde que usados para o que foram feitos. No Brasil, a tradição tem sido aceitar os limites desses modelos, exigindo garantias adicionais para cobrir riscos que os modelos não medem. Essa abordagem, informa o BC, deverá ser mantida em Basileia 2.

Um modelo popular entre bancos e reguladores é o chamado "Value at Risk", conhecido pela sigla VaR. É uma ferramenta estatística que, a partir de dados históricos sobre a variação de preços, como a cotação do dólar ou os juros vigentes nos últimos anos, tenta prever o que poderá acontecer com essas séries no passado. Um das críticas é que o VaR não consegue prever ocorrências extremas, como os da atual crise. Por exemplo: um VaR que usasse dados do mercado americano de hipotecas das últimas décadas não seria capaz de prever um aumento extremo da inadimplência como, de fato, acabou por acontecer.

Especialistas tem defendido o uso de modelos que olham para frente, prevendo cenários extremos que normalmente não são capturados pelos modelos VaR. Tem ganhado corpo a defesa dos chamados testes de estresse, em que os gestores de risco avaliam o que aconteceria se, por exemplo, houvesse uma crise de grandes proporções, como o aumento que de fato aconteceu na taxa de inadimplência.

O Brasil, diz a fonte do BC, sempre exigiu um pouco mais de capital dos bancos para fazer frente a riscos extremos de mercado. Além disso, ao contrário de economias mais maduras, o Brasil sofreu grandes choques nos últimos anos, como movimentos exagerados da cotação do dólar e altas súbitas dos juros básicos. De qualquer forma, a norma colocada ontem sob consulta pública está sujeita a alterações, acompanhando eventuais aprimoramentos que sejam feitas em Basileia 2 nos fóruns mundiais.

Outra norma editada pelo BC trata do chamado Pilar 3 de Basileia 2, que é a exigência dos bancos divulgarem mais dados sobre suas estruturas de gestão de risco. Para os bancos que usarem modelos internos de avaliação de risco, o conjunto de informações a ser divulgado será maior.

Também vão ter que detalhar sua estrutura de capital. De um lado, terão que mostrar quanto capital precisam para cobrir os riscos de perdas inesperadas em suas operações, como crédito e investimentos em títulos e outros papéis. De outro, terão que mostrar exatamente seu volume de capital, discriminando o que é dinheiro dos próprios acionistas e o que são captações feitas no mercado por meio de divida subordinada e instrumentos híbridos de capital e dívida.

A terceira norma colocada sob consulta pública pelo BC estabelece as regras para os bancos validarem seus modelos internos de avaliação de risco de mercado.

Os diversos significados da palavra contabilidade

Na busca por notícias para atualizar este blog descobri um texto do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, sobre o clube de futebol Atlético Paranaense.

O texto chamou a atenção pelo significado que o jornalista deu para palavra contabilidade:


(...) Tema recorrente durante o processo eleitoral no fim do ano passado, a saúde financeira do Atlético voltou à tona. A informação é de que Marcos Malucelli, presidente do Conselho Administrativo do Rubro-Negro, teria “ganho de presente” da antiga diretoria uma dívida estimada em R$ 16 milhões. A pendência até ganhou um apelido: herança maldita. (...)

O atual presidente diz poder falar apenas sobre o que já tomou ciência em relação ao caixa do Furacão. De acordo com Malucelli, a contabilidade do clube “não é confortável, mas está em ordem”.

“Com muito sacrifício, nada está atrasado”, explicou, emendando na sequência uma frase bastante comum no futebol brasileiro: “Não tem dinheiro sobrando”. (...)

Malucelli investiga se há “herança maldita”
Gazeta do Povo - 17/2/2009

Regra Ortográfica e Empresas

A Azaleia decidiu aderir ao novo acordo ortográfico:

Apesar de o acordo ortográfico não legislar sobre nomes próprios ou marcas, o grupo Vulcabras resolveu alterar a grafia de sua marca de calçados femininos Azaleia para se adequar à nova norma. A empresa retirou o acento agudo da marca.

A atual regra indica que os ditongos abertos "ei" e "oi" das palavras paroxítonas deixam de ser acentuados. O acordo está em vigor em oito países que adotam o português como língua oficial desde 1º de janeiro e concede o prazo de até 31 de dezembro de 2012 para a adaptação.

Em nota, a gerente de marketing institucional do grupo, Nádia Krisch, explica que, pelo acordo ortográfico, o grupo poderia "manter a grafia original por se tratar de uma marca", mas decidiu aderir às novas regras "para garantir uma imagem moderna e atual".

A partir de agora, os materiais de comunicação produzidos terão as marcas atualizadas - ponto-de-venda, embalagens, papelaria, cartões de visitas, assinaturas de e-mails etc. A empresa não revelou quanto investirá para ajustar sua comunicação nem o tempo necessário para completar o trabalho.

A companhia calçadista Vulcabras conta com mais de 35 mil colaboradores no Brasil e exterior. A marca Azaleia atua no segmento feminino no País e na América Latina e está presente no mercado desde 1965.

Azaleia passa a adotar novo acordo ortográfico
Gazeta Mercantil - 17/2/2009 - Caderno C - Pág. 10

16 fevereiro 2009

Rir é o melhor remédio


Sobre o pacote de Obama. "Yes, I Can" foi o slogan da sua campanha.

Teste #21

Quatro contadores (Eliane, Daniela, Carlos e Antonio) encontram-se na Praia de Genipabu. Descobriram que eram de cidades diferentes (João Pessoa, Brasília, Natal e Manaus) e atuavam em áreas diferentes (tributos, gerencial, ensino e auditoria). Descubra quem é quem a partir das quatro dicas abaixo:

1. O rapaz que era de Natal não trabalhava com auditoria
2. Tributária era da pessoa de João Pessoa
3. Antônio era de Brasília
4. Eliane trabalhava com analise custo-volume-lucro

Resposta do Anterior: Anual – Baixa – Balanço – Bens – Caixa – Capital – controle – Custo – Débito – Depreciação – Dobrada – Entidade – Evasão – materialidade – moeda – Previsão – Provisão - Resto

Links

1. Onde anda a turma do Castelo Ra-tim-bum

2. Bebidas estranhas

3. Pinturas famosas reproduzidas com vegetais

4. Um resumo muito interessante sobre mark-to market

Lucro com Música

Madonna é quem lucra mais
Gazeta Mercantil - 16/2/2009

Nashville (EUA), 16 de Fevereiro de 2009 - Se alguém duvida que o lucro dos músicos de hoje vem das turnês, a lista de artistas que mais ganharam dinheiro em 2008, feita pela revista Billboard, apresenta uma boa prova. Não importa o gênero, as vendas de discos no varejo ou a execução no rádio - cada um dos 20 artistas da lista fez turnê no ano passado. Para quase todos eles, a turnê gerou a maior parte da renda. E, em um ano em que as vendas de discos diminuíram mais uma vez, muitos lucraram nas bilheterias mais do que nunca.

