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03 março 2011

Associação entre o lucro das companhias e o desempenho das ações

Associação entre o lucro das companhias e o desempenho das ações - Por Pedro Correia

Segundo tese de doutorado defendida no fim de janeiro pelo professor João Batista Nast de Lima, na USP, a adoção da etapa intermediária entre o modelo contábil brasileiro e o IFRS aumentou a associação existente entre os resultados das companhias e o preço das ações negociada na BMeF Bovespa.
No período de 1995 a 2007 o lucro e patrimônio líquido divulgados no balanço anual das companhias explicavam 16% dos preços de uma ação sendo o restante determinado por outros fatores, como macroeconomia, questões setoriais. Com as novas regras contábeis, segundo o estudo, esse índice chamado tecnicamente de coeficiente de determinação, aumentou para 47% em 2008 e foi de 23% no período de 2008 a 2009.
O estudo também analisou a variação do lucro e do patrimônio entre diferentes períodos e o retorno das ações nesse intervalo. Os resultados também mostraram que as novas regras elevaram a associação entre a variação dos dados contábeis e das cotações do papel na bolsa.
A amostra observada foi de 107 empresas, que participaram do índice Ibovespa em algum momento durante o período de 1995 a 2009. No total foram 2277 balanços observados. O estudo destaca que a qualidade da informação contábil depende não apenas das norma usadas em determinado país, mas também de fatores institucionais como estágio de desenvolvimento do mercado de capitais, a estrtura de capital das empresas, a concentração da propriedade e o sistema tributário vigente.Segundo Nast de Lima, o Brasil tinha todas as caracteríticas que levavam uma informação contábil de baixa qualidade.
"Temos ainda alguns fatores [ que favorecem a informação contábil de baixa qualidade] que permanecem. Eu quis verificar se o regramento novo conseguiria romper essa baixa informatividade", afirma o pesquisador que foi orientado por Alexandre Broedel, diretor da CVM e também professor da USP. A conclusão do estudo é que essa melhora de fato ocorreu.
Fonte: Valor Econômico - Caderno Eu e Investimentos - página D1- dia 28/02/2011
Informações mais técnicas e detalhadas.

Jeitinho 2

Está ruim, mas está bom. Em essência, é mais ou menos isso que os auditores independentes vão escrever nos pareceres sobre os balanços das construtoras.

Pelo tempo que se gastou na discussão sobre quando se deve reconhecer a receita de venda de um imóvel, a pressão foi grande. O lobby das construtoras interessadas nas benesses contábeis do sistema anterior não é surpresa. O que pode ser mais difícil de entender é a posição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), guardiã da boa informação financeira.

O fato é que se decidiu pela criação de uma vertente das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS, na sigla em inglês) de acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis brasileiro. Com isso, os balanços só serão comparáveis com os das construtoras da Malásia e da Índia. Já é uma evolução, diriam os mais otimistas.

Os arautos do IFRS, que discutem os destinos da língua universal da contabilidade em Cannon Street, no coração financeiro de Londres, têm questões maiores com as quais se preocupar desde que os banqueiros resolveram culpar os contadores pela crise financeira. Ainda assim, eles sabem que pequenas rachaduras podem causar grandes estragos.

A grande promessa do IFRS é dar aos investidores o poder da comparação. Idealmente, significa colocar numa planilha os números das principais empresas globais de um dado setor e tirar conclusões consistentes sobre eles. Se for preciso salpicar asteriscos para fechar a conta, os céticos, principalmente nos Estados Unidos, não vão deixar barato.

Fazer com que o maior mercado de capitais do mundo adote o IFRS é de longe o maior desafio para que a promessa se cumpra. Há críticos o bastante no país fazendo campanha para que isso nunca aconteça.

O americano Dennis Nally, presidente mundial da auditoria PwC, disse em entrevista recente ao Valor que acredita na necessidade de se caminhar para um sistema único. No entanto, é preciso garantir que haja consistência dos padrões. "É crucial a questão da independência do processo de adoção das normas em relação a pressões políticas, por exemplo", afirmou. "Se cada país puder modificar as normas, então voltamos ao ponto de partida."

