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01 outubro 2009

Aprendizagem em Contabilidade

Um dos desafios no ensino da contabilidade – bem como, em outras áreas do conhecimento – é fazer com que este ocorra de forma atraente para o estudante. Tal repto é em grande parte vencido quando: (1) se consegue fazer com que o processo de aprendizagem seja, na maior parte das ocasiões, prazeroso; (2) se instiga a imaginação; e (3) se promove o desenvolvimento de um discente ativo. Visando o alcance de tais metas, tem se utilizado, na área de medicina – bem como em outros campos do saber – uma filosofia curricular denominada Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), a qual consiste de um processo centrado no estudante, permitindo que este seja capaz de alcançar maior maturidade, adquirindo graus crescentes de autonomia. Este trabalho tem como objetivo principal coletar e analisar as impressões de um grupo de alunos de contabilidade expostos ao processo de ABP, visando captar indícios sobre a possibilidade de sua aplicação – ou não – na área contábil. Dentre as impressões coletadas destacam-se: (i) a percepção de que o método exige uma postura muito mais atuante dos discentes; (ii) foi perceptível uma diferença no grau de autonomia, por parte dos estudantes, entre o método ABP e o ensino tradicional; e (iii) o surgimento de dúvidas quanto à maior eficácia do método no ensino da contabilidade, em relação à metodologia tradicional.

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: O QUE OS MÉDICOS PODEM ENSINAR PARA OS CONTADORES
José Ricardo Maia de Siqueira (UFRJ); Rodrigo Siqueira-Batista (UFRJ); Rafael Borges Morch (UFRJ); & Romulo Siqueira-Batista (PUC-RJ)


É bem verdade que a amostra usada é muito reduzida (15 estudantes), mas é interessante ler texto sobre educação em contabilidade e novos métodos de ensino.

Divergências no Valor Justo

Segundo notícias da Reuters (IASB rejects U.S. plans to widen fair value scope, Huw Jones, 30/9/2009), as divergências entre o Iasb e os EUA quanto ao tratamento do valor justo pode atrasar a convergência internacional.

O prazo de junho de 2011 para que exista somente uma normatização contábil no mundo, compromisso assinado pelo G20, pode ser influenciado pela posição dos EUA, que pretendem ampliar a aplicação do valor justo na contabilidade.

DDA

O sistema de Débito Direto Autorizado (DDA), que está sendo implementado pelos bancos para eliminar a cobrança via boletos bancários e deve começar a funcionar no dia 19, permitirá que os bancos criem ferramentas semelhantes aos “anti-spams” de e-mails, usados para evitar mensagens indesejadas. No caso do DDA, o cliente poderá eliminar contas que não reconheça, para não voltar a ser cobrado por aquela empresa nem ser considerado inadimplente.

(...) O DDA tem como objetivo eliminar o uso do boleto, o que hoje faz o processo de cobrança levar cerca de oito dias, desde o pedido da empresa até a liquidação do pagamento, passando pelo envio pelos Correios. No novo mecanismo, tudo deverá levar até dois dias, segundo Pereira. A partir do momento em que o cliente se cadastrar no DDA, passará a receber as cobranças das empresas que optarem pelo sistema apenas pelo meio eletrônico. Ou seja, será importante que as duas pontas estejam cadastradas.(...)

A migração dos boletos convencionais não será automática para o DDA. O grupo de trabalho espera que, em cinco anos, 15% dos cerca de dois bilhões de boletos emitidos anualmente já tenham migrado para o novo sistema. A meta é chegar a 50% em três anos.


Bancos poderão criar ‘anti-spam’ para contas
O Globo - 1/10/2009 - 30 - Felipe Frisch

30 setembro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Setor Público

Contabilidade: Decreto presidencial, previsto para os próximos dias, coloca país oficialmente no caminho da globalização; alinhamento requer "mudança cultural".

Setor público inicia conversão às normas internacionais
Por Nelson Niero, de São Paulo
Valor Econômico - 30/9/2009

Depois de um longo e tortuoso processo que colocou as empresas brasileiras no caminho das normas internacionais, vem aí uma nova odisseia contábil. E, desta vez, a tarefa é ainda mais complexa: colocar o setor público dentro da ordem mundial de transparência e comparabilidade de informações econômico-financeiras.

