Translate

06 março 2008

Empresa e Filantropia


Uma empresa deve fazer filantropia? Na visão de Friedman, a única responsabilidade social da empresa é aumentar os lucros. Seria justo uma empresa usar seus recursos para fazer caridade? Na visão de Henderson e Malani, em Capitalism 2.0, na revista Forbes (aqui) uma empresa não existe somente para maximizar os resultados.

That this is an imperfect description of the real world can be found in the popularity of socially responsible investment funds, which avoid companies that, for example, invest in Sudan or produce tobacco. In 2005 these funds had $2.3 trillion in assets, 10% of all U.S. assets under management. These funds average a return 35 basis points less than comparable nonfiltered funds, meaning that investors put a value of at least $84 billion per year on steering capital to firms that do good. Companies are responding. More than half of the largest 500 companies in the U.S. publish social responsibility reports for investors.

Customers are also demanding products that show a commitment to the public welfare.


Aqui, mais discussão sobre o assunto.

E se o Acordo da Basiléia estiver errado?


E a pergunta do texto do WSJ (aqui)

Crise de crédito expõe falhas em novas regras de risco bancário
5/3/2008
Por Damian Paletta e Alistair MacDonald
The Wall Street Journal

Alguns dos cérebros mais importantes do mundo bancário passaram quase dez anos criando novas regras para ajudar as instituições financeiras do mundo a evitar problemas.

E se boa parte das soluções deles estiver errada?

A versão mais recente dessas recomendações — conhecidas como acordo da Basiléia II, por causa da cidade suíça onde foram engendradas — começou a ser adotada pelo Brasil no ano passado, num cronograma que deve ser concluído em 2012. Ela está em vigor na Europa desde 2007 e passaria a valer nos Estados Unidos no mês que vem, embora isso possa ser adiado. A sua diretriz primária: os bancos deveriam ter mais liberdade para decidir qual o risco que podem assumir, já que estariam melhor posicionados do que as autoridades para decidir isso.

Mas a atual crise financeira mundial, detonada pelo estouro da bolha imobiliária americana, está virando de ponta cabeça as tradicionais suposições sobre risco. Bancos de todo o mundo erraram feio em seus julgamentos quanto à segurança de investimentos que vão de empréstimos "subprime", ou de alto risco, a complexos títulos de dívida estruturados. Isso ficou especialmente evidente na Europa.

Num prenúncio dos problemas, o Reino Unido enfrentou no ano passado a primeira corrida a um banco desde 1866. A financeira de crédito imobiliário Northern Rock PLC não previu o colapso de seu modelo de negócios. Empregando os princípios da Basiléia II, o Northern Rock aumentou, alguns meses antes, o dividendo dos acionistas em 30% — o que reduziu seu capital próprio ao mesmo tempo em que as autoridades começavam a se preocupar com sua condição financeira. O Northern Rock acabou sendo nacionalizado pelo governo britânico no mês passado.

Até mesmo na Suíça, país com tradição de perspicácia no setor bancário, o UBS AG divulgou baixa contábil de US$ 18 bilhões por causa de falhas em sua administração de riscos. (O banco só começou a operar com as regras Basiléia II em 1º de janeiro.)

A maior parte das gigantescas perdas contabilizadas recentemente veio não de fundos de "hedge", cuja relativa falta de regulamentação vem preocupando o governo americano há anos, mas de bancos fiscalizados por governos. O Citigroup Inc., por exemplo, teve o maior prejuízo trimestral de sua história no quarto trimestre de 2007 e teve de captar mais de US$ 20 bilhões de investidores externos para equilibrar o seu balanço, depois de apostas erradas em títulos ligados a créditos imobiliários. O Citigroup não quis comentar.

"Eu acho que foi surpreendente (...) que alguns dos maiores problemas que tivemos com o mercado de capitais tenham partido de bancos regulamentados", disse o secretário americano do Tesouro, Henry Paulson, numa entrevista ao Wall Street Journal.

