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04 março 2010

COSO

Dois artigos sobre o COSO publicado na CGG. O primeiro:


 

O estudo objetiva identificar os termos evidenciados de gestão de riscos dos componentes do COSO (2004), nos relatórios da administração de 2007, das empresas brasileiras com emissão de American Depository Receipt (ADRs). Para tal, realizou-se pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, por meio de pesquisa documental. Na análise de conteúdo, tomaram-se como referência os oito componentes da gestão de riscos contidos no documento do COSO (2004) e seus respectivos termos. A amostra da pesquisa compreende 28 das 32 empresas brasileiras com emissão de ADRs, na New York Stock Exchange (NYSE). Os resultados da pesquisa mostram que, no total, foram encontrados 400 termos relacionados à gestão de riscos em ambientes do COSO (2004). Embora todos os componentes do COSO (2004) tenham sido identificados nos relatórios da administração analisados, a ênfase foi na evidenciação de informações referentes às atividades de controle das empresas. Conclui-se que as empresas pesquisadas não evidenciam as informações relativas às suas práticas de gestão de riscos de forma padronizada e, também, alguns componentes do COSO (2004) são mais enfatizados, com maior número de termos evidenciados do que outros no relatório da administração.


 

EVIDENCIAÇÃO DA GESTÃO DE RISCOS DO COSO (2004) NOS RELATÓRIOS DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS COM ADR'S - Vinícius Costa da Silva Zonatto, Ilse Maria Beuren


 

Eis o segundo:


 

O controle interno é tema em discussão nos meios empresarial e acadêmico. A pesquisa retrata a utilização de uma das principais frameworks para gerenciamento de controles internos, o Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (Coso), e tem como objetivo geral analisar a adequação da metodologia Coso no gerenciamento dos controles internos do Banco do Brasil (BB), na visão dos gerentes de agência. Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, utilizando-se os procedimentos de pesquisa documental e aplicação de estudo de caso único. Foram analisadas questões relacionadas à adequação da metodologia Coso no gerenciamento dos controles internos do BB quanto aos seguintes aspectos: processo de gestão e objetivos estratégicos; eficiência e efetividade operacional; confiabilidade dos registros contábeis e financeiros; e conformidade com leis e normativos aplicáveis à entidade. Concluiu-se que, do ponto de vista dos gerentes de agência pesquisados, a metodologia Coso no gerenciamento dos controles internos do BB é adequada e alinha-se aos interesses da estrutura e da cultura de controle interno propostas pelo banco.


 

A METODOLOGIA COSO COMO FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DOS CONTROLES INTERNOS - Rômulo Paiva Farias, Márcia Martins Mendes De Luca, Marcus Vinicius Veras Machado

Links


Fotos manipuladas

O Oscar vai para o melhor filme?

Comercial da Pepsi com Messi, Henry e outros jogando futebol na África

Kamasutra nos jogos de Vancouver

Nunca desligar o celular: mais dez dias de trabalho

Teste #241

Complete:
O termo ______ vem do latim "o que é devido". O _________ vem do latim que significa "a qual é confiada ou emprestada".

Resposta do anterior: creativa. Fonte: CONTABILIDAD CREATIVA, ANTONI Serra, 23/2/2010, El Periódico Córdoba

Marca

Marca Santander ganha valor com Real

Adriana Cotias, de São Paulo - Valor Econômico - 3/3/2010

Ao abandonar a marca Banco Real no mercado brasileiro, o Santander vai abrir mão de um ativo estimado em R$ 5 bilhões, segundo cálculos da Brand Finance. Em contrapartida, o grupo espanhol já conseguiu incorporar à sua própria identidade corporativa atributos oriundos do Real e o resultado é que obteve uma valorização significativa desde a aquisição da subsdiária do grupo holandês ABN Amro em 2007. A marca Santander, que até então era avaliada em R$ 2,1 bilhões, hoje alcança os mesmos R$ 5 bilhões do Real. No fim do processo de integração, previsto para este ano, valerá mais ainda, segundo o sócio-diretor da consultoria, Gilson Nunes.

