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13 novembro 2013

Medida Provisória 627

Depois de seis anos de uso, o Regime Tributário de Transição (RTT), que garantiu a neutralidade tributária durante o período de adaptação das empresas brasileiras ao padrão contábil internacional, vai deixar de existir.

No seu lugar, entra um novo arcabouço que detalha como as companhias locais vão chegar na base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), tendo como ponto de partida o lucro societário apurado conforme o IFRS.

A mudança, que afeta milhares de empresas no país, veio pela publicação, no “Diário Oficial da União” de hoje, da Medida Provisória 627, que além de acabar com o RTT, também altera a legislação sobre tributação do lucro de controladas e coligadas no exterior.

“É um novo marco da legislação tributária. Ela fala de receita, equivalência patrimonial, incorpora ção, valor justo, ágio etc. É um divisor de águas”, afirma Roberto Haddad, sócio da área tributária da KPMG, que compara a MP ao decreto-lei 1.598, de 1977, e à lei 9.249, de 1995.

Conforme a MP, o fim do RTT valerá obrigatoriamente a partir de 2015, mas as empresas que quiserem poderão optar por usar o novo critério de apuração do imposto a partir de janeiro de 2014. Quem não optar fica mais um ano sob a regra atual.

Ao contrário do que previa a polêmica Instrução Normativa 1.397, de setembro, a Medida Provisória deixa claro que não haverá cobrança retroativa sobre distribuição de dividendos feita entre 2008 e 2013, caso o pagamento tenha sido em excesso ao valor do lucro fiscal desse período, que seria aquele registrado conforme as regras contábeis vigentes no fim de 2007 - antes da transição para o IFRS. Mas a isenção só é garantida para as empresas que optarem por abandonar o RTT já em 2014.

Pelo RTT, as empresas apuravam o lucro societário pelas normas contábeis internacionais e faziam ajustes ignorando todos os pronunciamentos contábeis emitidos desde 2008 (voltando para o lucro que teriam pela contabilidade a té 2007), para aí sim fazer as adições e exclusões tradicionais de receitas e despesas no livro de apuração do lucro real (que serve de base para pagamento de tributos).

Agora, o governo listou quais novos pronunciamentos serão “incorporados” ou não pela legislação fiscal. Casos como variação de valor justo, redução do ativo ao valor recuperável (impairment), subvenções governamentais (que pelo IFRS entram como receita) e pagamento baseado em ações, por exemplo, não serão considerados para pagamento de IR e CSLL.

Já o cálculo do ágio pela regra do IFRS, que considera como goodwill apenas o valor residual após a alocação da mais ou menos valia dos ativos adquiridos, será usado também para fins fiscais - ainda que a amortização e o benefício da dedutibilidade tenham sido mantidos para questões tributárias e não ocorram mais no balanço societário. O ajuste a valor presente de receitas e despesas, também será considerado, mas apenas quando da realização do evento ao qual está ligado.

Neste momento, tributaristas do país todo estão decifrando os mais de 70 artigos da MP que tratam do fim do RTT e certamente dúvidas e questionamentos devem surgir.

Mas aparentemente, depois do susto com a IN 1.397, a maior parte do que foi combinado há algumas semanas durante encontro com representantes de empresas e contadores, no Ministério da Fazenda, foi cumprido.


Fonte: Valor via aqui

Austeridade?

David CAmeron discursa sobre austeridade, conforme a fotografia abaixo:


Na fotografia tem-se objetos banhados de ouro, cálices com vinho, jóias e vestes elegantes. 

Distribuição de renda ao longo do tempo

O gráfico mostra que a distribuição de renda no mundo mudou de um padrão "camelo" para um padrão "dromedário": influencia da globalização?

12 novembro 2013

Rir é o melhor remédio



Via Charge On Line

História da Contabilidade – O primeiro livro em língua portuguesa sobre o método das partidas dobradas

Apesar do livro de Paccioli ter surgido no século XV em Veneza e rapidamente ter sido traduzido (ou copiado) para diversas línguas, o aparecimento de uma obra sobre este assunto em língua portuguesa foi tardio (1). Tradicional considera-se que Mercado Exacto nos seus livros de contas ou Methodo Facil para qualquer mercador, e outros arrumarem as fuas contas com a clareza neceffaria, com feu Diario, pelos princípios das Partidas dobradas, fegundo a determinação de Sua Mageftade, de autoria de João Baptista Bonavie, seria a primeira obra. Esta obra é datada de 1758 e foi publicada em Lisboa.

Entretanto existe uma possibilidade da existência de um livro publicado antes do Bonavie (2). Segundo Esteve, existiria o livro de Gabriel de Souza Brito Norte mercantil y crisol de cuentas. Brito era um judeu português, mas aparentemente escreveu este livro em língua espanhola e o publicou em Amsterdam em1706. Mas mesmo esta informação é questionável, já que não se encontrou, até os dias de hoje, uma cópia da primeira edição. A segunda edição foi realizada pelo seu filho.

Assim, parece que a primeira obra em língua portuguesa tenha sido o livro de Bonavie.

Referências
(1) Já comentamos sobre este assunto no blog. Recomendamos a excelente revisão do livro de Pacioli. O livro O Tratado da Prática de Arismética, de Nicolas Gaspar, de 1519, fez uma “tradução” limitada da obra de Pacioli, mas não o capítulo sobre as partidas dobradas. O Diccionario do commercio, de Alberto Jacqueri de Sales, pode ter sido publicado em 1757. Gostaria de agradecer ao Alexandre Alcantara pela dica do texto.
(2) GUIMARÃES, Joaquim F. da Cunha. Os Primeiros Livros Portugueses sobre Contabilidade – Comentários ao artigo do Professor Doutor Esteban Hernandez Esteve sob o título “Um Tratado Espanhol de 1706 sobre a Contabilidade por Partidas Dobradas: Norte Mercantil y Crisol de Cuentas” por Gabriel de Souza Brito”. Revista Electrónica INFOCONTAB n.º 21, de Junho de 2007, pp. 27.

Dificuldade de calcular orçamentos

Uma parte expressiva da fiscalização dos órgãos de controle baseia-se na comparação entre os valores orçados e os valores realizados. Estas entidades consideram que existiriam suspeitas de desvios quando a diferença é expressiva. Entretanto, talvez a base desta suposição este errada. Eis um texto sobre o assunto:

O orçamento de um contrato público é um documento anexo necessário ao edital de concorrência. Não há uma metodologia única, escolhida pela Lei de Licitações, que garanta um preço perfeito após a sua aplicação.

O poder público compra de tudo, as contratações são muito variadas, razão pela qual não seria de se esperar que a legislação trouxesse parâmetros claros.

Portanto, a elaboração de uma tabela com preço de referência é uma tarefa complexa, seja em um mercado público ou privado. Quem fornece a informação é tentado a inflacioná-la para obter um benefício econômico na futura venda.

Do ponto de vista do gestor, ter um orçamento muito baixo não incentiva a participação de empresas; e ter um orçamento muito alto pode conduzir a contratações lesivas aos cofres públicos.

Essa dificuldade cresce quando a contratação envolve um mercado sofisticado, pouco competitivo, sujeito a custos inseridos em um contexto global, com produtos cotados em dólar e, muitas vezes, produzidos no estrangeiro. Em situações como essa, é ainda mais difícil a formação do preço de referência.

Usar preços de contratações anteriores, portanto, é até aceitável. Mas se trata apenas de um dado a ser considerado junto com outros parâmetros justificadamente eleitos. Ao encontrar um número confiável e passível de ser justificado, abre-se a concorrência.

O valor contratado não equivale ao do orçamento. O orçamento é apenas a partida para o processo de negociação, que tem na competição seu ápice. A licitação é feita exatamente para promover a competição nos agentes do mercado a fim de se chegar ao melhor preço. E é o ambiente competitivo, livre de fraudes como as praticadas por cartéis, que pode superar um orçamento mal feito, de valor muito baixo ou muito alto.


A complexidade de se calcular orçamentos - Vera Monteiro - Estado de S Paulo - 7 de novembro de 2013

Outro aspecto é o fato de que os gastos públicos de longo prazo é praticamente impossível realizar o orçamento.

A vez da OSX

Todos já esperavam: 

A OSX protocolou, finalmente, o pedido de recuperação judicial, segundo a agência de notícias Reuters, que não identificou suas fontes. Na sexta-feira 8, o conselho de administração da OSX aprovou a apresentação do pedido em caráter de urgência.