Enquanto autoridades no mundo todo começam a procurar soluções para a confusão, o resultado provável será mais vigilância e regulamentação nos bancos, pelo menos temporariamente. Charlie McCreevy, comissário para mercados internos da Comissão Européia, diz que a reavaliação das recomendações da Basiléia II precisa examinar se os bancos são os melhores gestores de risco. "Nada deve ser tabu", diz ele.

As regras da Basiléia nasceram na década de 80, quando a regulamentação dos bancos variava muito em cada país, o que tornava difícil para os bancos competir além de suas fronteiras. Os presidentes dos bancos centrais do mundo se reuniram na Suíça para definir padrões básicos, divulgados em 1988.

Uma segunda rodada de reuniões, a Basiléia II, se focou na expansão dessas regras — particularmente na busca de meios para defender o sistema financeiro dos novos e complexos mecanismos de investimentos que começaram a surgir nos bancos.

No mundo dos bancos, há poucas coisas mais essenciais do que o patrimônio mantido para amortecer prejuízos. No fundo, é o que evita a quebra.

De acordo com as regras em vigência antes da Basiléia II, determinar o nível desse colchão é um processo relativamente simples: os bancos têm que manter um volume específico de capital, que é calculado de acordo com o total, e os tipos, de ativos de que dispõe. Por exemplo, ativos relacionados a créditos imobiliários não demandam muita reserva de capital porque sempre foram considerados seguros, visto que há os imóveis como garantia.

As novas regras mudariam isso, permitindo que os bancos calculassem as suas próprias necessidades de reserva de capital com base, em parte, em suas próprias avaliações de risco e na opinião das agências de risco.

A Basiléia II conta com amplo apoio. Oficiais do Federal Reserve, ou o Fed, o banco central americano, têm argumentado que os seus padrões incentivam os bancos a incrementar a sua própria administração de risco.

Além disso, a Basiléia II recomenda que os bancos mantenham uma rede de segurança de capital para proteger-se de problemas com investimentos "fora do balanço" que eles tenham, uma questão que passou despercebida nos esforços anteriores de regulamentação. John Dugan, titular da Controladoria da Moeda, agência do governo americano que fiscaliza os bancos, diz que a turbulência no mercado de crédito fortalecerá a Basiléia II, ao fornecer dados novos e valiosos para os bancos alimentarem os seus modelos de gestão de risco.

Mas autoridades dos EUA e de outros países dizem que estudam agora fazer mudanças na Basiléia II — que provavelmente demandarão reservas maiores do que antes era considerado seguro. No mês passado, o Comitê da Basiléia anunciou que planeja atualizar os "princípios essenciais" de risco de liquidez para "refletir a experiência recente".

Como a Basiléia II dá a cada país uma margem de manobra para ajustar as recomendações, essa experiência recente deve também entrar na pauta no Brasil. "O modelo ainda está em discussão", observa o analista Luis Miguel Santacreu, da consultoria Austin Asis, de São Paulo. (O cronograma de adoção que vai até o fim de 2012 inclui audiências públicas para discutir as regras, disse um porta-voz do Banco Central.) Santacreu é da opinião de que o efeito da flexibilização das finanças internacionais precisa ser melhor debatido, mas nota que o Brasil não está exposto aos mesmos riscos que motivaram a crise do "subprime", por causa da característica dos empréstimos do sistema bancário.

De fato, um eventual aumento no índice mínimo de capitalização provavelmente não teria um impacto muito forte nos bancos brasileiros porque eles já seguem, desde Basiléia I, uma exigência de patrimônio mais alta, nota Márcio Serpejante Peppe, sócio-diretor da BDO Trevisan Auditores Independentes. O BC requeria que os bancos brasileiros tivessem capitalização de 11% do total de ativos ponderado, em comparação com 8% das regras da Basiléia I.

Além disso, acrescenta Peppe, o mercado brasileiro de derivativos de crédito é muito pequeno. Foram instrumentos de crédito mais sofisticados que estiveram no coração da crise do "subprime". "O mercado secundário de crédito é muito pequeno, em função do próprio histórico do sistema financeiro, não há histórico de emitir derivativos, opções", afirma.

