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13 março 2009

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

Teste #36

Grau de Dificuldade: ***

Usando a relação abaixo, encontre a palavra com base nas dicas a seguir:

a) a soma das nove letras é igual a 98;
b) duas letras se repetem, uma é número primo e outra divisível por 3;
c) são seis números impares e cinco múltiplos de 3
d) A soma da primeira e última letra é um número par, primo, múltiplo de dois
e) A letra do meio corresponde ao valor da segunda letra menos 1



Resposta do Anterior: Resposta: John Gouge, autor do primeiro livro de contabilidade em língua inglesa; Richard Dafforne, contador, que publicou seu livro de contabilidade em 1635; Nancy Temple, contadora da Enron; Ibn Taymiyyah, escritor mulçumano, que descreveu a contabilidade árabe; Luca Pacioli.

Links

China preocupada com seus investimentos em títulos dos EUA (algo em torno de 1 trilhão de dólares)

Media de Fofoca interessa agora por bilionários, executivos e Madoff

Andorra e Liechtenstein concordam com mais transparência

Baseado nas agências de rakings, os bancos mais seguros do mundo

Roubini e o lado “bom” da crise (ou Roubini no Brasil)

Madoff

Madoff reconhece culpa e pode pegar 150 anos de prisão
Valor Econômico - 13/3/2009

Bernard Madoff declarou-se culpado na manhã de ontem, na Corte Distrital de Manhattan, da acusação de ludibriar investidores em bilhões de dólares em um esquema de pirâmide (conhecido nos Estados Unidos como esquema Ponzi), que pode ser a maior fraude da história.

O ex-presidente do conselho de administração da Nasdaq e outrora respeitado corretor de Nova York declarou ao juiz Denny Chin ser culpado em 11 acusações que vão de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro a roubo de um plano de pensão e encaminhamento de informações falsas à Securities and Exchange Commission (SEC). Na sala de audiência lotada com supostas vítimas e jornalistas, Madoff disse estar "profundamente sentido e arrependido por meus crimes...Estou dolorosamente ciente de que prejudiquei profundamente muitas pessoas...Não consigo demonstrar o quanto estou arrependido do que fiz".

Madoff, 70, insistiu que os negócios de formação de mercado e com carteira própria conduzidos por seu irmão Peter e seus próprios filhos, Mark e Andrew, eram legítimos. Ao contrário da maioria dos réus de colarinho branco que se declaram culpados, Madoff não fez um acordo com os promotores públicos que exigiria que ele cooperasse com as investigações, em troca de uma redução na sentença. Além disso, não se declarou culpado de conspiração, uma acusação comum que exigiria que ele declarasse que trabalhou com outras pessoas.

O juiz Chin, que aceitou a declaração de Madoff, disse ao réu que ele poderá pegar a sentença máxima de 150 anos de cadeia estabelecida por lei. A verdadeira sentença poderá ser bem menor, mas Madoff poderá passar o resto da vida na cadeia.

Madoff saiu do tribunal algemado, depois que o juiz decidiu que ele deverá ficar encarcerado até o anúncio da sentença, em 16 de junho. Madoff ficará em uma cela com pouco mais de cinco metros quadrados, no Metropolitan Correctional Center, em Manhattan (centro de Nova York), com parede de blocos, piso de linóleo e uma cama de alvenaria. O café da manhã será servido antes do nascer do sol, e o financista poderá esticar as pernas no lado de fora, mas apenas uma vez por dia. (...)

Os mais ricos

Na lista dos bilionários da Forbes divulgada recentemente uma presença interessante: Joaquín El Chapo Guzmán, de 54 anos, que possui uma fortuna de 1 bilhão, estimada. Guzmán é mexicano e seu principal negócio é narcotráfico. Em 2001 ele escapou de um prisão de segurança "máxima".

Por sua captura existe uma recompensa de 5 milhões de dólares.

O presidente Calderón, do México, considerou a inclusão como uma apologia ao crime.