Madonna está em 1° lugar na lista, com US$ 242,2 milhões. Seu disco foi o 50° mais vendido do país e ficou em 14° lugar na lista de vendas de música digital. No entanto, ela teve a turnê mais lucrativa de 2008. Em seguida, vêm Bon Jovi, com US$ 157,2 milhões; Bruce Springsteen (US$ 156,3 milhões); The Police (US$ 110 milhões); Celine Dion (US$ 99,2 milhões); Kenny Chesney (90,8 milhões); Neil Diamond (US$ 82,2 milhões), Rascall Flatts (US$ 63,5 milhões), Jonas Brothers (US$ 62,6 milhões) e Coldplay (US$ 62,2 milhões). Os cinco primeiros artistas da lista são também os cinco responsáveis pelas turnês mais lucrativas, segundo a Billboard Boxscore.

Logo, quem questionava se Madonna valia o contrato de 10 anos - de US$ 120 milhões- assinado com a promotora de eventos Live Nation, vai ter de mudar de idéia. A turnê Sticky & Sweet arrecadou US$ 222,9 milhões em ingressos, mas a produção pode ter custado até 40% deste valor. A margem é muito melhor no merchandising, onde ela provavelmente conseguiu mais de US$ 18 milhões em vendas, sem contar sua empresa de autorização de imagem.

Madonna vai fazer mais uma série de shows nos próximos meses - 25 no Reino Unido e na Europa - o que ajudará a aumentar os lucros. Até o meio do segundo semestre, a turnê vai somar 80 shows e entrará para a lista de 5 mais lucrativas da história.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 10)(Reuters)

XBRL

O futuro dos relatórios financeiros sem papel
Evandro Carreras e Luciana Medeiros (PricewaterhouseCoopers Brasil)
Gazeta Mercantil - 16/2/2009

16 de Fevereiro de 2009 - As empresas atualmente preparam diversas informações para o mercado com um rigor cada vez maior. São relatórios destinados à alta administração, aos analistas, às agências de rating, aos bancos, aos investidores e aos órgãos reguladores. A obrigatoriedade de envio das demonstrações financeiras em linguagem XBRL ("eXtensible Business Reporting Language), determinada recentemente pela Securities and Exchange Commisssion (SEC), fez com que muitas empresas comecem a colocar em prática um novo conceito de divulgação eletrônica de dados financeiros.

A idéia que dá suporte ao XBRL é relativamente simples. Em vez de apresentarmos as informações financeiras em formato de texto, os dados são identificados individualmente por meio de etiquetas, permitindo que sejam lidos pelos diversos softwares disponíveis no mercado. Os benefícios do XBRL estão na preparação, análise e comunicação de informações financeiras com maior eficiência e custos reduzidos. XBRL é uma linguagem baseada em XML (eXtensible Markup Language) e foi desenvolvida para uniformizar formatos e vocabulários incompatíveis, por meio de recursos tecnológicos.

Para viabilizar o entendimento das informações que estão por trás de cada dado, são criadas "taxonomias" que, basicamente, podem ser comparadas a dicionários, os quais especificam o significado financeiro do dado eletrônico. Com essa padronização e uniformização de conceitos por meio das taxonomias, espera-se uma redução substancial dos custos de divulgação e análise das informações financeiras.

As principais características da utilização do XBRL são os padrões abertos, portanto acessíveis e utilizáveis por qualquer organização, sistema operacional ou plataforma tecnológica. Nesse formato universal, vários programas podem compreendê-lo, não importando a origem, o que permite interfaces com o banco de dados, os sistemas de informações financeiras e as planilhas eletrônicas.

Um dos principais incentivadores da utilização do XBRL é a SEC, que desde 2005 instituiu programas para fomentar a adoção de informações financeiras interativas, em escala global:

Em 3 de fevereiro de 2005, a SEC ofereceu incentivos para as empresas que divulgassem seus relatórios no padrão XBRL.

Em 2006, a SEC criou o Interactive Data Test Group, grupo de empresas voluntárias para o envio de informações financeiras, utilizando os princípios contábeis norte-americanos - US Gaap.

Em 30 de maio de 2008, a SEC publicou uma proposta chamada Interactive Data to Improve Financial Reporting, na qual propunha um cronograma de implementação do padrão XBRL.

Em 1 de agosto de 2008, a SEC publicou um relatório com recomendações para aprimorar a facilidade de utilização das informações financeiras. Esse documento contempla 25 recomendações; no item II, recomendação 4.1, é descrito que a SEC, no longo prazo, deveria tornar obrigatória a disponibilização das informações financeiras de forma interativa, utilizando o XBRL.

Em 19 de agosto, a SEC anunciou a substituição do atual sistema de recebimento de arquivos eletrônicos conhecido por Edgar (Electronic Data Gathering, Analysis, and Retrieval System) pelo Idea (Interactive Data Electronic Applications). O lançamento do Idea representou um passo fundamental no uso de dados interativos para o envio de informações.

Em 17 de dezembro de 2008, a SEC aprovou a divulgação das demonstrações financeiras pelo sistema interativo. Foi divulgado um cronograma de até três anos para a obrigatoriedade do envio das informações para as companhias americanas e estrangeiras. A partir de 15 de junho de 2009, as companhias classificadas como domestic and foreign large accelerated filers, que utilizam US Gaap e têm valor de mercado mundial acima de US$ 5 bilhões, deverão submeter as demonstrações financeiras ao novo padrão. No segundo e no terceiro ano da implementação, será requerido o envio pelas demais companhias, incluindo aquelas que utilizam o IFRS emitido pelo Iasb (International Accounting Standards Board).

