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11 maio 2009

Contabilidade Pública na Índia

A Índia também resolveu adotar na contabilidade pública o regime de competência, conforme notícia do Financial Express (Centre to adopt accrual-based accounting in five years , 7/5/2009)

(…) "O Comptroller and Auditor General of India (CAG) planeja mudar da contabilidade baseada no caixa para a competência no governo dentro de cinco anos. No regime de competência as demnstrações financeiras apresentam, de forma mais apropriada, o desempenho financeiro e a posição do governo”(...)

Comparação

John Kay faz uma interessante comparação entre a contabilidade tradicional, onde predominava a prudência e a certeza, com a nova contabilidade, com influencia da teoria moderna de finanças.

Não existe uma resposta certa ou errada para a questão de como lucros devem ser distribuídos ao longo do tempo. Os fundadores da profissão contábil acreditavam que só deveriam contar os pássaros na mão. Eles reconheciam caixa somente quando é recebido ou, pelo menos legalmente comprometidos a serem pagos. Consideravam uma visão prudente do passivo futuro. Os lucros eles registravam ao final da atividade que deu origem a eles.

Contadores modernos, no entanto, foram ensinados a teoria de finanças moderna em que os mercados são eficientes. Eles tratam a incerteza, assumindo que o mercado já sabe e avaliou todas as informações pertinentes. Eles também foram ensinados nas habilidades de agradar os clientes. Esses contadores marcam ativos e passivos ao mercado. Rigorosamente aplicadas, contabilidade com marcação a mercado significa que você deve constantemente re-estimar o lucro potencial de uma atividade ao longo da sua vida. Têm-se direito ao crédito com a previsão de lucro numa atividade tão logo que você começa a participar na mesma.

(…)
Em teoria, este tratamento é justificável, mas a possibilidade de abuso é óbvia.


A boom based on little more than a bezzle
John Kay - 6 Maio 2009 - Financial Times - Asia Ed1 - 09

10 maio 2009

Link

Como os impostos ajudaram a criar a crise

Um artigo de Govindarajan para o Financial Times discute o papel do CEO

Novos padrões contábeis na India

Rir é o melhor remédio


Fonte Aqui

Paraíso Fiscal

Múltis americanas com sede nas Cayman estão na mira de Obama
6 / 5 / 2009 - Gazeta Mercantil

(...) A Seagate é apenas uma das empresas que podem ser afetadas pela proposta feita anteontem pelo presidente dos EUA, Barack Obama, de captar cerca de US$ 190 bilhões a US$ 210 bilhões na próxima década, proscrevendo técnicas usadas pelas empresas norte-americanas no exterior na evasão do pagamento de impostos. A alíquota de impostos de pessoas jurídicas nos EUA é de 35%, mas a Seagate pagou efetivamente 5% de impostos no ano fiscal encerrado em junho de 2008, segundo dados compilados pela Bloomberg.

(...) Um prédio comercial de cinco andares na rua South Church, nas Ilhas Cayman, é o endereço oficial de 18,8 mil corporações. Esse prédio, de nome Ugland House, consta dos documentos apresentados à SEC como a sede da Seagate.
Cerca da metade dessas empresas das Cayman tinham endereços de faturamento nos Estados Unidos, segundo um estudo feito pelo GAO em 2008.

Obama se referiu à Ugland House. "Durante a campanha, eu falei sobre o escândalo de um prédio nas Ilhas Cayman que tinha mais de 12,7 mil empresas que afirmam que o prédio é a sua sede", disse Obama. "Como já disse antes, ou este é o maior prédio do mundo ou a maior fraude tributária. Creio que o povo norte-americano sabe qual dos dois é a verdade: o tipo de fraude tributária com o qual precisamos acabar."
(...)

(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(David Evans/Bloomberg News)

09 maio 2009

Rir é o melhor remédio

Um homem entra num bar com um jacaré. Caminha até o barman e pergunta:
- Vocês servem advogados?
- Sim, nós servimos, diz o barman
- Bom, então quero uma cerveja e um advogado para meu jacaré.

