IASB - Por Isabel Sales
Em 1973 o International Accounting Standards Committee (IASC) foi criado para desenvolver padrões mundiais de contabilidade. Em 2001, entretanto, o Comitê foi substituído pelo atual IASB, que tem como objetivo formular e publicar padrões contábeis que deverão ser seguidos na apresentação de relatórios financeiros, além de promover a sua aceitação e observância mundiais.
Fundação IASC/curadores: Para garantir o cumprimento dos requisitos de seu funcionamento, existem 22 curadores no IASB, membros responsáveis pelo comando do órgão. A sua composição leva em consideração aspectos geográficos de forma que seja garantida a base internacional: seis da América do Norte; sete da Europa; seis da região Ásia/Pacífico; três de qualquer outra área. Suas funções, dentre outras, envolvem: angariar fundos; estabelecer ou alterar procedimentos operacionais para os curadores; abrir suas assembléias ao público, publicar o Relatório Anual; revisar a estratégia e eficiência do IASB; revisar os pontos estratégicos que afetam as normas contábeis, promover o IASB e seu trabalho, promover o objetivo da ríspida aplicação de normas internacionais de contabilidade; desempenhar todos os poderes do IASB, com exceção àqueles privativos ao colegiado, ao Comitê de Interpretações e ao Conselho Assessor de Padrões.
Colegiado de normas internacionais de contabilidade: Os curadores nomeiam 14 membros, sendo 12 em tempo integral e o restante, parcial. Concomitantemente, ao menos: cinco membros com experiência em auditoria; três com experiência na elaboração de demonstrações contábeis; três usuários das informações contábeis; um com histórico acadêmico. Esse colegiado corresponde ao instrumento de execução do IASB, fundamental à determinação das normas contábeis, e deverá, dentre outros: ser responsável por questões técnicas do IASB; publicar uma minuta de apresentação de todos os projetos; ter total poder de decisão sobre a agenda técnica do IASB e sobre a atribuição de projetos concernentes a assuntos técnicos; instituir procedimentos para revisão de documentos publicados para comentários; considerar a realização de audiências públicas para cada projeto; considerar a realização de testes em campo, para assegurar que as normas sugeridas sejam viáveis em todos os ambientes.
Comitê de interpretações: Os curadores nomeiam 12 membros, dentre eles um presidente, para interpretar a aplicação das normas internacionais, publicar minutas dessas interpretações para comentários do público, informar os dados ao colegiado e obter a concordância para as interpretações finais.
Conselho assessor de padrões: Os curadores nomeiam cerca de 30 membros, com históricos geográficos e profissionais diversos, tendo como objetivo fazer recomendações ao colegiado sobre as decisões da agenda; manter o colegiado ciente das perspectivas das organizações e dos indivíduos do conselho sobre os principais projetos relacionados ao estabelecimento de normas; além de fazer recomendações ao comitê ou aos curadores.
Normas internacionais de contabilidade: Editadas desde 1975, têm como objetivo reduzir as divergências entre os procedimentos e normas contábeis entre países. A criação do IASB fez com que as normas aprovadas pelo IASC fossem incorporadas a ele. A partir de 2001 as normas emitidas passaram a se chamar IFRS, as antigas interpretações, denominadas SIC passaram a se chamar IFRIC. Ademais, os problemas ocorridos nos Estados Unidos envolvendo a contabilidade, unindo-se ao apoio do IOSCO às normas editadas pelo IASB, justificam a importância dessas normas nos dias atuais.
Fonte: NIYAMA, Jorge Katsumi, SILVA, César A. Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.
10 agosto 2011
09 agosto 2011
Teste 512
As empresas Automatic Data Processing, Exxon Mobil, Johnson & Johnson e Microsoft possuem algo em comum. Você saberia dizer o que é?
Resposta do Anterior; Piercing
Resposta do Anterior; Piercing
Quando os contadores passaram a ser respeitados...
Até meados do século XIX o contador não exercia nenhum papel relevante na produção de informações para o público externo. Sua tarefa era rotineira e a função de elaboração das demonstrações financeiras era executada pelos administradores.
Naquele momento o país mais desenvolvido do mundo era a Inglaterra. A revolução industrial fez com que a economia inglesa assumisse um papel de liderança mundial.
