Fato da Semana: Punição pelo teste de recuperabilidade
Data: 11 de outubro
Contextualização - Desde que a Operação Lava-Jato começou a mostrar a existência de um grupo de executivos desonestos agindo na maior empresa brasileira que a sua contabilidade está sob o escrutínio público. A primeira reação do maior acionista da empresa foi trocar os dirigentes; entretanto, a nova Graça Foster também estava na empresa quando a corrupção era algo cotidiano. O atraso na publicação das demonstrações contábeis só ocorreu em razão de uma reação tardia da empresa de auditoria: ou acertava o valor do balanço, retirando as "luvas" (como dizem os portugueses) ou não haveria assinatura.
Depois de meses, a empresa anunciou que o efeito da corrupção teria sido de R$6 bilhões e que não seria possível indicar em que exercício social ocorreu o fato. Acreditou quem quis nesta história. A queda do presidente Rousseff ajudou a mudar, novamente, a gestão da empresa. Durante este período, os reguladores, em especial a ANP e a CVM, pareciam adormecidos, sem ação. Talvez em virtude da baixa popularidade do atual presidente ou diante do quadro vexaminoso de inércia, os reguladores resolveram agir. Nesta semana, a CVM puniu 40 dirigentes por um problema contábil: a falha no teste de recuperabilidade, entre 2010 e 2014.
Relevância - O teste de recuperabilidade foi a primeira norma contábil do CPC aprovada no Brasil. Na prática talvez seja a mais inútil de todas (iremos falar sobre isto no blog). E aquela que demanda mais conhecimentos do setor contábil, que geralmente não sabe o que significa a recuperabilidade.
A punição da CVM pode, quem sabe, ajudar a melhorar a qualidade da aplicação do CPC 1 no Brasil. Ou quem sabe fazer com que empresas, como a Petrobras, levem mais a sério da sua contabilidade.
Notícia boa - Notícia boa para a contabilidade, em razão do exposto anteriormente.
Desdobramento - Sou cético quanto a mudança cultural sobre a aplicação do CPC 1. Mas a contabilidade da estatal cometeu tantas falhas que podemos ter mais punições.
Mas a semana só teve isto? - Semana muito movimentada. Ficamos sabendo que o problema do hacker na Deloitte foi muito mais sério do que anunciado anteriormente; a SEC anunciou uma proposta de simplificação da evidenciação; os escandinavos reconheceram novamente um trabalho em finanças comportamentais, premiando Thaler com o Nobel de Economia; e um levantamento do G1 mostrou os efeitos da Operação Lava-Jato (estamos vivendo a história).
15 outubro 2017
Descobrindo fraude por satélite
A SEC informou que descobriu uma fraude de US$3,3 bilhões na empresa de construção doméstica Desarrolladora Homex. Teriam sido mais de 100 mil vendas falsas, com aumento nas receitas. Para descobrir a fraude, a SEC usou imagens de satélite. O fato ocorreu entre 2010 e 2012. Em 2014 a empresa decretou falência. A empresa também atua no Brasil.
14 outubro 2017
Tarde demais
Suely Caldas afirma que a intervenção na Previc no fundo dos Correios teve um grande erro de timing:
Seis anos depois de rombos persistentes e crescentes, sem nenhuma chance de serem recuperados, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) finalmente decretou intervenção no Postalis – o fundo de pensão dos Correios. Agiu tarde. E deixa se arrastar por anos situação semelhante na Previ e na Petros – as duas maiores fundações de previdência de funcionários do Banco do Brasil e da Petrobrás.
Entregue a políticos e sindicalistas sem preparo técnico para multiplicar lucro e valorizar o patrimônio acumulado pelas empresas e funcionários, a gestão financeira desses fundos se agravou nos governos Lula e Dilma, com operações desastrosas de toda ordem – sejam motivadas pela corrupção rasteira de engordar o patrimônio dos dirigentes emagrecendo o dos funcionários; sejam para socorrer interesses políticos e ideológicos do momento comprando títulos das dívidas da Argentina e da Venezuela, quando a falência dos dois países já era patente; ou injetar dinheiro na Sete Brasil, que deveria construir sondas para a Petrobrás, mas construiu corrupção e falência.
