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12 fevereiro 2011

Pecados na Produção Científica

Pecados na Produção Científica - por Isabel Sales

Você sabia que se você formular um problema de pesquisa o qual eu possa responder com um simples “não” diminui a qualidade do seu trabalho? Você sabia também que nas conclusões de sua pesquisa você não pode, na tentativa de valorizá-la, acrescentar informações que não foram trabalhadas ao longo do trabalho?

Ano passado recebi uma indicação de leitura do professor Cláudio Santana que vale a pena ser repassada: Produção Científica em Contabilidade no Brasil: Dez “Pecados” Mais Frequentes.

Os professores Martins e Theóphilo ressaltaram a importância de um artigo bem escrito, bem como os erros que podem prejudicar seriamente sua qualidade:

1. Não atendimento de quesitos fundamentais do assunto-tema-problema: o tema de estudo deve ser importante, original e viável. Não se norteie apenas por um trabalho que seja “publicável”.

2. Inadequação na elaboração do problema de pesquisa: um exemplo de problema de pesquisa mal formulado é aquele que pode simplesmente ser respondido por um “sim” ou “não”; ou que acrescentam algum juízo de valor a pergunta (isso é melhor que aquilo?).

3. Trabalhos sem passado: trabalhos que não apresentam as discussões relevantes sobre o tema ou como o debate se encontra no estágio atual.

4. Trabalhos nem abrangentes, nem aprofundados: uma pesquisa tem que privilegiar um ou outro. Um levantamento, por exemplo, será abrangente. Já de um estudo de caso espera-se aprofundamento.

5. Inadequação na sustentação teórica do estudo: um trabalho precisa de um referencial teórico robusto.

6. Inadequação na utilização das fontes que dão apoio ao estudo: uma pesquisa científica deve utilizar fontes diversas. (Não utilize apenas livros ou leis. Baseie-se em dissertações e teses, assim como artigos científicos publicados em bons periódicos. Se você utilizar a internet da sua Universidade provavelmente terá acesso, por meio do portal de periódicos da Capes, aos journals internacionais que a princípio cobram por seu conteúdo).

7. Pouca atenção para com aspectos de confiabilidade e validade dos estudos.

8. Crença na auto-explicação dos testes estatísticos.

9. Deficiências na enunciação das conclusões dos estudos: muitas vezes são acrescentadas às conclusões análises que ultrapassam o que foi observado no desenvolvimento da pesquisa.

10. Pecado coletivo: é necessário que os pesquisadores não sigam tanto um modelo predeterminado e ousem um pouco mais.

O artigo mencionado foi publicado pela Editora Atlas no livro “Educação Contábil: Tópicos de Ensino e Pesquisa”, organizado por Jorge Lopes, José Ribeiro Filho e Marcleide Pederneiras.

Similaridade na pesquisa

Informa Pedro Correia: pesquisa realizada na universidade de Stanford mostra as semelhanças entre a linguagem utilizada nas teses de doutorado entre os departamentos da universidade. Não aparece departamento de contabilidade. Não obstante, acredito que esteja inserido na escola de negócios. Contudo, é interessante a animação e o estudo realizado. Segue o link.

Aqui o resumo:

The Stanford Dissertation Browser is an experimental interface for document collections that enables richer interaction than search. Stanford's PhD dissertation abstracts from 1993-2008 are presented through the lens of a text model that distills high-level similarity and word usage patterns in the data. You'll see each Stanford department as a circle, colored by school and sized by the number of PhD students graduating from that department.
When you click a department, it becomes the focus of the browser and every other department moves to show its relative similarity to the centered department. The similarity scores are computed using a supervised mixture model based on Labeled LDA: every dissertation is taken as a weighted mixture of a unigram language model associated with every Stanford department. This lets us infer, that, say, dissertation X is 60% computer science, 20% physics, and so on. These scores are averaged within a department to compute department-level statistics (the similarities shown), and need not be symmetric. For instance, Economics dissertations at Stanford use more words from Political Science than vice versa. Essentially, the visualization shows word overlap between departments measured by letting the dissertations in one department borrow words from another department. Which departments borrow the most words from which others? The statistics are computed for each year in the data.

11 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Deus e a guerra

Links

Modelo de risco, decimais e efeito sobre o mercado

O brasileiro deve-se acostumar aos apagões, diz a The Economist

Aposta do BTG Pactual no varejo

Apps para Economistas

Hip Hop inventou a música moderna (e a maneira de ganhar dinheiro no mundo virtual)


É ciência: vencedora do Oscar de melhor atriz tem 1,68 mais chances de separação. A favorita do ano é Portman

Google Earth está ajudando os arqueólogos a descobrir sítios para pesquisar

As empresas de sucesso podem ser complacentes com o sucesso e criar grupos de pressão que são avessos à mudança: o caso da Nokia

Por que nós usamos Cartões de Débito e não Cartão de Crédito?