Em 30 de janeiro de 2009, a SEC divulgou a regra final confirmando o cronograma.

Essa questão está sendo amplamente tratada no mercado brasileiro, inclusive com os estudos para a criação de uma jurisdição local, liderada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, e com a demonstração de entusiasmo da própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do mercado em geral. As empresas que, por questões regulatórias ou mesmo para aproveitar os benefícios da nova tecnologia, forem implementar o XBRL devem considerar principalmente os seguintes tópicos:

Prazo de implementação. Implicações nos processos existentes de elaboração de relatórios, incluindo seleção de software, responsáveis pelo processo e recursos (internos ou de terceiros) para liderar a frente de codificação.

Identificação da versão da taxonomia específica da indústria, incluindo a necessidade de criação de extensões de taxonomia específica da companhia.

Conhecimento de contabilidade local e internacional.

SPED

Sped, investimento revolucionário para a relação empresas/governo
Gazeta Mercantil - 16/2/2009

Sua empresa congelou investimentos e vai deixar que a crise econômica determine seu destino? Vai postergar decisões que podem excluí-la do cenário corporativo e adotar o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) apenas quando estiver próximo do prazo da obrigatoriedade? Cuidado! Pode não haver tempo hábil para ajustes internos e implantação das soluções fiscais.

A verdade é que este pode ser o melhor momento em 70 anos - desde o "crash" da bolsa americana em 1929 - para se construir um ótimo negócio, porque é isso que acontece em momentos de turbulência econômica. Nessas ocasiões, empresas que mantêm seu foco e fazem investimentos em infraestrutura que possibilitam alavancar receita quando a economia retomar seu ciclo de prosperidade saem à frente.

Estudos realizados pela McGraw-Hill Research apontaram que as companhias que mantiveram (ou aumentaram) seus investimentos ao longo da recessão de 1981/82 tiveram uma média de crescimento de vendas de 275% nos cinco anos seguintes e que as que cortaram investimentos de marketing e infraestrutura tiveram somente um crescimento de vendas de 19% nos mesmos cinco anos.

Agora não é hora de recuar ou de diminuir investimentos. É hora de mudar, adequar-se e avançar com mais confiança e certeza.

O projeto Sped passará a ser obrigatório para muitas empresas no Brasil em 2009 e as mesmas deverão se adequar a esta nova realidade digital, já que o sistema fiscal tradicional está com seus dias contados por envolver altos custos, erros de informação, lentidão nos processos e insegurança nas informações, entre outras deficiências.

Para atender à nova lei serão necessários investimentos em tecnologia da informação (TI), segurança, nos processos de gestão e automação dos processos fiscais. Muitas empresas ainda não iniciaram os trabalhos para se adequarem às novas regras fiscais e o mais alarmante é que ainda não sabem que estão na obrigatoriedade e, quando sabem, não tratam o assunto com a devida importância.

Em 2009, a fiscalização será intensificada principalmente junto às empresas que já estão na obrigatoriedade e ainda não estão cumprindo a nova legislação.

Quando essas companhias decidirem iniciar o desenvolvimento das soluções ou buscar sistemas já prontos no mercado, poderá ser tarde. A emissão de NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) é um processo crítico, assim como as demais obrigatoriedades do Sped. Por isso, não é possível a implantação destes sistemas rapidamente, sem uma avaliação detalhada do processo sistêmico da empresa antes de integrar qualquer solução fiscal.

Quem optar por uma solução pronta tem grandes chances de gerar informações inconsistentes que podem não estar em conformidade com a legislação, sem mencionar problemas técnicos e operacionais de sistemas e performance.

Nesse momento, é fundamental avaliar o novo sistema a partir de alguns questionamentos. Por exemplo, é possível mensurar as perdas financeiras devido a não emissão de NF-e por um dia? E por vários dias? Os concorrentes que já implantaram obrigações digitais terão abocanhado fatias significativas de mercado? Como?

Empresas que emitem suas obrigações fiscais digitais darão preferência a transações comerciais com empresas que já utilizam sistemas fiscais eletrônicos devido à segurança. Além disso, há o impacto no processo de entrada de notas fiscais em papel, economia com impressão e armazenamento desses papéis e os lançamentos e auditorias no final do processo.

Já no processo eletrônico, o sistema deverá receber a NF-e, consultar a validade da mesma na Secretaria da Receita Federal (SRF), além de efetuar os lançamentos contábeis, tudo eletronicamente.

As empresas com sistemas digitais estarão cercadas de segurança nas negociações, já que seus sistemas eletrônicos deverão acessar bases de consulta de cadastros, antes da emissão da NF-e para validar a situação do CNPJ e I.E. do comprador. Com isso, a empresa ficará sabendo antes de emitir a NF-e se o comprador existe e se está em dia com suas obrigações fiscais.

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 3) Bruno Targino* - Especialista em gestão empresarial e de TI e gerente da Combillin - Soluções Fiscais)

Chelsea

Chelsea perde 74,3 milhões
Gazeta Mercantil - 16/2/2009

Londres, 16 de Fevereiro de 2009 - O Chelsea, um dos quatro grandes clubes ingleses, contabilizou uma perda de 65,7 milhões de libras (74,3 milhões de euros) no último ano fiscal, devido principalmente às dispensas dos técnicos José Mourinho e Avram Grant.

Dirigentes do Chelsea anunciaram que o clube teve que pagar 23,1 milhões de libras como indenização aos técnicos português e israelense. Além disso, o valor a ser pago ao brasileiro Luiz Felipe Scolari, demitido na semana passada, não foi incluído no cálculo. [óbvio]

O prejuízo registrado é menor que os 74,8 milhões de libras do exercício 2007, que por sua vez representava também uma melhora com respeito aos 80,2 milhões de libras perdidos em 2006.

Em busca de autossuficiência

No ano fiscal, que ia até o dia 30 de junho de 2008, a cifra de negócios aumentou em um percentual de 11,9%, para chegar aos 213,1 milhões de libras, referentes ao biênio 2006/2007. "Nos temos fixado objetivos ambiciosos de autossuficiência para 2009/2010 com zero libras procedentes do proprietário [o milionário russo Roman Abramovich]", afirmou Peter Kenyon, diretor geral do clube, quarto colocado na Liga inglesa. "Toda mudança na estrutura do efetivo será financiada pelo produto da venda de jogadores", acrescentou Kenyon.