Pelo seu papel na economia e seu caráter inovador, o transporte ferroviário corresponderia ao a computação nos dias de hoje. Outra similaridade com os dias de hoje é que também ocorreu uma bolha das ações das empresas de ponta, naquele tempo as ferrovias. Esta bolha recebeu a denominação de Railway Mania e ocorreu na metade do século XIX. Entre 1845 e 1846 as ações atingiram o valor máximo de mais de 50% acima do valor do ano anterior. Em 1849 o valor das ações chegou a um terço do ponto máximo.
O interessante é que em menos de cinco anos o contador passou de uma figura voltada para o trabalho burocrático para uma figura de destaque na empresas ferroviárias. Uma análise dos jornais da época, que faziam descrições dos encontros de acionistas, mostra poucas citações sobre os contadores. Em fevereiro de 1847 o Railway Times não fez qualquer citação a este profissional.
Mas em fevereiro de 1850, somente três anos depois e logo após a queda das ações das empresas ferroviárias, o mesmo Railway Times registra que os encontros dos acionistas estão cheios de informações sobre os contadores.
O que ocorreu neste período de tempo tão curto que mudou a maneira como as pessoas percebiam o trabalho dos contadores?
Uma pesquisa de Andrew Odlyzko, da escola de matemática da Universidade de Minnesota, considera que Robert Lucas Nash foi o grande responsável pela mudança. Segundo Odlyzko, Nash foi um pioneiro na análise das demonstrações contábeis. Suas análises eram muito mais profundas do que aquelas realizadas no seu tempo. Para seus contemporâneos, Nash foi um dos responsáveis pela queda nos preços das ações. Para Odlyzko, Nash foi um pioneiro esquecido da contabilidade.
Para ler mais: The collapse of the Railway Mania, the development of capital market, and Robert Lucas Nash, a forgotten pioneer of accounting and financial analysis. Versão revisada e expandida em 25 de junho de 2011.
Links
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Como aumentar o download de uma pesquisa? Ser citado num blog ajuda
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Especulação com ações de baixa liquidez
Contador em Alta na Inglaterra
O endereço de aconselhamento profissional unbiased.co.uk lançou uma nova pesquisa que revela que o contador é o consultor profissional mais valorizado quando se trata de aconselhamento financeiro. Das pequenas empresas pesquisadas, 21% acreditavam que seu contador fornece o aconselhamento empresarial mais valioso. 12% dos donos de pequenos negócios citaram os amigos, enquanto 10% um membro de sua família lhes deu os melhores conselhos sobre seus negócios. Um em cada três (31%) acreditam que seu próprio conselho é o mais valioso no que diz respeito à gestão de sua empresa.
Dos 54% dos proprietários de pequenas empresas que procuraram aconselhamento profissional sobre sua contabilidade, 48% dizeram que seu contador economizou dinheiro no longo prazo, enquanto 47% assinalaram que tinham ajudado a entender o complexo sistema fiscal do Reino Unido.
Fonte: aqui
Dos 54% dos proprietários de pequenas empresas que procuraram aconselhamento profissional sobre sua contabilidade, 48% dizeram que seu contador economizou dinheiro no longo prazo, enquanto 47% assinalaram que tinham ajudado a entender o complexo sistema fiscal do Reino Unido.
Fonte: aqui
Carbono
Os certificados de carbono continuam em baixa, confirmando seu status atual de pior commodity do mundo. Um Certificado de Redução de Emissões (CRE), equivalente a 1 tonelada de carbono, estava sendo negociado a 7,4 em Londres na semana passada. Para se ter uma ideia, no auge do êxito do mercado, em 2007, um CRE custava 18. (...)
"Com a crise, a produtividade caiu, as emissões caíram e as empresas acumulam permissões de emissões", explica Carlos Henrique Delpupo, engenheiro e diretor da consultoria Keyassociados. Segundo ele, o problema é que, com excesso de permissões de emissão, as empresas se desobrigam de investir em novas tecnologias para reduzir emissões.
Fonte: aqui
Guerra Fiscal
A Guerra Fiscal ocorre da seguinte maneira: buscando desenvolvimento e investimentos para seu território, um Estado decide instituir o benefício fiscal e passa a atrair uma série de empresas, gerando empregos e investimentos. Na outra ponta, há o Estado que deixou de ter aquelas empresas em seu território. Para evitar que outras façam o mesmo e desfalquem ainda mais o seu caixa, o governo passa a pressionar as companhias. A ameaça é que, caso se mudem, não terão para quem fornecer seus produtos, já que seus clientes não irão mais se creditar do seu ICMS. (...)