A expectativa é que, nos próximos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assine o decreto que torna oficial a adesão do país às Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público (Ipsas, na sigla em inglês), editadas pela Federação Internacional dos Contadores (Ifac).

As Ipsas - os contadores têm uma queda por acrônimos complexos - são para os governos o que as Normas Internacionais de Informações Financeiras (IFRS) são para as empresas, só que o lado empresarial dessa globalização contábil está mais avançado, com cerca de cem países envolvidos. No Brasil, as normas devem ser adotadas plenamente em 2010 pelas sociedades por ações e as limitadas de grande porte.

Em agosto do ano passado, uma portaria (184) do ministro da Fazenda, Guido Mantega, já determinava que a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) começasse o trabalho de convergência entre os padrões brasileiros, estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e as Ipsas. Desde então, todas as novas regras já vêm alinhadas com os padrões internacionais.

"As bases já foram lançadas", disse ao Valor Paulo Henrique Feijó, coordenador-geral de Contabilidade da STN. "Mas, com o decreto presidencial, é como se subíssemos um nível."

Mas ainda há muitos degraus pela frente. Enquanto as companhias privadas e de economia mista já tinham contas bem estruturadas, o setor público está longe dos princípios fundamentais da contabilidade.

"Nosso compromisso é fazer todas as adequações necessárias até 2012", informou Maria Clara Cavalcante Bugarim, presidente do CFC. As dez primeiras normas foram editadas neste ano e o próximo passo é ter um plano de contas único para o país.

"Estamos num momento de transição em que vamos ter que encarar seriamente a questão do regime de competência."

Basicamente, é uma questão nada simples de conhecer o patrimônio da nação: ativos e, principalmente, passivos.

Para Feijó, é uma quebra de paradigmas e uma mudança cultural. Se na área empresarial os balanços, até 2008, quando começou a conversão ao IFRS, eram dominados pelas regras tributárias, no setor público prevalece uma "cultura orçamentária".

"Nunca um secretário do Tesouro pediu para ver um balanço", disse Feijó, numa palestra na semana passada na "Conferência sobre Contabilidade e Responsabilidade para o Crescimento Econômico Regional na América Latina e Caribe", promovida pelo Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Ifac em São Paulo. "Eles sempre pedem um quadro do resultado primário."

Essa cultura orçamentária significa que passivos não são registrados (previdência é um exemplo notório) e ativos não são depreciados. O setor público não faz provisão para férias e décimo-terceiro salário, algo impensável em uma empresa.

Feijó lembra que a regulamentação do setor é de 1964, mas que houve avanços importantes, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000. No entanto, os desafios são grandes, ressalta, entre eles está a capacitação e formação profissional.

E não são só no Brasil. Mike Hathorn, presidente do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público (Ipsasb), disse ao Valor que ainda falta muito para que seu país, o Reino Unido, adote as normas internacionais. "Talvez em dez anos", afirmou.

Para David Bean, diretor do Conselho de Normas de Contabilidade Governamental dos EUA (Gasb), o grande desafio é usar a contabilidade para medir a eficiência de um governo. "As empresas existem para dar lucro e os governos, para servir os cidadãos", disse. "Precisamos produzir informações úteis para esses 'acionistas'."

Setor Público

Contabilidade: Decreto presidencial, previsto para os próximos dias, coloca país oficialmente no caminho da globalização; alinhamento requer "mudança cultural".

Setor público inicia conversão às normas internacionais
Por Nelson Niero, de São Paulo
Valor Econômico - 30/9/2009

Depois de um longo e tortuoso processo que colocou as empresas brasileiras no caminho das normas internacionais, vem aí uma nova odisseia contábil. E, desta vez, a tarefa é ainda mais complexa: colocar o setor público dentro da ordem mundial de transparência e comparabilidade de informações econômico-financeiras.

A expectativa é que, nos próximos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assine o decreto que torna oficial a adesão do país às Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público (Ipsas, na sigla em inglês), editadas pela Federação Internacional dos Contadores (Ifac).

As Ipsas - os contadores têm uma queda por acrônimos complexos - são para os governos o que as Normas Internacionais de Informações Financeiras (IFRS) são para as empresas, só que o lado empresarial dessa globalização contábil está mais avançado, com cerca de cem países envolvidos. No Brasil, as normas devem ser adotadas plenamente em 2010 pelas sociedades por ações e as limitadas de grande porte.

