IFAC: Gerenciamento de risco como parte integrante da organização
Morreu a ex-contadora de Einstein (foto)
The Economist: A evolução as leis contra a propina no mundo (via CFO)
Replica de estudo da Science descobre fraude
Deloitte versus Tigre: planejamento tributário errado e danos morais
22 maio 2015
21 maio 2015
Audiência pública
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) coloca em audiência pública hoje, 20/05/2015, minuta de deliberação que aprova o Documento de Revisão de Pronunciamentos Técnicos nº 08.
“A minuta reúne proposta de revisão de procedimentos contábeis brasileiros com base nas alterações realizadas pelo International Accounting Standards Board (IASB), a serem adotadas mundialmente. É nosso compromisso trazer essas mudanças para o Brasil, dialogando sobre a melhor forma de aplicação à nossa realidade”, esclareceu o superintendente de normas contábeis e de auditoria, José Carlos Bezerra.
A minuta propõe mudanças nos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC em decorrência de alterações realizadas nos seguintes procedimentos:
contabilização de plantas portadoras, de aquisições de participação em operações conjuntas, e de venda ou contribuição de ativos entre investidor e coligada ou empreendimento controlado em conjunto; esclarecimentos sobre métodos de depreciação e amortização; revisão anual do IASB, ciclo 2012-2014; aplicação de exceção na consolidação de entidades de investimento; e aplicação prática do conceito de materialidade/relevância.
Os Pronunciamentos Técnicos a serem alterados, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, são: CPC 01 (R1), CPC 04 (R1), CPC 06 (R1), CPC 18 (R2), CPC 19 (R2), CPC 20 (R1), CPC 21 (R1), CPC 22, CPC 26 (R1), CPC 27, CPC 28, CPC 29, CPC 31, CPC 33 (R1), CPC 36 (R3), CPC 37 (R1), CPC 40 (R1) e CPC 45.
Todas as propostas de mudanças são para vigência para exercícios sociais anuais que se iniciarem a partir de 1º de janeiro de 2016.
As sugestões e os comentários, por escrito, deverão ser encaminhados, até o dia 19 de junho de 2015, à Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria, preferencialmente através do endereço eletrônico AudPublicaSNC0115@cvm.gov.br.
Fonte: CVM
“A minuta reúne proposta de revisão de procedimentos contábeis brasileiros com base nas alterações realizadas pelo International Accounting Standards Board (IASB), a serem adotadas mundialmente. É nosso compromisso trazer essas mudanças para o Brasil, dialogando sobre a melhor forma de aplicação à nossa realidade”, esclareceu o superintendente de normas contábeis e de auditoria, José Carlos Bezerra.
A minuta propõe mudanças nos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC em decorrência de alterações realizadas nos seguintes procedimentos:
contabilização de plantas portadoras, de aquisições de participação em operações conjuntas, e de venda ou contribuição de ativos entre investidor e coligada ou empreendimento controlado em conjunto; esclarecimentos sobre métodos de depreciação e amortização; revisão anual do IASB, ciclo 2012-2014; aplicação de exceção na consolidação de entidades de investimento; e aplicação prática do conceito de materialidade/relevância.
Os Pronunciamentos Técnicos a serem alterados, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, são: CPC 01 (R1), CPC 04 (R1), CPC 06 (R1), CPC 18 (R2), CPC 19 (R2), CPC 20 (R1), CPC 21 (R1), CPC 22, CPC 26 (R1), CPC 27, CPC 28, CPC 29, CPC 31, CPC 33 (R1), CPC 36 (R3), CPC 37 (R1), CPC 40 (R1) e CPC 45.
Todas as propostas de mudanças são para vigência para exercícios sociais anuais que se iniciarem a partir de 1º de janeiro de 2016.
As sugestões e os comentários, por escrito, deverão ser encaminhados, até o dia 19 de junho de 2015, à Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria, preferencialmente através do endereço eletrônico AudPublicaSNC0115@cvm.gov.br.