(Gazeta Mercantil/Caderno D - Pág. 8)(AFP)

A Esposa de Madoff

Na postagem Livro de Culinária informamos que a esposa de Madoff, Ruth, era co-autora de um livro que não escreveu. Num link em 19 de janeiro para o Wall Street Journal ficamos sabendo que Ruth “não sabia” do que o marido estava fazendo.

Posteriormente, em Como se comportar na Fraude existia a seguinte dica: Transfira dinheiro para os amigos e família.

Agora o The Wall Street Journal Américas (Mulher de Madoff teria sacado milhões
Robert Frank, The Wall Street Journal , 12/2/2009, The Wall Street Journal Americas, 1) traz a seguinte notícia:

Ruth Madoff, esposa de Bernard Madoff, acusado de fraudar investidores em mais de US$ 50 bilhões, sacou US$ 15,5 milhões de uma corretora de que o marido é sócio algumas semanas antes de ele ser preso, segundo o secretário de Estado de Massachusetts.
Uma queixa apresentada ontem pelo gabinete do secretário diz que ela sacou US$ 5,5 milhões dia 25 de novembro e US$ 10 milhões a 10 de dezembro, segundo documentos da Cohmad Securities, a corretora que tem participação de Maddof e está sob investigação de Massachusetts. Madoff foi preso dia 11 de dezembro acusado de fraude financeira.
O advogado do investidor, Ira Sorkin, não respondeu a um pedido de esclarecimento feito pelo Wall Street Journal.

A queixa pede a anulação do registro da Cohmad, uma corretora baseada em Nova York e com escritório em Boston. A queixa diz que a Cohmad se recusou a dar informações sobre suas atividades em Massachusetts, suas relações com a Bernard L. Madoff Investment Securities e sobre "seu aparente papel na transferência de dinheiro da Madoff Investments para a equipe da Cohmad".

Um advogado de executivos da Cohmad não respondeu a pedido de entrevista feito ontem. Ele já havia dito que não tinha conhecimento da suposta fraude.

A queixa alega também que Sonja Kohn, banqueira européia que canalizava investimentos para Madoff, recebeu US$ 526.000 da Cohmad. A queixa diz ainda que "os pagamentos de Madoff a ela foram feitos via Cohmad e representavam uma porção do rendimento informado nos relatórios financeiros".

Uma porta-voz do Bank Medici AG em Viena, cujo conselho é presidido por Kohn, disse que ela não havia sido informada sobre a queixa e não poderia comentar. Não há informação que demonstre que Kohn tivesse conhecimento da suposta fraude.
(Colaboraram Charles Forelle e Aaron Lucchetti)


É interessante notar que na dica 8 (de Como se comportar na Fraude) afirma:

Ame sua esposa. Lembre-se que ela terá seus ativos

Contabilidade e futebol

Num Vasco que tenta criar sua engenharia financeira para enfrentar a grave crise, os obstáculos se multiplicam e arrumar a casa parece tarefa das mais difíceis. Afinal, até o acesso aos documentos contábeis para entender as movimentações recentes do clube se tornou limitado. Retrato de um clube dividido, membros do Conselho Fiscal afirmam que a gestão Roberto Dinamite, em seus quase oito meses, não enviou ao poder um documento sequer relativo a entrada de receitas ou recibos de despesas. A diretoria, no entanto, diz que herdou um atraso na contabilidade da gestão anterior.

— A direção atual não deu qualquer satisfação ao Conselho Fiscal. Nenhum recibo de despesa ou arrecadação passou por nós. Eles se elegeram pregando honestidade e transparência e fazem o contrário — afirmou Jaime Loureiro, membro efetivo do Conselho Fiscal e representante da oposição.

Contabilidade não escapa à guerra política do Vasco
Carlos Eduardo Mansur - 15/2/2009 - O Globo - 45

Doping

A Gazeta Mercantil informa que o tenista Rafael Nadal está reclamando das regras antidoping neste esporte

A partir deste ano, os 50 melhores jogadores terão de separar uma hora por dia para serem testados, de acordo com o regulamento da WADA. No entanto, Nadal, Andy Murray e Gilles Simon dizem que isto é uma medida hostil aos tenistas. "Eles te fazem sentir como um criminoso", reclama Nadal. "Nem mesmo minha mãe sabe onde eu estou todos os dias. É muito difícil saber onde você vai estar no dia seguinte, principalmente em um esporte como o tênis."

Nadal reclama de regras antidoping
13/2/2009 - Gazeta Mercantil

Não existe no tênis um bom controle anti-doping. Mas a reação do tenista é mais suspeita até em razão das dúvidas sobre a aquisição de massa muscular que Nadal teve há alguns anos.

Assembleias da Lei 11638

Assembleias à vista
13/2/2009 - Valor Econômico

A agenda da temporada de assembleias gerais deste ano será ainda mais desafiadora para os acionistas. A concentração da publicação dos balanços de 2008 no mês de março, limite do prazo legal, por conta dos trabalhos com a adaptação à nova lei contábil provocará uma concentração maior dos encontros. Os resultados completos precisam estar à disposição 30 dias antes do encontro, conforme determina a Lei das Sociedades por Ações, já que sua aprovação é tema da reunião. Sem isso, o encontro não pode acontecer.

Para contrabalançar esse cenário de agenda previsivelmente agitada, os investidores contam com uma melhora no ambiente de realização das assembleias. Diversos movimentos convergem ao objetivo principal de estimular e facilitar a participação dos investidores nesses encontros.

Sem eles, o ano seria um marco em confusão, já que a legislação societária obriga a realização dessas reuniões na sede social da empresa - não interessa se é na Zona Franca de Manaus, a milhares de quilômetros do centro financeiro do país - e com a presença física para que o voto tenha validade. Ou seja, se o acionista não vai, um procurador precisa ir para votar por ele.

Hoje, mais de cem companhias abertas - aproximadamente 25% do mercado brasileiro - possuem apenas ações ordinárias (com direito a voto), ampliando a necessidade da participação dos acionistas, inclusive minoritários, na aprovação dos assuntos. Pouco menos de um terço dessas não tem a figura de um controlador clássico, com 51% das ações, o que amplia os poderes dos demais.