Para diminuir o risco de perder seus clientes e se manter ativa no mercado, a empresa fornecedora faz um verdadeiro malabarismo. Ela mesma assume a contingência da Guerra Fiscal, criando uma nova companhia, de sua propriedade, situada agora no Estado que havia deixado, e que passará a intermediar a operação de compra e venda. Quando exercer a retaliação, o Estado a fará contra uma empresa do mesmo grupo econômico do fornecedor, liberando o comprador (cliente) da descabida perseguição resultante da Guerra Fiscal. (...)
Nesse cenário, são os representantes da empresa intermediária que figuram como responsáveis pelo eventual crime de sonegação fiscal, já que sua empresa é apontada como aquela que se creditou indevidamente do ICMS destacado pelo fornecedor efetivo. Até aqui só há um Estado que se sente prejudicado e exige a adoção de medidas fiscais e criminais contra o "infrator": justamente aquele em que se situa a empresa que adquiriu a mercadoria e que foi beneficiada na etapa anterior.
Mas a coisa mudou de figura quando o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade da norma incentivadora. O ICMS passou a ser devido e o governo que concedeu o benefício fiscal deverá, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal, tomar as medidas necessárias para reaver o imposto que deixou de ser pago.
Assim, mesmo não tendo sido pago ao governo que concedeu o benefício fiscal, passa a ser legítimo o direito ao crédito por parte dos estabelecimentos situados no outro Estado. De acordo com o Supremo, o crime tributário exige a prática de uma conduta fraudulenta por parte do contribuinte, que não pode ser penalmente responsabilizado por conta de cobranças tributárias típicas da Guerra Fiscal. As recentes decisões do STF reforçam a impossibilidade de qualquer acusação de sonegação fiscal que poderia pesar sobre os ombros dos compradores de mercadorias beneficiadas, tendo em vista que, em sendo dever do Estado exigir o imposto, essas empresas possuem o direito ao crédito do ICMS cobrado na etapa anterior.
Fonte: aqui
A importância da liquidez para o preço
A formação do preço depende de vários fatores. Em termos de um ativo, um dos fatores que alguns não levam em consideração é a liquidez do item que está sendo negociado. Itens de maior liquidez possuem um preço que se aproxima do valor justo.
Numa entrevista com um caçador de ladrão de obras de arte, Robert Wittman, é possível perceber a importância deste fator:
São ladrões atraídos por grandes nomes, que pensam conseguir 10% do valor da obra pedindo resgate - e muitas vezes conseguem, até da própria polícia, interessada em resolver o caso. Nos anos 1980, um traficante de drogas vendeu um Rembrandt de US$ 1 milhão para um agente do FBI disfarçado por 2% desse valor. Para o ladrão, receber US$ 20 mil por um quadro que ninguém mais compraria até que é um bom negócio. Sempre digo que o mais difícil não é roubar, mas vender uma obra de arte roubada.
Ele cita um caso pessoal:
O fato é que muitas vezes temos de negociar com os ladrões para ter uma tela de volta, pois eles ameaçam até destruir as obras. Eu mesmo já coloquei US$ 245 mil diante de um ladrão iraquiano para ter de volta um pequeno autorretrato de Rembrandt (pintado em 1630, pertencente ao Museu Nacional Sueco e avaliado em US$ 55 milhões)
Nos dois exemplos, o valor de troca do quadro ficou muito abaixo do seu valor. O que contribuiu com isto foi a falta de liquidez do ativo.
Novas normas
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) edita hoje, 04/08/2010, as Deliberações nos 665/11, 666/11 e 667/11, que aprovam, respectivamente, documentos de revisão do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC referentes aos Pronunciamentos CPC 15(R1) – Combinação de Negócios; CPC 19(R1) – Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) e CPC 35(R1) – Demonstrações Separadas.
As revisões dos CPC 15, 19 e 35 contemplam as alterações feitas pelo IASB após a edição desses três documentos. Elas ainda incluem algumas compatibilizações de texto com o propósito de deixar claro que a intenção do Pronunciamento é produzir os mesmos reflexos contábeis que a aplicação dos IAS 27 e 31 e do IFRS 3.
Fonte: aqui
As revisões dos CPC 15, 19 e 35 contemplam as alterações feitas pelo IASB após a edição desses três documentos. Elas ainda incluem algumas compatibilizações de texto com o propósito de deixar claro que a intenção do Pronunciamento é produzir os mesmos reflexos contábeis que a aplicação dos IAS 27 e 31 e do IFRS 3.