Adaptado de A manic depression; Economists' dismal performance makes astrologers look rational - PAUL KEDROSKY – 2/5/2009 - The Globe and Mail - F9

Novo Lucro

A mais conhecida informação contábil mudou. Pelo menos nos Estados Unidos. Em lugar do lucro líquido as empresas estão divulgando o “lucro líquido atribuído a empresa” ou algo próximo. Para E. J. Atorino, analista da Benchmark Research, as mudanças são superficiais, conforme declarou ao Wall Street Journal.

Esta mudança ocorre quando a atenção está voltada para o desempenho das empresas. Com a mudança as empresas divulgam os ganhos com investimentos em outras empresas onde a participação é minoritária.

Fonte: Earnings: New FASB Standard Clarifies 'Net Income' - Michael Rapoport - 1 May 2009 - The Wall Street Journal - B5

Vestibular

Fim do vestibular único não virou grande notícia
30 Abril 2009 - Gazeta Mercantil

Há intenção, deliberadamente anunciada, de centralizar nas mãos da União todo o processo educacional brasileiro. É uma escolha do poder, mais do que uma mudança dos tempos. Nenhum sistema educacional, de economia industrializada, vai nessa direção. O Brasil já trilhou esse caminho de centralizar expectativas de ensino por muitos anos e começou a mudar de rota desde a primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, de 1961. Na verdade, apesar de tudo, até o regime militar foi devagar nessa história de extrema centralização do ensino. A reforma da LDB de 1995 consagrou princípios de descentralização, o primeiro deles o da municipalização do ensino fundamental. A autonomia universitária, expressa garantia constitucional, também preserva o direito das identidades regionais aparecerem no processo educacional.

O Ministério da Educação (MEC), agora, resolveu enveredar por outro caminho, o da centralização total. Sem limites. Com a reforma no vestibular, construiu-se a pretensão de deixar o ensino médio todo igual, no País inteiro, sem dissensões sociais, nem diferenças curriculares. De repente, a toque de caixa, a mídia foi alimentada de versões de que o mundo ficaria inteiramente feliz se e quando o Brasil tivesse um exame único nacional, tudo para vigorar já, em outubro, para as matrículas do próximo ano letivo. (...)

Especulação

(...) Especulação é a pesquisa que se faz em busca da melhor alternativa econômica, e a decisão seguinte mera consequência. Especulação é o cerne da atividade econômica. Trata-se de necessidade de indivíduos, empresas e Estados. Em quaisquer negócios visa o crescimento de patrimônios ou, no mínimo, sua proteção. De fato, todo agente econômico é um especulador.

Apesar de ser instituição natural, a especulação traz o estigma da vilania. Trata-se de pecado original que lhe aplicou a cultura ocidental, impregnada dos princípios cristãos. Para fugir ao sinal infamante, os mercados batizaram novo personagem: o investidor, tipo distinto que, também segundo Houaiss, surgiu em nossa língua na década de 1950. Suas decisões seriam fundamentadas, as operações sérias e o timing jamais imediatista. Foi a fórmula para transformar especulação em atividade que, hoje, dir-se-ia politicamente correta. É comum ouvir de governantes que investidores são bem vindos e especuladores indesejáveis. (...)


A especulação e os especuladores - 30 ABril 2009 - Valor Econômico - Ney Carvalho foi corretor de Bolsa, é historiador e escritor

Na prática todo agente econômico faz especulação. Uma situação comum ocorre quando aproveitamos uma oferta num supermercado.

08 maio 2009

Rir



Fonte: Aqui

Custo Perdido

A correta decisão de um gestor passa por conhecer alguns dos conceitos técnicos. Em minha opinião, o mais difícil de aprender e aplicar é o de custo perdido. Geralmente a noção de custo perdido é aprendida nos livros de contabilidade gerencial ou de custos, muito embora algumas obras de finanças também comentem o assunto.

