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27 dezembro 2009

Rir é o melhor remédio


Político

Enorme para Quebrar

Durante a crise financeira, criou-se a expressão “too big to fail”. A idéia é que existiam algumas instituições, em especial bancos, que eram importantes para que o governo deixasse quebrar. Para que estes bancos fossem considerados relevantes, a ponto do governo não deixar quebrar, era importante que o mesmo fosse representativo no sistema financeiro, seja por seu tamanho, seja pelas conexões com outros bancos. Crescer tornou-se um sinônimo de redução de risco.

O aumento de tamanho, através principalmente da aquisição da operação de outras instituições, passou a ter outro incentivo: redução do risco. Entretanto, o processo de aquisição pode ser ruim para a instituição compradora quando o ágio pago é excessivo. O valor deste ágio pode ser considerado, de certa forma, como o custo para ser grande.

Usando dados das operações de aquisição de bancos entre 1991 e 2004, Elijah Brewer e Julapa Jagtiani (via Pricing the Advantage of Being “Too Big to Fail”, Zubin Jelveh) estimaram que os bancos pagaram um prêmio de 14 bilhões de dólares em certas aquisições que podem ser consideradas como o preço por tornar-se “tôo big to fail”.

26 dezembro 2009

Rir é o melhor remédio


Natal: após os presentes.

Adaptado daqui

Superfreakonomics

O novo livro de Dubner e Levitt, Superfreakonomics, já está disponível em língua portuguesa. Trata-se de um livro interessante, mas com menor impacto que o anterior (Frekonomics). A parte mais interessante do livro, o estudo sobre as prostitutas de Chicago, foi pouco explorado. Este estudo foi comentado anteriormente no blog no início de 2008 e é um interessante estudo sobre custo, preço e lucratividade.

A discussão sobre como as pessoas reagem aos incentivos foi melhor discutida por Tim Harford, em A Lógica da Vida. A crítica a metodologia experimental é superficial e tendenciosa (Levitt gosta do método onde se usa as chamadas “variáveis de controle”, que também possui problemas). A análise das experiências de Milgram são apresentadas num contexto deturpado.

O capítulo 5 é o mais polêmico. É uma discussão da ecologia, sob uma ótica mais científica e menos emotiva. Rodolfo Araujo postou sobre o assunto (A farsa de Copenhague I - A Igreja Universal da Proteção Ambiental; A farsa de Copenhague II - Por que o ambientalista é pior do que eu?

Risco e Executivos

CIOs ignoram riscos, dizem CFOs
por Bob Evans | InformationWeek EUA

09/11/2009
Em painel, executivos de finanças falaram sobre divergências nas agendas

Um recente painel de discussão chamado "CFO/CIO Straight Talk" revelou que alguns líderes da área de finanças acreditam que os executivos de TI não possuem boa capacidade em gerenciamento de risco e que eles ainda são entusiastas de projetos ‘big-bang". Em autoavaliação, entretanto, esses mesmos CFOs disseram que a falta de imaginação deles próprios é um problema.

Veja o que dizia o artigo de um deles:

Trata-se de um dos conflitos que as empresas têm enfrentado durante a recessão. Elas buscam os departamentos de tecnologia da informação para melhorar eficiência e produtividade. Mas os orçamentos contingenciados impossibilitam muitas vezes o investimento necessário para atingir esses objetivos.

Neste ambiente, as agendas divergentes de CFOs e CIOS podem entrar em contraste de forma mais acentuada que a usual. Executivos de finanças querem ficar longe dos principais riscos e sabem exatamente quanto custarão os projetos de TI, por outro lado, os CIOs querem levar ideias ambiciosas que eles acreditam poder transformar a companhia.

Essas ideias ambiciosas podem também servir para prejudicar a credibilidade dos CIOs que, as vezes, colocam esses planos em prática sem ter uma análise rigorosa de retorno do investimento (ROI). "Parem de dizer que isso irá produzir 2000% de ROI. Ninguém acreditará em você."