Decisões locais colocam 'língua universal' em risco - Nelson Niero | De São Paulo - Valor Econômico - 2 de março de 2011

Jeitinho

As auditorias chegaram a um consenso e não devem fazer ressalvas nos balanços das incorporadoras imobiliárias brasileiras que ainda adotarem as regras de contabilidade antigas para registrar no balanço o reconhecimento de receitas de vendas de imóveis na planta. Esse é um dos últimos temas de polêmica envolvendo a adoção do padrão internacional de contabilidade, o IFRS, pelo Brasil.

(...) Isso quer dizer que as auditorias vão dar parecer "limpo" - que significa em conformidade com a lei - para as incorporadoras que apresentarem seus números no chamado método POC (sigla em inglês do termo Percentage of Conclusion).

Por esse critério, as empresas imobiliárias reconhecem a receita de venda de imóveis residenciais de acordo com o percentual de andamento da obras.

Na prática, o consenso "permite" às auditorias contrariar o entendimento mais comum sobre o modelo contábil internacional IFRS, que passou a ser obrigatório no Brasil nos balanços referentes a 2010 e que são divulgados agora. No padrão IFRS, as incorporadoras costumam reconhecer a receita da venda de um imóvel toda de uma vez, no momento da entrega das chaves.

Essa regra é obrigatória mesmo para as empresas que tenham recebido parcela significativa do pagamento das vendas dos imóveis durante as obras.

(...) Conforme pessoas a par das reuniões que levaram as auditorias e a CVM a um consenso sobre os pareces, em vez de afirmar que os demonstrativos desobedecem os padrões do IFRS, conforme determinação do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb), os auditores afirmarão que as normas seguem o IFRS, de acordo com as regras do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.

Traduzindo ao pé da letra, o consenso deve evitar o desgaste das auditorias com os clientes, por conta de ressalvas, e com a CVM, que permitiu às incorporadoras usar o padrão POC.

Durante todo o ano de 2010, as incorporadoras imobiliárias brasileiras pressionaram os agentes reguladores para que a publicação dos balanços seguindo o padrão IFRS fosse prorrogada ou que as regras contábeis fossem mantidas. Venceu a segunda opção.

O que está por trás da resistências das incorporadoras em adotar o reconhecimento da receita nas chaves é o impacto que as novas regras provocariam nos seus resultados. Segundo estudo feito pelo banco Credit Suisse, em outubro de 2010, o percentual de queda nos resultados das empresas variaria entre 21% e 33% sobre as previsões do banco para 2011. O declínio médio seria de 28%.

(...) Caso o Ifric chegue à conclusão sobre essa polêmica e se manifeste, o Brasil deve adotar essa determinação, seja quando for. Se ficar claro que o reconhecimento da receita deve ser feito pelo POC, os auditores poderão dizer que os balanços seguem o IFRS conforme emitido pelo Iasb. A ênfase, então, deixa de constar no parecer.

Caso contrário, caberá às empresas mudar a contabilidade para registrar a receita somente no momento da entrega das chaves, se não quiserem ter parecer adverso dos auditores.

Contabilidade : Empresas poderão manter regras anteriores na elaboração dos balanços - Valor Econômico - Denise Carvalho e Fernando Torres | De São Paulo - 2/3/2011

A experiência de outros países de adotaram as normas internacionais já indicavam que este seria um setor sensível.

Entidade

No mesmo documento, também entregue ao Valor por investidor, a diretoria acusa Guilherme [Affonso Ferreira de Camargo] de ter usado o caixa da factoring [Ponto Forte] para fins pessoais, como a compra de carro, e de ter vendido ações ordinárias da Ponto Forte de sua propriedade para a tesouraria, acima do valor patrimonial, e usado o dinheiro para compra de apartamento. Essas mesmas ações teriam sido revendidas a um novo investidor a um preço substancialmente menor, causando perda para a empresa e lucro para Guilherme.
Bônus de bancos engordaram Ponto Forte – Vanessa Adachi e Carolina Mandl – Valor Econômico – 2 março de 2011

Afinal, quem ganhou com o salvamento do Panamericano

A compra do controle do PanAmericano pelo BTG Pactual está se revelando mais um negócio de ouro fechado pela instituição comandada por André Esteves. Se adquirir o banco do apresentador Silvio Santos por apenas R$ 450 milhões (um terço do seu patrimônio), com o compromisso da Caixa Econômica Federal de repasse de R$ 8 bilhões em linhas de crédito, já havia sido uma grande tacada, a descoberta de que o PanAmericano tem cerca de R$ 2,5 bilhões em créditos tributários a receber dá ainda mais brilho à transação. A existência desses créditos, revelada ontem pelo jornal "Valor Econômico", teria sido levada em conta pelo BTG Pactual antes de concordar em comprar o PanAmericano, no início do mês passado, embora exista a possibilidade de contestação pela Receita Federal.