Entretanto, apesar da existência do conceito e da explicação, os gestores insistem em não levar em consideração este conceito no processo de tomada de decisão. Isto é algo tão relevante que se criou a denominação de falácia do custo perdido para explicar este problema.

O problema da falácia do custo perdido apareceu num texto do jornal Gazeta Mercantil sobre os parques de diversões (Segunda chance para parques de diversão, 22/4/2009, Finanças & Mercados - Pág. 1, Maria Luíza Filgueiras). O texto procura mostrar que os parques de diversões (Wet´n Wild, Hopi Hari, Playcenter e outros) apresentam rentabilidade reduzida no longo prazo e as empresas estão com problemas de endividamento elevado. Em outras palavras, o custo do capital é superior ao retorno operacional, inviabilizando o negócio.

O Hopi Hari possui público anual de 1,5 milhão de pessoas e gera caixa de 15 a 18% da receita. Uma das alternativas para a Funcef é vender sua participação no Hopi Hari. Mas a decisão foi contrária. Veja o trecho do artigo:

Venda com deságio ou perdão de dívida são as alternativas encontradas pelos investidores para minimizar danos. A Funcef, após provisionar uma perda de R$ 20 milhões em 2003 com o Wet'n Wild, chegou a avaliar a venda de sua participação. "Mas achamos que seria mal negócio, por estar vendendo um crédito, e não a participação de uma empresa, de debêntures cuja remuneração é zero. Não tem mercado secundário para isso", explica Rosa, lembrando que os investidores iniciais saíram do negócio com venda dos papéis entre 3% e 5% do valor de face.

"Preferimos fazer uma nova tentativa e recuperar parte do valor. A idéia da Funcef é vender a totalidade ou parte das ações", afirma. O fundo de pensão precisa enquadrar o investimento à resolução 3.456, que limita participação acionária desses investidores em 20% - com a reestruturação, a Funcef passou a deter 56% das ações.

Esta é uma clara situação de falácia do custo perdido. O investimento já realizado pela Funcef é passado. A análise deve ser feita levando em consideração o fluxo de caixa futuro, comparado com o custo de oportunidade dos recursos do fundo de pensão. Manter o investimento é como “persistir no erro”.

A Nova Contabilidade

Conforme já comentado anteriormente neste blog, existe uma proposta conjunta do Fasb e do Iasb em mudar as demonstrações financeiras, classificando todos os itens do balanço, da DRE e dos fluxos de caixa, em financeiro e dos negócios (operacional e de investimento).

Uma crítica que já está sendo feita a proposta (Critics Pan New Financial Statements, Tim Reason, CFO.com, 24/4/2009) mostra este problema:

Como resultado, cada um das três demonstrações – balanço patrimonial, demonstração do resultado e demonstração dos fluxos de caixa – serão divididas em duas grandes seções: negócios e financiamento.
A seção de financiamento irá incluir todas as atividades de obtenção de recursos para os negócios da empresa. Para instituições não financeiras, isto inclui primariamente caixa, empréstimos bancários, títulos e outros items que representam o esforço de obter capital.

Na seção de negócios – que poderá ser subdividida em operacional e investimento – terá o foco no que a empresa produz de produtos e serviços. A categoria operacional irá incluir a receita e despesa gerada pela atividade principal e a categoria de investimento irá incluir atividades que geram retorno, mas que não são o foco.
Muitos, particularmente os bancos, comentam que o Fasb e o Iasb necessitam esclarecer mais as atividades de operações e investimento. “Eles estão usando a mesma terminologia que nós usamos no FAS 95 para fluxos de caixa, afirmou John Hepp, partner da Grant Thornton a CFO. Mas elas tem um significado completamente diferente.