Embora considere que o símbolo da sustentabilidade, tão caro ao Banco Real, não esteja plenamente assimilado à marca Santander, tal valorização mostra que o grupo espanhol tem sido bem-sucedido na transição. O fato de o brasileiro ver conta corrente e serviços bancários como uma commodity, uma espécie de "mal necessário" ajuda nessa empreitada. "Quando o Santander adquiriu o Real, ele levou uma base de clientes sem muita paixão pela marca", diz.

Conforme estima, pelo menos metade dos correntistas do Real é formada pelos chamados clientes oportunistas, que usam o banco ou por imposição da empresa que trabalha ou pela conveniência da localização de determinada agência. Só de 10% a 15% compõem a fatia leal à marca e que o Santander terá a missão de manter a bordo.

Nos últimos dois anos, o Santander começou a usar elementos da identidade do Banco Real nas suas campanhas para buscar uma simbiose e isso fez com a que a transição para a destruição da marca Real ocorresse de maneira suave, pontua o sócio da Top Brand, Júlio Moreira. "O fato de o número 1 no comando da operação do Santander ser oriundo do Real também ajuda nesse processo, porque o CEO é o grande pai na gestão da marca", diz, referindo-se ao presidente do Santander Brasil, Fábio Barbosa.

Nem sempre as instituições financeiras, em processos de incorporação, têm chance de percorrer esse caminho sem percalços. O especialista lembra que quando o Itaú adquiriu o BankBoston, em 2006, teve de fazer a mudança nas agências a toque de caixa porque a marca não poderia mais ser usada no Brasil - pouco antes, o Bank of America havia comprado o Boston nos Estados Unidos. O Unibanco, ao assumir as operações do combalido Nacional, no dia seguinte colocou banners com o nome do novo banco, fez uma transição atabalhoada e acabou perdendo parte da carteira de clientes.

Apesar do sucesso na execução da estratégia de comunicação do Santander, Moreira acrescenta que, invariavelmente, vão sobrar algumas "viúvas" do Real, de clientes que se identificavam com aqueles valores da sustentabilidade e responsabilidade social que o banco incutiu na percepção dos consumidores e que podem não ser notados na nova organização.

O significado da marca Real, tudo que entregava em termos de produtos e serviços, o atendimento e a visão ideológica do negócio vão sobreviver debaixo da marca Santander, diz o vice-presidente de estratégia da marca e comunicação corporativa do Santander Brasil, Fernando Byington Egydio Martins. "A marca vai continuar viva dentro das práticas do dia a dia, só o nome Real é que vai sumir."

Prova disso, exemplifica, é que alguns produtos do Banco Real foram incorporadas à rede do Santander, como os 10 dias sem juros no cheque especial e os serviços Van Gogh, destinados à segmentação de alta renda. O sistema de remuneração nas agências também mudou e deixou de ser definido por metas individuais para combinar metas da equipe e a visão do cliente.

"A venda só é boa se for consciente, se permitir uma segunda venda", diz Martins. Pesquisas trimestrais de satisfação de cliente vêm sendo aplicadas em todos os canais de distribuição.

Apesar da força-tarefa, Martins reconhece que os clientes do Real têm muito apego à marca e que todo processo de transição é sujeito a solavancos. Mas não havia a hipótese de a bandeira conviver com a marca Santander, que tem peso global e é avaliada em US$ 25 bilhões.

Como patrocinador de eventos mundiais, como a Ferrari na Fórmula 1, o banco espanhol perderia eficiência ao ter duas marcas ativas no Brasil, diz Moreira, da Top Brand. "Uma marca seria beneficiada por essa mídia espontânea e a outra não, além de ser necessário dois orçamentos."

O fato de o brasileiro ser mais aberto à inovação e à presença de players globais permite abandonar a marca Real. No mercado inglês, onde comprou o Abbey, o Santander não teve a mesma sorte, completa Nunes, da Brand Finance.