Quando nós fazemos nossas compras podemos pagá-las com dinheiro, cartões de débito ou cartão de crédito. Se não existir nenhuma diferença entre o preço nas diferentes modalidades, o cartão de crédito é mais vantajoso. A razão disto é o valor do dinheiro no tempo: é preferível pagar amanhã uma despesa a pagar hoje. Entretanto, mesmo com as alternativas, alguns consumidores insistem em efetuar o pagamento no cartão de débito.

As possíveis explicações são as seguintes. Primeiro, as pessoas possuem uma contabilidade mental, em que algumas despesas são destinadas a serem pagas através do cartão de crédito (viagens, por exemplo) e outras com cartão de débito (pagamento de combustível). Esta separação provavelmente deve ajudar no planejamento e controle financeiro.

(Isto também ajuda a explicar por que algumas pessoas pegam um empréstimo no banco, pagamento juros de 4% ao mês, mas não usam os recursos existentes na caderneta de poupança, que rendem 0,6% ao mês. A contabilidade mental do indivíduo impede de “mexer” na caderneta de poupança)

Segundo lugar, as pessoas gerenciam os fluxos futuros. Sabendo que no futuro existirão despesas elevadas, uma forma de evitar gastos é usar agora o cartão de débito, deixando o cartão de crédito como uma reserva financeira. Assim, no início do ano existem muitas despesas (material escolar, impostos, etc) e neste momento o cartão de crédito pode ser utilizado até que a situação financeira volte ao normal.

Terceiro lugar, algumas pesquisas já mostraram que o uso do cartão de crédito induz a um maior consumo. Uma pequena parcela dos consumidores sabe disto e evitam o uso de cartão. Outra, talvez tenha uma intuição de que isto seja verdadeiro e adotam a mesma atitude.


Leia Mais: Why Do We Use Debit Cards when Credit Cards Make More Sense?

Teste 429

Ainda sobre esportes, o teste de hoje é simples. Estas duas equipes, quando se defrontam, possuem a maior folha de pagamento do esporte mundial. São 900 milhões de dólares num campo quando ocorre a seguinte peleja:

Manchester City versus Chelsea
New York Yankees versus Boston Red Sox
Real Madrid versus Barcelona

Resposta do Anterior: os 442 milhões são de receitas. Além disto, confundiram receita com rentabilidade. Fonte: Isto é dinheiro

Mais dados sobre o futebol europeu

=> Apesar da crise, o mercado europeu de futebol cresceu para 15,7 bilhões de euros em 2008/2009.
=> Os salários dos 92 clubes britânicos de futebol ultrapassou a 1,8 bilhão de libras em 2009/2009. Um aumento de 191 milhões ou 12%.
=> No período, somente a liga inglesa e a alemã obtiveram lucro. Entretanto, enquanto Arsenal, Liverpool e Manchester United tiveram lucro de 196 milhões de libras, outros 14 clubes da Primer League apresentaram prejuízos operacionais de 117 milhões.
= > Manchester City gastou 138 milhões de libras (gasto líquido de 125 milhões) na aquisição de jogadores. Somando o investimento em infra-estrutura, o valor que Mansour Bin Zayed Al Nahyan gastou chega a 440 milhões de libras. Já o seu rival, Manchester United, vendeu Cristiano Ronaldo e teve uma receita de 80 milhões de libras.

Fonte: The Telegraph (Dados específicos do Manchester United, aqui)

Os ricos dos futebol


O gráfico mostra os maiores clubes de futebol, por receita. Pelo sexto ano o líder é o Real Madrid, com faturamento de 438 milhões de euros. O Barcelona, campeão no campo, aparece em segundo. O total dos dez maiores chega a 2,93 bilhões de euros. Segundo o Brasil Econômico

Os 20 primeiros clubes da lista estão nas maiores ligas de futebol do mundo: Inglaterra (7), Itália (4), Alemanha (4), Espanha (3) e França (2)

O Manchester United, terceiro da lista, está abrindo um escritório em West End, em Londres.

Efeito das IFRS

(...) Estudo inédito da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Eaesp-FGV) diz que, assim como na primeira etapa do processo de convergência contábil, implementada em 2008, quando entrou em vigor a Lei 11.638, essa nova fase de migração para o IFRS completo trará, na média e em termos consolidados, crescimento expressivo no lucro líquido.

A conclusão reforça a tese de que a contabilidade antiga brasileira, na tradição da Europa continental e com forte influência do Fisco, era conservadora em comparação com as práticas usadas nos países de origem anglo-saxã. [1]

A partir de agora, em tese, os balanços vão tratar melhor os acionistas, em detrimento dos credores [2]- não só pelo efeito imediato em que os lucros maiores elevam base de distribuição de dividendos [3], mas principalmente porque haverá mais informação que interessa ao investidor [4] e os valores estarão mais perto da realidade [3].