Segundo a Reuters, a OSX acumula dívidas de mais de US$ 5 bilhões. Em contato com a reportagem de Isto É Dinheiro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não confirmou a informação. Porta-vozes da OSX também não foram localizados para confirmá-la.

A OSX foi apanhada pela crise da petroleira de Eike Batista, a OGX, que pediu recuperação judicial há pouco mais de uma semana. Com o caixa encurtando e seu principal cliente com problemas financeiros, a empresa de construção naval de Batista não tinha outra saída a não ser recorrer à recuperação, segundo observadores.


É bom lembrar que a chance de sair de uma recuperação judicial no Brasil é muito reduzida. Dados históricos comprovam isto.

Outro aspecto interessante é que a OSX recentemente renovou o empréstimo que tinha com a Caixa Econômica:

A OSX Construção Naval, controlada por Eike Batista, conseguiu renovar o empréstimo com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 461,4 milhões. A renovação é por 12 meses a partir de vencimento original, ou seja, 19 de outubro de 2013.

Em comunicado ao mercado, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa também informa que o contrato de garantia desse empréstimo, firmado com o Banco Santander também foi renovado pelo mesmo prazo.

No comunicado, a empresa também informa que empréstimo similar obtido com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve o vencimento prorrogado em 15 de outubro de 2013, por 30 dias, e conta com garantia do Banco Votorantim.


Dinheiro público, é claro.

Bitcoin

Um grupo de hackers roubou US$ 1,3 milhão em bitcoins de uma espécie de banco online, que geria carteiras de milhares de usuários. O fundador da plataforma, conhecido apenas pelo apelido TradeFortress, afirmou que 4,1 mil moedas virtuais foram extraídas de seu sistema, segundo a Wired.

Os hackers ganharam acesso à plataforma atacando o e-mail do administrador. O roubo aconteceu há cerca de um mês, mas só na última semana a ação foi percebida.

O administrador da plataforma afirmou que pretende ressarcir os usuários, mas que não tem os valores necessários. Não existe nenhuma regulamentação sobre a moeda virtual, então o pagamento dos clientes afetados não é obrigatório. Como as bitcoins foram desenvolvidas já para não serem rastreadas, a chance dos valores serem encontrados é pequena.


Fonte: Aqui

11 novembro 2013

Rir é o melhor remédio



Para começar bem a segunda, via Humor Inteligente.

História da Contabilidade III Conferencia Interamericana de Contabilidade

Em 1954 a cidade de São Paulo estava completando 400 anos de existência. Para comemorar esta data foi instituída a Comissão do IV Centenário de São Paulo. Um dos eventos apoiados por esta comissão foi a III Conferência Interamericana de Contabilidade.

Ao longo dos anos de 1950 tivemos no Brasil diversos congressos importantes: a conferência dos secretários de fazenda, que se realizava com bastante frequência desde a década de 1930, geralmente na praia, digo no Rio de Janeiro, durante vários dias; os congressos brasileiros de contabilidade; e o III Conferência Continental de Bolsas de Valores, realizado em Petrópolis, onde se discutiu, pela primeira vez no Brasil, a harmonização das normas de contabilidade com empresas de outros países (1). Hoje iremos falar sobre o primeiro evento de contabilidade internacional que aconteceu no nosso país (2).

As duas primeiras conferências foram realizadas em Porto Rico e México. A presidência da comissão organizadora era de José da Costa Boucinhas, sendo que a comissão de teses e de comunicações era presidida por Francisco D´Auria (3).

Os trabalhos apresentados, denominados de teses, deveriam ter no máximo 20 páginas datilografas, em português, inglês ou espanhol, sobre os seguintes temas: prática profissional, ensino de contabilidade, auditoria interna e externa e organização profissional. Como era comum na época, o trabalho deveria ter uma conclusão que representaria a recomendação da conferência. Além das teses, existiam também as comunicações técnicas com os seguintes assuntos: conceituação científica da contabilidade; uniformização dos planos de contabilidade no ambito nacional e internacional (4); repercussão dos encargos da legislação fiscal e trabalhista sobre os custos de produção; a contabilidade em face das variações do poder aquisitivo das moedas (5); custos industriais, a atuação do contador e processos de apuração; e aplicação da contabilidade nos vários ramos de atividade. (6)

Fonte: Estado de S Paulo, 17 de novembro de 1954, ed. 24396, p. 14.

Em setembro já existia a notícia da participação de 200 delegados estrangeiros. E existiam trabalhos encaminhados da Argentina, Bolívia, Canadá, Costa Risca, Estados Unidos, Honduras, México e Uruguai (7). Em outubro o número de países aumenta, incluindo Chile, Colômbia, El Salvador, Equador, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana,  e Venezuela. Na delegação dos Estados Unidos constava o nome de Arthur Foye e Maurice Stans, ambos do Accounting Hall of Fame (8), Louis Goldenberg, autor de monografia 7 da AAA,  Maurice Pelaubet, pesquisador e defensor do UEPS (10) e David Himmelblau (11) (12).

Em razão dos temas discutidos e da presença de pesquisadores de renome no nosso país, a III Conferência poderá ser considerada um marco na história da nossa contabilidade, apesar da pouca repercussão na imprensa (13).

Referências
(2) Estamos considerando que a Conferência Continental não se tratava exclusivamente de contabilidade.
(3) Conforme Estado de S Paulo, 21 de janeiro de 1954, ed. 24141, p. 8.
(4) Ou seja, padronização.
(5) Isto prova que a discussão sobre inflação e contabilidade é muito mais antiga que imaginávamos. Apesar de ser uma conferência internacional, a existência deste tópico no rol das comunicações técnicas representa um avanço. Mas já existia, na época, publicação sobre este tema.
(6) Conforme Estado de S. Paulo, 14 de julho de 1954, ed. 24289, p. 11
(7) Estado de S. Paulo, 26 de setembro de 1954, ed. 24353, p. 21.
(8) Conforme CHATFIELD, Michael; VANGERMEERSCH, Richard. The History of Accounting, New York, Garland, p. 10. O segundo foi eleito o presidente da delegação, tendo falado na sessão inaugural. Conforme Estado de S Paulo, 16 de novembro de 1954, ed. 24395, p. 14.
(9) Conforme CHATFIELD, Michael; VANGERMEERSCH, Richard. The History of Accounting, New York, Garland, p. 134
(10) CHATFIELD, Michael; VANGERMEERSCH, Richard. The History of Accounting, New York, Garland, p. 347.
(11) Professor da Northwest University e autor de diversos livros. Estado de S Paulo, 11 de novembro de 1954, ed. 24.391, p. 15.
(12) Estes nomes foram citados em Estado de S. Paulo, 7 de outubro de 1954, ed. 24362, p. 14
(13) Basicamente somente o Estado de S. Paulo apresentou uma cobertura mais profunda ao evento. Algumas notícias apareceram no Diário de Notícias, no Correio da Manhã, na Imprensa Popular e no Jornal do Brasil. Outro aspecto interessante é a ausência de imagens do evento: fiz uma pesquisa no Google Imagens e não encontrei nenhum resultado. Nos jornais pesquisados, a única fotografia foi a postada aqui. Assim, a Conferência foi menos divulgada do que o I Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado nos anos vinte.

Impostos do Playstation

Um texto longo, publicado no Yahoo Finanças (dica do Rafael Ourique e do Alexandre Alcantara), analisa o preço extorsivo do Playstation. O texto explica a carga tributária que incide sobre o equipamento no Brasil. (Existe um problema no texto ao comparar o valor de venda nos Estados Unidos no varejo e depois acrescentar a margem de lucro do varejo brasileira). Mas eis a conclusão final do texto:

Depois de cálculos tão extensos chega-se a R$2.747,52 de impostos sobre o console. Isso corresponde 69% do preço, apenas os 31% (R$1.252,48) restantes são realmente o Playstation 4 que o consumidor final usufrui. A margem líquida da Sony na distribuição é R$41,38 por console, que equivale a 1,72% do preço. A margem líquida do varejo ficou em 8,87% do preço. Inicialmente esse artigo foi pensado em mostrar o lucro exorbitante da Sony, mas, após os cálculos, os impostos ganharam.