Interessante, não? Você sabia disto? O mesmo texto cita uma pesquisa entre os CFO e a grande maioria não estava familiarizada com a proposta. E mesmo aqueles que afirmaram saber da proposta, muitos alertavam para o custo e o benefício da alteração.

Adoção da IFRS

CVM permite, novamente, balanços sem comparação
Valor Econômico - 8/5/2009

Os resultados trimestrais de 2009 já precisam, obrigatoriamente, ser apresentados pelas novas regras contábeis, mas o dado comparativo, ou seja, o do trimestre correspondente do ano passado não precisará ser ajustado aos novos padrões. Isso desde que as notas explicativas detalhem os efeitos que ocorreriam no resultado e patrimônio se as novas regras já estivessem sendo adotadas.

A possibilidade de que os ajustes não sejam feitos foi aberta ontem pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Para a autarquia, embora a apresentação do comparativo ajustado à nova contabilidade seja o ideal e o mais recomendado, podem ser apresentados os dados trimestrais de 2008 no padrão anterior, desde que com as devidas notas explicativas.

O gerente de normas contábeis da CVM, José Carlos Bezerra, afirmou que a autarquia vinha recebendo muitas consultas com relação ao assunto, não só de companhias como também de auditores, por isso resolveu se manifestar. Entretanto, a maioria das companhias que já divulgou o balanço do primeiro trimestre ajustou os números.

A falta do ajuste dificulta a análise das demonstrações financeiras, já que a comparação fica prejudicada. O leitor dos balanços terá que buscar informação nas notas explicativas para não comparar dados contabilizados de acordo com regras diferentes.

Bezerra lembra que o prazo de entrega das demonstrações do primeiro trimestre vai até o próximo dia 15. Ou seja, muitas empresas ainda vão entregar os dados. "Buscamos esclarecer essas dúvidas e o Ibracon também está divulgando um comunicado técnico sobre o tema", disse.

O ofício divulgado ontem pela CVM alerta, porém, que está admitindo essa possibilidade no dado comparativo em caráter pontual e que, no próximo ano, os ajustes relativos aos trimestres de 2009, que serão usados para comparação com 2010, serão obrigatórios.

O processo de convergência dos padrões contábeis brasileiros com as normas internacionais foi iniciado oficialmente com a Lei 11.638, assinada no fim de 2007, mas que exigia uma série de regulamentações complementares. Assim, a CVM e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) tiveram de correr para emitir uma série de pronunciamentos para balizar a aplicação das regras.

Novas normas foram editadas no ano passado e as companhias tiveram de adotá-las no balanço fechado do ano de 2008, porém os trimestres do ano passado ainda foram divulgados com base nos padrões antigos, gerando o problema comparativo com os períodos deste ano. Mais regras estão sendo emitidas neste ano e serão adotadas a partir de 2010.

Na visão do gerente da CVM, devido ao processo muito atribulado, as companhias podem ter precisado de tempo num primeiro momento para compreender as novidades. "Mas aos poucos as coisas vão entrando nos eixos e sendo assimiladas", disse Bezerra, justificando porque ainda está havendo alguma flexibilidade neste momento, mas lembrando que isso já não será mais necessário no próximo ano.

Inbev tenta fazer caixa

A Inbev vendeu a segunda empresa coreana de cerveja por menos de 2 bilhões de dólares. Empresas como a Inbev, que fizeram aquisições nos bons tempos, necessitam agora de recursos para pagar os financiamentos realizados no passado. No caso da Inbev, 45 bilhões de dívida para adquiri, por 52 bilhões, a Anheuser-Busch. Naturalmente que a parte vendedora tentará convencer os acionistas que o preço foi razoável.

Fonte: Aqui

Lobby e Ajuda

A imagem a seguir mostra um levantamento das empresas que receberam ajuda do governo estadunidense, da empresa de lobby contratada, do valor gasto com a atividade lobista e o valor recebido. Assim, o Citigroup gastou 1,68 milhão e recebeu 50 bilhões de dólares. (Para ver melhor, clique na imagem).