(...) A pesquisa apontou que a segunda etapa de adoção das normas internacionais elevou o resultado líquido das empresas, na média, em 33% em 2007 e em 20% em 2008 [5]. No primeiro momento do processo de transição, em 2008, o efeito já havia sido positivo em 31% e 10%, respectivamente. (...)

Não são apenas os lucros que devem crescer com a adoção do padrão contábil IFRS. As notas explicativas que acompanham os balanços também aumentarão de forma significativa e, em muitos casos, vão dobrar de tamanho, afirma Bruce Mescher, sócio de auditoria da Deloitte e especialista em normas internacionais de contabilidade. (...)

Balanços da Nova Era Dão Mais Lucro - Valor Econômico Fernando Torres

[1] Considerando que no longo prazo os valores são iguais, não faz muito sentido esta afirmação.
[2] A segunda parte da frase não condiz com a primeira.
[3] Veja, com respeito a isto, reportagem do mesmo jornal, comentada aqui no blog.
[4] é questionável esta afirmação. A informação que interessa ao investidor já é divulgada. O que muda são os valores. Mas ninguém fez uma pesquisa para constatar isto.
[5] Esta afirmação só possível de ser feita com o ceteribus paribus. Ou seja, seria necessário manter tudo mais constante e verificar o efeito da adoção. Mas isto não ocorreu: neste período a economia cresceu, por exemplo, que impede de separar, efetivamente, a parcela decorrente da adoção das normas dos outros fatores. Entretanto, apesar disto, a adoção das normas internacionais em outros países realmente incrementou o resultado.

10 fevereiro 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste 428

Veja o seguinte trecho, publicado numa revista da área financeira:

O Real Madrid [clube de futebol] fechou 2010 com E 442,3 milhões em caixa, segundo estudo da Crowe Horwath RCS. A maior fatia da receita, 35%, saiu dos direitos de transmissão de jogos e site com conteúdo pago. Outros 33% saíram do bolso dos torcedores com compra de ingressos para os jogos. O marketing do time, um dos mais eficientes do mundo da bola, respondeu por 32% da renda. É, diz a Crowe, o clube mais rentável do mundo. E eles ainda têm o José Mourinho!

O que existe de errado no trecho?

Resposta do Anterior: Casas Bahia, Unilever, Hyundai e Ambev. Fonte: Isto é Dinheiro

Links

Outra razão para tomar cerveja

O indicador do Super Bowl

Anúncios no Super Bowl e o mercado acionário

Caldas Novas (GO) irá sediar torneio internacional de Xadrez

Os números da era Agnelli na Vale

Construtoras brasileiras e as doações nas eleições do Peru

Valor da inovação: caso do iPhone, com estimativa de 30 bilhões, sendo 25% referente as patentes

Erros comuns nas apresentações

Como a AIG caiu

Por que os professores contadores são tão conservadores?

Na vida acadêmica, os professores de contabilidade são “caretas”, com respeito às posições sociais. Ou, reacionários, conforme um termo mais comum.

Uma possível explicação para isto é que de uma maneira geral os professores são mais liberais que a maioria da população. Tendem a apoiar temas como homossexualidade, aborto, defesa dos índios, reforma agrária, governo Chavez etc. Assim, o parâmetro do professor acadêmico faz com que uma pessoa “do centro” seja visto, dentro do ambiente acadêmico, como reacionário. Mesmo que o professor de contabilidade seja mais liberal que a média da população, dentro do ambiente acadêmico será visto como reacionário. É uma questão de parâmetro.

Outra explicação está no próprio objeto de trabalho. Um professor de contabilidade está ensinando algo relacionado a lucro, acionista, investidor, aumento de receita e outras coisas mais. É difícil imaginar alguém que não acredita no lucro ensinando contabilidade. E se o professor ensinar finanças, a posição a favor do mercado, e contra a participação do estado na economia, é mais acentuada.

Ilusão de ótica

O sítio Mighty Optical Illusions dedica-se a apresentar desenhos, fotos e outros que possam induzir a uma ilusão de ótica. Abaixo um exemplo: a figura apresenta o Wolverine ou dois Batmans ?

Discurso do Futuro presidente do Iasb III


Apesar das aparências que as regras são feitas por um punhado de europeus influentes que gostam de brincar com regras de contabilidade, ele insistiu que o IASB é um grupo multinacional em que todos têm o que dizer. Ou melhor, ele insistiu que ele vai tentar garantir que o IASB seja percebido como tal

What’s on Incoming IASB Chairman Hans Hoogervorst’s Plate? - ADRIENNE GONZALEZ – Going Concern

Discurso do Futuro presidente do Iasb

A seguir, as palavras mais usadas no discurso do futuro presidente do Iasb:

Wordle: Hans hoogervorst addresses

A figura mostra a importância da palavra transparência. Destaco também a palavra estabilidade.