Lucro por ação

IFRS: cálculo de lucro por ação é discutido
por FinancialWeb - 03/03/2010

CVM recebe opiniões relativas ao CPC 41 até o dia 5 de abril

A Comissão de Valores Mobiliários e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis anunciaram nesta quarta-feira (03) a abertura de audiência pública para discussão de mais uma norma internacional de contabilidade, dando continuidado ao processo de convergência ao modelo do IFRS. Opiniões a respeito do CPC 41 - "Resultado por ação" serão recebidas até o dia 5 de abril.

Os interessados devem encaminhar suas propostas ao e-mail AudPublicaSNC0110@cvm.gov.br. Tido como extremamente complexo, o documento deve ser aplicado às demonstrações contábeis das companhias que possuam ações ordinárias ou preferenciais publicamente negociadas ou que estejam registradas ou em processo de registro.

De acordo com a CVM, a companhia deve calcular dois tipos de resultado por ação: o Resultado Básico por Ação (RBA) e o Resultado Diluído por Ação (RDA). O Resultado Básico por Ação deve ser calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo da companhia - o numerador, pelo número médio ponderado de ações ordinárias e preferenciais em poder dos acionistas, excluídas as mantidas em tesouraria - o denominador.

O CPC 41 é ligado ao IAS 33. Ocorre que o relativo internacional está essencialmente baseado na determinação do resultado por ação do capital ordinário, pois reflete a realidade dos mercados de capitais europeu e norte americano. "Assim, tornou-se necessário incluir um comando (item 3A) no CPC 41 para refletir a situação diferenciada das ações preferenciais do mercado brasileiro em relação àqueles mercados", explicou a autarquia.

E as dificuldades não param por aí. "Além desse fato, a própria complexidade do pronunciamento irá motivar a elaboração de uma orientação técnica, com outros exemplos ilustrativos, voltados para a realidade do nosso mercado, a qual será brevemente disponibilizada", continuou a CVM.

Dessa forma, além das sugestões relativas ao CPC 41, a CVM e o CPC estão especialmente interessados em receber opiniões sobre a necessidade da emissão de uma orientação técnica mais abrangente, que aborde a determinação do resultado por ação exclusivamente em função dos valores mobiliários existentes no Brasil, além de sugestões sobre os tópicos que devam ser contemplados nessa orientação, acompanhadas de exemplos específicos relacionados com o nosso mercado e o nosso ambiente societário.

Remuneração

Recém-criada e ainda em fase pré-operacional, a OSX, empresa do grupo do empresário Eike Batista, prevê que a remuneração de cinco diretores e nove conselheiros chegue a R$ 340,8 milhões neste ano. O valor supera os R$ 340 milhões que o Bradesco pretende pagar para seus quase 90 administradores em 2010. A remuneração a ser paga pela OSX, empresa de construção e operação naval, será quase toda em opções de ações. No Bradesco, R$ 110 milhões serão em salário fixo e R$ 170 milhões por meio de benefícios previdenciários. A divulgação desse tipo de informação, novidade no país por exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), continua enfrentando forte resistência.


OSX vai pagar R$ 340 milhões a executivos - Fernando Torres e Graziella Valenti, de São Paulo - Valor Econômico - 04/03/2010

03 março 2010

Rir é o melhor remédio


Encaminhado por Matias, grato.

Teste #240

Gracias a la denominada contabilidad _______, había conseguido eliminar de su balance unas deudas considerables dando una apariencia saludable a un enfermo terminal. (...) Nuevamente los expertos de la contabilidad _____ habían hecho la cirugía estética, esta vez a una institución pública.

