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10 fevereiro 2016

Links

Teoria dos seis graus de separação ainda deve ser questionada

Aqui texto do NYTimes

A arte que você vê na chuva (fotografia)

Um árbitro de futebol é mais favorável ao time da casa? (Análise usando o campeonato espanhol)

Estudantes de MBA competitivos tendem a receber um melhor salário no futuro

Como encontrar seu celular perdido

Como ativar o xadrez escondido do Facebook Messenger

Subsídio ao BNDES terá impacto fiscal de 323 bilhões até 2060



Aí fica pergunta: qual foi o retorno pra sociedade com esse subsídio de 323 bilhões de reais? Dado a depressão econômica em que o país se encontra, parece que foi muito pouco.  Mas a conta vai ser paga por todos com mais juros, menos crescimento econômico e mais dívida.

Resenha: Audible

Uma ótima opção para quem quer ler mais são os audiolivros. Você compra um cd ou um mp4 do livro e pode ouvir em qualquer lugar. Há ainda a opção de aumentar a velocidade da narração, ou de diminuir. Quando você volta para o programa, ele recomeça de onde você parou. Em alguns casos há, inclusive, a sincronização entre o ebook e o audiolivro. As possibilidades são incríveis.

Infelizmente a produção nacional ainda é escassa, mas para quem tem um bom ouvido para inglês recomendo o Audible

Audible é uma plataforma de audiolivros desenvolvida pela Amazon. Ao fazer o cadastro, você ganha o primeiro livro de graça e a partir daí pode ser um associado, que recebe descontos nos livros assim como alguns créditos para trocar por livros, ou pode comprar o livro como em uma loja virtual comum. Antes de escolher os livros, ouça a amostra em inglês, pois a narração pode vir com um sotaque que comprometa o entendimento, a voz pode te irritar, além de outras questões que adquirimos com o tempo. Há também o oposto: você gosta tanto de um narrador que começa a procurar livros narrados por ele. (Se você assiste Grey’s Anatomy, há vários livros de literatura young adult narrados pela April Kepner (Sarah Drew)).

O mercado literário leva o audiolivro tão a sério que a data de publicação de uma obra leva em consideração o tempo que leva gravar o áudio também. Imagine o “atraso”! Note a duração de alguns livros: Finding Audrey, o novo livro da Sophie Kinsella, 6h39; The Drunkard’s Walk tem 9h19; o The Hobbit foi dividido em dois arquivos (o que é ruim, pois consome créditos) um com 11h02 e o outro com 6h01 o livro 5 da série As Crônicas de Gelo e Fogo tem 49h. Para gravar, há a participação de narradores, produtores, diretores, etc, além da cabine de gravação e de todo o material acústico. O livro não é narrado como eu leria, mas sim como se eu estivesse contando uma história. É fantástico.

Eu comecei a ouvir por indicação do meu melhor amigo literário e foi um super presente. Eu sou um pouco ansiosa e impaciente então, como uma criança que recebe um picolé para ficar quietinha, o Audible é a minha muleta favorita para enfrentar o trânsito e as filas.

Vale a pena: Sim, especialmente se você é o tipo de pessoa que tenta ler enquanto anda. Ainda, livros narrados pelos próprios autores, como memórias ou biografias, têm um charme extra. A parte que pesa é a cotação do dólar. 

Alphabet

O gráfico da The Economist (via aqui) mostra uma relação expressiva entre a geração de receita e o valor de mercado da Alphabet (Google).

Em empresas de tecnologia, o valor da receita é um parâmetro fundamental na determinação do valor. Na semana passada a Linkedin teve uma grande queda no preço das ações exatamente por não ter apresentado um crescimento de receita dentro do esperado pelo mercado.

Homem e mulher

Claudia Goldin, da Harvard University, tentou verificar a razão de existirem poucas mulheres economistas. Ela comparou a nota obtida no curso introdutório com o desempenho posterior (formatura). As mulheres (vermelho) com as melhores notas (A e A-) tinham basicamente a mesma probabilidade de formar que os homens. Mas as notas ruins exercem um impacto muito maior sobre as mulheres que nos homens. Os homens seriam mais persistentes?