Com esses dados, fica fácil entender o crescimento do empenho das companhias em melhorar as informações a respeito da pauta dos encontros, produzindo manuais com os assuntos detalhados, propostas justificadas e ainda com o modelo da procuração de voto já pronto.

Até 2007, praticamente só a Lojas Renner oferecia esse material para distribuir aos acionistas, mas em 2008 a prática ganhou adesões. Itaú e sua holding Itaúsa, Perdigão, ALL Logística, Embraer, CPFL e Paranapanema estão entre as que fizeram manuais para participação dos acionistas nas assembleias gerais do ano passado.

A expectativa é que pelo menos as companhias que no ano passado já apresentaram manuais mais robustos continuem a fazer isso neste ano. Embora a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já tenha sinalizado claramente que vai tornar esse procedimento obrigatório, com uma instrução que deve ser emitida em 2009, ainda é uma incógnita se muitas empresas vão aderir ao movimento.

Além das companhias, diversos agentes de mercado trabalharam com a meta de simplificar o exercício dos votos. Uma das principais mudanças é a desburocratização do processo.

A CVM emitiu um parecer, em meados do ano passado, esclarecendo que diversas burocracias solicitadas para o voto por procuração não são obrigatórias e, portanto, absolutamente dispensáveis. Ficou claro que não é necessário reconhecimento de firma em procurações, nem a consularização de documentos, quando se trata de voto de acionista estrangeiro.

A liberação dos acionistas desse compromisso não precisa ser prevista em estatuto, basta que a companhia informe publicamente, assim todos seguirão o mesmo procedimento.

Será a primeira temporada de assembleias com o entendimento da CVM vigente. Junto com ele, tornou-se possível o uso de procuração eletrônica com assinatura digital - dispensando a movimentação física do investidor.

Há mais avanços ainda garantidos pelo uso da tecnologia a favor dos encontros de acionistas. A BM&FBovespa inaugura já para essa temporada um sistema que facilita a obtenção pelo acionista de seu certificado de propriedade de ações - necessário para garantir quantos votos possui. Antes, a obtenção desse documento, além do deslocamento físico, demandava uma espera de aproximadamente 15 dias durante o auge da agenda de assembleias.

Agora, o certificado pode ser solicitado à corretora, que emite um comprovante digital em minutos. A adoção desse sistema atende pedido da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). "Olhamos a temporada passada e pensamos em coisas simples que poderiam evoluir e melhora a vida do acionista", disse Edison Garcia, superintendente da associação.

Tecnologia, aliás, é a palavra de ordem quando o assunto é facilidade para os acionistas. Com o posicionamento da CVM, emitido após consulta feita pela empresa especializada em serviços de relações com investidores MZ Consult, a companhia lançou sua plataforma Assembleias Online.

Como o próprio nome já diz, a empresa que contratar esse serviço permitirá que o acionista consiga, de posse de uma assinatura digital certificada, acessar o manual do encontro e emitir seu voto num único ambiente. Há serviços opcionais que poderão ou não estar disponíveis, como transmissão on-line da reunião e ainda um blog para os investidores discutirem os temas do encontro, antes de sua realização. A facilidade inclui a contratação dos serviços de procuração, eliminando essa preocupação do acionista.

Na esteira do lançamento, já aparece a concorrência, ampliando a oferta da ferramenta. A empresa de serviços financeiros Firb também colocou na praça produto semelhante. "Mais do que facilitar a vida ao evitar a necessidade presencial, representa a possibilidade de o acionista votar quando quiser, até às dez horas da noite, de sua casa, se quiser", disse Arleu Anhalt, presidente da empresa.

Rodolfo Zabisky, fundador da MZ Consult, embora otimista com o Assembleias Online, acredita que este não será o grande ano de adoção. Espera que entre 15 e 20 empresas adotem sua plataforma. Por enquanto, apenas Bematech e Totvs tomaram essa decisão.

O presidente da Bematech, Marcel Malczewski, disse que o motivo da adoção da tecnologia é "bem simples": quer ampliar o quórum de suas assembleias. O grupo de acionistas fundadores, mais os investidores que entraram antes da abertura de capital e o BNDES possuem 51% das ações. Na reunião anual do ano passado, os investidores presentem somaram 57%, o que significa que apenas os minoritários de mercado que participaram contribuíram apenas com 6% nessa fatia.

No caso da Totvs, segundo José Rogério Luiz, ainda não está certo que a plataforma estará disponível para a assembleia geral deste ano. A decisão de usar o sistema já esta tomada, mas algumas dúvidas sobre as formalidades da adesão não garantem que tudo estará pronto a tempo. "Como temos capital pulverizado, o sistema vai ajudar a conseguir mais votos."

Para Rodrigo Figueiredo Nascimento, advogado do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga, o sistema de assembleias on-line é muito interessante, mas serão necessários alguns anos para que seja amplamente utilizado no país. "Nossa história é de assembleias muito formais e presas ao papel. Vai demorar um tempo para que essa cultura mude."

O teste do voto eletrônico é aguardado no mercado. Pedro Rudge, sócio da gestora de recursos Leblon Equities, diz que está ansioso para ver quais e como as companhias vão se organizar nesse sentido. "Se der certo, o voto eletrônico pode representar uma grande revolução." Já Renato Chaves, ex-diretor da Previ que desenhou o manual de assembleias do fundo de pensão, é mais cético com relação a essa estreia. "Neste primeiro ano não acredito que vamos ver muitas empresas adotando, até agora pelo menos a movimentação não parece forte."

Um palpite dos habitués de assembleias é o de que os quóruns e o ativismo vão aumentar nessa safra. Surtindo o efeito desejado do aumento de informações disponíveis e das facilidades criadas. Vale lembrar que a Associação dos Bancos de Investimento (Anbid) tornou obrigatório, em seu código de autorregulação, que os fundos de ações tenham políticas de voto estabelecidas, o que estimula sua participação nos encontros.

Um dos motivos dessa expectativa é o fato de que muitas empresas não entregaram a performance prevista ou apresentaram problemas inesperados, como elevada exposição cambial.

"A participação deve aumentar, embora os estrangeiros talvez não participem tanto por estarem ocupados com as preocupações relacionadas à crise", avalia Pedro Rudge. "A assembleia é o melhor momento para encontrar todos os administradores, colocar opiniões e pedir explicações sobre controles de risco e alguns problemas que surgiram em meio a crise", completa Rudge.