O uso político é um dos males em fundos de empresas estatais, mas há outros, alguns estruturais, que datam de sua criação, nos anos 1960, e nunca corrigidos, apesar de velhos conhecidos. O pior deles é manter até hoje o plano de benefício definido, pelo qual o aposentado tem garantido o valor do último salário da vida ativa sem que tenha contribuído para isso. A conta já nasce desequilibrada, nunca fecha e o rombo cresce como bola de neve, empurrado para o futuro.
Aproveitando: a Petros confirmou a venda da sua participação na Eldorado.
Seis anos depois de rombos persistentes e crescentes, sem nenhuma chance de serem recuperados, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) finalmente decretou intervenção no Postalis – o fundo de pensão dos Correios. Agiu tarde. E deixa se arrastar por anos situação semelhante na Previ e na Petros – as duas maiores fundações de previdência de funcionários do Banco do Brasil e da Petrobrás.
Entregue a políticos e sindicalistas sem preparo técnico para multiplicar lucro e valorizar o patrimônio acumulado pelas empresas e funcionários, a gestão financeira desses fundos se agravou nos governos Lula e Dilma, com operações desastrosas de toda ordem – sejam motivadas pela corrupção rasteira de engordar o patrimônio dos dirigentes emagrecendo o dos funcionários; sejam para socorrer interesses políticos e ideológicos do momento comprando títulos das dívidas da Argentina e da Venezuela, quando a falência dos dois países já era patente; ou injetar dinheiro na Sete Brasil, que deveria construir sondas para a Petrobrás, mas construiu corrupção e falência.
O uso político é um dos males em fundos de empresas estatais, mas há outros, alguns estruturais, que datam de sua criação, nos anos 1960, e nunca corrigidos, apesar de velhos conhecidos. O pior deles é manter até hoje o plano de benefício definido, pelo qual o aposentado tem garantido o valor do último salário da vida ativa sem que tenha contribuído para isso. A conta já nasce desequilibrada, nunca fecha e o rombo cresce como bola de neve, empurrado para o futuro.
Aproveitando: a Petros confirmou a venda da sua participação na Eldorado.
Fiscalizando o Sistema S
A arrecadação bilionária do Sistema S que passa pelos cofres federais entrou na mira do Congresso Nacional. O relator de receitas do projeto de Lei Orçamentária Anual de 2018, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), pretende incluir em seu relatório a previsão de que esses recursos sejam contabilizados no Orçamento. O objetivo é dar mais transparência à aplicação do dinheiro, sem diminuir o valor destinado a essas instituições – entre elas Senai, Sesc, Senac, e Sebrae
A iniciativa é muito boa, mas o texto erra em afirmar que existe resistência do setor empresarial. As empresas agradeceriam a extinção do repasse para o sistema S. Estas entidades são riquíssimas e esbanjam dinheiro. Todo jornal regularmente solta um caderno especial sobre algum tema de interesse e eles comparecem com propagandas.
Não há controle sobre a destinação que o Sistema S faz do montante bilionário que recebe das contribuições sobre a folha de pagamento, deficiência que já foi apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Embora as entidades tenham de prestar contas ao órgão, auditores já sinalizaram a dificuldade em obter os dados detalhados dos orçamentos e das despesas executadas.
Somente neste ano estas entidades receberam 32 bilhões de reais.
A iniciativa é muito boa, mas o texto erra em afirmar que existe resistência do setor empresarial. As empresas agradeceriam a extinção do repasse para o sistema S. Estas entidades são riquíssimas e esbanjam dinheiro. Todo jornal regularmente solta um caderno especial sobre algum tema de interesse e eles comparecem com propagandas.
Não há controle sobre a destinação que o Sistema S faz do montante bilionário que recebe das contribuições sobre a folha de pagamento, deficiência que já foi apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Embora as entidades tenham de prestar contas ao órgão, auditores já sinalizaram a dificuldade em obter os dados detalhados dos orçamentos e das despesas executadas.
Somente neste ano estas entidades receberam 32 bilhões de reais.
13 outubro 2017
IPO da Saudi Aramco
Duas notícias sobre a IPO da Saudi Aramco, a empresa estatal de petróleo da Arábia Saudita, que deverá ser a maior oferta de ações da história.
A primeira, é que existe uma discussão entre o regulador inglês e a empresa. Uma das dúvidas da oferta é justamente o mercado acionário onde será feita. O mercado inglês possui algumas amarras que precisam ser removidas e esta conversa pode ser um sinal favorável para Londres. Se isto ocorrer, a contabilidade da ARamco deverá estar expressa pelas normas internacionais de contabilidade.
