Translate

23 agosto 2011

Balanços mais Transparentes


O texto “Balanços mais Transparentes” foi publicado em diversos blogs de contabilidade (215 resultados no dia de hoje, inclusive no Ibracon, sic). Mas a quantidade de problemas do texto é muito grande. Vejamos:

A lei [11.638] é uma adequação da IFRS, padronizando mundialmente os registros contábeis entre os países, principalmente facilitando as transações da nação de origem com a de destino. 

Entenderam? A continuação:

"A regra faz com que os contadores reflitam cada vez mais, mostrando, de forma transparente, a realidade da companhia", comenta o vice-presidente-técnico do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS), Antônio Carlos de Castro Palácios. 

Hoje, com a Lei 11.638/07, ela obedece ao padrão europeu fazendo com que os demonstrativos financeiros sejam um verdadeiro raio-x do mundo corporativo. 

Palácios conta que, antigamente, nenhuma instituição era capaz de fazer uma negociação que fosse baseada em balanços, era preciso contratar um perito para a avaliação. "Agora nada mais disso é necessário", destaca. 

Mais adiante o texto considera que só existe uma divergência: a tributária:

Mas, de acordo com o consultor contábil Charles Tessmann, as divergências que ainda existem referem-se às diferenças nas legislações tributárias. Diversos pontos importantes foram alterados, inclusive a própria estrutura do balanço patrimonial e das demonstrações, suprindo-se algumas contas e criando outras nomenclaturas, ativo e passivo circulante e não circulante, por exemplo. "A avaliação do imobilizado, trazendo a valores de mercado através do laudo de reavaliação, é uma importante determinação", cita Tessmann, acrescentando que este laudo é a empresa quem tem a obrigação de passar para o contador. 

Continuando, o texto acusa o fisco de exigir que a contabilidade seja feita da forma antiga:

Mas, para Palácios, o posicionamento do fisco ao exigir que a apresentação dos dados para efeitos tributários seja feita da forma antiga é o que desestimula a adoção das normas internacionais. "Nenhumas dessas regras têm efeitos fiscais. Porque hoje se têm definido no Brasil dois balanços: um para efeito societário, que serve para distribuição de resultados e publicação, e outro para atender ao fisco", critica o vice-presidente. "Seria muito bom que a Receita Federal saísse de trás do muro", critica Palácios, ao defender novas regras e normatizações tributárias por parte do fisco. 

Fiquei estupefato com o texto, publicado num jornal de grande circulação, o Jornal do Comércio do Rio Grande do Sul. Minha sugestão para aqueles que acompanham a leitura deste blog é usar o texto com os amigos, alunos e professores para fazer um jogo do tipo “localizando os erros”. E bom divertimento.

Cooperação Brasil-Argentina - Capes

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou nesta segunda-feira, 22, os editais nº 32/2011 e nº 33/2011 relativos aos programas de Cooperação Internacional Centros Associados para o Fortalecimento da Pós-Graduação Brasil-Argentina (CAFP-BA) e de Cooperação Internacional Centros Associados da Pós-Graduação Brasil-Argentina (CAPG-BA).

Os programas são fruto de convênio de cooperação educativa entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Argentina sobre a Integração Educacional para a formação de recursos humanos de alto nível de pós-graduação.

CAFP-BA
Serão selecionados projetos de associação acadêmica, por meio de parceria universitária, entre pelo menos uma instituição de ensino superior (IES) brasileira e uma argentina para o fortalecimento de cursos de pós-graduação nos dois países.

Cada projeto de associação institucional deve se concentrar em uma área ou em áreas correlatas e envolver, pelo menos, um curso de pós-graduação de cada país, que atuará como entidade promotora ou receptora; contemplar, principalmente, a formação de pós-graduandos, o fortalecimento dos cursos de pós-graduação das entidades receptoras e o aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores vinculados à referida entidade receptora; entre outros requisitos.

As inscrições são gratuitas e efetuadas, até 28 de outubro, por meio do preenchimento de formulários e envio de documentos descritos no edital. Os projetos selecionados terão duração de dois anos, prorrogáveis por mais dois e estão previstos para ter início em janeiro de 2012.


CAPG-BA
O programa visa o incentivo à co-orientação de teses e eventual co-diplomação, com participação ativa dos docentes-pesquisadores nos programas de pós-graduação de ambos os países. Para isso, serão analisados projetos de parcerias universitárias nas diversas áreas do conhecimento com objetivo de fomentar o intercâmbio de estudantes de pós-graduação e o aperfeiçoamento de docentes, pesquisadores e professores visitantes, na mesma intensidade. As atividades realizadas nos projetos serão custeadas por meio da concessão de bolsas de estudo, diárias, recursos para material de consumo e passagens aéreas para docentes.

As inscrições são gratuitas e efetuadas, até 28 de outubro, por meio do preenchimento de formulários e envio de documentos descritos no edital. Os requisitos para participação também estão descritos no edital. Os projetos selecionados terão duração de dois anos, prorrogáveis por mais dois e estão previstos para ter início em janeiro de 2012.


Para mais informações: css@capes.gov.br

Postado por Isabel Sales. Fonte: Aqui.




Recessão e Mercado Acionário


O gráfico abaixo é muito instrutivo. Mostra as quedas no mercado acionário dos Estados Unidos e o comportamento da economia, desde 1951. A data da queda aparece na linha no ponto zero. Em cada uma das linhas, o comportamento da economia, trimestralmente, antes e depois da queda. Em todos os casos, após a crise na bolsa, a economia voltou a crescer. Com uma exceção: a crise de outubro de 2008, quando após a crise, a economia também perdeu fôlego.

Em vermelho escuro, a crise atual.

Fonte: The Economist

Rodízio

Sobre o rodízio dos auditores, Edward Wyatt (Accounting Board to Seek Comments on Rotating Auditors, 16 Agosto 2011)

“A razão para considerar o rodízio é que pode reduzir a pressão sobre o auditor no desenvolvimento e proteção de uma relação de longo prazo com o cliente, em detrimento do investidor e do mercado de capitais” diz James R. Doty, o Chairman de um comitê de contabilidade e advogado da idéia.

Mais adiante:

O relatório do GAO [General Accounting Office, agora Government Accounting Office], publicado em 2003, encontrou que a “obrigatoriedade de rotação de empresa de auditoria pode não ser o meio mais eficiente para assegurar a independência do auditor e a qualidade do auditor”. Empresas também encontraram que o custo do primeiro ano pode aumentar em 20 por cento pelo tempo gasto pelo novo auditor na empresa.

Ou seja, o custo da aprendizagem talvez não  torne interessante a adoção do rodízio. Entretanto, o texto ressalva que a proposta ainda está sendo considerada e é somente uma das três propostas. A segunda delas é a exigência de assinatura de um partner atestando as demonstrações contábeis.

No ponto de vista deste blogueiro, mais importante é a terceira proposta, que aumenta o escopo do parecer, e que já comentamos anteriormente aqui.

Livros Eletrônicos

A lei permitiu que as companhias abertas tivessem quase 100% de seus livros escriturados de forma eletrônica, o que facilitará não só a rotina da escrituração, mas também a análise em eventuais fiscalizações dos órgãos regulamentadores. 

Fonte: Jornal do Comércio – RS, via Informação Contábil

Economizando caixa

Em meio a reclamações de atrasos de pagamentos a funcionários e fornecedores, a Rede TV! está incomodando mais um parceiro comercial. A emissora não está pagando em dia a Espn pelos direitos de transmissão do campeonato inglês. Vale lembrar a filosofia de Amilcare Dallevo, exposta em entrevista para a Folha de S. Paulo na semana passada. Disse Amilcare sobre os atrasos de pagamentos na emissora: 


- Foi uma estratégia de caixa para comprar a parte do Marcelo (Marcelo Carvalho, sócio de Amilcare na Rede TV!).


Fonte: Aqui

Central de crédito (C3) estréia com R$ 80 bi

Após quatro meses de atraso, começa a funcionar na segunda-feira a tão esperada Central de Cessão de Crédito (C3), onde todas as operações de compra e venda de carteiras de crédito entre os bancos terão de ser registradas. A expectativa de governo e bancos é conferir maior transparência e, consequentemente, segurança às operações de cessão de carteira, fonte tradicional de captação de recursos de bancos pequenos e médios. Desde a descoberta do rombo bilionário no PanAmericano, a compra e venda de ativos de crédito entre bancos patina.

A C3 dá início aos trabalhos com 13,153 milhões de contratos de créditos já negociados em estoque, que contemplam 1 bilhão de parcelas e volume financeiro estimado em R$ 80 bilhões. Os bancos vinham alimentando o sistema desde março. Cerca de 60% dos ativos são créditos consignados em folha de pagamento e os 40% restantes, originados em financiamentos de veículos. No ano que vem, outras modalidades deverão ser incluídas no rol da C3, como créditos pessoal e imobiliário.





A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é que o atual saldo de R$ 80 bilhões em operações de cessão de crédito possa, em seis meses, passar para R$ 130 bilhões. Tal patamar marcaria a volta à “normalidade” do mercado de cessões, como no período anterior a novembro de 2010, quando estourou o escândalo do PanAmericano.

A cifra pode até ser maior, caso a segurança a ser conferida pela C3 não só ajude a expandir o volume de operações como também traga de volta a esse mercado bancos, sobretudo estrangeiros, que haviam parado de comprar carteiras. Até o momento, 55 instituições financeiras participam da C3 – 41 como vendedoras (cedentes) e 14 como compradoras (cessionárias).

A Febraban trabalha com um número potencial de 116 bancos participantes. “Instituições financeiras que nunca haviam atuado no mercado de cessão de crédito já vieram nos sondar”, observa Ademiro Vian, diretor adjunto de produtos e financiamento da entidade.

A C3 é operada pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), ligada à Febraban. O sistema cruza os dados de carteiras vendidas e, na outra ponta, de portfólios comprados, checando as informações. O objetivo é evitar a duplicidade na venda de ativos, como aquelas detectadas no escândalo do PanAmericano, assegurando que o comprador do crédito está, de fato, levando um ativo que não foi cedido para outro banco.

Por enquanto, dinheiro não circula pela C3, só papel. Mas, a partir de 21 de novembro, a CIP passará também a liquidar as transações financeiras das operações de cessão de crédito. O banco comprador terá o valor do negócio debitado eletronicamente e transferido para o banco vendedor. A custódia dos títulos de crédito poderá ser feita tanto pela CIP como pela Cetip.

