Esta jaqueta é para confundir os paparazzis. Feita sob encomenda, utiliza um tecido que impede a luz dos flashes.
12 fevereiro 2015
Curso de Contabilidade Básica: Grandes números
Quando começamos a aprender a analisar as demonstrações contábeis deparamos com uma primeira pergunta: por onde começar? Geralmente as demonstrações apresentam muitas informações, que tomam dezenas (e até centenas) de páginas. Para responder a esta questão uma regra simples é começar pelos grandes números.
Vamos mostrar isto na prática usando as demonstrações da BrasilCap, uma empresa vinculada ao Banco do Brasil, que negocia títulos de capitalização. Se você conhece um pouco de mercado financeiro sabe que este é um negócio extremamente lucrativo, já que a empresa capta dinheiro barato e recompensa seus “investidores” com sorteios ou resgate de prêmios. É algo tão bom que o gerente fica insistentemente oferecendo para você comprar.
A seguir temos a reprodução do ativo da demonstração encerrada em 31 de dezembro de 2014 da empresa:
A regra dos grandes números força você a olhar os itens do ativo que são os de maior valor. Observe que esta empresa possui 13 bilhões de ativos, sendo que 9,9 bilhões são aplicações de curto prazo e 2,3 bilhões aplicações de longo prazo. Somando estes dois números nós temos 12,2 bilhões ou 94% dos ativos da empresa.
Agora vamos olhar o outro lado:
A empresa possui 11,4 bilhões em “provisão para resgates” ou 88%. Este passivo corresponde aos valores que a empresa deve manter para pagar seus “investidores”.
A próxima etapa é ir para as notas explicativas para verificar onde a empresa está alocando o ativo e a composição das provisões judiciais.
Vamos mostrar isto na prática usando as demonstrações da BrasilCap, uma empresa vinculada ao Banco do Brasil, que negocia títulos de capitalização. Se você conhece um pouco de mercado financeiro sabe que este é um negócio extremamente lucrativo, já que a empresa capta dinheiro barato e recompensa seus “investidores” com sorteios ou resgate de prêmios. É algo tão bom que o gerente fica insistentemente oferecendo para você comprar.
A seguir temos a reprodução do ativo da demonstração encerrada em 31 de dezembro de 2014 da empresa:
A regra dos grandes números força você a olhar os itens do ativo que são os de maior valor. Observe que esta empresa possui 13 bilhões de ativos, sendo que 9,9 bilhões são aplicações de curto prazo e 2,3 bilhões aplicações de longo prazo. Somando estes dois números nós temos 12,2 bilhões ou 94% dos ativos da empresa.
Agora vamos olhar o outro lado:
A empresa possui 11,4 bilhões em “provisão para resgates” ou 88%. Este passivo corresponde aos valores que a empresa deve manter para pagar seus “investidores”.
A próxima etapa é ir para as notas explicativas para verificar onde a empresa está alocando o ativo e a composição das provisões judiciais.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes
Rodrigues (prelo)
11 fevereiro 2015
Avaliação da Petrobras
Damodaran faz uma análise do valor da Petrobras. Inicialmente
ele mostra que o aumento de valor da empresa de 2005 em diante deveu-se a três
fatores: 1. Descoberta de novas reservas; 2. O aumento no preço do petróleo; 3.
A redução do risco Brasil.
Ele também mostra o que levou a destruição do valor da
empresa, focando em diversas decisões ruins que aconteceram nos últimos anos.
Se analisarmos os itens que contribuíram com o sucesso da
empresa entre 2005 a 2012 é possível perceber que os campos possuem uma
viabilidade questionável (item 1) diante da redução do preço do petróleo (item
2). O risco do Brasil, apesar do aumento nos últimos meses não foi um fator
importante na análise.
Mas o fator crucial para perda de valor da empresa foi
simplesmente a má gestão. Isto inclui vender o produto por um valor reduzido;
aceitar projetos financeiramente inviáveis, mas cujo critério de decisão foi a
política; não acreditar na importância dos controles internos; aceitar a
influencia política, entre outras questões.
Importância de saber Programação
In the winter of 2011, a handful of
software engineers landed in Boston just ahead of a crippling snowstorm.