Fonte: aqui
AAA
Os países que ainda são AAA
Alemanha
Austrália
Áustria
Bélgica
Canadá
Cingapura
Dinamarca
Finlândia
França
Grã-Bretanha
Guernesey
Holanda
Hong Kong
Ilha de Man
Liechtenstein
Luxemburgo
Noruega
Nova Zelandia
Suécia
Suiça
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Áustria
Bélgica
Canadá
Cingapura
Dinamarca
Finlândia
França
Grã-Bretanha
Guernesey
Holanda
Hong Kong
Ilha de Man
Liechtenstein
Luxemburgo
Noruega
Nova Zelandia
Suécia
Suiça
08 agosto 2011
Rir é o melhor remédio
O primeiro comercial é do desodorante Lynx. Tipicamente exagerado.
Então a SpecSavers, que faz alguns dos comerciais mais engraçados que existem, fez uma paródia do comercial da Lynx, que ficou assim:
Então a SpecSavers, que faz alguns dos comerciais mais engraçados que existem, fez uma paródia do comercial da Lynx, que ficou assim:
Links
O risco de usar o banheiro do avião
Petrobras será maior que a Exxon
Filmagem de uma cena sem gravidade, num corredor
Casino abre reclamação na CVM contra o Pão de Açúcar
Empresas fazem responsabilidade social para encobrir a irresponsabilidade social
Pessoas menos espertas usam Internet Explorer
Os edíficios mais altos do mundo
Vídeo: ciclistas, pedestres e automóveis em Nova Iorque
Os jogadores de xadrez de hoje são melhores?
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Vídeo: ciclistas, pedestres e automóveis em Nova Iorque
Os jogadores de xadrez de hoje são melhores?
Teste 511
Um levantamento do Carrer Builder apontou os atributos pessoais que tornam os empregadores menos propensos a dar uma promoção para um empregado. Os quatros principais, fora da ordem, foram mau hálito, piercing, roupas amassadas e tatuagem visível. Você saberia dizer qual foi o primeiro colocado?
Resposta do Anterior: Liga Inglesa. Fonte: aqui
Resposta do Anterior: Liga Inglesa. Fonte: aqui
Conferência do IASB no Brasil em outubro
Segundo o blog IFRS Brasil em 27 e 28 de outubro haverá uma conferência do IABS em São Paulo.
Os palestrantes são essencialmente membros do IASB e alguns nomes de renomadas universidades e empresas.
O foco das palestras são as normas que estão por vir como IFRS 9, IFRS 10, IFRS 11, IFRS 12 e IFRS 13. Além disso, haverá palestras sobre o futuro do IASB e da contabilidade. Também cabe destacar os painéis específicos da norma para PME e ver como o pessoal lá fora tem dado importância a este tema.
Preço…salgado….alguns passam de US$ 2 mil….
Clique aqui para mais informações.
Os palestrantes são essencialmente membros do IASB e alguns nomes de renomadas universidades e empresas.
O foco das palestras são as normas que estão por vir como IFRS 9, IFRS 10, IFRS 11, IFRS 12 e IFRS 13. Além disso, haverá palestras sobre o futuro do IASB e da contabilidade. Também cabe destacar os painéis específicos da norma para PME e ver como o pessoal lá fora tem dado importância a este tema.
Preço…salgado….alguns passam de US$ 2 mil….
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Desenvolvimento da contabilidade norte americana: Parte III
Desenvolvimento da contabilidade norte americana: Parte III – Por Isabel Sales
Para a padronização da contabilidade norte-americana, com o objetivo de desenvolver estudos para uma melhor condução da prática, foram criadas três entidades ao longo dos anos: Committee on Accounting Procedure – CAP; The Accounting Principles Board – APB; Financial Accounting Foundation – FAF.
Committee on Accounting Procedure – CAP
A relação entre os contadores profissionais e os responsáveis pela regulação governamental começou com o Committee on Accounting Procedure – CAP. Essa foi a primeira entidade criada, em 1936, pelo então American Institute of Accountants e durou até 1959, quando o AIA se tornou o AICPA, tendo como objetivo, conforme Schmidt e Santos (2008), esboçar as propostas do AIA sobre os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos.
Hendriksen e Van Breda (1999) acrescentam que até 1938 pouco foi feito. Todavia a SEC (a CVM norte-americana) emitiu uma série de pronunciamentos com a ameaça de que, se os profissionais não agissem de forma mais eficiente, os princípios seriam impostos. Assim, o AIA ampliou de 7 para 21 o número de membros em seu comitê e os proporcionou autoridade para elaborar pronunciamentos a respeito de princípios e procedimentos contábeis.