A CIP também trabalha na adaptação da C3 para que as garantias dos financiamentos possam ser incluídas nas operações de cessão ainda no primeiro semestre de 2012. No caso de um financiamento de automóvel, por exemplo, cuja garantia é o veículo, a alienação do carro poderá ser transferida do banco financiador (que liberou o empréstimo) para o banco que eventualmente for comprar a carteira. Hoje, essa alternativa não existe. “Por isso que grande parte das cessões é feita com coobrigação”, diz Vian. “Como a garantia não acompanha a cessão, o banco comprador do crédito prefere dividir o risco.”

Além das cessão de crédito entre bancos, a C3 vai intermediar a compra e venda de ativos entre fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs). Esses fundos estão registrando participação na central de cessão aos poucos, por meio dos bancos que prestam serviço de custódia para eles. Boa parte da indústria – existem 334 FIDCs cadastrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com patrimônio total de R$ 60 bilhões – ainda não está com os sistemas adaptados para participar da C3, segundo Vian. Encontram-se registrados 2,9 milhões de contratos de FIDCs na central, com volume estimado em R$ 11,6 bilhões. “Dentro de 30 dias, a maioria dos fundos de recebíveis já deve estar apta.”

Por determinação do Conselho Monetário Nacional, todas as operações de cessão de crédito que envolvam empréstimos consignados e financiamentos de veículos, incluindo os ativos que estão em FIDCs, sejam registradas na C3.

Fonte: Aline Lima, Valor Economico

C3 encontra obstásculos

(...)Se por um lado a C3 vai dar mais transparência à cessão de crédito, evitando a duplicidade na venda de ativos, há, por outro lado, um conjunto de fatores que pode limitar o potencial de desenvolvimento desse mercado.

A investida mais forte de grandes bancos de varejo nos segmentos de crédito consignado e financiamento de veículos verificada do começo do ano para cá é um desses fatores. Aproveitando a brecha deixada pelas instituições pequenas e médias, que por conta da maior exigência de capital para empréstimos de longo prazo a pessoas físicas acabaram colocando o pé no freio nas concessões, alguns bancos como o Santander parecem ter mudado de estratégia, preferindo liberar crédito diretamente.

“Quando se compra crédito o cliente não está com você”, afirmou Marcial Portela, presidente do banco de capital espanhol, durante anúncio do resultado do segundo trimestre. Segundo o diretor de relações com investidores de um banco médio que preferiu não ser identificado, houve um deslocamento da compra de recebíveis para o Bradesco. “Só que ele [Bradesco] não vai conseguir suprir o mercado inteiro”, ressaltou.

Embora tenha diminuído o ritmo de compras, o Bradesco promete continuar como uma das instituições financeiras ainda mais ativas no mercado de cessões. “Sempre fomos fortes e seguiremos comprando créditos de bancos com os quais costumamos trabalhar”, disse há duas semanas ao Valor Domingos Abreu, vice-presidente do banco. “É uma questão de oportunidade, simples assim”, completou. O saldo de créditos adquiridos pelo Bradesco encerrou junho em R$ 6,443 bilhões, crescimento de 0,4% na comparação com março e de 42% em relação a junho de 2010. As compras se concentram em crédito consignado para pensionistas e aposentados do INSS.

Francisco Ferreira, diretor financeiro do Bonsucesso, especializado em crédito consignado, diz que a maior limitação encontrada para ceder créditos ao longo deste ano foi o próprio volume de negócios produzido pelo banco, apesar de Itaú Unibanco e Santander terem deixado de comprar seus ativos desde o escândalo do PanAmericano. As parcerias estão concentradas, agora, em três bancos, mas Ferreira se mostra otimista com a C3.

“Os grandes bancos têm potencial e capacidade para absorver mais ativos do que aqueles que estarão originando”, diz Ferreira. O Bonsucesso tem registrado na C3 um estoque de R$ 1,366 bilhão. No primeiro semestre, o banco cedeu R$ 870 milhões.

A entrada em vigor da resolução 3.533 do Banco Central (BC), que vai proibir, a partir de janeiro de 2012, a antecipação de receitas obtidas com a cessão de créditos feita com coobrigação – modalidade mais usual, em que o risco de crédito é dividido entre comprador e vendedor – poderá ser outra restrição no caminho da C3.

A aposta de parte do mercado financeiro é que as cessões feitas sem coobrigação (nas quais o risco de crédito é totalmente transferido ao comprador) passem a ganhar mais espaço. Segundo Renato Oliva, presidente da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), que reúne bancos pequenos e médios, a cessão sem coobrigação já deve representar cerca de 30% do mercado. “O que vai diferenciar uma da outra é preço”, conclui.

Com isso, espera-se maior transparência e segurança nesse mercado, capaz de evitar que uma mesma operação de crédito seja vendida mais de uma vez, como era prática comum no banco que pertencia ao empresário Silvio Santos.

A C3 estreia com um estoque de 13 milhões de contratos e R$ 80 bilhões em volume financeiro – 60% de crédito pessoal com desconto em folha de pagamento e 40% de financiamento de veículos. A Febraban espera que a central ajude a restabelecer a cessão, uma das principais fontes de financiamento dos bancos menores e que patina desde dezembro.

Fonte: Aline Lima, Valor Economico

Lucro e Valor


O lucro da Petrobrás no último trimestre foi de 7 bilhões de dólares, um pouco abaixo do lucro da Apple, de 7,3 bilhões. A Vale teve um lucro no período de 6,5 bilhões, superior ao da Microsoft, de 5,8 bilhões.

Quando se compara o resultado anual, o lucro da Petrobrás foi de 19,81 bilhões e o da Apple 23,61 bilhões de dólares. Já Vale teve um lucro de 25,23 bilhões, acima do lucro de 23,15 da Microsoft (Fonte: Wolfram Alpha). Apesar do lucro anual da Vale ser superior ao das estrelas de tecnologia, o valor de mercado é inferior: 134 bilhões versus 201 da Microsoft ou 330 da Apple. A Petrobras tem um valor de mercado de 177 bilhões (ainda segundo a Wolfram Alpha).

O que justifica esta diferença? Parte se deve ao fato de lucro não significar necessariamente valor. Mas a principal explicação diz respeito ao fato de que as empresas brasileiras possuem uma taxa de desconto superior a Apple e Microsoft. Isto pode ser decorrente de fatores inerentes as empresas ou ao ambiente onde estão inseridas. No primeiro caso, a gestão profissional, e não política, da Apple e Microsoft faz com que a segurança dos acionistas seja maiores que na Petrobras e Vale. No segundo caso, o risco país dos Estados Unidos é muito menor que o risco do Brasil. O risco país irá refletir na taxa de desconto de uma maneira muito simples: maior o risco do país -> maior a taxa de desconto -> menor o valor presente do fluxo de caixa -> menor o valor.

Assim, a comemoração de elevados lucros de empresas brasileiras ainda é tímida, pois não afeta, de forma mais expressiva, o valor das empresas.

22 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Musical Batman Forever

O custo de vida está cada vez mais maior?

Por Pedro Correia

Segundo o professor Steve Horwitz, um mito econômico contemporâneo é que o custo de vida para os americanos vem subindo de forma consistente desde o século passado.Em verdade, os preços são mais altos hoje do que eram há 100 anos. Não obstante, os preços de hoje foram impactados pela inflação. Uma forma de evitar distorções inflacionárias é observar a quantidade de horas de trabalho necessárias para comprar determinado bem ou serviço. Usando este critério, Horwitz mostra que a maioria dos bens e serviços nunca foram tão barato. A queda acentuada do custo de vida nos últimos 100 anos demonstra a força da competição nos mercados, pois as empresas são incentivadas a inovar, produzir com mais eficiência, reduzir custos etc.




Quanto custa o Iphone 4?

Por Pedro Correia


O Iphone é um dos produtos mais importantes para o faturamento da Apple. A empresa não fabrica qualquer um dos componentes e sequer faz a montagem do produto final - toda a produção é terceirizada,com a participação da Samsung, Foxconn, Micron, a Texas Instruments, AKM Semiconductor.

A figura abaixo mostra qual é o custo e origem de cada componente do Iphone.É interessante notar que, a Samsung, uma das maiores concorrentes da empresa de S.Jobs,é a que mais contribui para a construção do telefone. A atuação da Samsung como fornecedor de componentes para outras entidades, lhe proporciona uma eocnomia de escala ,e por consequência, a diminuição dos custos de produção de seus próprios produtos. Por outro lado, a estratégia da Apple é terceririzar a produção de componentes e montagem, pois isso a deixa livre para se concentrar nos seus pontos fortes: o design elegante, desenvolvimento de de hardware, software e serviços.

Segundo Nicholas Jackson,o preço médio de venda do iPhone 4 é de 560 dólares. Desse total, 7 dólares cobrem o custo de fabricação, $ 178 vai para os componentes,$ 7 fica com a Foxconn, e a Apple fica com 368 dólares. Esta análise é um tanto simplista, pois não considera outros gastos envolvidos na venda até o conumidor final, como: embalagem, transporte, publicidade, despesas gerais de varejo, os investimentos em pesquisa e processos de desenvolvimento de software do iPhone e os aplicativos da Apple.Estes são gastos adicionais significativos que precisam ser considerados antes da "fatia" da Apple.

Fonte: aqui

21 agosto 2011

Rir é o melhor remédio




Novas evidências de incetivos para a doação de sangue

Por Pedro Correia

A recompensa financeira para algumas pessoas doarem sangue, enquanto outros recebem apenas um superficial obrigado, é suficiente para afastar os doadores altruístas. Este artigo analisa dados de 15 países europeus e mostra que no caso de recompensas não-financeiras o resultado é diferente.Segue o resumo:

The issue of the nature of the altruism inherent in blood donation and the perverse effects of financial rewards for blood and/or organ donation has been recently revisited in the economic literature with limited consensus. As Titmuss (1970) famously pointed out, providing monetary incentives to blood donors may crowd out blood supply as purely altruistic donors may feel less inclined to donate if a reward is involved - in addition to having the effect of reducing blood quality. In this paper we take a different approach by focusing on the nature of the rewards. That is, we examine how favouring different types of incentives are related to the likelihood of donating blood by exploiting a large sample representative of 15 European countries in 2002. Our results show that donors are less likely to favour monetary rewards for blood donation but are more likely to favour non-monetary ones. This is consistent with the idea that while monetary rewards may crowd out blood donation, non-monetary rewards do not.