Em agosto do ano passado, uma portaria (184) do ministro da Fazenda, Guido Mantega, já determinava que a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) começasse o trabalho de convergência entre os padrões brasileiros, estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e as Ipsas. Desde então, todas as novas regras já vêm alinhadas com os padrões internacionais.

"As bases já foram lançadas", disse ao Valor Paulo Henrique Feijó, coordenador-geral de Contabilidade da STN. "Mas, com o decreto presidencial, é como se subíssemos um nível."

Mas ainda há muitos degraus pela frente. Enquanto as companhias privadas e de economia mista já tinham contas bem estruturadas, o setor público está longe dos princípios fundamentais da contabilidade.

"Nosso compromisso é fazer todas as adequações necessárias até 2012", informou Maria Clara Cavalcante Bugarim, presidente do CFC. As dez primeiras normas foram editadas neste ano e o próximo passo é ter um plano de contas único para o país.

"Estamos num momento de transição em que vamos ter que encarar seriamente a questão do regime de competência."

Basicamente, é uma questão nada simples de conhecer o patrimônio da nação: ativos e, principalmente, passivos.

Para Feijó, é uma quebra de paradigmas e uma mudança cultural. Se na área empresarial os balanços, até 2008, quando começou a conversão ao IFRS, eram dominados pelas regras tributárias, no setor público prevalece uma "cultura orçamentária".

"Nunca um secretário do Tesouro pediu para ver um balanço", disse Feijó, numa palestra na semana passada na "Conferência sobre Contabilidade e Responsabilidade para o Crescimento Econômico Regional na América Latina e Caribe", promovida pelo Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Ifac em São Paulo. "Eles sempre pedem um quadro do resultado primário."

Essa cultura orçamentária significa que passivos não são registrados (previdência é um exemplo notório) e ativos não são depreciados. O setor público não faz provisão para férias e décimo-terceiro salário, algo impensável em uma empresa.

Feijó lembra que a regulamentação do setor é de 1964, mas que houve avanços importantes, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, de 2000. No entanto, os desafios são grandes, ressalta, entre eles está a capacitação e formação profissional.

E não são só no Brasil. Mike Hathorn, presidente do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público (Ipsasb), disse ao Valor que ainda falta muito para que seu país, o Reino Unido, adote as normas internacionais. "Talvez em dez anos", afirmou.

Para David Bean, diretor do Conselho de Normas de Contabilidade Governamental dos EUA (Gasb), o grande desafio é usar a contabilidade para medir a eficiência de um governo. "As empresas existem para dar lucro e os governos, para servir os cidadãos", disse. "Precisamos produzir informações úteis para esses 'acionistas'."

Soberania Contábil

Regulação: Regra do valor justo gera polêmica.
Seguradora francesa prega "soberania contábil"
Valor Econômico - 30/9/2009

Por Scheherazade Daneshkhu e Jennifer Hughes, Financial Times, de Paris e Londres
A Europa não deveria ter transferido o controle das normas contábeis para o International Accounting Standards Board (Iasb), com sede em Londres. A afirmação é do diretor-presidente da Axa, a maior companhia de seguros da França. O executivo Henri de Castries disse ontem que o Iasb "não presta contas a ninguém", afirmando que o estabelecimento de normas contábeis é "um instrumento de soberania política" e "importante demais para ser deixado a cargo de contadores".

Os comentários acontecem no momento em que o Iasb refaz as normas que tratam das demonstrações financeiras, na esteira da crise mundial.

Entre os pontos mais controvertidos está a atual exigência de muitos ativos serem marcados ao "valor justo", ou a preços de mercado. Com a queda dos mercados durante a crise, as regras forçaram os bancos a dar baixa de centenas de bilhões de dólares nos valores dos ativos, produzindo perdas e minando as proteções de capital.

A Axa, junto com bancos franceses como o BNP Paribas, há muito tempo vem criticando o valor justo. As companhias afirmam que as regras ignoram o fato de que os bancos com grandes operações de varejo e as seguradoras mantêm ativos para garantir compromissos de longo prazo, e que muitos ativos não são negociados com frequência, o que leva a grandes oscilações em seus preços.

Na semana passada, o presidente do conselho de administração do BNP Paribas, Michel Pébereau, disse ao "Financial Times": "Sou a favor do valor de mercado, mas restrito a áreas em que existam um mercado de verdade. É muito importante que a contabilidade reflita a realidade".

