01 agosto 2015
Fato da Semana: Balanços do Semestre (semana 30 de 2015)
Fato da Semana: Começaram a safra dos balanços semestrais. E as notícias incluem a grande dívida que o governo tem com a Embraer, a baixa contábil da Anglo com o projeto de minério no Brasil, a surpresa favorável dos Magazines Luiza, o aumento do lucro do Bradesco e assim por diante.
Qual a relevância disto? Os resultados refletem os problemas e as vantagens comparativas das empresas. Em alguns casos, como é o da Embraer, os problemas da economia possuem reflexo nas demonstrações.
Positivo ou Negativo? Positivo. Este é um momento em que o “blá-blá-blá” dos analistas é trocado pela mensuração contábil.
Desdobramentos? Apesar de alguns pesquisadores insistirem na irrelevância da contabilidade como informação para o mercado, esta possui importância pela confirmação (Bradesco, por exemplo) ou pela surpresa (Magazine Luíza).
Qual a relevância disto? Os resultados refletem os problemas e as vantagens comparativas das empresas. Em alguns casos, como é o da Embraer, os problemas da economia possuem reflexo nas demonstrações.
Positivo ou Negativo? Positivo. Este é um momento em que o “blá-blá-blá” dos analistas é trocado pela mensuração contábil.
Desdobramentos? Apesar de alguns pesquisadores insistirem na irrelevância da contabilidade como informação para o mercado, esta possui importância pela confirmação (Bradesco, por exemplo) ou pela surpresa (Magazine Luíza).
31 julho 2015
TCU contrata matemáticos do IMPA para análise de contas
Diante da gigantesca quantidade de contas públicas para serem analisadas por uma equipe pequena, o Tribunal de Contas da União (TCU) pediu ajuda a um grupo de matemáticos para encontrar uma forma mais rápida e eficaz de realizar esse processo. O tribunal firmou nesta quarta-feira um acordo de cooperação com o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). O objetivo é desenvolver operações matemáticas que identifiquem contas com indícios de irregularidades - e necessitem, portanto, de investigação.
O diretor-geral do Instituto, César Camacho, selecionou um grupo de estudiosos das mais diversas áreas da matemática para auxiliar os auditores. Juntos, eles desenvolverão uma operação capaz de agilizar o processo. "Nossa contribuição será no sentido de desenvolver modelos matemáticos destinados a identificar determinados padrões em bancos de dados utilizados pelo TCU em seus processos de auditoria. A análise destes padrões pode sugerir a necessidade, em alguns casos, de uma investigação mais aprofundada", explica.
[...]
Fonte: aqui
Então caros leitores... Parece que usar matemática em auditoria não faz sentido nenhum, né?
Pelo contrário, talvez no futuro os computadores sejam capaz de realizar as tarefas dos auditores de forma bem mais barata e eficiente. Segue um artigo bem recente de pesquisadores da Universidade de Brasília acerca uso da matemática (neste caso, a lei de Benford, que já foi alvo de várias postagens neste blog) em auditoria pública:
Auditing of public works is a time consuming task because budget worksheets are often long and difficult to analyze. The present work illustrates the application of Newcomb-Benford Law (NB Law) to detecting overpricing in worksheets of public works. That law suggests that the frequency of the first digit in a multitude of non-manipulated numerical databases is decreasing from digit 1 to digit 9. The paper describes the relevant statistical tests of NB Law and applies these tests to the work of Brazil's Maracanã Soccer arena renovation for the 2014 FIFA World Cup. Next, it compares NB Law's results with those obtained with the analysis of prices conducted by the Brazilian Court of Accounts (TCU). The tests identified 17 items in the worksheet that did not comply with the Law and corresponded to 71.54% of the total overpricing uncovered by TCU.
Fonte: aqui
Então caros leitores... Parece que usar matemática em auditoria não faz sentido nenhum, né?
Pelo contrário, talvez no futuro os computadores sejam capaz de realizar as tarefas dos auditores de forma bem mais barata e eficiente. Segue um artigo bem recente de pesquisadores da Universidade de Brasília acerca uso da matemática (neste caso, a lei de Benford, que já foi alvo de várias postagens neste blog) em auditoria pública:
Auditing of public works is a time consuming task because budget worksheets are often long and difficult to analyze. The present work illustrates the application of Newcomb-Benford Law (NB Law) to detecting overpricing in worksheets of public works. That law suggests that the frequency of the first digit in a multitude of non-manipulated numerical databases is decreasing from digit 1 to digit 9. The paper describes the relevant statistical tests of NB Law and applies these tests to the work of Brazil's Maracanã Soccer arena renovation for the 2014 FIFA World Cup. Next, it compares NB Law's results with those obtained with the analysis of prices conducted by the Brazilian Court of Accounts (TCU). The tests identified 17 items in the worksheet that did not comply with the Law and corresponded to 71.54% of the total overpricing uncovered by TCU.