Curso


Estão abertas as inscrições para o Curso de pós-graduação Lato Sensu em Mercado Financeiro e Investimentos, a ser ministrado pelo Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília.

Coordenador do Curso: Prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa

Inscrições até o dia  22 de agosto de 2011.

Telefones: (061) 3107-0795/96/97/98

20 agosto 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui. Enviado por Ednilto, grato. 

Bloqueio de escritor

Por Isabel Sales

Nas últimas semanas conversamos sobre alguns problemas que criam o bloqueio de escritor: depressão, impaciência, perfeccionismo e procrastinação.

Eu terminei recentemente a minha dissertação e, infelizmente ou não, passei por todos os estágios descritos. Tive problemas pessoais, perdi uma pessoa importante, surtei, travei, chorei. Como ajuda de experiências pessoais acrescento aos relatos de Peg Boyle que:

-Se eu não tivesse me pronunciado e falado com alguém que eu estava com problemas, não teria recebido o apoio necessário para superar certas limitações que não caem bem com a pós-graduação.

- Se eu não tivesse marcado de estudar com uma amiga e ela não me desse bronca nos dias em que tentei faltar (é natural ficar cansado, mas a rotina é essencial), não teria produzido tanto. Então acredite no poder do parceiro de estudos, mesmo que o trabalho de vocês seja completamente diferente.

- Se eu não fizesse um relato praticamente diário para um bom amigo, que não entendia nada de contabilidade, mas sabia observar o meu progresso, também teria enrolado outras tantas vezes. Só de pensar em prestar contas eu apertava o passo.

- Se eu não conversasse com o meu orientador para que ele entendesse o que eu estava passando e assim pudesse me ajudar, meu trabalho seria desastroso. Comunicação sem ruídos é fundamental. Inclusive, cheguei até a marcar reunião com ele, de quem me tornei fã indiscutível, sem uma pauta específica, somente por saber que conversar sobre o trabalho iria me reanimar.

- Por fim, em outras circunstâncias eu negaria isso até a morte, mas vou confessar a vocês, meus queridos leitores, que colei frases de incentivo por todo o meu local de estudo (com direito a colagem e glitter). Também peguei o hábito de ir rascunhando os agradecimentos, epígrafe, qualquer pedacinho do trabalho porque às vezes isso me colocava no embalo para escrever as seções. Não deixem a revisão da escrita, das normas ABNT (ou as que se aplicarem à sua instituição) para a última hora. Utilize isso como fuga quando não conseguir escrever o referencial ou analisar os resultados.

Por fim espero que as postagens sobre bloqueio de escritor os ajudem. Tenham uma ótima produção científica!

Informação

Laplace e Poincaré reconheceram que, às vezes, a informação de que dispomos para aplicar as leis de probabilidade é pouca demais. Certa vez, em uma conferência de investimentos profissionais, um amigo passou-me uma nota com os seguintes dizeres:

A informação de que você dispõe não é a informação que você deseja.
A informação que você deseja não é a informação necessita.
A informação que você necessita não é a informação que você consegue obter.
A informação que você consegue obter custa mais do que você deseja pagar.

Podemos reunir grandes e pequenas porções de informação, mas nunca conseguimos juntar todas as peças. Nunca conhecemos ao certo a qualidade de nossa amostra. Essa incerteza é o que torna tão difícil chegar a julgamentos e tão arriscado agir baseados neles. Não podemos sequer ter 100% de certeza que o Sol nascerá amanhã de manhã: os antigos que previam esse evento trabalharam com uma mostra limitada da história do universo.

Fonte: Against the Gods: The Remarkable Story of Risk; pp.202.

Por que o engenheiro tem prestígio?

O que executivos de áreas tão distintas como Henrique Meirelles, do Bank-Boston, Paulo Zotollo, da Nívea, Fernando Terni, da Intelig, e Maurício Botelho, da Embraer, têm em comum? Além de terem alcançado o topo mais alto de suas carreiras, os quatro são engenheiros. Coincidência? Longe disso. Competência eles, sem dúvida, já mostraram que têm de sobra, mas a formação em engenharia os ajudou a chegar aonde eles estão e lhes deu habilidades que muitos administradores sonham ter. "Eles sabem resolver problemas como
ninguém", diz o headhunter Luis Carlos Cabrera, diretor da Panelli Mota Cabrera. "Na prática, isso quer dizer que não desistem de encontrar uma solução, não se contentam com os dados aparentes, têm uma ordem
lógica para trabalhar".

Não é de hoje que os engenheiros estão fazendo carreira em grandes empresas. Trata-se de um fenômenoparcialmente explicado pelo fato de as faculdades de administração brasileiras serem relativamente recentes. "Por causa da disciplina e da visão de planejamento, eles sempre se saíram bem na alta cúpula das empresas", diz Paulo Helene, coordenador dos cursos de pós-graduação da Escola Politécnica de Engenharia, da Universidade de São Paulo. Dos 600 engenheiros formados todo ano pela Poli, uma das escolas mais conceituadas do país, quase metade vai trabalhar em áreas que, aparentemente, nada têm a
ver com que estudaram na faculdade. Não é difícil encontrá-los em consultorias ou em grandes bancos. O mesmo acontece com cerca de 40% dos formados de outra escola de primeira linha do país: o Instituto de
Tecnologia da Aeronáutica (ITA), em São Paulo. A Michel Page, uma empresa inglesa de recrutamento, ajudou a contratar, no ano passado*, 5000 desses profissionais para cargos de gerência no mundo todo. A procura tem sido tanta que a consultoria criou recentemente uma divisão especial para atender à demanda por engenheiros.

O que eles têm que os outros não têm? Mesmo com o prestígio que as escolas de administração ganharam nas últimas duas décadas, os formados em engenharia não saíram de cena. A partir dos anos 80, eles começaram a disputar espaço com os administradores, mas nem por isso perderam a força. "Em industrias que têm a engenharia como core business, eles sempre estiveram em alta", diz Oliver Lemaitre, diretor da Michel Page. Nos outros
segmentos, o espaço passou a ser mais disputado depois da ascensão dos administradores, mas o prestígio não. O mercado continua precisando de gente que raciocine de maneira estruturada - e isso os engenheiros fazem como ninguém. "Essa habilidade falta em muitos administradores, que geralmente
recorrem ao feeling", diz Carlos da Costa, diretor do Ibmec, em São Paulo. Que ninguém duvide que a intuição é uma arma poderosa na hora de tomar decisões. "Até hoje, a única pessoa que ganhou dinheiro unicamente com feeling foi o Morris Albert, que cantava aquela música Feelings", brinca Costa.


Algumas competências dos engenheiros são perfeitas para quem ocupa postos de comando:

*Exatidão - engenheiros não lidam com margem de erro, aquela possibilidade de dar tudo errado. Ao olhar um problema, identificam todas as variáveis e questionam os dados até achar a resposta certa. Com eles,chute não tem vez.

*Lógica - quantos táxis há em Nova York? Quantas bolinhas de pingue-pongue cabem em um Boeing 737? Um engenheiro dificilmente perde a cabeça diante de perguntas como essas, típicas de entrevistas de recrutamento. "Antes de chegar a alguma conclusão sobre o todo, você quebra em pedacinhos, analisa cada um e então monta tudo e resolve a questão", diz o headhunter Ricardo Rocco, diretor da Russell Reynolds.Ele sabe o que está falando: é formado em engenharia mecânica e aeronáutica.

*Raciocínio analítico - engenheiros aprendem a pensar de maneira estruturada e têm capacidade de abstrair e criar fórmulas para chegar a uma resposta, mesmo com informações incompletas.


*Autodidatismo - pergunte a um engenheiro formado em uma escola de primeira linha sobre apostilas que ele usou no curso. "Do que é que você está falando?", ele deve responder. Uma característica marcante das boas faculdades de engenharia, que aparece também em escolas de outras áreas, é que os alunos não recebem nada mastigado, condensado em apostilas. "Eles precisam correr atrás da matéria, conseguir as informações sozinhos. Essa é uma das maiores contribuições da faculdade, diz o professor Roberto Nasser, coordenador de orientação vocacional do Colégio Bandeirantes, em São Paulo.


*Familiaridade com números - com tantas informações e dados ao alcance de todos, a capacidade de lidar com matemática e com estatística tornou fundamental para um bom gestor. "E os cursos de administração
não oferecem esse conhecimento matemático avançado", diz Costa.

Além da engenharia

Como nada é perfeito e nenhum profissional é completo - ao menos quando sai da faculdade, engenheirostambém precisam preencher lacunas em sua formação. Para o professor Helene, a principal falha é a fraca base humanística. Por isso é que o profissional de que estamos falando não pode parar de estudar.
Administração, economia e psicologia são áreas recomendadas para quem quer ir além. Nesses cursos, é possível aprender técnicas de negociação, liderança e conhecimentos de marketing. Claro que características pessoais também estão em jogo. Uma pessoa tímida dificilmente vai mudar sua postura em
algumas aulas. Fica difícil para qualquer profissional, até para um engenheiro, chegar à cúpula de uma empresa sem vender bem seu próprio peixe ou conseguir conversar de igual para igual com quem está abaixo do organograma. Há quem diga que isso também se aprende. Mas os engenheiros já descobriram
que não é na faculdade.


Fonte: "O engenheiro que virou CEO" da revista VOCÊ S.A. de setembro de 2001.

Rodízio de auditoria nos EUA, provavelmente, será rejeitado

Se os reguladores dos Estados Unidos tivessem que decidir hoje pela adoção ou não do rodízio obrigatório de firma de auditorias, a medida seria rejeitada.

Essa é a leitura que o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) faz a partir dos comentários públicos feitos pelos membros do PCAOB (sigla em inglês para Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas), ao colocar o tema em discussão na terça.

“Depois de ler os comentários e de conversar com várias empresas de auditoria aqui e no exterior, a nossa conclusão é de que, se tivesse uma votação para aprovar o rodízio hoje, isso não passaria”, diz Idésio Coelho, diretor técnico do Ibracon e sócio da Ernst & Young Terco.