Os comentários de Castries também refletem a insatisfação entre alguns europeus com o foco internacional do Iasb, e não europeu.

Essa formuladora de normas ganhou proeminência quando a União Europeia impôs o uso dos padrões internacionais de demonstrações financeiras dentro de suas fronteiras, em 2005. Agora, seus padrões estão sendo usados, ou adotados, por mais de cem países, inclusive Índia, Japão, Coreia do Sul e Canadá.

O esforço para o desenvolvimento e o uso de um único conjunto global de normas contábeis recebeu neste fim de semana o apoio dos países do G20, que pediram ao Iasb e seu congênere americano que continuem trabalhando para a convergência de suas regras.

A Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos prometeu no começo do mês se esforçar em relação aos planos de como os Estados Unidos poderão mudar para as regras internacionais, embora esteja enfrentando uma certa oposição dos formuladores de políticas, que estão preocupados com a questão da soberania, levantada por Castries.

Christine Lagarde, a ministra das Finanças da França, escreveu no mês passado uma carta para Charlie McGreevy, comissário de Serviços Financeiros da União Europeia, dizendo que as regras precisam de "uma ação urgente" e pediu que a Comissão tome medidas para "garantir a salvaguarda" do interesse público europeu caso as mudanças de regras que estão sendo estudadas pelo Iasb não façam isso.

Castries disse que a prática de marcação a preços de mercado - recentemente defendida com veemência por Lloyd Blankfein, diretor-presidente do banco de investimentos Goldman Sachs - contribuiu para a volatilidade dos mercados financeiros mundiais.

"Esse sistema cai muito bem para os bancos de investimento e cria volatilidade. Quem se beneficia da volatilidade dos mercados? - os bancos de investimento", disse Henri de Castries. "Me recuso a usar o termo valor justo. As normas são descritas como valor imediato. Ninguém está a favor do valor injusto." (Tradução de Mario Zamarian)

Lei e Contabilidade

O crescimento do direito, da contabilidade e de outras profissões que exigem treinamento formal parece estar relacionado com o menor nível de corrupção e crescimento do produto interno bruto destes países (...) Uma geração anterior, por exemplo, não existia patentes na China. O país nunca tinha adotado leis de patentes até 1985. Neste momento, existia somente 4 mil rábulas para servir numa população de mais de um milhão. Hoje, a China é uma potência na propriedade intelectual (...) China produz trinta mil patentes por ano, ajudando a manter ocupado 150 mil advogados do país.

A BOOST FROM PROFESSIONALS; The rise of a class of highly trained workers in the developing world bodes well for growth - Tom Glocer - 24/8/2009 - BusinessWeek
61 Volume Number B414

Teste #149

Recentemente a Bloomberg publicou uma notícia sobre a KPMG e a Insight Enterprise. Este notícia foi também publicada no Brasil pelo Valor Econômico. A notícia informava que:

A KPMG ajudou a empresa a inflar vendas
A KPMG evitou que a empresa inflasse as vendas
A KPMG aconselhou que a empresa inflasse as vendas


Resposta do Anterior: 100 mil páginas. Fonte: Inching Towards a Global Standard in Accounting, Anna Teo, Business Times Singapore, 22/9/2009. (Achei o número exagerado, mas a fonte cita assim)

Links

Lino Martins: Lições de controle interno

Financial Times: Capital de bancos (1 e 2)

Crise chega na fábrica de misses da Venezuela

Uma escultura sobre o mercado e Madoff: não é o que parece

Resultado da Ernst & Young

Londres - A Ernst & Young anunciou hoje receitas combinadas, em todo o mundo, de US$21,4 bilhões para o exercício fiscal encerrado em 30 de junho de 2009 (FY09). As receitas anuais caíram, em uma base comparativa, modestos 0,2% em moeda local.

“Estou muito orgulhoso do modo como nosso pessoal se adaptou a este ano desafiador, e de como eles trabalharam bem com nossos clientes, para ajudá-los nesses tempos difíceis” declarou James S. Turley, Presidente e CEO da Ernst & Young. “Falta de crescimento nas receitas, certamente, não conta toda a história deste ano, já que continuamos nossos investimentos em pessoas e na construção de nossos mercados, ao mesmo tempo em que auxiliamos nossos clientes com as questões difíceis e emergenciais com que se depararam. FY09 será lembrado mais por essas atividades do que por grandes resultados.”

