Fonte: Aqui
01 novembro 2013
Em defesa das notas explicativas
Existe uma constatação antiga que as demonstrações contábeis estão cada vez maiores. Isto se aplica, aparentemente, a todos os mercados de capitais do mundo. As reclamações parecem que chegaram à entidade que regula as normas contábeis de alguns países do mundo, inclusive o Brasil, o Iasb. Segundo o jornal Valor Econômico (Grupo tenta melhorar e reduzir notas explicativas), existiria um consenso no ASAF de que há muita informação irrelevante sendo divulgada.
Tenho três argumentos contrários à posição daqueles que enxergam que as notas explicativas deveriam ser mais enxutas. Primeiro lugar, a comunicação é um processo de transmissão de mensagem entre dois ou mais indivíduos. Um dos maiores problemas da comunicação é ruído. A redundância é uma forma de resolver o problema do ruído no processo de transmissão de uma mensagem. No livro Informação existe um exemplo muito simples como isto ocorre: na transmissão de mensagens por tambores na África, a comunicação era realizada através de frases longas, já que o som poderia significar muitas coisas. Ao mandar frases longas, o transmissor garantia que receptor entenderia a mensagem.
A linguagem contábil também está cheia de redundância. Quando colocamos subgrupos no ativo e a soma deles corresponde à soma do ativo, Isto é um exemplo de redundância. Como o custo da informação nos dias de hoje é reduzido, há um incentivo para que exista.
Em segundo lugar, a contabilidade sob a visão do Iasb baseia-se no pressuposto de preparar a informação para o usuário externo. E a informação tem que ser relevante e representar, de maneira fidedigna, à realidade. Entretanto, imagem um contador de uma empresa, preparando as demonstrações contábeis para serem divulgadas. Será que este indivíduo sabe que é o usuário das informações que ele irá divulgar? Será que ele tem conhecimento da informação que é relevante para seu usuário? Provavelmente este contador, através de um processo de tentativa e erro, arrisca a divulgar informações que podem ser relevantes. E uma vez que o usuário dificilmente fornece um feedback sobre a relevância da informação é muito mais cômodo para quem prepara a informação continuar transmitindo a mesma informação do passado acrescida de algo mais.
Finalmente, a grande quantidade de informação divulgada em notas explicativas pelas empresas está sendo julgada pelo Iasb. Mas será que o Iasb é uma entidade suficientemente isenta para fazer esta crítica? Arrisco a dizer que não. A proposta recente desta entidade para reformar parte da estrutura conceitual possui 239 páginas. A atual estrutura possui 40 páginas na versão brasileira do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Se alguém tiver paciência de ler esta proposta de alteração do Iasb irá perceber muita repetição ou muita explicação sem necessidade. A posição do Iasb lembra um velho dito popular: “casa de ferreiro, espeto de pau”. Antes de exigir uma comunicação mais enxuta das empresas, o Iasb deveria orientar suas normas para seguir esta mesma linha.
Assim, a preocupação com o tamanho das notas explicativas deveria começar na casa do regulador, seja resolvendo a questão do usuário ou fazendo o dever de caso. Dado o exemplo, seria mais fácil cobrar das empresas.
Tenho três argumentos contrários à posição daqueles que enxergam que as notas explicativas deveriam ser mais enxutas. Primeiro lugar, a comunicação é um processo de transmissão de mensagem entre dois ou mais indivíduos. Um dos maiores problemas da comunicação é ruído. A redundância é uma forma de resolver o problema do ruído no processo de transmissão de uma mensagem. No livro Informação existe um exemplo muito simples como isto ocorre: na transmissão de mensagens por tambores na África, a comunicação era realizada através de frases longas, já que o som poderia significar muitas coisas. Ao mandar frases longas, o transmissor garantia que receptor entenderia a mensagem.
A linguagem contábil também está cheia de redundância. Quando colocamos subgrupos no ativo e a soma deles corresponde à soma do ativo, Isto é um exemplo de redundância. Como o custo da informação nos dias de hoje é reduzido, há um incentivo para que exista.
Em segundo lugar, a contabilidade sob a visão do Iasb baseia-se no pressuposto de preparar a informação para o usuário externo. E a informação tem que ser relevante e representar, de maneira fidedigna, à realidade. Entretanto, imagem um contador de uma empresa, preparando as demonstrações contábeis para serem divulgadas. Será que este indivíduo sabe que é o usuário das informações que ele irá divulgar? Será que ele tem conhecimento da informação que é relevante para seu usuário? Provavelmente este contador, através de um processo de tentativa e erro, arrisca a divulgar informações que podem ser relevantes. E uma vez que o usuário dificilmente fornece um feedback sobre a relevância da informação é muito mais cômodo para quem prepara a informação continuar transmitindo a mesma informação do passado acrescida de algo mais.
Finalmente, a grande quantidade de informação divulgada em notas explicativas pelas empresas está sendo julgada pelo Iasb. Mas será que o Iasb é uma entidade suficientemente isenta para fazer esta crítica? Arrisco a dizer que não. A proposta recente desta entidade para reformar parte da estrutura conceitual possui 239 páginas. A atual estrutura possui 40 páginas na versão brasileira do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Se alguém tiver paciência de ler esta proposta de alteração do Iasb irá perceber muita repetição ou muita explicação sem necessidade. A posição do Iasb lembra um velho dito popular: “casa de ferreiro, espeto de pau”. Antes de exigir uma comunicação mais enxuta das empresas, o Iasb deveria orientar suas normas para seguir esta mesma linha.
Assim, a preocupação com o tamanho das notas explicativas deveria começar na casa do regulador, seja resolvendo a questão do usuário ou fazendo o dever de caso. Dado o exemplo, seria mais fácil cobrar das empresas.
Estrutura Conceitual: Características da informação e Categorias de Mensuração
A representação fiel possui, segundo o Iasb, menor influência sobre a mensuração que a relevância. O Iasb repete o significado da representação fiel e discute o problema de usar medidas diferentes para ativos e passivos relacionados entre si (descasamento contábil ou accounting mismatch). Assim, para estes casos, o Iasb indica usar a mesma abordagem.
Quanto as características de melhoria, destaca-se a compreensibilidade, a tempestividades, a verificabilidade e a comparabilidade. Referindo-se a compreensibilidade, a visão do Iasb é que o número de diferentes medidas usadas deve ser limitado. E que se devem evitar mudanças desnecessárias na forma de mensuração de um item em particular. Além disto, no debate sobre as mensuração é necessário considerar a restrição ao custo: um medida não pode ter um custo muito elevado.
