Diferença entre homem e mulher:
17 janeiro 2016
História da Contabilidade: Companhia Confiança Maranhense
A Companhia Confiança Maranhense foi criada na metade do século XIX e é um exemplo das organizações existentes na época. Ao ler o projeto (1) de estatuto da Confiança é possível verificar que a empresa tinha uma finalidade (“edificar uma boa casa para uso do Commercio, e compras e vendas dos gêneros do Paiz.”), era constituída por acionistas, com uma estrutura organizacional enxuta (presidente, vice, dois secretários, uma direção de cinco membros e uma comissão fiscal de três membros) com eleição para os cargos. A Confiança era uma entidade que conhecemos hoje como sociedade limitada, já que os acionistas “não são responsáveis por mais que o valor nominal de suas acções”.
A assembleia geral correspondia a reunião dos acionistas, com direito a voto somente quem possuíam mais de cinco ações (de um total de quatro mil). O interessante é que cada acionista tinha direito a um voto, independente do número de ações no seu poder.
A Comissão Fiscal tinha como competência examinar a contabilidade, verificar o estado do estabelecimento e apresentar um relatório da sua opinião sobre o balanço. Ou seja, funcionava com um auditoria e também como um conselho fiscal dos dias atuais.
A Confiança iniciou as obras em 1855 e somente terminou os trabalhos em 1861 (2)
Fotografia: Casa das Tulhas, São Luís (MA) (3)
(1) O Globo, 15 de junho de 1855, ano IV, p 2-3, n 36. É importante destacar que este jornal não corresponde ao atual O Globo.
(2) Vide aqui. "É em torno desse prédio que por volta de 1861 a Praia Grande se consolida como uma área de comerciantes abastados, surgindo armazéns, quitandas, lojas, boticas, tipografias, padarias e outros serviços." (Fonte: aqui)
(3) "a Feira tem quatro entradas, sendo que na principal, se pode ver, ao centro da bandeira de ferro aberta em arco, as iniciais CM, alusivas à Confiança Maranhense e, logo abaixo, a data 1861, talvez alusiva ao ano da conclusão." Fonte: Aqui
A assembleia geral correspondia a reunião dos acionistas, com direito a voto somente quem possuíam mais de cinco ações (de um total de quatro mil). O interessante é que cada acionista tinha direito a um voto, independente do número de ações no seu poder.
A Comissão Fiscal tinha como competência examinar a contabilidade, verificar o estado do estabelecimento e apresentar um relatório da sua opinião sobre o balanço. Ou seja, funcionava com um auditoria e também como um conselho fiscal dos dias atuais.
A Confiança iniciou as obras em 1855 e somente terminou os trabalhos em 1861 (2)
Fotografia: Casa das Tulhas, São Luís (MA) (3)
(1) O Globo, 15 de junho de 1855, ano IV, p 2-3, n 36. É importante destacar que este jornal não corresponde ao atual O Globo.
(2) Vide aqui. "É em torno desse prédio que por volta de 1861 a Praia Grande se consolida como uma área de comerciantes abastados, surgindo armazéns, quitandas, lojas, boticas, tipografias, padarias e outros serviços." (Fonte: aqui)
(3) "a Feira tem quatro entradas, sendo que na principal, se pode ver, ao centro da bandeira de ferro aberta em arco, as iniciais CM, alusivas à Confiança Maranhense e, logo abaixo, a data 1861, talvez alusiva ao ano da conclusão." Fonte: Aqui
Links
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Bolsa Família e Bolsa Empresário
Um conto de duas Bolsas
Por Carlos E. Gonçalves e Mauro Rodrigues
Valor Econômico, 14/01/2016
Recentemente, o governo aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2016, que prevê um superávit primário de 0,5% do PIB. Em tempos de vacas magérrimas, optou-se por não reajustar o programa Bolsa Família - o que é uma má notícia. Foi anunciado também o fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), apelidado carinhosamente de Bolsa Empresário - essa sim uma boa notícia.
O Bolsa Família, penalizado no orçamento de 2016 por conta da penúria arrecadatória, alivia a dura situação dos mais pobres do nosso país, tanto direta como indiretamente. A condicionalidade desse programa obriga os pais a investirem no capital humano dos filhos, o que ajuda a combater a perpetuação intertemporal da pobreza. Além disso, se o programa de fato afetar a oferta de trabalho de mães com rendimento muito baixo, levando-as a sair do mercado de trabalho para cuidar dos filhos, o salário das não-mães pobres que permanecem no mercado se eleva. E como essas se encontram nas camadas inferiores da pirâmide de renda, a desigualdade cai. Finalmente, o programa, por ser focado, não sai assim tão caro: R$ 30 bilhões por ano.