Schmidt e Santos (2008) afirmam, ainda, que em seu tempo de existência o CAP emitiu 51 Boletins de Pesquisa em Contabilidade (Accounting Research Bulletins) e quatro trabalhos dedicados à terminologia contábil, denominados Boletins de Terminologia em Contabilidade (Accounting Terminology Bulletins – ATB). De acordo com Schmidt e Santos (2008), “o ATB n° 1 definiu a contabilidade como a arte de registrar, classificar e sumarizar, de maneira significativa e em termos de moeda, transações e eventos que possuem, pelo menos em parte, características financeiras”.
The Accounting Principles Board – APB
A Junta de Princípios Contábeis – APB foi criada em 1959 como réplica às críticas de Leonard Spacek, da Arthur Andersen & Company, em relação às falhas na educação do público sobre as limitações da contabilidade. Nisso a APB emitiu 31 Opiniões que lidavam com assuntos controversos entre 1959 e 1973. A American Accounting Association também participou do processo com várias pesquisas e tentativas de desenvolver um relatório de teoria básica de contabilidade. Nem todos os esforços tiveram sucesso e a APB foi extensamente criticada (RIAHI-BELKAOUI, 2004).
Schmidt e Santos (2008) acrescentam que o CAP e a APB contribuíram respeitosamente ao progresso doutrinário e ao desenvolvimento dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos. Todavia, ambos receberam muitas críticas, dentre elas a de que as pesquisas eram insuficientes em relação à importância do AICPA entre os profissionais da área.
Financial Accounting Foundation – FAF e Financial Accounting Standards Board – FASB
Em 1972, em consequência às críticas aos trabalhos da AICPA, foi criado o Financial Accounting Foundation – FAF, com o Financial Accounting Standards Board – Fasb como órgão responsável pela emissão de padrões de contabilidade. Esse Conselho possui dois grupos de trabalho, o Financial Accounting Advisory Council – Fasac, algo como uma ouvidoria do Fasb; e o Emerging Issues Task Force que, em casos emergenciais, cria procedimentos contábeis. Além disso, o Fasb emite dois tipos de pronunciamentos, segundo Schmidt e Santos (2008): “o FASB Interpretation, que é elaborado sobre padrões já existentes, e o Technical Bulletin, que é utilizado para clarificar algum ponto sobre o FASB Statement”. O Fasb, do mesmo modo, tem como missão o desenvolvimento de um arcabouço conceitual sobre os objetivos e conceitos essenciais de contabilidade financeira e relatórios contábeis.
Atualmente o Fasb é o corpo autoritário oficialmente designado pelo AICPA para a emissão de padrões para a contabilidade, conforme destacado por Schroeder, Clark e Cathey (2009). Ademais, a missão do Conselho é estabelecer e aprimorar padrões contábeis, além de emitir orientações e educar o público, incluindo elaboradores, auditores e usuários de informações financeiras.
Referências
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
RIAHI-BELKAOUI, A. Accounting Theory. Londres: Wiley, 2004.
SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. História do Pensamento Contábil. São Paulo: Atlas, 2008.
SCHROEDER, R. G.; CLARK, M. W.; CATHEY, J. M. Financial Accounting Theory and Analysis: Text and Cases. Estados Unidos: Wiley, 2009.
Para a padronização da contabilidade norte-americana, com o objetivo de desenvolver estudos para uma melhor condução da prática, foram criadas três entidades ao longo dos anos: Committee on Accounting Procedure – CAP; The Accounting Principles Board – APB; Financial Accounting Foundation – FAF.
Committee on Accounting Procedure – CAP
A relação entre os contadores profissionais e os responsáveis pela regulação governamental começou com o Committee on Accounting Procedure – CAP. Essa foi a primeira entidade criada, em 1936, pelo então American Institute of Accountants e durou até 1959, quando o AIA se tornou o AICPA, tendo como objetivo, conforme Schmidt e Santos (2008), esboçar as propostas do AIA sobre os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos.
Hendriksen e Van Breda (1999) acrescentam que até 1938 pouco foi feito. Todavia a SEC (a CVM norte-americana) emitiu uma série de pronunciamentos com a ameaça de que, se os profissionais não agissem de forma mais eficiente, os princípios seriam impostos. Assim, o AIA ampliou de 7 para 21 o número de membros em seu comitê e os proporcionou autoridade para elaborar pronunciamentos a respeito de princípios e procedimentos contábeis.