O papel da contabilidade nas finanças comportamentais

Resumo:

This short letter argues that insights from behavioral accounting are highly relevant for studies examining human aspects in finance. This is important because research focusing on the users of financial information and their characteristics often assumes that financial information in itself is neutral, unbiased and value-free. However, the information used by investors and capital markets participants for making economic decisions is prepared by accountants, who use their professional judgments by interpreting and applying accounting standards.

Fonte: Andreas Hellmann, The role of accounting in behavioral finance, Journal of Behavioral and Experimental Finance, Volume 9, March 2016, Pages 39-42, ISSN 2214-6350.

Rir é o melhor remédio


... ou um blog.

09 fevereiro 2016

Barril a $30 e as empresas de petróleo

Recentemente postamos os potenciais efeitos do barril de petróleo a $30. Uma estimativa grosseira mostra um potencial de amortização de mais de 100 trilhões de dólares.

Texto do Estadão mostra outro efeito: queda nas reservas provadas da empresa brasileira Petrobras em 20% (de Antonio Pita e Fernanda Nunes, 30 de janeiro, Reservas provadas da Petrobrás recuaram 20%). Com o preço do barril a trinta dólares, alguns projetos tornaram-se inviáveis. E o valor de 20% provavelmente deve supor que os preços devem sofrer um aumento nos próximos anos.

Outro texto, do Wall Street Journal, mostra o dilema das empresas de petróleo: distribuir dividendos (acalmando seus acionistas) ou focar no endividamento (evitando distribuir dividendos).

Finalmente, o preço atual do petróleo é um problema para as fontes alternativas de energia. Geralmente a produção de energia por estas fontes possuem um ponto de equilíbrio elevado, só garantido quando o preço do petróleo estiver em patamares bem superiores ao atual. Tempo ruim para as eólicas, produtores de álcool combustível e outros.

Mercado Acionário dos EUA em 2016

O mercado acionário dos EUA deve terminar o ano de 2016 em queda. Esta é a previsão do indicador do SuperBowl. Nos últimos 25 anos, nas vezes que a liga americana venceu o SuperBowl o mercado acionário caiu. Isto ocorreu em 2015, 2005, 2002 e 2000. E nas vezes que a liga nacional venceu o mercado subiu; é o caso de 2009 a 2014. Existiram exceções a esta regra: 2008, 2004, 2001 1999 e 1998. Isto corresponde a 18% dos casos. Ou seja, o indicador acerta 82% das vezes.


Links

Um religioso saudita disse que xadrez é perda de tempo e encoraja apostas

Normas de instrumentos financeiros e lobby no Fasb

Brasil é a nova Grécia

Governo do Nepal proibiu o Futsal

História do alimento mais popular do mundo (vídeo)

O filme que Jerry Lewis não terminou (foto)

Rir é o melhor remédio


08 fevereiro 2016

Tecnologia: benefícios e malefícios

Escrito por Lauro de Paula para o Pós-Graduando

Não é de hoje que temos visto diversos textos e reportagens sobre a utilização da tecnologia no nosso cotidiano.

Alguns artigos têm evidenciado o lado negativo da tecnologia.

Por um lado, os benefícios que a tecnologia nos trouxe e tem nos trazido são, sem dúvidas, enormes.

Os smartphones são um bom exemplo de praticidade. Com eles, é possível tirar fotos, gravar vídeos, acessar aplicativos úteis no dia a dia, responder e enviar e-mails, acessar redes sociais, dentre outros. Além do mais, a possibilidade de resolver problemas a distância usando a tecnologia é algo muito importante na atualidade.

Por outro lado, o uso não moderado dos smartphones pode implicar diretamente em diversos tipos de problemas sociais.

Por exemplo, o imenso volume de informações que podem ser obtidas na internet pode causar confusão de interesses nas pessoas. Justamente pelo fato de descobrir que existem diversos caminhos que podem ser seguidos, o indivíduo pode se sentir perdido e completamente indeciso sobre um planejamento futuro.

Os adolescentes se encaixam bem nesse exemplo, onde muitas vezes não se sabe o que quer ou o que fazer para obter um futuro melhor.

Infelizmente, tal exemplo não se limita apenas aos adolescentes.

Creio que você conhece pelo menos uma pessoa jovem/adulta que ainda não sabe o que fazer da vida, seja ainda se decidindo sobre qual curso de graduação cursar, seja se decidindo sobre ir para o mercado de trabalho ou se especializar um pouco mais.