30 julho 2015
Delação premiada
Um novo acusado aceitou o acordo de delação premiada e vai colaborar com Polícia Federal e Ministério Público Federal. Na última sexta-feira (24), em uma entrevista coletiva, o Ministério Publico Federal tinha dito que a Operação Lava-Jato tem no total 22 delatores e que seis nomes eram mantidos em sigilo.
Um desses delatores é Mário Góes, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção. Ele foi preso acusado de ter repassado dinheiro de propina das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
[...]
Na 16ª fase da Operação Lava-Jato, dois depoimentos importantes são aguardados. Um será com o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon da Silva, e o outro com o executivo da Andrade Gutierrez Flavio Barra. [...] Os dois são acusados de participação também no repasse de propina, envolvendo contratos de obras e serviços na construção da usina de Angra 3.
O Ministério Público Federal informou que ofereceu denúncia a mais cinco nomes envolvidos na 14ª fase da Operação Lava-Jato. O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, a advogada Cristina Maria da Silva Jorge e os empresários João Antônio Bernardi Filho, Antônio Carlos Bernardi e Julio Gerin Almeida Camargo foram denunciados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. O juíz Sérgio Moro vai decidir se aceita essa denúncia.
Fonte: Aqui
Leia mais sobre depoimentos de Mário Góes: Aqui
Um desses delatores é Mário Góes, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção. Ele foi preso acusado de ter repassado dinheiro de propina das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
[...]
Na 16ª fase da Operação Lava-Jato, dois depoimentos importantes são aguardados. Um será com o presidente licenciado da Eletronuclear, Othon da Silva, e o outro com o executivo da Andrade Gutierrez Flavio Barra. [...] Os dois são acusados de participação também no repasse de propina, envolvendo contratos de obras e serviços na construção da usina de Angra 3.
O Ministério Público Federal informou que ofereceu denúncia a mais cinco nomes envolvidos na 14ª fase da Operação Lava-Jato. O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, a advogada Cristina Maria da Silva Jorge e os empresários João Antônio Bernardi Filho, Antônio Carlos Bernardi e Julio Gerin Almeida Camargo foram denunciados pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. O juíz Sérgio Moro vai decidir se aceita essa denúncia.
Fonte: Aqui
Leia mais sobre depoimentos de Mário Góes: Aqui
O poder secreto do tempo
The Secret Powers of Time
A palestra apresentada no TED está com legendas melhores:
O psicólogo Philip Zimbardo afirma que a felicidade e o sucesso são originados numa característica que a maioria de nós ignora: o jeito como nos orientamos em relação ao passado, presente e futuro. Ele sugere que a calibração da nossa perspectiva sobre o tempo é o primeiro passo para melhorar nossas vidas.
A palestra apresentada no TED está com legendas melhores:
O psicólogo Philip Zimbardo afirma que a felicidade e o sucesso são originados numa característica que a maioria de nós ignora: o jeito como nos orientamos em relação ao passado, presente e futuro. Ele sugere que a calibração da nossa perspectiva sobre o tempo é o primeiro passo para melhorar nossas vidas.
Dados contábeis, valores do mercado e retorno esperado
Resumo:
Under fairly general assumptions, expected stock returns are a linear combination of two firm fundamentals―book-to-market ratio and return on equity. This parsimonious relation is pervasive, producing expected return proxies (ERP) that predict the cross section of out-of-sample returns in 26 of 29 international equity markets. The average slope coefficient on the ERP is a highly significant 1.05. In contrast, factor-model-based proxies fail to exhibit predictive power worldwide. Integrating the model with a dynamic information structure, we show analytically, and verify empirically, that the importance of return on equity in forecasting future stock returns depends on the quality of the accounting information. This extension also reconciles our model with alternative characteristic-based forecasters. These findings suggest that a tractable accounting-based valuation model provides a unifying framework for obtaining reliable proxies of expected returns worldwide.