Já o Bolsa Empresário, que nada mais é que dinheiro subsidiado do BNDES para empresas domésticas e externas, é uma péssima ideia. Seu custo? No melhor cenário possível, mais ou menos os mesmos R$ 30 bilhões por ano, em subsídios creditícios. A lógica do programa é tirar dinheiro de todos os brasileiros via orçamento federal - o governo emite dívida para levantar recursos que são repassados ao BNDES - ou via poupança forçada (leia-se FAT), e transferi-los a taxas amigas, menores que as taxas às quais o Tesouro se financia, para algumas empresas eleitas - as ditas amigas do Rei. Sem exageros, trata-se de um Robin Hood às avessas, que deveria causar horror a quem se diz de esquerda ao invés de angariar apoio. Enquanto o BNDES emprestar recursos subsidiados, o governo seguirá tirando dos pobres para dar aos ricos Na verdade, é até mesmo pior que isso: o Bolsa Empresário não apenas distribui renda na direção contrária; ele, além disso, leva a uma má alocação da poupança nacional. É verdade que a empresa X que recebeu grana barata do BNDES pode investir mais, mas veja que essa grana é retirada do mercado via emissão de dívida pública (ou sequestro da poupança do trabalhador, remunerada a taxas reais negativas). A contrapartida do empréstimo à X é que a esses recursos deixam de ir, via sistema financeiro privado, para outra empresa, a Y. Mas por que isso é um problema para a sociedade como um todo e não apenas para Y?
O sistema financeiro privado tem por objetivo maximizar o lucro. Assim seus empréstimos são decididos com base na qualidade/risco da empresa ou do projeto em questão. E o banco além disso monitora de perto o uso dos recursos; se a coisa não vai bem, ele retira a linha de crédito para minimizar perdas. Já o BNDES é controlado pelo governo, seu objetivo não é necessariamente maximizar lucro. Claro que a qualidade do devedor e a natureza do projeto importam, mas esses são apenas uma parte da história. Outros critérios como, por exemplo, o incentivo à formação de Monopólios Nacionais (eufemisticamente chamados de "Campeões" Nacionais) também estão por trás das decisões de crédito do banco, que é um agente do governo.
[...]
Quando esse tipo de crédito dirigido assume proporções jabuticabais, empresas produtivas e que deveriam crescer - justamente porque atendem melhor o interesse dos consumidores -, encolhem por ausência/encarecimento de crédito (caso elas não tenham acesso aos fundos do BNDES). Do outro lado, tantas outras que deveriam encolher por serem improdutivas, ficam por aí vivíssimas da silva por conta de um custo de capital artificialmente baixo - respiração artificial. O resultado final você já antecipou: a economia como um todo se torna menos produtiva, o país cresce menos do que poderia.
O bem-vindo fim do PSI não significa o fim do Bolsa Empresário, infelizmente. Enquanto o BNDES continuar a emprestar recursos subsidiados, o governo seguirá tirando dos pobres para dar aos ricos.
[...]
Parafraseando nosso amigo Samuel Pessoa, é tanto erro e tanta falta de entendimento dos problemas econômicos do país, que dá vontade de sentar na sarjeta e chorar.
Carlos Eduardo Gonçalves é professor titular da USP
Mauro Rodrigues é professor livre-docente da USP
Recentemente, o governo aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2016, que prevê um superávit primário de 0,5% do PIB. Em tempos de vacas magérrimas, optou-se por não reajustar o programa Bolsa Família - o que é uma má notícia. Foi anunciado também o fim do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), apelidado carinhosamente de Bolsa Empresário - essa sim uma boa notícia.
O Bolsa Família, penalizado no orçamento de 2016 por conta da penúria arrecadatória, alivia a dura situação dos mais pobres do nosso país, tanto direta como indiretamente. A condicionalidade desse programa obriga os pais a investirem no capital humano dos filhos, o que ajuda a combater a perpetuação intertemporal da pobreza. Além disso, se o programa de fato afetar a oferta de trabalho de mães com rendimento muito baixo, levando-as a sair do mercado de trabalho para cuidar dos filhos, o salário das não-mães pobres que permanecem no mercado se eleva. E como essas se encontram nas camadas inferiores da pirâmide de renda, a desigualdade cai. Finalmente, o programa, por ser focado, não sai assim tão caro: R$ 30 bilhões por ano.
Já o Bolsa Empresário, que nada mais é que dinheiro subsidiado do BNDES para empresas domésticas e externas, é uma péssima ideia. Seu custo? No melhor cenário possível, mais ou menos os mesmos R$ 30 bilhões por ano, em subsídios creditícios. A lógica do programa é tirar dinheiro de todos os brasileiros via orçamento federal - o governo emite dívida para levantar recursos que são repassados ao BNDES - ou via poupança forçada (leia-se FAT), e transferi-los a taxas amigas, menores que as taxas às quais o Tesouro se financia, para algumas empresas eleitas - as ditas amigas do Rei. Sem exageros, trata-se de um Robin Hood às avessas, que deveria causar horror a quem se diz de esquerda ao invés de angariar apoio. Enquanto o BNDES emprestar recursos subsidiados, o governo seguirá tirando dos pobres para dar aos ricos Na verdade, é até mesmo pior que isso: o Bolsa Empresário não apenas distribui renda na direção contrária; ele, além disso, leva a uma má alocação da poupança nacional. É verdade que a empresa X que recebeu grana barata do BNDES pode investir mais, mas veja que essa grana é retirada do mercado via emissão de dívida pública (ou sequestro da poupança do trabalhador, remunerada a taxas reais negativas). A contrapartida do empréstimo à X é que a esses recursos deixam de ir, via sistema financeiro privado, para outra empresa, a Y. Mas por que isso é um problema para a sociedade como um todo e não apenas para Y?