Categorias de Mensuração
O Iasb considera três grupos de mensuração: (a ) baseadas no custo; (b) preços correntes de mercado, incluindo valor justo; (c) outras medidas baseada no fluxo de caixa. O CPC 00 afirma que “um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações contábeis. Essas bases incluem o que segue” e indica o custo histórico, o custo corrente, o valor realizável, o valor presente. Assim, a proposta do Iasb reduz a quantidade de categorias de medidas.
A definição de custo é tipicamente uma medida de valor de entrada. Ou seja, refere-se a quantia de dinheiro ou equivalente para adquirir um ativo ou construí-lo. No caso do passivo, seia a quantia de dinheiro ou equivalente recebido no momento que o passivo é incorrido. Esta é uma definição já divulgada nos pronunciamentos do Iasb (IAS 15 e IAS 2) e na própria estrutura conceitual CPC 00.
A medida baseada no custo pode sofrer ajustes ao longo do tempo: depreciação, apropriação de juros, amortização de ágio, imparidade de ativos, entre outras. Além disto, o Iasb admite que medidas baseadas no custo possam refletir as mudanças de preços. Isto inclui a inflação em habientes de elevada inflação (IAS 29) ou mudanças nos preços específicos (custo de reposição).
(Continua)
Quanto as características de melhoria, destaca-se a compreensibilidade, a tempestividades, a verificabilidade e a comparabilidade. Referindo-se a compreensibilidade, a visão do Iasb é que o número de diferentes medidas usadas deve ser limitado. E que se devem evitar mudanças desnecessárias na forma de mensuração de um item em particular. Além disto, no debate sobre as mensuração é necessário considerar a restrição ao custo: um medida não pode ter um custo muito elevado.
Categorias de Mensuração
O Iasb considera três grupos de mensuração: (a ) baseadas no custo; (b) preços correntes de mercado, incluindo valor justo; (c) outras medidas baseada no fluxo de caixa. O CPC 00 afirma que “um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações contábeis. Essas bases incluem o que segue” e indica o custo histórico, o custo corrente, o valor realizável, o valor presente. Assim, a proposta do Iasb reduz a quantidade de categorias de medidas.
A definição de custo é tipicamente uma medida de valor de entrada. Ou seja, refere-se a quantia de dinheiro ou equivalente para adquirir um ativo ou construí-lo. No caso do passivo, seia a quantia de dinheiro ou equivalente recebido no momento que o passivo é incorrido. Esta é uma definição já divulgada nos pronunciamentos do Iasb (IAS 15 e IAS 2) e na própria estrutura conceitual CPC 00.
A medida baseada no custo pode sofrer ajustes ao longo do tempo: depreciação, apropriação de juros, amortização de ágio, imparidade de ativos, entre outras. Além disto, o Iasb admite que medidas baseadas no custo possam refletir as mudanças de preços. Isto inclui a inflação em habientes de elevada inflação (IAS 29) ou mudanças nos preços específicos (custo de reposição).
(Continua)
Convergindo as Receitas
Os dois principais reguladores contábeis do mundo, o Iasb e o Fasb, estão chegando a um consenso sobre a norma sobre reconhecimento de receita, informou a Reuters (New Rule to Ring in Costly accounting chance for telcos, Huw Jones).
Este acordo pode ser importante para os defensores da convergência, em razão da importância do tema. A receita é uma das principais informações financeiras de uma empresa. Em entidades que estão em fase de crescimento, que não geram lucro nem caixa, a receita é um parâmetro fundamental para os analistas financeiros por ajudar a projetar o valor da entidade.
Assim, o acordo entre as duas entidades poderá, segundo os otimistas, ajudar no processo de comparação das empresas e ajudar a reduzir o custo de capital. A regra será publicada em 2014 e deverá entrar em vigor em 2017. Segundo um funcionário da EY, entrevistado pela Reuters, as empresas que usam as normas do Iasb deverão sentir mais as mudanças. E entre as empresas, as de telecomunicações, softwares, de terceirização, ciências da vida e da construção terão mais influencia. Estas empresas são conhecidas pelos chamados "multiple elements arrangements". Uma empresa que "dá" um celular a seu cliente, deverá reconhecer esta "receita" do aparelho. Ou seja, a nova regra irá antecipar o reconhecimento de receitas e aumentar a distância entre a competência e o caixa.
Este acordo pode ser importante para os defensores da convergência, em razão da importância do tema. A receita é uma das principais informações financeiras de uma empresa. Em entidades que estão em fase de crescimento, que não geram lucro nem caixa, a receita é um parâmetro fundamental para os analistas financeiros por ajudar a projetar o valor da entidade.
Assim, o acordo entre as duas entidades poderá, segundo os otimistas, ajudar no processo de comparação das empresas e ajudar a reduzir o custo de capital. A regra será publicada em 2014 e deverá entrar em vigor em 2017. Segundo um funcionário da EY, entrevistado pela Reuters, as empresas que usam as normas do Iasb deverão sentir mais as mudanças. E entre as empresas, as de telecomunicações, softwares, de terceirização, ciências da vida e da construção terão mais influencia. Estas empresas são conhecidas pelos chamados "multiple elements arrangements". Uma empresa que "dá" um celular a seu cliente, deverá reconhecer esta "receita" do aparelho. Ou seja, a nova regra irá antecipar o reconhecimento de receitas e aumentar a distância entre a competência e o caixa.
As empresas X
Primeiro, a notícia que outra empresa do grupo X poderá também solicitar recuperação judicial:
A OSX Brasil informou nesta quinta-feira, 31, que poderá vir a exercer o direito legal à recuperação judicial, "caso a sua administração verifique ser esta a medida mais adequada para a preservação da continuidade de seus negócios e a proteção dos interesses da OSX e dos interesses de seus stakeholders". O comunicado da companhia de construção naval foi divulgado um dia após outra empresa do Grupo EBX, a petroleira OGX, ter entrado com pedido de recuperação judicial, diante de dificuldades financeiras.