(Colaboraram Patrick Brock e Natasha Brereton)

05 março 2008

Empresas admiradas


As empresas mais admiradas

1. Apple
2. Berkshire Hathaway
3. General Electric
4. Google
5. Toyota Motor
6. Starbucks
7. FedEx
8. Procter & Gamble
9. Johnson & Johnson
10. Goldman Sachs Group

Fonte: Fortune

Em 2007 foi o seguinte: GE; Starbucks; Toyota; Berkshire, Southwest, FedEX, Apple, Google, J&J e P&G. Ou seja, somente uma empresa saiu (southwest) para entrada de outra.

As melhores segundo os quesitos (as piores entre parênteses)

Inovação => Apple (Amtrak)
Administração de Pessoal = Medco Health Solutions, BMW e Disney (Dana)
Uso de ativos => Fortune Brands (Dana)
Responsabilidade Social => International Paper (Constellation Brands)
Qualidade da Administração => McDonalds ( WellCare Health Plans)
Finanças = Exxon Mobil (Dana)
Investimento de Longo Prazo => Berkshire (Amtrak)
Qualidade de produtos e serviços => Anheuser-Busch, Nordstrom e Medco (Molson Coors Brewing)

Uma medida contábil pode ser relevante para entender a economia


As vezes uma informação tipicamente contábil pode ser interessante para entender a economia. Lembro-me agora dos estoques, como um indicador de recessão ou crescimento econômico. Uma outra medida usada, e recentemente lembrada pelo jornal NY Times é o "caixa". E segundo o jornal a notícia é boa. Ao contrário do que se possa imaginar - num momento de crise financeira - as empresas norte-americanas estão muito bem de recursos financeiros. Um estudo mostrou que a quantidade de caixa aumentou desde 1998, enquanto a dívida caiu. As empresas que compõe o SP Industrial Index possuiam em janeiro 600 bilhões de dólares em caixa.

Para René Stulz, um conhecido pesquisador de finanças, este crescimento talvez seja indicador que o mundo hoje é mais rico para fazer negócios. A relação (Dívida - Caixa)/Ativos, um índice de endividamento e independência financeira, está, em muitas empresas, negativo.

Várias são as explicações. Um interessante é o papel cada vez menor dos estoques no capital de giro (por conta, entre outras razões, do just-in-time). Outra explicação é que as empresas estão menos intensas de capital físico (e mais de capital humano), o que significa menos ativo permanente.

Como entender isto dentro do contexto econômico? Mais caixa pode ser um sinal de que estas empresas possuem capacidade para fazer aquisições de empresas, comprar equipamentos para novas expansões, investir em novas tecnologias ou, simplesmente, distribuir dividendos. De qualquer forma, isto poderia representar mais dinheiro na economia, reduzindo a influência de uma recessão.

Clique aqui para ler mais

Citigroup necessita de mais capital


Segundo Sameer Al Ansari, executivo chefe da Dubai International Capital, o Citigroup necessita de mais capital. E não é só Ansari que acredita neste ponto. Outras fontes, inclusive analistas do Merrill Lynch, também concordam (veja "Afternoon Reading: Does Citigroup Need Another Capital Infusion?", Stephen Grocer, WSJ). Recentemente o dinheiro árabe ajudou a instituição financeira em perigo.

Mais sobre o assunto, aqui

Marcação a Mercado e a Crise

A adoção da marcação a mercado ajudou a crise financeira mundial? Segundo alguns pesquisadores, sim. Quando o preço dos ativos aumenta, melhora o patrimônio líquido. O inverso também é verdadeiro. Eis o que diz o Financial Times

Only now, in the middle of a global credit crisis, is the impact of the broad introduction of mark-to-market accounting becoming clear. The critical concerns are around how much these changes helped to inflate the credit bubble and whether they will increase the speed and destructive power of its collapse.