Entre as cinco áreas geográficas da Ernst & Young, o Japão teve o maior crescimento, 7,5%, refletindo o primeiro ano completo de resultados das mais de mil pessoas que vieram da empresa de contabilidade Misuzu. Seguiu-se a área que congrega Europa, Oriente Médio, Índia e África (EMEIA), com crescimento de 1,8%. A Oceania, o Extremo Oriente e as Américas caíram 0,4%, 2,7% e 3,2% respectivamente.

“Apesar da retração, enxergamos oportunidades em vários dos nossos outros mercados,” disse John Ferraro, Diretor-Geral de Operações da Ernst & Young. “Na verdade, no último exercício fiscal aumentamos nossos investimentos em mais de US$100 milhões, investindo um total superior a US$350 milhões. A maior parte deste investimento foi para mercados emergentes, demonstrando nosso compromisso continuado com este importante segmento. Vários desses mercados tiveram um forte crescimento, entre eles o Oriente Médio (18,6%), a Índia (13,1%) e o Brasil (8,0%).” (...)

Ernst & Young Divulga Receita Total de US$21,4 Bilhões no Ano de 2009
Business Wire - 30/9/2009

29 setembro 2009

Rir é o melhor remédio


Entrevista
Fonte: aqui

Links

G20: convergência mundial para 2011

Remuneração do contador, auditor e analista contábil

Boas notícias para os bancos com o IAS 39

Moody´s e os problemas com um ex-funcionário

Carrefour

(...) Na contramão do mundo, os dois principais acionistas individuais do grupo supermercadista francês Carrefour estariam pressionando a empresa a vender seus ativos e abandonar países emergentes como o Brasil e a China. A informação foi divulgada ontem pelo jornal Le Monde, em Paris, e não foi desmentida pela companhia. (...)

Segundo a reportagem, a pressão pela venda dos ativos de mercados emergentes é feita pelo consórcio Blue Capital, formado pelo fundo de investimentos Colony Capital e pelo empresário Bernard Arnault, dono do grupo LVMH - holding que reúne marcas de luxo como Louis Vuitton, Givenchy, Moët & Chandon e Veuve Clicquot. Arnault é também o homem mais rico da França e o 15º do mundo, segundo o ranking da revista Forbes. A Blue Capital detém 13,5% das ações do Carrefour desde sua entrada no capital da empresa, em 2007.

A crise entre os dois investidores e os demais acionistas teria origem na queda de 30% das ações do grupo desde a abertura de capital, em março de 2007. Citando uma fonte não identificada e “próxima ao caso”, o Le Monde afirma que a direção e o Conselho de Administração do Carrefour estariam sendo alvo de pressões para abandonar a China e o Brasil, além de mercados emergentes menores, o que permitira à Blue Capital recuperar o valor aplicado na compra de ações há dois anos. “(Colony e Arnault) fazem uma pressão gigantesca para encontrar uma solução para seu infortúnio”, afirma o executivo ouvido pelo jornal francês.

Outro motivo pelo qual a Blue Capital pressionaria pela venda dos ativos nos países emergentes seria o fracasso da tentativa de vender a Carrefour Property, empresa que administra todos os prédios do grupo, cujo patrimônio é avaliado em 14 bilhões. Com a operação, o grupo Carrefour passaria a alugar os galpões nos quais está instalado. A venda da subsidiária, entretanto, está estagnada desde o início da crise do mercado imobiliário, detonada pelos créditos de alto risco (subprime), nos EUA.

Na direção da companhia, a resistência em relação à venda das operações nos países emergentes, entretanto, seria forte. Na Ásia e na América Latina, o grupo faz 19% de sua receita, cujo total é 89,97 bilhões, e 19% de seus resultados operacionais. Além disso, mercados como o Brasil - onde disputa a liderança com o grupo Pão de Açúcar - e a China são os mais promissores para o grupo. Nos dois países, a marca cresce ao ano 20% e 10%, respectivamente, segundo o jornal francês, enquanto na Europa o Carrefour tem posição consolidada e grande concorrência de alemães e britânicos. “De gigante mundial supermercadista, Carrefour passaria ao status de ator regional, oferecendo uma espécie de renda constante a Colony e Bernard Arnault, possivelmente em detrimento do longo termo”, pondera o jornal. “Se a China e o Brasil ganharem muito dinheiro, tudo indica que o consumo deverá explodir no futuro.”