A Sony afirma que o preço competitivo deveria ser de R$2 mil, segundo a Folha de S. Paulo. De qualquer forma, não invalida a crítica à elevada carga tributária existente no Brasil.

Desconectar para conectar

Outro dia eu vi uma pessoa esperando na faixa de pedestre os carros pararem. Enquanto isto, um aparelho celular na mão, digitando algo. Tão estranho...

Usuários do Portal de Periódicos podem baixar aplicativo da biblioteca virtual

Lembram-se da nossa postagem sobre como melhorar o seu referencial teórico? Então! A partir de agora, os usuários do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) podem baixar o aplicativo da biblioteca virtual para acessar os conteúdos assinados com os editores internacionais. O app do Portal de Periódicos está disponível para sistemas IOS e Android, nas categorias Referência e Educação.

O aplicativo, desenvolvido pela Capes, em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), permite o acesso remoto via Comunidade Acadêmica Federada (CAFe). É possível realizar buscas rápidas por assunto, periódico, base e livro, todos os tipos com a funcionalidade de autopreenchimento. O usuário ainda consegue navegar em websites referenciados pelos resultados de busca, além de ler e exportar os artigos em formato PDF.

O usuário acessa periódicos, referências bibliográficas com resumo, teses e dissertações, normas técnicas, livros, obras de referência, estatísticas, patentes, arquivos abertos e redes de e-prints. São inúmeras possibilidades de pesquisa dentro do universo científico oferecido de forma rápida e prática pelo aplicativo do Portal de Periódicos.

Portal de Periódicos da Capes
Criado em novembro de 2000 para democratizar o acesso ao conhecimento científico produzido internacionalmente, o Portal de Periódicos oferece acesso a mais de 36.000 títulos com texto completo, 130 bases referenciais, 11 bases exclusivas para patentes, mais de 250 mil e-books, além de normas técnicas, enciclopédias, estatísticas, conteúdo audiovisual e outros materiais.
O Portal de Periódicos da Capes ainda oferece conteúdo gratuito selecionado, como bases de livre acesso, periódicos nacionais com boa classificação no Programa Qualis-Capes, além dos resumos de teses e dissertações defendidas no país.

(Com informações do Portal de Periódicos da Capes)

Alessandro Acquisti: Por que a privacidade é importante

A distinção entre o público e o privado tem ficado cada vez mais obscura na última década, tanto on-line quanto na vida real e Alessandro Acquisti está aqui para explicar o que isso significa e por que é importante. Nesta palestra instigante e levemente arrepiadora, ele exibe detalhes de pesquisas recentes e em andamento -- incluindo um projeto que mostra a facilidade em fazer a correspondência entre uma fotografia de um estranho com suas informações pessoais confidenciais.

10 novembro 2013

Amigo Secreto: Blogs de Contabilidade... e o presente?

O Grupo dos 8 [blogs] já está se organizando há algum tempo para lançar esse jogo. A parte do sorteio é muito divertida, mas depois vem aquela um pouco mais complicada: presentear. E no nosso caso fica um tanto mais difícil já que alguns não se conhecem (muito menos os gostos pessoais), as idades são variadas, as regiões também, e nós nunca queremos ser aquele que acaba com a tranqueira da loja de R$ 1,99 sendo que gastamos muito mais tempo planejando o presente de quem tiramos. Ou ser quem presenteou um cactus quando todo mundo se esforçou e surgiu com maravilhas criativas e bem pensadas. E agora? Como fazer?

Combinamos que não haveria wishlist porque seria o mesmo que trocar dinheiro. Mas frente ao desespero de alguns tivemos que relaxar as regras e deixar surgirem sugestões personalizadas (incluir número de vestuário ou algo assim). Um pouco mais sutil que uma wishlist, não acham?

Mas ajudem os nossos amigos. Se vocês tivessem tirado o Pedro Correia no amigo oculto, qual presente ele receberia? Se fosse um livro acredito que algo relacionado a economia porque quem acompanha o blog sabe ser a cara dele. E quanto ao professor César Tibúrcio? Fica a dica: ele gosta MUITO de chocolate. Mas né... não vale enviar duas caixas de bombons da Garoto e uma da Lacta. E pra mim? Bem, vou te contar que já fiz, sem intenção, uma amiga da faculdade passar vergonha porque no amigolate (!!!) o ovo de páscoa estava sem cartão. O que já deixa a dica deu não só adorar cartões, como papéis de cartas, canetas diferentes e afins. Não está no nosso intervalo de valores, mas um dos meus sonhos de consumo é ganhar aquele veda cartas que você utiliza uma cera especial, sabe? (Atualmente é algo bem a la Crônicas de Gelo e Fogo). Coisa de antigamente e de quem realmente ama carta (aqui vou pedir um "Amém" da Camila Barreto).

Mas então! Nos ajudem! Eu não conheço muito bem o Orleans nem o Vladmir o que me dá a chance de forçar a amizade, então eles vão receber a cópia antecipada da minha autobiografia como forma de iniciar a amizade. (Bincadeira heim! Eles vão ganhar um guia de Brasília para virem visitar e todos se conhecerem). Já decidimos que o Felipe não vai ganhar bonequinhos, mas sim um kit de roupas íntimas do Mickey. Ofereceram juízo pro Augusto (ainda bem que não o tirei pois não posso dispensar o meu). A Cláudia Cruz vai ganhar uma coruja de pelúcia, assim como a Poly, pois como o professor Lino, elas admiram o bichinho assustador pela sabedoria. O Marcelo vai ganhar a coleção de livros do professor César porque foi quem eu tirei e vou utilizar minha proximidade com o autor para descolar tudo de graça ◔_◔ O Thiago é tão novinho, gente! Nunca deve ter jogado detetive né? Um clássico da galera dos anos 80. Pronto! E o Alexandre Alcantara!? Um fofo e vai ganhar um outfit novo para usar como Papai Noel este ano (está caro!). O que vocês acham? Gente boa, que distribui boas energias, merece muito amor. Cuidado na escolha dos presentes. Inclusive vocês, queridos leitores, que estão convocados a ajudar.

Depois desse pensa-pensa teremos que ir aos Correios (no caso do Contabilidade financeira vai ser a estagiária, então cuidado aí meu povo! No último sorteio ela enviou dois prêmios pro Marcos Paulo, que foi gentil o suficiente para devolver. O Saulo ainda está esperando o prêmio dele, que vai irá com um plus como nosso pedido de desculpas) enviar o pacote, super bem elaborado, cheio de carinho, papel de seda, cartões e amor, para a nossa vítima. Quando chegarmos nesta fase mandamos mais notícias.

Boas compras! *.*

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

Entrevista: Cláudio Moreira Santana - Trabalhos de Conclusão de Curso

Durante anos, o professor Claudio Santana coordenou com excelência os trabalhos de conclusão de curso (TCC) de contabilidade da Universidade de Brasília. Como todo coordenador de TCC, orientou também muitos alunos.

Com base nessa experiência, entrevistamos, por e-mail, o professor Claudio para saber um pouco mais sobre o assunto.

Blog_CF: Quais são os erros mais comuns na monografia dos alunos de TCC?