"La opinión pública y ahora hasta las revistas no sólo se dedican a atacar, a mentir sobre la situación de México, sino a exaltar a los criminales. En México lo consideramos incluso un delito, que es (la) apología del delito", denunció Calderón, sin citar el nombre de la revista, durante una conferencia organizada por la 'America Society and Council of the Americas'.

Ante un auditorio de empresarios estadounidenses, Calderón lamentó "profundamente que se haya escalado una campaña que parece que es una campaña contra México (...). Pero eso ni nos arredra a nosotros ni modifica un ápice nuestra firme determinación de fortalecer el Estado de Derecho en México".


El cártel de Sinaloa libra una guerra sin cuartel contra el de Juárez de los Carrillo Fuentes por el trasiego de drogas hacia Estados Unidos desde la fronteriza Ciudad Juárez (norte), donde 1.600 personas fueron asesinadas sólo en 2008, de un total de 5.300 en todo el país.

El contrabando de drogas hacia Estados Unidos, el mayor mercado del mundo de consumo de cocaína, permitió a los narcotraficantes mexicanos y colombianos lavar recursos por entre 18.000 y 39.000 millones de dólares en 2008, de los cuales 20% los movió Guzmán, según la estimación de Forbes.



Narcotraficante más buscado de México en la lista de millonarios de Forbes
12 March 2009
Agence France Presse

Balanço de Bancos

Balanços mostram bancos cheios de vento
Valor Econômico - 13/3/2009

Quanto mais os bancos expõem sua intimidade, mais assustador começa a se revelar o seu minguante capital.

Talvez em nenhuma outra época os balanços dos bancos tenham ficado tão escancaradamente repletos de ar quente. O Bank of America (BofA) revelou na semana passada que sua carteira de empréstimos para o fim de de 2008 valia US$ 44,6 bilhões menos do que dizia seu balanço patrimonial. O Wells Fargo disse que seus créditos valiam US$ 14,2 bilhões menos do que o registro contábil. E essa diferença no SunTrust Banks era de US$ 13,7 bilhões.

Preste atenção: são os números dos próprios bancos. Se existe neles alguma distorção, certamente estará no lado do otimismo. (...)

Felizmente, as companhias são obrigadas uma vez ao ano a divulgar valores de mercado justo estimados para todos os seus instrumentos financeiros, inclusive empréstimos. A divulgação de notas explicativas permite às pessoas de fora ter uma melhor visão dos balanços dos bancos, usando números mais relevantes.

O capital ordinário tangível tornou-se a opção de referência de liquidez para os investidores, uma vez que a principal medida de capital do governo, conhecido como "nível 1", perdeu credibilidade. Pelo nível 1, os bancos começam a fazer de conta que algumas perdas não importam, e até obtêm permissão para contabilizar alguns tipos de dívida - ou dinheiro devido a outros - como capital.

O ordinário tangível começa com o capital dos acionistas. Isso equivale aos ativos líquidos, menos as ações preferenciais, que são deixadas de fora porque funcionam como dívida [especialmente, no mercado americano]. Também exclui ativos intangíveis porosos como ágio, que é uma sobra de registro contábil decorrente da aquisição de outras empresas, e direitos de administração de carteiras hipotecárias, que refletem o valor da renda futura proveniente da cobrança e processamento de pagamentos de empréstimos.

O Bank of America, por exemplo, detinha US$ 35,8 bilhões em capital ordinário tangível em 31 de dezembro, antes de ter completado sua aquisição do Merrill Lynch com a ajuda do governo. Esse número cai para negativos US$ 1,7 bilhão assim que é ajustado de forma que todos os ativos e passivos financeiros sejam medidos pelo critério de valor justo, usando os números que o BofA divulgou nas suas notas explicativas. A versão em valor justo mostra que o BofA necessita de muito mais capital ordinário - desesperadamente.

O capital ordinário tangível do Wells Fargo foi US$ 13,5 bilhões em 31 de dezembro. Com base no valor justo, foi negativo em US$ 133 milhões. Isto torna a capitalização de mercado acionário de US$ 49 bilhões do banco parecer imensamente opulenta.