Procurado pelo Estado, o Grupo Carrefour informou que “não faz nenhum comentário” a respeito da reportagem. Um porta-voz indicou, no entanto, que não nega as informações publicadas pelo Le Monde.


Acionista pressiona Carrefour a sair do Brasil, diz jornal
Andrei Netto, PARIS
O Estado de São Paulo - 29/9/2009

Normas internacionais e Pequenas Empresas

A Fundação Iasc (International Accounting Standards Committee) publicou uma minuta da taxonomia da IFRS para pequenas e médias empresas. Esta taxonomia irá ajudar na aplicação da XBRL (eXtensible Business Reporting Language).

28 setembro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

O novo Contador

O novo contador
*Por Marco Antonio Zanini

A profissão de contador é uma das mais antigas do mundo. Os primeiros registros são datados de 8.000 a.c. No início do século XX, no Brasil, estes profissionais eram conhecidos como “guarda-livros” e tinham suas atividades restritas ao registro e acompanhamento de saldos; assim como o papel de zeladores de assuntos fiscais das empresas. A profissão de contabilista foi regulamentada em 1946.

Historicamente, as ciências contábeis evoluem à medida que a economia e as atividades empresariais se desenvolvem. Por isso, só com o progresso social, cultural e econômico que ocorreu no Brasil a partir da década de 70, a ocupação foi reconhecida.

De qualquer forma, a realidade ainda se resumia a montanhas de documentos atualizados e escriturados de forma manual. Pensando no cenário atual; onde o mundo está globalizado e conectado; onde tecnologias estão presentes nas tarefas mais corriqueiras de todos nós; a área contábil continuava sendo uma das que recebia menos investimentos em tecnologia.

Mas essa situação mudou com a criação do projeto SPED da Receita Federal em 2006. A informatização de processos deixou as tarefas menos operacionais, possibilitando aos profissionais desta área mudar seu escopo de atuação; passando a ter uma função mais consultiva. Essas mudanças também tornaram o trabalho mais transparente, nos acertos e nos erros. Tanto os livros contábeis e fiscais, como as notas em papel aceitavam qualquer informação e ficavam devidamente armazenados em prateleiras. Só no caso de uma fiscalização, as informações ali imputadas eram realmente conferidas.

Com o sistema eletrônico, a checagem dos dados enviados é realizada em tempo real. Uma nota preenchida incorretamente, por exemplo, é repudiada pela SEFAZ antes da sua emissão, impossibilitando a venda e transporte da mercadoria. Isso trouxe uma grande dicotomia: ao mesmo tempo em que esses profissionais passam a analisar o comportamento do capital e também a sugerir modelos para decisões administrativas, eles são cobrados pela atualização de seus conhecimentos.

Mas não é fácil se manter atualizado. No Brasil existem 85 tributos (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria). E ainda, segundo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), em média, 37 normas tributárias são editadas por dia no País. Isso equivale a 1,57 norma por hora.

E as novidades não ficam restritas ao imediatismo da fiscalização. Um levantamento da auditoria e consultoria Ernst & Young mostra que o conjunto de documentos e declarações fiscais e contábeis exigidos dos contribuintes somava, cerca de 350 tipos de informação. Com o SPED, esse número subiu para 1.300.

Diante desses novos desafios, muitos profissionais podem ficar receosos. Afinal, eles têm responsabilidade fiscal e contábil pelas informações que enviam ao Fisco. Mas, como historicamente os contadores fizeram, eles conseguirão se adaptar. Para isso, os contabilistas precisarão buscar maneiras de manter-se atualizados sobre as mudanças constantes nas legislações. Uma opção é contar com soluções tecnológicas que possam diminuir os processos e facilitar o seu dia-a-dia. E que venha o novo!

*Marco Antonio Zanini é diretor-geral da NFe do Brasil.