O BNDES, que financiou a expansão das empresas, decide não cobrar a dívida:
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, crê numa "solução" para a OSX, empresa de construção naval de Eike Batista, e sinalizou com a possibilidade de uma nova prorrogação de um empréstimo à empresa. O banco estatal já havia prorrogado para novembro um débito de R$ 548 milhões. Indagado sobre um novo adiamento, Coutinho disse: "Quando há uma perspectiva de solução [para evitar a inadimplência da empresa], nós precisamos estar atentos para que essas soluções possam acontecer." Para o presidente do banco estatal, a OSX possui "muito ativos valiosos", que superam o valor de suas dívidas. Desse modo, avalia, "dar tempo para que as soluções [venda da companhia, por exemplo] possam acontecer é uma estratégia sensata".
E as agências de ratings somente agora perceberam que o papel da OGX não vale muita coisa:
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings da dívida da OGX, de Eike Batista, em moeda estrangeira e em moeda local de "C" para "D", último nível, refletindo o pedido de recuperação judicial feito pela companhia nesta quarta-feira (30). A Fitch informou ainda que manteve o rating da notas de US$ 2,6 bilhões e US$ 1,1 bilhão da OGX em "C/RR5", o que indica que é muito provável que a OGX perca alguma da suas concessões de exploração após o pedido de recuperação judicial. Segundo a Fitch, o futuro do rating da OGX vai depender da habilidade da empresa de manter ativos e cumprir com obrigações da dívida
E os investidores serão os mais prejudicados:
Investidores da OGX devem ser os maiores prejudicados em função da profunda crise pela qual passa a petroleira controlada por Eike Batista. Mesmo que a recuperação judicial não seja aprovada, os acionistas automaticamente irão para a última linha de pagamento. Supostamente vão receber o saldo somente após o pagamento da longa lista de credores, que viria na sequência do acerto com funcionários e a prévia quitação de impostos. Vale lembrar que, mesmo hoje, antes de um possível processo de recuperação, os ativos já estão extremamente desvalorizados. E é justamente da liquidação dos ativos que viria o dinheiro para a quitação da dívida. Ao pequeno investidor, que não tinha participação nas decisões da OGX e tampouco o patrimônio semelhante ao de Eike, resta apenas esperar, porém sem criar grandes expectativas, é preciso dizer.
A OSX Brasil informou nesta quinta-feira, 31, que poderá vir a exercer o direito legal à recuperação judicial, "caso a sua administração verifique ser esta a medida mais adequada para a preservação da continuidade de seus negócios e a proteção dos interesses da OSX e dos interesses de seus stakeholders". O comunicado da companhia de construção naval foi divulgado um dia após outra empresa do Grupo EBX, a petroleira OGX, ter entrado com pedido de recuperação judicial, diante de dificuldades financeiras.
O BNDES, que financiou a expansão das empresas, decide não cobrar a dívida:
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, crê numa "solução" para a OSX, empresa de construção naval de Eike Batista, e sinalizou com a possibilidade de uma nova prorrogação de um empréstimo à empresa. O banco estatal já havia prorrogado para novembro um débito de R$ 548 milhões. Indagado sobre um novo adiamento, Coutinho disse: "Quando há uma perspectiva de solução [para evitar a inadimplência da empresa], nós precisamos estar atentos para que essas soluções possam acontecer." Para o presidente do banco estatal, a OSX possui "muito ativos valiosos", que superam o valor de suas dívidas. Desse modo, avalia, "dar tempo para que as soluções [venda da companhia, por exemplo] possam acontecer é uma estratégia sensata".
E as agências de ratings somente agora perceberam que o papel da OGX não vale muita coisa:
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings da dívida da OGX, de Eike Batista, em moeda estrangeira e em moeda local de "C" para "D", último nível, refletindo o pedido de recuperação judicial feito pela companhia nesta quarta-feira (30). A Fitch informou ainda que manteve o rating da notas de US$ 2,6 bilhões e US$ 1,1 bilhão da OGX em "C/RR5", o que indica que é muito provável que a OGX perca alguma da suas concessões de exploração após o pedido de recuperação judicial. Segundo a Fitch, o futuro do rating da OGX vai depender da habilidade da empresa de manter ativos e cumprir com obrigações da dívida
E os investidores serão os mais prejudicados:
Investidores da OGX devem ser os maiores prejudicados em função da profunda crise pela qual passa a petroleira controlada por Eike Batista. Mesmo que a recuperação judicial não seja aprovada, os acionistas automaticamente irão para a última linha de pagamento. Supostamente vão receber o saldo somente após o pagamento da longa lista de credores, que viria na sequência do acerto com funcionários e a prévia quitação de impostos. Vale lembrar que, mesmo hoje, antes de um possível processo de recuperação, os ativos já estão extremamente desvalorizados. E é justamente da liquidação dos ativos que viria o dinheiro para a quitação da dívida. Ao pequeno investidor, que não tinha participação nas decisões da OGX e tampouco o patrimônio semelhante ao de Eike, resta apenas esperar, porém sem criar grandes expectativas, é preciso dizer.
BIC é vendido para chineses
O gigante Banco de Construção da China fechou a compra do BibBanco, instituição financeira pertencente à família Menezes de Bezerra e que atua no financiamento de pequenas e médias empresas. O valor do negócio foi de R$ 1,621 bilhão, o que embute um ágio de 18,6% sobre o valor das ações na Bolsa, pelo equivalente a 72% do capital do banco. A compra sela a entrada de um dos maiores bancos do mundo no Brasil, que inicialmente entra em um setor desprezado pelos bancos brasileiros.
Fonte: Folha de S Paulo
A concentração do mercado e a crise dos bancos médios nos últimos anos tornaram difícil a sobrevivência de instituições como o BicBanco
Fonte: Folha de S Paulo
A concentração do mercado e a crise dos bancos médios nos últimos anos tornaram difícil a sobrevivência de instituições como o BicBanco
Corrupção e fraudes
As fraudes e a corrupção são "reais e um perigo presente no Brasil", avaliou hoje o sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC) Martin Whitehead, especialista da consultoria em investigações sobre os temas. "Eu trabalhei na África, achava que lá havia corrupção, mas aqui é mais, pois o tamanho é maior, o setor público é muito grande, muitas comissões são pagas e você precisa de licença e autorização para tudo", disse ele, durante o evento "Compliance: o desafio da conformidade à nova Lei Anticorrupção brasileira", organizado pela Fundação Dom Cabral, em São Paulo. Whitehead lembrou que a complexidade do sistema fiscal brasileiro facilita a corrupção no País.