Mesmo que nos permitamos a essa projeção um pouco exagerada, ficaria impressionado se um em cada dez CIOs afirmasse ter submetido um projeto nos últimos três anos com projeção de ROI de 200%.

Mas, talvez, eu esteja errado e os CFOs certos. Nos últimos dois anos, com os orçamentos mais apertados, os CIOs tiveram que recorrer a fatos estranhos como ROI de 2000% para ter aprovação para gastar dinheiro? Os CFOs pontuaram sobre a credibilidade que os CIOs têm entre seus pares no C-level?

Na mesma mesa de discussões, um CFO afirmou que a chave para essa questão é balancear a criatividade vinda do time de tecnologia com as necessidades reais dos negócios:

Frank Gatti, executivo de finanças da Educational Testing Service (ETS), falou sobre um produto online que a empresa desenvolveu para estudantes usarem para admissão em escolas de negócios na Índia. A ideia surgiu de um vídeo onde duas pessoas falavam sobre processos de registro. A ETS postou isso no YouTube e proveu um link para o vídeo no site de registros. A um custo praticamente zero, a tática reduziu os custos relacionados com call center em torno de 20% acima do projetado. "Eu sinto que preciso confiar em pessoas que são muito criativas e entendem como a tecnologia pode conectar-se ao que os clientes estão fazendo", afirmou Gatti.


Fonte: aqui. Grato, Rodolfo Araujo.

25 dezembro 2009

Últimas normas de 2010

IFRS: CVM divulga novas normas e conclui convergência
por FinancialWeb

24/12/2009
Esforço coletivo garantiu que atraso fosse de apenas um dia
SÃO PAULO - Em um esforço coletivo para que o atraso da divulgação não levasse mais do que um dia, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou, na noite da última quarta-feira (23), as duas normas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e outras dez interpretações técnicas (ICPC) que restavam para dar fim à primeira etapa do processo de convergência contábil ao modelo internacional do IFRS. No documento de divulgação, a autarquia, porém, não inseriu informações a respeito do ICPC 01, previsto para sair na leva.

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O processo de adaptação das regras deveria ter sido concluído até o dia 30 de setembro. Contudo, um atraso na formulação de determinações verificado no próprio Iasb – o órgão europeu responsável pela criação do IFRS – fez com que a agenda brasileira fosse impactada. Após esse problema, a expectativa era que tudo estivesse pronto no dia 15 deste mês – o que não ocorreu. O prazo foi, então, novamente prorrogado para o dia 22. As publicações vieram um dia depois.

“Com a edição dessas deliberações, a CVM e o CPC concluem a agenda conjunta de regulação estabelecida para o ano de 2009”, afirmou a comissão.

As determinações devem ser adotadas no balanço anual de 2010, não sendo necessária sua aplicação nas informações trimestrais. De qualquer forma, uma vez adotado, o novo modelo deve ter 2009 ajustado, para ser utilizado como base comparativa.

Financial Web

Leia mais aqui

IFRS

Eliseu Martins ressalta a importância de que os conselhos de administração das empresas tenham integrantes que conheçam o assunto. "É bom que o conselho tenha um especialista na área, para não ficar na mão da diretoria, o que é perigoso", afirmou o diretor da CVM.

Já Arisa avalia que é mais fácil tratar do assunto com os mais novos, que segundo ele têm o "HD [disco rígido do computador] zerado", do que com os mais velhos. "O pessoal de cima é mais complicado, porque tem que formatar o HD antes de colocar as novas informações", explicou o auditor.


IFRS: Ficou para última hora - Fernando Torres, de São Paulo 11/12/2009 - Valor Econômico, via blog do Alexandre Alcantara

O conselho de administração é realmente algo inútil. Veja a afirmação de Martins, que destaca a necessidade destes conselhos terem pessoas que entendam do assunto (ou seja, de contabilidade). Mas, já não era para ter uma pessoa com este perfil? Logo após, uma afirmação infeliz de Arisa, onde compara as idades das pessoas com o HD de um computador.