Chaves também acredita que vai aumentar o ativismo, ou seja, diversos investidores e grupos se comunicando para fazer pleitos ou votações conjuntas. "Tenho visto uma comunicação maior entre os investidores", diz ele.

Outra tendência que os especialistas vislumbram é o aumento de pedidos de instalação de conselhos fiscais por parte de acionistas minoritários. (Colaborou Silvia Fregoni)

Precatórios

Estado do RS aprova versão gaúcha da 'PEC dos Precatórios'
13/2/2009 - Valor Econômico

Pela primeira vez no país, um Estado brasileiro poderá ser vendedor e comprador de suas dívidas ao mesmo tempo. Essa possibilidade, que pode soar estranha, está valendo no Estado do Rio Grando do Sul desde dezembro de 2008, quando foi sancionada a Lei nº 13.114. A norma autoriza o governo gaúcho, por meio da Caixa de Administração da Dívida Pública Estadual (Cadip) - sociedade de economia mista, de capital aberto, controlada pelo Estado do Rio Grande do Sul - a efetuar transações de aquisição e alienação de precatórios. Na prática, a medida permitirá que o Estado pague suas dívidas por um valor menor por meio de leilões públicos realizados por agentes financeiros oficiais. A lei é semelhante ao mecanismo criado pela proposta de emenda constitucional que ficou conhecida por "PEC dos Precatórios", em tramitação no Senado Federal, também apelidada de "PEC do Calote" pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Já criticada por advogados, a lei gaúcha poderá ser questionada na Justiça pela OAB, que estuda a possibilidade de ingressar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra ela no Supremo Tribunal Federal (STF).

A legislação do Rio Grande do Sul é semelhante à PEC dos Precatórios, que prevê a possibilidade de municípios, Estados e federação promoverem leilões para a negociação dos títulos. O principal problema de se promover o leilão, argumentam advogados, é o de que como o Estado é o único comprador dos precatórios, os valores oferecidos por eles poderão sofrer um grande deságio. "A medida viola princípios econômicos básicos, além da Constituição Federal, e pode até ser considerada confisco", diz o presidente da comissão de precatórios da seccional paulista da OAB, Flávio Brando. De acordo com o presidente do conselho federal da OAB, Cezar Britto, a lei gaúcha restringe os direitos do cidadão ao estabelecer leilão em que os títulos serão vendidos com deságio para sanar as dívidas do Estado. "Não há um vácuo na legislação no que se refere ao pagamento de precatórios e qualquer lei estadual que venha restringir os direitos do cidadão expressamente assegurados na Constituição é claramente inconstitucional", afirma.

O texto da nova lei do Rio Grande do Sul somente delega à Cadip, que já presta outros serviços para o Tesouro estadual na administração da dívida pública do Rio Grande do Sul, a tarefa de promover a compra e venda desses precatórios, mas não deixa claro como, na prática, isso funcionará. Segundo o diretor adjunto do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul, Jorge Tonetto, o governo não atuará diretamente nesses leilões. "A Cadip, como uma companhia independente, que irá ao mercado fazer essas negociações ", afirma. Na prática, os leilões deverão funcionar pela internet e todo credor disposto a dar um lance pelo seu título poderá participar - desde que ofereça um valor dentro de um deságio mínimo, que ainda será estabelecido pela Secretaria da Fazenda, e tenha a validade e titularidade de seu precatório analisada. Após isso, os credores que oferecerem os menores lances recebem o valor. Porém, de acordo com Tonetto, quem paga pelo título será a própria Cadip, e não o Estado - ou seja, ela é quem terá que entrar na fila de precatórios para receber. "O Estado só atuará regulando esse mercado", diz.

Apesar de as críticas de muitos advogados, o presidente da comissão de precatórios da OAB gaúcha, Telmo Schorr, acredita que a lei pode ser uma alternativa ao contumaz atraso no pagamento de precatórios. "É melhor que o credor receba esses valores com um deságio do Estado do que tenha que vender esses títulos para empresas que compram esses precatórios por um valor infinitamente menor, que chega, em alguns casos, a 10% do valor de seu valor de face", afirma. Além disso, segundo ele, ao menos há uma iniciativa do governo do Rio Grande do Sul em resolver o problema histórico e pagar as dívidas, mesmo que com deságio. "São cerca de 80 mil credores no Estado que estão esperando uma solução para seu problema há vários anos ", diz.

Há, no entanto, quem acredite que há outras alternativas - mais eficazes - que podem dar fim ao atraso no pagamento dos precatórios, que ocorre em vários Estados do país. O presidente da comissão de precatórios da OAB paulista, Flavio Brando, cita como exemplo a compensação de precatórios com impostos - que ainda precisa passar pelo crivo do Supremo Tribunal Federal (STF) - , a compensação com o financiamento de imóveis do Estado ou até o uso desses títulos para aumentar a contribuição dos servidores para a Previdência. "A OAB já levou boa parte dessas sugestões ao Congresso, mas nenhuma delas foi incorporada ao texto", afirma. Preocupada com a aprovação da PEC dos Precatórios tal como está - com a previsão de leilões e um limite máximo de 0,6% do orçamento anual de cada Estado ou município a ser destinado ao pagamento dos títulos -, a comissão de precatórios do conselho federal da entidade reuniu seus membros na terça-feira para pensar em novas estratégias para a questão. A ideia, segundo Brando, é que sejam realizadas audiências públicas sobre o tema - como ocorreu no embate das células-tronco -, já que o assunto e envolve contabilidade pública e direitos humanos. A comissão ainda tentará modificar a PEC no Senado.

Publicação das Fechadas

Legislação & Tributos
TRF derruba liminar e favorece limitadas
13/2/2009 - Valor Econômico

A Sexta Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São Paulo, suspendeu uma liminar obtida pela Associação Brasileira de Imprensas Oficiais (Abio) que, na prática, impedia que empresas limitadas de grande porte registrassem atos societários nas juntas comerciais sem que tenham publicado seus balanços em jornais. A liminar havia derrubado uma determinação do Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), órgão do Ministério do Desenvolvimento que reúne as juntas comerciais do país, que estabelecia que sociedades limitadas de grande porte possam "facultativamente publicar suas demonstrações financeiras nos jornais oficiais ou outros meios de divulgação, para o efeito de ser deferido o seu arquivamento nas juntas comerciais". A decisão foi tomada pela desembargadora Regina Helena Costa. A Abio informou que vai recorrer.