To be fair, the US banks protested at the outset that the move would change their role in the economy. So did the French banking federation before similar changes came to Europe in 2005. It warned that fair-value accounting "could even further increase the euphoria in a financial bubble or the panic in the markets in a time of crisis". Tobias Adrian, an economist at the New York Fed, and Hyun Song Shin of Princeton University, have produced a string of work about this kind of "pro-cyclicality" in finance and the economy, culminating in a paper last September entitled Liquidity and Leverage .

(...) The lesson for regulators is that the solution to one problem almost always contains the seeds of another.


Aqui para mais detalhes

Empresa brasileira compra no exterior


Segundo a Bloomberg News, a empresa JBS, a maior produtora de carne do mundo, concordou em pagar 1,27 bilhões de dólares em dinheiro e ações por ativos nos Estados Unidos e Austrália.

JBS wants to expand in the United States, Australia and Europe to bolster sales in markets that restrict imports of Brazilian beef. Smithfield, the largest American pork producer, is exiting the beef business as rising corn costs and surplus production capacity erode profit.


Beef Giant Buys Assets In the U.S. And Australia - The New York Times - 5/3/2008

É interessante notar que se fala muito em Embraer, Vale, Gerdau e outras empresas brasileiras multinacionais e esquecem da JBS.

O valor justo é justo?


Uma carta para o jornal Wall Street Journal questiona o uso do valor justo.

Regarding "Wave of Write-Offs Rattles Market" by David Reilly (page one, March 1): Thirty years ago, no accounting principle was more accepted than that assets are worth what they cost, absent proof of a permanent impairment of value. When such impairment was understood and confirmed, the carrying value was adjusted.

Today, I see the overzealous accounting profession calling for long-term assets, those which the owners do not intend to sell, nor have need to sell, being forced to mark such assets to market on a regular basis. While this may make sense for equities, where market values tend to reflect economic reality or assets which may need to be sold in the normal course of operating the business, it makes no sense for assets intended to be held to maturity. The marking of long-term complex financial instruments where market values are temporarily depressed and meaningless for the longer term is terribly destructive. In many cases, the only market prices available are distressed sellers or some thin index which is regularly shorted by investment professionals.

These are not real values, and marking to these prices causes unnecessary volatility and contractions in capital which restrict the ability of financial institutions to operate and grow. Perhaps the accounting profession is trying to overcompensate for its failures in the Enron fiasco and other similar cases, and to prevent lawsuits. Fair-value accounting, particularly for long-term complex instruments that do not trade in liquid markets, is illogical and destructive and should be re-examined immediately.

Matt A. Greenberg
MRJ Capital


Is Fair-Value Accounting Always Fair?
The Wall Street Journal - 5/3/2008 - A15

Mulheres na contabilidade

Um leitor gentilmente indicou o endereço http://www.mulhercontabilista.com.br para pesquisa sobre o assunto (clique aqui). Grato.

04 março 2008

Links

1. Fotografias lindas da natureza

2. A bolha que ninguém viu

3. ... mas isto não é um problema

4. Como usar o powerpoint

5. Vídeo. Lances do jogo Japão x China. Os chineses jogaram futebol?

6. Um exemplo de Teste de Pisa (que os finlandeses foram bem)

Parcialidade do juiz e Irracionalidade do goleiro


Analisando a neutralidade dos árbitros durante 12 temporadas do campeonato de futebol alemão (Bundesliga), o presente documento identificou indícios de forças sociais influência as decisões dos agentes. Árbitros, que são nomeados para serem imparciais, tendem a favorecer a equipe da casa sistematicamente dando mais tempo adicional naqueles jogos em que a equipe da casa está atrás. Eles também favorecem o equipe da casa nas decisões de atribuição faltas e pênaltis.

Óbvio, não?

