23 junho 2007
Formação de Preços: Markup num Sex Shop
A imagem mostra o markup para diferentes categorias de produtos que são comercializadas num sex shop. Fonte: NyMag
22 junho 2007
Cidades mais Antigas do Mundo
1. Jericó Palestina 9000 Antes de Cristo
2. Biblos Líbano 5000 AC
3. Susa Iran 4.200 AC
4. Sidon Líbano 4.000 AC
5. Medinat Egito 4.000 AC
6. Gaziantep Turquia 3.650 AC
7. Istambul Turquia 3.500 AC
8. Hebron Palestina 3.500 AC
9. Beirute Líbano 3.000 AC
10. Damasco Síria 3.000 AC
Fonte: Wikipedia
2. Biblos Líbano 5000 AC
3. Susa Iran 4.200 AC
4. Sidon Líbano 4.000 AC
5. Medinat Egito 4.000 AC
6. Gaziantep Turquia 3.650 AC
7. Istambul Turquia 3.500 AC
8. Hebron Palestina 3.500 AC
9. Beirute Líbano 3.000 AC
10. Damasco Síria 3.000 AC
Fonte: Wikipedia
A Conciliação
Uma das razões para a harmonização são os longos processos de conciliação dos lucros. Um exemplo interessante, citado pelo sítio Accounting Observer, é o caso da GlaxoSmithKline, que para conciliar seus resultado com o IFRS, do Iasb, gastou 13 páginas do seu relatório (aqui) .
Ajuda em Dinheiro, no Lugar de Comida
Muitas agências internacionais de ajuda estão usando dinheiro em lugar de distribuirem comida, água, material de construção e remédios, segundo a revista Newsweek International (Aid With Less Baggage; Cash is replacing food, water and medicine as the newest form of emergency relief to troubled nations, por Silvia Spring, 11/06/2007). Entretanto, as ONG perceberam que o produto físico está sujeito a ineficiência, má gestão, corrupção e outros problemas. O dinheiro está sendo usado em programas em Bangladesh, Paquistão e Etiópia, por exemplo. A idéia é cortar o custo de distribuição, reduzindo as oportunidades de corrupção e roubos de produtos. Atualmente, a ajuda em dinheiro é pouco representativa, mas está crescendo a cada ano. O dinheiro tem sido entregue via ATM, com scanners de retina ou em bancos locais. As vantagens são as seguintes: a) menor custo numa emergência; b) não atrai atenção (em ajudas voluntárias, atrair a atenção correspondem a aumentar a chance de violência); c) não cria uma competição injusta para os agricultores locais; d) é fácil de ser auditado. (Em minha opinião, a doação em dinheiro possui uma outra vantagem: promove a educação financeira da pessoa que recebe a doação)
Mas existem críticas: dinheiro pode distorcer o mercado local, trazendo inflação.
Geralmente o dinheiro é entregue a mulher, pois existe menos possibilidade de ser gasto com cerveja e cigarros. Este tipo de ajuda funciona melhor em locais onde existe um mercado funcionando, sendo fácil comprar os produtos a preços razoáveis.
Clique aqui para ler também
Mas existem críticas: dinheiro pode distorcer o mercado local, trazendo inflação.
Geralmente o dinheiro é entregue a mulher, pois existe menos possibilidade de ser gasto com cerveja e cigarros. Este tipo de ajuda funciona melhor em locais onde existe um mercado funcionando, sendo fácil comprar os produtos a preços razoáveis.
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Normas e esperanto
Pouco tempo e muito a fazer para aprender o 'esperanto'
Valor Econômico 22/06/2007
As companhias abertas brasileiras devem dar prioridade ao preparo da conversão de sua contabilidade dos padrões da legislação societária para Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (IFRS, em inglês). Essa foi a mensagem, mais que um conselho, que Pedro Farah, sócio-diretor de auditoria e contabilidade da Ernst & Young, passou aos participantes do 9º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, ocorrido nesta semana em São Paulo. "Anotem aí nas suas agendas", disse à platéia.O executivo foi enfático ao tratar da complexidade dessa conversão e destacou que os trabalhos podem durar cerca de 18 meses. Dada a determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que as empresas publiquem a conciliação de suas demonstrações financeiras com as regras internacionais a partir de 2010, ele considera o prazo apertado.