Os dois trechos podem ser completados como:

creativa
fiscal
internacional

Resposta do Anterior: em 2008, quando a empresa perdeu 9,6%. Mas como o mercado perdeu 37%, em termos proporcionais o ganho da empresa foi de 27,4%. Em 2009, quando a empresa teve ganho de 11%, o mercado cresceu 26,5%. Fonte, aqui

Links

Nós somos muito previsíveis: uma pesquisa usando dados do GPS de celulares

A beleza facial e o olhar masculino

Um modelo estocástico sobre o placebo

A siesta ajuda a memória

Por que o homem assume o volante?

Receita

A receita de uma entidade é um parâmetro interessante quando se deseja mensurar seu tamanho e, consequentemente, sua importância. Nos setores onde o lucro não é o aspecto primordial, a geração de receita torna-se mais relevante.

Muitos rankings são construídos usando a receita por expressar exatamente a importância de uma entidade. É o caso do tradicional ranking da Deloitte sobre futebol, onde os clubes são classificados segundo a geração de receita. Para 2009, o resultado do ranking é o seguinte:

Posição (ano anterior)

Clube

Receita em milhões de libras

Revenue (milhões de euros)

1 (1)

Real Madrid

341.9

401.4

2 (3)

FC Barcelona

311.7

365.9

3 (2)

Manchester United

278.5

327.0

4 (4)

Bayern Munich

246.6

289.5

5 (6)

Arsenal

224.0

263.0

6 (5)

Chelsea

206.4

242.3

7 (8)

Liverpool

184.8

217.0

8 (11)

Juventus

173.1

203.2

9 (10)

Internazionale

167.4

196.5

10 (7)

AC Milan

167.4

196.5

11 (15)

Hamburger SV

124.9

146.7

12 (9)

AS Roma

124.7

146.4

13 (12)

Olympique Lyonnais

118.9

139.6

14 (16)

Olympique de Marseille

113.5

133.2

15 (14)

Tottenham Hotspur

113.0

132.7

16 (13)

Schalke 04

106.0

124.5

17 (n/a)

Werder Bremen

97.7

114.7

18 (20)

Borussia Dortmund

88.1

103.5

19 (n/a)

Manchester City

87.0

102.2

20 (17)

Newcastle United

86.0

101.0


 



Dica daqui

Petrobrás

Câmara aprova texto básico para capitalização da Petrobras
Agência Brasil
02/03/2010

BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados aprovou há pouco, em votação simbólica, o texto principal do projeto de lei que trata da capitalização da Petrobras para a exploração do petróleo e gás da camada pré-sal, ressalvadas as emendas e destaques que visam a alterar o texto.

Na parte da tarde, os líderes partidários fecharam acordo para votar amanhã as emendas e os destaques ao projeto.

O texto aprovado pelos deputados foi o substitutivo apresentado ao projeto original do governo pelo relator da matéria na comissão especial, deputado João Maia (PR-RN).

Na comissão, o relator acolheu duas das 15 emendas apresentadas à proposta. Com isso, os autores das outras emendas poderão destacá-las para apreciação em plenário.

O projeto permite que a União possa vender à Petrobras, sem licitação, o direito de explorar as atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural em áreas ainda não concedidas no pré-sal.

Ele autoriza, também, o governo a participar do aumento de capital da empresa com operações realizadas com títulos da dívida pública.

Entre os destaques a serem votados amanhã estão três que pretendem incluir no texto a possibilidade dos atuais acionistas da Petrobras, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aumentarem suas participações na estatal com a compra de novas ações com recursos também do FGTS.

O relator chegou a admitir essa possibilidade em seu parecer na comissão, mas retirou o dispositivo do texto.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o governo admite negociar essa possibilidade do uso do FGTS para a capitalização da estatal, mas que será necessário negociar o percentual a ser usado pelos acionistas que adquiriram ações da Petrobras com recursos do fundo.