PanAmericano vira 'mina de ouro' para o BTG

Plágio

O gráfico mostra a tese do ex-ministro da defesa da Alemanha, Karl-Theodor zu Guttenberg. Em vermelhor escuro, o plágio total; em vermelhor mais claro, plágio disfarçado.

02 março 2011

Links

Portugal, um mercado da dívida quebrado (aqui também)


Se o petróleo ultrapassar a 150 uma nação da Europa irá falir

Os contadores e os filmes de Hollywood

Irã que boicotar os jogos de Londres pois acha que no logo está escrito Sião

Vídeo antigo com Harpo Marx

17 mil pendrives nas lavanderias da Inglaterra

Domínios infelizes

Escrever uma tese pode acabar com o casamento 

Atenas é campeã em paquera. Rio de Janeiro em 151o. lugar

Banqueiro do povo do Paquistão é demitido

Uma pesquisa sobre felicidade mundial

Após Panamericano, Caixa deve mudar direção

As cidades mais rudes do mundo

Racismo: O brasileiro é mais branco que você pensa

Depreciação, Fisco, Crise dos Estados Unidos e Fluxo de Caixa

O que aprendemos com a crise da Ásia

E & Y investigada na Inglaterra por atuação numa falência


Rir é o melhor remédio

Rir é o melhor remédio - Por Pedro Correia


Dragão chinês e o dissidente chinês ganhador do Nobel da Paz.
Fonte: The Economist -
(Clique na imagem para visualizar melhor).

Vida curta para a dominância de mercado do iPad?

Vida curta para a dominância de mercado do iPad? Por Isabel Sales

A Apple deverá lançar hoje a nova versão do iPad. A empresa vendeu cerca de 15 milhões de tablets em 2010, ano em que o aparelho foi lançado e, de acordo com previsões, poderá vender mais de 40 milhões em 2011. Todavia, espera-se que outros computadores-tablet, em especial aqueles baseados no sistema operacional do Google – Adroid, corroam essa fatia desse mercado em expansão. Em 2010 os iPads corresponderam a cerca de 80% do total da venda de tablets; até 2015 a participação de mercado da Apple poderá ser menor que 40%.




(Clique na imagem para visualizar em melhor definição).

Fonte: The Economist

Buffett e Derivativos

Buffet e Derivativos - Postado por Pedro Correia
Um dos homens mais rico do mundo, Warren Buffett, sempre criticou os derivativos de diversas formas. Em uma de suas famosas cartas anuais aos investidores ele alertou para o perigo da utilização desses instrumentos financeiros que denominou de : "armas financeiras de destruição em massa". Além disso, o vice-chairman da Berkshire Hathaway, Charles Munger, disse que a contabilidade dos derivativos contribuiu para aumentar os riscos que eles representam para os mercados financeiros. Adicionalmente, mais uma pérola de Buffett sobre o uso de derivativos :"Eu acho que é um jogo de tolos".

No entanto, mais uma vez o Oráculo de Omaha está rindo. A justificativa? A empresa de Buffett teve um ganho 222 milhões de dólares com derivativos. Nada mal para um "fool's game". Talvez, o segredo de tanto sucesso esteja nesta frase da última carta anual da Berkshire: "Para que não termine com uma nota mórbida, eu quero garantir-vos que nunca me senti melhor. Eu amo gerenciar a Berkshire, e se aproveitar a vida promove a longevidade, o recorde de Matusalém está em perigo"

Seminário sobre Contabilidade, Custos e Qualidade do Gasto Público

Seminário sobre Contabilidade, Custos e Qualidade do Gasto Público - Por Pedro Correia

Nos dias 18 e 19 de março de 2011 será realizado em Natal/RN o Seminário Potiguar sobre Contabilidade, Custos e Qualidade do Gasto Público quando aproximadamente 400 participantes – dentre gestores públicos municipais, profissionais do serviço público, docentes e discentes de diversas faculdades e universidades do país, além de entidades do terceiro setor – estarão discutindo não só a problemática da implantação do sistema de custos na administração pública, como também discutindo o tema Financiamento e Modernização da Administração Pública.
Palestrantes: Nelson Machado, Lino Martins, Victor Holanda e Francisco Ribeiro
Mais detalhes aqui

Links

Links - Por Pedro Correia

A teoria do cisne negro aplicada aos levantes do Egito

Warren Buffet é homem ou mito?