Por isso, defende que o início dos trabalhos nas companhias seja imediato.Enquanto o projeto de lei 3.741, de 2000 - que coloca o padrão contábil nacional mais próximo das regras internacionais -, ainda depende da aprovação do legislativo brasileiro, as organizações privadas e as governamentais buscam acelerar como podem a convergência, bem como orientar o tema por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O órgão é resultado do esforço da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), da CVM, da Associação dos Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec), da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), do Instituto Brasileiro de Contabilidade (Ibracon) e da Associação Brasileira das Companhia Abertas (Abrasca).
O coordenador Técnico do CPC e sócio da PricewaterhouseCoopers, Edison Arisa, contou que diversos temas já estão em discussão avançada no comitê e devem, em breve, ser alvo de pronunciamento conjunto com a CVM. Entre as próximas abordagens estão as demonstrações de fluxo de caixa, os contratos com parte relacionadas e também os seguros contratados pelas companhias.Na avaliação de Farah, o assunto deveria ser acompanhado muito de perto pelas empresas. Ele destaca que o nível de exigências do IFRS é substancialmente maior que as normas da legislação societária. É de se esperar, portanto, que as empresas brasileiras enfrentem alguma dificuldade para prover todas as informações solicitadas. O executivo acredita que talvez as companhias tenham que investir em tecnologia da informação para obter um nível maior de detalhes e registros sobre suas atividades.
Para acompanhar o tema, a Ernst & Young concluiu no segundo semestre do ano passado uma pesquisa com 65 grandes companhias européias que adotaram o IFRS em 2005, excluindo bancos e seguradoras. A conclusão foi que o tratamento dado às informações financeiras foi o mais complexo do processo. Por isso, naquele ano, houve uma visível alta na quantidade de informações disponíveis. O levantamento mostrou que 9% dos ativos e 6% dos passivos financeiros em derivativos foram relatados pelas empresas pela primeira vez em 2005. Além disso, dois terços das companhias reportaram baixas contábeis por deterioração de ativos, cuja vida útil havia acabado. Para explicar mais números, os relatórios financeiros das companhias ficaram consideravelmente mais longos - entre 20% e 30% de aumento - e a quantidade de páginas dedicadas às notas explicativas com relação às finanças foi ampliada em 10%.
Outra percepção da pesquisa feita pela Ernst & Young é que os relatórios no IFRS mantiveram muitos regionalismos contábeis. Com isso, o avanço na comparação internacional dos balanços continuou limitada. Parte desse efeito deve-se à ausência de padrões de migração claros, o que levou a administração das empresas a adotar julgamentos individuais sobre alguns temas, durante a troca.
Arisa, do CPC, destacou os esforços da iniciativa privada para que o Brasil avance na convergência contábil, a despeito da demora do governo em avançar no tema. O assunto aguarda aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Câmara dos Deputados, e depois seguirá para o Senado. "Estamos tentando fazer com que a convergência contábil seja realidade no nosso país."O executivo da Ernst & Young, por sua vez, afirma que dentro do esforço privado pela união contábil, as companhias deveriam se preocupar em estar preparadas para a mudança, bem como preparar seus investidores - isso porque o balanço poderá sofrer alterações consideráveis. "O processo de conversão é mais do que um exercício técnico. Envolve uma mudança na visão da alta administração da companhia." Ele ressalta a importância de os executivos comunicarem bem a transição aos investidores, tanto dos dados registrados, bem como das expectativas.O Brasil está atrasado no processo de convergência contábil. Na Europa, o IFRS já é adotado e nos Estados Unidos o tema teve avanço importante nesta semana. A Securities and Exchange Commission (SEC) propôs aceitar o padrão como suficiente para listagem das européias no seu mercado. Anteriormente, era necessário fazer a reconciliação com as regras americanas.