Schmidt e Santos (2008) afirmam, ainda, que em seu tempo de existência o CAP emitiu 51 Boletins de Pesquisa em Contabilidade (Accounting Research Bulletins) e quatro trabalhos dedicados à terminologia contábil, denominados Boletins de Terminologia em Contabilidade (Accounting Terminology Bulletins – ATB). De acordo com Schmidt e Santos (2008), “o ATB n° 1 definiu a contabilidade como a arte de registrar, classificar e sumarizar, de maneira significativa e em termos de moeda, transações e eventos que possuem, pelo menos em parte, características financeiras”.
The Accounting Principles Board – APB
A Junta de Princípios Contábeis – APB foi criada em 1959 como réplica às críticas de Leonard Spacek, da Arthur Andersen & Company, em relação às falhas na educação do público sobre as limitações da contabilidade. Nisso a APB emitiu 31 Opiniões que lidavam com assuntos controversos entre 1959 e 1973. A American Accounting Association também participou do processo com várias pesquisas e tentativas de desenvolver um relatório de teoria básica de contabilidade. Nem todos os esforços tiveram sucesso e a APB foi extensamente criticada (RIAHI-BELKAOUI, 2004).
Schmidt e Santos (2008) acrescentam que o CAP e a APB contribuíram respeitosamente ao progresso doutrinário e ao desenvolvimento dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos. Todavia, ambos receberam muitas críticas, dentre elas a de que as pesquisas eram insuficientes em relação à importância do AICPA entre os profissionais da área.
Financial Accounting Foundation – FAF e Financial Accounting Standards Board – FASB
Em 1972, em consequência às críticas aos trabalhos da AICPA, foi criado o Financial Accounting Foundation – FAF, com o Financial Accounting Standards Board – Fasb como órgão responsável pela emissão de padrões de contabilidade. Esse Conselho possui dois grupos de trabalho, o Financial Accounting Advisory Council – Fasac, algo como uma ouvidoria do Fasb; e o Emerging Issues Task Force que, em casos emergenciais, cria procedimentos contábeis. Além disso, o Fasb emite dois tipos de pronunciamentos, segundo Schmidt e Santos (2008): “o FASB Interpretation, que é elaborado sobre padrões já existentes, e o Technical Bulletin, que é utilizado para clarificar algum ponto sobre o FASB Statement”. O Fasb, do mesmo modo, tem como missão o desenvolvimento de um arcabouço conceitual sobre os objetivos e conceitos essenciais de contabilidade financeira e relatórios contábeis.
Atualmente o Fasb é o corpo autoritário oficialmente designado pelo AICPA para a emissão de padrões para a contabilidade, conforme destacado por Schroeder, Clark e Cathey (2009). Ademais, a missão do Conselho é estabelecer e aprimorar padrões contábeis, além de emitir orientações e educar o público, incluindo elaboradores, auditores e usuários de informações financeiras.
Referências
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
RIAHI-BELKAOUI, A. Accounting Theory. Londres: Wiley, 2004.
SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. História do Pensamento Contábil. São Paulo: Atlas, 2008.
SCHROEDER, R. G.; CLARK, M. W.; CATHEY, J. M. Financial Accounting Theory and Analysis: Text and Cases. Estados Unidos: Wiley, 2009.
15h!? Arghh!!!
Acontece com todo mundo, no mundo todo: chegam as malditas três horas da tarde, e apesar de sua sempre crescente, nunca tranquila lista de tarefas, tudo que você quer fazer é se enrolar como uma bola e tirar uma soneca sob sua mesa de trabalho.
Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu da “maldição” das três horas. E é por isso que resolvemos dar três boas dicas para você superar esse momento tenso do dia. Espante o sono e vá em frente!
Mexa-se! Tente levantar da sua cadeira, subir uma escada, dar uma volta pelo escritório, qualquer coisa. A atividade física vai acordar seu corpo e seu cérebro.
Evite alimentos açucarados: ele só vai lhe deixar mais cansado. Nunca ouviu a máxima “fico com mais sono depois que como”? É pior com coisas gordurosas. Em vez disso, tente comer frutas frescas, queijo com pouca gordura, etc.
Mantenha-se hidratado: isso significa ficar longe do café e outras bebidas com cafeína, que apesar de lhe darem um rápido impulso de energia, vão lhe desligar totalmente em seguida. Além disso, a cafeína vai desidratá-lo. Beba água ou chá sem cafeína.