Apesar de os cinco membros do PCAOB terem votado a favor da audiência pública sobre o rodízio obrigatório, é possível notar que o entusiasmo em torno da medida varia bastante.

Advogado e contador, Daniel Goelzer é o membro mais antigo do PCAOB e também o mais claro sobre sua posição atual. “Eu tenho sérias dúvidas se o rodízio obrigatório é uma maneira prática ou viável em termos de custo para fortalecer a independência do auditor”, diz ele no seu comentário, disponível na internet.

O contador Jay Hanson também sinaliza como encara o lançamento da audiência pública. “Eu vejo essa audiência mais como um meio de juntar informação e estimular a discussão do que como um passo para uma nova norma de auditoria”, diz ele.

Do outro lado, o principal patrocinador da medida parece ser o presidente do PCAOB, o advogado James Doty. Para ele, o fato de as inspeções do órgão nem sempre ligarem uma falha específica à falta de objetividade do auditor não significa que o trabalho não foi afetado pelo conflito de interesse gerado pela relação comercial entre as partes. “Ao contrário, nossa experiência ensina que essas pressões e incentivos são poderosos e persuasivos.”

Em relação aos argumentos de custo de troca de auditoria e também dos riscos de problemas de auditores novos conhecerem menos a empresa a ser auditada, Doty cita um dado, da consultoria Glass Lewis, de que mais de 6,5 mil empresas abertas dos EUA, equivalente a mais da metade delas, trocou de auditor voluntariamente entre 2003 e 2006. “Como os auditores dessas empresas lidaram com essas mudanças? A curva de aprendizado e o custo envolvido em trocas de auditor não podem ser tratados como mares não navegados.”

Também membro do conselho, o advogado Steven Harris parece mais alinhado ao presidente. Em sua argumentação ele cita diversos casos em que as inspeções do PCAOB encontraram evidências de falta de ceticismo profissional e nota que esse problema foi manifestado por investidores e também por reguladores de países como Reino Unido, Austrália, Canadá e Alemanha.

O desempate, que hoje aparentemente seria contrário à rotação, vem do advogado Lewis Ferguson. Ele reconhece o problema de falta de ceticismo, mas cita os custos do rodízio e termina seu discurso com uma máxima de Hipócrates – “acima de tudo, não prejudicar” -, sugerindo que, se não há como resolver um problema, talvez seja melhor não criar novos.

Na visão de Coelho, do Ibracon, a discussão do PCAOB tem como meta encontrar maneiras para melhorar a objetividade, o ceticismo e a independência do auditor. Nesse sentido, ele acredita que haverá comentários no sentido de aperfeiçoar a atuação dos comitês de auditoria e os programas de educação continuada e também de limitar a contração de serviços que não de auditoria.

Sobre a discussão aberta no Brasil acerca da criação de comitês de auditoria e prazo de rodízio, a Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) se manifestou na audiência pública da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela manutenção do prazo de cinco anos para troca obrigatória, de forma contrária à proposta de estender o limite para dez anos para aquelas que criem comitê. “É importante evitar acomodação e que haja aprimoramento de metodologias e critérios”, diz Edison Garcia, presidente da Amec.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

19 agosto 2011

Evento

O Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília - UnB realizará o seminário, CONTABILIDADE & PREVIDÊNCIA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS, com o intuito de dar boas vindas aos calouros do segundo semestre de 2011. O seminário em tela está pautado nas seguintes áreas: Contabilidade, Atuária e Previdência. No evento, serão proferidas palestras com pessoas renomadas e conhecedoras do tema, possibilitando que a comunidade acadêmica tenha a oportunidade de compreender melhor a importância da Contabilidade e da Atuária para a previdência social. O evento será realizado no dia 1 de setembro de 2011. A abertura oficial está marcada para as 19h. Público-Alvo: Contadores, Economistas, Administradores Públicos, Advogados, Alunos, Professores, Pesquisadores e pessoas interessadas em contabilidade, atuária e previdência. Local de Realização: Auditório Joaquim Nabuco - UnB/FACE/CCA Prédio da Face, Térreo Campus Darcy Ribeiro – Asa Norte Inscrições até 01.09.2011, na secretaria do CCA ( 300 vagas limitadas): Secretaria do Curso de Ciências Contábeis – CCA/FACE Prédio da Face - Campus Darcy Ribeiro – Asa Norte Brasília/DF CEP 70910-900 Tel. (61) 3107-0795 Obs.: Solicitamos para o dia do evento contribuição dos participantes com FRALDAS GERIÁTRICAS, que serão doadas para Instituições de Longa Permanência para Idosos. Responsáveis pela realização do seminário: Profa. Dr. Fátima de Souza Freire ffreire@unb.br (61) 3107-0809 Prof. Msc. Abimael de Jesus Barros Costa acosta@unb.br (61) 3107-0809

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 516

Veja o seguinte texto de Ribamar de Oliveira (Valor 4 de Agosto):

O principal impacto sobre o Orçamento da União em 2012 será o provável aumento de 14% para o salário mínimo, a partir de janeiro. Esse percentual foi estimado com base em uma inflação de 6% este ano, medida pelo INPC, multiplicada pelo aumento real de 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em2010. 


O valor do mínimo passaria dos atuais R$ 545 para R$ 621 - um aumento de R$ 76. 


Como ele chegou aos 14%? Está certo?

(P.S. Estou republicando pois faltou a pergunta)

Resposta do Anterior:  Inventou o Chiclete. Fonte: aqui

Leituras de sexta

Por Pedro Correia

Humberto Eco responde à seguinte questão: O livro vai acabar? Segue um trecho:

“The Internet has returned us to the alphabet … From now on, everyone has to read. In order to read, you need a medium. This medium cannot simply be a computer screen.” The implication of Eco’s logic is clear. E-books have their place in the world of letters, but not necessarily one of total dominance. “One of two things will happen,” Eco continues in his march of logic. “Either the book will continue to be the medium for reading, or its replacement will resemble what the book has always been, even before the invention of the printing press. Alterations to the book-as-
object have modified neither its function nor its grammar for more than 500 years. The book is like the spoon, scissors, the hammer, the wheel. Once invented, it cannot be improved.”

Quando as ideias de uma maioria conquistam uma minoria? Scientists at Rensselaer Polytechnic Institute have found that when just 10 percent of the population holds an unshakable belief, their belief will always be adopted by the majority of the society. The scientists, who are members of the Social Cognitive Networks Academic Research Center (SCNARC) at Rensselaer, used computational and analytical methods to discover the tipping point where a minority belief becomes the majority opinion. The finding has implications for the study and influence of societal interactions ranging from the spread of innovations to the movement of political ideals.

“When the number of committed opinion holders is below 10 percent, there is no visible progress in the spread of ideas. It would literally take the amount of time comparable to the age of the universe for this size group to reach the majority,” said SCNARC Director Boleslaw Szymanski, the Claire and Roland Schmitt Distinguished Professor at Rensselaer. “Once that number grows above 10 percent, the idea spreads like flame.”

Resumo e análise de Roberto Ushisima acerca deste artigo sobre a inflação e o retorno das ações: O artigo analisa a relação entre inflação e o retorno nominal das ações em diversos países. A relação esperada é que maior inflação resulte em maiores retornos, não porque inflação seja benéfica para as ações, simplesmente porque os fluxos de caixa esperados aumentam com o aumento no nível geral de preços. Pensando em lucro, se receitas e custos crescerem com a inflação, de preferência a taxas parecidas, isso fará com que o lucro aumente, o dividendo e o preço das ações também por consequência. Isso não significa necessariamente que a situação do investidor estará melhor, já que o mais importante é o retorno real.

Damodaran disserta sobre as consequências de um default implícito ou explícito:

The talk of default is all around us, as we watch Greece and Italy struggle with impending disaster and the fight over debt limits in the United States fills the airwaves. But what is default? What are the consequences? And given a choice, when is default the best option?

Excelente estudo produzido pelo coordenador do Núcleo de Real Estate da Poli-USP (NRE) sobre o mercado imobiliário brasileiro:

Já tenho escrito que bolhas de mercado não podem ser projetadas, nem em escala de valorização inadequada, nem em prazo para aparecer e desvanecer. Todavia, é possível identificar conformações de mercado, nas quais certas evidências emitem alerta de formação de bolha, cujo resultado, esse sim previsível, será a migração do valor de ativos precificados acima do seu patamar justo para baixo, penalizando as poupanças equivocadamente abrigadas em certos imóveis.

Os preços dos imóveis residenciais e comerciais, estes mais, têm crescido no mercado brasileiro além do que é explicável pela sua estrutura de custos. Preços crescentes não são sinônimos de bolha, mas preços crescentes sem explicação na estrutura de custos são efeitos de desorganização do mercado e identificam a ocorrência de bolha.

Preços crescentes não são causas de bolha, mas são efeitos de existência de demanda desarticulada de mercado, influenciada pela sensação de que o produto de real estate, mesmo prejudicado pelos seus atributos de rigidez e liquidez, representa um ativo no qual é possível fazer posições especulativas de curto prazo com expectativa de resultados expressivos.


Entrevista com o historiador Niall Ferguson sobre as seis vantagens do Ocidente em relação ao "resto" do mundo:Ferguson’s recently released Civilization: The West and Rest (reviewed by Oliver Cussen in issue 15.6) seeks to return a focus to grand historical narrative, answering what Ferguson considers to be the most interesting question of Western historiography: how 11 empires came to control 58% of the world’s land surface and 79% of economic output. Ferguson enumerates six advantages—or “killer apps”—of the West: competition, science, property rights, medicine, consumerism, and work ethic. Together, they allowed the West to pull ahead of the “Rest”; however, Ferguson warns, these advantages are no longer the West’s preserve. Just as Westerners are beginning to lose faith in their cultural institutions, Easterners are “downloading” the apps that once created the conditions for Western supremacy. The 21st century, Ferguson concludes, may be defined by the precipitous decline of the West and the ascendancy of the East.


Rodízio de auditoria

A autoridade americana que regula os auditores está considerando formalmente a possibilidade de forçar as companhias abertas a substituir rotineiramente as firmas que auditam suas demonstrações financeiras.

O Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB) decidiu anteontem, por cinco votos a zero, abrir um período de comentários públicos sobre a ideia de estabelecer limites de duração para as auditorias. Os proponentes afirmam que essas restrições poderão eliminar a influência inadequada que as empresas podem exercer no longo prazo sobre seus auditores.