O principal argumento da desembargadora para suspender a liminar foi o de que a associação não tem legitimidade para defender interesse público, como alegou no processo. Na decisão, a desembargadora não entrou no mérito da obrigatoriedade de publicação dos balanços pelas limitadas de grande porte, mas declarou que a vigência da liminar poderia resultar em lesão grave e de difícil reparação. A Abio havia argumentado no processo que não tem objetivo econômico com a ação, já que os rendimentos auferidos pelas imprensas oficiais são revertidos integralmente aos cofres públicos dos respectivos Estados. O presidente da associação, Francisco Pedalino Costa, diz que a entidade defende a obrigatoriedade da publicação dos balanços pelas limitadas de grande porte nas imprensas oficiais e na grande imprensa por uma questão de transparência. "Só queremos agir de acordo com a lei", afirma.

A polêmica foi debatida pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao contestar a liminar, que havia sido concedida à Abio pela juíza Maíra Felipe Lourenço, da 25ª Vara Federal Cível da 3ª Região. A AGU argumenta que o DNRC adotou a orientação no sentido da não-obrigatoriedade. Alega também que a Lei nº 6.404, de 1976, deixa claro sobre a obrigação em relação às sociedades anônimas, enquanto para as limitadas não há essa previsão nem no Código Civil e nem na Lei nº 11.638, de 2008 - a chamada nova Lei das S.A. Em vigor desde janeiro, a nova Lei das S.A. é a legislação que equipara as limitadas de grande porte - aquelas que possuem um ativo total superior a R$ 240 milhões ou uma receita bruta anual a R$ 300 milhões - às sociedades anônimas.

Com base na liminar, a Abio já havia comunicado às juntas comerciais brasileiras que todas as sociedades de grande porte são obrigadas a publicar os balanços em diários oficiais e jornais de grande circulação. Para o advogado Renato Berger, diretor técnico do escritório TozziniFreire Advogados, a suspensão da liminar torna ainda menos provável que as juntas exijam a publicação de balanços pelas empresas limitadas de grande porte para que seus atos societários sejam nelas arquivados.

A suspensão da liminar não impactará os trabalhos da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). O presidente da junta, Valdir Saviolli, afirma que uma dificuldade operacional impede que seja feita a cobrança da publicação dos balanços por limitadas de grande porte que queiram registrar alterações da sociedade na junta. "Não temos em nosso banco de dados elementos para identificar as empresas de grande porte", reclama. "Estamos estudando um meio de reconhecer essas empresas e poder cumprir a lei exigindo a publicação do balanço", diz.

Contabilidade para Recessão

O artigo Recession accounting?, de Mohan R. Lavi (12/2/2009, Business Line (The Hindu), 9) apresenta uma questão interessante, embora não faça o devido aprofundamento do assunto.

Lavi informa que o IAS 29 trata da contabilidade em situações de hiperinflação. Se existe todo um conjunto de normas para esta situação, não seria o caso de existir normas contábeis para recessão?

Lembre-se que esta questão não é tão idiota quanto pode parecer. Por exemplo, os bancos espanhóis, conforme me alertou há anos o mestre Antônio Augusto, são obrigados por lei a fazer um maior volume de reservas em tempos de bonança.

Suborno e registro contábil

A Kellogg, Brown & Root reconheceu a culpa num processo que envolve suborno e não pagamento de impostos, concordando com o pagamento de 579 milhões em multas (Corporate News: Halliburton, KBR to Pay Record Fine, Kerry E. Grace, The Wall Street Journal, 12/2/2009, b2). Processo envolve o pagamento de propinas a servidores do governo da Nigéria.

O acordo também envolve as empresas KBR e Halliburton (aquela que esteve envolvida num suposto roubo de informações sobre o Tupi). O valor é recorde na Foreign Corrupt Practices Act, agência do governo dos EUA que trata de corrupção.

O caso envolve também a SEC, que acusou a Halliburton de ter feito o registro contábil falso sobre os pagamentos, informa o WSJ.

15 fevereiro 2009

Rir é o melhor remédio




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Auditoria e Reputação

No livro Teoria da Contabilidade afirma-se que as empresas de auditoria possuem interesse em realizar um bom trabalho para defender sua reputação. Neste sentido, preservar o “nome” da empresa de auditoria seria um motivo suficiente para a busca por um bom trabalho. Entretanto, este aspecto talvez não seja suficientemente forte num ambiente de oligopólio. Um texto a revista Business Week (For Accounting Giants, nowhere to Hide?, Nanette Byrnes & Michael Orey, 16/2/2009, 56, Volume 4119) mostra que o arranjo realizado por estas empresas pode estar com os dias contados.

Apesar das grandes empresas de auditoria (PricewaterhouseCoopers, KPMG International, a Deloitte Touche Tohmatsu e Ernst & Young) possuírem receitas de mais de 100 bilhões de dólares no ano passado, sua exposição ao risco é limitada devido ao fato de estarem constituídas como uma rede de empresas independentes. Ou seja, ações judiciais são limitadas.

Agora, dois casos podem ameaçar esta situação. Em janeiro o juiz do distrito de Nova Iorque decidiu que um júri irá analisar “se Deloitte é responsável por alegada negligência contabilidade italiano pela sua operação em 2003 o colapso do produtor de leite Parmalat”. Na terça-feira dia 17 de fevereiro, “um tribunal estadual júri, em Miami está agendado para considerar se a [empresa] baseada em Bruxelas BDO International deve ajudar a pagar de US $ 521 milhões do veredicto.”

Estes problemas acontecem num instante em que as empresas de auditoria podem enfrentar a possibilidade de assumir responsabilidade por casos como o da empresa indiana Satyam e os fundos Madoff. As empresas de auditoria estão se defendendo afirmando que são independentes.