Fonte: CVM
Espírito Santo
La última parte de la auditoría realizada sobre la caída y muerte del Banco Espírito Santo (BES) no es más suave que la primera, entregada hace un par de meses. La auditora Deloitte califica de "gestión ruinosa" la actividad de los últimos años del BES.
La "gestión ruinosa" fue a costa de los depositantes, de los inversores y de los acreedores y fue practicada por los directivos del Grupo Espírito Santo, que dirigía Ricardo Salgado, conocido como Dono disto tudo (dueño de todo esto).
Deloitte señala que se realizó una disminución artificial del pasivo del Espírito Santo International, sin que el BES, con información suficiente para detectarlo, expresase disconformidad alguna. La auditora recuerda que el BES siguió vendiendo a los ahorradores papel comercial del Grupo Espírito Santo que, ahora, no vale nada.
Rara es la semana que grupos de ahorradores no se manifiestan ante las oficinas de Novo Banco o del Banco de Portugal para exigir que les devuelvan el dinero que habían invertido en un papel comercial vendido como del BES pero que, en realidad, era del grupo de empresas de la familia Espírito Santo.
Deloitte acusa al equiupo directivo, encabezado por Salgado [foto] y Morais, de "violación de deberes" en el control interno del banco así como de desobediencia a las reglas impuestas por el supervisor.
El gobernador del Banco de Portugal, António Costa, en su comparecencia en el Parlamento de la nación, acusó a Salgado de haber desobedecido en 21 ocasiones las órdenes dictadas por el banco central.
La caída del BES arrastró también a Portugal Telecom, que de fusión pasó a la absorción por parte de la brasileña Oi, que, finalmente, ha vendido la operadora portuguesa al fondo franco-luxemburgués Altice. (...)
Fonte: El País
La "gestión ruinosa" fue a costa de los depositantes, de los inversores y de los acreedores y fue practicada por los directivos del Grupo Espírito Santo, que dirigía Ricardo Salgado, conocido como Dono disto tudo (dueño de todo esto).
Deloitte señala que se realizó una disminución artificial del pasivo del Espírito Santo International, sin que el BES, con información suficiente para detectarlo, expresase disconformidad alguna. La auditora recuerda que el BES siguió vendiendo a los ahorradores papel comercial del Grupo Espírito Santo que, ahora, no vale nada.
Rara es la semana que grupos de ahorradores no se manifiestan ante las oficinas de Novo Banco o del Banco de Portugal para exigir que les devuelvan el dinero que habían invertido en un papel comercial vendido como del BES pero que, en realidad, era del grupo de empresas de la familia Espírito Santo.
Deloitte acusa al equiupo directivo, encabezado por Salgado [foto] y Morais, de "violación de deberes" en el control interno del banco así como de desobediencia a las reglas impuestas por el supervisor.
El gobernador del Banco de Portugal, António Costa, en su comparecencia en el Parlamento de la nación, acusó a Salgado de haber desobedecido en 21 ocasiones las órdenes dictadas por el banco central.
La caída del BES arrastró también a Portugal Telecom, que de fusión pasó a la absorción por parte de la brasileña Oi, que, finalmente, ha vendido la operadora portuguesa al fondo franco-luxemburgués Altice. (...)
Fonte: El País
20 maio 2015
Petrobras: evento após o fechamento
Segundo a Folha de S Paulo a empresa feriu a competência no balanço do primeiro trimestre, ao fazer um lançamento a partir de um contrato que ocorreu em maio, após o período do balanço.