They were there as part of Code for America,
a program that places idealistic young coders and designers in city
halls across the country for a year. They'd planned to spend it building
a new website for Boston's public schools, but within days of their
arrival, the city all but shut down and the coders were stuck fielding
calls in the city's snow emergency center.
In such snowstorms, firefighters can waste precious minutes finding and digging out hydrants. A city employee told the CFA team that the planning department had a list of street addresses for Boston's 13,000 hydrants. "We figured, 'Surely someone on the block with a shovel would volunteer if they knew where to look,'" says Erik Michaels-Ober, one of the CFA coders. So they got out their laptops.
Now, Boston has adoptahydrant.org,
a simple website that lets residents "adopt" hydrants across the city.
The site displays a map of little hydrant icons. Green ones have been
claimed by someone willing to dig them out after a storm, red ones are
still available—500 hydrants were adopted last winter.
Maybe that doesn't seem like a lot, but consider what the city pays to keep it running: $9 a month in hosting costs. "I figured that even if it only led to a few fire hydrants being shoveled out, that could be the difference between life or death in a fire, so it was worth doing," Michaels-Ober says. And because the CFA team open-sourced the code, meaning they made it freely available for anyone to copy and modify, other cities can adapt it for practically pennies. It has been deployed in Providence, Anchorage, and Chicago. A Honolulu city employee heard about Adopt-a-Hydrant after cutbacks slashed his budget, and now Honolulu has Adopt-a-Siren, where volunteers can sign up to check for dead batteries in tsunami sirens across the city. In Oakland, it's Adopt-a-Drain.
Sounds great, right? These simple software solutions could save lives, and they were cheap and quick to build. Unfortunately, most cities will never get a CFA team, and most can't afford to keep a stable of sophisticated programmers in their employ, either. For that matter, neither can many software companies in Silicon Valley; the talent wars have gotten so bad that even brand-name tech firms have been forced to offer employees a bonus of upwards of $10,000 if they help recruit an engineer.
Continua aqui
In such snowstorms, firefighters can waste precious minutes finding and digging out hydrants. A city employee told the CFA team that the planning department had a list of street addresses for Boston's 13,000 hydrants. "We figured, 'Surely someone on the block with a shovel would volunteer if they knew where to look,'" says Erik Michaels-Ober, one of the CFA coders. So they got out their laptops.
Screenshot from Adopt-a-Hydrant Code for America
Maybe that doesn't seem like a lot, but consider what the city pays to keep it running: $9 a month in hosting costs. "I figured that even if it only led to a few fire hydrants being shoveled out, that could be the difference between life or death in a fire, so it was worth doing," Michaels-Ober says. And because the CFA team open-sourced the code, meaning they made it freely available for anyone to copy and modify, other cities can adapt it for practically pennies. It has been deployed in Providence, Anchorage, and Chicago. A Honolulu city employee heard about Adopt-a-Hydrant after cutbacks slashed his budget, and now Honolulu has Adopt-a-Siren, where volunteers can sign up to check for dead batteries in tsunami sirens across the city. In Oakland, it's Adopt-a-Drain.
Sounds great, right? These simple software solutions could save lives, and they were cheap and quick to build. Unfortunately, most cities will never get a CFA team, and most can't afford to keep a stable of sophisticated programmers in their employ, either. For that matter, neither can many software companies in Silicon Valley; the talent wars have gotten so bad that even brand-name tech firms have been forced to offer employees a bonus of upwards of $10,000 if they help recruit an engineer.
Continua aqui
Deloitte
O anúncio que Cathy Engelbert está assumindo a direção da Deloitte ainda é notícia. O gráfico acima mostra que as mulheres são representam menos de 5% dos CEOs. É interessante que a notícia não foi destaque no endereço da empresa no Brasil (até o momento).
SwissLeaks
Uma investigação batizada de “SwissLeaks” revelou um gigantesco sistema de evasão de divisas por meio de contas secretas da filial suíça do banco britânico HSBC, o segundo maior do mundo. Somente entre 9 de novembro de 2006 e 31 de março de 2007, cerca de € 180 bilhões teriam circulado por Genebra para fraudar o fisco, lavar dinheiro sujo ou financiar o terrorismo internacional. Embora tenha ocorrido há nove anos, o caso chocou a Europa, por se tratar de uma sonegação sem precedentes pouco tempo antes do mergulho da União Europeia em uma crise financeira que se arrastou por seis anos, contraindo orçamentos públicos e aumentando a pressão fiscal sobre as classes médias.