A segunda notícia é que a empresa pode negociar, antes da IPO, uma quantidade específica de ações para um grande investidor chinês, informou o Financial Times (via aqui)
A primeira, é que existe uma discussão entre o regulador inglês e a empresa. Uma das dúvidas da oferta é justamente o mercado acionário onde será feita. O mercado inglês possui algumas amarras que precisam ser removidas e esta conversa pode ser um sinal favorável para Londres. Se isto ocorrer, a contabilidade da ARamco deverá estar expressa pelas normas internacionais de contabilidade.
A segunda notícia é que a empresa pode negociar, antes da IPO, uma quantidade específica de ações para um grande investidor chinês, informou o Financial Times (via aqui)
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Vídeo: A imagem surreal dos correios entregando correspondência na cidade destruída pelo fogo
... e a reação da menina com a notícia da adoção
(ao lado)
Sobre a simplificação na evidenciação proposta pela SEC
Kapersky modificou seu antivírus para identificar arquivo com o termo "top-secret" (e isto facilitou a vida os espiões russos. O software foi proibido de rodar em toda repartição dos EUA)
Uma siderúrgica japonesa falsificou dados de qualidade durante dez anos e para mais de 500 clientes (e eles não perceberam!!)
... e a reação da menina com a notícia da adoção
(ao lado)
Sobre a simplificação na evidenciação proposta pela SEC
Kapersky modificou seu antivírus para identificar arquivo com o termo "top-secret" (e isto facilitou a vida os espiões russos. O software foi proibido de rodar em toda repartição dos EUA)
Uma siderúrgica japonesa falsificou dados de qualidade durante dez anos e para mais de 500 clientes (e eles não perceberam!!)
Lava-Jato provocou venda de empresas no valor de R$103 bilhões
O portal G1 (via aqui) fez um interessante levantamento sobre os negócios realizados por empresas envolvidas na Operação Lava-Jato de 2015. O resultado: 48 negócios, muitos deles para melhorar posição da empresa diante da crise de credibilidade. Estas transações atingiram R$103 bilhões e envolveram a Petrobras, a JeF, a Odebrecht, a Camargo Corrêa, a OAS e o banco BTG Pactual. Segundo o mesmo portal, existe a estimativa de outros R$75 bilhões serem negociados.
Quando uma empresa tem seu nome envolvido num escândalo de corrupção, perde credibilidade, tem dificuldade de renovar seus empréstimos, reduz seu faturamento e tem seu lucro atual e projetado reduzido. Uma das providências nesta situação de crise é reduzir o tamanho e parar os projetos excessivamente otimistas. Ao mesmo, tentar garantir recursos para enfrentar uma situação de aperto de liquidez. Por este motivo, a venda de negócios pode ser uma saída interessante. O aspecto negativo, em alguns casos, é que as operações podem afetar o resultado consolidado dos grupos empresariais: quando a negociação envolve unidades onde o resultado da venda é inferior ao valor contábil, isto tem reflexo na demonstração do resultado.
Não foi o caso da Alpargatas. Em 2015 a empresa foi vendida para a JeF por R$2,66 bilhões. Logo depois, o grupo comprou mais R$500 milhões. Em 2017 a empresa foi vendida por R$3,5 bilhões. Isto resultou num resultado positivo - sem levar em conta eventuais lucros.
Mas o maior negócio até o momento foi a venda da Nova Transportadora do Sudeste - NTS (rede de gasodutos da Petrobras) para a canadense Brookfield, por R$ 16,7 bilhões. Em seguida, está a venda da Eldorado Celulose e Papel, pela J&F, para o grupo holandês Paper Excellence, por R$ 15 bilhões.
A maior vendedora da lista é a Petrobras, que já levantou R$ 42,5 bilhões (US$ 13,6 bilhões na conta em dólares) em negócios fechados desde 2015.