Para ele, a percepção de corrupção é comum para muitos clientes da PwC que têm intenção de investir no Brasil. "Apesar de no levantamento da percepção de corrupção da Transparência Internacional o Brasil aparecer no meio da lista, como quinta ou sexta economia do mundo isso é ruim. A nova lei é um ótimo caminho, mas o Brasil deve pensar no nível da Europa."
O sócio da PwC elogiou a criação de várias legislações recentes anticorrupção em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como a lei brasileira (12.846/2013) deste ano, a do México (2012) e a de outros países como Chile, Índia, Indonésia e Rússia. "Quase todos os países da OCDE estão criminalizando a corrupção por conta da necessidade de ampliar o comércio."
Whitehead citou uma pesquisa de 2011, a qual aponta que o crime mais comum em companhias é a apropriação de ativos e avaliou que muitos clientes da consultoria estão "acordando" para as investigações e o monitoramento de fraudes internas, "especialmente na área de compras", onde há mais delitos segundo ele.
"Há softwares disponíveis para essa apuração", exemplificou. "O mapeamento de riscos é importante para prevenir e um programa interno de compliance, com uma due diligence, é fundamental porque auditorias externas não são suficientes para apontar fraudes", afirmou.
O título do texto é "Sistema fiscal facilita fraudes no Brasil, diz consultor". Mas o texto dá a entender que a crítica vai além da questão tributária.
Para ele, a percepção de corrupção é comum para muitos clientes da PwC que têm intenção de investir no Brasil. "Apesar de no levantamento da percepção de corrupção da Transparência Internacional o Brasil aparecer no meio da lista, como quinta ou sexta economia do mundo isso é ruim. A nova lei é um ótimo caminho, mas o Brasil deve pensar no nível da Europa."
O sócio da PwC elogiou a criação de várias legislações recentes anticorrupção em países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), como a lei brasileira (12.846/2013) deste ano, a do México (2012) e a de outros países como Chile, Índia, Indonésia e Rússia. "Quase todos os países da OCDE estão criminalizando a corrupção por conta da necessidade de ampliar o comércio."
Whitehead citou uma pesquisa de 2011, a qual aponta que o crime mais comum em companhias é a apropriação de ativos e avaliou que muitos clientes da consultoria estão "acordando" para as investigações e o monitoramento de fraudes internas, "especialmente na área de compras", onde há mais delitos segundo ele.
"Há softwares disponíveis para essa apuração", exemplificou. "O mapeamento de riscos é importante para prevenir e um programa interno de compliance, com uma due diligence, é fundamental porque auditorias externas não são suficientes para apontar fraudes", afirmou.
O título do texto é "Sistema fiscal facilita fraudes no Brasil, diz consultor". Mas o texto dá a entender que a crítica vai além da questão tributária.
Comida brasileira para gringo
O Buzz Feed fez uma lista de 24 comidas brasileiras que todo gringo deve experimentar. A lista inclui o que é, como o que se parece, a receita e uma conclusão.
Coxinha
Brigadeiro
Pão de Queijo
Farofa
Feijão Tropeiro
Açaí
Pastel
Mousse de Maracujá
Feijoada
Bolinho de Chuva
Moqueca de Camarão
Beijinho de Coco
Vatapá
Bauru
Creme de Papaia
Acarajé
Romeu e Julieta
Misto Quente
Requeijão
Mandioca Frita
Salpicão
Pavé
Empadão
Quindim
Coxinha
Brigadeiro
Pão de Queijo
Farofa
Feijão Tropeiro
Açaí
Pastel
Mousse de Maracujá
Feijoada
Bolinho de Chuva
Moqueca de Camarão
Beijinho de Coco
Vatapá
Bauru
Creme de Papaia
Acarajé
Romeu e Julieta
Misto Quente
Requeijão
Mandioca Frita
Salpicão
Pavé
Empadão
Quindim
31 outubro 2013
Expansão da Price
A empresa de contabilidade e consultoria PricewaterhouseCoopers fechou acordo para comprar a Booz Co, de consultoria corporativa, visando fortalecer seus negócios de assessoria e tributos. As empresas disseram que o acordo está sujeito à aprovação do sócio da Booz Co, com votação prevista para dezembro. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados. A Booz Co se separou em 2008 de Booz Allen Hamilton, consultoria mais conhecida por seu trabalho com as agências governamentais norte-americanas. As duas empresas já não estão relacionados.
Fonte: Aqui
É interessante que esta decisão da Price acontece dez anos após as grandes empresas de auditoria terem ensaiado um movimento de sair da área de consultoria. A Sarbox impediu, em geral, que empresas de auditoria fizessem auditoria para o mesmo cliente. Em 2002 a PwC vendeu a sua consultoria para IBM.
Além disto, as receitas na área de auditoria não tem evoluído rapidamente, ao contrário da área de consultoria. Por este motivo, a PwC tem feito, desde 2009, grandes aquisições na área de consultoria.
O valor da compra deve ter sido US$1 bilhão. Este seria o valor da receita da Booz.
Fonte: Aqui
É interessante que esta decisão da Price acontece dez anos após as grandes empresas de auditoria terem ensaiado um movimento de sair da área de consultoria. A Sarbox impediu, em geral, que empresas de auditoria fizessem auditoria para o mesmo cliente. Em 2002 a PwC vendeu a sua consultoria para IBM.
Além disto, as receitas na área de auditoria não tem evoluído rapidamente, ao contrário da área de consultoria. Por este motivo, a PwC tem feito, desde 2009, grandes aquisições na área de consultoria.
O valor da compra deve ter sido US$1 bilhão. Este seria o valor da receita da Booz.
É preciso melhorar os balanços
Melhorar os balanços dos bancos é um passo necessário para restaurar o crescimento do crédito na zona euro, disse Joerg Asmussen, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE) nesta quarta-feira.
"O saneamento dos saldos das contas bancárias dos bancos europeus é um passo necessário para a expansão do crédito", avaliou Asmussen durante um discurso em Stuttgart.
De acordo com o membro do BCE, os dois primeiros testes de estresse na região não restauraram a confiança no setor bancário europeu.
"Eu acredito que esta seja a nossa terceira e última chance", disse.
No início de outubro, o BCE lançou uma revisão dos balanços das cerca de 130 instituições financeiras da zona do euro em uma tentativa de reforçar a confiança nos bancos europeus, que, por sua vez, devem estimular novos empréstimos para o setor privado, ajudando a recuperação da economia.