1. Escolher o orientador e não o tema. É comum o aluno buscar o professor mais legal ou de maior simpatia, mas isso não é o que realmente leva a um bom trabalho. Acredito que o foco deve ser no tema e, a partir daí, buscar-se um bom orientador. E não o contrário.
2. Procrastinação. Como bons brasileiros (a maioria dos alunos) deixam tudo para a última hora e esperam pela prorrogação do prazo (que muitas vezes não vem). Com esse tipo de atitude os trabalhos saem com baixa qualidade quando poderiam ser bem melhores, bastando um pouco mais de organização e planejamento das atividades de pesquisa.
3. Ter vergonha de levar o trabalho para correção do professor. Já fiz isso, e já tive alunos que fizeram isso. Ser criticado é talvez uma das coisas mais difíceis na vida. Não conheço ninguém que goste de ser criticado - e para mim também não existe crítica construtiva e sim tom de crítica e estado de espírito, dependendo desses dois posso, ou não, aceitar a crítica. Reconheço, contudo, que é difícil fazer um grande esforço e o orientador dizer que o que foi escrito é uma grande bobagem, mas às vezes é exatamente isso o que acontece (fazemos grandes bobagens e outras vezes acertamos em cheio. A vida é assim...).
4. Achar que a tarefa é do professor e não dele. Nem é preciso comentar né?
5. Não se atentar para o fato de que é necessário que um trabalho seja:
a. Realizado com um tema de seu interesse e não do orientador - é necessário gostar do tema ou pelo menos não odiá-lo. O melhor é estar apaixonado por ele;
b. Importante tanto para o aluno quanto para as outras pessoas (não apenas para o orientador e avaliadores), efetivamente tentar contribuir para o conhecimento e não apenas fazer uma obrigação. Se o autor não está convencido que seu trabalho é importante, como vai convencer outras pessoas?;
c. Original. As formas de pensar e expressar são muito diversas, há uma fonte inesgotável de criatividade mundo afora e ser original é ao mesmo tempo fácil e difícil. Fácil porque ninguém pensa exatamente da mesma forma que os outros e difícil porque os temas estão sendo pesquisados por muita gente, as ideias circulam e o que pensamos ser original às vezes já foi publicado. Por outro lado, é interessante ter novas formas de se fazer pesquisa, utilizar métodos e técnicas que ainda não foram utilizados no tema, buscar novos sujeitos para pesquisar (ou seja, fazer um recorte interessante na pesquisa). Tenho visto também que uma boa saída (mas não tão fácil) é buscar a interdisciplinaridade, ou seja, trabalhar conceitos, modelos e teorias de uma área em outra;
d. Viável. Vejo muitas vezes o aluno chegar com uma ideia mirabolante, que vai resolver todos os problemas da humanidade ou que vai mudar o nome do Banco Central (essa ideia já me foi apresentada uma vez...). Bom, a questão é ter o pé no chão e observar a capacidade, tempo, recursos disponíveis e necessários para se fazer a pesquisa. Não adianta ter a melhor ideia do mundo se ela não for viável.

Sobre esses três últimos pontos recomendo uma leitura adicional do capítulo 3 do livro de Cláudio de Moura Castro. A prática da pesquisa. Editora Pearson.

Blog_CF: Existem muitos casos de compra de trabalho? E de plágio?

Sobre a quantidade eu realmente não sei responder, o que parece é que a detecção dessem casos tem sido mais frequente e há casos não só Brasil, mas também na Alemanha (quem diria...).

O plágio é mais fácil de ser observado: estilo de linguagem, formatação, diferenças entre discussão com o aluno e o que aparece escrito são indícios de que há problemas. Outro ponto é o plágio não intencional e nesse caso é importante a leitura atenta do trabalho pelo orientador e anotação das fontes que foram consultadas pelo aluno.

Compra de trabalhos já é outra história... já recebi algumas denúncias, mas não foi possível provar. Nesses casos o que recomendo é maior atenção da banca. O problema é que, geralmente, quem faz isso também estuda o tema com afinco para realizar a defesa. Dessa forma, como pegar?

Uma solução é ficar atento durante a orientação. Sei de um caso em que o aluno sempre ia com um “primo” para a orientação ou quando isso não acontecia pedia para gravar. Acontece que o tal “primo” era o ghost writer do trabalho. Mas também conheço um caso que o aluno foi denunciado e a banca constatou-se que o trabalho era tão ruim que o tal aluno poderia levar o caso ao PROCON para ter seu dinheiro de volta... Rs.

Blog_CF: Muitos alunos procuram você com um tema, mas sem orientador. Como saber o que fazer neste caso? O que ele deve fazer para escolher o orientador mais correto?

É uma situação mais comum do que se imagina. Na maioria das vezes o aluno que tem um tema não tem um orientador e o que tem o orientador não tem o tema. Os interesses de cada grupo são muito diferentes, seja por leitura ou por simplesmente pertencerem a gerações diferentes.

Sempre recomendo aos alunos observarem o Lattes dos professores da instituição e, a partir daí, ver o que melhor se encaixa na proposta que ele quer fazer, outra maneira é conversar com outros professores e com colegas para saber os projetos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos na instituição. O aluno também deve ficar atento para o fato de que o professor vai tentar transformar seu trabalho em algo mais palatável a ele, ou seja vai tentar alinhar o interesse do aluno ao seu interesse, vez que isto facilita o processo de pesquisa. Raramente vemos professores abraçarem “novas causas” temas novos ou fora do que conhecemos é sempre um risco que muitas vezes não queremos ou podemos correr.

O orientador para esses casos tem que ser o que melhor avalie a situação e o que realmente se dedique com o aluno na construção do trabalho, mostre caminhos possíveis e indique, por vezes, outros professores que podem tirar as dúvidas a respeito do tema.

Blog_CF: O que é mais comum: o aluno que quer um orientador que orienta ou um que deseja um orientador que não atrapalhe?

Depende do aluno na verdade. Para a maioria é, sem dúvida, recomendável alguém que o oriente. Nesse sentido vale mais o professor que seja franco e honesto em relação ao que lhe apresentado. Alguns alunos, entretanto, querem orientadores mais perto de si, aqueles que lhe perguntam da vida, conversam, são amigos e efetivamente demostram interesse em ajudar o aluno não apenas no processo da pesquisa mas na orientação do que fazer na vida (normalmente tratamos com jovens e que ainda não decidiram a carreira profissional e estão cheios de dúvidas no que vão fazer quando terminarem o curso). Outros querem um relacionamento estritamente profissional, objetividade nas discussões e pouco gasto e dispersão de tempo.

Para os alunos que já são mais autossuficientes e tem certa experiência (geralmente mais velhos e com outra formação ou experiência profissional), um orientador mais distante (que não atrapalha) pode ser melhor. Para esses casos vale lembrar que o aluno deve ter cuidado para não deixar o orientador na berlinda. É necessário ter o orientador como alguém que possa dar feedback sobre o que é feito e escrito.

Na prática, avaliar isso é muito difícil, e só a convivência vai mostrar como agir, - tanto para aluno quanto para professor. Mas vale lembrar que “muito ajuda quem não atrapalha” e que um orientador que orienta também é um que não atrapalha.

Blog_CF: Qual o orientador que apresenta maior taxa de sucesso: aquele que risca tudo ou aquele que não lê o trabalho do orientando?

Realmente não sei dizer. Geralmente eu risco tudo, não gosto de correr riscos e passar vergonha frente a meus outros colegas professores. Mas reconheço que é praticamente impossível pegar todos os erros ou ver todas as situações e deficiências de um trabalho. Mas já aconteceu de participar de bancas em que não tive tempo de ver o trabalho como um todo do meu orientando e só receber elogios e trabalhos que foram riscados e re-riscados exaustivamente serem duramente criticados. (avaliação tem sempre um caráter subjetivo, há bancas que gostam do tema e outras não).

No caso de não ler o trabalho acho que é muito risco para todas as partes, para o orientador (que passa vergonha e atestado de incompetência), para o avaliador (pode perder um amigo ou arrumar um inimigo) e principalmente para o aluno (que é a parte mais fraca no processo e, por estar sendo avaliado, tem os nervos à flor da pele)

Aqui acho que tem um pouco da ideia da “tese do coelho” (http://www.contabilidade-financeira.com/2010/04/rir-e-o-melhor-remedio_20.html). Orientadores que não leem o que seus alunos escrevem, podem passar vergonha em uma banca, mas normalmente também são os que batem na mesa e no peito e bancam o trabalho (argumento de autoridade). Os que leem os trabalhos passam mais segurança aos alunos e os próprios alunos entendem que devem buscar um trabalho que tenha méritos (autoridade de argumento).

Blog_CF: Em que momento é possível perceber quando um aluno irá fazer um trabalho ruim ou irá desistir do tema?

Geralmente em três situações:
1. Quando não compreendeu o problema de pesquisa. Se o aluno não sabe qual o problema de pesquisa vai ficar “patinando” e, se sair daí, não vai conseguir fazer o trabalho a tempo. A compreensão do problema de pesquisa (o que ele é e como se operacionaliza) é talvez a maior dificuldade que o aluno enfrenta, tanto no aspecto do “caso concreto” quanto no aspecto teórico.
2. Quando apresenta dificuldades cognitivas para entender os aspectos teóricos e metodológicos do trabalho. Nesses casos é necessário que o professor tenha tato para saber até onde pode cobrar do aluno. Há gênios e há aqueles com dificuldade. Devemos reconhecer que nem todos fazem parte do primeiro grupo.
3. Quando ele some. Desapareceu durante muito tempo (duas ou três semanas bastam), não importa o motivo, já comprometeu o andamento da pesquisa e os resultados provavelmente não serão bons.