Chattopadhyay, Akash, Matthew R. Lyle, and Charles C.Y. Wang. "Accounting Data, Market Values, and the Cross Section of Expected Returns Worldwide." Harvard Business School Working Paper, No. 15-092, June 2015.
Under fairly general assumptions, expected stock returns are a linear combination of two firm fundamentals―book-to-market ratio and return on equity. This parsimonious relation is pervasive, producing expected return proxies (ERP) that predict the cross section of out-of-sample returns in 26 of 29 international equity markets. The average slope coefficient on the ERP is a highly significant 1.05. In contrast, factor-model-based proxies fail to exhibit predictive power worldwide. Integrating the model with a dynamic information structure, we show analytically, and verify empirically, that the importance of return on equity in forecasting future stock returns depends on the quality of the accounting information. This extension also reconciles our model with alternative characteristic-based forecasters. These findings suggest that a tractable accounting-based valuation model provides a unifying framework for obtaining reliable proxies of expected returns worldwide.
Chattopadhyay, Akash, Matthew R. Lyle, and Charles C.Y. Wang. "Accounting Data, Market Values, and the Cross Section of Expected Returns Worldwide." Harvard Business School Working Paper, No. 15-092, June 2015.
29 julho 2015
Denúncia contra executivos ligados à Odebrecht
A Justiça Federal aceitou, nesta terça-feira (28), a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o presidente da Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht, e outras 12 pessoas investigadas na Operação Lava Jato.
O grupo foi denunciado pelo MPF na sexta-feira (24). Com o recebimento da denúncia pela Justiça, a partir de agora eles são réus na ação penal que vai apurar os supostos crimes cometidos por eles, como organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro nacional e internacional.
Segundo a denúncia, os envolvidos participariam de um esquema de corrupção na Petrobras. [...]
No despacho em que aceita a denúncia, o juiz federal Sérgio Moro considerou que as provas apresentadas pelo MPF até o momento justificam a abertura do procedimento contra os acusados.
"Portanto, há, em cognição sumária, provas documentais significativas da materilidade dos crimes, não sendo possível afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores", pontuou o magistrado.
[...]
Lavagem de dinheiro
Para o MPF, a Odebrecht montou uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro. Com isso, a companhia pôde pagar propinas a executivos da Petrobras para fechar contratos com a estatal.
As denúncias partiram de depoimentos de ex-funcionários da Petrobras, como o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça e detalhou o funcionamento do esquema.
A Odebrecht é uma entre as várias empresas investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014 e que tem apurado desvios de dinheiro da Petrobras.
A 14ª fase da operação, deflagrada em junho deste ano, culminou na prisão de Marcelo Odebrecht e de outros executivos ligados à empresa. Atualmente, apenas Marcelo, filho do fundador da companhia, tem vínculo direto com a empreiteira. Os demais réus já foram desligados da empresa.
[...]
Em entrevista coletiva na sexta-feira (24), em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol disse que são 13 denunciados de cada empresa.
Um dos esquemas envolvendo a Odebrecht ocorreu na construção do Centro Administrativo da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo.
Outro envolveu a Braskem, empresa do grupo Odebrecht, em um contrato com a Petrobras para compra de nafta, que teria dado um prejuízo de R$ 6 bilhões à estatal petroleira.
Nesta transação, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria recebido propinas de R$ 5 milhões por ano e passado parte do dinheiro para o ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e depois ao próprio Partido Progressista, afirmou o procurador.
De acordo com o MPF e a Polícia Federal, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez formavam um cartel para fraudar licitações da Petrobras, obtendo preços favoráveis e, com isso, lucros extraordinários. Parte desse lucro excedente era usada para pagar propina a agentes públicos e partidos políticos, conforme os procuradores.
[...]
Segundo Dallagnol, documentação obtida nas investigações mostra que a Odebrecht e denunciados no esquema tinham contas e valores em empresas offshore, fora do país.
Uma investigação das autoridades suíças apontou que empresas do Grupo Odebrecht utilizaram contas bancárias naquele país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras.
Fonte: Aqui
O grupo foi denunciado pelo MPF na sexta-feira (24). Com o recebimento da denúncia pela Justiça, a partir de agora eles são réus na ação penal que vai apurar os supostos crimes cometidos por eles, como organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro nacional e internacional.
Segundo a denúncia, os envolvidos participariam de um esquema de corrupção na Petrobras. [...]
No despacho em que aceita a denúncia, o juiz federal Sérgio Moro considerou que as provas apresentadas pelo MPF até o momento justificam a abertura do procedimento contra os acusados.
