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06 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Orientação: dica de Alexandre Alcantara, grato.

Teste 525



Com a crise financeria, o banco Citibank criou uma unidade com “ativos” indesejáveis. Conforme um artigo publicado no Wall Street Journal (Faxina do Citi fica mais complicada) 40% “é formado por créditos imobiliários”. Ainda segundo o texto:

“Pouco mais de um terço desses empréstimos são linhas de crédito ligadas ao valor do imóvel. Como são considerados menos importantes que a hipoteca principal, esses empréstimos podem perder totalmente o valor quando o imóvel do devedor entra em execução judicial”

O problema é a falta de compradores. O texto prossegue com:

Mesmo encolhida, a Citi Holdings, que é separada do Citigroup, ainda seria o sétimo maior banco dos EUA em ativos, segundo a firma de pesquisa SNL Financial.


A analista Betsy Graseck, do Morgan Stanley, calcula que pode demorar até 2017 para liquidar inteiramente a Citi Holdings. Embora esse prazo seja dois anos antes do que ela previa inicialmente, significa que alguns dos ativos problemáticos do Citigroup continuarão no banco por anos.

As questões deste teste:

1) O termo “crédito” tem sido usado fora do contexto da partidas dobradas. No jornal, “créditos imobiliários” diz respeito a qual conceito?

2) Os tais créditos imobiliários não deveriam ser avaliados pelo valor de custo histórico em razão de que “conceito” (ou princípio ou característica da informação contábil)?

3) A Citi Holdings é separada do Citigroup. Assim, a contabilidade deve também ser separada. Isto diz respeito a qual “conceito” contábil.

4) O texto informa os planos para a Citi Holdings.

a) Qual o “conceito” contábil que deve ser usado?
b) Qual o efeito sobre o valor do ativo?
c) Que documento deve informar isto para o usuário?


Resposta do Anterior: a) ponto de equilíbrio; b) 16 meses ou 32 bilhões/0,2 x 10; c) Com esta margem, para cada avião a empresa tem um lucro de 7,7% x 200 = 15,4 milhões. O tempo seria 32 bilhões/0,0154 x 10 = 207 meses ou 17 anos; d) o lucro de cada unidade é 14% x 200 = 28 milhões. O tempo seria 32 bilhões / 0,028 x 10 = 114 meses ou 9 anos e meio; e) trata-se de achar o valor presente de uma periodicidade, com taxa de 0,5%. A periodicidade é de 280 milhões e o valor presente é de 32 bilhões. O tempo seria de 153 meses, que corresponde a quase 13 anos; f) 1530 ou 153 meses vezes dez aviões por mês. 


Resposta do Teste 523: Índia não adota as IFRS

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Valor Justo


Um artigo de Jonathan Weil,  da Bloomberg., e publicado no Valor Econômico (5 out 2011, via aqui) discute a adoção do valor justo. Em 2008 o valor justo foi considerado uma das causas dos problemas bancários. Mas o tempo passou e novamente as instituições financeiras estão com problemas. E não se escuta falar do valor justo.

Weil afirma que o fato dos reguladores terem abandonado a mensuração a valor justo no passado não deixou os bancos mais seguros e ainda cortou um dos suspeitos da lista dos culpados.

Em 2008 a pressão foi tamanha que o Iasb mudou suas regras:

Segundo as regras atuais do Iasb, os ativos financeiros podem ser classificados de quatro formas. Os ativos rotulados sob “valor justo contra [na conta de] resultados” devem ser remarcados a mercado a cada trimestre, e as mudanças devem se refletir na demonstração de resultados. “Disponível para venda” implica que os ativos devem ser remarcados a mercado no balanço patrimonial, mas as mudanças de valor normalmente não afetam os lucros.


As outras classificações, denominadas “manter até o vencimento” e “empréstimos e recebíveis”, permitem que as empresas evitem o uso de valor justo no balanço patrimonial.


Na prática, essas categorias muitas vezes permitem que empresas adiem os prejuízos até muito tempo depois que o valor de mercado de um ativo tenha despencado, especialmente quando se trata de títulos.

Weil apresenta um exemplo didático dos problemas da norma do Iasb:

Tomemos, por exemplo, o maior financiador da Grécia, o Banco Nacional da Grécia, de Atenas. No mês passado, a instituição disse ter registrado uma baixa contábil – conhecida como “impairment” no jargão – de € 1,3 bilhão (US$ 1,8 bilhão) sobre os lucros durante o segundo trimestre para rebaixar o valor de títulos do governo grego. Não foi como se os prejuízos tivessem se materializado repentinamente. Ao contrário, os prejuízos vinham se acumulando há algum tempo – e finalmente foram reconhecidos.