Rir é o melhor remédio



Adaptado: aqui

24 dezembro 2009

Feliz Natal







(Mais cartões da Disney antigos)

Rir é o melhor remédio


Tiger (Tigre) Woods, antes e depois do escândalo

Malha fina

Um milhão nas garras do Fisco
O Globo - 24/12/2009
Martha Beck

Os esforços da Receita Federal para combater a sonegação em 2009 fizeram com que nada menos que um milhão de pessoas caíssem na malha fina este ano. Esse é o maior número já registrado — pelo menos desde 2005, quando começa a série histórica disponível no Fisco — e representa um aumento de 177% sobre 2008, quando 361.451 contribuintes ficaram retidos. Este ano, 12% dos que caíram nas garras do Leão tiveram problemas com recibos médicos — alvo de uma nova medida de cerco à sonegação, divulgada ontem e que vai dificultar o uso de notas frias, porém obrigará os profissionais da saúde a preencherem mais uma papelada para o Fisco.

— O nosso objetivo é ter informações que facilitem o trabalho de análise das declarações. Isso reduz o número de pessoas que caem na malha fina injustamente — argumentou o subsecretário de Fiscalização da Receita, Marcos Vinícius Neder.

Segundo Neder, do total de declarações que caíram na malha fina em 2009, 120 mil são de pessoas físicas que apresentaram algum tipo de problema com recibos médicos. Para tentar solucionar esses casos mais rapidamente, o Fisco anunciou ontem a criação da Declaração de Serviços Médicos (Dmed).

Trata-se de um documento que será entregue por profissionais da área de saúde, que informarão à Receita em detalhes quanto receberam de cada paciente num ano. Os dados serão cruzados com as declarações do IR da pessoa física. A partir daí, a Receita vai poder verificar se houve apresentação de despesas médicas falsas. Essa prática é utilizada por contribuintes que tentam usar gastos com saúde para aumentar artificialmente a restituição do IR ou para pagar menos imposto.

Este ano, na análise da malha fina, a Receita já constatou que as tentativas de aumentar artificialmente as restituições do IR somaram R$472 milhões. Já o imposto sonegado somou R$2,1 bilhões. Nestes casos, no entanto, as irregularidades incluem não apenas problemas com recibos médicos, mas também omissão de rendimentos e divergências de informações entre fontes pagadoras e contribuintes.

O subsecretário destacou que, em média, 12% das declarações retidas em malha se referem a problemas com recibos médicos. Em 2007, por exemplo, cerca de 480 mil pessoas físicas tiveram suas declarações retidas, o que significa que 58 mil tiveram problema com recibos médicos. Na análise desses documentos, 60% dos contribuintes não conseguiram comprovar as despesas.

Detalhamento do imposto

Lei para detalhar impostos na nota está emperrada há 6 meses
O Globo - 24/12/2009
Gustavo Paul

BRASÍLIA. Hoje, véspera de Natal, faz seis meses que os deputados federais estão retendo um presente para consumidores. Desde o dia 24 de junho, deixou de constar da pauta da Câmara o projeto de lei 1.472 de 2007, que exige que os impostos pagos sejam discriminados na nota fiscal de produtos e serviços. Se aprovado, o texto, que passou pelo Senado em 2006, irá para a sanção presidencial.

O projeto, fruto da mobilização de várias organizações e entidades de classe — tendo à frente a Associação Comercial de São Paulo —, chegou ao Congresso amparado por 1,5 milhão de assinaturas.

O relator, deputado Guilherme Campos (DEM-SP), diz que a Receita nunca quis a aprovação da medida, contando com o apoio velado de governos estaduais. A razão é o receio das consequências negativas da divulgação. O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) concorda:

— A população não tem noção clara do que vai para os cofres federal, estadual e municipal todo dia, e tornar isso transparente não interessa a quem arrecada.