"Portanto, há, em cognição sumária, provas documentais significativas da materilidade dos crimes, não sendo possível afirmar que a denúncia sustenta-se apenas na declaração de criminosos colaboradores", pontuou o magistrado.
[...]
Lavagem de dinheiro
Para o MPF, a Odebrecht montou uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro. Com isso, a companhia pôde pagar propinas a executivos da Petrobras para fechar contratos com a estatal.
As denúncias partiram de depoimentos de ex-funcionários da Petrobras, como o ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, que firmou um acordo de delação premiada com a Justiça e detalhou o funcionamento do esquema.
A Odebrecht é uma entre as várias empresas investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014 e que tem apurado desvios de dinheiro da Petrobras.
A 14ª fase da operação, deflagrada em junho deste ano, culminou na prisão de Marcelo Odebrecht e de outros executivos ligados à empresa. Atualmente, apenas Marcelo, filho do fundador da companhia, tem vínculo direto com a empreiteira. Os demais réus já foram desligados da empresa.
[...]
Em entrevista coletiva na sexta-feira (24), em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol disse que são 13 denunciados de cada empresa.
Um dos esquemas envolvendo a Odebrecht ocorreu na construção do Centro Administrativo da Petrobras em Vitória, no Espírito Santo.
Outro envolveu a Braskem, empresa do grupo Odebrecht, em um contrato com a Petrobras para compra de nafta, que teria dado um prejuízo de R$ 6 bilhões à estatal petroleira.
Nesta transação, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa teria recebido propinas de R$ 5 milhões por ano e passado parte do dinheiro para o ex-deputado José Janene (PP), já falecido, e depois ao próprio Partido Progressista, afirmou o procurador.
De acordo com o MPF e a Polícia Federal, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez formavam um cartel para fraudar licitações da Petrobras, obtendo preços favoráveis e, com isso, lucros extraordinários. Parte desse lucro excedente era usada para pagar propina a agentes públicos e partidos políticos, conforme os procuradores.
[...]
Segundo Dallagnol, documentação obtida nas investigações mostra que a Odebrecht e denunciados no esquema tinham contas e valores em empresas offshore, fora do país.
Uma investigação das autoridades suíças apontou que empresas do Grupo Odebrecht utilizaram contas bancárias naquele país para pagar propina a ex-diretores da Petrobras.
Fonte: Aqui
Resultados do 2o trimestre: Lucro da BP despenca
O lucro da petroleira BP no segundo trimestre caiu quase dois terços em comparação ao ano passado, com preços menores do petróleo, uma baixa contábil na Líbia e um encargo de 10,8 bilhões de dólares pelo vazamento de óleo de 2010 no Golfo do México.
Esperando um período prolongado de preços baixos de petróleo, a companhia britânica de óleo e gás também cortou seus planos de investimento para este ano pela segunda vez, levando o valor para menos de 20 bilhões de dólares, ante 22,9 bilhões anunciados no ano passado. A rival norueguesa Statoil também anunciou mais cortes de gastos.
O vice-presidente financeiro da BP, Brian Gilvary, disse que espera que os preços do petróleo continuem fracos no médio prazo devido ao excesso de oferta no mundo todo.
A BP fechou um acordo de 18,7 bilhões de dólares com o governo federal e cinco Estados norte-americanos no começo deste mês para resolver a maioria das reinvindicações ligadas ao vazamento de petróleo há cinco anos, o maior acordo corporativo na história dos Estados Unidos.
Os lucros também foram atingidos por uma baixa contábil de 600 milhões de dólares em exploração na Líbia devido a questões de segurança.
No geral, o lucro da companhia alcançou 1,3 bilhão de dólares, abaixo da projeção de 1,64 bilhão entre analistas e dos 3,6 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Aqui
Informações sobre o resultado do segundo trimestre da BP: Aqui e aqui (em inglês).
Esperando um período prolongado de preços baixos de petróleo, a companhia britânica de óleo e gás também cortou seus planos de investimento para este ano pela segunda vez, levando o valor para menos de 20 bilhões de dólares, ante 22,9 bilhões anunciados no ano passado. A rival norueguesa Statoil também anunciou mais cortes de gastos.
O vice-presidente financeiro da BP, Brian Gilvary, disse que espera que os preços do petróleo continuem fracos no médio prazo devido ao excesso de oferta no mundo todo.
