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04 maio 2016

Calote

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) deu um calote de R$ 332,7 milhões na Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) ao deixar de repassar à estatal valores referentes à compensação tarifária para quitar obrigações contratuais com a concessionária privada que opera a Linha 4-Amarela. (...)

O déficit corresponde ao valor que o governo deveria ter pago ao Metrô para cobrir prejuízos de tarifa (...)

O Metrô já havia colocado os R$ 332,7 milhões como contas a receber do governo, seu controlador, no balanço de 2014.

(...) “O descompasso do reajuste das tarifas públicas e da tarifa de remuneração, o pagamento da tarifa de remuneração inclusive dos passageiros gratuitos e a integração livre entre as linhas do Metrô e da CPTM com a Linha 4-Amarela, somados à prioridade de recebimento da receita tarifária pela Concessionária Privada, gera impacto financeiro para as empresas públicas do sistema metroferroviário”, informava o Metrô já no balanço de 2013.

Fonte: Aqui

30 maio 2014

Argentina paga

O governo da presidente Cristina Kirchner anunciou nesta quinta-feira que fechou um acordo com o Clube de Paris para encerrar o calote pendente desde o dia 23 de dezembro de 2001.Naquela ocasião, o então presidente provisório Adolfo Rodríguez Saá - que ficou apenas uma semana no poder - decretou a suspensão dos pagamentos da dívida pública.

Durante os últimos 13 anos, o governo argentino não pagou a dívida com o Clube de Paris, que originalmente era de US$ 6,5 bilhões. Segundo anunciou o governo Kirchner, o acordo com o Clube de Paris implica no pagamento do capital inicial de US$ 6,5 bilhões mais os juros acumulados.

A Argentina terá que pagar à entidade financeira que reúne um grupo de países credores um total de US$ 9,7 bilhões. O primeiro pagamento será realizado de forma desdobrada, em duas partes.

A Argentina terá que pagar à entidade financeira que reúne um grupo de países credores um total de US$ 9,7 bilhões. O primeiro pagamento será realizado de forma desdobrada, em duas partes.

O primeiro desembolso ocorrerá de forma imediata, no valor de US$ 650 milhões, enquanto que a outra parte será em maio do ano que vem, no valor de US$ 500 milhões, na reta final do governo de Cristina Kirchner.

No entanto, o resto dos pagamentos, isto é, os outros US$ 8,6 bilhões, ficará a cargo do próximo presidente da Argentina, que será eleito em outubro do ano que vem.


Fonte: Aqui

Eis um exercício interessante: qual a taxa de juros do calote?

04 julho 2013

Bancos Oficiais e Grupo X

Um relatório de um banco dos EUA divulgou quem emprestou para as empresas X, informou o Estado de S Paulo (BNDES e Caixa entre os maiores credores de Eike - O Estado de S. Paulo - 03/07/2013):

Os estatais Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal estão entre as principais com R$ 4,888 bilhões e R$ 1,392 bilhão, respectivamente.


Este valor é otimista, já que existem problemas de evidenciação:

(...) os números estão baseados nos balanços do primeiro trimestre deste ano e são apenas uma visão parcial da exposição global das empresas X aos bancos brasileiros.

“As informações e a divulgação das mesmas são pobres e, por isso, é tão difícil avaliar o tamanho da exposição dos bancos em relação às empresas X uma vez que ele pode estar subestimado”, avaliam os analistas.

Eles lembram que o fato de o grupo EBX, holding que concentra os negócios de Eike Batista, não ter capital aberto e, por isso, não divulgar informações sobre suas dívidas totais, dificulta uma análise mais apurada sobre o risco X para os bancos. Além disso há, conforme atentam Arlant, Anne e Yackulic, títulos de dívidas, como debêntures, por exemplo, que não são contabilizadas na linha de empréstimos dos balanços das instituições bancárias e garantias concedidas.


Fazendo uma conta simples, cada brasileiro poderá perder R$33. Este é o problema dos bancos estatais: o prejuízo é socializado para toda população e os responsáveis pela decisão não são punidos.

Mas aqui afirma que somente no BNDES a exposição é de 10 bilhões. Ou seja, dobre este valor.

26 junho 2013

OSX

Dois textos, em dois jornais diferentes, sobre a OSX.