Curso de Contabilidade Básica: Restrição ao Caixa
Em geral uma empresa com dinheiro no caixa e equivalentes é uma empresa “livre”. Com dinheiro no caixa a empresa geralmente não depende de empréstimos bancários, não precisa fazer aumento de capital, pode fazer investimentos no momento considerado mais adequado e é capaz de entrar numa disputa comercial em vantagem sobre seus concorrentes. Mas nem sempre o caixa significa liberdade. Em algumas situações, o dinheiro disponível em caixa e equivalentes sofre algum tipo de restrição que impede que a empresa possa disponibilizá-lo da forma que achar melhor. Neste caso, este ativo deve estar atrelado a um compromisso de investimento. Esta informação é importante para o usuário e deve ser evidenciada, seja numa conta a parte do balanço patrimonial e/ou em nota explicativa.
Veja o caso da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, Fehosp. O balanço patrimonial mostra que no final de 2014 do ativo de 4,8 milhões, 2,3 estava em “Aplicações Financeiras” e 0,6 milhão em Caixa e Bancos.
Isto é bom, já que o excesso de caixa pode permitir que a Fehosp possa ter uma maior liberdade. Mas a nota explicativa 4 apresentava o seguinte quadro:
Ou seja, a maior parte do Disponível (Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras) possui restrição. Ou seja, não pode ser usado livremente por parte da gestão da empresa. Conforme o tipo de restrição, o analista poderia, inclusive, retirar este valor ao calcular os índices de liquidez.
A nota explicativa esclarece que estes valores são termos assinados com a secretaria da saúde daquele estado, com valores transferidos para Fehosp:
Veja o caso da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, Fehosp. O balanço patrimonial mostra que no final de 2014 do ativo de 4,8 milhões, 2,3 estava em “Aplicações Financeiras” e 0,6 milhão em Caixa e Bancos.
Isto é bom, já que o excesso de caixa pode permitir que a Fehosp possa ter uma maior liberdade. Mas a nota explicativa 4 apresentava o seguinte quadro:
Ou seja, a maior parte do Disponível (Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras) possui restrição. Ou seja, não pode ser usado livremente por parte da gestão da empresa. Conforme o tipo de restrição, o analista poderia, inclusive, retirar este valor ao calcular os índices de liquidez.
A nota explicativa esclarece que estes valores são termos assinados com a secretaria da saúde daquele estado, com valores transferidos para Fehosp:
Felicidade: da criança ao adulto
Uma nova pesquisa com 53.000 crianças em 15 países revela que as crianças tendem a ser feliz independentemente do contexto de suas vidas. Do Nepal a Noruega, crianças entre as idades entre 10 e 12, dizem que estão muito satisfeitas com as suas vidas (pdf).
"As crianças tendem a ser mais otimista sobre a vida", diz Elisabeth Backe-Hansen para Quartz, a pesquisadora líder da norueguesa Pesquisa Mundial para Criança. Apesar de não ser surpreendente, isso é reconfortante.
Quando perguntado se essas crianças tiveram acesso a nove coisas: roupas boas, computador, acesso à internet, telefone móvel, seu próprio quarto, livros, um carro na família, um som e uma televisão, crianças na Noruega, em média, tiveram acesso a todos eles, mas aquelas na Etiópia tiveram acesso a apenas três. E, no entanto, entre os 15 países, não houve correlação entre a forma como as crianças estavam satisfeitas e quantos bens materiais que estavam faltando.
Agora, se você comparar os rankings relativos de felicidade declarada infantil com os adultos (pdf), os resultados mudam significativamente. (...)
Adaptado daqui
"As crianças tendem a ser mais otimista sobre a vida", diz Elisabeth Backe-Hansen para Quartz, a pesquisadora líder da norueguesa Pesquisa Mundial para Criança. Apesar de não ser surpreendente, isso é reconfortante.
Quando perguntado se essas crianças tiveram acesso a nove coisas: roupas boas, computador, acesso à internet, telefone móvel, seu próprio quarto, livros, um carro na família, um som e uma televisão, crianças na Noruega, em média, tiveram acesso a todos eles, mas aquelas na Etiópia tiveram acesso a apenas três. E, no entanto, entre os 15 países, não houve correlação entre a forma como as crianças estavam satisfeitas e quantos bens materiais que estavam faltando.