A BP fechou um acordo de 18,7 bilhões de dólares com o governo federal e cinco Estados norte-americanos no começo deste mês para resolver a maioria das reinvindicações ligadas ao vazamento de petróleo há cinco anos, o maior acordo corporativo na história dos Estados Unidos.
Os lucros também foram atingidos por uma baixa contábil de 600 milhões de dólares em exploração na Líbia devido a questões de segurança.
No geral, o lucro da companhia alcançou 1,3 bilhão de dólares, abaixo da projeção de 1,64 bilhão entre analistas e dos 3,6 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Fonte: Aqui
Informações sobre o resultado do segundo trimestre da BP: Aqui e aqui (em inglês).
28 julho 2015
Golpes Bilionários
[...]
No livro “Golpes Bilionários – Como os maiores golpistas da história enganaram tanta gente por tanto tempo”, o finlandês Kari Nars elenca dez trapaças financeiras de grandes proporções, começando com a bolha da South Sea Company no século XVIII e terminando com o caso Madoff em 2008. Os tipos de fraudes variam desde escândalos corporativos como o da própria South Sea Company, o da companhia elétrica Enron e o da líder mundial em fósforos na década de 30 Swedish Match Company (STAB) a esquemas financeiros sustentados por pirâmides como o do pioneiro Carlos Ponzi, o do fundo de investimento International Overseas Service (IOS) de Bernard Cornfeld, o do clube de investimento finlândes WinCapita e o da empresa Bernard L. Madoff Investment Securities.
O livro ainda conta casos bizarros como o da venda de terras em um país fictício na América Central em 1820 e a tentativa de venda da Torre Eiffel por um golpista que se passava por representante do governo francês a negociantes de ferro-velho.
As fraudes corporativas têm como características realçar os aspectos positivos e mitigar os riscos. Assim, receitas são infladas, dívidas, camufladas e despesas, reduzidas. A Enron se utilizou de firmas offshore para escamotear prejuízos. No caso da South Sea Company, a administração alardeava contratos de monopólio com as colônias espanholas na América do Sul, embora efetivamente apenas um navio britânico de porte médio poderia fazer o comércio com México, Chile e Peru uma vez ao ano. A STAB falsificou um título do governo italiano para fazer parte do seu ativo, cujo valor hoje corresponderia a 1,3 bilhão de libras.
[...]
O Center for Financial Research & Analysis (CFRA) listou sete estratégias usadas por fraudadores corporativos: (i) registrar lucros prematuramente ou de qualidade questionável; (ii) registrar lucros falsos; (iii) reforçar a receita com ganhos obtidos em uma única operação; (iv) transferir despesas atuais para um período anterior ou futuro; (v) deixar de registrar ou reduzir impropriamente passivos financeiros; (vi) transferir receita atual para um período futuro e (vii) transferir despesas futuras para o período atual como um custo especial.
Já as fraudes relacionadas ao esquema de pirâmides têm outros atributos. O golpista alardeia que possui o conhecimento de uma operação financeira complexa, o que acaba por dar credibilidade. Carlo Ponzi, por exemplo, dizia que realizava operações de arbitragem com cupom-resposta, valendo-se do diferencial de câmbio entre os Estados Unidos e a Itália. Mas essas operações são apenas fachada, pois o dinheiro arrecadado não é aplicado em qualquer ativo. Logo o investimento não possui qualquer lastro. O dinheiro dos novos aplicadores serve para pagar o resgate dos investidores anteriores. O esquema se sustenta, porque a rentabilidade atrativa mantém os investidores, reduzindo o número de resgates. Mas, em situações de restrição de liquidez, como ocorreu durante a quebra do banco Lehman Brothers, o esquema entra em colapso, pois os pedidos de resgate superam as entradas, o que causou a quebra do fundo de Bernard Madoff e do clube de investimento WinCapita.
O livro pouco menciona o Brasil. Contudo, aparecem duas curiosidades. Após ter seu esquema descoberto, Carlo Ponzi foi contratado por uma companhia aérea que fazia o trajeto entre Brasil e Itália. Assim, ele veio morar no Rio de Janeiro onde acabou falecendo em janeiro de 1949 após ter sofrido um derrame. A segunda curiosidade é que entre os bens pertencentes a Bernard Madoff havia um jato particular da brasileira Embraer, avaliado em US$ 24 milhões.