Fator de Impacto na publicação científica

Estudo analisa 39 medidas de impacto científico e relativiza a importância do fator de impacto
Escrito por: BIREME/OPAS/OMS
27.07.2009 14:21:30 h
Atualizado por: BIREME/OPAS/OMS
31.07.2009 14:49:24 h

O artigo “A principal component analysis of 39 scientific impact measures” [Um componente principal de análise de 39 medidas de impacto] publicado no repositório da Universidade de Cornell, nos EUA, apresenta um estudo comparativo de 39 medidas de impacto com base em medidas de citação e de relatórios de acesso (usage log data). Os resultados indicam que a noção do impacto científico é um fator multidimensional e que não pode ser adequadamente medido por nenhum indicador isoladamente, apesar de alguns serem mais propensos do que outros. O conhecido fator de impacto (FI) encontra-se posicionado na periferia desta construção multidimensional e não no centro, como seria esperado e, portanto, deve ser usado com prudência. Este alerta é especialmente importante considerando a preferência que tem o FI em algumas políticas de avaliação de produção científica.

Hoje em dia são poucos os cientistas que podem pesquisar livremente em prol da curiosidade natural ou do bem da ciência. A maioria está presa em uma teia de políticas, regras, números e índices, na qual o desempenho das pesquisas tendem a ser reduzidos a um ou mais indicadores: citações por artigo, FI, índice h e outros indicadores de citação. Esta atitude reducionista em relação à pesquisa tem caracterizado um ambiente acadêmico extremamente competitivo, mas talvez inevitável, devido à necessidade de contar com indicadores capazes de avaliar a produção científica de um pesquisador, ou de uma instituição, uma vez que não é possível prescindir do processo de avaliação em nenhuma etapa da atividade acadêmica e científica.

As citações que um artigo recebe são capazes de aferir em que extensão este trabalho contribuiu para o conhecimento e exerceu influência sobre outros pesquisadores. Assim sendo, o impacto de um artigo é expresso em função das citações recebidas, independente do método usado para calculá-lo. Medidas quantitativas de impacto científico de uma publicação, portanto, utilizam frequentemente dados de citação.

O FI de um periódico é o mais utilizado dentre os índices de medida de citações, que é publicado por intermédio do produto Journal Citation Reports publicado anualmente pela empresa Thomson Reuters. O FI de um periódico é o número médio de citações recebidas no ano considerado pelos artigos publicados nos dois anos anteriores. O FI é interpretado como um indicador da qualidade dos artigos publicados por aquele periódico, porém, sabe-se que inúmeros fatores, entre eles a área de concentração dos periódicos, o tipo de publicação (editorial, comunicação, artigo original, artigo de revisão, origem geográfico dos autores, etc.), autocitações e vários outros influenciam o FI. De fato, há várias restrições, quanto à acuidade do FI em aferir a qualidade de um artigo em particular a partir das citações recebidas por todos os textos publicados pelo periódico. O editorial do número do periódico PNAS de 28 de abril, assinado por Alan Fersht, é contundente na crítica ao uso do FI para avaliar cientistas ao afirmar que o terrível legado do FI é que ele tem sido usado mais para avaliar cientistas do que periódicos, o que tem se tornado uma preocupação crescente para muitas pessoas da área. “Julgamento de indivíduos, é claro, é mais bem feito por analises profundas de acadêmicos especialistas na área temática.Mas alguns burocratas querem uma simples métrica”, afirma.

As demandas para a superação das limitações do FI levaram à introdução de outras medidas de impacto de publicações científicas. Foram propostas modificações do FI cobrindo períodos de tempo mais extensos (FI de cinco anos) ou mais curtos (índice de imediatez, que para um determinado ano é o número médio de citações recebidas pelos artigos publicados no ano referido. O índice h foi criado por Jorge E. Hirsh para medir a produção científica e impacto de um cientista, de acordo com a distribuição de citações que seus artigos recebem. Foi estendido para periódicos por Tibor Braun. Em 2006, Leo Egghe propôs o índice g, como uma modificação do índice h.

Ademais, o sucesso do método Google de classificar páginas da web (as páginas mais acessadas são apresentadas em primeiro lugar em uma pesquisa) serviu de modelo para várias medidas de impacto de periódicos que utilizam análise de redes sociais para medir redes de citação. G. Pinsky, em 1976, foi quem primeiro propôs de classificar periódicos de acordo com sua centralidade autovetor em uma rede de citações. Bollen e Dellavalle em 2007 propuseram classificar periódicos de acordo com o método citation page rank, seguido do lançamento do eigenfactor.org, que começou a publicar classificações por page rank em 2006. O grupo Scimago, que publica o índice Scimago Journal Rank (SJR), que classifica periódicos baseado num princípio similar aquele usado para calcular citação por page rank.