No total, oito dos 24 bancos que integram o KBW Bank Index tiveram capital ordinário tangível negativo com base no valor justo, inclusive SunTrust, KeyCorp, Fifth Third Bancorp, Huntington Bancshares, Marshall & Ilsley e Regions Financial.

Mesmo com esses retoques de valor justo, o ordinário tangível ainda pode exagerar a capacidade de absorção de perdas de um banco. Ele inclui ativos com impostos diferidos, que são perdas reprimidas que as companhias esperam usar algum dia para reduzir os seus gastos tributários.

O problema deles é que só têm valor para empresas lucrativas - que estão pagando imposto de renda. O capital do Well´s Fargo pareceria ainda pior se os seus US$ 13,9 bilhões de impostos líquidos diferidos fossem excluídos. O mesmo ocorre no Bank of America, que disse ter US$ 8,7 bilhões deste item.

Mas a notícia não é de todo sombria. Sete bancos no índice KBW disseram que os valores justos dos seus créditos eram superiores aos dos seus valores de carregamento: Bank of New York Mellon, Northern Trust, People´s United Financial, Comerica, BB&T, Cullen/Frost Bankers e Commerce Bancshares.

Para todas, exceto para uma destas companhias, o Bank of New York, o capital ordinário tangível acabou sendo mais alto com base no valor justo. O mesmo vale para o Citigroup, devido a números de valor justo menores para a sua dívida.

O capital ordinário tangível do JPMorgan Chase cai para US$ 56,4 bilhões, ou apenas 2,7% dos ativos tangíveis, ante US$ 71,9 bilhões, se agregamos as cifras de valor justo do banco.

Isso decorre em grande parte do fato de o JP ter declarado que seus créditos valiam US$ 21,7 bilhões menos do que seu valor de carregamento para 31 de dezembro.

Notas explicativas de valor justo deste tipo não são novidade. O Conselho de Normas de Contabilidade Financeiras (Fasb) as exige em base anual desde 1993. O Conselho planeja torná-las obrigatórias em base trimestral a partir deste mês. Desta forma, certamente ganharão importância.

Nos idos de novembro de 1992, na esteira do caos das instituições de crédito e poupança, Henry B. Gonzalez, à época presidente da Comissão de Bancos da Câmara dos Representantes dos EUA, escreveu uma carta ao presidente do Banco Central dos EUA, Alan Greenspan, elogiando as normas de divulgação de resultados da Fasb. As revelações de valor justo romperiam a "camuflagem contábil" e "provariam que muitos bancos estão insolventes", escreveu, segundo um artigo de 5 de janeiro de 1993, publicado no "New York Times". Vejam só, ele estava certo.


Esta notícia traz uma reflexão secundária interessante: ao comentar sobre os valores tangíveis, o autor desconsidera os intangíveis. Durante os períodos de alta no mercado comentava-se muito em "capital intelectual", "valor de marca", "ativo que não está no balanço, mas que representa mais do que os ativos da empresa" e outras frases de efeito. O que ocorreu com a discussão? Será que a crise tornou pouco representativo estes ativos?

TV e maternidade

A questão das novelas no Brasil foi objeto de reportagem da The Economist da semana.

Uma pesquisa mostrou o efeito das novelas da Globo, que mostra famílias menores, brancas e ricas.

As pessoas que assistem novelas possuem uma taxa de fertilidade menor. O efeito sobre a taxa de divórcio é menor, mas também existe.

Leia aqui

12 março 2009

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui



Fonte: Aqui

Teste #35

Abaixo estão listados nomes de personagens que fazem parte da história da contabilidade. O detalhe é que os nomes e sobrenomes estão misturados. Você seria capaz de arrumar a bagunça?