Além disso, um outro problema dos smartphones que considero grave é a falta de atenção e foco que eles têm causado em muitas pessoas.

Fonte: Aqui
Imagine a seguinte situação: você está conversando com um(a) amigo(a) sobre um assunto que é importante para você e, do nada, ele(a) recebe uma mensagem no smartphone.

Ao invés de ignorar e continuar te ouvindo, ele(a) simplesmente te ignora e começa a responder a mensagem.

Você já fez isso ou já passou por situação semelhante? (Acredito que sim!).

Com isso, temos evidenciado um interesse maior pelo mundo virtual.

Nesse contexto, lembro de um vídeo com uma entrevista feita com o Prof. Dr. Leandro Karnal (RDIDP da UNICAMP), onde ele conta uma experiência que teve em uma conversa com uma arquiteta.

Ele se encontrou com a arquiteta em um restaurante para combinar um serviço e, por duas vezes, ela interrompeu a conversa para atender o celular.

Ao atender a terceira chamada, ela percebeu que era ele que havia ligado e, então, eles continuaram a conversa por telefone.

Tal atitude foi uma crítica importantíssima e, se ela tem ética e bom senso, tenho certeza que refletiu sobre isso e não repetiu esse erro em outras ocasiões.

Como utilizar o Instagram

Em clima de comemoração pela quantidade de seguidores que alcançamos no Instagram, que tal conversarmos mais sobre isso?

O Instagram (IG) é uma rede social baseada em fotos. Se você gosta de livros, pode criar uma conta sobre literatura. Se você é um bom professor que gosta de ensinar outros professores, pode fazer postagens sobre isso, se é um estudante, pode documentar a sua caminhada escolhendo fotos que captem as informações que você deseja repassar.

Seguem algumas dicas da nossa trajetória por lá;

- Divirta-se. Faça por você e não pelos likes. Ao mesmo tempo utilize os likes como termômetro para melhorar o seu trabalho.

- Não utilize a câmera do Instagram para fotografar. Se você fotografa com o Instagram não pode “recortar a foto” (crop) ou reenquadrar. Se você decidir postar mais tarde não poderá, pois o IG não salva rascunhos. então utilize a máquina do seu celular ou outro app próprio para fotografia.

- Foque a qualidade e não quantidade. Não há problema em utilizar a sua máquina fotográfica e não o Instagram. Basta ter as ferramentas para transferir as imagens (Dropbox, por exemplo, é uma boa opção).

- Se comprometa um pouco com a qualidade e enquadramento das fotos. A imagem padrão do Instagram é quadrada (1x1) então, quando você decidir postar uma imagem retangular, mais cuidados são necessários. O IG já se atualizou para que, com algumas configurações, você consiga colocar fotos retangulares, mas há também outros programas suplementares como o InstaSize que são mais intuitivos. 

- Edite as fotos de forma similar para criar uma marca consistente. Nós geralmente passamos as fotos originais para o app Afterlight, aumentamos o brilho e a exposição, deixamos mais acentuada e clareamos um pouco. Há vários vídeos no YouTube nos quais os Instagramers mostram como editam as suas fotos. Assista até encontrar um que te agrada.

- Utilize hashtags para potencializar o alcance da sua conta. No nosso caso podemos acrescentar #contabilidade, #ciênciascontábeis e etc. aqui vale ressaltar que o acento influencia. A hashtag #Contábeis levará para fotos diferentes da #Contabeis (sem o acento).

- Seja legal e apoie os outros. Curta fotos, comente, não fique murrinhando interação. O melhor do Instagram é se concertar com outras pessoas. Em nosso IG, por exemplo, gostamos de dar boas vindas aos que foram aprovados no vestibular, parabenizar quem está se formando, participar do desespero ou prazer advindo dos estudos. É a melhor parte!

Você tem alguma dica ou apps para complementar a postagem? Conhecem contas que querem indicar? Te aguardamos nos comentários.

Finanças Pessoais: Ciclo de Vida e Finanças

A figura abaixo apresenta de maneira resumida a vida financeira de uma pessoa ao longo da vida. De vermelho, as dívidas; verde são os rendimentos recebidos; azul corresponde ao consumo de bens e serviços; e preto é a economia. Dívida mais salário são idênticos ao consumo e economia, como um balanço contábil.