Descentralização

Este trabalho apresenta o resultado de estudo realizado para analisar as práticas de preços de transferência utilizadas pelas empresas brasileiras, associando-as com o papel representado pelos conflitos organizacionais nas transações internas de uma empresa com estrutura organizacional descentralizada. Para isto, analisa-se o referencial teórico sobre o tema e sua repercussão no gerenciamento das atividades das unidades de negócio. O estudo mostra-se relevante porque os sistemas de preços de transferência costumam influir no nível de recompensas extrínsecas e intrínsecas de uma organização e, também, em sua distribuição. Dado que o sistema de compensação, que faz a medição da atuação gerencial, é dependente dos resultados das transações que ele realiza com as demais unidades, é, portanto, razoável admitir que os preços de transferência também possam influir como fatores motivadores positivos ou negativos nos critérios de valoração das transferências. O estudo permitiu inferir que há muitas possibilidades de análise dos preços de transferência em relação aos efeitos de sua influência na motivação dos gerentes. Como resultado do estudo, concluiu-se que, no caso da amostra de empresas pesquisadas, não existia nenhum sinal evidente de problemas de conflito organizacional, por causa dos sistemas de preços de transferência utilizados por elas.


RELAÇÃO ENTRE PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA E CONFLITO ORGANIZACIONAL EM EMPRESAS DESCENTRALIZADAS - José Paulo Cosenza

Victoria´s Secret


Por que a Victoria´s Secret põe à venda um sutiã rebordado com pedras preciosas, de milhões de dólares, que ninguém jamais comprará?

Há uma década, anualmente, o catálogo de Natal da empresa Victoria´s Secret tem dado destaque a um presente particularmente caro. A série começou em 1996, com a modelo Claudia Schiffer fotografada com o sutiã Miracle Bra, bordado com diamantes, no valor de US$ 1 milhão. No ano seguinte, Tyra Banks chegou de carro blindado à joalheria Harry Winston, na Quinta Avenida, em Nova York, usando o superpresente de 1997, um sutiã no valor de US$3 milhões, ornamentado com safiras e diamantes. O item de 2006, criado pelos joalheiros da Hearts on Fire e apresentado pela modelo Karolina Kurkova, tinha o preço de tabela de US$6,5 milhões. Considerando-se que ninguém jamais comprou qualquer desses sutiãs com pedras preciosas, por que a Victoria´s Secret continua a colocá-los à venda?

A empresa, provavelmente, jamais esperou vender esses sutiãs. No entanto, colocá-los à venda pode ser uma tática vitoriosa devido ao efeito sobre a vendagem de outros artigos. Os sutiãs-jóia continuam a atrair o interesse da mídia, chamando a atenção de possíveis compradores para a marca Victoria´s Secret.

É claro que a empresa está consciente desse benefício, como comprova o reconhecimento de que cada nova peça só atrairá a atenção se for mais espetacular que as anteriores. Não é importante que a peça não seja vendida, já que as pedras podem facilmente ser recicladas.

Contudo, talvez o benefício mais importante da oferta de sutiãs-jóia seja algo que os economistas muitas vezes perdem de vista – a mera presença dessas peças no catálogo muda a referência sobre o valor que um presente pode ter. Ao implantar a idéia de que alguém está gastando milhões, a Victoria´s Secret torna menos absurda a idéia de gastar várias centenas de dólares. É fácil imaginar que um marido ansioso, tendo acabado de ver o sutiã de US$6,5 milhões, possa comprar o corselete listrado Chantal Thomass por US$298 e achar que está fazendo um bom negócio.

FRANK, Robert. O Naturalista da Economia. Best Business, p. 198-199.



Foto: Sutiã de 4,7 milhões e Adriana Lima

02 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #239

A empresa Berkshire Hathaway obteve um retorno de 11%, -9,6% e 19,8% em 2007, 2008 e 2009. Entre 1965 a 2009 o retorno foi de 434 mil pontos percentuais, que fez a fama de Buffett como um dos maiores investidores do mundo. Entretanto, o desempenho é sempre melhor medido em termos comparativos. Usando o SP 500, o ganho médio foi de 11% ao ano. Nos últimos três anos, qual aquele onde a empresa obteve o maior ganho?