Blog_CF: Em sua opinião, o TCC deveria ser obrigatório, mesmo para o aluno que não irá para área acadêmica? Não seria melhor ele fazer outra disciplina?

Acredito que deva ser obrigatório. Não é apenas a questão da pesquisa em si que importa no TCC, acho que pode despertar vocações para a pesquisa e para a academia, mas também há o desenvolvimento de competências que muitas vezes não foram sequer pensadas durante o curso. Durante os cursos de graduação, na maior parte das vezes os alunos não são instados a escrever, a praticar a leitura, a criticar, a compilar e analisar dados e tirar conclusões. Normalmente, não é solicitado que o aluno pense por si, mas que ele repita fórmulas prontas ditadas nas aulas, ou seja, a repetição do conteúdo e não a criação e reflexão do saber.

Diversas pesquisas sobre o ensino da área de contabilidade mostraram que ele é muito técnico. Pela minha vivência, são raros os professores que avaliam os alunos por outro tipo de instrumento que não seja apenas prova (e os alunos ainda pedem que seja com os mesmos exercícios do livro ou de uma lista...). Acredito que o TCC possa servir como uma forma de desenvolvimento de um aluno mais crítico, e não apenas um “fazedor de lançamentos”.

Na verdade, a ideia de se fazer pesquisa deveria estar presente durante todo o curso de graduação e não apenas no momento do TCC.

Mas vale lembrar que o TCC não precisa ser apenas no formato de pesquisa científica, a própria resolução das diretrizes curriculares permite que se tenham formas diferentes para o TCC. Poder-se-ia haver relatos de consultoria, diagnósticos empresariais, relatórios profissionais. Em suma, as universidades poderiam ser mais criativas, mas reconheço que a operacionalização dessas ideias podem ser difíceis de serem implementadas e que a compreensão dos demais professores sobre o assunto possa ser muito diferente.

Blog_CF: Para finalizar: artigo ou monografia? Qual o mais útil?

Na essência o que importa para um TCC é o desenvolvimento das competências do aluno e a sua aprendizagem em relação ao tema. Assim, tanto faz se o formato for monografia ou artigo.
Mas sou partidário do artigo, sem dúvida. Embora a monografia seja o formato mais utilizado nas Instituições de Ensino Superior no país, tendo em vista o disposto nas resoluções do MEC, o artigo é muito mais útil.

O ciclo de pesquisa envolve a ideia inicial, a confecção da pesquisa em si, a escrita, os ritos de passagem (orientações e defesa pública) e se concretiza com a divulgação.

Acontece que o formato monografia requer um retrabalho. Ou seja, é necessário fazer o corte das sobras de texto que não sejam essenciais ao entendimento do trabalho para que seja haja a tentativa de publicação. Em uma época em que somos cobrados por produto, é um desserviço termos que fazer uma tarefa duas vezes (além de sermos pagos pelo dinheiro do contribuinte...). Também há um aspecto prático: o aluno quer seguir a vida dele, começar a trabalhar, ganhar dinheiro e muitas vezes esquecer o TCC, na maioria das vezes, não vê utilidade na publicação, dessa maneira ele some e muitas vezes nunca mais o encontramos. Há também um aspecto ético: o trabalho é do aluno, que direito temos, enquanto professores, de mexer no que ele escreveu? Enviar para publicação?

Mas também sou contra fazer o TCC como artigo e já na a orientação objetivar a publicação. Em primeiro lugar deve vir a aprendizagem, a publicação deve ser consequência e se houver interesse do aluno. Em minha opinião professor não tem direito de forçar o aluno a publicar ou condicionar a orientação ao envio do trabalho para um evento ou periódico.

Bank of America

O governo dos Estados Unidos exigiu que o Bank of America (BofA) pague US$ 863,6 milhões por danos depois que um júri considerou o banco responsável por fraude dos títulos lastreados em hipotecas da empresa da Countrywide, afirma reportagem da agência Reuters deste sábado.

Em um relatório do Tribunal do Distrito de Manhattan dessa sexta-feira, o governo norte-americano também pediu o pagamento de multas por parte de Rebecca Mairone, uma ex-executiva da Countrywide também considerada responsável pela fraude, "compatível com a sua capacidade financeira", diz a reportagem.

Ainda segundo a notícia, um porta-voz do banco, Lawrence Grayson, alegou neste sábado que um processo de medidas aos danos decorrentes de um programa da Countrywide durou vários meses e terminou antes do BofA adquirir a empresa.

O Bank of America foi considerado responsável por fraude relacionada a créditos da empresa Countrywide, vendida às financiadoras Fannie Mae e Freddie Mac, em 2007 e 2008. O Bank of America, o segundo maior banco dos EUA em ativos, comprou a empresa britânica em 2008.


Fonte: Dow Jones Newswires (via aqui)

Orçamento impositivo

Tramita no Senado a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que institui o Orçamento impositivo. A PEC foi aprovada pela Câmara em primeiro turno. A votação em primeiro turno no Senado deve ocorrer ao longo da semana. Em seguida, a PEC terá que ser aprovada em segundo turno no Senado e na Câmara, para que seja promulgada. O Orçamento impositivo é um instituto do presidencialismo bipartidário norte-americano. A ideia é que o Executivo tem que executar o Orçamento aprovado pelo Congresso sem alterações.
No Brasil, uma parcela de 90% do Orçamento já é enrijecida, pois se trata de despesas não discricionárias, como aposentadorias, salários e pagamento de juros, além das transferências para Estados e municípios. Mesmo entre as despesas discricionárias, diversas rubricas são na prática obrigatórias, como os gastos com o programa Bolsa Família. O objetivo da PEC é tornar obrigatórios os gastos com as emendas parlamentares


Fonte: Folha de S Paulo

O orçamento impositivo é considerado por seus defensores uma forma de evitar que o legislativo dependa da boa vontade do executivo. Assim, após a aprovação do orçamento, o executivo não teria como "negociar" com os deputados e senadores a execução das emendas. Além disto, hoje o orçamento é para o legislativo um jogo do "faz de conta". O congressista apresenta uma emenda para satisfazer seu eleitorado, mas de baixa qualidade, e o executivo leva a fama de ruim, ao não executá-la.

A discussão sobre o orçamento impositivo foi chamada de terrorismo fiscal por uma revista de negócios.

09 novembro 2013

Rir é o melhor remédio

Humor com objeto

Fato da Semana

Fato: A questão da utilização do Bitcoin como moeda de pagamento. Esta semana a cotação da moeda bateu recorde, chegando a 300 dólares. Ao mesmo tempo em que começam a surgir mais casos de empresas e pessoas que aceitam a moeda digital como meio de troca, uma pesquisa acadêmica mostrou que a moeda está sujeita a manipulação de desonestos, o que coloca em dúvida sua credibilidade.

Qual a relevância disto? O Bitcoin poderá representar uma revolução no mercado. Ao invés de ser emitida por uma autoridade do governo, geralmente o Banco Central de cada país, o Bitcoin é criada por usuários de computadores, apesar de estar sujeita a regras bem definidas. Desde sua criação, o Bitcoin tem sido considerado com ressalvas, por não ter o respaldo legal. Entretanto, novos usuários estão aumentando a demanda pela moeda, o que a torna cada vez mais valorizada perante o dólar.

Ainda assim, existe muita desconfiança sobre a moeda. Seria mais um caso de pirâmide? A não aceitação legal será um obstáculo a sua adoção? A existência de regras fixas para “mineração” da moeda irá restringir seu uso? Tudo são questões importantes. Para a contabilidade, a discussão sobre o Bitcoin interessa, já que se trata de uma “moeda”. Como será que isto irá alterar a nossa visão de liquidez dos ativos? E a questão do respaldo legal deve ser incluindo na discussão sobre as características de um elemento patrimonial?

Positivo ou Negativo?  A conferir. É muito difícil imaginar se existe algo positivo ou negativo nesta atual fase. Talvez estejamos diante de um produto que irá revolucionar as transações econômicas. Talvez seja mais uma mudança radical que não ocorreu.

Desdobramentos : A cotação parece ultrapassar os patamares históricos. Já se fala em novos valores. A procura está aquecida em razão da China. Mas até quando isto irá?