O sistema financeiro privado tem por objetivo maximizar o lucro. Assim seus empréstimos são decididos com base na qualidade/risco da empresa ou do projeto em questão. E o banco além disso monitora de perto o uso dos recursos; se a coisa não vai bem, ele retira a linha de crédito para minimizar perdas. Já o BNDES é controlado pelo governo, seu objetivo não é necessariamente maximizar lucro. Claro que a qualidade do devedor e a natureza do projeto importam, mas esses são apenas uma parte da história. Outros critérios como, por exemplo, o incentivo à formação de Monopólios Nacionais (eufemisticamente chamados de "Campeões" Nacionais) também estão por trás das decisões de crédito do banco, que é um agente do governo.
[...]
Quando esse tipo de crédito dirigido assume proporções jabuticabais, empresas produtivas e que deveriam crescer - justamente porque atendem melhor o interesse dos consumidores -, encolhem por ausência/encarecimento de crédito (caso elas não tenham acesso aos fundos do BNDES). Do outro lado, tantas outras que deveriam encolher por serem improdutivas, ficam por aí vivíssimas da silva por conta de um custo de capital artificialmente baixo - respiração artificial. O resultado final você já antecipou: a economia como um todo se torna menos produtiva, o país cresce menos do que poderia.
O bem-vindo fim do PSI não significa o fim do Bolsa Empresário, infelizmente. Enquanto o BNDES continuar a emprestar recursos subsidiados, o governo seguirá tirando dos pobres para dar aos ricos.
[...]
Parafraseando nosso amigo Samuel Pessoa, é tanto erro e tanta falta de entendimento dos problemas econômicos do país, que dá vontade de sentar na sarjeta e chorar.
Carlos Eduardo Gonçalves é professor titular da USP
Mauro Rodrigues é professor livre-docente da USP
16 janeiro 2016
Ideia Perfeita
O Incidental Comics é um local de quadrinhos inteligentes e filosóficos. A seguir, um dos melhores: a ideia perfeita: Ela está em algum lugar;
Orçado e realizado
Os orçamentos da Olimpíada são feitos para ter estouros, é claro, mas estes Jogos estão sendo assolados por estouros orçamentários em um momento em que o país mal pode se dar ao luxo de pagá-los. No ano passado, o custo total do evento, financiado principalmente pelos governos federal e local, atingiu mais de R$ 24 bilhões, 25% acima do planejado. O orçamento do comitê organizador local, financiado pela iniciativa privada através de venda de ingressos e patrocínios, também subiu dos R$ 4,2 bilhões anunciado quando o Rio foi escolhido para a sede em 2009, para R$ 7,4 bilhões.
(Fonte: Aqui)
(Fonte: Aqui)
15 janeiro 2016
Anuidade do CFC
Inicio de ano é a hora de efetuar o pagamento da anuidade do sistema CRC/CFC. Se o profissional efetuar o pagamento até o final deste mês terá um desconto; sendo contador, o valor para 2016 será de 456 reais; já o técnico paga 409. O blog pesquisou os valores históricos pagos pelos profissionais (contador e técnico) desde 1999 até 2016. Todos os valores que pesquisamos são para o pagamento com desconto, que ocorre no final de janeiro de cada ano.
A partir de 2006 o valor passou a ser diferente; naquele ano, o valor do contador permaneceu o mesmo do ano anterior e do técnico reduziu para 225 reais. O gráfico mostra a evolução deste montante ao longo do tempo. Aparentemente os valores estão crescendo muito, já que em 2016 o contador pagará 3,2 vezes o que pagava em 1999. O gráfico a seguir mostra o comportamento da anuidade de maneira mais clara.
Mas este aumento pode ser enganoso em razão da inflação. Afinal, os preços hoje no Brasil estão aumentando em torno de 10% ao ano. Utilizando o INPC do IBGE para expressar esta inflação, colocamos os valores a preços de dezembro de 2015. O resultado é o seguinte:
Pode ser notado que nos últimos anos o valor da anuidade não tem variado substancialmente. Para os contadores, o ano de 2011 apresentou uma anuidade a preços de hoje de R$480. Para os técnicos, o maior valor ocorreu em 2004, quando a anuidade foi de R$475. O menor valor foi em 2002, quando a anuidade era de R$160 ou R$405 a preços de hoje.
Imaginando que o número de pessoas registradas tenha aumentado nos últimos anos, em razão até da expansão do ensino no Brasil, é razoável imaginar que a receita com esta anuidade de pessoa física tenha evoluído não em razão do valor individual mas do quantitativo de pessoas que pagam.
Assim, quando você pagar a anuidade, lembre-se que em razão da inflação os valores estão 3% menores do que no ano anterior.
A partir de 2006 o valor passou a ser diferente; naquele ano, o valor do contador permaneceu o mesmo do ano anterior e do técnico reduziu para 225 reais. O gráfico mostra a evolução deste montante ao longo do tempo. Aparentemente os valores estão crescendo muito, já que em 2016 o contador pagará 3,2 vezes o que pagava em 1999. O gráfico a seguir mostra o comportamento da anuidade de maneira mais clara.