No Brasil, além da decisão da CVM de estabelecer a necessidade de publicação do padrão nacional e do internacional a partir de 2010, o Banco Central publicou seu balanço já convergente e obrigou os bancos a fazer o mesmo também em 2010.Um dos motivos do atraso da discussão no Brasil é a questão tributária. A União teme queda na arrecadação, conforme o impacto nos balanços. Para convivência de ambos os interesses, a saída deverá ser a adoção de dois balanços - um para atender à legislação tributária e outro, o IFRS, para fins societários.
Preocupado com o atraso brasileiro e com os debates peculiares do país, Nelson Carvalho, presidente do conselho consultivo do Conselho de Padrões Internacionais de Contabilidade (Iasb, em inglês) e diretor da Fipecafi, pediu: "Resistamos à tentação de criar o Esperanto."
Valor Econômico 22/06/2007
As companhias abertas brasileiras devem dar prioridade ao preparo da conversão de sua contabilidade dos padrões da legislação societária para Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (IFRS, em inglês). Essa foi a mensagem, mais que um conselho, que Pedro Farah, sócio-diretor de auditoria e contabilidade da Ernst & Young, passou aos participantes do 9º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, ocorrido nesta semana em São Paulo. "Anotem aí nas suas agendas", disse à platéia.O executivo foi enfático ao tratar da complexidade dessa conversão e destacou que os trabalhos podem durar cerca de 18 meses. Dada a determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que as empresas publiquem a conciliação de suas demonstrações financeiras com as regras internacionais a partir de 2010, ele considera o prazo apertado.
Por isso, defende que o início dos trabalhos nas companhias seja imediato.Enquanto o projeto de lei 3.741, de 2000 - que coloca o padrão contábil nacional mais próximo das regras internacionais -, ainda depende da aprovação do legislativo brasileiro, as organizações privadas e as governamentais buscam acelerar como podem a convergência, bem como orientar o tema por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O órgão é resultado do esforço da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), da CVM, da Associação dos Profissionais do Mercado de Capitais (Apimec), da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), do Instituto Brasileiro de Contabilidade (Ibracon) e da Associação Brasileira das Companhia Abertas (Abrasca).
O coordenador Técnico do CPC e sócio da PricewaterhouseCoopers, Edison Arisa, contou que diversos temas já estão em discussão avançada no comitê e devem, em breve, ser alvo de pronunciamento conjunto com a CVM. Entre as próximas abordagens estão as demonstrações de fluxo de caixa, os contratos com parte relacionadas e também os seguros contratados pelas companhias.Na avaliação de Farah, o assunto deveria ser acompanhado muito de perto pelas empresas. Ele destaca que o nível de exigências do IFRS é substancialmente maior que as normas da legislação societária. É de se esperar, portanto, que as empresas brasileiras enfrentem alguma dificuldade para prover todas as informações solicitadas. O executivo acredita que talvez as companhias tenham que investir em tecnologia da informação para obter um nível maior de detalhes e registros sobre suas atividades.
Para acompanhar o tema, a Ernst & Young concluiu no segundo semestre do ano passado uma pesquisa com 65 grandes companhias européias que adotaram o IFRS em 2005, excluindo bancos e seguradoras. A conclusão foi que o tratamento dado às informações financeiras foi o mais complexo do processo. Por isso, naquele ano, houve uma visível alta na quantidade de informações disponíveis. O levantamento mostrou que 9% dos ativos e 6% dos passivos financeiros em derivativos foram relatados pelas empresas pela primeira vez em 2005. Além disso, dois terços das companhias reportaram baixas contábeis por deterioração de ativos, cuja vida útil havia acabado. Para explicar mais números, os relatórios financeiros das companhias ficaram consideravelmente mais longos - entre 20% e 30% de aumento - e a quantidade de páginas dedicadas às notas explicativas com relação às finanças foi ampliada em 10%.