Índice Dow em 1929

A seguir, as ações que compunham o índice Dow 30 em 1929:

Allied Chemical
American Can
American Smelting
American Sugar
American Tobacco
Atlantic Refining
Bethlehem Steel
Chrysler
General Electric
General Motors
General Railway Signal
Goodrich
International Harvester
International Nickel
Mack Truck
Nash Motors
North American
Paramount Publix
Postum Inc
Radio Corp
Sears Roebuck
Standard Oil
Texas Company
Texas Gulf Sulphur
Union Carbide
US Steel
Victor Talking Machine
Westinghouse Electric
Woolworth
Wright Aeronautical

Fonte: Aqui

Conselhos

A questão dos conselhos dentro de uma organização deve ser acompanhada de perto em razão do seu papel no processo de controle.

Recentemente um texto da Gazeta Mercantil (Conselhos devem ser avaliados com rigor, 23/4/2009, Caderno D - Pág. 7, João Paulo Freitas) comentava sobre este assunto. Logo no início o texto afirmava que as decisões ruins dos executivos têm forçado a busca por conselheiros que “entendam profundamente de gestão de riscos”.
No Brasil a atuação destes conselheiros é inadequada em razão dos critérios de sua nomeação serem familiares ou lobistas. Num dos trechos o artigo lembra outro problema do conselho no país:

E ele [Paulo Conte Vasconcelos, da ProxyCon] ressalta outro empecilho além da mera ausência de uma cultura de mensuração: "diversas empresas têm um controlador definido e que faz parte do próprio conselho de administração. Imagine fazer uma avaliação e chegar à conclusão de que o controlador não está agregando nada como conselheiro."


O texto lembra algumas mudanças recentes nos conselhos de administração.

Os conselheiros profissionais estão atuando em menos empresas [em outros países]. Nas regiões pesquisadas, os conselhos tem em média dez membros. Em 1973, quando a Korn/Ferry fez o estudo pela primeira vez, um quinto dos conselhos de administração tinha entre 16 e 25 membros. "No Brasil, temos notado muitos profissionais participando de um número demasiado de conselhos. Neste caso, a qualidade pode deixar a desejar", afirma Amorim [Paulo Amorim, da Korn/Ferry].

Outra mudança detectada foi a redução do total de encontros, enquanto o tempo de dedicação aos conselhos tem crescido. Hoje, as companhias norte-americanas realizam em média oito reuniões de conselho anuais. Há 20 anos, pelo menos um quarto fazia um encontro por mês. Ao mesmo tempo, na América do Norte os conselheiros gastam 16 horas por mês com suas atribuições (para cada uma das companhias em que atuam). Há vinte anos, esse tempo era de aproximadamente 9,5 horas mensais.

Hedge Cambial

(...) Por exemplo, na literatura acadêmica, alguns estudos apontam que a proteção cambial tende a ser mais eficiente no curto prazo, quando a volatilidade da taxa real de câmbio é maior, enquanto que, no longo prazo, na medida em que a taxa real reverte à média, os custos desta proteção tendem a suplantar os benefícios. Outros estudos já relacionam uma estratégia de risco cambial à volatilidade do portfólio e sugerem maior ou menor exposição justamente naquelas moedas que covariam negativamente com alguns ativos do portfólio.

A falta de consenso sobre uma estratégia de risco cambial é particularmente insatisfatória no momento atual, quando o dólar perde participação no cenário global. A boa notícia é que os mesmos dados que ilustram esta menor representatividade do dólar, também sugerem uma nova direção. Afinal, na medida em que o Dólar deixa de ser a única moeda de denominação para o padrão de gastos de um investidor, ele também deixaria de ser a única moeda de denominação para seu portfólio internacional. Neste sentido, a similaridade entre "proteção cambial" e "proteção do consumo" - que no passado foi mascarada pela existência do dólar como moeda de referência - agora se torna aparente.