Outros eventos relevantes da semana: as notícias sobre a convergência, incluindo a provável aprovação pelo Fasb do projeto de reconhecimento da receita; o grande número de atrasos na informação entregue para CVM; ou as questões relacionadas ao grupo do empresário Eike Batista. Optamos por escolher algo “novo” . 

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1. Que a empresa OGX está em dificuldade financeira, todo mundo já sabia. Entretanto, noticiou-se que a empresa está devendo até o dinheiro do

Cafezinho
Papel higiênico
Taxi

2. Esta atividade ilegal rendeu, entre 2005 e 2012, entre 339 a 413 milhões de dólares

Pirataria no norte da África
Utilização de sinal de TV a cabo do vizinho no Brasil
Venda de software ilegal na China

3. Este banco está sendo investigado por manipulação no câmbio

Bank of America
HSBC
Santander

4. O presidente da Russell Golden, do Fasb, num discurso, informou que a prioridade é:

Obrigar a utilização do XBRL pelas empresas
Terminar os projetos conjuntos com o Iasb em 2014
Trabalhar na estrutura conceitual do Fasb

5. A China tem usado este ativo na sua diplomacia, como um “presente” para os países que conseguiu acordo comercial

Esculturas de barro
Pedação do tijolo da Muralha da China
Urso panda

6. Divulgou-se que as empresas com ações negociadas na bolsa do Brasil estão apresentando suas informações

Com atraso
Com uma grande antecedência
No prazo correto

7. Parece que pirataria está associada à China. Descobriu um caso esdrúxulo esta semana:

Cópia falsificada e errada das normas internacionais
Criação de uma cataratas artificial como a do Iguaçu
Janela falsa num prédio

8. Esta empresa propôs para CVM um acordo com os minoritários

Banco do Brasil
Eletrobras
Petrobras

9. O resultado acumulado das empresas aéreas, nos últimos dois anos, foi de

1 bilhão de reais, negativo
1 bilhão de reais, positivo
5 bilhões de reais, negativo

10. O Fasb sinalizou que irá aprovar o seguinte processo de normatização, em conjunto com o Iasb, talvez ainda este ano:

Estrutura Conceitual
Leasing
Reconhecimento da receita

Acertando 9 ou 10 questões = medalha de ouro; 7 ou 8 = prata; 5 ou 6 = bronze

Respostas: (1) Cafezinho; (2) Pirataria; (3) HSBC; (4) Terminar os projetos (5)

Urso panda; (6) atraso; (7) Janela falsa num prédio; (8) Petrobras; (9) 5 bilhões (10) Reconhecimento da receita

CVM: para 2014

Uma série de medida da CVM não ficaram prontas no ano e somente deverão ser aprovadas no próximo:

A autarquia abriu 11 audiências públicas em 2013, entre elas a que trata da revisão na Instrução CVM nº 358, que regula a prestação de informações por companhias abertas, para propor a divulgação de atos e fatos relevantes em portais de notícias na internet. Esta é uma das medidas que têm como objetivo reduzir o custo das empresas e aumentar a atratividade do mercado de capitais como alternativa de financiamento. Hoje, as companhias abertas são obrigadas a publicar informações em jornais de grande circulação, o que tem um custo alto.

"No final de dezembro teremos uma reunião com o colegiado para definir as metas de regulação para 2014. A intenção é focar em todos os projetos que entraram em audiência pública, ou seja, concluir os processos iniciados em 2013", afirmou a Superintendente de Desenvolvimento de Mercado da CVM, Flavia Mouta.

A prestação de informações por companhias abertas foi um tema recorrente este ano, especialmente após o caso da LLX Logística, do empresário Eike Batista, que entrou no crivo da CVM por suposto uso de informações privilegiadas para atuar no mercado, o que viola a Instrução nº 358. Os acionistas minoritários da petrolífera OGX também acusaram o empresário de uso de informações privilegiadas e de fraude ao divulgar projeções muito otimistas sobre as reservas de petróleo, reclamando da falta de uma atuação rápida da CVM e da BM&FBovespa. A CVM, entretanto, não comenta casos específicos.

Na lista de projetos deste ano estão incluídos também os que tratam da concorrência no mercado de Bolsas para negociações de ações no Brasil - hoje monopólio da BM&FBovespa - e as regras sobre depósito centralizado, custódia e escrituração de valores mobiliários, que envolvem a estrutura do mercado, que precisa se preparar para um aumento de demanda graças às novas tecnologias.

Segundo a superintendente da CVM, ambos estão em fase de análise, mas o segundo tema, que diz respeito à Instrução nº 89, está mais avançado e pode começar a ser discutido com o colegiado ainda este ano, para aproveitar o expertise do diretor da autarquia, Otávio Yazbek, cujo mandato termina agora em 2013. "Esse é um tema que está em estudo há muitos anos e já amadureceu. E queremos aproveitar a experiência do diretor no assunto."

A série de modernizações proposta pela CVM tem como objetivo também adequar as regras à nova realidade do mercado interno e internacional, principalmente depois da crise financeira de 2008, desencadeada a partir da quebra do banco americano Lehman Brothers.

"A gente sempre aprende com as crises. E a atualização das normas para se adequar ao mercado internacional é uma preocupação constante. Não se trata de copiar e colar, mas de analisar as tendências locais e internacionais."

Outro tema que deverá ser apresentado como prioritário para o próximo ano na reunião do colegiado, segundo Flavia, é o das assembleias virtuais. Hoje, as companhias podem oferecer aos acionistas a possibilidade de participar das assembleia pela web, mas ainda não há uma exigência nem uma regulamentação para isso. Esta seria uma forma de aumentar a participação dos minoritários nas assembleias das companhias abertas, que hoje são muito ausentes.

Outro tema prioritário, de acordo com a superintendente, é a regulamentação dos certificados de Operações Estruturadas (COE), também chamados de notas estruturadas, que serão emitidos por bancos múltiplos, comerciais, de investimento e pela Caixa Econômica Federal. O instrumento já foi regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas ainda precisa da regulamentação da CVM.

Em relação a tão discutida reclassificação dos fundos de investimentos, Flavia disse que a discussão já avançou bastante dentro da autarquia e junto aos participantes do mercado, mas que ainda não está maduro o suficiente para ter uma minuta e entrar em audiência pública ainda este ano.


Fonte: Aqui

Para o Ignobil

Um grupo de físicos da Brigham Young University está estudando as propriedades de certo jato de líquido deixado pelos homens no banheiro (e no chão, no vaso, etc). O objetivo é reduzir a quantidade de líquido fora do local. Vide um resumo do estudo aqui, com direito a um vídeo.

A estratégia errada das auditorias

A revista The Economist comenta a decisão das empresas de auditoria em mudar sua estrategia. Conforme é possível perceber pelo gráfico, a participação da área de consultoria na receita das grandes empresas aumentou substancialmente nos últimos anos.


O problema apontado pela revista envolve a perda de consultores, o conflito de interesses e a atenção despertada pelos reguladores.

Em janeiro a Deloitte comprou a Monitor. Em outubro a PwC adquiriu a Booz. Além disto, também começaram a comprar empresas para lidar com a grande quantidade de dados, particularmente associado a necessidade de mensuração na área de publicidade.

Emissão de carbono

Ao contrário da maioria dos países, o Brasil está emitindo menos carbono, segundo informação de um relatório recentemente divulgado (aqui para o link). Enquanto em outros países esta emissão é proveniente do uso de energia, no nosso caso a principal causa é a terra. Ou seja, queimada. Mas medidas tomadas desde 1995 reduziram a área anualmente queimada, o que influenciou na emissão.

Isto é uma boa notícia. Alguém ouviu sobre este assunto nos nossos jornais ou em outras fontes de informação?

Lucratividade das empresas de tecnologia

O gráfico mostra a evolução do lucro para diferentes empresas da área de tecnologia. Uma forma criativa de mostrar que está lucrando e quem não está.

Blogs de Contabilidade


Queridos leitores e blogueiros,

vou repassar uma mensagem do prof. Alexandre Alcântara que é o idealizador e mantenedor da página "blogs de contabilidade":

Para listar a sua página no diretório e conseguir uma divulgação melhor, envie um e-mail para indicablog@gmail.com ===> Só serão divulgados Blogs que tenham clara identificação do nome e e-mail de contato do responsável no corpo do Blog. <===

Boa pesquisa!