Quando criança, a pessoa só consome; obviamente é financiada por alguém, geralmente os país. Na segunda fase a pessoa entra no mercado de trabalho, com as dívidas acumuladas em razão do financiamento estudantil ou do primeiro imóvel, mas conseguindo uma economia, já que o consumo não é tão expressivo.

A terceira fase corresponde a maternidade/paternidade. O consumo aumenta e o salário não é suficiente para os gastos. A fase seguinte permite um aumento nas economias, que ajuda na redução das dívidas. O consumo é menor. A velhice chega com um aumento nos gastos com saúde e redução da economia.

É certo que este ciclo não será idêntico para todas as pessoas. Em algumas, a fase do início no mercado de trabalho pode não resultar em economias. Mas isto precisa ser compensado nas fases seguintes.

Rir é o melhor remédio


Excesso de confiança, previsibilidade dos retornos e excesso de negociação


Resumo:

Individuals and asset managers trade aggressively, resulting in high volume in asset markets, even when such trading results in high risk and low net returns. Asset prices display patterns of predictability that are difficult to reconcile with rational expectations–based theories of price formation. This paper discusses how investor overconfidence can explain these and other stylized facts. We review the evidence from psychology and securities markets bearing upon overconfidence effects, and present a set of overconfidence based models that are consistent with this evidence.

Overconfident Investors, Predictable Returns, and Excessive Trading Kent Daniel and David Hirshleifer Working Paper No. 21945 January 2016.

07 fevereiro 2016

Adiamento do balanço

A empresa adiou a divulgação do balanço em razão dos problemas com fraudes. A contabilidade da empresa não sabe estimar o efeito total da fraude e diante desta incerteza optou-se por postergar também a assembleia dos acionistas. Mas provavelmente o valor da baixa contábil deve superar tranquilamente os dois dígitos dos bilhões.

Parece um roteiro familiar. Lembra o que ocorreu com a Petrobras. Mas a empresa em questão está localizada na Alemanha, o paraíso das pessoas honestas. A nova data de evidenciação não está definida.

A posição do mercado encontra-se a seguir:
As cotações na bolsa de Frankfurt mostravam um valor da ação entre 248 (em meados de março) e 167, em setembro. Com as primeiras notícias da fraude, a ação caiu para 105, chegando a 140 no início de janeiro. Na última negociação a ação tinha o preço de 118.

Links

Batida entre um automóvel de 2009 e outro de 1959 mostra a evolução da segurança (vídeo)

Adoção do novo padrão de reconhecimento da receita está atrasado nos EUA (pesquisa da KPMG)

Google pagou US$ 1 bi para ser o buscador do iPhone e iPad


Mapa da migração dos pássaros na América (ao lado)

Hooper, TEDx e nova abordagem na contabilidade (video) 

Recuperabilidade

A conta da figura acima é simples. Existem reservas provadas de petróleo de 1700 bilhões de barris no mundo. Nos últimos meses, o preço do petróleo caiu de cem dólares para trinta dólares. Esta redução de 70 dólares corresponde a uma redução no valor das reservas em 119 trilhões de dólares.

Se todas as empresas de petróleo no mundo fizesse o teste de recuperabilidade, este seria o valor da "potencial" amortização do ativo. É bem verdade que isto deve ser tomado com cuidado já que o teste deve levar em consideração o preço futuro estimado, trazido a valor presente, das reservas e o valor foi calculado em relação ao preço atual. Caso persista este cenário deverá haver uma amortização.

Pesquisa acadêmica destrói a previsibilidade dos retornos?

Resumo:

We study the out-of-sample and post-publication return-predictability of 97 variables that academic studies show to predict cross-sectional stock returns. Portfolio returns are 26% lower out-of-sample and 58% lower post-publication. The out-of-sample decline is an upper bound estimate of data mining effects. We estimate a 32% (58% - 26%) lower return from publication-informed trading. Post-publication declines are greater for predictors with higher in-sample returns, and returns are higher for portfolios concentrated in stocks with high idiosyncratic risk and low liquidity. Predictor portfolios exhibit post-publication increases in correlations with other published-predictor portfolios. Our findings suggest investors learn about mispricing from academic publications.

Fonte: Does Academic Research Destroy Stock Return Predictability? R. DAVID MCLEAN, JEFFREY PONTIFF. Jan 14, 2016
DOI: 10.1111/jofi.12365