Ibn Pacioli
John Temple
Luca Dafforne
Nancy Gouge
Richard Taymiyyah

Resposta do Anterior: O patrono dos contadores é São Mateus, que era cobrador de impostos

Reconhecimento da Receita

Conjunto de normas permite recuperar créditos de IR
Valor Econômico - 12/3/2009

Atrás de soluções que gerem créditos tributários, as empresas estão resgatando um conjunto de medidas que reúnem atos do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de decisões da esfera administrativa. As empresas despertaram para esse conjunto de medidas em função da lei que buscou a padronização das normas contábeis a partir do ano passado.

Segundo especialistas, as normas dão base para as empresas adiarem o registro de receitas para pagamento do Imposto de Renda (IR) para o momento da entrega efetiva do bem ou do serviço em vez de contabilizar a receita no momento do faturamento.

A medida está sendo adotada por empresas que estão definindo os balanços, cujo prazo de aprovação é fim de abril, seja para as grandes limitadas ou sociedades de capital aberto. A postergação de receitas pode dar origem a um débito de IR e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) menor relativo ao ano passado. Como esses tributos devidos em 2008 já foram recolhidos, a aplicação da postergação pode gerar créditos de IR e CSLL a favor das empresas. A ideia é aproveitar esses créditos no decorrer de 2009 compensando com tributos como o PIS e a Cofins.

Essa possibilidade não era muito utilizada pelas empresas, que geralmente registravam as receitas no momento do faturamento e não da entrega da mercadoria. Isso porque a saída da nota fiscal é o fato que deflagra a cobrança de ICMS, IPI, PIS e Cofins. O trabalho de separar aquilo que foi somente faturado do que já foi efetivamente entregue ao destinatário, porém, tem sido buscado pelas grandes empresas, que precisam ter os balanços aprovados até o fim de abril. (...)

Rankings

Vivemos num mundo onde tudo é colocado em ranking. Em certas situações, isto pode render assuntos interessantes (vide, este exemplo, dos maiores impostores da história, que inclui o homem que vendeu a Torre Eiffel, Ponzi e Milli Vanilli).

Mas em outras, o cruzamento de rankings pode ser mais interessante ainda. Um ranking do consumo de pornografia online colocou o estado de Utah, um lugar conservador e religioso, em primeiro lugar nos EUA.

Em outra pesquisa fez-se o ranking dos estados mais felizes dos EUA. O primeiro lugar: Utah.

Quem audita os piores?

A organização Audit Integrity foi criada em 2002 e faz pesquisa independente nas empresas de capital aberto dos EUA (mais de 7 mil empresas). Esta organização divulgou as 300 entidades que são "muito agressivas", o que representa o seu pior nível de classificação.

De certa forma, isto indicaria a possibilidade de fraude e outras manobras contábeis. São empresas arriscadas paras os investidores, empregados, reguladores e contribuintes.

Entre estas 300 piores, McKenna fez uma análise das cem maiores em capitalização de mercado. Estas empresas grandes e arriscadas são auditadas pela KPMG (21), Deloitte (29), PwC (23) e EY (26).

Marcação a mercado

A contabilidade marcada a mercado tem sido condenada como responsável pela crise financeira (veja, por exemplo, aqui). Uma informação importante sobre isto:

Dos US $ 8,46 trilhões em ativos detidos dos 12 maiores bancos do KBW Bank Index, apenas 29 por cento está marcado a mercado(...). A General Electric Co., entretanto, disse na semana passada que apenas 2 por cento dos seus ativos foram marcados a mercado na sua filial General Electric Capital Corp, que é semelhante em tamanho ao sexto maior banco dos EUA.


Fonte: Aqui

Auditoria do Escândalo

Você conhece as seguintes empresas de auditoria:

a) Friehling & Horowitz
b) Sosnik Bell
c) Konigsberg Wolf & Company

Se você respondeu "não" a todas as alternativas, parabéns. Estas três empresas possuem em comum:

=> são pequenas empresas de auditoria
=> estão vinculadas a Madoff, o investidor responsável pela fraude de 50 bilhões de dólares
=> possuem laços de amizade com Madoff
=> recomendavam a seus clientes o investimento no fundo de Madoff.

Fonte: Investigation Into Madoff Fraud Turns to a Small Circle of Accountants, LESLIE WAYNE & WILLIAM K. RASHBAUM, NY Times.