Discurso do Futuro presidente do Iasb II

O futuro presidente do Iasb, Hans Hoogervorst, falou em Bruxelas sobre objetivos das demonstrações contábeis para o European Commission Conference on the Financial Reporting and Auditing. O discurso inicia-se com duas questões que, segundo HH, dominou os debates nos últimos três anos: quem é o usuário preferencial?; e as demonstrações devem servir para transparência ou para estabilidade financeira?

Quanto a primeira pergunta, do usuário preferencial, HH afirma que a discussão é se as demonstrações são para os investidores ou devem servir a um público mais amplo, incluindo reguladores. (Aqui, a citação dos reguladores não é gratuita, já que existe uma pressão na Europa para focar as demonstrações para fins regulatórios.) Para HH são os investidores o alvo prioritário:

Escusado dizer que as demonstrações financeiras são mais relevantes para os investidores. Afinal de contas, demonstrações contábeis nasceram da necessidade de dar aos investidores informações adequadas sobre a empresa para o qual está fornecendo o capital.


Mas para HH as informações contábeis devem ser confiáveis. E esta característica seria fundamental para a economia de mercado global, sendo portanto de “interesse público”. HH lembra que na constituição da Fundação IFRS o “interesse público” está presente no parágrafo primeiro.

Com respeito a segunda questão, HH ressalva que os termos transparência e estabilidade aparecem como conflitantes. Afirma HH

Acho que isso é essencialmente uma contradição falsa. Em minha opinião, é evidente que transparência é uma condição necessária de estabilidade.


Para HH, as normas de contabilidade devem ter um papel importante tanto na estabilidade, proporcionando máxima transparência.

Mais genericamente, a transparência não vem sempre espontaneamente para um setor que é tão vulnerável como o do setor financeiro.


HH lembra que Paul Volcker, presidente do banco central dos EUA, escondeu o fato de que o setor financeiro do seu país estava quebrado durante a crise da dívida latino-americana, e que ele conseguiu um tempo para que os bancos pudessem arrumar seus balanços.

Após responder as duas questões, HH comenta sobre a relação entre a independência e responsabilidade no estabelecimento dos padrões de contabilidade. HH comenta sobre a pressão dos grupos de interesses e o fato de que a contabilidade possui grau elevado de subjetividade. Para ele, a contabilidade deve ser sensível aos interesses dos negócios, mas independente dos interesses especiais.

A independência é essencial pré-condição para a confiança do público na definição dos padrões de contabilidade.


Para obter a independência, HH apresenta quatro maneiras de reforçar a aceitação das IFRS: qualidade do trabalho do Iasb; assegurar que o processo de normatização seja transparente e participativo; rápida mudança nas normas, quando for necessário; existência de um sistema de accountability.

A todo o custo devemos evitar a impressão de que a Fundação IFRS é dominada por um pequeno grupo de países.

P/L nos emergentes

O gráfico

mostra o índice P/L dos mercados emergentes. Este índice relaciona o preço da ação pelo lucro por ação. Quando o mercado está valorizado, o preço da ação geralmente está num patamar muito superior ao lucro por ação. Desta forma, quanto maior o índice P/L, mais valorizado estará o mercado.

Pelo gráfico é possível perceber que os mercados mais valorizados são Colômbia e Chile. Rússia e Hungria são mercados menos valorizados. Para o investidor internacional, valores menores de P/L são as oportunidades de investimentos.

Auditoria na folha de pagamento

Segundo ela [ministra do Planejamento, Miriam Belchior], o primeiro foco do ajuste fiscal será na folha de pagamentos, um dos maiores gastos da União [1]. Para tanto, o governo contratará junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV) [2] uma auditoria externa [3] na folha de pagamentos para detectar incorreções.

Para isso, haverá um sistema de alerta que avisará quando ocorrer desvios em relação aos parâmetros estabelecidos para os gastos com a folha. Além disso, um outro sistema investigará indícios de irregularidades, como a acumulação de cargos e aposentadorias. De acordo com Miriam, 13 Estados já cooperam com o sistema, que realizará cruzamentos semestrais das informações.

Folha de salários do governo será auditada pela FGV - Por Eduardo Rodrigues, Adriana Fernandes e Renata Verissimo

[1] Isto inclui o judiciário e o legislativo. Será que irão conseguir?
[2] O governo já definiu quem irá contratar. Ou seja, haverá dispensa de licitação. Como a FGV é forte no governo público.
[3] A FGV fazendo auditoria externa? Faz sentido?