O Brasil é o nono país da lista, com US$ 7 bilhões de dólares nas contas no período em questão. Segundo os arquivos, 8.667 clientes tinham algum vínculo com o Brasil, sendo 55% com a nacionalidade brasileira.
(...) Mesmo potenciais criminosos investigados internacionalmente receberam consultoria do HSBC para dissimular quantias. Um deles é Aziza Kulsum, comerciante de pedras preciosas acusado pela ONU de financiar a guerra civil no Burundi nos anos 1990. Também estariam envolvidos o político e empresário sul-africano Fana Hlongwane, acusado pelo governo britânico por tráfico de armas, e o suíço Frantz Merceron, ex-ministro do Haiti que teria transferido dinheiro do ex-presidente Jean Claude “Baby Doc” Duvalier, responsável pelo desvio de US$ 900 milhões dos cofres do país.
“O HSBC Private Bank (Suíça) continuou oferecendo serviços a clientes que haviam sido citados desfavoravelmente pela Nações Unidas, em documentos legais e na imprensa por seus vínculos com o tráfico de armas de guerra, diamantes ou corrupção”, denuncia o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ na sigla em inglês), que coordena as investigações de imprensa .
Uma verdadeira viagem ao coração da fraude fiscal, mais do que revelar a identidade de muitos sonegadores, o “SwissLeaks” mostrou alguns dos artifícios utilizados para dissimular dinheiro não declarado: os clientes eram encorajados pelo comitê da filial suíça do HSBC a associarem seu dinheiro a empresas offshore, geralmente com base no Panamá ou nas Ilhas Virgens Britânicas. O objetivo era evitar determinadas taxas da União Europeia, principalmente a Diretiva da Poupança do bloco, imposto retido na fonte, introduzido em 2005.(...)
Fonte: Brasil Econômico
Sempre fica a curiosidade: quem está na lista dos oito mil clientes brasileiros?
O Brasil é o nono país da lista, com US$ 7 bilhões de dólares nas contas no período em questão. Segundo os arquivos, 8.667 clientes tinham algum vínculo com o Brasil, sendo 55% com a nacionalidade brasileira.
(...) Mesmo potenciais criminosos investigados internacionalmente receberam consultoria do HSBC para dissimular quantias. Um deles é Aziza Kulsum, comerciante de pedras preciosas acusado pela ONU de financiar a guerra civil no Burundi nos anos 1990. Também estariam envolvidos o político e empresário sul-africano Fana Hlongwane, acusado pelo governo britânico por tráfico de armas, e o suíço Frantz Merceron, ex-ministro do Haiti que teria transferido dinheiro do ex-presidente Jean Claude “Baby Doc” Duvalier, responsável pelo desvio de US$ 900 milhões dos cofres do país.
“O HSBC Private Bank (Suíça) continuou oferecendo serviços a clientes que haviam sido citados desfavoravelmente pela Nações Unidas, em documentos legais e na imprensa por seus vínculos com o tráfico de armas de guerra, diamantes ou corrupção”, denuncia o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ na sigla em inglês), que coordena as investigações de imprensa .
Uma verdadeira viagem ao coração da fraude fiscal, mais do que revelar a identidade de muitos sonegadores, o “SwissLeaks” mostrou alguns dos artifícios utilizados para dissimular dinheiro não declarado: os clientes eram encorajados pelo comitê da filial suíça do HSBC a associarem seu dinheiro a empresas offshore, geralmente com base no Panamá ou nas Ilhas Virgens Britânicas. O objetivo era evitar determinadas taxas da União Europeia, principalmente a Diretiva da Poupança do bloco, imposto retido na fonte, introduzido em 2005.(...)
Fonte: Brasil Econômico
Sempre fica a curiosidade: quem está na lista dos oito mil clientes brasileiros?