Outra percepção da pesquisa feita pela Ernst & Young é que os relatórios no IFRS mantiveram muitos regionalismos contábeis. Com isso, o avanço na comparação internacional dos balanços continuou limitada. Parte desse efeito deve-se à ausência de padrões de migração claros, o que levou a administração das empresas a adotar julgamentos individuais sobre alguns temas, durante a troca.
Arisa, do CPC, destacou os esforços da iniciativa privada para que o Brasil avance na convergência contábil, a despeito da demora do governo em avançar no tema. O assunto aguarda aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Câmara dos Deputados, e depois seguirá para o Senado. "Estamos tentando fazer com que a convergência contábil seja realidade no nosso país."O executivo da Ernst & Young, por sua vez, afirma que dentro do esforço privado pela união contábil, as companhias deveriam se preocupar em estar preparadas para a mudança, bem como preparar seus investidores - isso porque o balanço poderá sofrer alterações consideráveis. "O processo de conversão é mais do que um exercício técnico. Envolve uma mudança na visão da alta administração da companhia." Ele ressalta a importância de os executivos comunicarem bem a transição aos investidores, tanto dos dados registrados, bem como das expectativas.O Brasil está atrasado no processo de convergência contábil. Na Europa, o IFRS já é adotado e nos Estados Unidos o tema teve avanço importante nesta semana. A Securities and Exchange Commission (SEC) propôs aceitar o padrão como suficiente para listagem das européias no seu mercado. Anteriormente, era necessário fazer a reconciliação com as regras americanas.
No Brasil, além da decisão da CVM de estabelecer a necessidade de publicação do padrão nacional e do internacional a partir de 2010, o Banco Central publicou seu balanço já convergente e obrigou os bancos a fazer o mesmo também em 2010.Um dos motivos do atraso da discussão no Brasil é a questão tributária. A União teme queda na arrecadação, conforme o impacto nos balanços. Para convivência de ambos os interesses, a saída deverá ser a adoção de dois balanços - um para atender à legislação tributária e outro, o IFRS, para fins societários.
Preocupado com o atraso brasileiro e com os debates peculiares do país, Nelson Carvalho, presidente do conselho consultivo do Conselho de Padrões Internacionais de Contabilidade (Iasb, em inglês) e diretor da Fipecafi, pediu: "Resistamos à tentação de criar o Esperanto."
21 junho 2007
O Custo da Obesidade
Sabemos que a obesidade é um problema médico importante. Segundo a Thomson Healthcare, uma unidade da Thomson Corp. (via Business Week,WHAT PRICE TUBBINESS?, por Arlene Weintraub, 11/06/2007, p. 14, vol. 4038) uma pessoa muito obesa terá um custo de cuidados médicos e custos farmacêuticos de 5.695 dólares por ano, 75% a mais que um trabalhador normal. O cálculo da Thomson foi baseado numa amostra de 54 mil empregados. A incidência de doenças circulatórias, por exemplo, pode ser três mais alta em pessoas obesas, por exemplo. Uma pessoa moderadamente obesa terá um custo de 3.924; já uma pessoa abaixo do peso o custo será levemente inferior a de uma pessoa normal (3.202 versus 3.254 dólares por ano). Clique aqui para ler também
Correlação entre mercados
As duas figuras (fonte aqui) mostram a existência de uma forte correlação entre o mercado brasileiro e o mercado norte-americano. Esta correlação era de 0,6 há dez anos e hoje atinge a 0,73. Maior correlação significa menos diversificação para o investidor ao compor uma carteira.
Estados Unidos e Normas Internacionais
O jornal The Wall Street Journal publica hoje uma reportagem sobre a adoção dos padrões internacionais de contabilidade pelos Estados Unidos. A versão em português está a seguir (e aqui)
EUA ficam mais perto de adotar padrões contábeis internacionais
21/06/2007 - Por Kara Scannell e David Reilly
The Wall Street Journal
A SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana, deu o primeiro grande passo para adotar padrões internacionais de contabilidade para as empresas que divulgam seus balanços nos Estados Unidos, uma medida que as autoridades esperam que atraia mais empresas às bolsas [norte-]americanas.