2007
2008
2009

Resposta: 100 bilhões. Fonte aqui

Links

Um romance de espionagem, emoção e contabilidade

Preço do ouro em 200 anos

Fasb, Iasb e progresso no Valor Justo

Provisão e condenação

Justiça condena ex-presidente e ex-diretores do BNB
Mariângela Gallucci
AE Noticiário 1/3/2010

A Justiça Federal em Fortaleza condenou um ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e três ex-diretores a ressarcirem os danos sofridos pela instituição financeira em decorrência de supostos atos fraudulentos. De acordo com informações do Ministério Público Federal, o prejuízo causado ao banco pode chegar a mais de R$ 7 bilhões.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério Público, o ex-presidente do BNB Byron Queiroz teria atuado "decisivamente" para a adulteração nos registros contábeis do banco. Ex-diretores do banco teriam autorizado a rolagem de dívidas sem qualquer análise técnica.

Conforme a decisão da Justiça Federal, Byron Queiroz, os ex-diretores da instituição Raimundo Nonato Carneiro Sobrinho, Osmundo Evangelista Rebouças e Ernani José Varela de Melo, além dos ex-superintendentes Marcelo Pelágio Costa Bonfim e Antônio Arnaldo de Menezes foram condenados a ressarcir integralmente os danos. A Justiça também determinou a suspensão dos direitos políticos dos envolvidos e a fixação de multas para cada um deles.

A ação de improbidade administrativa foi ajuizada pelo procurador da República Alessander Sales, que analisou todos os balancetes mensais do BNB do período de 1997 a 2000.

Ao proferir a condenação, o juiz federal João Luis Nogueira Matias observou que a diretoria do banco aprovou rolagem em bloco de dívidas sem qualquer análise técnica, por meio da utilização reiterada de um instrumento denominado carta-reversal. Os administradores do BNB, diz a sentença, aceitaram como condição normal a existência de devedores, mesmo com atrasos superiores a cinco anos. Eles também não fizeram provisão de recursos para essas dívidas. A contabilidade do banco registrou ainda mais de 20 mil operações vencidas há mais de 360 dias, o que já seria suficiente para enquadrá-las como créditos em liquidação.

Fisco

Autuação não significa dinheiro imediato em caixa
Folha de São Paulo - 28/2/2010

O valor das multas aplicadas pela Receita Federal, principalmente aos grandes contribuintes, não se traduz, necessariamente, em dinheiro no caixa da União. "As grandes autuações acabam sendo motivo de disputa jurídica, normalmente envolvendo as próprias normas da Receita", afirma o professor de direito tributário da USP de Ribeirão Guilherme Adolfo dos Santos Mendes.

Para ele, há dois tipos de sonegação: a "simplória e simples", praticadas, em geral, por pequenas empresas que deixam de emitir notas fiscais e repassar informações ao fisco; e a deliberada, realizada por grandes pagadores de impostos que buscam mecanismos para omitir informações ou se utilizam de brechas na legislação tributária para contestar débitos.

Para Mendes, a prática de sonegação, principalmente entre as empresas, principais alvos do fisco, tende a diminuir na medida em que elas crescem e se profissionalizam.

O aparato cada vez maior de que a Receita dispõe para cruzar informações sobre os contribuintes e detectar desvios em suas práticas contábeis reforça esse movimento de diminuição da exposição ao risco, afirmou o docente.

Além disso, segundo Mendes, uma contabilidade paralela para movimentar receitas, a fim de sonegá-las, pode fugir do controle em grandes corporações, que têm complexa estrutura administrativa.