O Estado de S Paulo (Caixa da OGX só suporta mais um ano, diz banco, Irany Tereza e Mariana Durão,
25/06/2013) destaca:
A OGX dispõe atualmente de recursos que sustentam a operação da empresa por, no máximo um ano, segundo relatório do banco HSBC, distribuído a clientes. "A posição de caixa e o consumo trimestral de caixa de US$ 500 milhões são uma preocupação: a atual posição de caixa de US$ 1,1 bilhão sustenta apenas mais três trimestres ou quatro", diz o relatório, que considera imprescindível o aporte de US$ 1 bilhão na empresa, prometido por Eike Batista. (...)

"A OGX vive uma crise de fluxo de caixa. Mas, tem projetos interessantes, ativos a vender. Acredito que, em algum momento, deva mudar de dono", diz o economista Edmar Almeida, do Grupo de Economia de Energia da UFRJ. Para ele, a intensa crise financeira da companhia não corresponde exatamente à sua situação. "Produção de petróleo é um negócio de alto risco. O problema é o enorme descompasso entre a expectativa vendida pela empresa e o que está sendo entregue."

Já o Valor Econômico (OSX não paga fornecedores desde abril - Cláudia Schüffner e Marta Nogueira- 25/06/2013) afirma:

O Valor apurou que centenas de donos de caminhões que transportavam brita por 460 km diariamente de uma pedreira em Muriaé até o porto do Açu estão sem receber de empresa terceirizada de Campos, que também não foi paga. Os valores são variados. "Infelizmente tivemos prejuízo, ligamos, e nos responderam que não existe data para o pagamento porque a OSX não paga", disse Armando Teixeira, de Manhuaçu, que tem R$ 18 mil a receber.

"Ninguém fala nada, não tem proposta de renegociação, de parcelamento, nada", reclama Jacimar Macedo, de Muriaé, que não recebe os R$ 15 mil que lhe são devidos desde abril. O rol de fornecedores com problemas de recebimento não para por aí. A informação é de que também existem dívidas não pagas com empresas que operam as pedreiras em Minas e até postos de combustível.

16 julho 2011

A história dos calotes da dívida americana

A Short History of US Credit Defaults
by John S. Chamberlain
Mises Daily, July 15, 2011

On July 13th, the president of the United States angrily walked out of ongoing negotiations over the raising of the debt ceiling from its legislated maximum of $14.294 trillion dollars. This prompted a new round of speculation over whether the United States might default on its financial obligations. In these circumstances, it is useful to recall the previous instances in which this has occurred and the effects of those defaults. By studying the defaults of the past, we can gain insights into what future defaults might portend.
The Continental-Currency Default

The first default of the United States was on its first issuance of debt: the currency emitted by the Continental Congress of 1775. In June of 1775 the Continental Congress of the United States of America, located in Philadelphia, representing the 13 states of the union, issued bills of credit amounting to 2 million Spanish milled dollars to be paid four years hence in four annual installments.

Leia o o texto na íntegra aqui.

06 abril 2010

Devedores Duvidosos



Desde janeiro no comando da Serasa Experian, [Ricardo] Loureiro era o responsável pela unidade de negócios pessoa física da empresa [Serasa Experian], até sua promoção. Não por acaso, portanto, ele defende da aprovação, pelo Congresso Nacional, do chamado cadastro positivo, uma alternativa à pratica vigente na concessão de crédito, baseada apenas em informações negativas sobre os indivíduos. " A metodologia atual trabalha apenas com os dados do sistema bancário e não se sabe quanto o cidadão tem de dívidas no comércio e nas empresas de serviço, com o pagamento das contas de luz, água e telefone, por exemplo", diz Loureiro. Com a mudança metodológica trazida pelo cadastro positivo, Loureiro acredita que 26 milhões de brasileiros poderiam ser incluídos no sistema de crédito.