“A associação prolongada das grandes firmas de auditoria com seus grandes clientes é uma questão que precisa ser resolvida para que o PCAOB possa cumprir sua missão”, disse o presidente do órgão, James R. Doty, antes da votação.

O rodízio obrigatório dos auditores deveria ser considerado por causa “do tamanho, complexidade e risco sistêmico encontrados hoje na população de emissores”, disse Doty.

Das chamadas “Big Four”, as quatro maiores firmas de auditoria e contabilidade do mundo, a PricewaterhouseCoopers (PwC) não quis comentar a votação. A Deloitte & Touche, a Ernst & Young e a KPMG também não quiseram fazer comentários individuais, alegando que suas respostas virão por meio do Center for Audit Quality, um grupo que defende os interesses do setor em Washington.

“Conforme observado por vários membros do conselho, uma análise de custo-benefício deve ser uma parte central do projeto”, disse em um comunicado Cynthia Fornelli, diretora-executiva da associação. Mesmo com uma votação unânime, membros do conselho demonstraram reservas que poderão colocar em dúvida a eventual adoção do rodízio obrigatório.

“Tenho sérias dúvidas de que o rodízio obrigatório seja uma maneira prática ou eficiente do ponto de vista dos custos para fortalecer a independência”, disse o membro do conselho Daniel L. Goelzer, ontem. “O rodízio de firmas não será barato para as empresas americanas.”

A medida do conselho limitaria o número de anos consecutivos que uma firma de auditoria poderá trabalhar para um cliente. Ele combateria “a pressão que os auditores enfrentam para desenvolver e proteger as relações de longo prazo com os clientes, em detrimento dos investidores”, disse Doty.

O conselho disse que está aberto a ideias alternativas que venham a estimular a independência dos auditores.

O PCAOB, uma organização sem fins lucrativos autorizada pela Securities and Exchange Commission (SEC) como autoridade reguladora das firmas de auditoria que trabalham com companhias abertas americanas, vai recolher comentários públicos por 120 dias, analisando-os na preparação para outra reunião em março.

Martin Baumann, auditor-chefe do conselho, observou que o pessoal de pesquisa e análise do PCAOB até agora “não encontrou correlação entre as falhas de auditoria e a duração do período que as auditorias trabalham com as empresas”.

O Sistema de Aposentadoria dos Servidores Públicos da Califórnia e a administradora de fundos de pensão Tiaa-Cref, de Nova York, estão entre as instituições que já aplicam o rodízio, segundo o PCAOB.

Fonte: Jesse Hamilton, Bloomberg, Valor Economico

Rodízio de auditoria 2

Com os Estados Unidos abrindo a discussão sobre a aplicação do rodízio obrigatório de auditorias naquele país, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ganhou um aliado de peso na sua batalha para defender a troca periódica em vigor para as companhias abertas não financeiras no Brasil.

Um dos principais argumentos daqueles que são contra o rodízio – incluindo auditores independentes e empresas – é o fato de a rotação obrigatória de firmas ser uma espécie de jabuticaba, que só existe no Brasil e, no caso do rodízio, também na Itália, entre os países de maior peso na economia global.

Esse ponto é citado na carta enviada pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) à CVM no início desta semana, como comentário à recente audiência pública aberta pela autarquia sobre o tema.

A minuta proposta pela autarquia tem como objetivo induzir as companhias abertas a constituir um comitê de auditoria estatutário em troca de um prazo mais longo para o rodízio de auditor externo. Para essas empresas, o período de rotação subiria de cinco para dez anos.

Embora esse fosse o desejo dos auditores, a proposta da CVM não coloca em questão a desistência da troca obrigatória, sendo que o próximo giro deve ocorrer em 2012. “Não pensamos em mudar a figura do rodízio. Falamos só do prazo, no caso de haver o comitê, mas não da prática em si”, diz Alexsandro Broedel, diretor da CVM, sobre a minuta.

Na carta enviada à autarquia, o Ibracon propõe que empresas que criarem comitês de auditoria sejam dispensadas do rodízio.

Nesse caso, a decisão do PCAOB (sigla em inglês para Conselho de Supervisão de Contabilidade de Companhias Abertas) de discutir o tema também favorece o argumento da CVM, já que lá o rodízio não seria uma opção ao comitê, mas se somaria a ele. “Estamos na mesma tecla, a preocupação é exatamente a mesma”, afirma Broedel, lembrando que na União Europeia o tema também foi colocado em audiência pública. Na Europa, a maior parte dos comentários recebidos foi contrária à prática.

Uma ideia que surgiu foi o estabelecimento de contratos de longo prazo, sem possibilidade de rescisão, dando estabilidade ao auditor por alguns anos.

Nos Estados Unidos, a última vez que o rodízio foi discutido foi na época da edição da lei Sarbanes-Oxley, em 2002. Entre outras coisas, a lei criou o próprio PCAOB e também obrigou as companhias abertas a constituir comitê de auditoria.

Em 2003, o General Accounting Office (GAO), órgão ligado ao congresso americano que supervisiona as contas públicas, disse aos reguladores que seria importante ter alguns anos com a experiência de se ter os comitês de auditoria e também o trabalho de fiscalização do PCAOB para então concluir sobre a necessidade de rodízio obrigatório.

É com base nesse argumento que o PCAOB traz o tema novamente ao debate. Nesses quase dez anos, o órgão fez 1,7 mil inspeções detalhadas e examinou parcialmente mais de 7,25 mil trabalhos de auditoria, o que se considera experiência suficiente.

No trabalho de supervisão, o PCAOB encontrou centenas de falhas nos trabalhos de auditorias, diz o advogado James R. Doty, presidente do órgão.

Embora não divulgue estatísticas, Doty diz que a falta de independência, objetividade e de ceticismo são apontados com frequência nas fiscalizações. “Quando se vê auditores vendendo seu serviço para potenciais clientes como ‘parceiros para dar suporte e ajudar’ os clientes ‘a atingir suas metas’, é difícil não se perguntar se essa mentalidade contribuiu para algumas dessas falhas de auditoria”, afirma ele.

Basicamente, a discussão gira em torno do conflito gerado pelo fato de que é o cliente que paga pelo serviço do auditor.

O PCAOB levanta a questão se, com o rodízio, o auditor pode ser mais independente dessa relação comercial, já que ele não precisa se preocupar em manter o cliente por um longo prazo.

Do outro lado, os críticos da prática falam dos custos que a mudança gera e também do aumento do risco de problemas nos pareceres de auditoria – que teriam sido verificados em estudos acadêmicos -, uma vez que haveria uma curva de aprendizagem do novo auditor.

Na manifestação de voto dos cinco membros do PCAOB, é possível notar que alguns se mostram mais favoráveis à implantação do rodízio, enquanto outros veem mais mérito na discussão sobre o tema e nas sugestões que podem surgir durante o debate.

Na primeira rodada de inspeção feita nas divisões brasileiras de PwC, Deloitte, Ernst & Young e KPMG, as quatro grandes, o PCAOB encontrou falhas no trabalho de todas. Mas nenhum balanço teve que ser republicado.


Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

Superfaturamento Oculto

Uma dúvida atormentou por muito tempo as melhores cabeças da Policia Federal. Ao investigarem quadrilhas envolvidas em obras públicas, policiais deparavam frequentemente com um quadro incompreensível. Tanto nas conversas telefônicas interceptadas quanto nos e-mails apreendidos, era comum flagrar empresários e executivos falando sobre desvio de dinheiro, pagamento de propina a funcionários públicos, remessas para o exterior por meio de caixa dois e demais assuntos que compõem o repertório clássico da corrupção que emerge sempre que entre o dinheiro público e um fornecedor privado de produtos ou serviços existe um intermediário desonesto.

Mas, mesmo com a certeza de estarem diante de um crime, os investigadores muitas vezes não conseguiam responder a uma pergunta crucial: de onde vinha o ganho dos criminosos? Isso porque, apesar das evidências gritantes de falcatrua, quando os agentes da policia analisavam os contratos firmados entre as empresas e os órgãos públicos, chegavam à conclusão de que os preços que elas cobravam estavam dentro dos limites legais - ou seja, não havia superfaturamento. Ora, se não havia superfaturamento, não havia ganho ilegal e; se não havia ganho ilegal, todo o resto deixava de fazer sentido.

Em março, a dúvida dos investigadores deu lugar a uma explicação cristalina. Depois de dois anos de análise minuciosa de contratos públicos, levantamento de notas fiscais, checagem de custos de 554 compras empreendidas em obras do governo e visitas in loco de algumas dezenas de canteiros de obras, peritos da PF descobriram o “pulo do gato” - ou, mais apropriadamente neste caso, do rato. O truque pode ser chamado de “superfaturamento oculto”.

Para entender essa criação genuinamente brasileira, é preciso fazer um rápido mergulho no mundo das licitações. Há muito tempo, o governo federal é cobrado a estancar o desperdício que mina dos contratos de obras públicas e corrói seus cofres. Para dar uma resposta a isso, desde 2003 a Lei de Diretrizes Orçamentárias passou a exigir que os órgãos públicos, antes de fazer qualquer pagamento, observem as tabelas oficiais de referência de preços. Essas tabelas, formuladas em conjunto por diversos órgãos do governo, contêm os valores médios dos principais materiais de construção e insumos usados em obras de engenharia civil. A primeira delas chama-se Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). A segunda, Sistema de Custos Rodoviários (Sicro). Há oito anos, seu uso é obrigatório. Muito bem. Para órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União, um preço só é classificado como “superfaturado” se estiver acima dos valores constantes do Sinapi e do Sicro. Tudo o que estiver dentro do limite das tabelas é considerado legal.

O que a PF descobriu, e que causa espanto, é que as duas tabelas oficiais já trazem preços muito superiores aos praticados pelo mercado. Uma rápida pesquisa realizada pelos peritos policiais no comércio revelou que os preços dos produtos mais usados em obras de engenharia estão, em média, 20% mais altos do que deveriam.


Fonte: Fernando Melo - Revista VEJA

Discurso do Obama

“O fato de que estamos aqui hoje para debater o aumento do limite da dívida americana é um sinal de fracasso das nossas lideranças. É um sinal de que o governo dos Estados Unidos não pode pagar suas próprias contas. É um sinal de que agora dependemos da assistência financeira de países estrangeiros para financiar as políticas fiscais irresponsáveis do nosso governo.... O aumento do limite da dívida da América nos enfraquece nacional e internacionalmente. Liderança significa responsabilidade pelas próprias decisões. Em vez disso, Washington está jogando o ônus de suas más escolhas de hoje nas costas dos nossos filhos e netos. A América tem um problema com a dívida e uma falha de liderança. Os americanos não merecem isso. Eu, portanto, sou contra o aumento do limite da dívida.”