No fim de 2010, cerca de 90% do equivalente a € 12,8 bilhões em títulos do governo grego em poder do banco foram rotulados como “manter até o vencimento” ou “empréstimos e recebíveis”, em grande parte devido a uma reclassificação que os removeu das categorias “disponível para venda” e “valor justo” durante períodos anteriores. Certamente, o futuro trará prejuízos maiores, pois os títulos gregos estão sendo agora negociados em níveis que sugerem que um calote do governo é praticamente certo.

Weil critica também o próprio Iasb, que permitiu, em 2008, que as empresas reclassifcassem os títulos.

Há uma solução simples para isso. Em 2005, quando o Iasb e a americana Financial Accounting Standards Board (Fasb) começaram a discutir como rever as regras para [contabilização de] instrumentos financeiros, eles disseram que um de seus três principais objetivos de longo prazo era o seguinte: “Exigir que todos os instrumentos financeiros sejam mensurados por seu justo valor, sendo todos os lucros e prejuízos realizados e não realizados reconhecidos no período em que ocorrem”.


As duas instituições normativas abandonaram esse caminho. Cedendo a pressões do Congresso e do setor bancário, no início de 2009 o Fasb mudou suas regras para permitir que as empresas mantivessem grandes prejuízos com títulos fora do lucro líquido. Se o princípio geral que as instituições normativas estabeleceram seis anos atrás estivesse em vigor hoje, não seria possível empregar diferentes tratamentos contábeis um mesmo tipo de título nos livros de uma empresa. Haveria apenas um.


Os mercados, por sua vez, sabem que não podem acreditar em balanços do setor bancário. E assim ficamos na situação atual, onde a maioria dos maiores bancos na Europa, entre eles os franceses BNP Paribas e Société Générale, estão com suas ações negociadas por muito menos do que valor de ativos líquido que constam de seus registros contábeis.


O problema com a contabilidade baseada em valor justo, agora, é que os investidores precisam muito mais dela. Os bancos destinados a ir para o brejo irão, com ou sem justo valor.


Imagem, aqui

Frase

Malvino Salvador falou em entrevista à revista "Gol" sobre autoconfiança. O ator da novela das 21h "Fina Estampa" já foi gago e barrigudo, cresceu na floresta amazônica e estudou contabilidade.


Quem - Malvino Salvador sobre gagueira: “Nunca me atrapalhou, eu tirava um sarro"

O texto tenta mostra que o ator superou isto tudo: já não é gago, barrigudo, agora mora numa metrópole e ...

Selic e Avaliação


O governo brasileiro está promovendo um esforço no sentido de reduzir a taxa de juros da economia. Sem entrar na discussão sobre as vantagens e desvantagens desta medida para a economia, a redução da Selic, a taxa de juros básica da economia, pode ter alguns efeitos sobre a avaliação de ativos e a avaliação de empresas.

Em geral a taxa de desconto para determinar o valor atual de um ativo é obtida através de uma estimativa do custo de oportunidade de um investimento sem risco, denominado Rf (retorno do título sem risco, sendo “f” de “free”). Como na prática não existe, em nenhum lugar do mundo, um título sem risco, utiliza-se, como aproximação, o retorno dado por título público. No Brasil existem duas alternativas razoáveis para representar o Rf dos modelos de avaliação: a rentabilidade da caderneta de poupança ou a taxa Selic.

A questão é que quando a taxa de desconto cai, o valor presente obtido aumenta. Assim, a redução da Selic, que compõe o cálculo da taxa de desconto nos modelos de avaliação, faz com que o valor presente obtido nas avaliações seja maior. Isto vai contra o senso comum, já que estamos vivendo momentos onde o risco hoje é muito maior que no passado próximo. E em situações de maior risco, os valores dos ativos tendem a diminuir, não aumentar.

A intervenção do governo na taxa Selic estaria fazendo com que os resultados das avaliações fossem maiores do que o ambiente econômico indicaria.

Duas alternativas imediatas poderiam ser usadas, ambas substituindo a Selic, uma pela caderneta de poupança e outra por um título público estrangeiro. Ambas não resolvem o problema: os juros da poupança também estão reduzindo em razão do aumento da inflação e em outros países a remuneração dos títulos públicos também é menor hoje do que foi há um ano.

A princípio os modelos de avaliação deveriam usar as taxas futuras de desconto. A movimentação do governo hoje teria efeito sobre os resultados obtidos. Na prática a teoria é outra: as avaliações costumam usar uma média histórica não ponderada das taxas passadas, como por exemplo, a taxa média da Selic dos últimos dez anos. Assim, a redução da Selic não teria, a priori, efeito sobre a avaliação das empresas.

Imagem, aqui