13 fevereiro 2009

Rir é o melhor remédio



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Teste #20


Caça Palavra

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Resultado do anterior: Observe o valor de $20 mil em capital e bancos. Como cada transação corresponde a somente um lançamento, presume que seja a integralização de capital, debitando Bancos e creditando Capital. Com isto, deduzimos que a conta na linha é a conta debitada e a conta na coluna é a creditada. O resultado final é Bancos = 16.700, Clientes = 2.000, Material = 500 e Terrenos = 5.000. Contas a Pagar = 200, Capital = 20.000 e LPA = 4000.

Links

1. Um mapa mundi com a religiosidade dos países

2. Beatles em Ukelele

3. Vídeos sobre a sabedoria das multidões

4. Business Week: A Exxon é superestimada?

5. Por que jogamos xadrez? Darwin explica

6. O poder do estereotipo

Os culpados pela Crise

A revista Time fez uma pesquisa para determinar, por votação, quem foram os culpados pela crise. O campeão foi o ex-presidente Bush (para a revista).
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Riqueza no Futebol


Na figura (Football wealth, 12/2/2009, The Economist) os maiores clubes de futebol do mundo, pelo critério da receita. Os três primeiros permanecem na mesma ordem do ano anterior. O Bayer subiu 3 posições, tomando lugar do Chelsea e Arsenal. Mas o ranking foi influenciado pela cotação das moedas.

Ensino e mensuração

Ranking de universidades: impactos, pressões e melhorias
Eduardo de Carvalho Andrade
12 February 2009
Valor Econômico

(...) No Brasil, num estudo preliminar, os professores Carlos Eduardo Lobo, da PUC do Rio Grande do Sul, Rodrigo Moita, do Ibmec São Paulo, e eu, examinamos os fatores que afetam o market share das IES de administração no Estado de São Paulo. O resultado encontrado sugere que a posição da IES no mais tradicional ranking do país, o Guia do Estudante, afeta significativamente a sua fatia do mercado. Em particular, este impacto é aproximadamente duas vezes maior, caso a IES receba o conceito cinco estrelas (pontuação máxima no ranking) vis-à-vis outra com quatro estrelas. Diante destes resultados, não é surpreendente que as IES, preocupadas com a viabilidade dos seus negócios, busquem defender os seus interesses. Quando o fazem, questionam com veemência, com bons ou maus argumentos, o aparecimento de rankings que coloquem suas instituições em posição desvantajosa.

(...) Em vista do exposto, fica evidente a relevância da qualidade de um ranking oficial. O MEC vem realizando um excelente trabalho na coleta de informações sobre as IES e na divulgação, da forma mais transparente possível, do processo de avaliação das mesmas. No entanto, algumas questões deveriam ser foco da sua atenção.

(...) Na verdade, públicos diferentes desejam informações distintas. Por exemplo, os empregadores estão interessados em saber de quais IES saem os melhores profissionais. Não importa para eles se o aprendizado ocorreu nos bancos escolares, universitários ou nos sofás das casas. Para eles, o relevante é a nota no Enade dos concluintes do curso. Portanto, não faz sentido misturar esta informação com as notas dos ingressantes e nem com as demais. Já os estudantes podem decidir focar suas decisões no quanto a IES agrega para a sua formação. Desta forma, um ranking baseado somente no valor adicionado é o essencial. Neste caso, no entanto, como este valor adicionado é estimado, é importante deixar claro que as diferenças nos conceitos dados para as IES podem não ser de fato estatisticamente significativos e elas, apesar de receberem notas diferentes, podem na verdade ter a mesma qualidade de ensino. Por fim, o uso da qualidade dos insumos no ranking é questionável. O importante é o resultado alcançado pelas IES em termos de aperfeiçoamento profissional dos seus alunos, independentemente dos insumos utilizados.

Ao agregar informações, o MEC acaba por misturar "alhos com bugalhos", estipula pesos ad-hoc para cada uma das informações e fica mais vulnerável às criticas. O fundamental é fornecer um leque amplo de diferentes tipos de informações para a sociedade e deixar que ela o utilize da melhor maneira.

A segunda questão a ser levada em consideração pelo MEC é não incorrer na tentação de alterar constantemente a metodologia do ranking. Um ranking oficial funciona como um marco regulatório do governo. Como em outros setores da economia, as IES necessitam de estabilidade das regras do jogo. Isto não impede que, de tempos em tempos, aperfeiç
oamentos da metodologia possam ser feitos. (...)

Voluntários em fins lucrativos

(...) No entanto, recrutar voluntários para iniciativas com fins lucrativos pode criar problemas. Durante séculos, os seres humanos aprenderam a distinguir duas economias: a social e a de mercado. Os convidados para um jantar, por exemplo, satisfazem as obrigações sociais levando aos seus anfitriões uma garrafa de vinho. Mas Dan Ariely, professor de economia comportamental da Fuqua School of Business da Duke University e autor do livro "Previsivelmente Irracional: Como as Situações do Dia-a-Dia Influenciam Nossas Decisões", diz que seria uma intromissão chocante da economia de mercado se os convidados levassem aos anfitriões um cheque, em vez do vinho.

Os administradores que trabalham na economia da mão-de-obra gratuita precisam ter esses dois mundos em mente. Recrutar trabalhadores apelando para seu lado social e invocando sua generosidade ou espírito comunitário, para depois ganhar dinheiro em cima deles, pode desencadear uma reação adversa. Isso pode manchar suas reputações na mesma velocidade que um voluntário furioso leva para atualizar seu blog. "Trata-se de uma linha muito delicada", diz Ariely, "e o ambiente de trabalho moderno está bem no meio." (...)

(Tradução de Mário Zamarian) Onde ninguém trabalha por dinheiro
12/2/2009 - Valor Econômico

12 fevereiro 2009

Rir é o melhor remédio


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Teste #19

Grau de Dificuldade **
PP resolveu fazer a contabilidade de sua empresa. Como ele não tinha um sistema computadorizado, mas entendia bem das partidas dobradas, PP resolveu criar uma planilha eletrônica onde registraria o lançamento a débito e o lançamento a crédito. Como sua empresa é pequena, o plano possuía 7 contas somente. Depois de ter registrado oito operações a planilha estava desta forma:



Você saberia fazer o balanço patrimonial ao final do período? Observe que cada transação teve somente um registro na planilha de PP.

Resposta do anterior: p = chance do governo lançar o pacote. $10000 p = 3000 (1 – p)
13000 p = 3000
p = 23,08%
Se a chance for menor que 23,08%, deve vender o título no mercado agora.