Teoria da Contabilidade
Sandro Soares e Ernesto Vicente publicaram um artigo sobre os livros de Teoria:
A disciplina de Teoria da Contabilidade é ministrada em cursos de graduação, mestrado e doutorado no Brasil, e, como disciplina acadêmica, tem ementa e bibliografia próprias. O objetivo desta pesquisa é analisar os conteúdos encontrados nos modernos livros de Teoria da Contabilidade brasileiros utilizados nas salas de aula de todo o país. A pesquisa foi classificada como descritiva, qualitativa e bibliográfica. Os resultados apontam que os sete livros analisados, além de apresentarem alta frequência nas bibliografias das disciplinas, têm uma abrangência de conteúdo que engloba as ementas sugeridas por todas as pesquisas anteriores encontradas. A bibliografia analisada também abrange os tópicos de Teoria da Contabilidade abordados pelo Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade e pelo Exame Nacional de Cursos do Ministério da Educação. Os sete livros analisados também consideram um conjunto de temas que abrange a maior parte dos conteúdos abordados pelos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Este trabalho sugere, por fim, a adoção ou o acréscimo das obras analisadas como bibliografia básica da disciplina de Teoria da Contabilidade em cursos de graduação em Ciências Contábeis.
Tenho algumas restrições, mas como um dos autores citados, achei interessante as escolhas dos assuntos tratados nas obras. Encontro o mesmo problema nas obras estrangeiras. O livro do Hendricksen e Van Breda está muito defasado, mas surpreendentemente ainda é usado no Brasil. A sua estrutura é bem diferente do livro de Belkaoui, por exemplo, ou Evans. A impressão que tenho é que parece existir uma crise de identidade nesta área.
A disciplina de Teoria da Contabilidade é ministrada em cursos de graduação, mestrado e doutorado no Brasil, e, como disciplina acadêmica, tem ementa e bibliografia próprias. O objetivo desta pesquisa é analisar os conteúdos encontrados nos modernos livros de Teoria da Contabilidade brasileiros utilizados nas salas de aula de todo o país. A pesquisa foi classificada como descritiva, qualitativa e bibliográfica. Os resultados apontam que os sete livros analisados, além de apresentarem alta frequência nas bibliografias das disciplinas, têm uma abrangência de conteúdo que engloba as ementas sugeridas por todas as pesquisas anteriores encontradas. A bibliografia analisada também abrange os tópicos de Teoria da Contabilidade abordados pelo Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade e pelo Exame Nacional de Cursos do Ministério da Educação. Os sete livros analisados também consideram um conjunto de temas que abrange a maior parte dos conteúdos abordados pelos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Este trabalho sugere, por fim, a adoção ou o acréscimo das obras analisadas como bibliografia básica da disciplina de Teoria da Contabilidade em cursos de graduação em Ciências Contábeis.
Tenho algumas restrições, mas como um dos autores citados, achei interessante as escolhas dos assuntos tratados nas obras. Encontro o mesmo problema nas obras estrangeiras. O livro do Hendricksen e Van Breda está muito defasado, mas surpreendentemente ainda é usado no Brasil. A sua estrutura é bem diferente do livro de Belkaoui, por exemplo, ou Evans. A impressão que tenho é que parece existir uma crise de identidade nesta área.
10 fevereiro 2015
Novo Presidente da Petrobras e o Balanço da Empresa 2
A escolha de Bendine para presidir a Petrobras indica, segundo a Reuters:
Dilma Rousseff parece ter reconhecido que a maior prioridade da empresa estatal é limpar seus livros e reconhecer quantos bilhões de dólares que perdeu para um esquema de corrupção nos anos recentes.
Dilma Rousseff parece ter reconhecido que a maior prioridade da empresa estatal é limpar seus livros e reconhecer quantos bilhões de dólares que perdeu para um esquema de corrupção nos anos recentes.
Novo Presidente da Petrobras e o Balanço da Empresa
O presidente recém-nomeado da empresa estatal Petrobras afirmou que não haverá uma grande amortização contábil. Num primeiro momento ele disse:
Nós estamos aí reavaliando uma série de ativos e as metodologias empregadas. A gente há de separar e a gente precisa deixar isso muito bem claro, que este balanço vai refletir a situação atual da empresa em 2014. Ela pode estar sendo influenciada, sim, por conta da corrupção, mas também por outras variáveis como preço do commodities, enfim, uma série de variáveis que estarão apontando também o real valor destes ativos.