A SEC votou ontem de maneira unânime para propor que empresas estrangeiras apresentem seus balancetes [sic, balanços] em inglês e dentro dos padrões internacionais de contabilidade. Atualmente, a maioria das empresas estrangeiras apresentam seus balancetes [balanços] de acordo com os padrões internacionais conhecidos pela sigla em inglês IFRS e definidos pelo Conselho Internacional de Normas Contábeis — sem ter de ajustar os números ao padrão contábil [norte-]americano, o GAAP, e destacar as diferenças, como se exige hoje em dia.
A proposta é "um passo importante" em direção ao padrão contábil aceito mundialmente e no sentido de ter todas as empresas falando a mesma linguagem financeira, disse o presidente da SEC, Christopher Cox. A proposta ficará aberta a sugestões do público durante 75 dias e precisa ser aprovada de novo pelos cinco membros da SEC antes de entrar em vigor.
Além disso, a SEC disse que vai emitir um regulamento preliminar que seria o primeiro passo para permitir que as empresas [norte-]americanas apresentam seus balancetes [balanços] de acordo com o IFRS. Isso pode acabar decretando a morte do GAAP, embora um diretor da SEC tenha dito ontem que é provável que isso demore de cinco a dez anos, dadas todas as mudanças exigidas.
A decisão de ontem é a mais recente que a SEC toma para adaptar-se ao um mercado acionário cada vez mais globalizado e para responder a temores de que os mercados [norte-]americanos estão perdendo a competitividade em relação às bolsas de Londres e Hong Kong. A decisão também traz preocupações, reconhecidas pela SEC, quanto à melhor maneira de garantir que os investidores [norte-]americanos recebam informações precisas e consistentes.
Este ano, a agência aprovou regras que tornam mais fácil para as empresas estrangeiras parar de divulgar balanço nos EUA se elas não estiverem mais listadas em bolsas do país. A SEC também estuda meios de reconhecer as regras de outros países para facilitar a negociação de ações estrangeiras nos EUA, ao mesmo tempo em que garante a proteção aos investidores [norte-]americanos.
A mudança para um padrão mundial foi discutida durante anos e ganhou força em 2005, quando o então contador-chefe da SEC, Donald Nicolaisen, estabeleceu um plano para atingir essa meta. O presidente da SEC, Cristopher Cox, apoiou o plano logo depois de assumir o cargo, em agosto de 2005.
A União Européia começou a pressionar de verdade por essa mudança depois de determinar que todas as empresas de capital aberto dentro do bloco deveriam relatar seus resultados usando padrões internacionais, a partir de 2005. Com esse passo, a UE acabou com dezenas de sistemas contábeis nacionais usados pelas empresas de capital aberto, facilitando para os investidores comparar resultados financeiros mesmo que uma empresa fosse de Londres e a outra de Lisboa. As empresas européias já disseram que é muito caro usar os dois sistemas.
Para várias empresas, investidores e analistas, a convergência é uma coisa boa. "Se realmente queremos que os investidores tenham a oportunidade de investir mais amplamente, quanto mais rápido adotarmos um único padrão no mundo, melhor será", disse Nicolaisen.
Ainda assim, alguns analistas e investidores temem que os padrões internacionais ainda sejam imaturos, e muito diferentes do GAAP, e que tornem mais difícil comparar empresas de um mesmo setor.
Fraude contábil no futebol italiano
Notícia da Agence France Presse (20/06/2007):
O campeão Inter de Milão, suspeito de falsificar livros contábeis
ROMA, 20 jun (AFP)
O Inter de Milão, atual campeão italiano, é suspeito de ter falsificado seus livros contábeis na temporada 2005-2006, informou nesta quarta-feira a Comissão de Controle Financeiro da Federação Italiana.
"Se não tivesse declarado lucros fictícios, o Inter não teria cumprido com os requisitos financeiros necessários para se inscrever na temporada 2005-2006", disse à imprensa italiana uma fonte da comissão especializada em analisar em analisar a situação contábil dos clubes.