No Senado, a tramitação demorou pouco mais de um ano. Em julho de 2007, o projeto foi aprovado e chegou à Câmara. Ficou na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) por um ano e meio, até março de 2009, quando foi ao plenário. De 16 a 24 de junho deste ano, foi discutido e, por fim, saiu de pauta.

O projeto regulamenta o artigo 150 da Constituição e diz que uma lei determinará medidas “para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços”.

São citados nove impostos embutidos nos preços. Entre eles, ISS (sobre serviços), ICMS (circulação de mercadorias e serviços), IPI (produtos industrializados), Cofins (Contribuição sobre Financiamento da Seguridade Social) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

A Receita nega que seja contra o projeto. Em nota à Câmara em 2007, argumentou que não considera que a explicitação dos tributos seja a melhor forma de dar transparência aos impostos. Com esse fim, defendeu os programas de “educação fiscal”, que incentiva o pedido das notas fiscais.

Para o cientista politico Amaury de Souza, da MCM Consultores, um dos mentores do projeto, a reação era esperada:

— Se houvesse uma exposição do que se paga de imposto, as pessoas ficariam pasmas. Os mais pobres não têm informação suficiente de que existe ICMS ou ISS. Eles acham que não pagam imposto.

Links

Madoff está com cancer

(PS: Ou foi assaltado?)

Lloyd C. Blankfein, do Goldman Sachs, é o personagem do ano para o Financial Times

Fotos da olimpíadas de inverno no Canadá

O vilão financeiro da década

Bom Natal

Aos leitores do blog, Bom Natal.



(Imagem: aqui)

23 dezembro 2009

Rir é o melhor remédio


Mário (personagem de jogos) escolhendo sua roupa. Fonte: aqui

Encerrando o ano

Assembleias de última hora
Por Fernando Torres, de São Paulo
Valor Econômico - 23/12/2009

Para boa parte das pessoas, o ano de 2009 já está praticamente encerrado, com as preocupações se resumindo a como serão Natal e Ano Novo. Mas no mundo societário o fim de ano será bastante agitado. Considerando os seis encontros que ocorreram nos últimos dois dias e também aqueles que já estão agendados, serão 38 assembleias gerais extraordinárias (AGEs) nas duas últimas semanas do ano. Dessas, dez estão agendadas para o dia 30 de dezembro e outras quatro para o último dia do ano. Nas duas últimas semanas de 2008, houve 25 reuniões.

A lista de empresas com assembleia marcada para 31 de dezembro inclui JBS, Andrade Gutierrez Concessões, Cemig e Diagnósticos da América (Dasa).

O tema predominante dos encontros deste ano, presente em 23 deles, são reestruturações societárias envolvendo incorporações de empresas. Conforme matéria publicada pelo Valor em 19 de novembro, as companhias estão acelerando processos de incorporações neste fim de ano.

As motivações da correria são diversas e variam caso a caso. Mas ao menos quatro empresas confirmaram que questões fiscais, como o temor sobre mudanças tributárias para 2010, justificam o esforço de realizar as assembleias ainda este ano, ainda que em uma data que prejudica o comparecimento de minoritários. Outro problema que as empresas tentam evitar tem a ver com novas regras contábeis sobre combinações de negócios, que são bem mais complexas e passam a ser obrigatórias em 2010.

A JBS ilustra bem o interesse das empresas em concluir as transações ainda em 2009. No dia 14 de dezembro, a companhia divulgou fato relevante dizendo que a incorporação societária da Bertin ocorreria em uma assembleia a ser marcada para janeiro de 2010. Um dia depois, a companhia enviou novo comunicado antecipando o encontro para o dia 31 de dezembro, porque "entende que é de interesse seu e dos acionistas realizar a incorporação e as mudanças na governança ainda neste ano".

Uma fonte da empresa, que não quis se identificar, disse que a incerteza sobre mudanças fiscais teria motivado a decisão. Já por meio de sua assessoria de imprensa, a empresa negou a informação e disse que a mudança de data se deveu à orientação dos assessores legais de fechar toda a operação "dentro do mesmo exercício contábil", já que teriam feito cálculos dos prazos e visto que isso era possível.