Banco Lloyds e Enron

Por que as pessoas mais obesas do mundo vivem em ilhas?

Preço de seguro de carros no Rio de Janeiro caem até 37%.

Por que o Egito deve preocupar a China?

Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz em 2006, foi demitido da empresa que criou, o Grameen Bank.

É mais fácil construir um negócio do que encontrar uma nova esposa.

Por que os CFO's se envolvem em manipulações contábeis?

Por que os CFO's se envolvem em manipulações contábeis? Por Pedro Correia

Há um velho ditado que "o dinheiro é a raiz de todo mal." Mas pesquisas recentes mostram que a motivação para alguns diretores a se envolver em manipulações contábeis tem mais a ver com a pressão dos CEOs (diretor-presidente) de suas empresas do que com dinheiro. Pesquisa realizada por vários professores de contabilidade da Universidade de Pittsburgh e da Universidade de Washington usaram uma amostra global de manipulações contábeis relevantes divulgados entre 1982 e 2005, para investigar os custos e benefícios associados com divulgação intencional de informações financeiras fraudulentas por parte dos CFOs (diretor-financeiro).
O que a pesquisa mostra é que os CFOs não são os instigadores de manipulações contábeis. Em vez disso, os CEOs, especialmente os poderosos, que têm patrimônio elevado, exercem enorme influência sobre as decisões de divulgação financeira dos CFOs. Assim, os CFOs estão respondendo mais a pressão CEO do que estão na busca pessoal de benefícios financeiros imediatos. Como resultado, o papel fiscalizador dos CFOs sobre relatórios financeiros é prejudicado por essa pressão dos CEOs.

Os resultados gerais do estudo sugerem uma falha de governança corporativa e têm implicações para a reforma da governança corporativa. Embora, algumas pessoas tenham colocado o foco na remuneração baseada em ações e seus efeitos sobre os falsos números contábeis dos CFOs, esta pesquisa sugere que refazer os pacotes de remuneração de para os diretores financeiros não é a única resposta. Melhorar a independência do CFO, limitando a pressão de CEOs no CFOs poderia também melhorar a qualidade dos relatórios financeiros. Uma possível forma para alcançar isso seria ter conselhos ou comitês de auditoria mais envolvidos na avaliação de desempenho do CFO .
Artigo completo : Aqui

Paradoxo da Megasena

Paradoxo da Megasena - Postado por Pedro Correia
Há no mundo da probabilidade um paradoxo aparente: a tendência do retorno a média [1] e a repetição de eventos independentes.
O paradoxo é aparente, pois o retorno a média é uma variável aleatória que possivelmente garantiria que uma determinado valor deveria acontecer após um certo número de repetições.
Essencialmente é o seguinte: Considerando uma moeda não viciada (ou dado, ou o que seja), a chance de sair cara é 1/2 e coroa é 1/2.

Pergunta 1: Qual é a chance de não sair cara em 10 repetições?

Pergunta 2: Dado que não saiu cara em 9 repetições, qual é a chance de sair cara na décima repetição?

Já adiantando, a resposta a pergunta 1 é a mesma de sair somente 10 coroas em 10 repetições. Ou seja (1/2)^10 ou 1 em 1024.

A resposta a pergunta 2 é mais curiosa: 1/2. O fator é que as repetições são independentes. Isto não é simples de ver, mas pode ser obtido da seguinte fórmula:

P(cara na décima tentativa 9 coroas nas tentativas anteriores)=P(cara na décima tentativa e 9 coroas nas tentativas anteriores)/P(9 coroas nas tentativas anteriores) = (1/2*1/512)/(1/512) = 1/2

No caso, a nossa cara tem de ocorrer na décima tentativa e por este motivo não é o mesmo que nas tentativas de Bernoulli, em que a cara pode ocorrer na primeira, segunda, terceira,..., ou décima tentativa. Neste caso temos:

P(1 cara e 9 coroas) = 10*(1/2)^9*1/2 = 10/1024

O fato é que se jogarmos a moeda 9 vezes e sair coroa, a probabilidade de sair cara na décima jogada é exatamente 50%. Note que isto parece contradizer a resposta da pergunta 1.