No livro “Golpes Bilionários – Como os maiores golpistas da história enganaram tanta gente por tanto tempo”, o finlandês Kari Nars elenca dez trapaças financeiras de grandes proporções, começando com a bolha da South Sea Company no século XVIII e terminando com o caso Madoff em 2008. Os tipos de fraudes variam desde escândalos corporativos como o da própria South Sea Company, o da companhia elétrica Enron e o da líder mundial em fósforos na década de 30 Swedish Match Company (STAB) a esquemas financeiros sustentados por pirâmides como o do pioneiro Carlos Ponzi, o do fundo de investimento International Overseas Service (IOS) de Bernard Cornfeld, o do clube de investimento finlândes WinCapita e o da empresa Bernard L. Madoff Investment Securities.
O livro ainda conta casos bizarros como o da venda de terras em um país fictício na América Central em 1820 e a tentativa de venda da Torre Eiffel por um golpista que se passava por representante do governo francês a negociantes de ferro-velho.
As fraudes corporativas têm como características realçar os aspectos positivos e mitigar os riscos. Assim, receitas são infladas, dívidas, camufladas e despesas, reduzidas. A Enron se utilizou de firmas offshore para escamotear prejuízos. No caso da South Sea Company, a administração alardeava contratos de monopólio com as colônias espanholas na América do Sul, embora efetivamente apenas um navio britânico de porte médio poderia fazer o comércio com México, Chile e Peru uma vez ao ano. A STAB falsificou um título do governo italiano para fazer parte do seu ativo, cujo valor hoje corresponderia a 1,3 bilhão de libras.
[...]
O Center for Financial Research & Analysis (CFRA) listou sete estratégias usadas por fraudadores corporativos: (i) registrar lucros prematuramente ou de qualidade questionável; (ii) registrar lucros falsos; (iii) reforçar a receita com ganhos obtidos em uma única operação; (iv) transferir despesas atuais para um período anterior ou futuro; (v) deixar de registrar ou reduzir impropriamente passivos financeiros; (vi) transferir receita atual para um período futuro e (vii) transferir despesas futuras para o período atual como um custo especial.
Já as fraudes relacionadas ao esquema de pirâmides têm outros atributos. O golpista alardeia que possui o conhecimento de uma operação financeira complexa, o que acaba por dar credibilidade. Carlo Ponzi, por exemplo, dizia que realizava operações de arbitragem com cupom-resposta, valendo-se do diferencial de câmbio entre os Estados Unidos e a Itália. Mas essas operações são apenas fachada, pois o dinheiro arrecadado não é aplicado em qualquer ativo. Logo o investimento não possui qualquer lastro. O dinheiro dos novos aplicadores serve para pagar o resgate dos investidores anteriores. O esquema se sustenta, porque a rentabilidade atrativa mantém os investidores, reduzindo o número de resgates. Mas, em situações de restrição de liquidez, como ocorreu durante a quebra do banco Lehman Brothers, o esquema entra em colapso, pois os pedidos de resgate superam as entradas, o que causou a quebra do fundo de Bernard Madoff e do clube de investimento WinCapita.
O livro pouco menciona o Brasil. Contudo, aparecem duas curiosidades. Após ter seu esquema descoberto, Carlo Ponzi foi contratado por uma companhia aérea que fazia o trajeto entre Brasil e Itália. Assim, ele veio morar no Rio de Janeiro onde acabou falecendo em janeiro de 1949 após ter sofrido um derrame. A segunda curiosidade é que entre os bens pertencentes a Bernard Madoff havia um jato particular da brasileira Embraer, avaliado em US$ 24 milhões.
Fonte: Aqui
Formatação e Compreensão do Texto
A pesquisa acadêmica na área de compreensão da leitura já demonstrou que adicionar espaço num texto aumenta a sua compreensão (vide STEVENS, Kathleen. Chunking Material as an Aid to Reading Comprehension, Jornal of Reading, v. 25, n. 2, nov 1981, p. 126-129, mas a origem deste tipo de pesquisa é bem mais antiga).
Os leitores ruins geralmente possuem um movimento dos olhos diferente dos bons leitores (aqui uma explicação). Uma empresa, Asymmetrica, desenvolveu uma ferramenta para melhorar a disposição gráfica do texto, permitindo que estímulos no espaço entre as palavras possa melhorar a compreensão em até 40%. O software insere, automaticamente, espaçamento assimétrico nos documentos, permitindo uma leitura mais rápida também. O interessante é que a ferramenta pode ser adicionada a um browser, como o Chrome ou Firefox.