Mas este aumento pode ser enganoso em razão da inflação. Afinal, os preços hoje no Brasil estão aumentando em torno de 10% ao ano. Utilizando o INPC do IBGE para expressar esta inflação, colocamos os valores a preços de dezembro de 2015. O resultado é o seguinte:
Pode ser notado que nos últimos anos o valor da anuidade não tem variado substancialmente. Para os contadores, o ano de 2011 apresentou uma anuidade a preços de hoje de R$480. Para os técnicos, o maior valor ocorreu em 2004, quando a anuidade foi de R$475. O menor valor foi em 2002, quando a anuidade era de R$160 ou R$405 a preços de hoje.
Imaginando que o número de pessoas registradas tenha aumentado nos últimos anos, em razão até da expansão do ensino no Brasil, é razoável imaginar que a receita com esta anuidade de pessoa física tenha evoluído não em razão do valor individual mas do quantitativo de pessoas que pagam.
Assim, quando você pagar a anuidade, lembre-se que em razão da inflação os valores estão 3% menores do que no ano anterior.
Celular da Celebridade
Como se você precisasse de mais provas de como as celebridades vivem em um mundo diferente do nosso, aqui mostramos o que acontece quando uma conta no Instagram com 8 milhões de seguidores publica uma foto — a conta em questão é a 433, que posta vídeos e fotos sobre futebol [do jogador holandês Demy de Zeeuw]. (...)
Em vez disso, o smartphone fica temporariamente inutilizável devido ao bombardeio de sua popularidade. Parece até que está rodando algum tipo de script hacker no telefone, mas tudo não passa de centenas de milhões de pessoas pelo mundo abrindo o app e curtindo sua foto sobre o nada.
Links
Na Índia produtos com imagens sagradas vendem mais. Após o uso, os devotos colocam as embalagens nas árvores ou depositam no rio, com consequências para o ambiente. Este produtor teve uma ideia para resolver este problema: transformar a embalagem do seu produto.
As virtudes do videogame
Cirurgião plástico deve garantir êxito do procedimento estético
Existe astronauta barbudo?
Acordo entre a Deloitte e a Associação de Golf dos EUA
Regra fiscal belga é declarada ilegal (AB Inbev perdeu)
Multinacionais nos EUA devem ter dois procedimentos para contabilizar leasing
Como David Bowie foi um pioneiro em finanças (aqui também)
Um ano do ataque ao Charlie Hebdo: propagando do jornal português Público
As virtudes do videogame
Cirurgião plástico deve garantir êxito do procedimento estético
Existe astronauta barbudo?
Acordo entre a Deloitte e a Associação de Golf dos EUA
Regra fiscal belga é declarada ilegal (AB Inbev perdeu)
Multinacionais nos EUA devem ter dois procedimentos para contabilizar leasing
Como David Bowie foi um pioneiro em finanças (aqui também)
Um ano do ataque ao Charlie Hebdo: propagando do jornal português Público
14 janeiro 2016
13 janeiro 2016
IFRS 16
O Iasb anunciou a nova norma de leasing. A entidade calcula que existam 3,3 trilhões de dólares de compromissos, sendo 85% fora do balanço. O The Telegraph lembrou que o ex-presidente do IASB, Sir David, afirmava que certamente nunca embarcou numa aeronave que estivesse no balanço da companhia aérea.
A figura a seguir faz um resumo dos principais pontos da norma:
No anúncio, o atual presidente do Iasb lembrou da transparência para as empresas na aprovação da norma. O vídeo com Hans Hoogervorst (via aqui) encontra-se a seguir:
O blog Contabilidade e Métodos Quantitativos lembrou dos efeitos já encontrados nas pesquisas acadêmicas dos autores sobre o assunto.
Para uma leitura, recomendo o capítulo de leasing no livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva.
A figura a seguir faz um resumo dos principais pontos da norma:
No anúncio, o atual presidente do Iasb lembrou da transparência para as empresas na aprovação da norma. O vídeo com Hans Hoogervorst (via aqui) encontra-se a seguir:
O blog Contabilidade e Métodos Quantitativos lembrou dos efeitos já encontrados nas pesquisas acadêmicas dos autores sobre o assunto.
Para uma leitura, recomendo o capítulo de leasing no livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva.
Salário dos Professores e desempenho escolar
Abstract:
The impact of teacher pay on school productivity is a central concern for governments worldwide, yet evidence is mixed. In this paper we exploit a feature of teacher labour markets to determine the impact of teacher wages. Teacher wages are commonly set in a manner that results in flat wages across heterogeneous labour markets. This creates an exogenous gap between the outside labour market and inside (regulated) wage for teachers. We use the centralised wage regulation of teachers in England to examine the effect of pay on school performance. We use data on over 3000 schools containing around 200,000 teachers who educate around half a million children per year. We find that teachers respond to pay. A ten percent shock to the wage gap between local labour market and teacher wages results in an average loss of around 2% in average school performance in the key exams taken at the end of compulsory schooling in England.
Resenha 7 Dias no Inferno
Este é um falso documentário e a graça está exatamente aí. O filme trata de uma rivalidade entre dois tenistas profissionais que se encontram num jogo em 2001 que durou sete dias. Andy Samberg (foto, de Brooklin Nine-Nine) é o tenista Aaron Williams e Kit Harington é seu rival, Charles Poole. Mas o engraçado é ver David Copperfield e os tenistas John McEnroe, Chris Evert e Serena Williams falando, como se fosse verdade, dos jogadores.