Fonte: Aqui

Outro estudo verificou a posição do goleiro diante do penalti. Acadêmicos de Israel estudaram uma amostra de penaltis ao redor do mundo e encontraram que os goleiros tem mais chances de salvar o chute caso fiquem parados, em lugar de pular. Entretanto, em 93,7% dos casos (311) o goleiro não escolhe esta opção. Qual a razão disto? As possibilidades são várias (aqui): colocar pressão no batedor; ou uma norma social (caso ele pule e não consiga segurar o penalti, tudo bem; ficando parado estaria "dizendo" que não fez nada). Esta não é uma situação restrita ao futebol.

Custos dos Fundos de Pensão


A Inglaterra está discutindo a mudança nas regras dos fundos de pensão. A principal mudança é na "taxa de desconto".

"Nas regras contábeis atuais inglesas o desconto de passivos futuros é feito por um taxa de títulos de uma empresa AA. Pela proposta da ASB as empresas irão usar uma taxa menor, "livre de risco", que é usualmente equivalente a taxa de empréstimo do governo, como os títulos do tesouro norte-americano ou ingleses".

O impacto será o aumento do passivo das empresas. Clique aqui

Enron: mais um record


Uma empresa de advocacia de San Diego está solicitando 688 milhões de dólares de taxas por representar acionistas e investidores da Enron, conforme notícia da AP. Caso seja aprovada, as taxas serão as maiores para um caso de fraude. Aqui

Qual a razão da Vale + Xstrata


Ofertas da Vale e BHP têm mesmo objetivo: o aço
Por Robert Guy Matthews - The Wall Street Journal - 3/3/2008

As duas propostas de fusão, embora diferentes nos detalhes, almejam dominar os minerais fundamentais da fabricação de aço, no que pode ser um ótimo período para a siderurgia global. China, Índia e outros países em desenvolvimento estão num processo histórico de urbanização e precisam de todo o aço que puderem encontrar para construir máquinas, carros, eletrodomésticos, pontes, prédios, estradas e sistemas de esgoto.

(...) O boom das commodities e a demanda por trás dele não vão durar para sempre. Alguns observadores até acreditam que certas commodities já chegaram ao pico. Essa é a razão pela qual as mineradores não estão esperando para localizar reservas virgens: leva mais de três anos entre a descoberta de um novo depósito e o início de produção. A compra de rivais permitiria à BHP e à Vale levar mais ingredientes de aço ao mercado enquanto a demanda continua forte.

(...) O preço do minério de ferro mais que triplicou nos últimos cinco anos. Na semana passada, a Vale negociou altas de 65% e 71% com grandes siderúrgicas ao redor do mundo, o que se segue a uma alta de 9,5% no ano passado. E as siderúrgicas podem ter de pagar até mais para negociar com a Rio Tinto, que já sinalizou intenções de pedir um aumento acima de 70%. Se a demanda na China não enfraquecer, é provável que o preço do minério de ferro suba de novo no ano que vem. Uma fusão da BHP com a Rio Tinto daria mais controle sobre o preço e a produção do minério.

A proposta da Vale para comprar a suíça Xstrata tem mais a ver com o preenchimento de uma lacuna em sua carteira siderúrgica e diversificação para outros metais do que com dominar o mercado de minério de ferro. (...)

O carvão é um negócio lucrativo porque o coque é um ingrediente central na produção de aço, e a Vale quer capitalizar a força desse mercado, diz José Carlos Martins, diretor executivo da Vale para metais ferrosos. "Os preços do carvão estão bem altos", diz ele.

A Vale também quer mais níquel, que é uma liga necessária para fazer aço inoxidável. Uma combinação da Vale com a Xstrata poderia controlar cerca de 28% da produção mundial de níquel, tornando-se o maior produtor de metal em volume. Analistas esperam que, se o negócio for consumado, a Vale tenha de vender parte de seu níquel para contornar problemas regulamentares. Mas provavelmente continuaria sendo o maior produtor de níquel. Os preços do níquel caíram cerca de 7% desde o fim de 2007, mas ainda estão relativamente altos.