Fonte: Hyperscience
Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu da “maldição” das três horas. E é por isso que resolvemos dar três boas dicas para você superar esse momento tenso do dia. Espante o sono e vá em frente!
Mexa-se! Tente levantar da sua cadeira, subir uma escada, dar uma volta pelo escritório, qualquer coisa. A atividade física vai acordar seu corpo e seu cérebro.
Evite alimentos açucarados: ele só vai lhe deixar mais cansado. Nunca ouviu a máxima “fico com mais sono depois que como”? É pior com coisas gordurosas. Em vez disso, tente comer frutas frescas, queijo com pouca gordura, etc.
Mantenha-se hidratado: isso significa ficar longe do café e outras bebidas com cafeína, que apesar de lhe darem um rápido impulso de energia, vão lhe desligar totalmente em seguida. Além disso, a cafeína vai desidratá-lo. Beba água ou chá sem cafeína.
Fonte: Hyperscience
Prejuízo na carteira do BNDESPar
Levantamento do GLOBO mostra que as operações acumulam uma "perda" de R$ 3,04 bilhões em valor de mercado, considerando o montante injetado pelo banco para comprar participação societária nessas companhias a partir de 2007 em comparação ao atual valor das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A "perda", claro, é contábil, não se consolidou porque a BNDESPar não se desfez dos papéis.
- O governo usou riquezas do Brasil para aumentar sua participação numa empresa estatal que tem acionistas privados. É preciso se indagar se essa seria a destinação de recursos que o país precisa - avalia Mansueto de Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). (...)
Por trás das "perdas" da carteira está o mau momento enfrentado pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O humor de investidores azedou em meio à crise de países como Grécia e Irlanda. Também pesa a aceleração da inflação e o aumento dos juros no Brasil, o que provoca migração de recursos da Bolsa para a renda fixa. O Ibovespa, índice de referência do mercado, acumula este ano queda de 14,18% até o fechamento da última sexta-feira.
Das seis grandes operações avaliadas pelo GLOBO, a única a registrar ganho foi a compra de ações da BRF-Brasil Foods, em agosto de 2009. A empresa injetou R$ 400 milhões em troca de 10 milhões de ações da companhia, operação que produziu um ganho de R$ 130 milhões em valor de mercado. Mas a aplicação de dinheiro público na companhia não deixa de ser polêmica. Resultado da associação entre Sadia e Perdigão, a fusão vai aumentar a concentração no mercado de alimentos no país, com prejuízo aos consumidores e fornecedores.
Eduardo Fiúza, ex-técnico da Secretaria de Defesa Econômica (SDE) do Ministério da Justiça, discorda da participação de um banco público na operação. Ele afirma que a concepção do governo de eleger "campeões" para competir no mercado internacional é equivocada.
- Não faz sentido o governo marombar empresas brasileiras para competir no mercado internacional se elas não terão competição aqui dentro - afirma Fiúza.
Segundo ele, falta transparência na atuação da BNDESPar. As decisões de investimento do braço de participações do banco são tomadas por um comitê gestor, sem consulta prévia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
- Quando o projeto chega ao Cade, ele já tem uma chancela do governo por meio das participações do BNDES. Aparentemente não existe modelagem, nada, e o governo chancela a operação sem saber os impactos sobre o mercado. São dois lados do governo que não se conversam - acrescenta Fiúza, para quem o governo federal deveria a transparência do banco e estabelecer metas mais claras de gestão e atuação. (...)
Além das "perdas" bilionárias, a carteira da BNDESPar retrata erros política de fomento do banco ao longo de décadas.
Das 148 empresas que compõem a carteira de participação societária da BNDESPar, 11 delas estão fechadas ou faliram. A carteira carrega esqueletos de outros tempos e governos, como a Elebra (símbolo da reserva do mercado de informática no país), Casa Anglo Brasileira (dona da antiga rede Mappin, de São Paulo), as Lojas Arapuã e a CTC-Rio, empresa de ônibus do Rio que foi liquidada em 1996.
Parte dos papéis não é retirada da carteira da BNDESPar porque as empresas ainda têm inscrição de CNPJ, embora estejam fechadas. A carteira de ações é o principal ativo da BNDESPar. Ao fim de 2010, essa carteira totalizava R$ 102,89 bilhões. Ela rendeu R$ 2,229 bilhões em dividendos em 2010, queda de 8% frente ao ano anterior. Procurado, oficialmente, o BNDES não se pronunciou.