Vale a Pena? Com menos de cinquenta minutos de duração, o filme é interessante para quem gosta de tênis. Para os demais, é um filme para amar ou odiar. Talvez nem seja isto, mas meramente um filme para esquecer no dia seguinte. Muito mais interessante é ver John McEnroe no CSI New York, por exemplo, quando fez o papel dele mesmo e, ao mesmo, de um artista que ganhava dinheiro sendo McEnroe em festinhas. Ou assistir Wimbledon, uma comédia água com açúcar com Kirsten Dunst e Paul Bettany. Ou Ponto Final, de Woody Allen, com Scarlett Johansson e Jonathan Rhys Meyers, de 2006.Este último, o mais recomendado para quem gosta de um bom filme e não necessariamente de tênis.
Vale a Pena? Com menos de cinquenta minutos de duração, o filme é interessante para quem gosta de tênis. Para os demais, é um filme para amar ou odiar. Talvez nem seja isto, mas meramente um filme para esquecer no dia seguinte. Muito mais interessante é ver John McEnroe no CSI New York, por exemplo, quando fez o papel dele mesmo e, ao mesmo, de um artista que ganhava dinheiro sendo McEnroe em festinhas. Ou assistir Wimbledon, uma comédia água com açúcar com Kirsten Dunst e Paul Bettany. Ou Ponto Final, de Woody Allen, com Scarlett Johansson e Jonathan Rhys Meyers, de 2006.Este último, o mais recomendado para quem gosta de um bom filme e não necessariamente de tênis.
12 janeiro 2016
Finanças Pessoais: O que evitamos comentar em Finanças Pessoais
Existe um aspecto que geralmente os conselheiros de finanças pessoais evitam comentar e às vezes dão pouco valor. Mas este fator é decisivo para os esforços das pessoas em construir uma boa gestão financeira. E para os resultados finais.
O The Telegragh mostrou que três pessoas se aposentaram com 100 mil libras de economia com uma diferença: eles se aposentaram com um ano de diferença. O primeiro aposentou-se em 1982, o segundo em 1983 e o último em 1984. Eles colocaram os recursos no mercado acionário e trinta anos depois tinham 275 mil libras, o segundo tinha 96 mil libras e o último esgotou seus recursos com 25 anos. A pequena diferença de ano da aposentadoria foi fundamental para a situação de cada um deles.
O exemplo feliz do jornal inglês mostra que as finanças pessoais dependem de fatores externos, que fogem ao controle da pessoa. Maquiavel, há tempos, chamou isto de “fortuna”, que são aspectos inevitáveis que podem ocorrer na vida de uma pessoa. E o que chamamos de sorte.
É o caso de uma pessoa decide trocar de emprego, por um que irá pagar menos, e logo depois o plano salarial da nova empresa melhora substancialmente. Ou da mudança da regra da aposentadoria antes do estudante entrar no mercado de trabalho. Ou a queda geral no preço dos imóveis de uma região em razão de um desastre ecológico. Se um dia eu escrever um livro de finanças pessoais encerrarei o mesmo assim: “todos estes conselhos devem ser necessariamente acompanhados da sorte.”
O The Telegragh mostrou que três pessoas se aposentaram com 100 mil libras de economia com uma diferença: eles se aposentaram com um ano de diferença. O primeiro aposentou-se em 1982, o segundo em 1983 e o último em 1984. Eles colocaram os recursos no mercado acionário e trinta anos depois tinham 275 mil libras, o segundo tinha 96 mil libras e o último esgotou seus recursos com 25 anos. A pequena diferença de ano da aposentadoria foi fundamental para a situação de cada um deles.
O exemplo feliz do jornal inglês mostra que as finanças pessoais dependem de fatores externos, que fogem ao controle da pessoa. Maquiavel, há tempos, chamou isto de “fortuna”, que são aspectos inevitáveis que podem ocorrer na vida de uma pessoa. E o que chamamos de sorte.
É o caso de uma pessoa decide trocar de emprego, por um que irá pagar menos, e logo depois o plano salarial da nova empresa melhora substancialmente. Ou da mudança da regra da aposentadoria antes do estudante entrar no mercado de trabalho. Ou a queda geral no preço dos imóveis de uma região em razão de um desastre ecológico. Se um dia eu escrever um livro de finanças pessoais encerrarei o mesmo assim: “todos estes conselhos devem ser necessariamente acompanhados da sorte.”
Levy como CFO do Banco Mundial
O Banco Mundial confirmou na tarde desta segunda-feira (11/1) que o ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, será diretor financeiro da instituição. Ele deve assumir o cargo, um dos mais altos na hierarquia da casa, em 1 de fevereiro, de acordo com um comunicado divulgado hoje.
"O comprometimento sem cansaço com reformas de Joaquim Levy, orientadas em direção ao crescimento sustentável e inclusivo, é um ativo significativo para o Banco Mundial na medida em que revisamos nossas finanças e nos adaptamos a um ambiente em rápida transformação", afirma o presidente da instituição, Jim Yong Kim, em um comunicado à imprensa.
O comunicado do Banco Mundial ressalta ainda a passagem de Levy, além do Ministério da Fazenda, por outras instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Bradesco e o governo do Rio, onde foi secretário estadual das Finanças.