Agora, se você comparar os rankings relativos de felicidade declarada infantil com os adultos (pdf), os resultados mudam significativamente. (...)
Adaptado daqui
Um novo Congresso
O Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília promoverá, nos dias 26 e 27 de novembro de 2015, o 1º Congresso UnB de Contabilidade e Governança na cidade de Brasília-DF.
A Comissão Organizadora do congresso está empenhada em realizar um evento de alta qualidade nos aspectos acadêmico e de convivência entre os congressistas, e com excelente relação custo versus benefício.
Quanto ao aspecto acadêmico, já estão confirmadas as participações de 4 renomados professores estrangeiros, 2 americanos e 2 europeus, que apresentarão seus papers e discutirão os dos seus respectivos pares, em 4 seções exclusivas, com tradução simultânea para o português. Além das seções exclusivas, haverá a apresentação de 70 outros artigos, em blocos de seções paralelas cobrindo até 9 áreas temáticas.
Pensando também em tornar o congresso um espaço agradável de convivência e confraternização entre os congressistas, programamos ainda um Jantar de Gala e um City Tour pelos principais atrativos turísticos da bela cidade de Brasília.
Dissemos que o congresso terá uma excelente relação custo versus benefício porque o preço para os autores com artigos aprovados para apresentação no congresso será de apenas R$450,00 por pessoa, já incluído nesse preço a participação no Jantar de Gala, mas não no City Tour. Para aqueles que desejarem participar do congresso como ouvintes, sem apresentar trabalhos, o preço será de R$ 150,00, incluído 3 coffee-breaks, excluindo o Jantar de Gala, podendo este e o City Tour serem pagos à parte, se houver interesse.
As inscrições já estão abertas, até 30 de junho, para submissão de artigos, através da página: http://www.ccgunb.org/ocs/index.php/2015/2015/login . A partir de 18/maio, abriremos também as inscrições para os participantes que não apresentarão trabalhos. Mais informações sobre o evento podem ser consultadas por meio do sítio eletrônico http://www.ccgunb.org, onde há também um link para o sistema de inscrições.
Desde já, agradecemos a consideração de V. Sa. e permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários. Solicitamos a divulgação deste evento e contamos com a participação de todos para o engrandecimento do 1º Congresso UnB de Contabilidade e Governança.
Saudações acadêmicas!
Prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa
Diretor-Geral
A Comissão Organizadora do congresso está empenhada em realizar um evento de alta qualidade nos aspectos acadêmico e de convivência entre os congressistas, e com excelente relação custo versus benefício.
Quanto ao aspecto acadêmico, já estão confirmadas as participações de 4 renomados professores estrangeiros, 2 americanos e 2 europeus, que apresentarão seus papers e discutirão os dos seus respectivos pares, em 4 seções exclusivas, com tradução simultânea para o português. Além das seções exclusivas, haverá a apresentação de 70 outros artigos, em blocos de seções paralelas cobrindo até 9 áreas temáticas.
Pensando também em tornar o congresso um espaço agradável de convivência e confraternização entre os congressistas, programamos ainda um Jantar de Gala e um City Tour pelos principais atrativos turísticos da bela cidade de Brasília.
Dissemos que o congresso terá uma excelente relação custo versus benefício porque o preço para os autores com artigos aprovados para apresentação no congresso será de apenas R$450,00 por pessoa, já incluído nesse preço a participação no Jantar de Gala, mas não no City Tour. Para aqueles que desejarem participar do congresso como ouvintes, sem apresentar trabalhos, o preço será de R$ 150,00, incluído 3 coffee-breaks, excluindo o Jantar de Gala, podendo este e o City Tour serem pagos à parte, se houver interesse.
As inscrições já estão abertas, até 30 de junho, para submissão de artigos, através da página: http://www.ccgunb.org/ocs/index.php/2015/2015/login . A partir de 18/maio, abriremos também as inscrições para os participantes que não apresentarão trabalhos. Mais informações sobre o evento podem ser consultadas por meio do sítio eletrônico http://www.ccgunb.org, onde há também um link para o sistema de inscrições.