Quando uma empresa tem seu nome envolvido num escândalo de corrupção, perde credibilidade, tem dificuldade de renovar seus empréstimos, reduz seu faturamento e tem seu lucro atual e projetado reduzido. Uma das providências nesta situação de crise é reduzir o tamanho e parar os projetos excessivamente otimistas. Ao mesmo, tentar garantir recursos para enfrentar uma situação de aperto de liquidez. Por este motivo, a venda de negócios pode ser uma saída interessante. O aspecto negativo, em alguns casos, é que as operações podem afetar o resultado consolidado dos grupos empresariais: quando a negociação envolve unidades onde o resultado da venda é inferior ao valor contábil, isto tem reflexo na demonstração do resultado.
Não foi o caso da Alpargatas. Em 2015 a empresa foi vendida para a JeF por R$2,66 bilhões. Logo depois, o grupo comprou mais R$500 milhões. Em 2017 a empresa foi vendida por R$3,5 bilhões. Isto resultou num resultado positivo - sem levar em conta eventuais lucros.
Mas o maior negócio até o momento foi a venda da Nova Transportadora do Sudeste - NTS (rede de gasodutos da Petrobras) para a canadense Brookfield, por R$ 16,7 bilhões. Em seguida, está a venda da Eldorado Celulose e Papel, pela J&F, para o grupo holandês Paper Excellence, por R$ 15 bilhões.
A maior vendedora da lista é a Petrobras, que já levantou R$ 42,5 bilhões (US$ 13,6 bilhões na conta em dólares) em negócios fechados desde 2015.
12 outubro 2017
Liquidação forçada
Notícia interessante sobre a Oi mostra o impacto da liquidação forçada:
Os ativos da Oi valem R$ 40,8 bilhões, mas o valor pode cair para menos da metade se a endividada operadora de telecomunicações for forçada a vendê-los apressadamente, de acordo com auditoria apresentada nesta quinta-feira.
A auditora Ernst & Young LLP estimou que uma liquidação forçada dos ativos mantidos pela Oi e por subsidiárias incluídos em seu processo de recuperação judicial teria valor de R$ 17,9 bilhões, segundo documento enviado ao mercado.
O valor cobriria menos de 30% dos R$ 65,4 bilhões em dívidas listadas pela companhia no acordo de recuperação.
Os ativos da Oi valem R$ 40,8 bilhões, mas o valor pode cair para menos da metade se a endividada operadora de telecomunicações for forçada a vendê-los apressadamente, de acordo com auditoria apresentada nesta quinta-feira.
A auditora Ernst & Young LLP estimou que uma liquidação forçada dos ativos mantidos pela Oi e por subsidiárias incluídos em seu processo de recuperação judicial teria valor de R$ 17,9 bilhões, segundo documento enviado ao mercado.
O valor cobriria menos de 30% dos R$ 65,4 bilhões em dívidas listadas pela companhia no acordo de recuperação.
Ataque cibernético na Deloitte foi muito maior que o anunciado
O jornal inglês The Guardian revelou alguns detalhes importantes sobre o ataque cibernético na Deloitte. E as notícias são ruins para a grande empresa de contabilidade mundial.
Segundo o jornal, o ataque afetou e-mails de 350 clientes (e seis, como a Deloitte tinha anunciado), incluindo agências do governo dos Estados Unidos, Nações Unidas e algumas das maiores empresas mundiais, como quatro bancos globais, três empresas aéreas, dois fabricantes de automóveis e grandes empresas farmacêuticas. Os e-mails trocados com a Fifa também estão nesta lista. Apesar da Deloitte ter anunciado que o ataque tenha começado há um ano, parece que não existe muita certeza sobre isto. A Deloitte afirma que o número de e-mails que sofreram com o ataque corresponde a um pequeno montante do total. Entretanto, os hackers entraram no sistema da emprega através de uma conta de um administrador, que permitia acesso a todo banco de dados de e-mails, incluindo os funcionários e a correspondência com os clientes. Como o ataque dos hackers durou muito tempo, é muito difícil determinar a quantidade de informação que foi acessada externamente.
Mais aqui e aqui
Segundo o jornal, o ataque afetou e-mails de 350 clientes (e seis, como a Deloitte tinha anunciado), incluindo agências do governo dos Estados Unidos, Nações Unidas e algumas das maiores empresas mundiais, como quatro bancos globais, três empresas aéreas, dois fabricantes de automóveis e grandes empresas farmacêuticas. Os e-mails trocados com a Fifa também estão nesta lista. Apesar da Deloitte ter anunciado que o ataque tenha começado há um ano, parece que não existe muita certeza sobre isto. A Deloitte afirma que o número de e-mails que sofreram com o ataque corresponde a um pequeno montante do total. Entretanto, os hackers entraram no sistema da emprega através de uma conta de um administrador, que permitia acesso a todo banco de dados de e-mails, incluindo os funcionários e a correspondência com os clientes. Como o ataque dos hackers durou muito tempo, é muito difícil determinar a quantidade de informação que foi acessada externamente.