[...]
Levy assume o posto deixado pelo francês Bertrand Badré, que no começo de novembro comunicou que estava deixando o Banco Mundial.
Na sexta-feira, em um evento em Washington, o diretor do Brasil no FMI, Otaviano Canuto, mencionou a ida de Levy para o Banco Mundial durante palestra no Wilson Center e destacou que, por ser uma instituição bilateral, o ex-ministro, que deixou a Fazenda pouco antes do Natal, não vai precisar passar pela tradicional quarentena dos que saem de altos postos de governos
No mesmo comunicado, o Banco Mundial informa a contratação de Shaolin Yang, que é chinês, como chefe administrativo geral (CAO, em inglês), um cargo novo na instituição. "Os dois executivos vêm em um momento crítico em que a organização trabalha para acabar com a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade compartilhada."
Fonte: Aqui
"O comprometimento sem cansaço com reformas de Joaquim Levy, orientadas em direção ao crescimento sustentável e inclusivo, é um ativo significativo para o Banco Mundial na medida em que revisamos nossas finanças e nos adaptamos a um ambiente em rápida transformação", afirma o presidente da instituição, Jim Yong Kim, em um comunicado à imprensa.
O comunicado do Banco Mundial ressalta ainda a passagem de Levy, além do Ministério da Fazenda, por outras instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Bradesco e o governo do Rio, onde foi secretário estadual das Finanças.
[...]
Levy assume o posto deixado pelo francês Bertrand Badré, que no começo de novembro comunicou que estava deixando o Banco Mundial.
Na sexta-feira, em um evento em Washington, o diretor do Brasil no FMI, Otaviano Canuto, mencionou a ida de Levy para o Banco Mundial durante palestra no Wilson Center e destacou que, por ser uma instituição bilateral, o ex-ministro, que deixou a Fazenda pouco antes do Natal, não vai precisar passar pela tradicional quarentena dos que saem de altos postos de governos
No mesmo comunicado, o Banco Mundial informa a contratação de Shaolin Yang, que é chinês, como chefe administrativo geral (CAO, em inglês), um cargo novo na instituição. "Os dois executivos vêm em um momento crítico em que a organização trabalha para acabar com a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade compartilhada."
Fonte: Aqui
11 janeiro 2016
Na Venezuela, não existe inflação!
Na Venezuela também não existe lei da gravidade!!!
"Enfrentamos uma nova emergência econômica e nos próximos dias apresentarei um plano de resgate", disse o presidente ao anunciar o novo chefe da pasta. Salas Rodríguez, de 39 anos, é professor de Economia Política na Universidade Bolivariana de Venezuela, fundada pelo ex-presidente Hugo Chávez, morto em 2013. Ele nunca ocupou um cargo executivo antes.
[...]
Fonte: aqui
10 janeiro 2016
História da Contabilidade: O Ensino da Contabilidade nos anos de 1850s
Qual era o conteúdo de uma aula de contabilidade no século XIX? Esta pergunta tem me intrigado desde que li um sumário de uma obra de contabilidade dos anos de 1874. Parecia uma mistura de aula sobre câmbio, probabilidades, sistema métrico, fração, juros, regra de três e outros assuntos do que o ensino de contabilidade (1).
É sempre bom lembrar, e conforme já enfatizamos aqui em diversas postagens, a contabilidade era ensinada junto com as primeiras letras. Veja como era o ensino no Liceu do Para (2)
O trecho a seguir mostra a metodologia de ensino de contabilidade daquela época (3) do Instituto Commercial do Rio de Janeiro, na sua Aula do Commercio (clique na imagem para ver melhor):
(1) Diário do Maranhão. 17 de março de 1874, Ano v, n 187, p 4.
(2) Treze de Maio. 14 de janeiro de 1854, n 276, p. 1.
(3) Ministério do Imperio. Decreto 1763, 14 de maio de 1856.
É sempre bom lembrar, e conforme já enfatizamos aqui em diversas postagens, a contabilidade era ensinada junto com as primeiras letras. Veja como era o ensino no Liceu do Para (2)
O trecho a seguir mostra a metodologia de ensino de contabilidade daquela época (3) do Instituto Commercial do Rio de Janeiro, na sua Aula do Commercio (clique na imagem para ver melhor):
(1) Diário do Maranhão. 17 de março de 1874, Ano v, n 187, p 4.
(2) Treze de Maio. 14 de janeiro de 1854, n 276, p. 1.
(3) Ministério do Imperio. Decreto 1763, 14 de maio de 1856.
09 janeiro 2016
Para ler melhor e aprender mais
Fonte: Aqui |
1) Passe os olhos antes de ler
Many speed reading courses are actually teaching skimming techniques, even if they package it as “reading” faster. Skimming is covering the text too fast to read everything fully. Instead, you’re selectively picking up parts of the information.
Skimming, isn’t actually a bad method, provided it’s used wisely. One study found that skimming a text before going on to reading it, improved comprehension in the majority of cases.
2) Melhore sua fluência para melhorar a sua velocidade
Fluent recognition of words was one of the major slowing points for readers. Subvocalization, that mythical nemesis of speed readers, is slower on unfamiliar words. If you want to speed up reading, learning to recognize words faster seems to improve your reading speed.