P. S. - Se você conhece algum blog que não está na lista, também pode indicar. Não precisa ser o próprio autor. *.*


08 novembro 2013

Banco Santos

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou recurso do Banco Santos que pedia a suspensão do pagamento aos credores até a homologação da lista completa das pessoas que têm dinheiro a receber do banco falido. O Banco Santos foi liquidado em 2005 com um rombo de mais de R$ 2 bilhões que resultou num dos mais turbulentos processos de falências bancárias do país Em sua decisão, o relator do recurso, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, defendeu que à medida em que se posterga o pagamento aos credores, maior é a parcela gasta com a massa falida, restando menor fatia a ser destinada aos que têm recursos a receber.

Fonte: Folha de S Paulo

Rir é o melhor remédio

A realidade e a visão do bêbado:



Estrutura Conceitual

Outros temas tratados na Estrutura Conceitual

O Iasb afirma que não discute especificamente sobre a demonstração do resultado e o resultado abrangente. Entretanto, reserva 30 páginas, a seção 8, para discutir o assunto. A justificativa é que uma pesquisa identificou que a demonstração do resultado deveria ser considerada pela entidade. Assim, na seção 8 a proposta de alteração da estrutura conceitual discute a finalidade da demonstração do resultado e como a estrutura deve lidar com a questão do lucro abrangente.

A última seção da estrutura conceitual abrange cinco assuntos. O primeiro, o efeito sobre a estrutura já aprovada (características da informação financeira). Apesar de afirmar que não pretende repensar o conteúdo dos capítulos, isto não seria descartado se isto for necessário com a atual discussão. Isto inclui uma breve discussão sobre a polêmica da prudência, que algumas autoridades europeias gostariam que fizesse parte, novamente, da estrutura conceitual.

O segundo assunto debatido é o modelo de negócio. Isto inclui uma discussão sobre o conceito, as vantagens e desvantagens de usá-lo e outros conceitos similares. O terceiro tópico é sobre o nível de agregação da informação contábil. O quarto ponto é a discussão sobre a continuidade. Apesar da proposta não discutir sobre este tema, a continuidade estaria relacionado com a mensuração de ativos e passivos. Finalmente, o Iasb admite que poderá reconsiderar a questão da manutenção de capital na discussão futura sobre contabilidade em ambientes inflacionários.

Além das nove seções, a proposta ainda traz anexos, alguns deles desnecessários (o primeiro anexo é o texto já aprovado da estrutura conceitual), outros deveriam ser objetos de normas específicas (distinção entre passivo e patrimônio líquido, por exemplo). 

Resumo

A proposta de alteração conceitual representa, em alguns casos, uma evolução e uma melhoria a situação existente. A alteração da definição de ativo talvez seja a mudança mais interessante.


Entretanto, em muitos trechos a proposta é prolixa, redundante e confusa. As mais de 200 páginas precisam ser condensadas nos termos mais diretos. 

(Com este texto encerramos a série sobre a proposta de alteração conceitual)

Amigo Secreto: Blogs de Contabilidade

Hoje nós realmente iniciamos a primeira atividade entre blogs de contabilidade: um amigo secreto! Para consolidarmos os participantes fizemos uma análise no que há listado no site Blogs de Contabilidade e observamos quais páginas estavam ativas e com um nível considerável de postagens nas últimas semanas. Somos ao todo 13 participantes e 8 blogs (por ordem quase-alfabética): Contabilidade e Métodos Quantitativos (Augusto Cezar Filho, Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão, Vinícius Gomes Martins) da Paraíba; Contabilidade Financeira (César Tibúrcio, Isabel Sales, Pedro Correia) do Distrito Federal; Histórias Contábeis (Polyana B. Silva) do Pará; Ideias Contábeis (Claudia Cruz) do Rio de Janeiro; Informação Contábil (Orleans Martins) da Paraíba; Métodos Contábeis (Marcelo Paulo de Arruda e Thiago Pena) da Paraíba; além dos blogs que levam o nome de seus autores: Prof. Alexandre Alcântara (da Bahia) e Vladmir F. Almeida (de São Luis). [Consideramos os locais atuais e não o estado natal]. Faltou o sul do Brasil né? Que no amigolate, no próximo amigo secreto, no encontro bienal de blogs, ou algo assim, tenhamos alguns residentes de lá. Como é um "test drive" por enquanto é isso: 8 com 13. ;)

Depois que confirmamos a participação de todos, nos escrevemos em um site que realiza sorteios e ajuda a comunicação nesse tipo de evento. Hoje cada um tirou a sua vítima! Fiquei super feliz com a minha, claro. Ainda mais porque eu não tirei o Felipe que colocou na wishlist uma televisão de 2 mil contos. Mas, ele foi gentil: está na promoção! ;)

Vamos nos divertindo e compartilhando com vocês tudo o que for possível. Visitem os outros blogs heim!? E cobrem postagens, sugiram presentes, ajudem a animar a festinha virtual de fim de ano.

Nas próximas semanas daremos dicas de como iniciar o seu blog, quais plataformas utilizar, como definir os seus objetivos e, assim, o seu foco e suas postagens. Espero que isso te ajude a criar um blog e, quem sabe, faremos eventos ainda maiores, incluindo um encontro, como já ocorreu com os blogs de economia. Ou algo diferente... Mas para isso precisamos aumentar o universo de contadores blogueiros.

Além disso, sempre que houver alguma nova revelação postaremos nos blogs para você. Fiquem atentos! Quem tirou quem? O que cada um enviou? Será que os presenteados irão gostar? Será que quem me tirou vai se lembrar que eu amo o cartão mais que o próprio presente? Bom... essas serão as cenas dos próximos capítulos. Fiquem atentos, participem, comentem. Vamos encerrar bem 2013 e iniciar 2014 com muita energia e novos amigos. *.*

Reconhecimento da receita no Fasb

A norma referente ao reconhecimento da receita, em análise no Fasb e no Iasb, teve um avanço importante nesta quarta-feira. O Fasb indicou que irá aprovar a norma de forma tranquila. A votação acontecerá em dezembro, mas de antemão a norma deverá ter a aprovação por 5 a 1. O Iasb talvez vote ainda em novembro.

A norma deverá ser emitida no primeiro trimestre de 2014, para entrar em vigor após 15 de dezembro de 2016 nos Estados Unidos ou após 1 de janeiro de 2017, para o Iasb.

Custo e Marte

A Índia lançou um satélite para Marte a um custo de 73 milhões de dólares. Este é um valor muito reduzido, já que a missão Maven da Nasa irá custar 670 milhões. E a missão Curiosity, de 2011, custou 2,5 bilhões. Com o valor de 73 milhões de dólares não é possível fazer o filme Gavity, que custou 105 milhões.

Qual a razão do custo tão reduzido? Segundo este sítio, a missão da Índia usou tecnologia existente e reduziu ao mínimo o número de testes físicos, substituindo por simulações em computadores. Como o risco de erro num satélite para Marte é muito alto - das 51 missões, 21 falharam - a decisão de redução de custo pode ter sido interessante.

Anand x Carlsen

No sábado começa em Chennai (antiga Madras, na Índia) a disputa pelo título de campeão mundial de xadrez. De um lado, o atual campeão, Anand. O desafiante será o norueguês Carlsen. Deverá ser uma disputa fantástica, com dois dos maiores enxadristas de todos os tempos.

Anand já ultrapassou os 44 anos de idade e é indiano. É grande mestre de xadrez, um título que poucos jogadores possuem, desde 1988. Já foi campeão do mundo entre 2000 a 2002, derrotando Shirov. Em 2007 voltou a conquistar o título, desta vez vencendo um torneio contra os melhores jogadores da época. E desde então é o campeão do mundo, tendo defendido seu título três vezes (na segunda defesa, uma série fantástica de jogos contra o bulgário Topalov. Atualmente Anand possui um rating de 2775 pontos, o que coloca em oitavo do mundo. Na sua melhor forma, Anand chegou a 2817, em 2011. Como é um jogador experiente, Anand é o único jogador da história do xadrez a vencer o título em três formatos diferentes: torneio (2007), match (disputa com outro enxadrista) e knockout  (quem perde, sai). É difícil dizer qual a fraqueza deste jogador.