Asmussen também advertiu que a zona euro deve estar preparada para preencher lacunas de capital e que os bancos devem ser capazes de preencher essas lacunas através dos mercados. "Se os governos nacionais não puderem preencher as lacunas, o Mecanismo Europeu de Estabilidade poderia ser acionado", concluiu Asmussen. Ele apontou para o programa de resgate bancário da Espanha como um exemplo. Fonte: Dow Jones Newswires (via aqui)
Como a Europa adota as IFRS, parece que é um aviso para o Iasb.
"O saneamento dos saldos das contas bancárias dos bancos europeus é um passo necessário para a expansão do crédito", avaliou Asmussen durante um discurso em Stuttgart.
De acordo com o membro do BCE, os dois primeiros testes de estresse na região não restauraram a confiança no setor bancário europeu.
"Eu acredito que esta seja a nossa terceira e última chance", disse.
No início de outubro, o BCE lançou uma revisão dos balanços das cerca de 130 instituições financeiras da zona do euro em uma tentativa de reforçar a confiança nos bancos europeus, que, por sua vez, devem estimular novos empréstimos para o setor privado, ajudando a recuperação da economia.
Asmussen também advertiu que a zona euro deve estar preparada para preencher lacunas de capital e que os bancos devem ser capazes de preencher essas lacunas através dos mercados. "Se os governos nacionais não puderem preencher as lacunas, o Mecanismo Europeu de Estabilidade poderia ser acionado", concluiu Asmussen. Ele apontou para o programa de resgate bancário da Espanha como um exemplo. Fonte: Dow Jones Newswires (via aqui)
Como a Europa adota as IFRS, parece que é um aviso para o Iasb.
OGX pede recuperação judicial
A petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, confirmou as expectativas do mercado e entrou com um pedido de recuperação judicial na tarde desta quarta-feira. A informação é do advogado Sérgio Bermudes, que está à frente do processo - o maior do setor corporativo na história da América Latina. Este é o último recurso antes de uma possível falência da empresa, que agora ganhará um novo prazo de negociação, na tentativa final de quitar suas dívidas.Após meses de negociação, a OGX não conseguiu chegar a um acordo com os seus credores. Com isso, a empresa só terá caixa por mais algumas semanas e precisa levantar recursos com credores ou novos investidores.
Fonte: Aqui
Segundo o Brasil Econômico, a ideia é tentar ganhar fôlego:
A ideia da empresa é apresentar plano semelhante ao negociado nas últimas semanas com credores em Nova York, segundo o qual as dívidas são convertidas em participação acionária na companhia. O plano discutido - e depois publicado no site da empresa - previa a redução da participação do atual controlador para 10% do capital. Os detentores de bonds da empresa, no valor de US$ 3,6 bilhões, ficariam com uma fatia entre 42% e 57%, dependendo do tamanho da dívida com a OSX, ainda em discussão.
Segundo uma fonte, o objetivo é ter uma empresa com capital redistribuído, menos dívidas e bons ativos, como os campos Tubarão Martelo e Atlanta, ambos na Bacia de Campos. O processo de recuperação judicial pode facilitar a aprovação da proposta, uma vez que prevê votação por maioria simples em assembleia de credores
Segundo o NYTimes
foi uma queda impressionante de Eike Batista, que já foi um símbolo da rápida ascensão do Brasil como potência econômica global, mas, mais recentemente, passou a representar a elite brasileira, que se vê acima das regras que regem o a maior parte do país. (...) E protestos de rua neste verão refletido ressentimento dos brasileiros que o governo tinha canalizado recursos para projetos controlados por magnatas como o Sr. Batista.
O jornal lembra uma notícia do Estado de S Paulo - postada anteriormente neste blog - que somente uma pequena parcela das empresas conseguem sair de um processo de recuperação judicial.
Atraso no Enem
Um aluno do 2º ano de ciências contábeis da USP se passou por candidato atrasado do Enem no último domingo – conta hoje a Folha para assinantes®. Flávio Renato de Queiroz Segundo, 20, fingiu que perdeu a prova e deu entrevistas comentando o falso episódio. A cena aconteceu nos portoes da Uninove, em Sao Paulo – “Eu disse que queria fazer ciências econômicas na UFSCar. Só que nem existe esse curso”, afirmou ele à Folha, que nao o entrevistou no dia do Enem, mas publicou foto dele na primeira página, escalando o portao – acima (Sobre nao existir o curso, ninguem investigou!).
O curso citado por ele existe no novo campus de Sorocaba da universidade, mas nao em Sao Carlos. No domingo, no portao da Uninove, Flávio gritava que nao poderia ter perdido o exame, pois agora “teria de fazer Mackenzie”. O garoto disse aos jornalistas que havia perdido a prova porque perdeu uma conexao do trem e precisou pegar um ônibus. Por isso, teria chegado atrasado ao local.
“No dia anterior eu perdi um trem indo de Pacaembu a Osasco. Levei duas horas para chegar e fiquei com essa história na cabeça”. Ele nao se diz arrependido – “A imprensa é muito ingênua” – conclui.
Fonte: Aqui
O curso citado por ele existe no novo campus de Sorocaba da universidade, mas nao em Sao Carlos. No domingo, no portao da Uninove, Flávio gritava que nao poderia ter perdido o exame, pois agora “teria de fazer Mackenzie”. O garoto disse aos jornalistas que havia perdido a prova porque perdeu uma conexao do trem e precisou pegar um ônibus. Por isso, teria chegado atrasado ao local.
“No dia anterior eu perdi um trem indo de Pacaembu a Osasco. Levei duas horas para chegar e fiquei com essa história na cabeça”. Ele nao se diz arrependido – “A imprensa é muito ingênua” – conclui.
Fonte: Aqui
30 outubro 2013
Rir é o melhor remédio
Uma provável letra subtraída fez com que uma frase de incentivo que estampava uma camiseta masculina das lojas Marisa virasse um oferecimento obsceno. Na frase metalizada da camiseta infanto-juvenil preta, lia-se "Great rapers tonight": ótimos estupradores hoje à noite. É provável que o magazine quisesse dizer "Great rappers tonight", com um pê a mais na palavra do meio, o que em inglês vira "ótimos rappers hoje à noite"
(Fonte: Folha de S. Paulo)
(Fonte: Folha de S. Paulo)
CVM anacrônica?