BNDESPar se associa a grandes grupos e efeito colateral é uma 'perda' de R$ 3 bi - O Globo
17/07/2011 - Bruno Villas Bôas
- O governo usou riquezas do Brasil para aumentar sua participação numa empresa estatal que tem acionistas privados. É preciso se indagar se essa seria a destinação de recursos que o país precisa - avalia Mansueto de Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). (...)
Por trás das "perdas" da carteira está o mau momento enfrentado pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O humor de investidores azedou em meio à crise de países como Grécia e Irlanda. Também pesa a aceleração da inflação e o aumento dos juros no Brasil, o que provoca migração de recursos da Bolsa para a renda fixa. O Ibovespa, índice de referência do mercado, acumula este ano queda de 14,18% até o fechamento da última sexta-feira.
Das seis grandes operações avaliadas pelo GLOBO, a única a registrar ganho foi a compra de ações da BRF-Brasil Foods, em agosto de 2009. A empresa injetou R$ 400 milhões em troca de 10 milhões de ações da companhia, operação que produziu um ganho de R$ 130 milhões em valor de mercado. Mas a aplicação de dinheiro público na companhia não deixa de ser polêmica. Resultado da associação entre Sadia e Perdigão, a fusão vai aumentar a concentração no mercado de alimentos no país, com prejuízo aos consumidores e fornecedores.
Eduardo Fiúza, ex-técnico da Secretaria de Defesa Econômica (SDE) do Ministério da Justiça, discorda da participação de um banco público na operação. Ele afirma que a concepção do governo de eleger "campeões" para competir no mercado internacional é equivocada.
- Não faz sentido o governo marombar empresas brasileiras para competir no mercado internacional se elas não terão competição aqui dentro - afirma Fiúza.
Segundo ele, falta transparência na atuação da BNDESPar. As decisões de investimento do braço de participações do banco são tomadas por um comitê gestor, sem consulta prévia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
- Quando o projeto chega ao Cade, ele já tem uma chancela do governo por meio das participações do BNDES. Aparentemente não existe modelagem, nada, e o governo chancela a operação sem saber os impactos sobre o mercado. São dois lados do governo que não se conversam - acrescenta Fiúza, para quem o governo federal deveria a transparência do banco e estabelecer metas mais claras de gestão e atuação. (...)
Além das "perdas" bilionárias, a carteira da BNDESPar retrata erros política de fomento do banco ao longo de décadas.
Das 148 empresas que compõem a carteira de participação societária da BNDESPar, 11 delas estão fechadas ou faliram. A carteira carrega esqueletos de outros tempos e governos, como a Elebra (símbolo da reserva do mercado de informática no país), Casa Anglo Brasileira (dona da antiga rede Mappin, de São Paulo), as Lojas Arapuã e a CTC-Rio, empresa de ônibus do Rio que foi liquidada em 1996.
Parte dos papéis não é retirada da carteira da BNDESPar porque as empresas ainda têm inscrição de CNPJ, embora estejam fechadas. A carteira de ações é o principal ativo da BNDESPar. Ao fim de 2010, essa carteira totalizava R$ 102,89 bilhões. Ela rendeu R$ 2,229 bilhões em dividendos em 2010, queda de 8% frente ao ano anterior. Procurado, oficialmente, o BNDES não se pronunciou.
BNDESPar se associa a grandes grupos e efeito colateral é uma 'perda' de R$ 3 bi - O Globo
17/07/2011 - Bruno Villas Bôas
Como prever crises
Os cientistas da computação também analisaram a freqüência dos termos positivos e negativos e descobriram que num mercado normal há uma mistura da linguagem positiva e negativa. Logo antes de uma bolha, no entanto, há um salto em linguagem positiva. Quando o Dow Jones Industrial Average subia até 2007, por exemplo, "ascensão", "outono", "fechar" e "ganho" foram os verbos mais popular, chegando a semana de 12 de outubro, depois que o crash começou. O uso de termos negativos atingiu o pico em janeiro de 2009, dois meses antes da Dow atingiu seu ponto mais baixo. Economistas desenvolveram várias medidas para prever bolhas principalmente com base em preços, mas uma revisão da linguagem oferece outra maneira de avaliar o que as pessoas estão dizendo e pensando sobre o mercado, oferecendo pistas sobre onde a economia está indo.
Thinking Cap: Predicting Bubbles and Crashes - Patricia Cohen - New York Times - 2 Ago 2011
Thinking Cap: Predicting Bubbles and Crashes - Patricia Cohen - New York Times - 2 Ago 2011
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