Segundo essa fonte, o Inter teria supervalorizado jogadores de segundo nível negociados com outros clubes para melhorar sua margem anual de receita e mostrar uma situação financeira melhor que a existente.
De qualquer maneira, o Inter não corre riscos de perder o título de 2005-2206, pois caso se comprove a falsificação dos registros contábeis se trata de um delito administrativo e não esportivo, segundo a legislação italiana.
O presidente do Inter, Massimo Moratti, rechaçou categoricamente qualquer irregularidade. "Não nos preocupa nenhuma investigação de nossa contabilidade. O que falta e que podemos de apresentar as provas que ponham ponto final nesta questão", disse.
"É verdade que o valor dos jogadores neste mercado é difícil de entender", declarou ao ser consultado sobre como se estima o valor de um jogador. "Um jogador que vale cinco milhões de euros hoje, pode valer 12 milhões ou nada em apenas um mês".
Em cada verão boreal, ao término da temporada, cada clube profissional italiana deve submeter suas contas à Comissão de Controle Fiscal da Federação e não pode participar de um campeonato se não concede garantias de que possui uma cobertura financeira para fazer frente aos gastos.
O Inter de Milão foi declarado campeão 2005-2006, depois que o Juventus e Milão foram duramente sancionados por sua implicação no escândalo dos jogos de resultados manipulados no "calcio".
Por esse envolvimento, o Juventus foi rebaixado para segunda divisão.
Regras para Insider
Mercado adotará manual próprio de procedimentos para evitar "insider"
Valor Econômico - 21/06/2007
No dia 6 de julho, o mercado de capitais brasileiro tomará a primeira iniciativa independente para amenizar os problemas que prejudicam pequenos investidores com divulgação de informações em ofertas públicas e fusões e aquisições. Nos últimos meses, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem sido rígida com qualquer suspeita de informação privilegiada. Para conter esses contratempos, que chegam até a interromper ofertas, a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) publicará um manual de divulgação de informações e procedimentos a serem adotados pelas empresas. A idéia é dar dicas em linguagem mais acessível aos executivos sobre como evitar possíveis complicações jurídicas.Antonio Duarte Carvalho de Castro, presidente da Abrasca, diz que o manual foi feito para educar os executivos das empresas a adotarem práticas preventivas. Quando há vazamento de informações, aqueles poucos que têm acesso são privilegiados e os prejudicados são todos os outros envolvidos, diz Castro.
"Os pequenos investidores são os principais perdedores com esses casos." Além de prejudicar os investidores, suspeitas de informação privilegiada mancham a imagem das empresas e afastam o investidor mais preocupado com transparência e boa governança corporativa. O manual formulado pela Abrasca teve a assessoria jurídica do escritório Bocater, Camargo, Costa e Silva Advogados, atuante no setor de mercado de capitais.No fim de maio, Marcelo Trindade, presidente da CVM, disse que a auto-regulação do mercado no que se refere ao controle de informações ainda era deficiente. "Os bancos intermediários e as áreas de Relações com Investidores (RI) podem fazer melhor do que têm feito", disse Trindade.
O manual da Abrasca, a ser lançado em evento na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no dia 6, será a primeira atitude própria das empresas no sentido da auto-regulação.Castro, presidente da Abrasca, explica que às empresas que assumirem a adoção do manual será concedido um selo, que atestará o controle das informações em negócios da companhia. As empresas que adotarem o selo deverão seguir, por exemplo, uma políticas de negociação de ações para os executivos, exemplifica Castro. Em paralelo ao lançamento do manual, a Abrasca criará um comitê de monitoramento do cumprimento aos princípios nele previstos. "Não será adesão compulsória, mas que atesta que a empresa tem regras para evitar o vazamento de informações."