O superintendente Geral da Comissão de Valores Mobiliários, Alexandre Pinheiro dos Santos, negou que haja um sucateamento da autarquia, conforme matéria publicada recentemente na imprensa. "A CVM nega o que ali consta em relação a um pretenso sucateamento. Nada do que ali se diz a respeito dessa ordem procede", ressaltou o executivo durante evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Na semana passada, a revista Exame publicou reportagem afirmando que diretores da xerife do mercado de capitais brasileiro pagam viagens do próprio bolso, que diligências são feitas de ônibus e que as impressoras dos escritórios da CVM não funcionam, além de dizer que a autarquia nunca foi tão anacrônica.
Superintendente da CVM nega sucateamento da autarquia - Por Gabriela Forlin
Na semana passada, a revista Exame publicou reportagem afirmando que diretores da xerife do mercado de capitais brasileiro pagam viagens do próprio bolso, que diligências são feitas de ônibus e que as impressoras dos escritórios da CVM não funcionam, além de dizer que a autarquia nunca foi tão anacrônica.
Superintendente da CVM nega sucateamento da autarquia - Por Gabriela Forlin
Ranking dos negócios
Fazer negócios no Brasil para uma empresa de menor porte ficou um pouco mais fácil, mas o País ainda está longe dos melhores lugares do mundo para a vida de um empreendedor, mostra um ranking divulgado, em Washington, pelo Banco Mundial, sobre a facilidade de se fazer negócios em 189 países. O Brasil ficou na 116ª posição no ranking relativo a 2014. O País melhorou algumas colocações na comparação com o relatório passado, quando estava na posição 130º lugar, e com o de 2012, quando estava em 126º.
Começar um negócio no Brasil demora 107,5 dias, melhor que os 119 dias do levantamento anterior, mas ainda longe dos líderes da lista. Em Cingapura, país que ocupa a primeira posição no levantamento, são apenas dois dias e meio e nos EUA, o quarto lugar, são cinco dias. Em outros indicadores isolados, usados para fazer o ranking geral, o Brasil também ocupa posições ruins. Na facilidade para uma pequena empresa conseguir crédito, está no 109º lugar; em impostos, em 159º; na facilidade para registros de propriedades, em 107º. Conseguir permissão para construção no Brasil demora em média 400 dias, posição 130ª no ranking.
(...) No Brasil, as empresas menores parecem não estar vendo a melhora regulatória. Segundo o levantamento, não houve reformas no ano passado no País até o período encerrado em junho deste ano. O documento cita alguns avanços recentes, como em 2010, quando o País facilitou a abertura de uma empresa removendo a necessidade de obter uma licença do Corpo de Bombeiros antes de se obter a licença operacional da prefeitura. Ao mesmo tempo, a transferência de propriedade se tornou mais difícil com a introdução de um novo certificado comprovando débitos de trabalho, aumentando o número de procedimentos de due diligence (análise financeira de números da empresa).
Fonte: Aqui
Começar um negócio no Brasil demora 107,5 dias, melhor que os 119 dias do levantamento anterior, mas ainda longe dos líderes da lista. Em Cingapura, país que ocupa a primeira posição no levantamento, são apenas dois dias e meio e nos EUA, o quarto lugar, são cinco dias. Em outros indicadores isolados, usados para fazer o ranking geral, o Brasil também ocupa posições ruins. Na facilidade para uma pequena empresa conseguir crédito, está no 109º lugar; em impostos, em 159º; na facilidade para registros de propriedades, em 107º. Conseguir permissão para construção no Brasil demora em média 400 dias, posição 130ª no ranking.
(...) No Brasil, as empresas menores parecem não estar vendo a melhora regulatória. Segundo o levantamento, não houve reformas no ano passado no País até o período encerrado em junho deste ano. O documento cita alguns avanços recentes, como em 2010, quando o País facilitou a abertura de uma empresa removendo a necessidade de obter uma licença do Corpo de Bombeiros antes de se obter a licença operacional da prefeitura. Ao mesmo tempo, a transferência de propriedade se tornou mais difícil com a introdução de um novo certificado comprovando débitos de trabalho, aumentando o número de procedimentos de due diligence (análise financeira de números da empresa).
Fonte: Aqui
Parcelamento de dívidas de impostos
O governo consegue receber só aproximadamente 15% das dívidas de contribuintes que são objeto de parcelamentos especiais, conhecidos como Refis, segundo nota técnica da Receita Federal. Além disso, entre 55% e 85% das empresas beneficiadas deixam de honrar os pagamentos e acabam excluídas dos programas. A suspeita é de que elas estejam utilizando o Refis como instrumento de planejamento tributário. Ou seja, elas se valem dos parcelamentos para pagar menos impostos e contribuições.
A nota, elaborada pela Coordenação-Geral de Arrecadação e Atendimento (Codac) e obtida pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, foi encaminhada ao secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, antes da crise provocada pela abertura simultânea, no início do mês, de três operações desse tipo: o Refis da Crise, o Refis das Múltis brasileiras e o Refis dos Bancos. Juntos, eles permitem parcelar o pagamento de R$ 680 bilhões em dívidas.
Na ocasião, o subsecretário de Arrecadação, Carlos Roberto Occaso, atacou os Refis e afirmou que a Receita é contra eles. Ele havia encaminhado a nota técnica a Barreto.
O documento faz um levantamento detalhado dos resultados dos Refis aprovados desde 2000 até 2011. A cada programa, segundo o estudo, o índice de recuperação do crédito é menor e a inadimplência maior, num círculo vicioso que incentiva novos parcelamentos. Dessa forma, além de o contribuinte não pagar as dívidas dos Refis, também deixa de pagar os impostos correntes, com a expectativa de um novo programa.
A nota alerta que, no momento em que a administração tributária inicia o trabalho de excluir dos Refis as empresas que interromperam os pagamentos, surgem propostas no Congresso para criar um novo programa. Estando incluída num programa, a empresa consegue certidões negativas de pendências com o Fisco.
"De forma a coibir este planejamento fiscal, preservando assim a moralidade daqueles contribuintes que cumprem com a suas obrigações tributárias em dia, impõe-se a necessidade de adoção de medidas", alerta a nota, elaborada em julho de 2011.