Uma grande confusão. Percebam que ele usa o termo “reavaliando” de maneira inadequada. E abre a possibilidade para diversas metodologias, sendo que o que a empresa deve fazer é usar o valor recuperável, obtido segundo o valor em uso ou valor de troca. E após isto fazer a comparação com o valor contábil. Ou seja, três métodos somente. Depois uma pérola: “situação atual da empresa em 2014”. Dois erros: não é situação atual e sim passada e não é de 2014 e sim 31 de dezembro de 2014. Depois “variáveis que estarão apontando” (o futuro na frase é muito estranho). E para finalizar, a contabilidade (e o balanço) não irão fornecer o “real valor”.
Para encerrar de vez as esperanças:
Não. Este número [os 88 bilhões] não é um indicativo. Isso é um trabalho sendo feito com empresas que estão fazendo avaliações desses ativos. Isso vai ter que ser certificado depois, inclusive pela auditoria externa. O que nós estamos discutindo neste momento são as métricas, são a forma a ser utilizada na apuração disso. Com certeza nós teremos uma baixa de ativos até porque nós também estamos fazendo uma correção do passado. Então nós queremos em 2014 um valor justo e que mostre com muita clareza e transparência qual é o número da companhia no momento.
Está claro que irão questionar não os métodos (ou métricas), mas os parâmetros. E forçando a redução da taxa de desconto e a melhoria na estimativa do fluxo de caixa. E considerar os melhores cenários. E sobre o parecer:
Eu não tenho dúvida que a gente garantindo a credibilidade das informações prestadas, a auditoria já se manifestou, inclusive vai estar nos acompanhando, no dia a dia, para certificar essa metodologia a ser utilizada.
Parece que ele não entendeu que o problema não é a metodologia, mas os parâmetros. Ao fazer esta afirmação, o presidente está pressionando a empresa de auditoria.
Nós estamos aí reavaliando uma série de ativos e as metodologias empregadas. A gente há de separar e a gente precisa deixar isso muito bem claro, que este balanço vai refletir a situação atual da empresa em 2014. Ela pode estar sendo influenciada, sim, por conta da corrupção, mas também por outras variáveis como preço do commodities, enfim, uma série de variáveis que estarão apontando também o real valor destes ativos.
Uma grande confusão. Percebam que ele usa o termo “reavaliando” de maneira inadequada. E abre a possibilidade para diversas metodologias, sendo que o que a empresa deve fazer é usar o valor recuperável, obtido segundo o valor em uso ou valor de troca. E após isto fazer a comparação com o valor contábil. Ou seja, três métodos somente. Depois uma pérola: “situação atual da empresa em 2014”. Dois erros: não é situação atual e sim passada e não é de 2014 e sim 31 de dezembro de 2014. Depois “variáveis que estarão apontando” (o futuro na frase é muito estranho). E para finalizar, a contabilidade (e o balanço) não irão fornecer o “real valor”.
Para encerrar de vez as esperanças:
Não. Este número [os 88 bilhões] não é um indicativo. Isso é um trabalho sendo feito com empresas que estão fazendo avaliações desses ativos. Isso vai ter que ser certificado depois, inclusive pela auditoria externa. O que nós estamos discutindo neste momento são as métricas, são a forma a ser utilizada na apuração disso. Com certeza nós teremos uma baixa de ativos até porque nós também estamos fazendo uma correção do passado. Então nós queremos em 2014 um valor justo e que mostre com muita clareza e transparência qual é o número da companhia no momento.
Está claro que irão questionar não os métodos (ou métricas), mas os parâmetros. E forçando a redução da taxa de desconto e a melhoria na estimativa do fluxo de caixa. E considerar os melhores cenários. E sobre o parecer:
Eu não tenho dúvida que a gente garantindo a credibilidade das informações prestadas, a auditoria já se manifestou, inclusive vai estar nos acompanhando, no dia a dia, para certificar essa metodologia a ser utilizada.
Parece que ele não entendeu que o problema não é a metodologia, mas os parâmetros. Ao fazer esta afirmação, o presidente está pressionando a empresa de auditoria.
Curso de Contabilidade Básica: Lorem ipsum dolor
Ao ler um texto sobre a empresa proprietária do restaurante Porcão no Valor Econômico (Dona do Porcão negocia com ex-sócio, Adriana Mattos, 9 de fevereiro de 2015) tomamos a decisão de usá-la para fazer uma postagem.O texto trazia um adendo comentando que a empresa teve ressalvas no balanço (Auditoria faz ressalvas em balanço, Adriana Mattos, 9 de fevereiro de 2015).