(...) O exemplo acima delineia alguns princípios para uma estratégia de risco cambial, na ausência de uma única moeda de denominação: (I) a solução de mínimo risco é aquela em que a alocação de moedas do portfólio replica o padrão de gastos do investidor - como ilustrado pelos dados do portfólio e PIBs mundiais; (II) desvios da solução de mínimo risco ocorrem na medida em que existe a possibilidade de retornos adicionais - também medidos com relação a este padrão de gastos - para determinadas moedas. Neste sentido, dada a conjuntura atual, e a alocação de 34% do portfólio global em dólares para uma proporção de apenas 23% com gastos denominados nesta moeda, não estaria o mundo tomando um risco alto demais com relação ao seu padrão de consumo?

Paulo Tenani - Hora é de reavaliar as estratégias de hedge cambial – 24/4/2009 - Valor Econômico

Ambev

A InBev emergiu como um peso pesado há cinco anos, a partir da fusão da brasileira AmBev com a belga Interbrew SA, produtora da marca Stella Artois. Apesar de a base ser em Leuven, na Bélgica, a cultura dos sócios brasileiros acabou por predominar. Essa abordagem enfatiza o acompanhamento atento dos custos e um sistema de pagamento de incentivos que pode ser lucrativo se as vendas e as metas de lucro forem atingidas.

A InBev evita escritórios luxuosos e automóveis para executivos, e grupos de executivos compartilham uma única secretária. A empresa usa orçamento base zero — em que todas as despesas têm de ser justificadas a cada ano, e não apenas os aumentos de despesas. A empresa afirma ter economizado 250.000 euros (US$ 325.000) ao mandar os funcionários do Reino Unidos usarem impressões em preto e branco e nos dois lados da folha de papel, e usou esse dinheiro para contratar mais vendedores.

Gestão ao estilo AmBev causa choques na terra da Budweiser
David Kesmodel e Suzanne Vranica, The Wall Street Journal, de Saint Louis, Missouri
29 /04/ 2009 - The Wall Street Journal Americas - 1
(Colaborou Matthew Dalton)

Ifrs no México

O México também está adotando as normas internacionais de contabilidade. Eis um texto do El Economista (IFRS: retos y oportunidades en México R para las compañías públicas, Alejandro Morán, socio del área de Auditoria de Ernst & Young México, 24/4/2009)

Las Normas Internacionales de Información Financiera (IFRS, por su sigla en inglés) han tenido una creciente aceptación en los mercados de muchos países, como el "lenguaje" financiero oficial.
A partir del momento en que la Unión Europea adoptó este lenguaje contable como lenguaje oficial, muchos países voltearon la mirada a estas normas contables también.
Además de los europeos, otros como Australia, Canadá, Chile, Brasil entre otros, han ya adoptado, o están en proceso de adopción de estas normas contables.

En la actualidad, hay más de 130 países alrededor del mundo permiten o requieren la utilización de IFRS para preparar información financiera.

En México Hasta hace unos meses, esta cifra no incluía a México, ya que se utilizan las Normas Mexicanas de Información Financiera, que son emitidas por el Consejo Mexicano para la Investigación y Desarrollo de Normas de Información Financiera.
La Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) tomó en consideración las múltiples ventajas que conlleva la adopción de las IFRS y el pasado 27 de enero del 2009 publicó las adecuaciones regulatorias a la Circular Única de Emisoras requiriendo que, a partir del 2012, las emisoras presenten su información financiera bajo IFRS.

La CNBV permitirá además la adopción anticipada para los ejercicios del 2008 al 2011.
Analizar el impacto que tiene la decisión de la CNBV de requerir a las emisoras presentar su información bajo IFRS es fundamental, ya que puede aportar beneficios significativos a las empresas en México.

Aumentar y mejorar posibilidades Algunas entidades de México están expandiéndose o realizando adquisiciones importantes de manera global, que requieren importantes montos de capital.