Sobre o Termo Imparidade

Um leitor questiona o uso do termo imparidade (O senhor usa "imparidade", assim, com tranqüilidade? Sempre achei uma tradução canhestra para "impairmente". Tenho visto "prejudicado", "com valor prejudicado", coisas assim. Não lhe parece mais correto?) . Não sei se a opção que adotei é adequada. Alguém teria uma sugestão?

Os bilionários

A revista Forbes divulga a nova lista dos bilionários. O número reduziu em 30% em relação ao ano anterior, com uma fortuna média de 3 bilhões, 23% a menos que 2008.

O homem mais rico do mundo, Bill Gates, perdeu 18 bilhões em um ano. Possui agora 40 bilhões. O segundo mais rico, Warren Buffett, perdeu 25 bilhões, mas ainda tem uma fortuna de 37 bilhões de dólares.

VEja mais aqui e aqui

11 março 2009

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Crise

De volta a 2004
11/3/2009 - Valor Econômico - Nelson Niero

A crise financeira global que encerrou um longo ciclo de alta das empresas listadas na bolsa e desacelerou o nível de atividade da economia fez com que o valor total de mercado das empresas em relação ao produto interno bruto (PIB) caísse praticamente à metade em 2008.

O indicador, que no fim de 2007 era de 95,4%, levando em conta os preços em reais, caiu para 47,6%, bem próximo aos níveis do fim de 2004. A forte desvalorização das ações das companhias é o principal componente da deterioração do indicador. Em 2007, as empresas valiam quase R$ 2,5 bilhões na Bovespa e, ao fim de 2008, esse montante somava apenas R$ 1,38 bilhão, uma diferença de mais de R$ 1 bilhão.

A relação entre o PIB e o valor de mercado vem sendo usada como um parâmetro para se determinar se o mercado está "caro" ou "barato". Sua eficiência tem sido motivo de debates, mas figuras proeminentes como o investidor americano Warren Buffett costumam consultar o indicador antes de tomar decisões.

Grosso modo, um resultado acima de 100% indicaria que o mercado está supervalorizado, enquanto algo abaixo de 50% seria a luz verde para as compras.

O índice de capitalização em relação ao PIB costuma ser um termômetro do desenvolvimento do mercado de capitais e também da dinâmica dos investimentos, já que o mercado funciona como uma das fontes de financiamento de projetos para as empresas.

Os investidores, porém, também observam esse indicador como termômetro de momentos que podem ser oportunos para investir e consideram que quando fica muito alto, o índice pode sinalizar que os ativos estão caros demais.

Nos Estados Unidos, a relação está próxima de 70%, comparado a um pico de 154,7% em 2000, no auge da bolha da internet. Em artigo recente, a revista americana "Fortune" arrisca que, pela "métrica de Buffett", seria a hora de entrar no mercado.

No entanto, todo cuidado é pouco, lembram os especialistas. O momento ainda é de instabilidade e incerteza no mercado, o que significa um risco ainda muito alto. Passada essa fase, a relação poderia ser, entre várias outras, usada para orientar para os investidores.

"É um indicador polêmico, mas confiável no médio e longo prazo, levando em conta o grau de desenvolvimento do país", diz César Tibúrcio, professor de contabilidade da Universidade de Brasília (UnB). "É especialmente interessante como tendência histórica e como alerta para situações de valorização excessiva do mercado."

Para ele, o indicador deve continuar nesse patamar por mais algum tempo, como reflexo da crise.

Reginaldo Alexandre, presidente da Apimec-SP, a associação dos analistas de investimentos, lembra que há múltiplos mais precisos - como preço da ação sobre lucro (P/L) ou valor do negócio sobre o lucro operacional (EV/Ebitda, na sigla em inglês) -, que ajudam a compor um quadro da situação. Ainda assim, é preciso esperar um "contexto de recuperação" para evitar surpresas.