Os leitores ruins geralmente possuem um movimento dos olhos diferente dos bons leitores (aqui uma explicação). Uma empresa, Asymmetrica, desenvolveu uma ferramenta para melhorar a disposição gráfica do texto, permitindo que estímulos no espaço entre as palavras possa melhorar a compreensão em até 40%. O software insere, automaticamente, espaçamento assimétrico nos documentos, permitindo uma leitura mais rápida também. O interessante é que a ferramenta pode ser adicionada a um browser, como o Chrome ou Firefox.
27 julho 2015
I Seminário de Ciências Contábeis e Atuariais da UFPB
Vamos apoiar os bons eventos contábeis? Em novembro ocorrerá o primeiro seminário organizado pela Universidade Federal da Paraíba.
Mais informações no site ou no Facebook.
Mais informações no site ou no Facebook.
Submissão de artigos:
2 de julho a 16 de agosto
Divulgação do resultado dos artigos:
30 de setembro
Inscrições:
6 de julho a 4 de novembro (quanto mais perto do evento, mais caro)
Reunião Técnica CPC/IASB: Estrutura Conceitual
O International Accounting Standards Board (IASB), em associação com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a Fundação de Apoio ao CPC (FACPC), realizarão um encontro técnico com o objetivo de destacar os principais aspectos do projeto sobre Estrutura Conceitual, além de abordar questões importantes da minuta de documento.
Nesse sentido, IASB, CPC e FACPC têm o prazer de convidá-lo para apresentações seguidas de debates com representantes senior do staff do IASB.
Informações detalhadas sobre a proposta acima podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: http://www.ifrs.org/Current-Projects/IASB-Projects/Conceptual-Framework/Pages/Conceptual-Framework-Summary.aspx
O evento acontecerá no dia 11/08/2015 (terça-feira), das 10:30 às 12:30, no Auditório da FIPECAFI (Rua Maestro Cardim, 1170 – Sobreloja – São Paulo / SP).
As apresentações serão feitas em inglês com tradução simultânea. Para efetuar sua inscrição no evento, enviar solicitação pelo e-mail eventos@facpc.org.br
As inscrições são gratuitas, porém os lugares são limitados seguindo a ordem de inscrição, que apenas serão efetivadas mediante e-mail de confirmação da FACPC.
Nesse sentido, IASB, CPC e FACPC têm o prazer de convidá-lo para apresentações seguidas de debates com representantes senior do staff do IASB.
Informações detalhadas sobre a proposta acima podem ser obtidas no seguinte endereço eletrônico: http://www.ifrs.org/Current-Projects/IASB-Projects/Conceptual-Framework/Pages/Conceptual-Framework-Summary.aspx
O evento acontecerá no dia 11/08/2015 (terça-feira), das 10:30 às 12:30, no Auditório da FIPECAFI (Rua Maestro Cardim, 1170 – Sobreloja – São Paulo / SP).
As apresentações serão feitas em inglês com tradução simultânea. Para efetuar sua inscrição no evento, enviar solicitação pelo e-mail eventos@facpc.org.br
As inscrições são gratuitas, porém os lugares são limitados seguindo a ordem de inscrição, que apenas serão efetivadas mediante e-mail de confirmação da FACPC.
Quanto custa estudar em Hogwarts?
Estudar é caro. Mas estudar magia em Hogwarts talvez não seja tão proibitivo, já que a família dos pobretões Weasley conseguiu enviar seus sete filhos para esta escola. Para quem não entendeu o que estamos falando, trata-se da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, situada na Escócia, que possui cerca de 280 alunos. Esta escola foi criada na série Harry Potter, por JK Rowling.
Para ingressar na escola é necessário ser bruxo. Mas quanto custa? A autora revelou num tweet que não existe taxa de matrícula e que o Ministério da Magia cobre o custo da educação. Mas existe o custo do material: livros, caldeirões, varinhas mágicas. A estimativa é que estes itens custam em torno de 1.031 dólares.
Para ingressar na escola é necessário ser bruxo. Mas quanto custa? A autora revelou num tweet que não existe taxa de matrícula e que o Ministério da Magia cobre o custo da educação. Mas existe o custo do material: livros, caldeirões, varinhas mágicas. A estimativa é que estes itens custam em torno de 1.031 dólares.
Diminuição do custo de envio de satélites
Uma equipe de pesquisadores alocados na Escape Dynamics (ED), uma empresa que desenvolve tecnologias para melhorar o transporte até o espaço, afirma que é possível dar partida em naves espaciais usando micro-ondas disparadas a partir do solo. Se a ideia realmente evoluir, as economias de custos para o envio de satélites (ou talvez até de humanos) para o espaço poderão ser consideráveis.