Sabe de quem são essas duras palavras, caro leitor? Acredite, o discurso acima foi proferido pelo então senador Barak Obama, ainda em 2006, quando o Congresso daquele país discutia o limite da dívida federal, durante o mandato de George W. Bush. Na época, o aumento aprovado trouxe o teto da dívida para US$ 9 trilhões. Sob a presidência de Obama, o número já fora elevado para US$ 14,3 trilhões. Antes do recente aumento, portanto, a dívida já estava 60% maior do que quando ele sinalizava um suposto "fracasso de liderança", há cinco anos.

Malgrado a enormidade dos números, os políticos norte americanos chegaram a um acordo, ao apagar das luzes, evitando assim que o governo daquele país ficasse inadimplente perante os seus credores internos e externos. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos – pelo menos por enquanto.


Texto de João Luiz Mauad
O Globo, 13/08/2011

Invasão chinesa no setor financeiro

Dois anos depois de desbancar os EUA da posição de principal destino das exportações brasileiras, a China passa a mirar também o mercado financeiro nacional. Com a vinda, em 2010, do Banco da China, um dos maiores do mundo, outras duas instituições manifestaram desejo de operar no Brasil e aguardam autorização do Banco Central.

O Banco de Desenvolvimento, uma espécie de BNDES local, também quer expandir sua atuação aqui, segundo a Folhaapurou.Além disso, com dinheiro sobrando em casa, os chineses se tornaram parceiros ideais para bancos de pequeno e médio porte brasileiros, que precisam reforçar o capital.

Intermediador de negócios entre empresas nacionais e chinesas, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, diz ter em mãos um raio-X financeiro de duas instituições de pequeno porte que operam no Brasil e que estão interessadas em ter os chineses como sócios.“Temos bancos chineses que ainda não estão no país e que podem firmar parcerias com os brasileiros”, diz Tang.

Ele lembra ainda que o Fundo Soberano da China também veio para o Brasil em 2010 comprar uma parte do banco BTG Pactual. “A atuação chinesa na área financeira ainda é tímida porque os bancos não conhecem o Brasil”, justifica Tang. Mas ele diz que o interesse é crescente. “A Sany [empresa de máquinas e equipamentos para construção pesada, que já opera no país] quer criar aqui uma empresa de leasing para financiar a venda dos seus produtos.”

Na avaliação do embaixador Sérgio Amaral, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, a vinda das instituições financeiras é uma evolução natural da relação entre os dois países. “Isso mostra que foi feita uma aposta estratégica no Brasil.”

Aquisições

“Os bancos chineses estão usando o excesso de liquidez da China. Eles usam recursos estratégicos para financiar as suas próprias empresas”, diz Rubens Sawaya, professor e coordenador do curso de economia da PUC-SP.A compra parcial de empresas é a porta de entrada preferida deles em mercados pouco conhecidos. Segundo dados do Conselho Empresarial, 46% dos recursos chineses investidos no Brasil em 2010 foram nessas compras.

Do restante, 21% foram para compra integral, 23% para construir instalações novas e 10% em parcerias locais. Os negócios entre a China e o Brasil crescem em ritmo acelerado. “Em 2009, o total de investimentos aqui era reduzido: US$ 392 milhões”, diz Tang. Em 2010, o Conselho Empresarial registrou o montante de US$ 12,7 bilhões em projetos confirmados.



Fonte: Folha de São Paulo


O que se exige na área de contabilidade pública em concurso público?

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), buscando padronizar o conteúdo oferecido aos futuros profissionais contábeis, elaborou a Proposta Nacional de Conteúdo para o Curso de Graduação em Ciências Contábeis. Com isso, o currículo adotado pelas Instituições de Ensino Superior (IES) representa um aliado às conquistas profissionais dos estudantes. A estabilidade
e as condições de trabalho favoráveis atraem muitas pessoas à disputa pela ocupação de um cargo público, estando o mercado brasileiro de concursos em crescimento. Segundo a ANPAC (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos), no período de 2003 a 2009, houve um aumento de 26% no número de servidores do executivo com curso superiorno Brasil. O objetivo deste estudo é analisar o conteúdo das disciplinas de Gestão de Finanças Públicas e Contabilidade aplicada ao Setor Público sugerido pelo CFC e o conteúdo das
provas aplicadas nos concursos públicos aos profissionais de Ciências Contábeis. Pretende-se identificar quais conhecimentos da Contabilidade Pública são exigidos dos que almejam ingressar na carreira pública. O trabalho analisou os editais e provas de concursos realizados pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE) no período de 2000 a 2009.Concluiu-se que as áreas da Contabilidade Pública exigidas com maior freqüência abrangem
os conteúdos de Patrimônio e Orçamento Público. Os resultados demonstram que a sugestão de conteúdo elaborada pelo CFC atende ao conhecimento demandado dos candidatos aos cargos públicos.

O QUE SE EXIGE NA ÁREA DE CONTABILIDADE PÚBLICA EM CONCURSO
PÚBLICO?
Autores: Thaise Corcino da Nobrega;Fátima de Souza Freire;Ednei Morais Pereira;Matheus de Mendonça Marques-Universidade de Brasília

Venda de carteira de créditos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou ontem que todas as operações de cessão de crédito que envolvam empréstimos consignados e financiamento de veículos devem ser registradas em sistema de registro e liquidação autorizadas a funcionar pelo Banco Central (BC).

A medida entra em vigor no dia 22 de agosto e inclui contratos que tenham sido feitas anteriormente a essa data, mas tenham prestações a vencer. “Estamos aproveitando uma ‘expertise’ que o Brasil tem sistema de registro para aplicar ao mercado de cessão, trazendo mais segurança e transparência ao segmento”, disse Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Normas do Banco Central (BC).

Apesar de colocar foco em apenas duas linhas específicas para pessoas físicas, a ideia é que todo tipo de cessão seja registrada pelos integrantes do sistema financeiro. “O objetivo final é que todas as operações, inclusive de arrendamento mercantil, sejam registradas. Mas esse processo tem que ser por etapas e começamos pelas mais importantes e de maior relevância.”

A princípio, o BC aceita o registro em qualquer câmara autorizada a funcionar, mas a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), ligada à Federação Brasileira de Bancos (Febraban), deve fazer esse trabalho por meio do sistema conhecido como C3 (Central de Cessão de Crédito). “A iniciativa é nossa, mas tivemos conversas com a indústria, com a Febraban, com as associações dos banco e estamos confortável e plenamente satisfeitos com as tratativas”, disse Odilon.

A medida vem na sequência dos problemas enfrentados pelo sistema após a descoberta de irregularidades no PanAmericano justamente na contabilização das cessões de carteiras, há menos de um ano. Odilon não quis relacionar a obrigação de registro a esse caso, mas admitiu que a medida trará mais segurança para todo sistema. “O registro é muito importante para bancos de todos os portes, porque todos têm interesse nessas operações. O mercado de cessão de carteira precisa de muita fluidez, por isso é importante a segurança.”

As duas partes envolvidas na cessão de uma carteira (cedente e cessionário) deverão fazer o registro. Apenas se as informações estiverem corretas, o contrato é reconhecido pelo BC.

No caso de cessão para operações de securitização ou fundos de investimento em direito creditório (FIDC), o banco terá que fazer o registro da mesma forma, prevendo essa condição, disse Odilon. O mesmo vale para créditos adquiridos de operações de empresas varejistas. O BC deve soltar uma circular em breve com os requisitos necessários para o registro.

Fonte: Fernando Travaglini , Valor Economico

Erro em informações sobre derivativos

A estratégia da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de checar as informações que as empresas divulgam nos balanços sobre uso de instrumentos derivativos começa a dar resultados.

Já se tinha conhecimento de que a Saraiva havia feito uma divulgação incorreta sobre o uso desses instrumentos, e agora o órgão regulador informou que o mesmo problema ocorreu também nos demonstrativos financeiros da Celulose Irani.

Nos dois casos, as companhias disseram nas notas explicativas dos informes referentes ao primeiro trimestre de 2010 que não usavam nenhum tipo de derivativo. Ao cruzar a informação com os registros de operações feitos na Cetip, a CVM identificou que as empresas usavam instrumentos ligados à taxa de câmbio.

Os volumes eram baixos. O valor nocional – equivalente a exposição cambial – era de R$ 1,6 milhão no caso da Saraiva e de R$ 4 milhões na Celulose Irani.

Mesmo assim, a CVM entendeu que foram cometidas irregularidades, já que as empresas afirmaram expressamente, nas notas explicativas, que não usavam esse tipo de contrato. Segundo a autarquia, o cruzamento dessas informações se intensificou após os episódios de grandes perdas com derivativos na crise financeira de 2008.

Conforme comunicado de sexta-feira da CVM, o diretor financeiro e de relações com investidores da Celulose Irani, Odivan Carlos Cargnin, vai pagar R$ 90 mil à autarquia para pôr fim ao processo pelo erro de informação. Em maio, o diretor financeiro da Saraiva aceitou pagar R$ 100 mil para acabar com a investigação.

A Deloitte, que audita as duas companhias, foi julgada e inocentada no caso da Saraiva, devido ao baixo valor dos contratos.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

Modelo de comitê de auditoria

O formato de comitê de auditoria proposto pela CVM é diferente do que é exigido pela Securities and Exchange Commission (SEC) das companhias abertas nos Estados Unidos. O órgão regulador americano exige, por exemplo, que 100% dos membros do comitê de auditoria sejam independentes, enquanto no Brasil apenas a maioria dos integrantes precisará ter esse perfil. “É uma fase de adaptação, mas o estímulo da nova regra é bem-vindo”, acredita Sidney Ito, diretor do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Além disso, nos EUA, todos os membros do comitê precisam pertencer ao conselho de administração. “Aqui apenas um integrante precisa atender a essa exigência”, aponta Ito. Para a CVM, o vínculo direto com o conselho de administração é estratégico. “Em caso de fraude contábil, não terá como o conselho dizer que não sabia de nada”, justifica diretor da CVM Alexsandro Broedel. Segundo ele, em relação ao americano, o modelo brasileiro será mais rigoroso quanto à exigência de especialidade em assuntos contábeis. “Nesse ponto, a SEC é mais flexível”, diz Broedel.