La mayor parte de las bolsas de valores exigen que la información financiera se elabore de acuerdo con las IFRS.

La migración hacia las IFRS permitirá que las entidades mexicanas tengan acceso a los mercados internacionales de capital, reduciendo el costo de obtener capital de inversión, ya que eliminará la necesidad de elaborar dos o más juegos de estados financieros bajo distintos principios contables.

También permitirá tener acceso a todos los principales mercados de capital, puesto que las IFRS son aceptadas en todo el mundo.

Mejorar La adopción de las IFRS permitirá que las compañías obtengan un mayor y más profundo entendimiento de su posición relativa, respecto de sus competidores; además de establecer, con mayor facilidad, objetivos y estrategias basados en el ambiente de negocios global, más que en ambientes de negocios meramente locales.

Asimismo, la conversión de todas las entidades de un grupo a IFRS, permitirá que la administración de la compañía reúna toda la información financiera del grupo en una sola plataforma de información financiera.

Esto eliminará la necesidad de informes múltiples y ajustes significativos para elaborar estados financieros consolidados o presentar estados financieros en diferentes bolsas de valores.

Reingeniería de negocios Al iniciar el proceso de conversión a IFRS, las compañías tienen una inmejorable oportunidad de retar la manera en que opera actualmente su negocio y, en consecuencia, la forma en que su organización es percibida y analizada por inversionistas y competidores.

Es el momento idóneo de llevar a cabo una reingeniería de procesos.

Por otro lado, es importante que las compañías y en general, los interesados en general en el país, analicen también ciertos riesgos que trae consigo la conversión a IFRS Escasez de Recursos Como resultado de la conversión, la implementación de SOX, el fortalecimiento de las normas del Gobierno Corporativo, de un mayor número de regulaciones financieras y del crecimiento económico global,los contadores, con las habilidades y experiencia correspondientes, son más cotizados a nivel mundial.
Los recursos contables calificados constituyen un mayor reto a nivel global y lo seguirán constituyendo a corto plazo.

Capacitación Si bien se requiere que las IFRS sean entendidas de manera uniforme y aplicadas en forma consistente, es necesario atender las necesidades de capacitación de todos los inversionistas, incluyendo a los directores generales de finanzas, los auditores, los comités de auditoría, los maestros, los estudiantes, los analistas, los reguladores y las autoridades fiscales.

Resulta imperativo que se presenten las IFRS como una asignatura completa en las universidades y en los programas de estudio de contaduría.

Sistemas de Información Los sistemas de información y de contabilidad financiera deberán generar información consistente y robusta para los estados financieros.
También deberán administrar información antes no requerida, para las revelaciones tales como valores razonables de los instrumentos financieros, entre otras.

Comunicación con Interesados Clave Las utilidades reportadas bajo normas locales, podrían sufrir cambios importantes comparadas con la conversión a IFRS.

Resultará muy importante concientizar a los analistas e interesados clave de estos cambios.

Las utilidades reportadas podrán, debido al creciente uso de los valores razonables, diferir del desempeño comercial percibido.

Será necesario revisar los indicadores utilizados para evaluar tanto el desempeño del negocio como el desempeño ejecutivo.

Compensaciones a empleados Las compensaciones pagadas conforme con los planes de compensación a empleados basados en su desempeño podrían sufrir cambios como resultado usar la información conforme con IFRS.

Se podrían requerir cambios importantes en dichos planes para compensar las actividades de empleados y ejecutivos.

Utilidades distribuibles Las IFRS están orientadas hacia los valores razonables, lo que con mucha frecuencia resulta en ganancias y pérdidas no realizadas.

Deberá discutirse si estas variaciones pueden o no considerarse para calcular las utilidades distribuibles, ya que de lo contrario, la distribución de dichas utilidades sin considerar las variaciones de valor razonable, podrían resultar en una reducción del capital accionario.