Fomos para página da empresa BTG e clicamos “Investidores” e não tivemos nenhum resultado (canto direito superior). Na lupa de busca digitamos “investidor” e o resultado foram dois links: “investidores” e “nossa cultura”
Obviamente clicamos “investidores” e o texto que apareceu http://www.bfgroup.com.br/investidores/ é bastante elucidativo:
Mais de perto:
Não entendeu? Uma consulta a Wikipedia, verbete “Lorem Ipsum” esclarece que este é um texto utilizado em design gráfico e editoração para preencher o espaço de um texto. Serve para verificar como seria o lay-out antes de inserir o conteúdo real. O texto está em latim e a versão da página da BCG não é aquela tradicionalmente usada. Na versão original do Lorem Ipsum a tradução para o português seria:
"Aquele que ama ou exerce ou deseja a dor, pode ocasionalmente adquirir algum prazer na labuta.Para dar um exemplo trivial, qual de nós se submete a laborioso exercício físico, exceto para obter alguma vantagem com isso. Desmoralizado pelos encantos do prazer, percebe que a dor não resulta em prazer algum. Está tão cego pelo desejo que não pode prever quem não cumprirá seu dever por fraqueza de vontade."
Afirmamos que o resultado seria esclarecedor. Mas qual a razão? Você investiria numa empresa com este tipo de tratamento ao investidor?
Fomos para página da empresa BTG e clicamos “Investidores” e não tivemos nenhum resultado (canto direito superior). Na lupa de busca digitamos “investidor” e o resultado foram dois links: “investidores” e “nossa cultura”
Obviamente clicamos “investidores” e o texto que apareceu http://www.bfgroup.com.br/investidores/ é bastante elucidativo:
Mais de perto:
Não entendeu? Uma consulta a Wikipedia, verbete “Lorem Ipsum” esclarece que este é um texto utilizado em design gráfico e editoração para preencher o espaço de um texto. Serve para verificar como seria o lay-out antes de inserir o conteúdo real. O texto está em latim e a versão da página da BCG não é aquela tradicionalmente usada. Na versão original do Lorem Ipsum a tradução para o português seria:
"Aquele que ama ou exerce ou deseja a dor, pode ocasionalmente adquirir algum prazer na labuta.Para dar um exemplo trivial, qual de nós se submete a laborioso exercício físico, exceto para obter alguma vantagem com isso. Desmoralizado pelos encantos do prazer, percebe que a dor não resulta em prazer algum. Está tão cego pelo desejo que não pode prever quem não cumprirá seu dever por fraqueza de vontade."
Afirmamos que o resultado seria esclarecedor. Mas qual a razão? Você investiria numa empresa com este tipo de tratamento ao investidor?
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio Silva e Fernanda Fernandes
Rodrigues (prelo)
Deloitte
A empresa de auditoria Deloitte LLP anunciou na segunda que Cathy Engelbert (fotografia) será, a partir do dia 11, a primeira CEO de uma grande empresa de auditoria. Com 50 anos, Cathy irá comandar uma empresa com 65 mil funcionários, onde trabalha desde 1986. A notícia que Cathy, formada em contabilidade pela Universidade de Lehigh, é importante para assegurar o papel da mulher na contabilidade. Mas o fato de que somente agora uma grande empresa de contabilidade promoveu uma mulher a um posto tão elevado é motivo de preocupação.
09 fevereiro 2015
História da Contabilidade no Brasil: Convocação para Assembleia (1827)
Um dos documentos que constam da Biblioteca Nacional é a convocação a seguir para uma assembleia na Companhia de Seguros Restauradora.
Diz o texto:
“ Ilmo Sr. José Antonio Alvares de Carvalho
Como Caixa da Companhia de Seguros Restauradora, participo a V. S que no dia 5 do corrente mez, pelas 10 horas da manhã, na casa da minha residência na rua ?? no. 92 se ha de fazer Sessão Geral anual da mesma Companhia, a fim de ??. Tenho por tanto a honra de convocar a V. S. e de lhe rogar que haja de comparecer a dita Sessão. Deos Guarde a V. S. muitos anos.”
Encerra o documento com o local e data, primeiro de fevereiro de 1827.