Carlsen é fenômeno do xadrez. Possui o maior rating da história do jogo (2872 pontos em fevereiro de 2013; atualmente, 2870), batendo o recorde de Kasparov. Venceu o Chess Oscar no período de 2009 a 2012, prêmio dado pela revista 64 para o melhor jogador do mundo, segundo uma pesquisa com técnicos, escritores e jornalistas. É um jogador agressivo e desde julho de 2011, quando tinha 21 anos incompletos, é o número 1 do mundo.

Nos 29 jogos entre Anand e Carlsen, o indiano ganhou 6, perdeu 3 e empataram o restante. Mas parte das derrotas de Carlsen ocorreu quando ele ainda era inexperiente. Desde 2011, contra os enxadristas com rating acima de 2.700, ele já jogou 76 vezes, com 21 vitórias e somente duas derrotas.


A disputa será sensacional pois teremos um duelo de gerações. Qualquer que seja o vencedor, o xadrez disputado será de altíssimo nível. 

OSX

Às vésperas de um processo de recuperação judicial, a OSX, de Eike Batista, terá que lidar com um pedido de execução de dívida feito por um fornecedor. A empresa Techint decidiu se antecipar ao processo, que garante à OSX proteção contra credores, e protocolou no Tribunal de Justiça do Rio um pedido de execução de título extrajudicial contra a companhia de construção naval do grupo X. A Techint construía uma das plataformas que se tornaram desnecessárias com a frustração das projeções de produção da OGX. O pedido de execução será analisado pela 28ª Vara Cível.

A decisão pela suspensão do contrato, que somava R$ 1 bilhão, foi tomada em julho, depois que a OGX anunciou a revisão de seus planos de produção. As obras estavam sendo feitas em um estaleiro na cidade de Pontal do Paraná. O Tribunal de Justiça do Rio não soube informar qual o valor da dívida cobrada pela Techint. Com três plataformas de petróleo prontas e sem nenhum contrato vigente, a OSX deve entrar com processo de recuperação judicial ainda esta semana, seguindo os passos da OGX, que protocolou pedido na semana passada.


Fonte: Aqui

Beatles

O vídeo é um pouco longo, mas mostra o "clipe" com desenho animado da música Taxman:



Sobre esta música, veja também duas postagens anteriores: a relação entre música e contabilidade e uma propaganda com esta música.

Bitcoin 2

Sobre o texto acadêmico que afirmou que a moeda pode estar sujeita a especulação de mineiros desonestos, a fundação Bitcoin disse que é interessante saber que está sendo objeto de estudo acadêmico, mas que o problema apontado é improcedente. Mas a fundação Bitcoin não esclareceu ou justificou a resposta.

De qualquer forma, o Bitcoin bateu o recorde de valor: 300 dólares.

Aqui uma apresentação sobre o Bitcoin.

Aéreas

Segundo o Estado de S Paulo:

A crise na aviação civil fez as companhias aéreas brasileiras amargarem R$ 5 bilhões de prejuízos nos últimos dois anos. As perdas se intensificaram em 2012 e somaram R$ 3,5 bilhões, mais do que o dobro do ano anterior.


Como o mercado brasileiro é um oligopólio, as duas maiores empresas respondem com 80% do prejuízo. O aumento da frota, a redução dos preços e a alta do combustível explicam este resultado.

O valor médio de um bilhete aéreo caiu de R$ 383 para R$ 294 entre 2009 e 2012, segundo a Anac. No mesmo período, o preço do barril de petróleo, um dos principais fatores de precificação do querosene de aviação, subiu de US$ 75 para US$ 100. Essa conta ficou ainda mais cara com a valorização do dólar frente ao real, que saltou da faixa de R$ 1,75, em 2009, para R$ 2, no ano passado.


A redução do preço e o aumento do combustível eleva o ponto de equilíbrio. Assim, é necessário encher mais os aviões para compensar estes dois fatores.

Minoritários da Petrobras

A Petrobras e grandes acionistas minoritários da empresa, como os principais fundos de pensão do país e o BNDES estão propondo à xerife do mercado de capitais, CVM (Comissão de Valores Mobiliários), um Termo de Compromisso para encerrar um processo administrativo aberto em dezembro do ano passado contra a estatal. O processo foi aberto para apurar eventuais irregularidades relacionadas à eleição de membros dos Conselhos de Administração e Fiscal da Petrobras, nas assembleias ordinárias realizadas em 2011 e 2012. O Termo de Compromisso é um instrumentos criado pela CVM em 1998 para reduzir o número de processos em análise. O acordo consiste no pagamento de um valor proposto pelo acusado para encerrar a investigação, e que será conhecido apenas no julgamento, que ainda não foi marcado.

Fonte: Aqui

Geralmente uma proposta como esta ocorre quando se sabe que irá perder ou pretende evitar o desgaste de uma disputa de longo prazo.

Se o gelo derreter

Eis como ficaria a América do Sul, se o gelo dos polos derretesse. O Amazonas aumentaria de tamanho, assim como o Prata. Parte da cost do Pará e Maranhão afundaria. Fonte: NatGEo

07 novembro 2013

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Estrutura Conceitual: Evidenciação

O Iasb divulgou recentemente uma proposta de mudança da estrutura conceitual. Esta proposta ficará em análise para sugestão até janeiro de 2014. Entretanto, dado a sua relevância, iremos fazer uma análise dos seus principais aspectos.

Apresentação e Evidenciação das Informações Contábeis

O capítulo 7 da proposta de alteração conceitual inova em relação a estrutura conceitual existente ao apresentar algumas considerações sobre a apresentação e evidenciação das informações contábeis. O Iasb acredita que considerar este assunto na estrutura conceitual poderá ajudar os preparadores da informação.

O IASB utiliza o termo “demonstrações financeiras primárias” e lista como sendo: balanço patrimonial, demonstração do resultado, a demonstração de mutações do patrimônio líquido e a demonstração dos fluxos de caixa. O Iasb traz algumas noções sobre a questão da agregação da informação para ajudar os preparadores a melhorar a qualidade da informação.

Também o capítulo 7 comenta as notas explicativas. Segundo o Iasb, as notas explicativas devem ajudar o usuário a entender as demonstrações financeiras.

Bitcoin

Nós últimos tempos surgiram algumas notícias sobre o Bitcoin. Esta moeda virtual já foi objeto de postagem no nosso blog (vide em especial aqui). Mostramos que o Bitcoin pode ser considerado um ativo, como tem sido usado em ambientes conturbados, onde a moeda local não é confiável.

O aumento no valor da moeda tem feito surgir pessoas que ganharam dinheiro com a moeda em pouco tempo. A principal razão disto tem sido a cotação da moeda, que chegou próximo a 270 dólares por bitcoin recentemente (vide aqui também).

A principal justificativa para o aumento na cotação da moeda digital tem sido a China, que aumentou a demanda pelo bitcoin. Além disto, algumas empresas já começam a imaginar a possibilidade do bitcoin tornar-se uma solução para as transações de maneira segura (uma tradução do artigo pode ser encontrado aqui)

Mas alguns empreendedores, investidores e até mesmo comerciantes já preveem uma aceitação muito mais ampla da moeda. Eles estão convencidos de que o bitcoin, embora ainda não seja totalmente compreendido, oferece uma solução para processar pagamentos em valores baixos e transações mais seguras. Segundo eles, em vez de usar o bitcoin para comprar armas ilegais nos desvãos da internet, os consumidores comuns o usarão para comprar produtos legais de varejistas legais - e com a mesma facilidade com a qual agora usam o cartão de crédito ou trocam dinheiro.

Um possível obstáculo à aceitação da moeda virtual no comércio em geral são as flutuações por vezes descontroladas do seu valor, o que a torna atraente para os especuladores, mas pode afastar os consumidores comuns. Na quarta-feira, um bitcoin valia US$ 200. Quem comprou um bitcoin no início de abril, pagou US$ 266.

Este otimismo com a moeda virtual foi quebrado por um artigo científico (vide uma resumo menos acadêmico aqui) na área de computação. O texto mostra que o bitcoin não é confiável. Ao contrário do que acredita alguns, o Bitcoin pode ser manipulado por um grupo de “mineiros” desonestos. Assim, um dos mais importantes alicerces de uma moeda - a confiança que os usuários podem depositar no ativo - não se aplicaria ao Bitcoin. Os autores consideram que o futuro do Bitcoin, e de outras moedas similares, é altamente duvidoso.