A maior preocupação é que haja mudança na regulamentação sobre o ágio, seja em relação à forma de cálculo, seja sobre a amortização fiscal. A nova lei contábil, do fim de 2008, acabou com a amortização no balanço societário das empresas, embora tenha sido garantido o procedimento para fins fiscais. Entretanto, o Regime Tributário de Transição (RTT) instituído pela Receita Federal acaba em 2010, e o temor é que a neutralidade fiscal não seja renovada integralmente.

Quando uma empresa faz uma aquisição, o ágio pago pode ser deduzido da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). E o entendimento é que possíveis mudanças só valeriam a partir de 2010. Se a transação for efetivada neste ano, portanto, o benefício fiscal estaria garantido.

Apesar do receio de muitos, especialistas dizem que essa correria de fim de ano pode ser em vão. "Minha opinião pessoal é que não precisava disso. Já passou a época em que se traziam novidades tributárias na última semana do ano. Esse governo trouxe mais previsibilidade nessa área e espero que essa estabilidade de regras seja mantida", afirma Luiz Frazão, presidente da Ernst & Young no Brasil.

Segundo ele, o hábito de se editar regras no apagar das luzes do ano causa receio nos investidores e tem efeito negativo nas decisões de investimento de longo prazo.

Outro que também acha que a preocupação das empresas pode ser indevida é Fabio Maranesi, consultor da BM&A Consultoria Tributária. "Em 2008 teve a mesma correria. Um monte de gente acelerou e no fim não mudou nada", diz.

Assim como Frazão, Maranesi critica a possibilidade de mudança na regra de amortização do ágio. "Eu particularmente acho que seria péssimo para o Brasil neste momento. A única consequência será desestimular a economia", afirma.

Ainda nessa linha, o consultor da BM&A diz que todos os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) têm lucro líquido contábil diferente do tributário. "E ninguém reclama que norma fiscal tem de seguir o mesmo padrão da norma contábil. A gente tem de olhar mais como as coisas funcionam no resto do mundo."

É importante destacar que algumas operações de incorporação não geram ágio, em especial quando a incorporada é uma subsidiária integral. Este é o caso da Tegma, que vai incorporar a Nortev, empresa do segmento de transporte de veículos comprada há pouco mais de um ano. Segundo o presidente da Tegma, Gennaro Oddone, o que motiva a operação é a redução de custos administrativos, para que as sinergias previstas na aquisição se concretizem. "Não faz sentido ter estrutura duplicada, duas contabilidades, dois processos financeiros e fiscais", explica.

A Hypermarcas, por sua vez, disse que tem costume de incorporar no fim do exercício as empresas que adquiriu no ano, como havia feito em 2008. A Cemig informou que não comenta a reestruturação da Rio Minas Energia (RME).

Banda Larga

Banda larga no Brasil custa 24 vezes mais que nos EUA - Danilo Fariello, de Brasília - Valor Econômico - 22/12/2009

Em meio a acalorados debates sobre a criação do Plano Nacional de Banda Larga, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou estudo que aponta o custo como maior entrave para expansão do acesso à rede. De acordo com o estudo, as 10,1 milhões de residências pagam um valor médio de R$ 162 ao mês por acesso - 9,6 vezes a mais que no Japão e 24 vezes acima dos EUA. Desse total, dois terços têm conexão em velocidade abaixo de 1 Mbps.

O artigo "Banda larga no Brasil - por que ainda não decolamos?", de Rodrigo Abdala de Sousa, João Maria de Oliveira, Luiz Claudio Kubota e Márcio Wohlers de Almeida, aponta que, se o valor da cesta mínima de acesso à internet fosse de R$ 35 por mês, o número de acessos domésticos pularia a 35,2 milhões. Se for a R$ 15, no melhor cenário, seria de R$ 45,2 milhões. Neste cenário, a densidade de 5,3 acessos para cada 100 mil habitantes saltaria para 23,7 acessos. O estudo reconhece, porém, que, neste último cenário, o faturamento das empresas do setor cai 20%.