Fluency isn’t just an issue for reading in your non-native language. It also matters for technical documents or prose which uses unfamiliar vocabulary. If I’m reading a text that uses jargon like mRNA, or obscure words like synecdoche, I’m going to pause longer. That will slow my reading speed down.
The best way to improve fluency is to read more. If you read more of a certain type of text, you’ll learn those words faster and read better. If you’re a non-native or fluency significantly impacts your reading speed, then even a tool like Anki may be useful for learning hard words.
3) Saiba o que você quer antes de começar a ler
Part of the reason skimming first might appear to help is that it allows you to map out a document. Knowing how an article or book is structured, then, allows you to pay more attention to the things you think are important.
Another tip offered in a lot of speed reading courses, which is likely good advice, is to know what you’re trying to get out of a text before you read it. Thinking about this before you start reading allows you to prime yourself to pay attention when you see words and sentences that are related. Even if you’re reading at a speed which has some comprehension loss, you’ll be more likely to slow down at the right moments.
This isn’t always possible. I read a lot of books unsure about what I want to discover in them. Fiction and reading for pleasure can’t be reduced to a mission objective. However a lot of bland, necessary reading in our lives fits this type. Speeding it up might be worthwhile if it leaves us more time for reading with curiosity.
4) Tarefas de processamento mais profundo para melhorar a retenção
Sometimes you don’t want speed at all—you want near full comprehension. When I was in school, I needed to read most textbooks in a way that I could retain nearly every fact and idea I encountered later. It’s not just full comprehension you want, but long-term memory of the information.
Here cognitive science offers some suggestions. A principle of memory is that we remember what we think about. So if you want to remember the ideas of a book, highlighting bolded passages isn’t the best idea. Highlighting causes you to think about bolded words, not what they means.
Some alternatives are taking paraphrased, sparse notes or rewriting factual information you want to remember as questions to self-quiz later.
Scott Young, "I was wrong about speed reading: Here are the facts," January 2015.
08 janeiro 2016
Risco Brasil
O gráfico é uma análise do risco brasileiro nos últimos anos. A série começa em 2001 (ainda governo FHC) e cada dia é um ponto no gráfico. Dois extremos se destacam: em outubro de 2008 a crise financeira chega ao mercado de capitais brasileiro e recebeu o simpático nome de “marolinha” (não foi isto, como o gráfico mostra claramente); e no início do ano passado, no dia 7 de janeiro de 2015, novamente um salto no risco.
O gráfico a seguir mostra uma visão mais clara sobre o risco em termos anuais. Calculou-se a média anual dos pontos do gráfico acima.
O risco tem aumentado nos últimos anos, é verdade, mas ainda estamos longe do risco de 2008, o que é bom para a economia brasileira.
O gráfico a seguir mostra uma visão mais clara sobre o risco em termos anuais. Calculou-se a média anual dos pontos do gráfico acima.
O risco tem aumentado nos últimos anos, é verdade, mas ainda estamos longe do risco de 2008, o que é bom para a economia brasileira.
Regina Hartley: Por que a melhor contratação não precisa ter o currículo perfeito
Quando tem de escolher entre um candidato a emprego com um currículo perfeito e outro que lutou e venceu com dificuldade, a executiva de recursos humanos Regina Hartley sempre dá uma chance ao "comigo ninguém pode". Como ela mesma cresceu na adversidade, Hartley sabe que os que prosperam nos meios mais penosos são dotados de força para perseverar em um ambiente de trabalho sempre mutável. "Escolha o candidato subestimado, cujas armas secretas são o fervor e a determinação", ela diz. "Contrate o 'comigo ninguém pode.'"
Links
Brasileiras estão indo para Venezuela fazer plástica
Para aumentar a diversidade, empresas de contabilidade deveriam selecionar as cegas?
Star Wars no estilo Calvin
Aos 92 anos, casou com uma mulher de 91: perderam o contato há 77 anos
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Estudo da CVM avalia liquidez dos fundos
FASB e a regra controversa para dívida bancária
FASB pode aprovar regra de leasing este ano
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07 janeiro 2016
FASB e normas de instrumentos financeiros
Em 2014 o IASB emitiu o IFRS9, seu padrão contábil para instrumentos financeiros. O FASB, entidade responsável pelas normas contábeis do maior mercado de capitais do mundo, aprovou seu padrão para a área agora em 2016. Inicialmente restrito a classificação e mensuração, a norma foi alterada para incluir o reconhecimento. Uma das mudanças foi a evidenciação da variação do valor justo de um passivo (vide uma discussão sobre isto no livro Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva).
Um aspecto importante é que a norma deveria ser conjunta, FASB e IASB, visando a convergência. Mas o FASB fez modificações no projeto, conforme a Accounting Today. Mesmo assim, o FASB afirmou que existe convergência em diversos itens, como é o caso do valor justo do passivo.
A norma deve entrar em vigor em dois anos, no dia 15/12/2017.
Um aspecto importante é que a norma deveria ser conjunta, FASB e IASB, visando a convergência. Mas o FASB fez modificações no projeto, conforme a Accounting Today. Mesmo assim, o FASB afirmou que existe convergência em diversos itens, como é o caso do valor justo do passivo.