Contabilidade Gerencial e Planejamento

A dinâmica dos mercados e a competitividade no mundo dos negócios exigem das empresas técnicas e sistemas que permitam a tomada de decisão de curto e longo prazo, com intuito de atingir os objetivos da organização. Este estudo objetiva analisar o relacionamento entre a contabilidade gerencial e o processo de planejamento em uma Holding. A pesquisa, quanto aos objetivos, caracteriza-se como explicativa, realizada por meio de um caso ilustrativo, com abordagem qualitativa, visando analisar o relacionamento entre a contabilidade gerencial e o processo de planejamento. Para a coleta de dados utilizou-se de entrevista estruturada. O modelo foi adaptado de Frezatti et al. (2007), e, ao final, comparam-se os resultados. Infere-se que na Holding e em suas controladas existe influência dos atributos da contabilidade gerencial em relação aos instrumentos do planejamento. Portanto, o estudo permite concluir que a contabilidade gerencial influencia nos processos de planejamento da Holding, tanto no planejamento estratégico, quanto no orçamento das empresas do grupo.

O RELACIONAMENTO ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E O PROCESSO DE PLANEJAMENTO: ESTUDO EM UMA HOLDING - Júlio Orestes da Silva, Carlos Eduardo Facin Lavarda

Buffett

Clima de pânico ajudou, diz Warren Buffett

Sábado, megainvestidor divulgou resultados de 2009

Graham Bowley, THE NEW YORK TIMES - Estado de São Paulo - 1/3/2010

No sábado, Warren E. Buffet [1], o mais famoso investidor dos Estados Unidos, transmitiu confiança em sua carta anual endereçada aos acionistas de sua holding, explicando em termos tipicamente coloridos como suas empresas tinham sobrevivido à calamidade da crise financeira.

O tom da carta era muito diferente daquele presente no relatório publicado por Buffet no ano passado, no qual ele responsabilizava a si mesmo pelo declínio no valor contábil da empresa, o segundo registrado desde que ele assumiu o seu controle em 1965.

Desta vez ele explicou como utilizou os últimos 18 meses para adquirir uma série de ativos - uma ida às compras que culminou no acordo de aquisição da Burlington Northern Santa Fe Railway, no fim do ano passado, a maior compra já realizada por ele.

Buffett escreveu que sua empresa, a Berkshire Hathaway, teve uma renda líquida [2] de US$ 8,1 bilhões no ano passado, o equivalente a US$ 5.200 por ação, uma alta de 61% em relação a 2008. A empresa registrou um aumento de 19,8% em seu valor contábil.

A crise de 2007-2008 levou a empresa a registrar pela primeira vez uma perda operacional, no primeiro trimestre do ano passado, levando a perguntas quanto à exposição de Buffett aos gastos do consumidor e ao mercado imobiliário. Entretanto, a empresa apresentou uma recuperação forte ainda naquele ano, ajudada por uma reversão na tendência do mercado de ações, o que fortaleceu a situação dos derivativos da empresa.

Na carta, que acompanha o relatório anual da companhia, Buffett detalhou quantas de suas holdings dependiam da demanda por imóveis e do gasto dos consumidores. Mas as ações da empresa, que no fim de 2007 chegaram ao preço máximo de US$ 148.220 [3] e depois caíram para cerca de US$ 73.195, registraram desde então uma recuperação expressiva, fechando em US$ 119.800 na sexta feira.

"Botamos muito dinheiro para trabalhar durante o caos dos últimos dois anos", escreveu. "O período foi ideal para os investidores: um clima de pânico é o melhor amigo deles." Buffett aproveitou a carta para fazer piadas e proferir mais alguns de seus aforismos característicos.

Chamado de Sábio de Omaha, ele é o investidor mais consultado dos EUA, e sua carta anual é acompanhada atentamente pelos investidores que procuram sua avaliação da própria empresa e da economia.

A Burlington Northern Santa Fe foi a maior aquisição já feita por Buffett. Dirigindo-se aos 65 mil acionistas da empresa, ele lhes ofereceu uma amostra de suas regras de investimento. Mas ele alertou todos os acionistas para o seguinte fato: conforme a Berkshire Hathaway cresce, seu crescimento futuro deve desacelerar.


[1] Buffett
[2] lucro líquido, provavelmente
[3] é isto mesmo.