(grifo meu)
As ressalvas de César Maia
As ressalvas nas contas de 2006 aprovadas do prefeito César Maia do Rio de Janeiro, segundo o Tribunal de Contas do Município (TCM)
1. Usou recursos do salário educação para pagar 32% dos gastos com merenda escolar
2. Não aplicou 25% dos impostos arrecadados no ensino público e 51% das despesas com o ensino fundamental foram pagas com recursos do Fundef
4. Aplicou 0,33% do ISS em incentivos culturais (deveria ser no mínimo 0,4%)
4. Deixou de apresentar o balanço financeiro consolidado
Fonte: O Globo (TCM aprova contas de Cesar com ressalvas, 21/06/2007)
1. Usou recursos do salário educação para pagar 32% dos gastos com merenda escolar
2. Não aplicou 25% dos impostos arrecadados no ensino público e 51% das despesas com o ensino fundamental foram pagas com recursos do Fundef
4. Aplicou 0,33% do ISS em incentivos culturais (deveria ser no mínimo 0,4%)
4. Deixou de apresentar o balanço financeiro consolidado
Fonte: O Globo (TCM aprova contas de Cesar com ressalvas, 21/06/2007)
Custo das obras paralisadas
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo de 21/06/2007 (TCU afirma que 400 obras paralisadas já consumiram R$ 2 bi, por MArta Salomon) existem diversas obras paradas no Brasil. Apesar do problema, o número é menor do que aquele existente em 1995. A reportagem não informa como foi obtido o valor "consumido" de 2 bilhões. (Seria o valor gasto nestas obras ou, mais importante, o valor que foi gasto após a paralisação?)
A principal causa da paralisação são os problemas com repasse de dinheiro e apenas 1,6% são de responsabilidade da auditoria do TCU.
A principal causa da paralisação são os problemas com repasse de dinheiro e apenas 1,6% são de responsabilidade da auditoria do TCU.
20 junho 2007
Furtos no Varejo
Os furtos no varejo sempre foram um problema para as empresas deste setor. Uma pesquisa mostra que somente no Wal-Mart Stores isto significa 3 bilhões. Este valor é significativo em qualquer lugar do mundo, mas representa cerca de 1% do faturamento desta empresa. Em média, nos Estados Unidos, a percentagem de vendas perdidas com furtos é de 1,6%.
A distribuição da origem do problema aponta de 47% para os empregados, 32% para os clientes, 14% são erros administrativos, 4% fraude dos fornecedores e 3% sem especificação de origem.
A distribuição da origem do problema aponta de 47% para os empregados, 32% para os clientes, 14% são erros administrativos, 4% fraude dos fornecedores e 3% sem especificação de origem.
Efeito das Olimpíadas
Tenho postado no blog diversas notícias e pesquisas contrárias aos jogos pan-americanos (aqui)
Algumas pesquisas tem mostrado que pode existir um efeito positivo para a região que hospeda uma modalidade deste tipo. Stephanie Jasmand e Wolfgang Maennig, da Universidade de Hamburgo, pesquisaram as Olimpíadas de Munique de 1972. O estudo é uma análise temporal sobre os efeitos de longo prazo das olimpíadas. O resultado: a renda nas regiões que receberam as olimpíadas aumentaram mais rápido, mas não observou-se nenhum efeito no emprego.
Em outro estudo (Impact of the 1996 Summer Olympic Games on Employment and Wages in Georgia - Julie L. Hotchkiss, Robert E. Moore e Stephanie M. Zobay) observou-se uma influencia na geração de empregos nos jogos de Atlanta.
Algumas pesquisas tem mostrado que pode existir um efeito positivo para a região que hospeda uma modalidade deste tipo. Stephanie Jasmand e Wolfgang Maennig, da Universidade de Hamburgo, pesquisaram as Olimpíadas de Munique de 1972. O estudo é uma análise temporal sobre os efeitos de longo prazo das olimpíadas. O resultado: a renda nas regiões que receberam as olimpíadas aumentaram mais rápido, mas não observou-se nenhum efeito no emprego.
Em outro estudo (Impact of the 1996 Summer Olympic Games on Employment and Wages in Georgia - Julie L. Hotchkiss, Robert E. Moore e Stephanie M. Zobay) observou-se uma influencia na geração de empregos nos jogos de Atlanta.
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