Pelo menos um integrante do comitê terá de ser especialista em contabilidade e ter experiência auditando demonstrações financeiras que possuam níveis de abrangência e complexidade comparáveis aos da companhia.Esse membro, no entanto, não pode ter sido responsável técnico da equipe envolvida nos trabalhos de auditoria da instituição nos últimos cinco anos.

O comitê deve ser previsto em estatuto e, portanto, todos os seus integrantes assumem responsabilidade administrativa pela companhia. Por causa das diferenças de exigências entre SEC e CVM, as companhias brasileiras que têm ações na Bolsa de Nova York precisarão adaptar seus comitês de auditoria ou conselhos fiscais “turbinados” ao modelo brasileiro se quiserem adotar o rodízio de dez anos.

O presidente da Baker Tilly, oitava maior auditoria do mundo, Osvaldo Nieto, considera o modelo de comitê proposto pela CVM mais completo que o da SEC. “A Enron, por exemplo, tinha um comitê de auditoria com personalidades notáveis, mas com pouca bagagem em contabilidade e finanças, e que aparentemente se reunia muito pouco”, aponta Nieto.

No Brasil, os integrantes do comitê terão que se reunir pelo menos uma vez a cada dois meses. Além disso, deverão se encontrar com o conselho de administração da companhia, no mínimo, a cada três. Para Reginaldo Alexandre, presidente da unidade paulista da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), o mercado reconhece o comitê de auditoria como um indicativo de melhores controles internos da empresa. “Sugere que a companhia tem uma melhor percepção dos seus riscos. Isso acaba resultando num menor custo de captação de capital para ela”, afirma Alexandre.

Fonte: Marina Falcão, Valor Economico

Bitributação do ISS

Apesar de a lei que rege o Imposto sobre Serviços (ISS) estipular o local de recolhimento do tributo, muitos contribuintes têm sido alvo de bitributação ao serem cobrados tanto pelo município da sede da empresa quanto pelo local onde a atividade foi realizada.

De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria FISCOSoft Editora, 51% das 424 empresas entrevistadas já pagaram o mesmo ISS em dois municípios diferentes para evitar autuações e multas do Fisco.

Além disso, 33% dos empreendimentos afirmaram já ter recolhido o ISS ao município da matriz e não no local da filial, onde a atividade foi efetivamente desenvolvida.

“Na dúvida, o contribuinte recolhe o imposto duas vezes sobre o mesmo fato gerador com receio da fiscalização, mesmo sabendo que isso não seria legal”, afirma a especialista em ISS e gerente de tributos municipais da FISCOSoft, Fernanda Bernardi, responsável pelo levantamento realizado com os setores da indústria, comércio, serviços e instituições financeiras.

Em outros casos, o Judiciário é acionado para definir o município competente pelo recolhimento do tributo. Em uma decisão recente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que o imposto deve ser pago no local do onde está localizada a empresa prestadora de serviço.

Em maio, o ministro Humberto Martins rejeitou um recurso do município de Juiz de Fora (MG) que pleiteava o pagamento do ISS devido por uma empresa que presta serviços de gerenciamento e consultoria odontológica. No processo, o ministro decidiu que o tributo deveria ser recolhido em Belo Horizonte, onde a atividade-fim era realizada. A filial da empresa no município de Juiz de Fora, no caso, era responsável apenas pela atividade-meio, não emitindo notas fiscais.

A decisão foi baseada em seis recursos julgados pela Corte nos últimos três anos e que seguiram o mesmo entendimento.

De acordo com advogados, houve uma mudança de postura recente do STJ ao analisar o assunto, o que pode justificar a confusão sobre o local de recolhimento do ISS. Com base no Decreto-lei nº 406, de 1968, o tribunal considerava que o município competente para cobrar o ISS seria aquele onde o serviço fosse efetivamente prestado, ainda que não o mesmo da sede da empresa prestadora de serviços.

“Considerava-se como regra o local da prestação do serviços a sede do empresa. O decreto-lei já era claro. Mas a interpretação diversa do STJ gerava confusão”, diz o advogado tributarista Felipe Medaglia, do Nunes & Sawaya Advogados.

Com a entrada em vigor da Lei Complementar nº 116, de 2003, – que regulamenta o ISS – ficou estabelecido que o tributo deve ser pago no endereço do estabelecimento ou do domicílio do prestador do serviço, mesmo que a sede ou filial da empresa esteja localizada em outro município. Mas há exceções. O setor da construção civil, por exemplo, deve recolher o tributo para o município onde a obra é realizada.

Atualmente existem 5.564 leis diferentes sobre o ISS, uma para cada município do país. Na avaliação da FISCOSoft, a variedade de leis sobre o imposto gera confusão também quanto às alíquotas a serem recolhidas. Segundo a pesquisa, 47,1% das empresas já recolheram ISS com base no percentual máximo de 5%, por não saber qual a alíquota correta de sua atividade em determinado município.

Fonte: Bárbara Pombo, Valor Economico

Neutralidade fiscal da depreciação durante o RTT

A Receita Federal divulgou uma orientação aguardada pelas empresas com expectativa em razão das inúmeras dúvidas, que ainda persistem, em relação ao Regime Tributário de Transição (RTT). Por meio do Parecer Normativo nº 1, publicado ontem no Diário Oficial da União, a Receita falou oficialmente pela primeira vez sobre o tema, deixando claro que durante o processo de adaptação das companhias às normas contábeis internacionais, não haverá mudanças nas regras do Fisco sobre a depreciação do ativo imobilizado.

O RTT é o regime de apuração do lucro real criado pela Medida Provisória nº 449, de 2008, em razão das alterações na Lei das SA. A Lei nº 11.638, de 2007, e artigos 37 e 38 da Lei nº 11.941, de 2009, alteraram a legislação societária brasileira para adaptá-la às normas contábeis internacionais.

De acordo com o entendimento da Receita, enquanto vigora esse regime de transição, as empresas devem aplicar as regras contábeis da Lei nº 11.638, de 2007. Mas devem calcular a depreciação para fins fiscais de acordo com o regulamento atual do Imposto de Renda (IR). Por essa regra, por exemplo, um veículo deprecia-se em cinco anos, um imóvel em 20 e máquinas levam de cinco a dez anos. A depreciação é dedutível da base de cálculo do IR e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O impacto financeiro da medida é grande e pode alcançar milhões de reais, principalmente para a indústria de base, como usinas hidrelétricas e mineradoras. Tanto que o parecer é visto por especialistas como uma das medidas do governo federal para incentivo da indústria no país. “Uma indústria naval, por exemplo, teria um crédito de R$ 20 milhões com o uso da norma antiga. Porém, com as novas normas contábeis, teria R$ 40 milhões de imposto a pagar”, diz o advogado Sérgio Presta, do Azevedo Rios, Camargo, Seragini e Presta Consultores e Advogados.

Por isso, de acordo com o parecer da Receita, o eventual ajuste que for feito na conta de resultados da empresa pelo fato de ela ter que se submeter à nova lei contábil e societária, deve também gerar um ajuste no Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real), de maneira que os reflexos fiscais do que foi lançado na contabilidade da companhia sejam neutralizados. Desde 2010, as empresas são obrigadas a se submeter ao RTT.

Segundo advogados, não há notícias de empresas autuadas por aplicação equivocada do RTT. “Mas o mercado sentia-se inseguro”, afirma o advogado Fábio Calcini, do Brasil Salomão & Mathes. A Receita já havia respondido – no mesmo sentido do parecer – a pelo menos três soluções de consulta de empresas sobre os impactos fiscais das novas regras contábeis. No entanto, uma solução de consulta só gera efeito para a empresa que pediu uma resposta da Receita sobre determinado assunto. Agora, com o parecer, o efeito desse entendimento é geral. Segundo a Receita informou por nota, “o parecer deve ser observado pelos fiscais e contribuintes”. De acordo com Alexsandro Broedel, diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que determina as regras contábeis das companhias abertas no Brasil, o documento deve contribuir para que as empresas se sintam seguras sobre a efetiva neutralidade fiscal.

Até mesmo entre as quatro grandes firmas de auditoria e consultoria havia posições divergentes a respeito da validade do RTT para a depreciação. A Deloitte, por exemplo, dizia aos clientes que, em caso de revisão da tabela de depreciação, não poderia haver compensação para fins fiscais. A PwC tinha entendimento contrário. Segundo Sérgio Rocha, sócio de impostos da Ernst & Young Terco, a empresa que se portou de maneira contrária ao parecer da Receita em 2008 e 2009, quando o RTT ainda não era obrigatório, pode reverter o que foi feito anteriormente ou entrar com ação judicial.

Além da questão da depreciação, sempre houve dúvidas sobre a validade do RTT para o cálculo do tamanho do ágio por expectativa de rentabilidade futura e sobre o custo do empréstimo para a compra de máquinas e equipamentos, que deixa de entrar como despesa nos balanços. Em relação ao último ponto, Miguel Silva, do Miguel Silva & Yamashita Advogados, diz que o Parecer Normativo nº 127, de 1973, da Receita deixa claro que a despesa financeira ligada à compra de ativo imobilizado é dedutível para fins de IR, independentemente da nova norma contábil. Especialistas, porém, discordam, ao avaliar se o parecer normativo publicado ontem sugere que esse será o entendimento da Receita para todos os temas de divergência.

Fonte: Laura Ignacio e Fernando Torres, Valor Economico

Novas regras para o Supersimples

As novas regras do Supersimples devem começar a vigorar somente em janeiro de 2012. O projeto ainda precisa ser votado pelo Congresso, mas a expectativa da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas é que isso ocorra até setembro. Na terça-feira o governo anunciou um pacote de medidas para beneficiar os micro e pequenos empresários dos setores de comércio, serviços e indústria. Entre as principais mudanças está o aumento de 50% do teto de faturamento para as micro e pequenas empresas se enquadrarem no Supersimples.

Com essa modificação, as empresas que estavam no Supersimples e que tenham tido aumento de receita ao longo do tempo poderão continuar no programa.Já as empresas que antes não podiam aderir ao regime, por terem faturamento acima do limite, agora poderão participar do programa.