O que isto serve para cada um de nós? [2]

Digamos que você jogue na Megasena religiosamente a 10 anos o jogo de 1 dezena (chances de ganhar 1 em 50063860). Se você não acertou as seis dezenas ao longo das N apostas, a chance de acerta na aposta N+1 é exatamente 1 em 50063860 (e não 1 em 96154 como se imaginava pelas repetições).

Ou seja: o fato de você ter apostado 10, 20 ou 30 anos religiosamente na Megasena não aumenta em nada a sua chance de ganhar o próximo sorteio.

Texto de Leonardo de Menezes - Professor da UnB. Especialista em Engenharia Elétrica – Eletromagnetismo
[1]- Segundo Peter Berstein foi Francis Galton, em 1875, que descobriu a regressão média, que é denominado também como retorno a média. Assim, ao tomarmos uma decisão baseada na expectativa em que as coisas voltarão ao "normal", estamos empregando a noção de regressão à média. Mais um exemplo aqui.
[2]-O desenvolvimento da teoria das probabilidades se deu a partir da curiosidade dos homens em entender os jogos de azar. A compreensão de alguns desses jogos permitiu que os indivíduos tomassem decisões de modo mais racional, pois foi possível quantificar o risco a ser enfrentado, assim como entender a natureza da tomada de decisões. Além disso,em regra geral : eventos anteriores não afetam probabilidades ou riscos futuros.

01 março 2011

Rir é o melhor remédio



Comercial da Red Bull sobre xadrez rápido. Fonte: Aqui

Links

Em finanças comportamentais

A economia e a felicidade

Bebês entendem cedo que o mais forte é quem manda

A ciência do romance

Diferença na felicidade explica a chance de divórcio

Conselhos de Dan Ariely para o dia dos Namorados

Britânicas gastam em roupas que não irão usar

Campanha contra Homeopatia e efeito placebo

Relação entre Twitter e Mercado

A neurocientista do amor

Cinco livros indicados por Robert Shiller

É possível avaliar um planeta?

Sim, é possível determinar o valor de um planeta. Lee Billings, um escritor de ciência, apresentou a seguinte fórmula para avaliar o valor de um planeta:



Com esta expressão será possível determinar quanto vale Marte, por exemplo. Ou Gliese 581 c. Por exemplo, aplicando a fórmula em Marte, seu preço seria 14 mil dólares. A Terra seria 5 quatrilhões ou 100 vezes o valor da economia. Gliese 581 c teria um valor de 160 dólares, enquando Gliese 581 g valeria 60 mil dólares. Já Venus valeria menos de um dólar.

Vamos explicar somente o primeira parte da expressão, ou seja,

A primeira parte representa o custo da missão Kepler dividido pelo número de planetas igual à Terra que a missão deve encontrar. O valor da segunda parte da expressão é a idade da estrela dividida por meio bilhão de anos. Isto favorece planetas mais antigos, obviamente. O terceiro termo é a massa.

Outras variáveis que estão incluídas são luz, temperatura, proximidade com a Terra (o termo com 2009 na expressão), brilho.

Se a avaliação parece não ser o aspecto mais problemático, é bom lembrar que o valor de um bem está associado a possibilidade de internalizar o fluxo de caixa que seria gerado.

Para Ler Mais: Cosmic Commodities: How much is a new planet worth?, Boing Boing

Teste 440

A inflação deste país é uma das maiores do mundo atual. O governo tem sido acusado de subestimar o valor da inflação. Além disto, o governo decidiu multar uma consultoria que estava calculando a variação de preços por “estimativa inexata”. Este país é:

Argentina
Venezuela
Zimbabwe

Resposta: Todos três participaram. Fonte: aqui

Mulheres e Vendas

O estudo Can buy me love: Mate attraction goals lead to perceptual readiness for status products com 133 indivíduos do sexo masculino, de idades entre 17 e 32, olhavam as fotos dos produtos depois de conversar com uma mulher seminua ou outra conservadora (imagem à direita).

Cada produto, que variou de um Porsche a uma caneta, foi exibido na tela de um computador por um segundo. Eles também foram convidados a classificar cada produto com base no custo e no status.