Os Refis alimentaram descontentamento na Receita porque encerraram litígios na Justiça nos quais os fiscais acreditavam que sairiam vencedores. Para piorar, foi exonerado o subsecretário de Fiscalização, Caio Marcos Cândido. Antes de perder o cargo, ele distribuiu e-mail criticando "interferências externas", no mesmo dia que os Refis foram sancionados por Dilma Rousseff. A Receita se negou a comentar. Disse que o assunto já foi objeto de entrevista coletiva à imprensa.
Governo só recebe 15% das dívidas que parcela - Estado de S . Paulo - 29 de out de 2013
A nota, elaborada pela Coordenação-Geral de Arrecadação e Atendimento (Codac) e obtida pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, foi encaminhada ao secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, antes da crise provocada pela abertura simultânea, no início do mês, de três operações desse tipo: o Refis da Crise, o Refis das Múltis brasileiras e o Refis dos Bancos. Juntos, eles permitem parcelar o pagamento de R$ 680 bilhões em dívidas.
Na ocasião, o subsecretário de Arrecadação, Carlos Roberto Occaso, atacou os Refis e afirmou que a Receita é contra eles. Ele havia encaminhado a nota técnica a Barreto.
O documento faz um levantamento detalhado dos resultados dos Refis aprovados desde 2000 até 2011. A cada programa, segundo o estudo, o índice de recuperação do crédito é menor e a inadimplência maior, num círculo vicioso que incentiva novos parcelamentos. Dessa forma, além de o contribuinte não pagar as dívidas dos Refis, também deixa de pagar os impostos correntes, com a expectativa de um novo programa.
A nota alerta que, no momento em que a administração tributária inicia o trabalho de excluir dos Refis as empresas que interromperam os pagamentos, surgem propostas no Congresso para criar um novo programa. Estando incluída num programa, a empresa consegue certidões negativas de pendências com o Fisco.
"De forma a coibir este planejamento fiscal, preservando assim a moralidade daqueles contribuintes que cumprem com a suas obrigações tributárias em dia, impõe-se a necessidade de adoção de medidas", alerta a nota, elaborada em julho de 2011.
Os Refis alimentaram descontentamento na Receita porque encerraram litígios na Justiça nos quais os fiscais acreditavam que sairiam vencedores. Para piorar, foi exonerado o subsecretário de Fiscalização, Caio Marcos Cândido. Antes de perder o cargo, ele distribuiu e-mail criticando "interferências externas", no mesmo dia que os Refis foram sancionados por Dilma Rousseff. A Receita se negou a comentar. Disse que o assunto já foi objeto de entrevista coletiva à imprensa.
Governo só recebe 15% das dívidas que parcela - Estado de S . Paulo - 29 de out de 2013
OGX e o Prazo
Diante da iminente recuperação judicial da OGX, esperada para os próximos dias, bancos credores da companhia correm para se proteger e evitar calotes.Santander, Itaú BBA e Morgan Stanley anunciaram ontem um acordo pelo qual, se a OGX ficar inadimplente, eles podem vender para a Eneva (ex-MPX) a fatia da petroleira na OGX Maranhão. Os três bancos emprestaram R$ 600 milhões para a OGX Maranhão, que explora campos de gás na Bacia do Parnaíba. OGX e Eneva são sócias no projeto. Os financiamentos têm como garantia as ações da própria OGX Maranhão e vencem, inicialmente, em janeiro do ano que vem
Fonte: Folha de S Paulo. Em outro texto:
A OGX, de Eike Batista, deve entrar com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira (30), segundo apurou a Folha. Os advogados de Eike estão reunidos com ele neste momento. O pedido deve ser feito apenas no fim do dia, após o fechamento do mercado. Caso seja aceito, a empresa terá 60 dias para apresentar um plano de reestruturação. Os credores, por sua vez, terão 30 dias para se manifestar. Depois é marcada uma assembleia de credores para votar se aceitam ou não o plano. O processo inteiro levará até seis meses
Enquanto isto, o Business Insider mostra os "brinquedos" que Eike, o controlador da OGX, já vendeu:
1. Helicóptero
2. Avião (três)
3. Hotel Glória
4. Iate
Legislação Trabalhista
O peso de 2 milhões de ações judiciais trabalhistas apresentadas anualmente nos tribunais do trabalho assusta investidores e compromete a competitividade das empresas. Segundo o advogado Fábio Chong, sócio e especialista em direito trabalhista do escritório L.O. Baptista-SVMFA, a legislação que rege as relações do trabalho é extensa, complexa e omissa em vários pontos.
(...) Empresários e especialistas concordam que a legislação trabalhista complexa e a burocracia trazem insegurança jurídica. O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro, recorda que, na dúvida, o juiz toma por base a verdade do trabalhador
(...) Além da rigidez da legislação trabalhista, o empresariado se queixa da burocracia imposta pelo próprio governo. "A questão trabalhista hoje é muito mais calcada na desorganização do empregador, do que propriamente na questão de não cumprimento de normas do trabalho", diz Roque Pellizzaro, explicando que há processos que o micro e pequeno empresários simplesmente desconhecem e, por conta disso, acabam incorrendo em erros trabalhistas involuntariamente.
Fonte: Legislação trabalhista causa insegurança jurídica - Brasil Econômico - 29 out 2013
(...) Empresários e especialistas concordam que a legislação trabalhista complexa e a burocracia trazem insegurança jurídica. O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro, recorda que, na dúvida, o juiz toma por base a verdade do trabalhador
(...) Além da rigidez da legislação trabalhista, o empresariado se queixa da burocracia imposta pelo próprio governo. "A questão trabalhista hoje é muito mais calcada na desorganização do empregador, do que propriamente na questão de não cumprimento de normas do trabalho", diz Roque Pellizzaro, explicando que há processos que o micro e pequeno empresários simplesmente desconhecem e, por conta disso, acabam incorrendo em erros trabalhistas involuntariamente.
Fonte: Legislação trabalhista causa insegurança jurídica - Brasil Econômico - 29 out 2013
A vida dura dos banqueiros suíços
Centenas de funcionários, gerentes e banqueiros suíços vivem uma situação inusitada: estão presos no próprio paraíso fiscal e temem que até mesmo uma viagem aos seus chalés de inverno nos Alpes franceses signifique um risco de serem detidos pela polícia. Para visitar clientes, principalmente na América Latina, bancos" de Genebra e Zurique enviam funcionários brasileiros.