Desde já, agradecemos a consideração de V. Sa. e permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos que se fizerem necessários. Solicitamos a divulgação deste evento e contamos com a participação de todos para o engrandecimento do 1º Congresso UnB de Contabilidade e Governança.
Saudações acadêmicas!
Prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa
Diretor-Geral
19 maio 2015
18 maio 2015
Finanças Pessoais: Recomendação 2
Na semana passada comentamos sobre a recomendação do gerente de banco. Agora vamos rapidamente comentar sobre as pessoas que aparecem nos jornais, televisão, blogs, livros etc apresentando conselhos sobre investimento. Em especial, recomendando investir numa determinada ação ou um tipo de investimento.
O primeiro cuidado que devemos ter é verificar qual a qualificação da pessoa. Isto já tratamos anteriormente qual tratamos das pessoas famosas que apresentam dicas de investimento. O segundo cuidado é descobrir a vinculação da pessoa. Assim, se um jornal consulta um correto de imóveis, ele provavelmente irá falar que imóvel é uma boa opção de investimento; se for um corretor, indicará uma ação ou um fundo de ação; e assim por diante.
Seja o caso do corretor imobiliário. Se o mercado estiver em crise, recomendar a compra de imóvel pode ser interessante já que isto ajudaria o corretor a vender sua carteira. Mas se comprar imóvel num período de crise pode significar adquirir por um preço mais reduzido, a liquidez do investimento é muito menor que num outro período. Assim, a recomendação do corretor trata somente do lado positivo. Além de deixar de considerar que a crise pode ser de longo prazo, prejudicando os investimentos nos próximos anos.
O que ocorre com o corretor imobiliário também funciona para o empregado de um fundo de investimento. Se seu fundo possui um grande número de ações de uma empresa com pouca perspectiva de venda, a recomendação é uma forma de resolver o problema dele. É por este motivo que os especialistas que fornecem conselhos sobre empresas fazem questão de indicar se possuem investimentos aplicados naquela empresa.
O comportamento apresentado aqui é natural de toda relação de compra e venda. Quando você vai a um comércio e pede uma sugestão ao balconista, ele pode estar indicando um produto que ele ganha uma comissão melhor. Se você vai a um restaurante e pede sugestão de prato ao garçom – eu faço isto muito – existe grande chance dele irá indicar um prato caro, já que a gorjeta será proporcional ao valor da conta.
É bem verdade que muitos conselhos também são dados de forma despretensiosa. Mas se você aceita, lembre-se que a decisão foi sua. Procurar saber se o conselheiro tem algum tipo de interesse na sua decisão financeira é uma forma de melhorar a sua decisão.
Aproveitando: esta seção semanal do blog surgiu de uma solicitação de um leitor. Não temos interesse em indicar investimento específicos e não indicamos ativos com outros interesses.
O primeiro cuidado que devemos ter é verificar qual a qualificação da pessoa. Isto já tratamos anteriormente qual tratamos das pessoas famosas que apresentam dicas de investimento. O segundo cuidado é descobrir a vinculação da pessoa. Assim, se um jornal consulta um correto de imóveis, ele provavelmente irá falar que imóvel é uma boa opção de investimento; se for um corretor, indicará uma ação ou um fundo de ação; e assim por diante.
Seja o caso do corretor imobiliário. Se o mercado estiver em crise, recomendar a compra de imóvel pode ser interessante já que isto ajudaria o corretor a vender sua carteira. Mas se comprar imóvel num período de crise pode significar adquirir por um preço mais reduzido, a liquidez do investimento é muito menor que num outro período. Assim, a recomendação do corretor trata somente do lado positivo. Além de deixar de considerar que a crise pode ser de longo prazo, prejudicando os investimentos nos próximos anos.