Um erro de 7 bilhões


A empresa de agronegócios Bunge irá refazer suas demonstrações em virtude de um erro de 7 bilhões, informou Stephen Taub, da CFO (Bunge Finds a Sales Error: $7B Worth).

As a result of these reviews, management said it has determined that the effect in 2006 and 2005 was immaterial.

"Bunge is remediating the control deficiencies that led to the need for these corrections, and which the company has determined constitute material weaknesses in its internal control over financial reporting in 2007," it stated in a press release.


É interessante notar que em 2006 o WSJ (e este blog) já comentava, num artigo, a contabilidade confusa da empresa. Clique aqui para conferir isto

03 março 2008

Mulheres na Contabilidade

Uma leitora deste blog solicita material de apoio para um trabalho sobre mulheres na contabilidade. Sei que no ano passado o Conselho promoveu um encontro sobre este tema. Alguém poderia ajudar?

Links


1. Estamos no Ano Internacional da Batata, segundo a ONU
2. Brasil é o maior emergente
3. As cidades mais sujas do mundo. Baku em 1o. México entre as 10; Moscou entre as 20 mais sujas
4. O executivo da Berkshire Hathaway, Warren Buffet, reconhece que a compra da Dexter Shoe Co. foi o pior erro da sua vida.

Reforma tributária pode complicar contabilidade


A reforma tributária proposta pelo governo vai tornar mais complexa a contabilidade de cerca de 600 mil empresas, principalmente as prestadoras de serviços. Elas também correm sério risco de sofrer aumento de carga tributária. Hoje, essas empresas pagam dois tributos federais - PIS (Contribuição para o Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) - calculando 3,65% sobre seu faturamento. Na proposta de reforma tributária, esses dois tributos desaparecem e são substituídos por um só, o Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), resultado da fusão de PIS, Cofins e Cide, incidente em combustíveis.
Ocorre que o IVA será calculado de outra maneira e tende a complicar a vida dessas empresas, segundo alerta feito pelo ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel, da consultoria Logos.


Fonte: aqui

Citação


There are no perfect accounting rules, and forcing banks to consolidate everything might be unreasonable. But banks should have done more to let investors know the nature of the risks that were being taken. If the accountants had forced better disclosures, it is at least possible that managements would have spent more time evaluating the risks they were taking, and then made wiser business decisions.
Floyd Norris
Fonte: Aqui

Partidos políticos e contabilidade


O problema da prestação de contas do Partido Verde (PV) já tem um responsável.

Fundo partidário pagou até multa de carro da executiva (...)

A atual gestão do PV, que está há dez anos à frente do partido, responsabiliza um problema técnico pelas irregularidades na prestação de contas.

— Tínhamos um setor de contabilidade frágil. Tanto é que depois trocamos de contador. Antes, tínhamos um que prestava contas para 50 empresas. Houve falhas contábeis nessa prestação de 2005, o contador fez uma confusão tremenda e contabilizou como não devia no balancete — explica o atual secretário de Finanças do PV, Reynaldo Morais, ressaltando que não estava no cargo em 2005.


Culpa é do contador, diz direção do PV
O Globo - 2/3/2008

Já este outro partido fala em problema de prazo:

A assessoria de imprensa do PT informou sexta-feira que os gastos com a festa de comemoração dos 26 anos do partido foram cobertos pela venda de convites aos participantes, e que a utilização de recursos da conta do Fundo Partidário — que pagou a compra de vinhos, espumantes e o serviço de bufê — se deu “por uma questão contábil de prazo de vencimento”. Segundo a assessoria, a legenda arrecadou, com a venda de convites para a festa, R$271,4 mil, e os custos atingiram R$103,4 mil. Os valores dos convites variaram entre R$200 e R$5 mil.

“Portanto, além de cobrir as faturas pagas via fundo partidário — por uma questão contábil de prazo de vencimento —, a arrecadação da festa ainda gerou um saldo positivo de R$167,7 mil”, disse a nota enviada ao GLOBO pelo PT. (...)


PT alega ‘questão contábil de prazo’ - O Globo 2/3/2008