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José Socrates, ex-primeiro-ministro de Portugal, recebeu "luvas", que foram depositadas na Suíça
Convergência no desempenho dos países no futebol mundial
Cientistas encontraram ouro no esgoto da Suíça
Os limites da lei no Uber
Site pornográfico irá usar Inteligência Artificial para identificar atores/atrizes
Acabou para Sears Canadá
STJ decide que registro do Conselho de Educação Física não é necessário em aula de pole dance
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11 outubro 2017
Comportamento inadequado de celebridades
Uma citação interessante do Marginal Revolution:
O empirismo sugere que as celebridades se envolvam em comportamentos anti-sociais e outros socialmente não aprovados do que as não-celebridades. Eu considero uma série de razões para esse fato, incluindo uma nova teoria, na qual os trabalhadores que são menos substituíveis estão habilitados a se engajar em maiores níveis de mau comportamento (...)
Mas existem custos neste comportamento, como a redução no obtenção de receita de anunciantes. Entretanto, a transparência imperfeita pode ocorrer, como no caso de Weinstein ou Roger Abdelmassih, Mais aqui e aqui
O empirismo sugere que as celebridades se envolvam em comportamentos anti-sociais e outros socialmente não aprovados do que as não-celebridades. Eu considero uma série de razões para esse fato, incluindo uma nova teoria, na qual os trabalhadores que são menos substituíveis estão habilitados a se engajar em maiores níveis de mau comportamento (...)
Mas existem custos neste comportamento, como a redução no obtenção de receita de anunciantes. Entretanto, a transparência imperfeita pode ocorrer, como no caso de Weinstein ou Roger Abdelmassih, Mais aqui e aqui
BR Distribuidora: prêmio ou desconto
A UBS fez uma avaliação da BR Distribuidora, informou o Valor Econômico (via aqui). Mas existem dúvidas se haverá prêmio ou desconto. Por um lado, a eficiência irá melhorar; por outro lado, a Petrobras ainda será um acionista importante.
Dois pontos na questão: (1) na verdade, ainda é muito cedo para fazer este tipo de projeção, não existindo informações suficientes para o caso de uma oferta; (2) a existência de prêmio ou desconto irá depender, inclusive, do preço mínimo do laudo. Com respeito ao segundo item, não faz muito sentido a discussão, pois depende do patamar estabelecido no laudo.
De qualquer forma, quanto mais o controle for negociado, melhor o valor da IPO.
Dois pontos na questão: (1) na verdade, ainda é muito cedo para fazer este tipo de projeção, não existindo informações suficientes para o caso de uma oferta; (2) a existência de prêmio ou desconto irá depender, inclusive, do preço mínimo do laudo. Com respeito ao segundo item, não faz muito sentido a discussão, pois depende do patamar estabelecido no laudo.
De qualquer forma, quanto mais o controle for negociado, melhor o valor da IPO.
Teste de Impairment, a Petrobras e a punição da CVM
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão regulador do mercado de capitais, acusa 40 administradores e ex-administradores da Petrobrás de terem burlado as normas contábeis brasileiras. A suspeita de irregularidade está na reavaliação do valor de ativos como as refinarias Abreu e Lima (Rnest) e o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). (...)
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a CVM analisou as demonstrações financeiras de 2010 a 2014 para verificar inconsistências ou a falta dos testes – chamados “impairment” no jargão financeiro. (...)
A CVM acusa atuais e ex-diretores, conselheiros de administração e fiscais pelas supostas irregularidades. Além dos ex-presidentes, a lista inclui executivos da atual diretoria: Ivan Monteiro (Financeiro), Solange Guedes (Exploração e Produção), Roberto Moro (Desenvolvimento), Jorge Celestino (Refino), Hugo Repsold (Assuntos Corporativos) e João Elek (Governança).
Também estão no processo ex-conselheiros de administração como o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e os empresários Jorge Gerdau e Josué Gomes da Silva. São acusados ainda os ex-diretores envolvidos na Lava Jato Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.