As novas regras elevam o faturamento anual máximo das pequenas empresas de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. Para as microempresas, a receita bruta passou de R$ 240 mil para R$ 360 mil. O governo também elevou o limite de faturamento dos microempreendedores individuais em 67%. Com isso, a receita bruta anual passará de R$ 36 mil para R$ 60 mil.Outra mudança prevista é a possibilidade de as micro e pequenas empresas parcelarem em até 60 meses as dívidas com a Receita.

Exportadoras

O pacote também traz benefícios às empresas de pequeno porte que exportam. As companhias com faturamento de até R$ 3,6 milhões no mercado interno poderão ter receita igual com as exportações sem o risco de serem excluídas do Supersimples.

Pela proposta, os micro e pequenos empresários não precisarão mais fazer a declaração anual de IR. A Receita irá, ao final de cada ano, juntar as informações enviadas mensalmente e transformá-las na declaração anual.Todas as mudanças são automáticas o micro e pequeno empresário que já está no programa não vai precisar entrar em contato com a Receita para saber se sua alíquota será modificada.

Os que querem ingressar devem entrar no site do programa e preencher um formulário com algumas informações. Se a empresa já existir, só poderá entrar no programa em janeiro. Se a empresa for nova, poderá ingressar no sistema a qualquer momento.


Fonte: Folha de São Paulo


Falha em auditoria

A PwC poderá ser multada e repreendida pela autoridade reguladora do setor contábil do Reino Unido por erros em auditoria relacionada aos negócios do JP Morgan com valores mobiliários.

Depois de uma investigação de um ano sobre a firma de auditoria, o Accountancy and Actuarial Discipline Board (AADB) está adotando uma ação disciplinar contra a PwC por ela não ter cumprido os padrões profissionais que se esperava dela, deixando de fornecer informações “com a devida perícia, cuidado e diligência”.

A investigação foi desencadeada por uma multa recorde de 33,3 milhões de libras imposta em maio do ano passado pela Financial Services Authority (FSA) à JP Morgan Securities, um dos clientes da PwC, por falhas de conformidade no trato com ativos de clientes entre 2002 e 2008.

Durante esse período, a PwC repetidamente certificou à FSA que a corretora do JP Morgan estava cuidando de maneira correta do dinheiro dos clientes e que os sistemas do banco e seus controles eram adequados.

Na segunda-feira, veio à tona que posteriormente a PwC concordou em pagar US$ 12,5 milhões em dinheiro e créditos ao JP Morgan.

A FSA multou o JP Morgan pela violação de suas normas e por não manter em contas segregadas os ativos de clientes de seus negócios de futuros e opções. Em vez disso, o banco misturou até US$ 23 bilhões em dinheiro de clientes com seus próprios recursos ao longo dos sete anos.

Segundo o JP Morgan, nenhum cliente teve perdas, mas a multa foi a maior emitida pela FSA, em parte porque as infrações ocorreram em um período de tempo muito longo. Se o banco tivesse mergulhado em dificuldades financeiras naqueles sete anos, clientes como fundos de pensão e fundos de hedge poderiam ter perdido dinheiro.

O caso, junto com o colapso do Lehman Brothers em 2008, ajudou a desencadear uma investigação no setor sobre o manejo dos ativo dos clientes, revelando falhas disseminadas e levando a numerosas outras multas. A Ernst & Young foi investigada pelo AADB em relação ao seu trabalho de auditoria para a Lehman Brothers International (Europa).

O AADB, que se reporta ao Financial Reporting Council, conduziu a reclamação contra a PwC a um tribunal disciplinar independente para análise do caso e a decisão das sanções.

O tribunal tem uma série de sanções a seu dispor uma vez que um caso lhe é encaminhado. Ele poderá simplesmente repreender a firma, excluí-la da participação de um órgão setorial ou suspender a licença de funcionamento. Mas fontes próximas da autoridade reguladora afirmam que o mais provável é que haverá uma multa. A PwC terá o direito de apelação.

Procurada pelo FT, a PwC informou que “vem cooperando totalmente com a investigação do AADB desde o começo e o próprio AADB reconhece isso. Naturalmente lamentamos o fato de não termos cumprido com nossos padrões normais em um aspecto de nosso trabalho. Entretanto, como o tribunal vai considerar o assunto no devido tempo, não seria apropriado de nossa parte fazer mais comentários”.

Fonte: Kate Burgess e Brooke Masters, Financial Times, Valor Economico

Ibracon é contra rodízio de auditoria

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) pediu que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abra mão do rodízio compulsório de firmas de contabilidade nas companhias que instalarem um comitê estatutário de auditoria.

Essa foi uma das sugestões que a CVM recebeu durante uma audiência pública sobre o assunto, encerrada na segunda-feira. A autarquia informou que, agora, está avaliando todas as sugestões, mas não tem prazo para concluir sua análise.

A CVM estuda transformar em norma uma minuta de instrução em que amplia de cinco para dez anos o prazo para as empresas abertas fazerem a rotação de firmas. Obrigatório também na Itália, Índia, Cingapura, Coreia do Sul, o rodízio no Brasil só não é exigido nos bancos, que ficaram livres da tarefa após determinação do Banco Central.

As empresas que quiserem aderir ao rodízio ampliado, conforme proposta original da CVM, precisarão estruturar um comitê de fiscalização das atividades de auditores internos e externos. Para o Ibracon, a criação desse órgão, somada à adoção integral das normas internacionais de auditoria – inclusive as de controle de qualidade e independência -, “constitui o contexto apropriado para a descontinuação do sistema de rodízio obrigatório de firmas no Brasil”.

Fonte: Marina Falcão, Valor Economico

18 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Onde não está Wally

Hypermarcas



[Hypermarcas faz aquisição] de outras que são fechadas e divulgam resultados pro forma, quase nunca auditados, e incluem os números das adquiridas em seus exercícios anteriores. A partir daí, divulgam lucros ajustados pro forma. A carta também fala de provisões e sinergias da operação.


Um analista lembra que o propósito da Hypermarcas ao abrir capital sempre foi o de crescer via aquisições. E acrescenta que a empresa detalha, na divulgação de seus resultados, os ajustes que faz em suas linhas – pelo fato de realizar muitas compras tem, por exemplo, muitos custos não recorrentes, como as taxas que paga aos bancos de investimento que assessoram as operações.


Para ampliar a volatilidade com essa ação, surgiram no mercado rumores de que a Hypermarcas estaria novamente preparando uma aquisição.


O analista Iago Whately, da Fator Corretora, escreveu em relatório que, apesar dos rumores que circularam no mercado, a Hypermarcas não tem dificuldades em cumprir os seus compromissos financeiros no curto prazo e que a situação financeira da companhia não é motivo de preocupação.


Fonte: aqui

Anhanguera


Jonathan Myles Rosenthal, gestor da Newfoundland Capital Management, questionou em seu relatório práticas contábeis da empresa [Anhanguera]. Entre elas, a forma como ela contabiliza suas contas a receber, e os ajustes que tem feito em seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Nesta semana, executivos da companhia estiveram reunidos com investidores nos Estados Unidos e o analista do BTG Pactual JC Santos comentou, em relatório, que a empresa teve de responder a muitas perguntas sobre os ajustes que faz em seu Ebitda. A companhia detalhou a contabilização de ganhos de capital com a venda de imóveis e sobre os seus custos com fusões e aquisições.


Um dos pontos discutidos foi o fato de ter elevado de seis meses para dois anos o prazo para fazer provisão de seus recebíveis. No setor, a Anhanguera é a única que trabalha com esse prazo mais longo. A justificativa da Anhanguera é que, quando usava o prazo de seis meses, fazia uma provisão fiscal que dá direito a desconto no Imposto de Renda. Mas a empresa não paga IR e, em seu histórico, num prazo maior que seis meses consegue receber o devido por seus alunos. Se ela dá baixa nessa perda em seis meses, e logo depois recupera o dinheiro, acaba pagando PIS e Cofins. Por essa razão, optou por fazer, desde o segundo trimestre do ano passado, uma provisão econômica pelo período de dois anos, para deixar de ser tributada na recuperação dos créditos.


“Sobre esse assunto o debate é longo. Vemos os recebíveis como uma questão para a indústria da educação, uma vez que essa conta vem crescendo, mas conforme os resultados apresentados pela empresa, estamos confortáveis com os critérios usados para as provisões”, diz o analista.


Um outro ponto questionado pelo mercado é o fato de a Anhanguera somar ao Ebitda as receitas obtidas com a cobrança de multas de mensalidades em atraso. Nesse caso, a prática é comum também às concorrentes Estácio e Kroton.


Fonte: aqui

Vale em Inglês

Privatizada há menos de 15 anos, a Vale já não fala mais português quando apresenta seus resultados trimestrais. A companhia, que possui a matriz no país e é uma das mais negociadas na BM&FBovespa, compondo a maior fatia do principal índice da bolsa, mantém como rotina, quando divulga balanço, apenas uma conferência para analistas de bancos e consultorias, na qual só se fala inglês. 


(...) "Não é exigência legal, então não há o que a CVM possa fazer em relação a isso, ou que pretenda fazer", disse ontem a presidente da autarquia, Maria Helena Santana, durante evento para apresentação da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef).


(...) Segundo a assessoria de imprensa da Vale, a conferência com analistas só acontece em inglês porque essa se tornou a língua comum dos especialistas financeiros. (...) 


Segundo Haroldo Levy, coordenador do Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado (Codim), as boas práticas de mercado apontam na direção oposta. Logo no seu primeiro pronunciamento, emitido em outubro de 2005, o comitê abordou o assunto. Na sexta prática,descrita no documento intitulado "Teleconferências", o Codim prega que "a companhia deve sempre realizar a teleconferência para o mercado brasileiro em português". (...) 


Vale não fala português nas apresentações de balanço - Marcelo Mota e Juliana Ennes - Valor Econômico - 04/08/2011

Autores mais bem pagos


Os autores mais bem pagos em 2010. Surpresa é a ausência de JK Rowling: 

James Patterson = 84 milhões
Danielle Steel = 35
Stephen King = 28
Janet Evanovich = 22
Stephenie Meyer = 21
Rick Riordan = 21
Dean Koontz = 19
John Grisham = 18
Jeff Kinney = 17
Nicholas Sparks = 16 milhões

Fonte: Forbes via aqui