"Nosso estudo mostra que a exposição a uma pesquisadora sexy aumenta a atenção dos homens para produtos de status", escrevem os pesquisadores. "A mera presença de uma mulher "sexy" em um contexto de vendas pode ser suficiente para aumentar as vendas de itens de alto custo. "

Fonte: aqui

Copa do mundo

A Copa do Mundo da iniciativa privada ruiu. Um estudo do TCU (Tribunal de Contas da União) mostra que sairão dos cofres públicos 98,56% dos R$ 23 bilhões orçados para as obras de 2014.

Isso menos de dois anos após o presidente do COL (Comitê Organizador Local), Ricardo Teixeira, declarar que a maioria dos gastos do próximo Mundial seria bancada com dinheiro privado.

A maior parte das verbas virá dos bancos governamentais [1](Caixa Econômica Federal e BNDES) e da Infraero [2], estatal que administra os aeroportos do país. Juntas, as três empresas públicas investirão cerca de R$ 16,5 bilhões até a abertura da Copa.

Responsável por financiar as obras de mobilidade urbana nas 12 cidades-sedes, a Caixa irá repassar R$ 6,6 bilhões para os governos estaduais e municipais.

Já o BNDES investirá R$ 4,8 bilhões --R$ 1,2 bilhão em mobilidade urbana e R$ 3,6 bilhões para as arenas.

Segundo o estudo do TCU, a Infraero gastará cerca de R$ 5,1 bilhões para a reforma e a ampliação dos aeroportos.

O órgão federal não computou na conta os bilhões que os governos vão destinar para organizar o esquema de segurança do Mundial.

No trabalho realizado pelo TCU, a iniciativa privada aparece investindo apenas R$ 336 milhões, ou 1,44% dos R$ 23 bilhões do torneio [3]. A verba não sairá de nenhuma empresa e virá dos cofres dos clubes que vão reformar ou construir estádios.

Internacional e Atlético-PR já confirmaram que vão investir nos seus estádios para o Mundial. Segundo o órgão, os paranaenses vão gastar R$ 113 milhões na Arena da Baixada. Já os gaúchos destinarão R$ 133 milhões para reformar o Beira-Rio.

Em São Paulo, o Corinthians pretende construir uma arena em Itaquera.

O clube do Parque São Jorge ainda tenta viabilizar o novo estádio. Na conta do TCU, o Corinthians investirá R$ 90 milhões. A intenção da Fifa é realizar a abertura da Copa na arena de Itaquera.

A verba privada no Mundial é menos de 10% do que o BNDES vai usar para financiar os projetos das arenas.

Em 2007, quando o país ganhou o direito de abrigar a Copa pela segunda vez, a CBF, responsável pela candidatura brasileira na Fifa, estimou que o país gastaria pouco menos de R$ 2 bilhões com estádios. A conta atual já superou os R$ 5 bilhões. [4]

A projeção de investimento dos brasileiros supera a cifra gasta pelos sul-africanos no Mundial-10. [5] A África do Sul pagou R$ 3,9 bilhões para erguer dez estádios, dois a menos do que no Brasil.

Alguns dos projetos da África do Sul são arquitetonicamente mais ousados do que os brasileiros, como o do Soccer City, em Johannesburgo, além das arenas da Cidade do Cabo e de Durban.

Folha de São Paulo - Copa de 2014 terá 98,5% de dinheiro público - Sérgio Rangel

[1] Aqui a notícia tem um problema. O fato de um banco público ajudar a financiar os investimentos não significa dizer que o dinheiro é público. Suponha, por exemplo que o Corinthians obtenha R$500 milhões de financiamento do BNDES. Isto só seria dinheiro público se o clube não pagasse o passivo. Observe que existe uma confusão entre o ativo (estádio), que será privado, com o passivo (financiamento), que é dinheiro público. Lamentável a falha do TCU.

[2] Novamente uma confusão. Os investimentos da Infraero só acontece em razão da estrutura de aeroportos no Brasil ser de capital público. E estes investimentos serão em razão do fluxo maior de turistas, beneficiando outros passageiros. Deste modo, é questionável incluir nesta conta os valores que a Infraero irá gastar.

[3] É lógico que a conta do TCU está errada. Computou o financiamento do BNDES para um estádio privado como sendo investimento público.

[4] Isto possui uma explicação técnica (originária da disciplina de custos) ou política.

[5] É necessário ter cuidado com estes valores, pois não sabemos como foram calculados (taxa de câmbio usada, inflação etc)