Alexandre acredita que, quando vier esse momento, o Brasil poderá se valer de bons fundamentos macroeconômico e também microeconômico. "O setor bancário é sólido e as empresas não foram, de modo geral, pegas no contrapé, não se endividaram demais", afirma.

O sócio da gestora Leblon Equities, Pedro Rudge, observa que os preços dos ativos no mercado de ações respondem muito mais rápido em momentos de crise do que os indicadores da economia real, por isso, no fim de 2008 a relação entre a capitalização de mercado e o PIB estava provavelmente num ponto bastante crítico.

"No PIB, a correção é mais gradual, na bolsa, é imediata", diz Rudge, lembrando que os investidores da bolsa antecipam nos preços as expectativas para o futuro.

Para o economista e presidente do Banco Ribeirão Preto, Nelson Rocha Augusto, os investidores colocam rapidamente o tamanho da crise global no preço das ações, conforme suas expectativas. Ele não vê, porém, nenhum problema estrutural no mercado de capitais brasileiro e nos fundamentos macroeconômicos do país. O economista lembra que a queda na capitalização da bolsa ocorreu em quase todos os mercados, em muitos inclusive de forma mais acentuada do que no Brasil.

"Este vai ser um ano difícil, em que o sistema financeiro americano precisa criar bases para se refundar e isso vai afetar a todos. Mas o mercado de capitais brasileiro não tem problemas estruturais, ao contrário, temos um sistema financeiro forte, que nos favorece", diz Rocha Augusto. Outro fator que costuma ser apontado por especialistas como favorável ao Brasil é que o mercado tem uma regulação já forte.

No Brasil, até o Ibovespa retomar a trajetória positiva e o mercado de emissões primárias renascer, em 2004, o índice valor de mercado das empresas em relação ao PIB ficava na casa dos 30%. Entre 2004 e 2007, porém, os empreendedores locais passaram a captar recursos com a venda de ações para novos sócios - os investidores da bolsa. Assim, cem novas companhias chegaram e melhoraram um pouco a representatividade dos setores da economia no mercado de ações. Além disso, os preços das companhias já existentes tinham se valorizado.

Um dos problemas do passado era que a bolsa brasileira era muito concentrada na Telebrás. Mais recentemente, o setor de commodities, representado por Vale e Petrobras passou a predominar e ainda não há uma representação tão balanceada, mas o perfil melhorou um pouco, na visão dos especialistas. "Há três anos não tínhamos empresas de construção civil e agronegócio no pregão, por exemplo, o que já existe hoje. Mas ainda falta diversificação para ficar representativo", diz Rudge.

Para ele, o importante agora é tentar vislumbrar quando será o ponto de virada da situação, ou seja, quando o valor das companhias deve voltar a crescer como proporção da economia como um todo. "É difícil prever, o mercado ainda tem oscilado ao sabor de humores."

Rudge diz que do ponto de vista das captações no mercado de capitais - que andam praticamente paralisadas - pode ser que se comece, timidamente, a ver sinais de alguma atividade, embora com muita seletividade e para as companhias já estabelecidas. Há, porém, quem acredite, que até pelo menos o terceiro trimestre, tudo vá continuar bastante parado nesse terreno.

O analista da Investidor Profissional, Gustavo Ballvé, diz que do ponto de vista do investidor ele não avalia a capitalização de mercado como um indicador tão relevante, ao menos num mercado como o brasileiro, ainda em fase de consolidação. "Pode ser mais um dado a se observar, mas preferimos analisar histórias individuais", diz.


Aqui postagem sobre o assunto

Teste #34

Grau de Dificuldade: ***

Torpedo

Usando o teclado do celular, um aluno transmitiu uma dica durante a prova para seu colega. Ele teclou o seguinte

6 723763476 367 2668236737 3´ 72~6 628387, 783 372 2653867 33 46767867

Resposta do Anterior: Arrendamento Mercantil

Links

Proposta do Iasb para evidenciação de instrumentos financeiros

The Economist defende a legalização das drogas em 2009

The Economist defende a legalização das drogas em 1989

As 10 profecias tecnológicas que nunca aconteceram