A norma deve entrar em vigor em dois anos, no dia 15/12/2017.
Rent-seeking no mundo acadêmico: a doença da consultoria
Resumo:
The Consultancy disease is a type of rent seeking behavior in academia, and occurs when scholars spend time searching and working in public and private consultancies. It is shown that the Consultancy disease leads to lower equilibrium levels of academic work. Higher standards for scientific productivity and publications help to fight the disease.
Rent Seeking in Academia: The Consultancy Disease
João Ricardo Faria
The American Economist
Vol. 45, No. 2 (Fall, 2001), pp. 69-74
Published by: American Economist
Stable URL: http://www.jstor.org/stable/25604231
Remuneração
Aproveitando os dados da RAIS e dos formados da UnB (vide postagem de ontem), fiz uma comparação para determinar as melhores profissões em termos de remuneração. O curso que melhor remunera é Direito, com um salário médio mensal de R$8.474,94 (dados de 2013 para a amostra). Depois, na ordem, Relações Internacionais e Engenharia de Redes de Comunicação. Ciências Contábeis ocupa a 15ª posição da lista, confirmando a crença de ser uma profissão que possui uma boa remuneração: o formado em contábeis tem um salário melhor que o odontólogo, o farmacêutico ou nutricionista.
06 janeiro 2016
Fatos estilizados sobre o funcionalismo público
Resumo:
Governments play a central role in facilitating economic development. Yet while economists have long emphasized the importance of government quality, historically they have paid less attention to the internal workings of the state and the individuals who provide the public services. This paper reviews a nascent but growing body of field experiments that explores the personnel economics of the state. To place the experimental findings in context, we begin by documenting some stylized facts about how public sector employment differs from that in the private sector. In particular, we show that in most countries throughout the world, public sector employees enjoy a significant wage premium over their private sector counterparts. Moreover, this wage gap is largest among low-income countries, which tends to be precisely where governance issues are most severe. These differences in pay, together with significant information asymmetries within government organizations in low-income countries, provide a prima facie rationale for the emphasis of the recent field experiments on three aspects of the state–employee relationship: selection, incentive structures, and monitoring. We review the findings on all three dimensions and then conclude this survey with directions for future research.
The Personnel Economics of the State- Frederico Finan, Benjamin A. Olken, and Rohini Pande Working Paper No. 21825 December 2015 JEL No. D73,J45,O12
Salário e Preconceito
Existe uma lenda urbana que diz que a única profissão onde a mulher possui um salário maior que o do homem é na pornografia. Apesar de ser uma lenda urbana, a realidade não está muito distante disto.
Usando dados de 10021 ex-alunos da Universidade de Brasília, formados em mais de cinquenta cursos diferentes, fiz uma comparação entre a remuneração do homem e da mulher. Nesta análise considerei somente os cursos com mais de trinta formados em graduação. Os dados de remuneração mensal são provenientes da RAIS, ou seja, contempla o mercado formal de trabalho, o que obviamente é uma limitação da análise. E as informações são de 2013.
O gráfico abaixo apresenta a diferença, em reais, do salário para diversos cursos (e profissões). Enquanto uma historiadora tinha um salário mensal de R$4140, o homem ganhava R$3.113. Mas somente em oito casos isto ocorreu ou 15% dos casos. Já em Nutrição, com 207 mulheres e 22 homens na amostra, a diferença é de R$1.810, favorável ao homem.
Em termos proporcionais a maior discriminação ocorre no curso de Ciências Naturais, onde a mulher recebe menos de 50% do salário do homem. Já em educação do campo a diferença salarial é de 57% (R$1265 versus R$807).
E em Ciências Contábeis? Com base nos dados de 361 mulheres e 605 homens a diferença salarial foi de R$1092 ou 20% de diferença. Nos gráficos destaquei a nossa área. Como é possível notar, em termos absolutos a área é uma das mais preconceituosas em termos de mercado de trabalho. Alguém arriscaria uma explicação?
Usando dados de 10021 ex-alunos da Universidade de Brasília, formados em mais de cinquenta cursos diferentes, fiz uma comparação entre a remuneração do homem e da mulher. Nesta análise considerei somente os cursos com mais de trinta formados em graduação. Os dados de remuneração mensal são provenientes da RAIS, ou seja, contempla o mercado formal de trabalho, o que obviamente é uma limitação da análise. E as informações são de 2013.
O gráfico abaixo apresenta a diferença, em reais, do salário para diversos cursos (e profissões). Enquanto uma historiadora tinha um salário mensal de R$4140, o homem ganhava R$3.113. Mas somente em oito casos isto ocorreu ou 15% dos casos. Já em Nutrição, com 207 mulheres e 22 homens na amostra, a diferença é de R$1.810, favorável ao homem.
Em termos proporcionais a maior discriminação ocorre no curso de Ciências Naturais, onde a mulher recebe menos de 50% do salário do homem. Já em educação do campo a diferença salarial é de 57% (R$1265 versus R$807).
E em Ciências Contábeis? Com base nos dados de 361 mulheres e 605 homens a diferença salarial foi de R$1092 ou 20% de diferença. Nos gráficos destaquei a nossa área. Como é possível notar, em termos absolutos a área é uma das mais preconceituosas em termos de mercado de trabalho. Alguém arriscaria uma explicação?
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