O que ocorre com o corretor imobiliário também funciona para o empregado de um fundo de investimento. Se seu fundo possui um grande número de ações de uma empresa com pouca perspectiva de venda, a recomendação é uma forma de resolver o problema dele. É por este motivo que os especialistas que fornecem conselhos sobre empresas fazem questão de indicar se possuem investimentos aplicados naquela empresa.
O comportamento apresentado aqui é natural de toda relação de compra e venda. Quando você vai a um comércio e pede uma sugestão ao balconista, ele pode estar indicando um produto que ele ganha uma comissão melhor. Se você vai a um restaurante e pede sugestão de prato ao garçom – eu faço isto muito – existe grande chance dele irá indicar um prato caro, já que a gorjeta será proporcional ao valor da conta.
É bem verdade que muitos conselhos também são dados de forma despretensiosa. Mas se você aceita, lembre-se que a decisão foi sua. Procurar saber se o conselheiro tem algum tipo de interesse na sua decisão financeira é uma forma de melhorar a sua decisão.
Aproveitando: esta seção semanal do blog surgiu de uma solicitação de um leitor. Não temos interesse em indicar investimento específicos e não indicamos ativos com outros interesses.
17 maio 2015
História da Contabilidade: Escravos
Nos dias de hoje sabemos que recursos humanos podem ser considerados como ativo, já que contribuem com o aumento da riqueza futura das entidades. No passado, no Brasil, o recurso humano foi visto como ativo por uma razão ignóbil: os escravos eram considerados como uma peça na engrenagem de produção, sendo considerado de fato como uma coisa, um ativo. Durante a época da escravidão era comum compra e venda de pessoas.
No império construiu-se a Casa de Correição. Uma pesquisa nos jornais da época mostra uma grande evidenciação deste estabelecimento, podendo ser um interessante objeto de estudos. Em 1834 a instituição divulgou sua conta de receita e despesa das suas obras, no mês de outubro (1). Lista-se as receitas e as despesas e entre estas as “despeza dos Africanos”:
Os valores gastos com os “africanos” eram no sentido de manter os “ativos” em funcionamento. A explicação que vem logo a seguir mostra, claramente, que os escravos eram objetos, sendo comparados aos bois:
(1) Correio Oficial, 21 nov 1834, Ed 120, p. 2.
No império construiu-se a Casa de Correição. Uma pesquisa nos jornais da época mostra uma grande evidenciação deste estabelecimento, podendo ser um interessante objeto de estudos. Em 1834 a instituição divulgou sua conta de receita e despesa das suas obras, no mês de outubro (1). Lista-se as receitas e as despesas e entre estas as “despeza dos Africanos”:
Os valores gastos com os “africanos” eram no sentido de manter os “ativos” em funcionamento. A explicação que vem logo a seguir mostra, claramente, que os escravos eram objetos, sendo comparados aos bois:
(1) Correio Oficial, 21 nov 1834, Ed 120, p. 2.
16 maio 2015
Fato da Semana: Declaração da SEC (semana 19 de 2015)
Fato da Semana: Desde o início do século, as duas entidades contábeis mais influentes do mundo, o IASB e o FASB, tentam aproximar suas normas contábeis. A adesão de muitos países as normas internacionais do Iasb, incluindo o Brasil e a Comunidade Europeia, levava a crer que os Estados Unidos, que utilizam as normas do Fasb, tentariam chegar a um acordo. Entretanto, a crise financeira, a desconfiança política dos gringos e os problemas das IFRS esfriaram a relação entre as duas entidades. Isto, apesar dos projetos conjuntos.
Mas a entidade que fiscaliza o mercado financeiro mais desenvolvido do mundo, que adota as normas do Fasb, fez uma análise crítica da entidade com sede em Londres. Na verdade, muito crítica. Isto esfriou uma série de projetos conjuntos. Além disto, as diferenças de filosofia, autonomia, cultura etc tornaram-se muito mais evidente.