Alguns detalhes interessantes:
(1) O documento possui uma parte impressa e uma parte preenchida pela caligrafia, possivelmente de quem assina, Inacio Ratton. A parte impressa é comum a todos os possíveis destinatários;
(2) Este Inacio é o “caixa” da empresa, que está convocando as pessoas para participar da reunião;
(3) A reunião ocorrerá no dia cinco e a convocação é assinada no dia primeiro. Lembrando que o Rio de Janeiro era uma cidade pequena
(4) Provavelmente a convocação diz respeito a prestação anual de contas. Como a contabilidade daquela época era muito simplificada, em poucos dias o resultado podia ser divulgado.
(5) O agradecimento a Deus, no final, é decorrente da grande associação entre a religião e o governo.
Diz o texto:
“ Ilmo Sr. José Antonio Alvares de Carvalho
Como Caixa da Companhia de Seguros Restauradora, participo a V. S que no dia 5 do corrente mez, pelas 10 horas da manhã, na casa da minha residência na rua ?? no. 92 se ha de fazer Sessão Geral anual da mesma Companhia, a fim de ??. Tenho por tanto a honra de convocar a V. S. e de lhe rogar que haja de comparecer a dita Sessão. Deos Guarde a V. S. muitos anos.”
Encerra o documento com o local e data, primeiro de fevereiro de 1827.
Alguns detalhes interessantes:
(1) O documento possui uma parte impressa e uma parte preenchida pela caligrafia, possivelmente de quem assina, Inacio Ratton. A parte impressa é comum a todos os possíveis destinatários;
(2) Este Inacio é o “caixa” da empresa, que está convocando as pessoas para participar da reunião;
(3) A reunião ocorrerá no dia cinco e a convocação é assinada no dia primeiro. Lembrando que o Rio de Janeiro era uma cidade pequena
(4) Provavelmente a convocação diz respeito a prestação anual de contas. Como a contabilidade daquela época era muito simplificada, em poucos dias o resultado podia ser divulgado.
(5) O agradecimento a Deus, no final, é decorrente da grande associação entre a religião e o governo.
08 fevereiro 2015
07 fevereiro 2015
Fato da Semana: Reguladores, para o bem e para o mal (Semana 6 de 2015)
Fato da Semana: Os reguladores entraram em ação esta semana. No exterior, tudo leva a crer que o Fasb irá postergar a entrada em vigor da norma sobre receita, que levou anos e anos para ser acertada com o Iasb. No mesmo país, o fiscal do mercado acionário criticou a entidade que regula as empresas de auditoria. Aqui no Brasil parece que a CVM resolveu tomar atitudes com respeito ao que ocorreu com a Petrobras. Recentemente o Conselho Federal de Contabilidade celebrou a milésima reunião do seu plenário.
Qual a relevância disto? Os reguladores são fundamentais para disciplinar as regras, incluindo regras contábeis. Também garantem os direitos dos mais fracos, como um acionista minoritário que é sufocado por um controlador. Muitas decisões são decorrentes das vontades políticas, mas deve levar em consideração que devem estar sintonizados com os desejos do seu público, sob pena de perder legitimidade.
Positivo ou Negativo – Neutro. A milésima reunião do CFC é prova que um regulador pode ter uma história de muitos sucessos (e alguns fracassos, é verdade). Já o puxão de orelha da SEC sobre o papel do PCAOB é a situação onde o regulador pode não estar funcionamento adequadamente. E a situação da CVM mostra como o papel do regulador é difícil.
Desdobramentos – O papel dos reguladores está garantido no curto e no longo prazo. Haverão críticas e problemas, mas ...
Qual a relevância disto? Os reguladores são fundamentais para disciplinar as regras, incluindo regras contábeis. Também garantem os direitos dos mais fracos, como um acionista minoritário que é sufocado por um controlador. Muitas decisões são decorrentes das vontades políticas, mas deve levar em consideração que devem estar sintonizados com os desejos do seu público, sob pena de perder legitimidade.
Positivo ou Negativo – Neutro. A milésima reunião do CFC é prova que um regulador pode ter uma história de muitos sucessos (e alguns fracassos, é verdade). Já o puxão de orelha da SEC sobre o papel do PCAOB é a situação onde o regulador pode não estar funcionamento adequadamente. E a situação da CVM mostra como o papel do regulador é difícil.
Desdobramentos – O papel dos reguladores está garantido no curto e no longo prazo. Haverão críticas e problemas, mas ...
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