Na semana passada, um dos banqueiros mais poderosos da Suíça, Raould Weil, foi detido ao fazer o check-in em um hotel de Bolonha, na Itália, onde passaria um fim de semana com a esposa. Nos últimos dois anos, outros tantos foram presos em solo americano. No Brasil, pelo menos outros três foram detidos. Todos acusados do mesmo crime: ajudar clientes a burlar o Fisco de seus países de origem.
Nas discretas praças financeiras de Genebra ou Zurique, ninguém fala abertamente do assunto. Mas basta levantar a questão e fica claro que uma verdadeira neurose tomou conta dos banqueiros. No fim de semana, o jornal Le Matin revelou que pelo menos mil deles estariam orientados pela direção dos bancos a não sair da Suíça.
Nos EUA, procuradores já indiciaram vários banqueiros suíços. Mas seus nomes não são revelados, justamente para permitir que essas pessoas façam viagens a cidades americanas para visitar seus clientes e, ao desembarcar, seriam detidos.
As leis na Suíça não permitem a extradição por fraude fiscal. Mas bastaria essa pessoa ir até a França, Alemanha ou Itália em poucos minutos de carro que esses governos poderão ser acionados pela Justiça americana. O resultado disso é que muitos com casas do outro lado da fronteira ou mesmo chalés de inverno estão hesitando em visitar suas propriedades.
Bancos suíços já pagaram milhões em multas ao governo americano depois de processos por lavagem de dinheiro e fraude fiscal. Só o UBS, para conti-nuaraatuarnos EUA, foi obrigado a pagar em 2009 uma multa de US$ 780 milhões. Ainda assim, a multa não encerrou o caso para processos individuais, e centenas de funcionários estão na lista dos indiciados ou suspeitos por terem ajudado 17 mil americanos a fraudar o Fisco.
Valentin Landmann, um dos advogados contratados por bancos para ajudar nesses casos com a Justiça americana, já disse ao grupo que não adianta pensar que, com o tempo, os EUA "esqueceriam" da história. Uma das opções que esses funcionários têm agora é procurar a Justiça americana e tentar chegar a um acordo.
Mas, enquanto isso não ocorre, os bancos estão sendo obrigados a manter seus negócios e visitar clientes fora da Suíça. A opção encontrada pelos bancos é a poupar os funcionários e gerentes suíços e mandar para a América Latina e mesmo para os , EUA agentes locais. "Cada vez mais, quem viaja são os brasileiros e funcionários de outras nacionalidades", admitiu ao Estado um desses banqueiros, que pediu anonimato.
Nos últimos anos, bancos suíços já vinham expandindo seus serviços no Brasil, o que em parte facilitou operações na América do Sul, um dos focos das instituições para ganhar novos mercados. Agora, com as dificuldades envolvendo os suíços, a opção pel los novos funcionários ganha força, até mesmo para viagens a Miami e outras cidades americanas.
Os bancos também orientam os funcionários a viajar sem nenhum documento da instituição, nem mesmo cartão de visitas e muito menos a lista de clientes a serem visitados. Uma vez no país, a lista chega por correio a um endereço de terceiros.
Banqueiros suiços evitam sair do País - Jamil Chade - O Estado de S. Paulo - 29/10/2013
Na semana passada, um dos banqueiros mais poderosos da Suíça, Raould Weil, foi detido ao fazer o check-in em um hotel de Bolonha, na Itália, onde passaria um fim de semana com a esposa. Nos últimos dois anos, outros tantos foram presos em solo americano. No Brasil, pelo menos outros três foram detidos. Todos acusados do mesmo crime: ajudar clientes a burlar o Fisco de seus países de origem.
Nas discretas praças financeiras de Genebra ou Zurique, ninguém fala abertamente do assunto. Mas basta levantar a questão e fica claro que uma verdadeira neurose tomou conta dos banqueiros. No fim de semana, o jornal Le Matin revelou que pelo menos mil deles estariam orientados pela direção dos bancos a não sair da Suíça.
Nos EUA, procuradores já indiciaram vários banqueiros suíços. Mas seus nomes não são revelados, justamente para permitir que essas pessoas façam viagens a cidades americanas para visitar seus clientes e, ao desembarcar, seriam detidos.
As leis na Suíça não permitem a extradição por fraude fiscal. Mas bastaria essa pessoa ir até a França, Alemanha ou Itália em poucos minutos de carro que esses governos poderão ser acionados pela Justiça americana. O resultado disso é que muitos com casas do outro lado da fronteira ou mesmo chalés de inverno estão hesitando em visitar suas propriedades.
Bancos suíços já pagaram milhões em multas ao governo americano depois de processos por lavagem de dinheiro e fraude fiscal. Só o UBS, para conti-nuaraatuarnos EUA, foi obrigado a pagar em 2009 uma multa de US$ 780 milhões. Ainda assim, a multa não encerrou o caso para processos individuais, e centenas de funcionários estão na lista dos indiciados ou suspeitos por terem ajudado 17 mil americanos a fraudar o Fisco.
Valentin Landmann, um dos advogados contratados por bancos para ajudar nesses casos com a Justiça americana, já disse ao grupo que não adianta pensar que, com o tempo, os EUA "esqueceriam" da história. Uma das opções que esses funcionários têm agora é procurar a Justiça americana e tentar chegar a um acordo.
Mas, enquanto isso não ocorre, os bancos estão sendo obrigados a manter seus negócios e visitar clientes fora da Suíça. A opção encontrada pelos bancos é a poupar os funcionários e gerentes suíços e mandar para a América Latina e mesmo para os , EUA agentes locais. "Cada vez mais, quem viaja são os brasileiros e funcionários de outras nacionalidades", admitiu ao Estado um desses banqueiros, que pediu anonimato.
Nos últimos anos, bancos suíços já vinham expandindo seus serviços no Brasil, o que em parte facilitou operações na América do Sul, um dos focos das instituições para ganhar novos mercados. Agora, com as dificuldades envolvendo os suíços, a opção pel los novos funcionários ganha força, até mesmo para viagens a Miami e outras cidades americanas.
Os bancos também orientam os funcionários a viajar sem nenhum documento da instituição, nem mesmo cartão de visitas e muito menos a lista de clientes a serem visitados. Uma vez no país, a lista chega por correio a um endereço de terceiros.
Banqueiros suiços evitam sair do País - Jamil Chade - O Estado de S. Paulo - 29/10/2013
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