Sendo que a literatura científica é atualmente publicada e acessada online, um grande número de iniciativas tem tentado medir impacto científico através de relatórios de acesso ou usage log data. Os portais dos publishers e serviços de bibliotecas institucionais atualmente registram utilização numa escala que excede o numero total de citações disponíveis. Os dados de utilização assim obtidos permitem observar atividade científica imediatamente após a publicação, ao invés de esperar por citações que virão de novas publicações e da inclusão destas em bases como JCR, um processo que pode levar vários anos.

Shepherd e Bollen propõem medida de impacto baseado em uso, que consiste na média de taxas de acesso dos artigos publicados por um periódico, similar ao FI baseado em citações. Muitos autores têm proposto medidas similares baseadas em estatísticas de utilização. Paralelamente ao desenvolvimento de medidas de rede social aplicadas a redes de citação, Bollen demonstra a viabilidade de uma variedade de métricas de redes sociais calculadas com base em redes de utilização extraídas do fluxo de informação contido no usage log data.

Estes desenvolvimentos levaram a uma miríade de novas medidas de impacto científico que podem ser derivados de citação e dados de utilização ou baseiam-se em distribuições estatísticas e análises sofisticadas de redes sociais. Entretanto, qual destas medidas é mais adequada à quantificação do impacto científico?

Esta questão é de difícil resposta por dois motivos: primeiro, medidas de impacto podem ser calculadas para vários conjuntos de dados de citação e uso e é, portanto, difícil distinguir a verdadeira característica de uma medida das peculiaridades do conjunto de dados a partir do qual ele foi calculado. Segundo, não dispomos de uma medida de impacto universalmente aceita para calibrar cada novo índice que surge.

De fato, não dispomos sequer de uma definição da noção de “impacto científico”, a menos que revertemos para a definição de número de citações recebidas por uma publicação. Tal como muitos conceitos abstratos, “impacto científico” pode ser compreendido e medido em muitas e diversas formas. A questão é qual medida de impacto melhor expressa seus vários aspectos e interpretações.

Após comparar 39 medidas de impacto científico, sendo 23 delas baseadas em citação e 16 em uso, os autores do estudo chegaram às seguintes conclusões:

Primeiro, o conjunto de medidas de uso é mais significativo estatisticamente falando do que o conjunto de medidas de citação. Isto indica uma maior confiabilidade de medidas de uso calculadas a partir de relatórios de acesso (usage log data) do que medidas de citação calculadas a partir de dados de citação.

Segundo, medidas baseadas em uso são indicadores muito mais fortes de prestígio científico do que medidas baseados em citações. Contrariamente às expectativas, o FI bem como o SJR melhor expressam popularidade científica.

Terceiro, algumas medidas de citação estão mais correlacionadas às suas contrapartidas de uso do que a outras medidas de citação como o FI.

Isso indica, ao contrário do que seria esperado, que medidas de impacto baseadas em uso podem estar mais próximas a um ”ranking de consenso” de periódicos do que medidas comuns de citação.

Quarto, quando ranqueamos as medidas de impacto de acordo com sua média de correlação em relação à todas as outras medidas, isto é, quão próximas elas estão em relação à todas as outras medidas, encontraremos FI e SJR nas posições 34º e 38º entre 39 medidas, indicando sua posição isolada entre as medidas de impacto e uso estudadas. O índice de imediatez de citação do JCR e o número de citações Scimago por documento estão em posições similares.

Estes resultados devem nos fazer repensar o FI e SJR como o padrão dourado das medidas de impacto científico. Os resultados aqui apresentados indicam que métrica baseada em medidas de uso e não de citação como tem sido mais comum, pode representar uma melhor medida de consenso.

Links

Um índice para conhecer os bancos com problemas

Shiller no Financial Times: Em defesa da inovação financeira

Audioshow no New Yorker: Gangs do Rio de Janeiro

UEFA investiga jogos de futebol "armados"

Salários no baseball e nos bancos

Teste #148

Qual o número estimado de páginas do US GAAP?

3 mil páginas
10 mil páginas
100 mil páginas

Resposta do Anterior: Conforme reportagem do Valor Econômico (Empresas brasileiras somam R$ 1,4 trilhão em intangíveis, 21/9/2009) seria o Bradesco, com 51,3 bilhões.