Os foguetes de hoje são todos baseados na mesma ideia. Cada parte da nave é preenchida com um propulsor que empurra o foguete para o espaço conforme ele entra em combustão. Esse método é muito caro porque o propulsor é extremamente pesado.
Os foguetes de hoje são todos baseados na mesma ideia. Cada parte da nave é preenchida com um propulsor que empurra o foguete para o espaço conforme ele entra em combustão. Esse método é muito caro porque o propulsor é extremamente pesado.
Na Wikipédia lemos que:
Todas as atuais naves espaciais usam foguetes químicos no arranque, ainda que alguns tenham usado motores consumidores de oxigénio atmosférico no seu primeiro estágio. A maior parte dos satélites têm simples, mas confiáveis, propulsores químicos (geralmente foguetes monopropulsores) ou propulsores resistojet na manutenção de órbita e alguns usam rodas de reação (também conhecidos como volantes de inércia) para controle de atitude. Os satélites soviéticos fizeram uso, por décadas, da propulsão elétrica. Naves recentes, de órbita geoestacionária, têm também utilizado este tipo de propulsão para manutenção de estações de órbita polar. Os veículos interplanetários também usam principalmente foguetes químicos, ainda que em alguns tenham utilizado experimentalmente propulsores iónicos (uma forma de propulsão elétrica) com sucesso.A ideia da ED é, então, procurar uma abordagem mais eficiente, como as micro-ondas emitidas do solo para aquecer o hidrogênio levado pelo avião espacial para empurrar a "embarcação" até o espaço, um método mais eficiente, segundo eles.
A primeira bateria de testes envolveu a construção de um propulsor que opera no chão e, em seguida, um teste para ver quanto de impulso é gerado pela engenhoca. A equipe relatou ter alcançado um impulso específico de 500 segundos usando hélio, e acreditam que quando trocarem este gás por hidrogênio, o número deve saltar para 600 segundos – o suficiente, dizem eles, para empurrar uma pequena embarcação para o espaço.
Com uma espaçonave real, as micro-ondas atingiriam o escudo de calor na parte inferior da nave, alimentando um motor eletromagnético que, por sua vez, iria aquecer o hidrogênio conforme ele fosse liberado no tanque. O resultado seria um grande impulso.
Uma vez em órbita, a nave deve permanecer no ar o tempo suficiente para implantar um satélite e fazer o caminho de volta para a Terra. O truque aqui é que o sistema todo não tem de ser eficaz, apenas a própria nave. A matriz de micro-ondas seria alimentada por eletricidade, gerada por qualquer meio, para baixo aqui na Terra.
Há ainda, naturalmente, uma série de obstáculos para superarmos antes que a ideia possa ser considerada viável. A matriz das micro-ondas, por exemplo, teria que se provar suficientemente forte e capaz de manter a embarcação ao longo do caminho, principalmente quando ele tiver alcançado o espaço. Também pode haver problemas de segurança em torno do disparo de uma quantidade tão grande de micro-ondas para o espaço. Por outro lado, se bem-sucedida, a ideia pode baratear significativamente os custos para o envio de satélites ao espaço.
Com uma espaçonave real, as micro-ondas atingiriam o escudo de calor na parte inferior da nave, alimentando um motor eletromagnético que, por sua vez, iria aquecer o hidrogênio conforme ele fosse liberado no tanque. O resultado seria um grande impulso.
Uma vez em órbita, a nave deve permanecer no ar o tempo suficiente para implantar um satélite e fazer o caminho de volta para a Terra. O truque aqui é que o sistema todo não tem de ser eficaz, apenas a própria nave. A matriz de micro-ondas seria alimentada por eletricidade, gerada por qualquer meio, para baixo aqui na Terra.
Há ainda, naturalmente, uma série de obstáculos para superarmos antes que a ideia possa ser considerada viável. A matriz das micro-ondas, por exemplo, teria que se provar suficientemente forte e capaz de manter a embarcação ao longo do caminho, principalmente quando ele tiver alcançado o espaço. Também pode haver problemas de segurança em torno do disparo de uma quantidade tão grande de micro-ondas para o espaço. Por outro lado, se bem-sucedida, a ideia pode baratear significativamente os custos para o envio de satélites ao espaço.
Assinar:
Comentários (Atom)