Fonte: Aqui
Finalmente estão levando o teste de impairment a sério. Mas será mesmo?
Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a CVM analisou as demonstrações financeiras de 2010 a 2014 para verificar inconsistências ou a falta dos testes – chamados “impairment” no jargão financeiro. (...)
A CVM acusa atuais e ex-diretores, conselheiros de administração e fiscais pelas supostas irregularidades. Além dos ex-presidentes, a lista inclui executivos da atual diretoria: Ivan Monteiro (Financeiro), Solange Guedes (Exploração e Produção), Roberto Moro (Desenvolvimento), Jorge Celestino (Refino), Hugo Repsold (Assuntos Corporativos) e João Elek (Governança).
Também estão no processo ex-conselheiros de administração como o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e os empresários Jorge Gerdau e Josué Gomes da Silva. São acusados ainda os ex-diretores envolvidos na Lava Jato Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.
Fonte: Aqui
Finalmente estão levando o teste de impairment a sério. Mas será mesmo?
Resenha: O Palácio da Memoria
Com um pouco mais de duzentas páginas, este livro reúne pequenos textos sobre pessoas “extraordinárias”, a maioria delas desconhecidas. A narrativa é muito interessante e o autor consegue prender o leitor. Como cada capítulo é relativamente pequeno, o livro pode ser apreciado aos poucos.
A maioria das pessoas apresentadas no livro é desconhecida e muitos capítulos centra seu foco na questão do racismo nos Estados Unidos, no século XIX e meados do século XX. Ao fazer estas escolhas, o autor, Nate DiMeo mostra como uma vida “comum” pode também ser “extraordinária”. Veja a vida de Edwin Booth, que foi ator, mas teve sua carreira prejudicada pelo irmão, também ator, John Wilkes Booth, ambos filhos do maior ator shakespeariano dos EUA. Este mesmo pai que reduziu Edwin em público, mas isto não foi suficiente para Edwin parar de atuar. Mas seu irmão, John, matou Lincoln com um tiro num teatro. E isto levou Edwin abandonar os palcos. Anos depois, Edwin vê um homem caído nos trilhos de uma estrada de ferro e salva sua vida; este homem salvo por Edwin é o filho de Lincoln, o presidente que foi assassinado por seu irmão. Outras pessoas extraordinárias aparecem no livro.
Vale a pena? - Uma ótima leitura, para ser consumida aos poucos.
A maioria das pessoas apresentadas no livro é desconhecida e muitos capítulos centra seu foco na questão do racismo nos Estados Unidos, no século XIX e meados do século XX. Ao fazer estas escolhas, o autor, Nate DiMeo mostra como uma vida “comum” pode também ser “extraordinária”. Veja a vida de Edwin Booth, que foi ator, mas teve sua carreira prejudicada pelo irmão, também ator, John Wilkes Booth, ambos filhos do maior ator shakespeariano dos EUA. Este mesmo pai que reduziu Edwin em público, mas isto não foi suficiente para Edwin parar de atuar. Mas seu irmão, John, matou Lincoln com um tiro num teatro. E isto levou Edwin abandonar os palcos. Anos depois, Edwin vê um homem caído nos trilhos de uma estrada de ferro e salva sua vida; este homem salvo por Edwin é o filho de Lincoln, o presidente que foi assassinado por seu irmão. Outras pessoas extraordinárias aparecem no livro.
Vale a pena? - Uma ótima leitura, para ser consumida aos poucos.
Simplificação da Evidenciação Contábil nos EUA
Finalmente uma notícia boa para contabilidade. A SEC, entidade que regulamenta o mercado de capitais dos Estados Unidos, está propondo uma alteração nas regras de evidenciação contábil das empresa, anunciou a Reuters. Apesar desta medida ser uma promessa de campanha de Donald Trump, as medidas começaram durante o governo Obama.
Com as novas regras, as empresas podem omitir algumas referências a fatores de risco e usar referências online (hiperlinks), o que poderá reduzir o volume de informação divulgada.
A proposta estará disponível para audiência pública por 60 dias.
Com as novas regras, as empresas podem omitir algumas referências a fatores de risco e usar referências online (hiperlinks), o que poderá reduzir o volume de informação divulgada.
A proposta estará disponível para audiência pública por 60 dias.
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