Nesta semana, o contador chefe da SEC (foto) disse recentemente que provavelmente não recomendaria a adoção das normas internacionais. Não deixa de ser uma surpresa, já que as normas internacionais possuem, nas Big Four, um grande lobby.
Qual a relevância disto? A convergência seria o grande projeto do Iasb. A ausência de grandes mercados, como EUA, Japão, China (até certo ponto) ou Índia, reduz as IFRS à Europa, Canadá e alguns outros poucos países, inclusive o Brasil.
Positivo ou Negativo – Depende de que lado o leitor estiver da convergência. É bom notar que a convergência possui vantagens e desvantagens (apesar de algumas pessoas, no Brasil, esquecerem destas). Neutro.
Desdobramentos – A notícia ainda não é definitiva. Mas os termos induzem a pensar que a SEC não somente não irá adotar as IFRS como forçará o recuo da adoção das empresas estrangeiras que atuam no mercado dos EUA, que atualmente podem usar as IFRS (e geralmente não usam).
Mas a entidade que fiscaliza o mercado financeiro mais desenvolvido do mundo, que adota as normas do Fasb, fez uma análise crítica da entidade com sede em Londres. Na verdade, muito crítica. Isto esfriou uma série de projetos conjuntos. Além disto, as diferenças de filosofia, autonomia, cultura etc tornaram-se muito mais evidente.
Nesta semana, o contador chefe da SEC (foto) disse recentemente que provavelmente não recomendaria a adoção das normas internacionais. Não deixa de ser uma surpresa, já que as normas internacionais possuem, nas Big Four, um grande lobby.
Qual a relevância disto? A convergência seria o grande projeto do Iasb. A ausência de grandes mercados, como EUA, Japão, China (até certo ponto) ou Índia, reduz as IFRS à Europa, Canadá e alguns outros poucos países, inclusive o Brasil.
Positivo ou Negativo – Depende de que lado o leitor estiver da convergência. É bom notar que a convergência possui vantagens e desvantagens (apesar de algumas pessoas, no Brasil, esquecerem destas). Neutro.
Desdobramentos – A notícia ainda não é definitiva. Mas os termos induzem a pensar que a SEC não somente não irá adotar as IFRS como forçará o recuo da adoção das empresas estrangeiras que atuam no mercado dos EUA, que atualmente podem usar as IFRS (e geralmente não usam).
15 maio 2015
Petrobras
A empresa Petrobras divulgou os resultados do primeiro
trimestre. A divulgação faz parte do esforço da empresa de recuperar a imagem
perante o mercado. E, uma vez que ocorreram valores expressivos de amortizações
no último exercício, o resultado naturalmente “mostra” uma evolução da empresa.
A redução nos investimentos é decorrente do momento em que
vive o Brasil e a empresa. De igual forma, o endividamento também aumentou em
razão destes fatores. Destaca-se o anúncio que a empresa está aumentando o
número de pessoas no comitê de auditoria, procurando dar mais voz aos
minoritários.
Artigos clássicos que foram rejeitados
The authors asked the world's leading economists to describe instances
in which journals rejected their articles. More than sixty essays, by a
broadly diverse group that includes fifteen Nobel Prize winners,
indicate that most have suffered publication rejection, often
frequently. Indeed, journals have rejected many papers that later became
classics. The authors discuss the prize-winners' experiences, other
notable cases, and rejections by John Maynard Keynes when he edited the
Economic Journal. Finally, they search in economists' almost universal
experience of rejection for patterns and lessons about the publication
process.
Gans, Joshua S., and George B. Shepherd. 1994. "How Are the Mighty Fallen: Rejected Classic Articles by Leading Economists." Journal of Economic Perspectives,8(1): 165-179.
Gans, Joshua S., and George B. Shepherd. 1994. "How Are the Mighty Fallen: Rejected Classic Articles by Leading Economists." Journal of Economic Perspectives,8(1): 165-179.
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