Como derrubar os índices de calote no Brasil - Clayton Netz – Estado de São Paulo – 1º. De Abril de 2010

aqui)


Foto, aqui

03 janeiro 2007

Créditos vencidos


Deslancha a venda de créditos vencidos
3 Janeiro de 2007
Valor Econômico

O forte crescimento das operações de crédito abriu espaço para a expansão de um novo negócio no mercado brasileiro: a venda de operações vencidas, ou NPL,s na sigla em inglês para "non performing loans", para reduzir o volume de calote nos balanços dos bancos. Especialistas calculam que o volume de negócios com créditos inadimplentes pelo menos dobrou no ano passado para R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões em comparação com R$ 5 bilhões de 2005.

Os bancos têm interesse em vender essas operações mesmo com deságio para limpar o balanço, recuperando ao menos parte da perda, e, eventualmente, auferir vantagens fiscais. Investidores, inclusive fundos estrangeiros, compram os créditos na expectativa de ter sucesso na cobrança.

O novo mercado tem um potencial expressivo de negócios, afirmou o diretor responsável pela área de reestruturação de créditos da KPMG, Salvatore Milanese.

O crédito para pessoa física cresceu cerca de 160% desde 2001 atingindo R$ 240 bilhões em junho. Com isso, cresceu a inadimplência também. No mesmo espaço de tempo, o estoque de créditos com atraso de 90 dias a 180 dias cresceu 75% apenas nos 25 maiores bancos, de R$ 18,1 bilhões para R$ 31,7 bilhões, sem contar o que foi baixado para prejuízo, informou Milanese.

O potencial é muito maior, disse o especialista, levando em conta o volume de créditos já baixados para prejuízo. A legislação permite que o crédito seja retirado do balanço e baixado como prejuízo após 360 dias de atraso, sendo então contabilizado na conta de compensação. O diretor da KPMG calcula que o volume baixado para prejuízo seja equivalente a dez vezes o valor do crédito classificado na categoria H, que inclui as operações com atraso superior a 180 dias e é a pior da escala de nove degraus do BC, que começa em AA. Os 25 maiores bancos analisados pela KPMG contabilizaram na categoria H cerca de R$ 15 bilhões. O potencial para negociação no mercado de créditos inadimplentes sobe então para R$ 150 bilhões.

A maior parte das vendas de créditos vencidos e não pagos tem sido realizada "in house", isto é, para uma empresa do grupo. Foi o que fez no ano passado o Banco Itaú, ao vender R$ 1 bilhão em créditos vencidos para uma securitizadora do conglomerado. Segundo o consultor Gustavo Durazzo, a securitização in house é uma prática relativamente antiga de "administrar os resultados do balanço e aproveitar benefícios fiscais". Mas, acrescentou Milanese, a Fazenda "não vê com bons olhos as vendas in house e tem orientado os bancos a evitar essa alternativa".

A nova tendência é a venda dos créditos para investidores e empresas especializadas, inclusive do exterior. Nos Estados Unidos, esse mercado movimenta US$ 3 trilhões. Uma das operações mais comentadas do ano passado foi a venda de uma carteira de R$ 1,7 bilhão de saldo contábil de operações de crédito não pagas de 711 mil clientes do ABN AMRO Real.

A executiva do banco Cynthia Camargo explicou que o principal objetivo do banco ao vender os créditos foi reduzir os custos de operacionais de cobrança e processamento de carteira. Além disso, o banco pretendia se concentrar na originação do crédito e canalizar os esforços das terceirizadas para cobrar dívidas com prazos menores de atraso, quando as chances de recuperação são maiores.

"A venda abre espaço para aproveitar oportunidades de crescimento. Mas, é preciso amarrar tudo muito bem para evitar problemas", disse Milanese.

O benefício fiscal é ponto importante da operação e pode ser planejado, segundo os especialistas. A legislação limita os prazos e condições em que créditos em liquidação podem ser deduzidos. Se a crédito for vendido, porém, o deságio é dedutível no ato. "O spread costuma triplicar", disse Milanese, acrescentando que o momento ideal para fazer isso é pouco antes do fechamento do balanço.

A Lei 9.430 só permite baixar o crédito a prejuízo após 360 dias de atraso; antes disso apenas em determinadas condições. Enquanto o crédito não é baixado, o banco precisa fazer as provisões exigidas pelo Banco Central (BC), acumulando créditos tributários. O crédito tributário, porém, tem um peso de 300% para efeito do cálculo do capital mínimo de adequação dos bancos às regras da Basiléia.