O artigo fortalece a posição do governo federal na elaboração do Plano Nacional de Banda Larga e deve ratificar alguns temores das empresas. Na última reunião com a equipe que tem organizado o projeto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou um estudo que apontasse quanto seria o custo de o governo tocar integralmente o plano, bancando até o acesso ao usuário - já é praticamente certo que o governo entrará com a parte da infraestrutura no plano de banda larga. Com esse cálculo, o governo pressionará as teles a baixar custos para entrar no plano.

(...)

Teste #201

Neste país a implantação das normas de contabilidade para pequenas empresas está encontrando dificuldades. Apesar de entrar em vigor em janeiro, existe um grande desconhecimento por parte dos empresários. Um estudo da KPMG mostrou que 93% das 214 empresas respondentes admitem não ter informações suficientes sobre o assunto. Que país é este?

Brasil
Portugal
Reino Unido

Resposta do anterior: Enron, Lehman Brothers e WorldCom.

Convergência não é tão importante

A convergência entre as normas internacionais e as normas dos EUA é menos importante do que estabelecer regras contábeis mais relevantes para as decisões de investimento, diz uma pesquisa com investidores.

Uma pesquisa realizada pelo CFA Institute, uma associação internacional com mais de 16 mil profissionais investimento, mostrou que três quartos dos entrevistados acreditam que a melhoria nos padrões são mais úteis para a tomada de decisões de investimento e é "pelo menos tão importante, se não for mais importante" do que a redução da complexidade ou a convergência.

Apesar de os entrevistados em geral apoiar a convergência, apenas 6 por cento dos pesquisados, incluindo analistas, gestores de carteira, analistas financeiros das empresas e contadores, consideram que a convergência entre o International Accounting Standards Board e seu rival dos EUA deva ser o objetivo primordial.

(...) Observadores dizem que a crise tem complicado a convergência do IASB e o Financial Accounting Standards Board. As organizações têm respostas diferentes para a questão do valor de ativos financeiros. O FASB tem favorecido o uso do justo valor, ou marcação de ativos a preços de mercado, enquanto o IASB defende valorização empréstimo como instrumentos de custo e tudo o mais valor justo.


Investors cool on audit convergence - Rachel Sanderson - 22/12/2009 - Financial Times

Ataque ao Citi

FBI investiga ataque cibernético ao Citigroup
Brasil Econômico - Por Dan Wilchins/Reuters - 22/12/09

O FBI está investigando um suposto ataque de hackers ao Citigroup que teria resultado no roubo de dezenas de milhões de dólares, informou o Wall Street Journal, citando fontes do governo americano.

O Citigroup negou a informação, assegurando que seus clientes não perderam nenhum dinheiro. "Não houve violação e não houve perdas associadas", afirmou o banco em comunicado.

"De vez em quando, como ocorre em praticamente toda instituição financeira, há situações de fraude de violações de sistemas alheios que nos levam a tomar ação para proteger nossos clientes e ao Citi", acrescentou o banco.

O alvo do suposto ataque, que teria ligações com uma gangue russa, seria o Citibank, unidade do Citigroup, informou o jornal, acrescentando que ainda é incerto se os hackers conseguiram acessar os sistemas do banco diretamente ou através de terceiros.

Duas outras entidades, incluindo uma agência do governo americano, também foram atacadas pelos hackers, de acordo com o Wall Street Journal, citando fontes com conhecimento do incidente com o Citibank.

O porta-voz do FBI, Richard Kolko, não quis comentar o assunto, afirmando ser política da agência não confirmar nem negar a existência de investigações.

Acredita-se que o ataque ao Citibank tenha ocorrido no meio do ano e havia sido detectado na época, mas investigadores suspeitam que pode ter acontecido até um ano antes, informou o jornal.